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1
Expediente
imprensa@sieeesp.com.br
DIRETORIA
Presidente
4
Benjamin Ribeiro da Silva
Colégio Albert Einstein Matéria de Capa
1º Vice-presidente
José Augusto de Mattos Lourenço
Colégio São João Gualberto
Avaliação: há novos modelos que podemos utilizar?
2º Vice-presidente
Waldman Biolcati
Curso Cidade de Araçatuba
1º Tesoureiro
12 34
José Antônio Figueiredo Antiório
Colégio Padre Anchieta Aprendizado Opinião
2º Tesoureiro
Antônio Batista Grosso
Colégio Átomo As contribuições da Politicamente correto
1º Secretário neurologia para o
Itamar Heráclio Góes Silva
entendimento das
36
Educ Empreendimentos Educacionais
Bett Educar
2º Secretário
Antônio Francisco dos Santos
fobias escolares
Sistema Educacional São João STEM ganha espaço
nas escolas - e na Bett
Diretores de regionais
ABCDMR
Oswana M. F. Fameli - (11) 4437-1008
16 Jurídico
Educar 2019
Araçatuba
Declarações de
recebimentos e
40
Waldman Biolcati - (18) 3623-1168
Curso
Bauru
Gerson Trevizani Filho - (14) 3227-8503 pagamentos
Campinas
Antonio F. dos Santos - (19) 3236-6333
Introdução à
Educação 4.0
Guarulhos
Wilson José Lourenço Júnior - (11) 4963-6842
Marília
20 BNCC
BNCC: 2019 é o ano do
Luiz Carlos Lopes - (14) 3413-2437
Ribeirão Preto
João A. A. Velloso - (16) 3610-0217
ensaio geral! 44 Volta às Aulas
Osasco
Expectativas
José Antonio F. Antiório - (11) 3681-4327 e realidade
Presidente Prudente
Antonio Batista Grosso - (18) 3223-2510 22 Aprendizagem
Metacognição:
46
Santos
Ermenegildo P. Miranda - (13) 3234-4349 Formação
São José dos Campos neurociência e
Maria Helena Bitelli Baeza Sezaretto - (12) 3931-0086
aprendizagem Aprender o que
São José do Rio Preto
Cenira Blanco Fernandes Lujan - (17) 3222-6545 é preciso ser
Sorocaba
Edgar Delbem - (15) 3231-8459
26 Metodologia
52
• Gisele Carmona
• Ygor Jegorow - MTB 0086640/SP
AVALIAÇÃO:
HÁ NOVOS MODELOS
QUE PODEMOS UTILIZAR?
ANGÚSTIAS E DÚVIDAS SOBRE elaborar e testar hipóteses, formular
MODELOS AVALIATIVOS
A
e resolver problemas e criar soluções
s novas demandas que têm (inclusive tecnológicas) com base nos
chegado aos contextos edu- conhecimentos das diferentes áreas.
cacionais tem colocado vários 3. Valorizar e fruir as diversas mani-
questionamentos acerca de nossas festações artísticas e culturais, das
práticas pedagógicas, os currículos locais às mundiais, e também participar
que desenhamos e nossos modelos de práticas diversificadas da produção
pedagógicos. No quesito avaliação, há artístico-cultural.
inúmeras angústias que batem à porta 4. Utilizar diferentes linguagens –
dos educadores e dos gestores edu- verbal (oral ou visual-motora, como Li-
cacionais. Podemos elencar algumas bras, e escrita), corporal, visual, sonora
delas: 1. Entendemos por que temos pro- e digital –, bem como conhecimentos
vas escritas sem consulta como modelo das linguagens artística, matemática e
típico de avaliação em um mundo em científica, para se expressar e partilhar
que cada um de nós pode pesquisar informações, experiências, ideias e
qualquer informação na tela do celular? sentimentos em diferentes contextos e
2. Como consigo acessar a capacidade produzir sentidos que levem ao enten-
do pensamento crítico de um aluno? 3. dimento mútuo.
Há formatos avaliativos diferentes da 5. Compreender, utilizar e criar
“boa e velha” prova de questões para tecnologias digitais de informação e co-
testar a memorização de informações municação de forma crítica, significativa,
por parte dos alunos? 4. Novos mode- reflexiva e ética nas diversas práticas
los já foram provados e validados em sociais (incluindo as escolares) para se
algum contexto educacional de forma a comunicar, acessar e disseminar informa-
comprovar sua eficácia e aplicabilidade? ções, produzir conhecimentos, resolver
É pedido de cada profissional do- problemas e exercer protagonismo e
cente que se trabalhe competências autoria na vida pessoal e coletiva. preendendo-se na diversidade humana
nos alunos e não conglomerados de 6. Valorizar a diversidade de saberes e reconhecendo suas emoções e as dos
conhecimentos enciclopédicos. A Base e vivências culturais e apropriar-se de outros, com autocrítica e capacidade
Nacional Comum Curricular (BNCC) foi conhecimentos e experiências que para lidar com elas.
um documento que vai justamente lhe possibilitem entender as relações 9. Exercitar a empatia, o diálogo, a
nesta direção, quando coloca a neces- próprias do mundo do trabalho e resolução de conflitos e a cooperação,
sidade das escolas serem canais do fazer escolhas alinhadas ao exercício fazendo-se respeitar e promovendo o
desenvolvimento de dez competências da cidadania e ao seu projeto de vida, respeito ao outro e aos direitos huma-
principais em nossos estudantes. São com liberdade, autonomia, consciência nos, com acolhimento e valorização da
elas, conforme segue abaixo: crítica e responsabilidade. diversidade de indivíduos e de grupos
1. Valorizar e utilizar os conhecimen- 7. Argumentar com base em fatos, sociais, seus saberes, identidades, cul-
tos historicamente construídos sobre dados e informações confiáveis, para turas e potencialidades, sem preconcei-
o mundo físico, social, cultural e digital formular, negociar e defender ideias, tos de qualquer natureza.
para entender e explicar a realidade, pontos de vista e decisões comuns 10. Agir pessoal e coletivamente
continuar aprendendo e colaborar para que respeitem e promovam os direitos com autonomia, responsabilidade,
a construção de uma sociedade justa, humanos, a consciência socioambiental flexibilidade, resiliência e determina-
democrática e inclusiva. e o consumo responsável em âmbito ção, tomando decisões com base em
2. Exercitar a curiosidade intelec- local, regional e global, com posiciona- princípios éticos, democráticos, inclu-
tual e recorrer à abordagem própria mento ético em relação ao cuidado de si sivos, sustentáveis e solidários.
das ciências, incluindo a investigação, a mesmo, dos outros e do planeta. A angústia que fica em nossa mente
reflexão, a análise crítica, a imaginação 8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar quando olhamos para essas competên-
e a criatividade, para investigar causas, de sua saúde física e emocional, com- cias e os instrumentos avaliativos
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meio social?
a) A é muito im-
portante porque ela fornece oxigênio
e purifica o ar.
b) Dá-se nome de ao
conjunto de animais de uma determi-
nada região.
c) O influencia a
sobrevivência dos animais.
d) Os , vegetais,
água, ar, a luz do sol, os minerais são
recursos naturais.
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algumas problemáticas de construção conhecimento nos livros, enciclopédias nos, mas as provas ainda são centradas
da própria prova (a letra A tem como e manuscritos, nas grandes bibliotecas. na memorização de informações, na
resposta correta VEGETAÇÃO, mas Assim, cabe ao aluno o dever de tentar reprodução de conteúdos entregues pe-
cabe questionar se a FLORA também incorporar, memorizar o maior número los professores e inseridas em formatos
não tem papel importante na produção de informações possíveis para poder que geram dificuldades e obstáculos.
do oxigênio e purificação do ar), ela atuar adequadamente no mundo. Além de tudo, há uma crença muito
não acessa o pensamento crítico do O papel do professor dentro deste forte de que a boa escola é aquela onde
estudante, o que ele(a) pensa dos prob- contexto é de transmissor do conhe- os alunos têm dificuldade para tirar
lemas de sustentabilidade do meio am- cimento. Ele é o cidadão de notório a nota mínima para ser aprovado ou
biente e o quanto esse conhecimento saber que tem o dever de transmitir onde há um número grande de alunos
irá empoderá-lo(a) para ter atitudes esse conhecimento que domina para em recuperação. Essa visão de que a
diferenciadas diante dos cuidados com os alunos, considerados muitas vezes escola boa tem que ser uma escola difícil
o planeta. Essa questão está apenas como uma “tábua rasa”. Cabe ao profes- é bastante estranha, na verdade, pois se
testando o quanto o aluno memorizou sor a responsabilidade de “derramar” fizermos um paralelo com um hospital,
os elementos que formam os contextos para os alunos todo o conhecimento podemos ver a distorção da realidade
climáticos/ambientais. que ele tem em seu repertório de sa- que aqui se põe. Pense em um hospital
beres. A avaliação vai surgir nesse con- que tem alto índice de médicos que não
QUEBRANDO PARADIGMAS texto como ferramenta para verificar o conseguem fazer seus pacientes me-
A fim de encontrarmos alguns quanto desse conhecimento entregue lhorar… Pense em um hospital que “é
caminhos para resolver esta temática pelo professor realmente ficou retido ótimo… olha… a maioria dos pacientes
tão paradoxal das avaliações pre- no arcabouços de conhecimento dos está na UTI…”
cisamos retomar um assunto muito discentes. Assim, as provas precisam Obviamente, um hospital que tem
importante: as visões de ensino-apren- ser necessariamente sem consulta e vão a maioria dos pacientes na UTI, ao
dizagem. Ainda é frequente que as verificar se os alunos sabem “de cor” invés de melhorarem e progredirem
instituições escolares se situem como os nomes dos órgãos que constituem positivamente, não é um bom hospital,
espaços de transmissão de conhe- o sistema digestivo, os dez tipos de ad- (Werneck, 2001). Sendo assim, por que
cimento. Essa transmissão segue um vérbio da língua portuguesa, ou ainda achamos que uma escola que reprova
modelo industrial: colocamos os alunos as capitais dos principais países da Eu- muito, ou que deixa um número enorme
em fileiras corretamente alinhadas e os ropa. Cria-se uma situação totalmente de alunos em recuperação, seja uma
alunos são tratados como seres iguais, artificial para os dias de hoje, onde você boa escola? Por que nossas avaliações
com processos de aprendizagem que aparta o aluno das fontes e da possibili- precisam ser direcionadas para o mau
deveriam ser assemelhados e com pro- dade da pesquisa. resultado? Não estamos desta forma tra-
gressões de maturidade e cognição em O papel da escola frente à cons- zendo uma experiência negativa no que
conformidade com o desenvolvimento trução de competências e saberes dos tange à relação dos nossos alunos com
de suas faixas etárias. Neste contexto, alunos fica muito problemática, pois o processo de ensino aprendizagem? O
o conteúdo é analisado do prisma da queremos desenvolver a capacidade modelo de avaliação é muito arcaico. Não
realidade do século 19 que guarda o do pensamento crítico de nossos alu- reflete as competências estabelecidas
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cionais, nem as demandas de mercado de
trabalho, muito menos as necessidades
sociais dos seres humanos do século 21.
Acho que outro exemplo que
podemos dar nesta direção é do papel
das provas individuais. Hoje falamos em
trabalho em equipe, em capacidade de
colaboração, em processos participati-
vos seja na vida cotidiana seja na vida
profissional. Projetamo-nos no mundo
globalizado, das conexões, das grandes
redes e dos contatos multilaterais de
forma a respeitar os múltiplos saberes,
as experiências diversas e as inúmeras
formas de recortar e interpretar a
realidade. Contudo, nas práticas edu-
cacionais continuamos a realizar pro-
vas individuais, que não demonstram
a capacidade daquele aluno de fazer
qualquer conhecimento que tenha ser
útil para o outro, ou que possa se somar
ao conhecimento de uma equipe. Em
um contexto histórico em que tudo é
compartilhado, fazemos provas que
testam os alunos de forma segmentada.
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utilizados largamente e que podemos a-pouco, conforme o corpo docente vai
comprovar sua eficácia? E ainda temos se sentindo mais confiante diante des-
as pressões das famílias que têm nos sas novas oportunidades. Encerremos
modelos de avaliação do passado o nossas reflexões com possibilidades de
único modelo conhecido. Assim, como ferramentas de avaliação alternativas.
explicar que é preciso imprimir modelos São algumas delas:
avaliativos diferentes? Como convencer Pode-se pensar numa pergunta
de que há ganhos expressivos nesta PROVAS COM CONSULTA instigante que provoque uma consulta
transformação? Quebrar o paradigma das provas como, por exemplo: O batimento cardía-
A boa notícia é que ainda trata-se de com consulta e das provas sem consulta co pode gerar sinais elétricos como o
um campo muito novo, em construção. é um grande desafio. Parece impossível desenho acima representa? O seu co-
Mudanças deste calibre nos desafiam caminhar na direção da construção de ração também pode produzir energia
e só conseguem ser implementadas a modelos avaliativos que incluam provas elétrica? Provas desta natureza nos
partir de um trabalho pedagógico forte, com consulta no repertório dos tipos direcionam para um dos quatro pilares
colaborativo, medindo riscos e apren- de avaliação de qualquer escola. Pouco reforçados pela Unesco em seu plano
dendo com o processo de tentativa- adianta provas com consulta se eles para a educação do futuro: O Aprender
erro. Também precisamos nos debruçar tiverem o mesmo formato das provas a aprender. Isso está relacionado com
sobre o projeto-político-pedagógico da sem consulta. É necessário mudar os a capacidade de pesquisar, consultar e
instituição e há de se analisar instrumen- tipos de questões eliminando perguntas aprender a partir das informações que
tos avaliativos institucionalizados como que testam informações como “Quais são coletadas, analisadas e sobre as
o Enem e os vestibulares de ponta, que são os nomes das quatro partes que quais se reflete.
geram pressões acadêmicas nas escolas compõe o coração?” (átrio direito, átrio
desde a educação infantil. Contudo, esquerdo, ventrículo direito e ventrículo PROCESSOS DE AUTOAVALIAÇÃO
penso que há um horizonte bastante esquerdo). É necessário colocar questões Há uma grande objeção e pré-concei-
interessante diante dos educadores do que estimulem o pensamento dos estu- tos que levam os docentes a desvalorizar
mundo inteiro frente ao futuro que se dantes e que a consulta (por exemplo, as autoavaliações. Tendemos a crer que
descortina diante de todas as nações. Há nas ferramentas de busca) sirvam de os alunos não são capazes de realizar
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AVALIAÇÕES POR COMPETÊNCIAS ( ) com proficiência e pensamento criativo. Essas duas pos-
As avaliações por competências são ( ) de forma satisfatória sibilidades trazem a problematização
muito ricas para qualquer contexto es- ( ) com dificuldade de cenários reais da vida cotidiana para
colar. Elas abrem o leque dos objetivos ( ) com muita dificuldade verificar competências que precisam
instrucionais das comunidades esco- ( ) de forma bastante autônoma ser desenvolvidas pelos alunos. Freire
lares. Podemos pensar em competên- ( ) de forma autônoma (1985) será justamente um dos primeiros
cias como criatividade, comunicação, ( ) de forma satisfatória a apontar o papel imprescindível do ato
comunicação digital, pensamento ( ) com alguma ajuda de perguntar como fundamental para
crítico, empatia, capacidade de nego- ( ) com necessidade de ajuda o processo de ensino-aprendizagem,
ciação, trabalho em equipe etc. Pode A vantagem deste formato de avalia- bem como a relevância de incentivar a
parecer difícil e subjetivo avaliar essas ção é a possibilidade de se avaliar ele- curiosidade dos alunos para buscar res-
competências. Nesta direção, vale a mentos mais amplos da vida do estu- postas para perguntas e problemas que
pena escolher um pequeno grupo e dante como sua capacidade de resolver os desafiem e os coloquem em posição
fazer uma etapa “piloto” para que o problemas, sua competência comuni- investigativa. •
corpo docente aprenda a lidar com cativa, sua habilidade linguística, entre
essa mudança de paradigma, ajustar o outros ramos da constituição do ser. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
rumo, rever os instrumentos, avaliar o Esse tipo de avaliação deixa o processo FREIRE, P., Por uma pedagogia da pergunta.
papel da autoavaliação nestes casos e avaliatório mais completo, mais holístico, Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1985
no preparo das famílias para lidar com mais formador e com maior capacidade WERNECK, H. A Nota Prende, a Sabedoria
modelos avaliativos diferentes. de explicar a evolução discente. Liberta. Rio de Janeiro, DPA. 2001.
As Contribuições da
Neurobiologia para
o entendimento das
Fobias Escolares
O cuidar e a escuta
emocional no
processo da
aprendizagem
escolar
Declarações de
recebimentos e
pagamentos
• de previdência privada e de pla- ano-calendário de 2016, pois não houve mente pago, no caso de falta de entrega
nos de seguros de vida com cláusula ainda publicação de Instrução Norma- destas declarações ou entrega após o
de cobertura por sobrevivência, Vida tiva atualizando este valor). prazo, limitado a 20% (vinte por cento).
Gerador de Benefício Livre (VGBL), Devem ser informados também 2- De R$ 20,00 (vinte reais) para
pagos durante o ano-calendário, ainda os dados relativos a pagamentos de cada grupo de 10 (dez) informações
que não tenham sofrido retenção do planos de saúde de empregados e seus incorretas ou omitidas.
imposto sobre a renda; dependentes. A multa mínima a ser aplicada será
• auferidos por residentes ou domi- O sujeito passivo que deixar de de:
ciliados no exterior, inclusive nos casos apresentar a DIRF, nos prazos fixados, 1- R$ 200,00 (duzentos reais), tratan-
de isenção e de alíquota zero; ou que a apresentar com incorreções do-se de pessoa física, pessoa jurídica
• valores referentes a aposenta- ou omissões, será intimado a apresen- inativa e pessoa jurídica optante pelo
dorias, mesmo que isentas; tar declaração original, no caso de não regime de tributação, previsto na Lei nº
• de dividendos e lucros, pagos a apresentação, ou a prestar esclare- 9.317 de dezembro de 1996, revogada
partir de 1996, e de valores pagos a cimentos, nos demais casos, no prazo pela Lei Complementar nº 123, de 14 de
titular ou sócio de microempresa ou estipulado pela Secretaria da Receita dezembro de 2006;
empresa de pequeno porte, exceto Federal do Brasil - RFB, e sujeitar-se-á 2- R$ 500,00 (quinhentos reais) nos
pró-labore e aluguéis, quando o valor às seguintes multas: demais casos.
total anual pago for igual ou superior a 1- De 2% (dois por cento) ao mês- Essa é uma declaração de suma
R$ 28.559,70 (vinte e oito mil, quinhen- calendário ou fração, incidente sobre o impor tância, pois seus dados são
tos e cinquenta e nove reais e setenta montante dos tributos e contribuições cruzados com outras declarações im-
centavos, valor correspondente ao informados na DIRF, ainda que integral- postas pela Receita Federal do Brasil,
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como DCTF – Declaração de Débitos forma escalonada, conforme crono- cessão de mão de obra e empreitada,
e Créditos Tributários Federais, que grama abaixo: nos termos do art. 31 da Lei 8.212.1991;
é uma declaração onde são informa- • a partir de 10 de janeiro de 2019: as • Pessoas jurídicas responsáveis pela
dos os dados relativos aos tributos pessoas jurídicas com faturamento em retenção de PIS/PASEP, COFINS e CSLL;
retidos e respectivos pagamentos, 2016 igual ou inferior a R$ 78.000.000,00 • Pessoas jurídicas e físicas que
como também, DIRPF – Declaração de (setenta e oito milhões de reais); pagaram ou creditaram rendimentos
Imposto de Renda Pessoa Física, onde • a partir de 1º de Julho de 2019 em- sobre os quais haja retenção do Im-
são informados os dados relativos aos pregadores pessoas físicas, empresas posto sobre a Renda Retido na Fonte
rendimentos pagos, impostos retidos e optantes pelo Simples Nacional, produ- (IRRF), por si ou como representante
pagamento desses impostos. tores rurais pessoas físicas e entidades de terceiros.
sem fins lucrativos.
Informes de Rendimentos Prazo de entrega dos eventos da
Além da obrigatoriedade de en- O que é o EFD REINF: EFD REINF:
trega da DIRF, conforme critérios acima É o mais recente módulo do Sistema - Até o dia 15 do mês subsequente
mencionados, as pessoas deverão tam- Público de Escrituração Digital (SPED) ao que se refira a escrituração. •
bém disponibilizar aos beneficiários e está sendo construído em comple-
dos rendimentos, informe de rendi- mento ao eSocial.
mentos, onde constam as informações Abrange todas as retenções do con-
relativas à fonte pagadora, beneficiário tribuinte sem relação com o trabalho, Wagner Eduardo
dos rendimentos, os rendimentos bem como as informações sobre a Bigardi
pagos, impostos retidos, contribuição receita bruta para a apuração das con- Gestor Fiscal na Meira
para a Previdência Social, pagamentos tribuições previdenciárias substituídas Fernandes. Contador com
mais de 25 anos de atuação
a previdência privada e pensões. (desoneração da folha de pagamento). nas áreas Fiscal e Contábil,
sendo 16 anos no segmento educacional. Pós-
graduado em Controladoria e Administração
Novidades para 2019 – EFD REINF Quais contribuintes estão obriga- Financeira e Negócios pela Universidade
Paulista – UNIP, Pós-graduado em Consultoria e
Conforme Instrução Normativa RFB dos ao EFD REINF: Gestão de Empresas pela Faculdade Trevisan e
1.701/2017, as pessoas jurídicas estarão • Pessoas jurídicas que prestam e graduando em Direito na Universidade Unifieo.
wagner.bigardi@meirafernandes.com.br
sujeitas à entrega da EFD REINF, de contratam serviços realizados mediante
BNCC:
2019 é o ano do ensaio geral!
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resgates de aprendizagens em seu
planejamento, ressignificando a ideia
de “aluno sem base”. Outra questão de
ordem prática que a BNCC trás à tona é
o conjunto de aprendizagens mínimas
necessárias para caracterizar a efetivi-
dade do trabalho do professor.
É por tudo isso que o maior foco
no processo de operacionalização da
BNCC deve ser a formação contínua dos
professores, pois a efetividade dessa im-
plantação repousa numa prática docente
dinâmica que atribua ao aluno papel cres-
centemente ativo no ato de aprender, na
mudança de postura e atitude docentes a
caminho de uma visão integral do aluno
e no desenvolvimento de competências
socioemocionais. Aprendemos a dar
aulas com os professores que tivemos,
logo, somos o retrato de um modelo
cristalizado de ensino. Professor fala,
aluno ouve, de preferência em fileiras
de carteiras retilíneas que nos permi-
tam ver uma só cabeça (cabendo aí, no
mínimo, duas interpretações). Romper
com esse modelo requer treinamento,
apoio técnico, infraestrutura e, acima de
tudo, motivação e crença de que isso é
possível.
Para que a Base faça diferença nas
escolas, ela terá que ser vista muito
mais pelo seu lado de oportunidade do
que por sua dimensão legal. A história
mostra que nunca conseguimos mu-
danças efetivas na educação somente a
partir de leis e decretos. Para promover
mudanças, a legislação precisa ser legiti-
mada e isso somente ocorre quando as
mudanças instituídas encontram eco na
crença dos professores, que por sua vez
só acreditam quando se sentem seguros
e enxergam coerência no processo.
Desenvolver competências por meio do
currículo, garantir direitos de aprendiza-
gem e saber aplicar, na prática, princípios
da Pedagogia diferenciada serão os três
maiores desafios das escolas e dos siste-
mas de ensino. Mão à obra! É na hora que
ensaiamos que descobrimos os pontos
a serem aperfeiçoados e aqueles cujos
administrar situações-problema ajusta- ao nono ano do Ensino Fundamental. resultados motivam à continuidade do
das ao nível e às possibilidades dos Numa estrutura espiralada, os grandes nobre ato de educar. •
alunos e adquirir uma visão longitudinal temas surgem em todos os anos, apenas
dos objetivos do ensino, além de prati- num nível mais complexo. Isso significa,
car diariamente a avaliação formativa. por exemplo, que em Ciências, os alu-
Alguns desafios ganham destaque e nos estudarão o tema Vida e Evolução júlio furtado
um dos principais é a operacionalização do primeiro ao nono ano e não mais
de um currículo em forma de espiral, concentrado no sétimo e no oitavo ano Doutor em Ciências da
Educação e Mestre em
que apresenta os objetos de conheci- como era de costume. Essa estrutura Educação. Pedagogo
mento (conteúdos) distribuídos em uni- curricular trás, também, necessidades e Psicopedagogo.
Conferencista e escritor.
dades temáticas presentes do primeiro de mudança de atitudes por parte do
Metacognição:
Neurociência e Aprendizagem
A
das funções psicolingüísticas (sic).
neurociência vem colaborando O hemisfério direito é responsável
na última década com novas As pesquisas realizadas no estudo pelas funções de síntese, organiza-
descobertas sobre o funcio- do funcionamento do cérebro têm ção, processo emocional, atenção
namento do cérebro humano e como as contribuído para o entendimento de visual, memória visual de objetos
funções cognitivas e executivas podem sua participação no processo cognitivo, e figuras. O hemisfério direito pro-
auxiliar no processo de aprendizagem tais como: memória, alfabetização, cessa os conteúdos não-verbais,
do indivíduo. As tarefas realizadas leitura/escrita, aprendizagem, tomada como as experiências, as atividades
diariamente pressupõem a atividade de decisões, inteligência, interpretação de vida diária, a imagem das orien-
cerebral. textual, linguagem, raciocínio lógico tações espaço-temporais e as
De acordo com Fontes e Fischer – cálculos, interpretação de símbolos atividades interpessoais (FONSECA,
(2016), a neurociência é um campo inter- numéricos –, sonhos e emoções. [s.d.],apud KAUARK, 2008, p. 266).
disciplinar que engloba diferentes áreas Os estudos mais recentes sobre o
do conhecimento como: neuroanato- cérebro humano coadunam com a ideia A neurociência e a aprendizagem
mia, neurofisiologia, neuroquímica, dos dois hemisférios cerebrais traba- se relacionam objetivando o sucesso
neuroimagem, genética, farmacologia, lhando em conjunto, interconectando no aprendizado em qualquer etapa
neurologia, psicologia, psiquiatria, pro- informações e ações. A estimulação da vida do sujeito. Os pressupostos da
curando pesquisar as diversas relações por meio de atividades e estratégias neurociência podem auxiliar na educa-
entre o comportamento e a atividade adequadas podem melhorar o desem- ção e na aprendizagem dos estudantes,
cerebral. penho da tarefa proposta. visando melhorar seu desempenho
acadêmico.
Curiosidade O que dizem as pesquisas?
O cérebro é o órgão do corpo (...) o hemisfério esquerdo é respon- NEUROCIÊNCIA E APRENDIZAGEM
humano responsável pelas ações sável pelas funções de análise, or- a) Estudantes aprendem melhor
voluntárias e involuntárias. As ganização, seriação, atenção audi- quando são altamente motivados
ações voluntárias se relacionam tiva, fluência verbal, regulação dos do que quando não têm motivação;
com o que se pode controlar, como comportamentos pela fala, praxias, b) stress impacta aprendizado;
comer, falar, brincar, entre outras, e raciocínio verbal, vocabulário, c) ansiedade bloqueia oportuni-
as ações involuntárias são indepen- cálculo, leitura e escrita. É o hemis- dades de aprendizado;
é capaz de codificar, armazenar e recu- mente para realizar uma atividade. mação pode passar para a memória
perar a informação.” Por esse motivo, Alternada: é utilizada quando o de longo prazo.
tais aspectos são de suma importância sujeito precisa prestar atenção A memória de longo prazo - reten-
para que a aprendizagem ocorra. em estímulos diferentes, mas não ção de informações por períodos
A percepção é um aspecto da fun- ao mesmo tempo e, sim de forma prolongados de tempo.
ção cognitiva que abrange os proces- alternada.
sos de reconhecimento, organização e Sustentada: é utilizada durante uma Percepção, atenção e a memória tra-
atribuição de significado a um estímulo atividade que exige a manutenção balham interligadas às funções executivas
vindo do ambiente por meio dos órgãos do foco por um período contínuo que envolvem organizar, planejar, monito-
sensoriais. Para que a percepção ocor- de tempo sem distrações. rar, comparar e avaliar. O córtex pré-frontal
ra, o indivíduo precisa receber um Seletiva: é um ato consciente de é responsável pela função executiva e pelo
estímulo externo e compará-lo com se concentrar e evitar distrações funcionamento cognitivo global.
suas informações armazenadas inter- oriundas de estímulos externos ou As funções executivas organizam as ca-
namente, para que possa haver um internos, inibindo aqueles que são pacidades perceptivas, mnésicas e práxicas
reconhecimento. irrelevantes. dentro de um contexto, com a finalidade
Em relação à atenção, esta é di- Concentrada: é utilizada quando o de: eleger um objetivo; decidir o início da
rigida para o estímulo que se julgue sujeito estuda, dirige ou executa proposta; planejar as etapas de execução;
ser importante na ocasião. A memória uma tarefa que exige a concentra- monitorar as etapas, comparando-as com
depende da percepção e da atenção ção em um determinado estímulo. o modelo proposto; modificar o modelo,
para que possa cumprir seu papel que (Hiperfoco). se necessário; avaliar o resultado final em
é, a aquisição, formação, conservação relação ao objetivo inicial.
e evocação das informações. MEMÓRIA Na aprendizagem, as funções exe-
Memória de trabalho ou operacional cutivas são importantes para os estu-
ATENÇÃO – armazenamento de informações dantes, pois prepara o indivíduo a tomar
Dividida: é utilizada quando o su- novas que podem rser etidas por decisões, avaliar e adequar seus com-
jeito precisa prestar atenção em aproximadamente quinze segun- portamentos e estratégias, buscando a
dois ou mais estímulos simultanea- dos. Por meio da repetição a infor- resolução de um problema.
Modelos
para se
alcançar os contato com ambientes virtuais do que têm adotado é o desenvolvimento de es-
objetivos
com o mundo real. paços estruturados que se assemelham
A proposta principal da BNCC é fazer a oficinas. São os chamados ‘espaços
com que o aluno saiba como aplicar o maker’. Equipados com ferramentas,
A Base Nacional Comum Cur- dia a dia. É deste modelo também que fazer. É óbvio que a melhor forma de
ricular (BNCC), aprovada em surgem questionamentos sobre ‘para assimilar conceitos de física é durante
maio de 2018 e que norteará que estou aprendendo isso?’ e parte a realização de projetos que culminem
os programas educacionais do ensino das angústias de uma geração que não na produção de componentes eletrôni-
fundamental a partir do próximo ano sabe lidar com as frustrações. A escola cos. Independentemente do grau de
em todo o país, retira a ênfase na é o ambiente onde devem conhecer os complexidade dos objetos, os alunos
apresentação teórica de conteúdos processos que levam às realizações. atuam desde a concepção e manufatura
para privilegiar a descoberta e o apren- A BNCC não define programas de de componentes mecânicos até sua
dizado por meio do fazer. A iniciativa ensino. Apenas aponta metas. Desta montagem final. Desta forma, além de
busca contextualizar o conteúdo, dar forma, gestores das redes pública e se familiarizarem com diversos tipos de
sentido à aprendizagem, algo de suma privada devem desenvolver metodolo- tecnologias e desenvolverem inúmeras
importância, particularmente para os gias próprias em busca deste objetivo. habilidades – inclusive a de trabalhar em
jovens de hoje, que acabam tendo mais Uma das alternativas que muitas escolas grupo e aprimorar relações interpes-
“A s etapas e as sugestões
apresentadas têm como
objetivo estimular o traba-
lho interdisciplinar dessas disciplinas em
nossas escolas; considerando a prática so-
história participando ativamente com os
outros no mundo. Uma educação trans-
formadora é capaz de promover mudan-
ças por meio da leitura do espaço”, diz.
no cotidiano escolar, sendo necessário
políticas educacionais que atendam a
regionalidade de cada lugar no Brasil.
Desse modo, verifica-se que a Nova
Lei de Diretrizes e Bases (LDB) de 1996,
cial concreta da educação como objeto de Escola Particular - Nos últimos anos, a como os Parâmetros Curriculares Na-
reflexão e formação ao longo do processo relação entre educação e cultura tem sido cionais (PCNs) de 1997, enfatizam a
formativo dos alunos e sua inserção no prestigiada na elaboração das políticas ideia de diversidade cultural, múltiplos
contexto sociocultural” diz a professora educacionais? olhares sobre a cultura e a História do
Especialista em História Moderna. SIMONE VIANA - Acredito que sim, patrimônio material e imaterial do Brasil.
Nesta entrevista à Revista Escola mas ainda falta muito ainda para que Nos permitindo, como professores, am-
Particular, a pesquisadora também fala isto ocorra de maneira plena em nosso pliar estes temas, incorporando leituras
sobre a relação entre educação e cultura país. Pois na atualidade são muito os críticas de textos em sala de aulas, res-
e que, na sala de aula, um professor problemas da sociedade, dos bairros e da gates de lendas e tradições regionais,
nunca pode menosprezar a história do comunidade, que acabam influenciando pesquisas de fontes históricas, estudo de
outro, não dar a importância merecida a o modo pelo qual as políticas públicas são textos literários, possibilitar discussões
ela. “Para uma boa prática, é necessário recebidas e postas em ação no cotidiano a respeito da diversidade cultural e
conhecer e fortalecer a identidade so- escolar. narrativas cotidianas. Mas isso só será
cial, possibilitando ao aluno conhecer Assim, não adianta apenas termos viável pedagogicamente se Escola, Do-
e reconhecer o espaço onde vivem, políticas educacionais, que prestigiam centes e Alunos estiverem abertos para
pertencer e se apropriar do mesmo no educação e cultura, cabe oferecer à a realidade da comunidade escolar, pelo
decorrer da sua História, promovendo a grande maioria das escolas públicas, prin- saber adquirido a partir das vivências e
troca de significados e vivências”, diz. O cipalmente, que enfrentam dificuldades tradições dela.
que entra também no assunto de diversi- para colocar em prática as diretrizes e A formação dos professores e a sua
dade cultural, o conhecimento e respeito ações políticas estabelecidas no plano qualificação também deveria ser uma
à cultura do outro, incentivar a memória de governo, condições estruturais fa- ação, aliás, primordial, na execução de
e novos saberes, conhecer tradições e o voráveis para a execução dessas políti- políticas educacionais que integram
lugar em que vive. cas, atendendo assim de forma eficaz educação e cultura. É necessário quali-
“Conhecer para respeitar! Conhecer às necessidades da educação. Visto que ficar os docentes, oportunizar novas
o aluno em todos os aspectos, com o artigo 10 da Lei nº. 9.394 (BRASIL, 1996) metodologias de ensino que permita
quem ele vive, sua família, o que faz nas aponta que um dos deveres do Estado é o uso de novas práticas educacionais
horas em que não está na escola e até a “elaborar e executar políticas e planos e elaboração e execução de projetos
profissão de seus pais, oportunizaria o educacionais, em consonância com as di- pedagógicos que incentive a integração
surgimento de uma nova relação entre retrizes e planos nacionais de educação, entre Educação e Cultura.
o professor e o aluno. Aprender a ser, integrando e coordenando as suas ações O currículo escolar também é outra
só é possível quando existem trocas e as dos seus Municípios. ação necessária, pois deveriam dar maior
de saberes, partilha de experiências e ênfase ao cotidiano escolar, permitir
situações instigadoras”. EP - Que tipo de políticas e ações do estudos de Histórias regionais, locais,
A professora é enfática em dizer poder público poderiam ser realizadas que incentivassem a formação de uma
que a realização de diversas produções para associar cultura e educação? identidade cultural e consequentemente
artísticas, individuais ou coletivas, nas SV - Penso que os Parâmetros Cur- nacional; dar ênfase às tradições, valores,
linguagens da arte (música, artes visuais, riculares Nacionais - PCNs (BRASIL, 1997) memórias, vivências e uma nova percep-
dança, teatro, artes audiovisuais), é são propostas do Ministério da Educação ção do tempo e do espaço.
essencial para a descoberta de novos e do Desporto (MEC), datadas de 1997,
saberes e vivências por meio das histórias 1998 e 1999, para a abordagem curricu- EP - O contato com a cultura propicia
orais. lar da educação básica, com o objetivo um trabalho mais voltado para a valoriza-
“Conhecer, analisar, refletir e com- de serem um referencial comum para a ção das raízes culturais. Qual a importância
preender os diferentes processos de educação de todos os Estados do Brasil, de ele ser incentivado a desenvolver esse
Arte, com seus diferentes instrumentos não é suficiente, pois muitos professo- tipo de reflexão?
de ordem material e ideal, socioculturais res têm tido dificuldades em aplicar as SV - Nos últimos anos, a relação entre
e históricas. Compreender que o homem sugestões apresentadas por eles, o tra- Educação e Cultura foi incorporada nas
é um ser histórico, capaz de construir sua balho interdisciplinar ainda é um desafio políticas educacionais visando reforçar
PARA SURDOS
ANTENADOS
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POLITICAMENTE CORRETO
A vida em sociedade é dinâmica,
e é natural que sofra modifica-
ções, ao longo do tempo.
Viver em sociedade, de maneira civi-
lizada, exige respeito humano, que leva
informais, de isolamento e falta de opor-
tunidades de progresso profissional.
Alguns, mais extremados, acabam, via
encarceramento, afastados do convívio
coletivo.
Pregam a liberdade de culto e cren-
ça, e usam-na para ridicularizar e contes-
tar cultos e crenças alheias. Inventam
condenações a procedimentos alheios,
tentando criminalizar, por exemplo,
o indivíduo a se abster, em público, de A sociedade só sobrevive enquanto fantasias de índios e marchinhas como
comportamentos que choquem ou con- depositária, praticante e defensora “Maria Sapatão”, “Cabeleira do Zezé”,
trariem valores e tradições de terceiros. de seus valores e tradições. Tentar “Seu cabelo não nega” e outras.
Tais valores e tradições não dizem res- despi-la de qualquer conteúdo moral Sob a denominação genérica de
peito a entendimentos estritamente é transformá-la em mais um rebanho arte, montam obras e espetáculos com
pessoais, que beiram a insanidade, mas irracional, ainda que amestrado. cenas de sexo explícito, até envolvendo
ao conjunto de valores, socialmente Vivemos tempos tumultuados, de animais e figuras sagradas, sem qual-
sedimentados. sucessivas afrontas e intimidações, cor- quer preocupação com avisos prévios
Muitas vezes, os comportamentos roendo hábitos e entendimentos havidos de conteúdo e indicação etária. É direito
antissociais acabam por sofrer vedações como respeitosos. Na verdade, sob o de cada um a assistência, mas é direito
legisladas, obrigando civilidades. Urinar manto enganoso do “politicamente cor- de todos tomar conhecimento prévio
e defecar são atitudes naturais e sempre reto”, busca-se o esvaziamento de todo do que irão assistir.
compreendidas, desde que não realiza- o conteúdo imaterial que armazenamos. É dever da sociedade reagir e tentar
das ao ar livre e sob o olhar indignado Existe uma mal disfarçada tenta- sobreviver, enquanto organismo vivo e
de terceiros. tiva de ruptura social, agasalhada sob harmônico. Valores e tradições susten-
A humanidade sempre contou a égide da vanguarda e inovação. Em tam a nacionalidade, e sem eles somos
com indivíduos rebelados, que vivem verdade, ocorre um espetáculo odioso um corpo vazio, mero e mal conduzido
demonstrando seu inconformismo com de cinismo e irresponsabilidade. rebanho. É a barbárie. •
os valores e tradições do meio onde Pregam banheiros coletivos, que
vivem. Tais indivíduos reafirmam seus sirvam indistintamente a todos os
entendimentos praticando as ações a gêneros, pretensamente respeitando o
que julgam ter direito, ainda que cau- interesse de indivíduos que, sendo ho- Pedro Israel
Novaes de Almeida
sando indisposições e contrariedades. mens, sentem-se mulheres, e vice-versa.
Tais indivíduos sempre foram de- E como fica o direito das mulheres, em Engenheiro agrônomo e
sestimulados pela condenação social, usar banheiros preservando a intimi- advogado, aposentado.
pedroinovaes@uol.com.br
através de ações conjuntas, sempre dade e privacidade?
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ciplinas exatas. Assim, adotam o acrôni- vai precisar ter um olhar mais distancia- materiais de baixíssimo custo, além de
mo STEAM, que seria STEM+Artes. do de seu componente curricular, pois focar na sustentabilidade utilizando
Outras, incluem as Ciências Humanas, deve encontrar os pontos de conexão sucata.
a área de Linguagem, construindo com os demais componentes. Só assim
diferentes acrônimos para identificar ele poderá promover experiências de Aprendizado na prática
a abordagem. aprendizagem realmente significativas Outro mito que o STEM derruba é
Embora muitos dos conceitos que por meio do STEM”, afirma a palestran- a necessidade de saber primeiro a teo-
o STEM tem por base não sejam exata- te da Bett Brasil Educar. ria para depois colocar algum conheci-
mente uma novidade, a implementação Nesse contexto de atividades práti- mento em ação. Assim como os alunos,
do modelo costuma esbarrar em alguns cas, uma sala de aula com carteiras en- os professores também aprendem na
obstáculos, como a necessidade de mu- fileiradas fica claramente inadequada. prática. Ou seja, não é preciso primeiro
dança de cultura escolar e de formação Mas isso não implica na necessidade de ser um especialista teórico em STEM
docente. “No começo, o próprio aluno laboratórios cheios de equipamentos para só depois adotar essa abordagem
não entende muito bem a relação entre caros. “A mudança de espaço é uma na sala de aula. “Nós defendemos a
o que está fazendo e o conhecimento, urgência. Mas as aulas de STEM podem experimentação docente. O profes-
principalmente se já é acostumado a ser feitas em qualquer lugar da escola. sor começa a criar uma aula de STEM
aulas mais expositivas, em um modelo Há muitos exemplos que derrubaram numa semana, vê os resultados, e vai
tradicional de escola”, explica Lilian. por terra a crença de que há neces- aperfeiçoando. Ele aprende a fazer por
Mas ela garante que apesar de alguma sidade de laboratórios sofisticados”, meio da ação e, assim, vai aprimorando
resistência inicial, os estudantes se garante Lilian. sua prática pedagógica”, diz Lilian.
adaptam rapidamente se o professor Um dos exemplos é o da profes- Isso não significa transformar os
estiver bem preparado ao auxiliar a sora Débora Garofalo, que recebeu o alunos em “cobaia”; na verdade, pro-
sistematização e a identificação do que Prêmio Nacional Professores do Brasil e fessores e alunos constroem juntos um
está sendo trabalhado na proposta. figura no Top 50 no Global Teacher Prize novo conhecimento. E, juntos, desen-
O grande desafio para a aplicação graças a seu projeto de robótica com volvem estratégias para lidar com os
do STEM nas instituições de ensino é, sucata, desenvolvido em uma escola desafios que se apresentarem durante
portanto, a formação docente, que, de periferia, parte da rede municipal de a caminhada. “O professor precisa de
principalmente nas disciplinas relacio- São Paulo. Robótica também pode fa- muita clareza de onde quer chegar. Com
nadas à abordagem, é altamente espe- zer parte da abordagem STEM e Débora esse ponto, faz uma espécie de plane-
cializada e fragmentada. “O professor prova que pode ser desenvolvida com jamento reverso e vai aprendendo no
Há momentos
em que o
professor tem
que falar: vamos
prestar atenção
neste conceito
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processo. Se ele ficar só esperando, a as ciências da natureza” virou um dos
inovação não acontece nunca”, afirma grandes temas do Congresso de 2019. Origem
a palestrante da Bett Brasil Educar. No dia 17 de maio, os interessados A valorização das áreas do
Um dos cuidados par a quem poderão participar na sequência de três STEM - assim como o próprio termo
começa a adotar o STEM é evitar ter momentos de reflexão e aprendizados – teve origem na década de 1960
atividades práticas 100% do tempo, para sobre STEM/STEAM. nos Estados Unidos, em resposta
não cair no extremo oposto das aulas Primeiro, Lilian Bacich e seu sócio ao lançamento do satélite Sputi-
puramente expositivas. Ensinar sob a na Tríade Educacional, Leandro Holan- nik, pela antiga União Soviética. O
abordagem STEM pressupõe inverter da, vão falar sobre “Formação de governo americano percebeu que
a lógica tradicional: em vez de primeiro Professores para a Implementação do precisava de gente qualificada se
decorar a teoria para depois fazer uma STEM na Educação Básica”. Logo em quisesse tomar a frente na cor-
experiência, deve-se partir da prática seguida, Roseli de Deus Lopes, livre- rida espacial e, para isso, decidiu
para descobrir e nomear os conceitos docente da Poli-USP e coordenadora- pensar no longo prazo e passou a
por trás do que se observou. “Não geral da Febrace (Feira Brasileira de incentivar que a educação básica
adianta só construir. Deve-se depois Ciências e Engenharia), dará a palestra tivesse um foco maior nas ciên-
refletir, organizar as descobertas em “Educação STEAM: da exploração livre cias e tecnologia. Ao longo dos
conhecimentos acadêmicos”, explica à pesquisa científica e tecnológica”. De- anos a abordagem foi ganhando
Lilian. “Há momentos em que o pro- pois do almoço, como fechamento do consistência, se espalhando pela
fessor tem que falar: vamos prestar assunto, os congressistas vão conhecer Europa e se mostrando cada dia
atenção neste conceito, auxiliando o experiências exitosas de aplicação de mais necessário no mundo inteiro.
aluno no estabelecimento de algumas STEM. Na palestra “Atraindo os Jovens
relações que, talvez, ele não consiga para as Ciências: Duas Boas Práticas”,
fazer sozinho e, como par mais experi- Mariana Peão Lorenzin, do Colégio SERVIÇO
ente, o papel do professor é essencial Bandeirantes, e Susan Bishop, da Saint
nesses momentos. Mas, claro, ainda Paul’s School, vão mostrar o que já
assim pode ser uma aula dialogada e está sendo feito em suas instituições
participativa”. de ensino.
Além de ser contemplado no Con-
Tendências gresso, o STEM marcará presença
Acompanhando de perto as tendên- também na área de exposição, onde
cias para a educação do país, este ano a vários fornecedores vão apresentar
Bett Brasil Educar aumentou o espaço de soluções e materiais para ajudar os
para o assunto, que já foi tema de pales- gestores que desejam implementar ou
Mais informações:
tras em edições anteriores. “STEM - o aperfeiçoar a abordagem STEM em suas bettbrasileducar.com.br
desafio de atrair e formar jovens para escolas. A visitação à feira é gratuita.
Módulo IV
Educação 4.0: Macrovisão
Ciberarquitetura (CBQ)
Pilar CBQ – Responsável pela integração de processos tecnológicos e mídias para o conhecimento,
integrando os níveis da Mesoestrutura e Infraestrutura presentes no Modelo Sistêmico de Educação.
A ciberarquitetura[3] se objetiva nas A ocupação do espaço, sua utilização, lugar, para ser construído. O problema, o
expressões físicas do ambiente, se sub- supõe sua constituição como lugar: o primeiro problema, se coloca quando se
jetiva na dimensão do ciberespaço[12], “salto qualitativo” que leva do espaço carece de espaço ou de tempo.
(re) objetivando-se no contexto das ao lugar é, pois, uma construção. O es- A diferenciação fundamental entre
relações humanas, síncronas ou não, de- paço se projeta ou se imagina; o lugar se espaço e lugar convida à construção de
senvolvidas em ambientes de interação constrói. Constrói-se “a partir do fluir da uma categoria conceitual que visa repre-
social. Distingue-se aqui espaço e lugar, vida” e a partir do espaço como suporte; sentar a dimensão de um espaço que
ciberespaço e ciberlugar. Nas palavras de o espaço, portanto, está sempre dis- não se projeta unicamente nas coorde-
Frago e Escolano[13]: ponível e disposto para converter-se em nadas físicas conhecidas (altura, largura,
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4.0 (com audiovisuais)
O Curso de introdução à Educação
4.0 é de autoria do Prof. Dr. Cas-
siano Zeferino de Carvalho Neto e
foi concebido para propiciar uma
macrovisão teórico-tecnológica
do modelo desenvolvido. Tem
por público-alvo docentes, es-
pecialistas, gestores e demais
interessados na Educação.
• Para realizar o curso, siga os
passos:
Passo 1: acesse https://4educa.
com.br/
Passo 2: cr ie sua conta:
https://4educa.com.br/wp-login.
php?action=register
Passo 3: veja em seu e-mail a
confirmação da conta (por vezes
pode ir para a caixa de SPAM,
esteja atento (a)). Crie uma nova
senha, para usar facilmente os
recursos da plataforma.
Passo 4: Acesse e realize o curso
(https://4educa.com.br/cursos/
introducao-a-educacao-4-0/)
em distintos instantes de tempo durante e densidade de informação para os A integração de mídia analógico-
os processos de ensino-aprendizagem. processos de ensino-aprendizagem, digital propiciada pela Ciberarquitetura
Por exemplo, durante uma aula quando comparadas ao conjunto de oferece novas possibilidades de intera-
de Biologia em que se deveria contar mídias e, portanto, acesso à informação ção pedagógica para os processos edu-
com a imagem de um ecossistema e o que hoje os estudantes e as pessoas, cacionais que acontecem no recinto da
recorte de uma lâmina de um espécime de um modo geral, têm fora da escola. escola, mas que podem ir para além dele
ao microscópio, o professor terá a lousa Eis o ponto de ruptura entre o mundo por educação ubíqua de base digital. •
como aliada e quiçá um painel impresso vivenciado no dia a dia e o cotidiano
para interagir com os estudantes, pois escolar, uma das principais fontes de Módulo V: continua no próximo número.
o que poderia ser visto e compartilha- desinteresse e baixo aproveitamento
do na internet e com a projeção de escolar na atualidade.
um microscópio encontra-se, respec- Neste contexto de investigações
tivamente, na ‘sala de informática’ e no e autoria é que foram concebidas as Cassiano Zeferino
de Carvalho Neto
‘laboratório de ciências’. Perde-se, com chamadas Salas Inteligentes, suporta-
isso, o sincronismo da ação pedagógica/ das por pesquisas, desenvolvimento Presidente do Instituto para
a Formação Continuada
andragógica e o aproveitamento educa- e inovações que buscaram conhecer, em Educação (IFCE)
cional é reduzido, além de que na sala compreender e superar os problemas e Gestor de Projetos
Especiais do Laboratório de Pesquisa
de aula, propriamente dita, os recursos enumerados, com vistas a alcançar em Educação Científica e Tecnológica
de acesso e tratamento da informação uma mais profunda e ampla integração do Instituto Tecnológico de Aeronáutica
(ITA), onde realizou seu pós-doutorado
ficam geralmente restritos aos discur- pedagógica/andragógica, apresentando com ênfase em Educação Digital. Tem
doutorado em Engenharia e Gestão do
sos verbais do professor, aos símbolos assim um conjunto de novas soluções Conhecimento e Mestrado em Educação
grafados na lousa e, quando existente, (tecnologias), para a educação básica e Científica e Tecnológica, ambos realizados
na Universidade Federal de Santa Catarina
a um livro didático ou apostila. superior, pautadas no conceito de ciber- (UFSC). Sua formação é em Pedagogia e Física,
Tais circunstâncias se mostram em- arquitetura educacional[4] e convergência pela PUCSP.
E-mail: ifceduca@gmail.com
pobrecidas, em termos de qualidade de mídia analógico-digital.
Referências:
[3]
CARVALHO NETO, C. Z. Dissertação de Mestrado: “Espaços ciberarquitetônicos e a integração de mídias por meio de técnicas derivadas de tecno-
logias dedicadas à educação“. Programa de Pós-Graduação em Educação Científica e Tecnológica, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Florianópolis, 2006. Disponível em: http://www.carvalhonetocz.com/publicacao-academica/. Acesso em 04/01/2019.
[4]
THOMPSON, J. B. A mídia e a modernidade: uma teoria social da mídia. Petrópolis: Ed. Vozes, 2011.
[12]
LÉVY, P. A conexão planetária: o mercado, o ciberespaço, a consciência. São Paulo: ed. 34, 2001.
[13]
FRAGO, A. &; ESCOLANO, A. Currículo, Espaço e Subjetividade: A Arquitetura como programa. 2. Ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.
Apoio institucional na autoria do Curso de Introdução à Educação 4.0: Instituto para a Formação Continuada em Educação (IFCE) (www.ifce.com.br).
Expectativas e Realidade
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de encontrarem dificuldades na escola.
educa é crucial A esses, insurgem-se tantos problemas
de ordem afetiva, que se tornam susce-
para um ensino tíveis ao peso da frustração, chegando,
algumas vezes, ao suicídio. Na verdade,
de qualidade, o que desejam não é acabar com a vida,
mas pôr fim à dor emocional.
especialmente Em qualquer das situações, o apren-
quando se trata dente será sempre um ser individual,
humano, com sua estrutura pessoal
de atributos que exposta diante das suas dificuldades de
aprendizagem. Um ser, sobre o qual, o
estabeleçam uma olhar do professor deverá atentar prio-
ritariamente para suas necessidades
educação cidadã afetivas. É comum os alunos sentirem-
se excluídos por não se adaptarem ao
modelo escolar que lhe é oferecido.
Como professores, devemos estar
de instrumentos externos à escola, pois sempre avaliando e reavaliando nossa
a questão está ligada às desigualdades, prática docente e o direcionamento do
desempregos, dentre outros fatores nosso esforço. Se na busca por igual-
sociais e econômicos. dade e resgate do sucesso escolar esta-
Mas percebemos que, como profes- mos repetindo o modelo que queremos
sores, ainda podemos fazer a diferença desconstruir, será preciso rever nossos
em muitas vidas que são depositárias do conceitos. Quando amorosamente edu-
nosso cuidado na escola. Recebemos camos, surgem grandes possibilidades
constantemente alunos que não con- de superar conflitos.
seguem aprender. Precisamos analisar Cada dia, mais crianças e adoles-
os motivos por que não aprendem. centes levam suas dúvidas e anseios
Diferentes abordagens são feitas na para a sala de aula. Não existe manual
tentativa de entendê-los. para educá-los. Porém, o papel de
No olhar do aprendente, a escola quem educa é crucial para um ensino
reflete o professor. A maneira como de qualidade, especialmente quando se
cos ou não. São exemplos utilizados ele ensina e transmite o conteúdo pode trata de atributos que estabeleçam uma
para justificar as causas do chamado despertar ou não o interesse. A distân- educação cidadã. Não se faz isso sem
“fracasso escolar”. O professor Bernard cia que o professor mantém da família, formação humana.
Charlot, contudo, diz que o fracasso es- desconhecendo as razões para os in- Respondi à pergunta daquela senho-
colar não existe. O que existe são alunos sucessos, pode provocar nos educandos ra dizendo que nesse tempo de tanta
em situação de fracasso. Ou seja, não baixas expectativas no que tange ao seu complexidade e desafios, é necessário
existe um objeto “fracasso escolar”, futuro e a importância da escola. aprender os predicados invisíveis que
analisável como tal. Segundo ele, a noção No olhar do professor, a família par- nos tornam mais preparados para a
de fracasso é usada para exprimir tanto ticipa pouco da vida escolar dos alunos. vida e o que ela traz de bom ou ruim.
a reprovação de uma determinada série, Os problemas que enfrentam no meio Terminei a minha resposta dizendo que
quanto a não aquisição de certos conhe- social e familiar provocam o desinte- é extremante importante aprender o
cimentos ou competências. Trata-se de resse, devido à falta de perspectivas na que é preciso saber, mas é fundamental
uma noção tão extensa, que se tornou vida, pois, muitas vezes, estudantes são aprender o que é preciso ser. •
confusa e vaga. obrigados a trabalhar para o próprio
Ao sair do escopo de uma análise sustento e o da família, ficando exaustos,
abstrata para a avaliação das diversas desmotivados e cansados em demasia
eugênio cunha
situações concretas na escola, o tema para continuarem com os estudos.
ganha sua humanidade em razão de pes- Como contraponto dessa realidade Professor, doutor em
soas que convivem com circunstâncias estão os filhos das classes mais favore- educação e autor dos livros
de caos nos núcleos familiar, escolar cidas, aos quais, a condição financeira “Afeto e aprendizagem”
“Autismo e inclusão”,
e social. A complexidade da situação dos pais outorga-lhes tempo e opor- “Práticas pedagógicas para inclusão e
diversidade”, “Autismo na escola: um jeito
deixa-nos a clareza de que apenas uma tunidades para seguirem estudando, diferente de aprender, um jeito diferente de
solução com mecanismos da escola não fazendo ainda diversas outras ativi- ensinar” e “Educação na família e na escola”,
publicados pela WAK Editora.
seria suficiente. Seria necessária a ajuda dades complementares, como cursos
Oswaldo Tavares
EDUCAÇÂO NA ALEMANHA
A delegação vai ter contato com um
sistema bem diferente do brasileiro. O
Governo fixa metas e fornece as diretrizes
gerais, a serem postas em prática pelos
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Alemanha:
nossa viagem será concentrada na Bavária e em Baden Wurttemberg, ao Sul
• Munique: a mais alegre, acolhedora e visitada cidade do País. Capital alemã da cerveja, com
seus famosos “biergartens”, tavernas bávaras e intensa vida noturna. É um centro cosmo-
polita e cultural, inovador da moda, famoso por sua gastronomia e paraíso para compras.
• Stuttgart: moderna metrópole comercial, com destaque para a indústria automobilística
(Mercedes e Porsche), mas com o charme de bairros tradicionais como Killesberg. Destaca-se
também por ser centro de arte, gastronômico e por ser Rota do Vinho.
4/5 Saída de Guarulhos, pela Air France, com destino a Munique, via Paris.
5/5 Chegada a Munique, recepção e traslado ao Hotel Countryard City Center
6/5 Munique: city tour para conhecer Marienplatz; a Torre da Prefeitura e seu famoso carrilhão;
Palácios Nymphenburg e Residenz; Frauenkirche; o centro de compras de Viktualienmarkt; as
ruas exclusivas de Brienner Str.e Maximilian Str., além do bairro animado de Schwabing; o Allianz
Park do Bayern e o imperdível Deutsch Museum de Ciências, e outras atrações.
7/5 Saída para Stuttgart, parando para visita e almoço na belíssima cidade universitária de Tu-
bingen, à beira do Rio Neckar, a “Cambridge” da Alemanha. Hospedagem no Hilton Garden Inn.
Fotos: pixabay
8/5 Stuttgart: seminário organizado pelo Ministério da Cultura, Juventude e Esportes, seguido BERGEN
de visita a 2 escolas. Curtir a Calwer Str. e Konigstr., além do Outlet City Metzingen.
9/5 Visita a 2 escolas por grupo e, à tarde, vamos conhecer o famoso Museu Mercedes Benz.
10/5 Visita a 2 escolas por grupo.
11/5 Traslado ao Aeroporto de Frankfurt para ida a Tallinn, pela Lufthansa. Recepção e
Hospedagem no Hotel Radisson Blu Olumpia.
ESTÔNIA
• TALLINN: é o mais preservado centro medieval da Europa e ao mesmo tempo uma das
capitais mais digitalizadas e de gestão moderna na Europa.
12/5 City tour com destaque para a Cidade Velha murada, suas agitadas e típicas ruelas animadas
de bares e bons restaurantes, principalmente a magnífica Raekoja Plaz e seus prédios históri-
cos; o Palácio Kadriorg, a Catedral de St Mary, o bairro e Fortaleza de Toompea, o Mercado
de Artesanato de Muurivahe, junto às muralhas, e Passagem Katariina.
13/5 Seminário sobre o sistema de ensino, avaliação do presente e desafios futuros, coor-
denado pelo Ministério de Educação. Visita a 1 kindergarten e a escola de educação básica.
14/5 Visita a escolas selecionadas e ao Mektory Centre, que coopera enfatizando uso de IT
na escola. Seminário na Tallinn Haridusanet, com foco em matemática, ciências e tecnologia.
COMO PARTICIPAR
15/5 Visita a 2 escolas por grupo e Seminário de avaliação e troca de experiências, organizado 1. Do site www.viagemeducacional.
pela Innove e Associação de Diretores de Escolas de Tallinn.
com.br: imprimir e preencher a Ficha de
16/5 Grupo A: traslado ao aeroporto para voo a Oslo Inscrição
Grupo B: retorno ao Brasil via Paris, chegando no dia 17/5 2. Encaminhar ao IES Educação
Internacional, organizador da viagem:
NORUEGA: TOUR CULTURAL (opcional) oswaldo@ies.tur.br ou solicitar mais
16/5 OSLO: hospedagem no Radisson Blu Scandinavia. Visita para conhecer uma das mais belas informações sobre valores e a viagem
e diversificadas capitais da Escandinávia, combinando a tradição e o moderno – Museu Munch, por tel. 11-47029414 ou 46129035, ou com
a Ópera futurista, Vigeland Park; e a história dos vikings, que dominaram o Norte da Europa naila@iies.tur.br.
do século 9 ao 11, destacando o Museu do Navio Viking e o Museu Kon-Tiki.
3. Os pagamentos são efetuados no
17/5 Norway in a Nutshell: início de um dos circuitos mais belos do mundo, fazendo o percurso câmbio turismo e podem ser parcelados
de trem, ônibus e minicruzeiros, de Oslo a Flam e Myrdal, com paisagens inesquecíveis, repletas 4. O pacote inclui aéreo, hotel com
de penhascos verticais, cachoeiras e fjords. Hospedagem no Fretheim Hotel.
café, traslados, intérpretes, ônibus à
18/5 FLAM: minicruzeiro até Gudvangen para ver o “rei dos Fjords” –Sognefjord- o mais disposição, seminários, visitas a escolas,
extenso, profundo (1700m) e impressionante; o Parque Nacional de Jotunheimen, a geleira
Jostedalsbreen. No fim de tarde, ida a Bergen e hospedagem no Radisson Blu Bergen. tours indicados e acompanhamento do
19/5 BERGEN: capital do Reino na Idade Média, entreposto avançado da Liga Hanseática ,é
IES/SIEEESP. •
Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. A beleza é estonteante de suas colinas (acesso
pelo teleférico Floyen), com vista magnífica dos fjords e ilhas. Destaque para o Bairro de PARTICIPE DESTA
Bryggen e Mercado de Peixes. EXPERIÊNCIA ÚNICA.
20/5 OSLO: iremos até a capital, conhecendo o Hardanger Fjord, as espetaculares cascatas
Vorigfoss e o centro de esqui de Geilo. Hospedagem no Radisson Blu Hotel. A VIAGEM TRARÁ AMPLOS
OBS: durante todo o trajeto, as malas irão em ônibus separado. BENEFÍCIOS PARA SUA ESCOLA!
21/5 Traslado ao aeroporto para retorno ao Brasil, via Paris, e FIM DESTE TOUR MEMORÁVEL!