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APÊNDICE 4

Investigações no âmbito das redes de suporte social


Autor País Amostra Principais resultados
Verificou-se que a tendência para ser vitimizado na escola
412 alunos
Slee & Rigby se correlacionava negativamente com o número de amigos,
Austrália dos 7 aos 13
(1993) anos a popularidade, a satisfação e sentimento de segurança
face à escola.
Procurando uma associação entre vitimização e redes de
amizade, os autores confirmaram a hipótese de que a
amizade funciona como um fator protetor no
desenvolvimento dos jovens, uma vez que os alunos com
Boulton et al. 170 alunos,
Inglaterra maior número de amigos recíprocos na sua turma recebiam
(1999) com 11 anos
menor número de nomeações como vítimas, enquanto os
alunos com menor número de amizades recíprocas no seio
da turma, recebia significativamente mais nomeações
como vítimas.
Com o intuito de relacionar as ligações entre pares e o
Pellegrini, Estados nível de aceitação social, verificou-se que os agressores e
154 alunos do
as vítimas-agressivas se correlacionavam negativamente
Bartini & Unidos da 5.º ano
com a popularidade entre pares. As redes de amizade e a
Brooks (1999) América aceitação social pelos pares assumiram-se como fatores
protetores contra a vitimização.
Avaliando a prevalência de alunos vitimizados e o seu
estatuto sociométrico por turma, verificou-se em todas as
turmas a existência de um ou dois alunos, considerados
pelos pares como vítimas, num total de 5% da amostra.
442 alunos do
Relativamente ao estatuto sociométrico, observou-se uma
Schuster (1999) Alemanha 5.º, 7.º e 11.º
elevada correlação entre vitimização e rejeição, sendo os
anos
alunos vitimizados os mais rejeitados pelos pares, por
comparação aos alunos não vitimizados. Observou-se
ainda a quase inexistência de alunos vitimizados no grupo
de alunos populares.
Com o intuito de avaliar a eficácia da implementação de
1836 alunos
um sistema de suporte dos pares, verificou-se que, apesar
Naylor & do 7.º e 9.º
Inglaterra do suporte dos pares não resultar num declínio do bullying,
Cowie (1999) anos e 226
esse mesmo suporte foi percecionado como eficaz na
professores
redução dos efeitos negativos da vitimização.
Em dois estudos longitudinais até ao 3.º ano, foi avaliado o
389 alunos do papel da amizade como variável mediadora entre as
Estados pré-escolar e práticas disciplinares familiares e a vitimização pelos
Schwartz et al.
Unidos da família e 243 pares. Verificou-se que as práticas punitivas e ambientes
(2000)
América alunos do 1.º familiares hostis prediziam a vitimização posterior,
ano e família fundamentalmente em crianças com um baixo número de
amigos, salientando-se aqui o efeito protetor da amizade.
Focalizando-se nos comportamentos de bullying como um
fenómeno de grupo, verificaram que os agressores
Estados mantinham um número semelhante de amigos
Espelage & 422 alunos do
Unidos da comparativamente aos alunos não envolvidos, sendo que
Holt (2001) 6.º ao 8.º ano
América 75% dos agressores nomeavam como amigos outros
colegas também eles agressores. Este padrão verificou-se
mais comum entre os rapazes do que entre as raparigas.
Hersh (2002) Canadá 393 alunos Verificou-se que alunos frequentemente vitimizados pelos
seus pares, associado a uma perceção de redes de suporte
dos 12 aos 15
social limitada, têm maiores probabilidades de
anos
manifestarem dificuldades de ajustamento.
Recorrendo aos resultados de investigações realizadas em
sete países com o mesmo questionário (Olweus Bullying
Questionnaire) e procurando associar o bullying a
China,
variáveis como a amizade, solidão e interações sociais no
Inglaterra,
48 000 alunos recreio, constaram-se algumas variações culturais na forma
Irlanda,
Eslea et al. do ensino como o bullying se associa ao género, idade e suporte
Itália,
(2003) básico e social. Contudo, verificaram-se nos alunos vítimas níveis
Japão,
secundário significativamente inferiores em todas as variáveis
Portugal e
consideradas e em todas as amostras, comparativamente
Espanha
com os agressores. Em geral, apresentaram-se mais
correlações negativas para as vítimas e poucas (ou
nenhumas) para os agressores.
Com o objetivo específico de examinar o efeito de
algumas variáveis na procura de suporte por parte dos
Hunter, Boyle 830 alunos alunos vitimizados, verificou-se que as raparigas
& Warden Escócia dos 9 aos 14 procuravam mais frequentemente ajuda do que os rapazes,
(2004) anos assim como os alunos com maiores expetativas de
mudança ou que vivenciam elevados níveis de emoções
negativas.
Debruçando-se sobre as redes sociais dos alunos, os
autores verificaram que a participação dos amigos em
Estados comportamentos agressivos se associava positivamente aos
Mouttapa et al. 1368 alunos agressores e vítimas-agressivas, mas negativamente às
Unidos da
(2004) do 6.º ano vítimas. Verificou-se ainda que o número de nomeações de
América amizade recebidas se encontrava negativamente associado
aos alunos vítimas, o que parece revelar a fragilidade das
suas redes de amizade.
A promoção de ações interventivas por parte dos alunos
observadores passivos, que testemunham casos de
200 alunos do
vitimização, é vista atualmente como um modo promissor
Rigby & 6.º e 7.º anos e
Austrália de reduzir o bullying nas escolas. Após o visionamento de
Johnson (2006) 200 alunos do
um vídeo, com incidentes de bullying na presença de
8.º e 9.º anos
observadores externos, 43% dos alunos referiram que
seriam capazes de ajudar a vítima.
Sabendo que um dos motivos subjacentes ao
comportamento antissocial de crianças é a sua necessidade
de pertencer a um grupo de pares, analisou-se a forma
como os comportamentos de bullying se relacionam com
Olthof & 378 alunos
os níveis de aceitação social dos alunos. Entre os rapazes, o
Goossens Holanda dos 10 aos 13
envolvimento em comportamentos de bullying encontrou-
(2008) anos
se relacionado com o desejo a ser aceite por outros rapazes
antissociais. Entre as raparigas, o envolvimento em
comportamentos de bullying relacionou-se com o desejo de
ser aceite pelos rapazes em geral.
Este estudo procurou analisar até que ponto os
comportamentos de bullying por parte de adolescentes
Dijkstra, 3312 alunos populares interferem com a aceitação ou rejeição do
Lindenberg & Holanda do 7.º e 8.º bullying pelos pares. Os resultados sugerem que os
Veenstra (2008) anos comportamentos de bullying são, particularmente, os
manifestados pelos adolescentes populares, com o estatuto
social.
Thunfors & Estados 379 Este estudo teve como propósito investigar a popularidade
Cornell (2008) Unidos da de alunos envolvidos em comportamentos de bullying.
América O nível de popularidade foi avaliado através de nomeações
pelos pares. Os agressores encontraram-se entre os alunos
mais populares da escola, recebendo mais nomeações em
média (21) do que os alunos não envolvidos (13) e do que
as vítimas.
De acordo com os resultados desta investigação,
173 alunos do confirmou-se, como fator preditor da ocorrência de
Didaskalou, 5.º e 6.º anos comportamentos de bullying, a presença dos colegas
Andreou & Grécia do ensino durante o recreio e, como fator preditor da vitimização, a
Vlachou (2009) especial falta de companheiros durante o intervalo e o número
limitado de amigos na sala de aula.
Os autores procuraram investigar a estabilidade tanto da
vitimização direta quanto relacional, assim como os
663 alunos fatores que contribuem para a permanência, o terminar ou
dos 6 aos 9 iniciar a vitimização. As vítimas relacionais e alunos de
anos (dos turmas com uma estrutura hierárquica elevada eram mais
Wolke, Woods quais 432 em propensos a abandonar a escola, comparativamente com
Reino
& Samara follow-up até alunos de turmas com uma estrutura social mais baixa. O
Unido
(2009) aos 10-11 risco de permanecer uma vítima de comportamentos
anos) e diretos no follow-up era duas vezes maior
respetivos pais comparativamente com alunos não envolvidos. O facto de
ser rapariga e de receber poucas nomeações positivas por
parte dos pares parece predizer a permanência num
estatuto de vítima direta.

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