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Rollo May
Escolher nos trás angustia, porem não escolher também é uma escolha pela qual quem
a faz deve se responsabilizar por esta. É preciso ter coragem para criar e participar da criação de
nosso próprio futuro.
A coragem física não é usar a forca física, mas conhecer o corpo, permitir que o corpo
pense, ouça e produza empatia.
A coragem moral é lutar por causas nobres e da verdade. Em que se valoriza o ser e o
protege das injustiças, mesmo que isto leve a sofrer a injustiça também. Vem da audácia e da
compaixão. É a coragem de corrigir o que está errado.
Estes medos geram ansiedade e devem ser enfrentados. “É preciso ter consciência para
crescer, não basta sermos nos mesmos, mas é preciso participar da individualidade do outro.”
É preciso ter coragem de saber, mas também é preciso ter coragem de reconhecer o que não se
sabe.
A arte tem capacidade de contribuir para a criação da consciência da raça. Artistas são
rebeldes por serem revolucionários e inovadores, gerando consciência na raça humana. São
intensos em emoções, vivos. E esta vitalidade opõem se a morte, a maior de todas as injustiças.
A dor pela morte, não está em sua explicação objetiva mais ao fato de amarmos e sermos
privados deste objeto de amor. É a morte subjetiva.
O tempo nos ensina a amar de forma mais autentica. O amor exige sabedoria que vem
com a idade. Porém o peso dos anos nos leva a tornarmos apenas lembrança e esta se esvai com
o tempo.
Há uma grande ligação entre religião e rebeldia. Os santos foram rebeldes que
marcaram a sociedade e elevaram a raça de forma ética, moral e espiritual.
II - A criatividade ocorre como meio de compensar a fragilidade. O que nos falta nos leva
a uma vocação. Porém isto ainda não explica o processo criativo.
2) Rolo May explica a criatividade partindo dos artistas por ser um dele e estar em seu
meio.
Existem pessoas criativas e com talentos. Porém é preciso haver encontro com intensidade.
A arte permite o encontro do artista e seu mundo, e a arte retrata o estado psicológico
e espiritual da época. Retrata a realidade como aqueles contemporâneos a veem e seus
presságios.
É como uma Gestalt aberta que pode ser definida como o “chamado” ao inconsciente.
E ocorre no momento de pausa destes pensamentos (intuição).
A criatividade ocorre num ato de encontro. O encontro trás sensações como as que
ocorrem durante o ato sexual. “E o desafio dá sentido a vida”
Segundo Kierkegaard “o eu é apenas aquilo que está em processo de vir a ser”. Quando
nos focamos no que buscamos ser nos encaminhamos para este processo de “cura”. Pensar e
auto criar ocorrem juntos.
Diante dos estímulos somos livres para fazer nossas escolhas. A virtude consiste em
escolher as paixões e não deixa-las nos dominar. A paixão descontrolada pode destruir o EU.
Delfos assim como os sonhos envia mensagens as quais não levaríamos a consciência
acordados por serem deveras ansiogenicas. Porem são ambíguas e é preciso fazer a escolha de
como vive-las. E nos leva a fazer uma analise consultando nossa própria intuição e sabedoria.
Somos limitados aos criarmos, e as criações são tentativas de ultrapassar estes limites.
Limites físicos, metafísicos (família, local, momento histórico). A consciência nasce do
reconhecimento dos limites. Limitação e expansão se completam.
Heráclito dizia que “os limites são tão necessários quanto as margens dos rios.” A
imaginação é a extrapolação da mente. Os limites devem estar sempre claros e visíveis. A ordem
nasce da desordem.
A psicoterapia poderia dar origem ao nosso ser ou trata-se apenas de um artificio? Pode
se viver em um lugar no qual não se é aceito, porem não é possível viver sem significações.
Cena holística igual forma. O que se passa no individuo, sob o disfarce de seus sintomas
é a paixão carregada de conflitos, para dar sentido a uma vida em crise. Temos necessidade de
fechar as Gestalts. A mente é um processo ativo de formulação e reformulação do mundo, que
é feito pela razão, emoção e imaginação.
O terapeuta não pode prever a natureza exata dessas decisões, são as vivencias da nova forma.