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1) Correta a assertiva letra "A", nos termos do art. 4° do Estatuto da Advocacia e da OAB, segundo o

qual "são nulos os atos privativos de advogado praticados por pessoa não inscrita na OAB, sem

prejuízo das sanções civis, penais e administrativas". Assim, Antônio, além de ver declarado nulo os

atos praticados no processo, também responderá por perdas e danos na esfera cível, por crime na

esfera penal, podendo até mesmo ser preso, e poderá ser responsabilizado também na esfera

administrativa.

2) Francisco, sendo coronel das forças armadas e estando na ativa, exerce atividade incompatível

com a advocacia (art. 28, VI do EAOAB) e, desta forma, não poderá realizar sua inscrição como

advogado (art. 8°, V, EAOAB) e nem como estagiário nos quadros da OAB (art. 9°, I, EAOAB).

No entanto, vale ressaltar que, ainda que o militar na ativa esteja impedido de se inscrever como

estagiário na OAB, ele poderá frequentar o estágio oferecido por sua faculdade, é o que dispõe o

art. 9°, §3° do EAOAB, vejamos:


Art. 9°, § 3º. O aluno de curso jurídico que exerça atividade incompatível com a advocacia pode

frequentar o estágio ministrado pela respectiva instituição de ensino superior, para fins de

aprendizagem, vedada a inscrição na OAB.

Correta, portanto, a assertiva letra “D”.

3) A Portaria baixada pelo magistrado José Maria, que, dentre outros assuntos, disciplina o horário de

atendimento das partes e dos advogados, viola diretamente o disposto no art. 7°, VI, "b" e "c", e VIII,

que tratam dos direitos dos advogados. Confira a redação dos referidos dispositivos:

º
Art. 7 . São direitos do advogado:

VI - ingressar livremente:

b) nas salas e dependências de audiências, secretarias, cartórios, ofícios de justiça, serviços notariais

e de registro, e, no caso de delegacias e prisões, mesmo fora da hora de expediente e

independentemente da presença de seus titulares;

c) em qualquer edifício ou recinto em que funcione repartição judicial ou outro serviço público onde o

advogado deva praticar ato ou colher prova ou informação útil ao exercício da atividade profissional,

dentro do expediente ou fora dele, e ser atendido, desde que se ache presente qualquer servidor ou

empregado;

VIII - dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho, independentemente

de horário previamente marcado ou outra condição, observando-se a ordem de chegada.

Assim, correta a assertiva letra “C”.

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4) Correta a assertiva letra "A", nos termos do art. 15, §1° do EAOAB.
§ 1°. A sociedade de advogados e a sociedade unipessoal de advocacia adquirem personalidade
jurídica com o registro aprovado dos seus atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB em cuja

base territorial tiver sede.

O art. 37 do Regulamento Geral da OAB, também prevê que: "os advogados podem constituir

sociedade simples, unipessoal ou pluripessoal, de prestação de serviços de advocacia, a qual deve

ser regularmente registrada no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede".

5) Dispõe o art. 4°, parágrafo único do Código de Ética que "é legítima a recusa, pelo advogado, do

patrocínio de causa e de manifestação, no âmbito consultivo, de pretensão concernente a direito que

também lhe seja aplicável ou contrarie orientação que tenha manifestado anteriormente".

Portanto, a advogada Alice pode recusar-se a propor a ação que contrarie sua anterior

manifestação apresentada no parecer.

Gabarito letra "A".

6) Correta a letra “D”, nos termos do art. 25 do Estatuto da OAB, o qual dispõe:

Art. 25. Prescreve em cinco anos a ação de cobrança de honorários de advogado, contado o prazo:

I - do vencimento do contrato, se houver;

II - do trânsito em julgado da decisão que os fixar;

III - da ultimação do serviço extrajudicial;

IV - da desistência ou transação;

V - da renúncia ou revogação do mandato.

Desta forma, no caso em tela, o prazo para a prescrição da ação é de cinco anos e passou a contar

da data da desistência judicial formulada (Art. 25, IV, EAOAB).

7) De acordo com o art. 28, II do Estatuto da Advocacia e da OAB, a atividade da advocacia é

incompatível com atividades dos membros do Poder Judiciário. Havendo incompatibilidade em

caráter definitivo, a inscrição como advogado deverá ser cancelada, nos termos do art. 11, IV do

EAOAB.

Art. 28. A advocacia é incompatível, mesmo em causa própria, com as seguintes atividades:

II - membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos tribunais e conselhos de contas,

dos juizados especiais, da justiça de paz, juízes classistas, bem como de todos os que exerçam

função de julgamento em órgãos de deliberação coletiva da administração pública direta e indireta;

(Vide ADIN 1127-8)

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Art. 11. Cancela-se a inscrição do profissional que:

IV - passar a exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível com a advocacia.

Correta, portanto, a assertiva letra “C”.

8) Correta a assertiva letra "D", de acordo com o previsto no art. 2°, parágrafo único, VIII, "c", do

Código de Ética e Disciplina da OAB que diz ser dever do advogado abster-se de emprestar

concurso aos que atentem contra a ética, a moral, a honestidade e a dignidade da pessoa humana.

9) Correta letra C. Na obra "As origens do Totalitarismo", cobrada na questão, escrita por Hannat

Arendt, o homem perde a sua qualidade essencial de homem e a sua dignidade não quando tem os

seus chamados Direitos do Homem violados, mas sim quando deixa de pertencer a uma comunidade

organizada, disposta e capaz de garantir esses direitos. Segundo a autora, ainda que o homem

perca todos os seus Direitos do Homem, ele ainda pode manter a sua dignidade e a sua qualidade de

homem, caso seja mantida a própria comunidade. Em suma, pode-se dizer que a tragédia não é

quando o homem perde direitos específicos, mas quando ele perde a própria comunidade, que seja

organizada e capaz de garantir quaisquer direitos. Eis a tragédia do nosso tempo, com base no

pensamento de Arendt, milhares de pessoas são obrigadas a abandonar muito mais do que o seu

país de origem, elas deixam para trás a sua condição de “homem”, pois não terão a sua comunidade

para lhe assegurar a garantia, não só dos direitos fundamentais, mas de qualquer direito. Segundo a

autora, nesse momento, “foram expulsos da humanidade”.

10) Ronald Dworkin, em sua obra "A Virtude Soberana" (2013, p.85-86), fez a seguinte afirmação: “Na

igualdade de bem-estar, as pessoas devem decidir que tipo de vida querem, independentemente das

informações pertinentes para decidir o quanto suas escolhas reduzirão ou aumentarão a capacidade

de outros terem o que querem. Esse tipo de informação só se torna importante em um segundo nível,

político, no qual os administradores coletam todas as escolhas feitas no primeiro nível para ver qual

distribuição dará a cada uma dessas escolhas êxito igual em alguma concepção de bem-estar

interpretada como a dimensão correta do êxito. Na igualdade de recursos, porém, as pessoas

decidem que tipo de vida procurar munidas de um conjunto de informações sobre o custo real que as

suas escolhas impõem a outras pessoas e, consequentemente, ao estoque total de recursos que pode

ser equitativamente utilizado por elas. As informações que sob a igualdade de bem-estar passam a

um nível político independente são, sob a igualdade de recursos, levadas ao nível inicial da escolha

individual".

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Desta forma, para Dworkin a concepção de igualdade distributiva seria circunstâncias segundo as

quais as pessoas não são iguais em bem-estar, mas nos recursos de que dispõem.

Portanto, correta a assertiva letra “C”.

11) De acordo com o § 1º do art. 10 da LIND (Decreto-lei 4.657) “A sucessão de bens de estrangeiros,
situados no País, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou

de quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus". 

º
No mesmo sentido, temos o art. 5 , inciso XXXI da CRFB: “a sucessão de bens de estrangeiros

situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros,

sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus".

A alternativa A está incorreta.  Será aplicada a lei brasileira se a lei pessoal do de cujus não for mais

favorável.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. A assertiva está em consonância com o art.

10, § 1º da LINDB. Correta


A alternativa C está incorreta. Somente será aplicada a lei espanhola caso esta seja mais benéfica à

Thelma.

A alternativa D está incorreta.  Para que seja aplicada a lei estrangeira, deverá ser ela mais benéfica

do que a lei brasileira e que o de cujus tenha deixado filhos brasileiros ou cônjuge brasileiro.

12) A questão exige conhecimento relacionado à temática da Organização do Estado.  Tendo em

vista o caso hipotético apresentado e considerando as regras contidas na CF/88, é correto afirmar

que nesse caso, obediente ao regramento imposto pela Constituição Federal, Michelle deverá

apresentar Lei Complementar, para instituir região metropolitana. Nesse sentido:

Art. 25, § 3º, CF/88 - “Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões
metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios

limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de

interesse comum".

Dessa forma, o gabarito da questão é a letra A.

13) De fato, para que seja cabível a Ação Declaratória de Constitucionalidade é necessária a

existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da norma objeto da demanda

(conforme art. 14, III da Lei 9868/99). No caso da questão, entretanto, não seria cabível o ajuizamento

da ADC, tendo em vista que a controvérsia recai sobre a constitucionalidade de norma estadual e o

objeto daquela ação está restrito às normas federais (CF/88, art. 102, I, a). Portanto, a alternativa

correta da questão é a letra A.

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14) A questão aborda a temática dos direitos de nacionalidade. Analisando o caso hipotético narrado

e tendo em vista a disciplina constitucional sobre o assunto, é correto afirmar que: de acordo com a

Constituição Federal, haverá a perda da nacionalidade brasileira com a aquisição de nova

nacionalidade derivada. 

Conforme art. 12, § 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: [...] II - adquirir
outra nacionalidade, salvo nos casos:) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei

estrangeira; b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em

estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de

direitos civis.

15) A questão exige conhecimento relacionado à organização constitucional da Câmara dos

Deputados e do Senado Federal, assim como suas respectivas competências. Tendo em vista o caso

hipotético narrado e considerando a disciplina constitucional sobre o assunto, é correto afirmar que

Maria, em casos como esse, deve ser processada e julgada pelo Senado Federal, após autorização

da Câmara dos Deputados. Nesse sentido:

Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados: I - autorizar, por dois terços de seus

membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os

Ministros de Estado.

Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: I - processar e julgar o Presidente e o Vice-

Presidente da República nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os

Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com

aqueles.

16) A questão aborda a temática relacionada aos remédios constitucionais. Tendo em vista o caso

hipotético narrado, a notória ilegalidade do ato cometido por autoridade pública, bem como o fato

de todos os elementos constitutivos do seu direito decorrem de prova documental (não há

necessidade de dilação probatória, a qual é incompatível com o MS, conforme o STF – vide RMS

26199, Relator Ministro Ayres Britto, Primeira Turma, julgamento 27.3.2007, DJe 4.5.2007), é correto

dizer que Marcos poderá se valer do instrumento constitucional do Mandado de Segurança. Nesse

sentido:

º
CF/88, Art.5 , LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não

amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de

poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder

Público;

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º
L. 12.016/09, Art. 1   Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não

amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder,

qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de

autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça.

Dessa forma, a alternativa que apresenta a resposta correta é a letra C.

17) A CF/88 estabelece que a promoção por antiguidade do juiz mais antigo somente pode ser

negada pelo voto fundamentado de 2/3 (dois terços) dos membros dos respectivo Tribunal,

assegurada a ampla defesa (Art. 93, II, "d").

Art. 93/CF Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da

Magistratura, observados os seguintes princípios:

II -  promoção de entrância para entrância, alternadamente, por antiguidade e merecimento,

atendidas as seguintes normas:

d)  na apuração de antigüidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto

fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla

defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação;

ATENÇÃO: Segundo o STF, o quórum de votos para um tribunal recusar a promoção do juiz mais

antigo NÃO deve computar os CARGOS VAGOS e os DESEMBARGADORES AFASTADOS (INFO

753/STF)

18) O direito à Educação é um dos casos de direitos sociais previstos no Protocolo de São Salvador,

vide os dispositivos: art. 13, 1, 3, “e” e art. 18.

Um das características da Comissão Interamericana de Direitos Humanos é a de fazer investigação,

avaliando as informações que lhes são encaminhadas, como propor as investigações. No âmbito da

Organização Estado Americano, o peticionamento individual ocorre à Comissão que é quem detém

competência para avaliar a procedência da violação e, se entender positiva, poderá ingressar com

ação judicial perante a Corte Interamericana de Direitos Humanos.

Portanto, a alternativa correta é a letra A.

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19) Correta a assertiva letra "D", de acordo com o que dispõe o art. 5°, §3° da CF/88. Vejamos:
5°, §3°. Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em
cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos

membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.

20) A Lei de Introdução as Normas do Direito Brasileiro, estabelece em seu art. 9 que "para qualificar

e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituirem".

Assim, sendo o ato testamentário um tipo de obrigação, será regido, quanto à sua forma, pela lei do

local onde foi celebrado. No caso em tela, Jorge firmou seu testamento na cidade de Nova York, local

onde residia, devendo o ato testamentário obedecer às formalidades previstas na lei americana, o

que se verificou no presente caso.

Correta, portanto, a assertiva letra "A".

21) Miguel, por ser filho de mãe brasileira, está residindo no Brasil e haver optado pela nacionalidade

brasileira, é considerado brasileiro nato, de acordo com o art. 12, I, "c", da CF/88 (in verbis). Segundo

a legislação brasileira, nenhum brasileiro nato poderá ser deportado, extraditado ou expulso do

Brasil, quaisquer que sejam as circunstâncias.

Art. 12. São brasileiros:

I - natos:

c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em

repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em

qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.

Assim, correta a alternativa letra “D”.

22) O STJ superou a interpretação literal em prol da hermenêutica sistemática, entendendo que a

responsabilidade do sucessor também se estende às multas, sejam moratórias ou punitivas, já que

elas integravam o passivo patrimonial da empresa sucedida, desde que seu fato gerador tenha

ocorrido até a data da sucessão. A presente Súmula 554 é importantíssima para evitar fraudes e

elisão tributária.

Súmula 554 - STJ

Na hipótese de sucessão empresarial, a responsabilidade da sucessora abrange não apenas

os tributos devidos pela sucedida, mas também as multas moratórias ou punitivas referentes a fatos

geradores ocorridos até a data da sucessão.

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ATENÇÃO:

A Súmula interpreta os arts. 132 e 133 do CTN em conjunto com o art. 129, acerca da responsabilidade

tributária dos sucessores.

Embora os referidos art. 132 e 133 se limitem a dizer que haveria sucessão apenas em relação

aos tributos na hipótese de fusão, transformação e incorporação e de trespasse do fundo de

comércio ou estabelecimento empresarial, a Súmula 554 agora indica que essa responsabilidade

abrange também as multas.

Dessa forma, a resposta correta da questão está na alternativa A.

26) Sumula Vinculante n º 19. A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de
coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis não viola o

artigo 145, II, da Constituição Federal.

Art. 145, CF. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes

tributos:

II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de

serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição.

Dessa forma, o gabarito correto da questão é a alternativa B.

27) a) Errada. Conforme comentário da letra “c”.

b) Errada. A administração tem o poder de autotutela, logo poderia ter anulado a licitação de ofício,

ainda que não tenha havido qualquer provocação.

c) Correta. Conforme artigo 109, da Lei 8.666/93, dos atos da Administração decorrentes da

aplicação desta Lei cabem: I - recurso, no prazo de 5 (cinco) dias úteis a contar da intimação do ato

ou da lavratura da ata, nos casos de: c) anulação ou revogação da licitação.

d) Da decisão que determinou anulação não cabe pedido de reconsideração, cabe recurso. O

pedido de reconsideração é cabível quando há declaração de inidoneidade.

28) Correta letra C. Responde as demais. Importante saber a distinção entre as modalidades de PPP.

A concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas em que há

contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado, adicionalmente à tarifa paga

pelos usuários. Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a

administração pública seja usuária direta ou indireta, ainda que envolva a execução de obra ou

fornecimento e instalação de bens, não havendo pagamento de tarifa, uma vez que a própria

administração será a usuária do serviço. 

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Conforme a Lei 11.079/04, em seu artigo 5 , inciso III, as cláusulas dos contratos de parceria público-

privada deverão prever a repartição de riscos entre as partes, inclusive os referentes a caso fortuito,

força maior, fato do príncipe e álea econômica extraordinária. Dessa forma, a cláusula é plenamente

válida. Os consórcios públicos consistem na união dos entes políticos para a criação de pessoas

jurídicas de direito público ou privado, com base na Lei 11.107/05, a questão nada tem a ver com esse

tema.

29) Correta letra D. A questão aborda o poder de polícia, estampado no artigo 78 do CTN, que

atribui à administração o poder de limitar, regular e fiscalizar o exercício de direitos. Em regra, os

atos administrativos têm o atributo da autoexecutoriedade, que autoriza a administração a decidir e

executar seus atos, sem a necessidade de recorrer ao judiciário. Todavia, a expropriação de bens

para o pagamento de multas, não detêm esse atributo, por isso, para executar uma multa não paga,

a administração precisa recorrer ao poder judiciário. Aplica-se de maneira analógica a súmula 323

do STF, que afirma ser inadmissível a apreensão de mercadorias como meio coercitivo para

pagamento de tributos. Em relação as letras “a” e “c”, o poder disciplinar corresponde às ações de

apuração de infrações e aplicação de penalidades de servidores ou de pessoas que tenham vínculo

administrativo com o Estado.

30) O processo administrativo não é como o processo judicial, pois ele admite que haja a majoração

da penalidade aplicada, ainda que o único recurso apresentado seja o da parte interessada em sua

diminuição, isto é, do funcionário que recebeu a sanção. Para isso, a lei exige apenas que tenha sido

dada ao interessado, que no caso da questão é João, a oportunidade de se manifestar previamente,

conforme artigo 64, caput e p. único, da Lei do processo administrativo federal (Lei 9.784/99). Então,

se o órgão competente ao decidir o recurso verificar a necessidade de aplicação de uma sanção que

vai agravar a situação do servidor, deverá cientificá-lo antes, para que apresente suas alegações

antes da decisão.

31) Correta letra A. Entende a doutrina que os bens das pessoas administrativas de direito privado

são considerados bens de natureza privada. Entretanto, aqueles bens que estiverem sendo usados

diretamente para a prestação de um serviço público, passam a ter as características próprias do

regime de bens públicos, em especial a impenhorabilidade e inalienabilidade, enquanto estiverem

afetados à execução desse serviço público. Esse entendimento é baseado na ideia de que o ato

constritivo poderia comprometer a execução de uma atividade de interesse público, prejudicando os

administrados.

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32) Correta letra C. Conforme estampado no artigo 37, §6º, da CF/88, as pessoas jurídicas de direito
público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus

agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o

responsável nos casos de dolo ou culpa. A responsabilidade do Estado se baseia em três teorias: a)

Teoria do risco administrativo, que fundamenta a responsabilidade objetiva; b) Teoria do risco

integral, que também fundamenta a responsabilidade objetiva o Estado, entretanto não admite

excludente de responsabilidade como a primeira teoria e c) Teoria da culpa administrativa ou culpa

anônima, que fundamenta a responsabilidade subjetiva do Estado. Em regra, quando há omissão

genérica estatal a responsabilidade do estado será subjetiva, aplicando-se a teoria da culpa

administrativa ou culpa anônima. Por essa teoria, a vítima tem de demonstrar, além dos demais

elementos que configuram a responsabilidade, que o Estado (e não o agente público) agiu com

culpa. Entretanto, quando o Estado está na posição de garante, isto é, tem o dever de zelar e

garantir a integridade física de pessoas sob a sua custódia, a omissão será específica, então a

responsabilidade do Estado, nesse caso, será OBJETIVA, mesmo sendo decorrente de uma omissão.

Aplica-se a teoria do risco administrativo, pois houve por parte do Estado inobservância do seu dever

específico de proteção. Em relação a responsabilidade dos agentes públicos, o STF já decidiu que é

proibida a responsabilidade “per saltum”, isto é, deixar de demandar contra o Estado, “pular” o

Estado para demandar primeiramente contra o agente público. O servidor atua em nome da pessoa

jurídica, sendo assim, caso haja danos a terceiros, é a pessoa jurídica que deve ser responsabilizada

diretamente e não o agente público, conforme amparo do princípio da impessoalidade e da teoria do

órgão. O artigo 37, §6º, citado acima, garante ao administrado ser indenizado pelos danos que
sofreu, mas garante também ao agente público que ele somente será cobrado pelo próprio Estado,

por meio de ação regressiva.

33) Dispõe o art. 158, IV e parágrafo único, II, da CF/88, que:

Art. 158. Pertencem aos Municípios:

IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações

relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e

intermunicipal e de comunicação.

Parágrafo único. As parcelas de receita pertencentes aos Municípios, mencionadas no inciso IV, serão

creditadas conforme os seguintes critérios:

II - até um quarto, de acordo com o que dispuser lei estadual ou, no caso dos Territórios, lei federal.

Desta forma, os estados podem instituir o denominado "ICMS verde" ou "ICMS ecológico",

distribuindo 1/4 do produto dos 25% da arrecadação de ICMS, como forma de incentivo aos

municípios que atingirem as metas ambientais estipuladas em lei estadual. Desta forma, correta a

assertiva letra "B".

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34) No caso em tela, é necessária a realização de estudo de impacto de vizinhança para a

construção do prédio comercial na área urbana da cidade. Neste sentido, é o disposto no art. 36 da

Lei Federal n° 10.257/2001, conhecida como Estatuto da Cidade. Confira a redação do referido

dispositivo:

Art. 36. Lei municipal definirá os empreendimentos e atividades privados ou públicos em área urbana

que dependerão de elaboração de estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV) para obter as

licenças ou autorizações de construção, ampliação ou funcionamento a cargo do Poder Público

municipal.

Correta, portanto, a assertiva letra “A”.

35) Para resolução dessa questão, é necessário o conhecimento do Código Civil, juntamente com a

LINDB.

Código Civil:

Art. 125. Subordinando-se a eficácia do negócio jurídico à condição suspensiva, enquanto esta se

não verificar, não se terá adquirido o direito, a que ele visa.

A condição suspensiva, como o próprio nome já diz, suspende a eficácia do negócio jurídico, e,

enquanto esta não se verificar, não se terá adquirido o direito, a que ele visa. 

Porém, se a condição foi pré-estabelecida de forma inalterável, o negócio jurídico sob condição

suspensiva também é protegido contra o advento de lei nova, em caso de conflito de leis no tempo.

A letra A está incorreta. O vestido foi doado sob condição suspensiva. A nova lei não atingirá o

direito de Fernanda, pois a lei considera direito adquirido sob condição suspensiva.. 

A letra B está incorreta. A  nova lei não atingirá o direito de Fernanda, pois ela possui direito

adquirido.

A letra C está incorreta, conforme a mesma explicação da alternativa B.

A letra D está correta e é o gabarito da questão.

º
LINDB, Art. 6  A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito

adquirido e a coisa julgada

§ 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer,
como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida

inalterável, a arbítrio de outrem.

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36) A letra A esta A está correta e é o gabarito da questão. Se Ronaldo ajuizar demanda em face

somente de Roberta, as outras irmãs, em razão da solidariedade passiva, permanecerão responsáveis

pelo débito. Código Civil:

Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, parcial ou

totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores continuam

obrigados solidariamente pelo resto.

Parágrafo único. Não importará renúncia da solidariedade a propositura de ação pelo credor contra

um ou alguns dos devedores.

A letra B está incorreta. Se Roberta satisfizer a dívida sozinha, poderá cobrar das outras a cota de

cada uma. Se uma delas ficar insolvente, dividir-se-á igualmente para todas as partes

insolventes. Código Civil:

Art. 283. O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir de cada um dos co-

devedores a sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se o houver, presumindo-

se iguais, no débito, as partes de todos os co-devedores.

A letra C está incorreta. Se uma das irmãs de Roberta falecer, deixando dois filhos, serão obrigados

a pagar apenas a quita que corresponder ao quinhão hereditário. Código Civil:

Art. 276. Se um dos devedores solidários falecer deixando herdeiros, nenhum destes será obrigado a

pagar senão a quota que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for

indivisível; mas todos reunidos serão considerados como um devedor solidário em relação aos demais

devedores.

A letra D está incorreta. Ronaldo pode cobrar de cada irmã a dívida toda, pois a obrigação é

solidária. Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou

mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda.

Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes.

37) A letra A está correta e é o gabarito da questão. Com a compra e venda da bicicleta, faz-se,

também, a cessão do direito à restituição da coisa (bicicleta) em favor de Rafael.

A letra B está incorreta. Joaquim pode celebrar contrato de compra e venda da bicicleta a qualquer

tempo, cedendo a sua posição contratual em relação à bicicleta para Rafael.

A letra C está incorreta. É possível transmitir a propriedade da bicicleta para Rafael, permanecendo

a posse com José.  

A letra D está incorreta. A propriedade da bicicleta é transmitida a Rafael, pois há uma cessão do

contrato, a posse permanece com José, bem como a obrigação de restituir a bicicleta ao final do

contrato, em favor de Rafael.

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GABARITO
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Apesar de não ser regulamentada em lei, a cessão de contrato ou cessão da posição contratual tem

existência jurídica como negócio jurídico atípico. Nesse contexto, a categoria se enquadra no art.

425 do CC: “É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas neste

Código".

A cessão de contrato pode ser conceituada como sendo a transferência da inteira posição ativa ou

passiva da relação contratual, incluindo o conjunto de direitos e deveres de que é titular uma

determinada pessoa. A cessão de contrato quase sempre está relacionada com um negócio cuja

execução ainda não foi concluída.

Para que a cessão do contrato seja perfeita, é necessária a autorização do outro contratante, como

ocorre com a cessão de débito ou assunção de dívida. Isso porque a posição de devedor é cedida

com o contrato.

38) A alternativa A está incorreta. A empreiteira pode cobrar a remuneração ajustada

contratualmente apenas de Júlia, que, por sua vez, tem direito de regresso contra os demais

condôminos.  

Código Civil:

Art. 1.315. O condômino é obrigado, na proporção de sua parte, a concorrer para as despesas de

conservação ou divisão da coisa, e a suportar os ônus a que estiver sujeita.

Parágrafo único. Presumem-se iguais as partes ideais dos condôminos.

Art. 1.318. As dívidas contraídas por um dos condôminos em proveito da comunhão, e durante ela,

obrigam o contratante; mas terá este ação regressiva contra os demais.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. A empreiteira pode cobrar a remuneração

ajustada contratualmente apenas de Júlia, que foi quem contratou o serviço, e que, por sua vez, tem

direito de regresso contra os demais condôminos.

A alternativa C e D estão incorretas. Conforme a mesma explicação da alternativa B.

39) A letra a está incorreta. Roberto só não responderá se provar que ainda que cumprisse a

obrigação no termo acordado  o dano sobreviria. 

Código Civil:

Art. 399. O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa

impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem durante o atraso; salvo

se provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente

desempenhada.

A letra B está correta e é o gabarito da questão.

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GABARITO
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A letra C está incorreta. Roberto está em mora uma vez que não cumpriu a prestação no tempo,

lugar e forma que foi convencionado. 

Art. 394. Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor que não quiser

recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer.

A letra D está incorreta. O inadimplemento absoluto é caracterizado pela impossibilidade do

cumprimento da prestação. 

Roberto incorreu em mora, que pressupõe a possibilidade de execução ulterior. 

Art. 395. Parágrafo único. Se a prestação, devido à mora, se tornar inútil ao credor, este poderá

enjeitá-la, e exigir a satisfação das perdas e danos.

40) A alternativa A está incorreta.

Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome.

Assim sendo, o pseudônimo de Anitta Ferreira está protegido, pois foi adotado por ela para o

exercício de atividades lícitas e, uma vez utilizado indevidamente para expô-la ao ridículo, conforme

narrado na questão, evidentemente trazendo-lhe prejuízos, está tutelado pela lei civil, assim como o

nome.

A alternativa B está incorreta.

Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial.

Partindo-se, ainda, da premissa anteriormente exposta, de que o pseudônimo também está protegido

por lei, temos que é necessária autorização da pessoa para utilização de seu pseudônimo em

propagando comercial, ainda que não tenha a intenção de expô-la ao ridículo.

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se

necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos,

a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa

poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe

atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais.

Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer essa

proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes.

Portanto, em analogia ao disposto no art. 20 (que trata do direito de imagem), o mesmo se aplica ao

pseudônimo, de forma que sua utilização indevida sujeita o autor às sanções legais, com a

interrupção de sua utilização e a imposição de perdas e danos. A alternativa está, portanto, correta.

A alternativa D está incorreta. Na mesma linha do que foi exposto anteriormente, o uso do

pseudônimo não pode ser empregado por outrem, ainda que não haja intenção difamatória, expondo

a pessoa ao ridículo. A legislação civil atualmente veda a conduta conforme explorado nas

alternativas acima.

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GABARITO
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43) A alternativa A está incorreta. Art. 1.857. Toda pessoa capaz pode dispor, por testamento, da

totalidade dos seus bens, ou de parte deles, para depois de sua morte.

Vivian pode dispor de seus bens por testamento. Como há descendentes (herdeiros necessários) ela

só poderá dispor da metade da herança. 

A alternativa B está incorreta. Art. 1.845. São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes

e o cônjuge.

Art. 1.846. Pertence aos herdeiros necessários, de pleno direito, a metade dos bens da herança,

constituindo a legítima.

Vivian só pode dispor de ½ (metade) do seu patrimônio em favor de Walter, cabendo o restante de
sua herança a seus filhos, dividindo-se entre eles, igualmente, a outra metade do patrimônio de

Walter. 

A alternativa C está incorreta. Vivian não pode dispor de todo o seu patrimônio em favor de Walter,

mesmo com a anuência dos filhos, uma vez que eles são herdeiros necessários e pertence a eles, de

pleno direito, a metade dos bens da herança de Walter. 

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Como há herdeiros necessários, Vivian pode

dispor apenas de 50% de seu patrimônio em favor de Walter, cabendo os outros 50%

necessariamente à seus filhos,  na proporção de 25% para cada uma, pois concorrem em igualdade. 

42) A resposta da questão encontra fundamento legal nos arts. 39, §1°, 45, Caput e 51, §1°, I e II, e
§2° todos do Estatuto da Criança e do Adolescente, confira-os:
Art. 39, §1°. A adoção é medida excepcional e irrevogável, à qual se deve recorrer apenas quando

esgotados os recursos de manutenção da criança ou adolescente na família natural ou extensa, na

forma do parágrafo único do art. 25 desta Lei.                     

O art. 45. A adoção depende do consentimento dos pais ou do representante legal do adotando.

Art. 51, §1°. A adoção internacional de criança ou adolescente brasileiro ou domiciliado no Brasil
somente terá lugar quando restar comprovado:                   

I - que a colocação em família adotiva é a solução adequada ao caso concreto;                            

II - que foram esgotadas todas as possibilidades de colocação da criança ou adolescente em família

adotiva brasileira, com a comprovação, certificada nos autos, da inexistência de adotantes

habilitados residentes no Brasil com perfil compatível com a criança ou adolescente, após consulta

aos cadastros mencionados nesta Lei;              

§2°. Os brasileiros residentes no exterior terão preferência aos estrangeiros, nos casos de adoção
internacional de criança ou adolescente brasileiro.      

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GABARITO
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Portanto, é correto afirmar que a adoção internacional é medida excepcional; entretanto, em virtude

do consentimento de Maria para a adoção de sua filha pelo casal americano, este só não terá

prioridade se houver casal de brasileiro, residente no Brasil, habilitado para a adoção. Gabarito letra

"B".

43) Estabelece o art. art. 122, I, do ECA que "a medida de internação só poderá ser aplicada quando

tratar-se de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou violência a pessoa". Assim, tendo Y.

praticado ato infracional equiparado ao crime de roubo seguido de morte, no qual é claro o emprego

de grave ameaça e violência a pessoa, tanto que resulta em morte, a internação é a medida

socioeducativa a ser aplicada ao adolescente infrator.

Correta, portanto, a assertiva letra “A”.

44) A Súmula 297 do STJ determina que "o Código de Defesa do Consumidor é aplicável as

instituições financeiras".

Lúcia, que adquiriu o empréstimo com o Banco, é considerada consumidora, nos termos do art. 2°, do

CDC, que assim dispõe: "consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto

ou serviço como destinatário final".

Já a instituição financeira é tida como fornecedora, de acordo com o art. 3° e §2°, também do CDC,
vejamos:

Art. 3°. Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem

como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação,

construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou

prestação de serviços.

§2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração,


inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das

relações de caráter trabalhista.

Já o artigo 6° e inciso VIII do CDC, estabelece ser direito básico do consumidor "a facilitação da

defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil,

quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as

regras ordinárias de experiências".

Por fim, o art. 51, §2°, também do CDC, dispõe que "a nulidade de uma cláusula contratual abusiva
não invalida o contrato, exceto quando de sua ausência, apesar dos esforços de integração, decorrer

ônus excessivo a qualquer das partes".

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Desta forma é correto afirma que o Código de Defesa do Consumidor é aplicável na relação jurídica

entre Lúcia e a instituição financeira, cabível a inversão do ônus da prova caso a consumidora

comprove preenchimento de todos os requisitos legais, sendo certo que a declaração de nulidade da

cláusula não invalida o contrato, salvo se importar em ônus excessivo para o consumidor, apesar dos

esforços de integração.

Gabarito letra "A".

45) A vulnerabilidade do consumidor é presumida e considerada princípio de fundamental

º do CDC.
importância, previsto na redação do inc. I do art. 4

A vulnerabilidade é um conceito jurídico indeterminado, com vários significados, abrangendo diversas

situações, sendo a vulnerabilidade fática aquela na qual se vislumbra grande poderio econômico do

fornecedor em virtude do qual ele pode exercer superioridade prejudicando os consumidores.

Portanto, resta configurada a vulnerabilidade fática de Fabiana diante da concessionária de energia

elétrica, havendo direito à indenização pela interrupção imotivada do serviço público, conforme o

art. 22 do CDC:

22. Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias ou sob qualquer

outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e,

quanto aos essenciais, contínuos.

O parágrafo único do mesmo art. prevê que "nos casos de descumprimento, total ou parcial, das

obrigações referidas neste artigo, serão as pessoas jurídicas compelidas a cumpri-las e a reparar os

danos causados, na forma prevista neste código".

Desta forma, correta a assertiva letra "D".

46) De acordo com o artigo 980-A, §6º do CC, aplicam-se à empresa individual de responsabilidade
limitada, no que couber, as regras previstas para as sociedades limitadas, deste modo, correta a

alternativa B

Incorreta a alternativa A, pois de acordo com o artigo 980-A, §3º do CC a empresa individual de
responsabilidade limitada também poderá resultar da concentração das quotas de outra modalidade

societária num único sócio, independentemente das razões que motivaram tal concentração. 

Incorreta a alternativa B ao afirmar que a empresa individual somente poderá adotar firma, tendo em

vista que, de acordo com o artigo 980-A, §1º do CC poderá ser adotado firma ou a denominação
social.

Incorreta a alternativa D, pois o caput do artigo 980-A do CC esclarece que o capital integralizado

não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País.

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47) De acordo com o artigo 978 do Código Civil, o empresário casado pode, sem necessidade de

outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio

da empresa ou gravá-los de ônus real.

48) Com base no artigo 1.029 do CC, qualquer sócio pode retirar-se da sociedade. Quando

constituída por prazo indeterminado, a retirada do sócio se dá mediante notificação aos demais

sócios, com antecedência mínima de sessenta dias.

49) Nos termos do artigo 83, I da Lei 11.101/2005 a classificação dos créditos na falência obedece a

uma ordem previamente estabelecida legalmente. Nesta classificação terá prioridade os créditos

derivados da legislação do trabalho, limitados a 150 (cento e cinquenta) salários-mínimos por credor,

e os decorrentes de acidentes de trabalho. Sendo assim, Andreia deverá receber seu crédito

trabalhista primeiramente, antes dos demais créditos, no limite de até cento e cinquenta salários-

mínimos.

50) Conforme determina o artigo 1.151 do CC, O registro dos atos sujeitos à formalidade exigida no

artigo antecedente será requerido pela pessoa obrigada em lei, e, no caso de omissão ou demora,

pelo sócio ou qualquer interessado. Para tanto, os documentos necessários ao registro deverão ser

apresentados no prazo de trinta dias, contado da lavratura dos atos respectivos, nos termos do §1º do
mesmo artigo. Entretanto, caso o registro seja requerido além do prazo de 30 dias, o registro

somente produzirá efeito a partir da data de sua concessão, conforme esclarece o §2º.
 

51) Correta letra C. Responde as demais. Conforme o artigo 319, a petição inicial deverá indicar,

dentre outras coisas, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu. O §1º diz
que, caso o autor não disponha dessas informações (estampadas no inciso II), ele poderá requerer ao

juiz, na petição inicial, as diligências necessárias a sua obtenção. Se essa obtenção tornar impossível

ou excessivamente oneroso o acesso à justiça do autor, a petição não será indeferida, nos termos do

§3º. De acordo com o artigo 322, o pedido deve ser certo, entretanto o §1º traz alguns pedidos que
poderão estar implícitos, isto é, estarão compreendidos no principal. Dentre eles estão os juros legais,

a correção monetária e as verbas de sucumbência, inclusive os honorários advocatícios. Em relação à

letra B, a petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o

inciso II, for possível a citação do réu, conforme artigo 319, §2º. 

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52) a) Errada. Iago não poderá oferecer recurso adesivo e não terá prazo para responder ao recurso,

quem poderia apelar na forma adesiva seria Desdemona.

b) Correta. A prescrição é matéria de ordem pública, podendo ser reconhecida de ofício pelo

tribunal. Devido ao efeito expansivo subjetivo dos recursos, os efeitos serão estendidos à parte que

não interpôs recurso.

c) Errada. No caso, houve sucumbência recíproca, sendo assim, admite-se que Desdemona apresente

recurso na forma adesiva, conforme artigo 997, §1º, do CPC.


d) Errada. No momento da sentença o juiz já dispõe de mais elementos para concluir se os requisitos

da antecipação de tutela estão presentes ou não. Sendo assim, a antecipação da tutela poderá ser

concedida pelo magistrado nessa fase.

53) a)      Errada. Conforme artigo 329, inciso I, do CPC, até a citação, o autor poderá aditar ou

alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente do consentimento do réu. É o que se

chama de cumulação de pedidos superveniente. Nesse caso, não será preciso ouvir o réu, até porque

ele ainda não integrou a lide, uma vez que não foi citado.

b)      Correta. A questão traz hipóteses de cumulação imprópria subsidiária, na qual o autor

apresenta seus pedidos, mas requer que apenas um deles seja acolhido, estabelecendo uma ordem

de preferência, conforme artigo 326, caput. Se o juiz acolher o primeiro pedido, o segundo restará

prejudicado, logo, o juiz não precisa analisar.

c)      Errada. A cumulação própria ocorre quando o autor tem interesse no acolhimento de todos os

pedidos formulados. É sucessiva quando existir entre os pedidos uma relação de prejudicialidade, isto

é, a análise de um depende da análise do outro.

d)     Errada. O artigo 327, caput, afirma que é lícita acumulação, ainda que entre eles não haja

conexão.

54) a)      Correta. Conforme o artigo 346, p. único do CPC, o revel poderá intervir no processo em

qualquer fase, recebendo-o no estado em que se encontrar. Se ele intervir antes de encerrado o

prazo para produção de provas, ele poderá, em tese, praticar esse ato.

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b)      Errada. De acordo com o artigo 355 do CPC, caput e inciso II, o juiz julgará antecipadamente o

pedido, proferindo sentença com resolução de mérito, quando o réu for revel, presumindo-se

verdadeiros os fatos alegados pelo autor, e não houver requerimento de prova, na forma do artigo

349.

c)      Errada. Segundo o artigo 344, se o réu não contestar a ação, será considerado revel e, como

efeito, e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo autor. Todavia, o artigo

345 traz algumas hipóteses nas quais à revelia não produzirá esse efeito previsto no art. 344. O

inciso I indica que, havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação. No caso da questão,

Carlos Daniel contestou à ação, então, apesar de existir à revelia em relação à Paola, as alegações

da autora não terão presunção de veracidade.

d)     Errada. De acordo com o artigo 343, §6º, do CPC, o réu pode propor reconvenção
independentemente de oferecer contestação.

55) a)      Errada. Conforme jurisprudência do STJ, descabe ação anulatória ou rescisória para

rediscutir a justiça da decisão.

b)      Errada. Conforme o artigo 967, do CPC, o MP tem legitimidade para propor ação rescisória, se

não foi ouvido no processo em que lhe era obrigatória a intervenção; quando a decisão rescindenda

é o efeito de simulação ou de colusão das partes, a fim de fraudar a lei; em outros casos em que se

imponha sua atuação.

c)      Correta. O artigo 966 determina que a decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser

rescindida quando violar manifestamente norma jurídica (inciso V). Com fundamento nesse inciso,

cabe também a rescisória contra decisão baseada em enunciado de súmula ou acórdão proferido

em julgamento de casos repetitivos que não tenha considerado a existência de distinção entre a

questão discutida no processo e o padrão decisório que lhe deu fundamento. O caso narrado na

questão aplica indevidamente a súmula 403, do STJ, uma vez que houve autorização quanto a

divulgação das imagens e a súmula é bem clara no sentido de afirmar que configura o dano moral in

re ipsa, quando não há autorização, o que difere do caso em tela.

d)     Errada. O artigo 966, §2º do CPC, afirma que nas hipóteses previstas nos incisos do caput, será
rescindível a decisão transitada em julgado que, embora não seja de mérito, impeça nova propositura

da demanda ou admissibilidade do recurso correspondente.

56) Correta letra C. Como regra, a apelação terá efeito suspensivo. Entretanto, a sentença

começará a produzir efeitos imediatamente após a sua publicação, dentre outras hipóteses, quando

ela confirma, concede ou revoga tutela provisória (artigo 1.012, §1º, V, CPC). 

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GABARITO
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O aluno precisa ficar atento ao fato de que, mesmo sendo provisória, a tutela poderá ser concedida

na sentença. Nesses casos, a concessão da tutela deverá ser impugnada por meio de apelação, uma

vez que é o recurso cabível contra sentença (artigo 1.009, CPC). Não confundir com o artigo 1.015,

caput, e inciso I, que fala da decisão interlocutória, que tratar sobre as tutelas provisórias. Nesse

caso, seria cabível agravo de instrumento. A questão fala de sentença, prolatada com cognição

exauriente, sendo assim, o recurso cabível é a apelação.

57) Correta letra D. Responde as demais. A questão trata sobre a classificação do litisconsórcio. Na

ação que tem como causa a fraude contra credores, o credor deseja que o contrato firmado entre o

devedor e o terceiro seja invalidado. Sendo assim, não é possível invalidar o negócio jurídico em

relação a um apenas e não ao outro, devendo a decisão ser uniforme em relação ao devedor e ao

terceiro. Sendo assim, resta configurado o litisconsórcio unitário.

58) Correta letra B. A questão aborda a temática do furto qualificado (artigo 155, §4º, I: com
destruição ou rompimento de obstáculo) e do privilégio do artigo 155, §2º, do CP. É possível que um
crime de furto seja ao mesmo tempo qualificado e privilegiado? Sim. Segundo a jurisprudência do

STJ, é possível a ocorrência de furto privilegiado-qualificado desde que estejam presentes os

requisitos do §2º do artigo 155 do CP, quais sejam: ser o criminoso primário e de pequeno valor a
coisa furtada. Além disso, a natureza da qualificadora precisa ser objetiva. Mas como eu vou saber

se é objetiva? Basta lembrar que, das qualificadoras do furto, elencadas no §4º do artigo 155, apenas
o “abuso de confiança” (inciso II) é considerada subjetiva, as demais são objetivas. Então, apenas se

o furto for qualificado pelo abuso de confiança não será possível incidir o privilégio do artigo 155, §2º
do CP, é o que se extrai da súmula 511, do STJ.

59) Correta letra B. O aluno precisa ficar atento para a possibilidade de haver crime de roubo sem

que o agente tenha usado de violência ou grave ameaça contra a vítima, como foi o caso da

questão. O artigo 157, caput, tipifica o roubo como: subtrair coisa móvel alheia, para si ou para

outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio,

reduzido à impossibilidade de resistência. 

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GABARITO
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Note que no delito de roubo a violência pode ser própria, quando o agente emprega força física para

subtrair, ou imprópria, quando ele não usa a força física, mas, por outro meio, faz com que a vítima

fique impossibilitada de reagir. Portanto, no caso em tela, houve roubo majorado e não furto.

Conforme o §2º, inciso II, do artigo 157, a pena aumenta-se de um terço até a metade se há o
concurso de duas ou mais pessoas.

60) Correta letra B. No caso em comento não houve concurso de agentes em relação ao homicídio,

pois falta o liame subjetivo. A ausência desse elemento psicológico desnatura o concurso eventual de

pessoas, transformando-o em condutas isoladas e autônomas. Sendo assim, Romeu deverá responder

apenas por lesões corporais, que foi o crime desejado por ele, cuja pena poderá ser elevada até a

metade se o homicídio for previsível. Como afirmava Welzel, “cada um responde somente até onde

alcança o acordo recíproco”, ou seja, cada um responde de acordo com o seu dolo. Romeu não tinha

a intenção de matar André, a morte dele decorreu de deliberação exclusiva de Carlos. Sendo assim,

conforme todo o exposto e considerando o artigo 29, §2º, do CP, se algum dos concorrentes quis
participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até a

metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave.  

61) a)      Errada. A causa de extinção da punibilidade mencionada na referida assertiva realmente

existe, estando amparada no § 3º do art. 312 do Código Penal, entretanto não se aplica ao peculato-
apropriação, que é o caso da questão, e sim ao peculato culposo.

b)      Errada. No caso de condenação, a perda do cargo deverá ser expressa e fundamentada na

sentença, pois não é um efeito automático, nos termos do artigo 92, p. único, do CP.

c)      Correta. É o entendimento estampado na súmula 599, do STJ, na qual o tribunal afirma ser

inaplicável o princípio da insignificância aos crimes praticados contra a administração pública.

d)     Errada. O importante, para efeito de configuração do delito em questão, é que o funcionário

público tenha se apropriado do dinheiro, valor ou bem móvel, seja ele público ou particular, de que

tem a posse em razão do cargo.

62) Correta letra D. A questão aborda a diferença entre erro de tipo e erro de proibição, assunto

querido pela banca FGV em matéria de Direito Penal. Então, de uma maneira simplificada, vamos

estabelecer a diferença. No erro de tipo essencial, o agente não sabe que está praticando

determinada conduta descrita como crime, ele pratica sem saber. Já no erro de proibição o agente

sabe o que está fazendo, ele conhece a conduta que está praticando, mas acredita ser ela

permitida, quando na verdade não é. 

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GABARITO
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Na questão, Mariana carrega drogas acreditando se tratar de remédio, ela não sabe que está

transportando uma substância entorpecente. Ela não imagina o verdadeiro conteúdo da caixa,

incorrendo em erro de tipo essencial. A mãe de Mariana, todavia, sabe que está carregando

maconha e que se trata de uma substância entorpecente, mas acredita que por ser pouca

quantidade não haveria problema, incorrendo em erro de proibição.

63) Correta letra C.

Letras “A” e “B”. Erradas. A anistia apaga os efeitos penais da sentença penal condenatória. Sendo

assim, o anistiado não pode ser considerado reincidente pela prática de um novo crime.

Letra “c”. Correta. Responde também a letra “d”. Ocorre abolitio criminis quando lei posterior deixa

de considerar crime determinado fato. Ela incide apenas sobre a tipicidade da conduta, isto é, o fato

continua sendo ilícito, por isso, a responsabilidade civil do agente pelo fato permanece.

64) Na questão em comento não houve a observância necessária ao princípio da jurisdicionalidade,

tendo em vista que Marconi foi considerado culpado pela população sem ao menos ser submetido à

º
julgamento em processo penal. A Constituição Federal em seu artigo 5 , LIII determina que ninguém

será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente.

65) Conforme determina o art. 1 º do CPP, o processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro,
por este diploma legal. O referido artigo traz algumas ressalvas, dentre elas os tratados, as

convenções e regras de direito internacional. Deste modo as normas de direito processual penal que

estejam previstas em tratados internacionais e tenham sido devidamente inseridas no nosso

ordenamento jurídico passam a ter validade imediata, independentemente do Código de Processo

Penal.

66) A confissão no Processo Penal, deve ser analisada em consonância com as demais provas sobre o

fato. Pois, apesar de possuir valor significativo, não pode ser considerada como prova absoluta,

motivo pelo qual a confissão deverá ser apreciada segundo o critério da persuasão racional do juiz.

Conforme artigo 187 do CPP.

º
67) O tribunal do júri é estabelecido na Constituição Federal em seu artigo 5 , XXXVIII, o qual

assegura, em seus incisos, a plenitude de defesa; o sigilo das votações;

a soberania dos veredictos e a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida.

Portanto, o “sigilo do nome do Juiz” não constitui um direito garantido à instituição do Júri.

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GABARITO
COMENTÁRIOS
Comentário: Não havendo interesse de agir, em virtude da causa extintiva da punibilidade, o

promotor deverá requerer o arquivamento do Inquérito Policial, que será determinado pelo juiz.

Noberto Avena, em seu livro "Processo Penal Esquematizado", 5 ª ed., pág 253, comenta que O art. 28
do CPP prevê a possiblidade de o Ministério Público requerer ao juiz o arquivamento do inquérito

policial, quando se convencer, por exemplo, da atipicidade da conduta investigada, da ausência de

elementos que apontem a autoria do crime, da inexistência de prova de materialidade etc.

Confira a redação do art. 28 do CPP:

Art. 28.  Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o

arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de

considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao

procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para

oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a

atender.

Desta forma, correta a assertiva letra "B".

69) O art. 70 do CPC estabelece que "a competência será, de regra, determinada pelo lugar em que

se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de

execução".

Sendo o crime de extorsão considerado formal, isto é, aquele que se consuma independentemente

da obtenção da vantagem indevida (súmula 96 do STJ), no caso em tela, tal delito se consumou no

momento e no local em que a vítima foi constrangida, mediante grave ameaça, a efetuar o depósito

exigido por José, ou seja, na cidade de Salvador, local em que Marta recebeu a ligação.

Portanto, o juízo competente para o julgamento de José, será o da Vara Criminal de Salvador, nos

termos do art. 70 do CPP.

Desta forma, correta a assertiva letra “D”.

70) De acordo com o art. 1 º da LC 150/15, é considerado empregado doméstico aquele que presta
serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou

à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana. Deste modo, como José

trabalha apenas duas vezes por semana, não se enquadra como empregado doméstico, e, portanto,

não possui relação empregatícia com o Sr. Maurício.

71) Nos contratos individuais de trabalho, cuja remuneração mensal do empregado seja superior a

duas vezes o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social,

é facultado às partes pactuar cláusula compromissória de arbitragem. 

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Entretanto, só poderá ser pactuada mediante iniciativa do empregado ou sua concordância

expressa. Conforme artigo 507-A da CLT.

De acordo com o caso apresentado, só será válida possível inserção de cláusula compromissória de

arbitragem se houver a concordância expressa de Antônio.

72) A supressão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada garante ao empregado o

recebimento, em caráter indenizatório, apenas do período suprimido com o adicional de 50%,

conforme estabelecido no artigo 71, §4º da CLT. Importante mencionar que, por possuir caráter
indenizatório não haverá repercussão nas demais verbas trabalhistas. Como Lucas gozava apenas de

15 minutos de intervalo, faz jus ao recebimento de 45 minutos acrescido do adicional de 50%, em

caráter indenizatório.

73) Deverá ser reconhecido o vínculo empregatício, pois presentes os elementos caracterizadores

desta relação, conforme estabelecido no artigo 3 º da CLT. Insta frisar que há compatibilidade na
jornada laboral de Carmele, não constituindo qualquer impedimento, vez que a exclusividade não é

requisito para caracterização de vínculo.

74) Nos termos do artigo 392-A da CLT, tem direito ao gozo de licença maternidade o empregado

adotante ao qual tenha sido concedida guarda provisória para fins de adoção. Ademais, a

concessão da referida licença independe do gozo do benefício pela mão biológica.

Isto posto, Angélica fará jus a licença maternidade, devendo apresentar o termo de guarda provisória

à empresa, conforme artigo 392-A, §4º da CLT

75) Conforme entendimento pacificado por meio da súmula 430 do TST, convalidam-se os efeitos do

contrato de trabalho que, considerado nulo por ausência de concurso público, quando celebrado

originalmente com ente da Administração Pública Indireta, continua a existir após a sua privatização.

Deste modo, o contrato de Nicolau desse ser considerado convalidado.

76) No processo do trabalho, em consonância com o artigo 893, §1° da CLT, as decisões
interlocutórias são irrecorríveis. Entretanto, nos termos da súmula 414 do TST, item II, no caso de a

tutela provisória haver sido concedida ou indeferida antes da sentença, é cabível a impetração de

mandado de segurança em face da inexistência de recurso próprio.

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º
77) Agiu corretamente o magistrado pois de acordo com o artigo 1 , III, do Decreto 779/69, o

benefício de prazo em dobro para interposição de recurso não se aplica às empresas públicas que

explorem atividade econômica.

Do mesmo modo, não está desobrigada de efetuar o depósito recursal, tendo em vista que a isenção

de realização de depósito recursal não se aplica as empresas públicas, uma vez que o artigo 899, §10
determina que são isentos do depósito recursal os beneficiários da justiça gratuita, as entidades

filantrópicas e as empresas em recuperação judicial.

Sendo assim, a empresa pública deveria ter respeitado o prazo de 8 dias para interposição do

recurso bem como efetuado o depósito recursal.

78) De acordo com o artigo 855-B da CLT, o processo de homologação de acordo extrajudicial terá

início por petição conjunta, sendo obrigatória a representação das partes por advogado, entretanto

as partes não poderão ser representadas por advogado comum, conforme determina o §1º do
dispositivo supracitado.

O artigo art. 855-D da CLT por sua vez, determina que, no prazo de quinze dias a contar da

distribuição da petição, o juiz analisará o acordo, designará audiência se entender necessário e

proferirá sentença. Deste modo, correta a letra C.

79) Com a alteração dada pela Lei 13.467/17 a petição inicial passou a exigir não apenas o pedido,

agora, nos termos do artigo 840, §1º da CLT, sendo escrita, a reclamação deverá conter a
designação do juízo, a qualificação das partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio,

o pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicação de seu valor, a data e a assinatura do

reclamante ou de seu representante. 

Vale lembrar que antes da reforma a exigência de liquidação dos pedidos se dava apenas nas ações

submetidas ao rito sumaríssimo, entretanto, com a alteração acima explicitada, a exigência de

liquidez alcança todos os processos, independente do rito a ser seguido

80) Em conformidade com o artigo 844, §4º, I da CLT a revelia não produzirá efeito quando houver
pluralidade de reclamados e algum deles contestar a ação. Sendo assim, a ausência da primeira

reclamada enseja revelia, entretanto não haverá a presunção de veracidade dos fatos alegados pelo

reclamante em virtude da apresentação de defesa da segunda reclamada.

Ademais, no tocante ao preposto da segunda reclamada, não constitui qualquer óbice o fato deste

não ser empregado da empresa, tendo em vista que o artigo 843, §3º da CLT, esclarece que o
preposto não precisa ser empregado da parte reclamada.

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