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Bom Caminho - em busca das veredas antigas

A Regeneração Precede a Fé
R.C. Sproul

Um dos momentos mais dramáticos em minha vida no tocante à formação da minha teologia ocorreu
em uma sala de aula do seminário. Um de meus professores foi para o quadro-negro e escreveu estas
palavras em letras bem destacadas: "A regeneração precede a fé."

Estas palavras foram um choque para o meu sistema. Eu tinha entrado no seminário crendo que a
ação chave do homem para efetuar o seu renascimento era a fé. Eu pensava que precisávamos crer em
Cristo primeiro para depois nascer de novo. Eu uso as palavras em ordem aqui por uma razão. Eu
pensava em termos de passos que devem ser dados em certa seqüência. Eu tinha posto a fé no início.
A minha ordem era algo como:

"Fé - renascimento - justificação"

Eu não tinha pensado no assunto com muita profundidade. Também não tinha escutado
cuidadosamente as palavras de Jesus a Nicodemos. Presumi que embora eu fosse um pecador, uma
pessoa nascida da carne e vivendo na carne, eu ainda tinha uma pequena ilha de retidão, um
minúsculo depósito de poder espiritual restando dentro da minha alma que me permitisse responder
ao Evangelho por mim mesmo. Talvez eu tenha sido confundido pelo ensino da igreja católica
romana. Roma, e muitos outros ramos do cristianismo, sempre ensinou que a regeneração é pela
graça; não pode acontecer sem a ajuda de Deus.

Nenhum homem tem o poder de levantar-se da morte espiritual. A ajuda divina é necessária. Esta
graça, de acordo com Roma, aparece na forma do que é chamado graça preveniente. "Preveniente"
significa aquilo que vem de alguma outra coisa. Roma acrescenta a esta graça preveniente a exigência
de que nós temos que “cooperar e consentir com isso” antes que ela possa tomar conta dos nossos
corações.

Este conceito de cooperação é, na melhor hipótese, uma meia-verdade. Sim, a fé que nós exercitamos
é nossa fé. Deus não executa o crer para nós. Quando eu respondo a Cristo, é minha resposta, minha
fé, minha confiança que está sendo exercida. Porém, o problema é um pouco mais profundo. A
pergunta ainda permanece: "Eu coopero com a graça de Deus antes de nascer de novo, ou a
cooperação acontece depois?" Outro modo de fazer esta pergunta é perguntar se a regeneração é
monergística ou sinergística. É operativa ou cooperativa? É eficaz ou dependente? Algumas destas
palavras são termos teológicos que requerem alguma explicação adicional.

Uma obra monergística é uma obra produzida isoladamente, por uma pessoa. O prefixo mono
significa um. A palavra erg refere-se a uma unidade de trabalho. Palavras como energia são
construídas sobre esta raiz. Uma obra sinergística é aquela que envolve cooperação entre duas ou
mais pessoas ou coisas. O prefixo sin - significa "junto com”. Estou elaborando esta distinção por uma
razão. O debate entre Roma e Lutero girou em torno deste único ponto. O debate era: A regeneração é
um trabalho monergístico de Deus ou um trabalho de sinergístico que requer a cooperação entre o
homem e Deus? Quando meu professor escreveu que "A regeneração precede a fé" no quadro-negro,
ele estava apoiando claramente a resposta monergística. Depois que uma pessoa é regenerada, é que

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ela coopera exercendo fé e confiança. Mas o primeiro passo é obra de Deus e de Deus somente.

A razão porque nós não cooperamos com a graça da regeneração antes que ela aja em nós e sobre nós
é porque nós não temos como fazê-lo. Nós não temos como fazê-lo porque estamos espiritualmente
mortos. Não temos como ajudar o Espírito santo na vivificação de nossas almas para a vida espiritual
mais do que Lázaro podia ajudar a Jesus a elevá-lo dos mortos.

Enquanto eu relutava contra o argumento do Professor, fui pego de surpresa ao aprender que o
ensino dele, que soava tão estranho, não era nenhuma novidade. Agostinho, Martinho Lutero, João
Calvino, Jonathan Edwards, George Whitefield e até mesmo o grande teólogo medieval Tomás de
Aquino ensinaram esta doutrina. Tomás de Aquino é o Doctor Angelicus da igreja católica romana 1.
Durante séculos seu ensino teológico foi aceito como dogma oficial pela maioria dos católicos. Por isso
ele era a última pessoa que eu esperava que sustentasse tal visão da regeneração. Entretanto Aquino
insistia que a graça regeneradora é graça operativa, e não graça cooperativa. Aquino falou de graça
preveniente, mas ele falou de uma graça que vem antes da fé, que é a regeneração.

Estes gigantes da história do cristianismo derivaram sua visão das Santas Escrituras. A frase chave na
carta de Paulo aos Efésios é esta: "... e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida
juntamente com Cristo, —pela graça sois salvos." (Ef. 2:5). Aqui Paulo fixa o momento em que a
regeneração acontece. Ela ocorre quando “nós estávamos mortos”. Com um único relâmpago de
revelação apostólica todas as tentativas de conceder a iniciativa na regeneração ao homem são
esmagadas. Portanto, homens mortos não cooperam com a graça. A menos que a regeneração
aconteça primeiro, não há nenhuma possibilidade de fé.

Isso não é nada diferente do que Jesus disse a Nicodemos. A menos que um homem nasça de novo
primeiro, ele não tem chance de ver ou de entrar no reino de Deus. Se acreditarmos que a fé precede a
regeneração, então posicionamos o nosso pensamento e, portanto, a nós mesmos, em oposição direta
não só aos gigantes da história cristã, mas também ao ensino de Paulo e até mesmo do nosso próprio
Senhor.

1 N. do Tradutor: Tomás de Aquino recebe da igreja católica romana os títulos: Doctor Angelicus, Doctor Universalis e
Doctor Communis.

Fonte: Publicado no site monergism.com


Fonte Original: O Mistério do Espírito santo de R.C. Sproul - Tyndale House - 1990

Tradução: Juliano Heyse (centurio)

Fale conosco: mail@bomcaminho.com.

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