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CLARETIANO

REDE DE EDUCAÇÃO

MARCEL SILVA GARRIDO


8035866

PORTFÓLIO 01 (Atividade do ciclo 02)


LLÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS

MACEIÓ-AL
2019
Respostas das questões da atividade do ciclo 02 do portfólio da disciplina de
LIBRAS

QUESTÃO 01

Sabemos que a audição é o meio pelo qual o indivíduo entra em contato com o
mundo sonoro e com as estruturas da língua oral, possibilitando, dentre outras coisas,
o desenvolvimento da linguagem (PEDROSO, 2013, p.55). Sendo assim, a audição
desempenha as funções de:
a) Localização e identificação: capacidade de reconhecermos de onde vem um
som e qual é a fonte sonora que o está produzindo;
b) Alerta: capacidade de nos alertarmos para todos os estímulos sonoros que
nos rodeiam, como, por exemplo, a buzina de um carro vindo em nossa direção;
c) Socialização: capacidade de nos relacionarmos, pois é principalmente pela
audição que entramos em contato com as outras pessoas;
d) Intelectual: grande parte das informações nos é transmitida por meio do
código oral;
e) Comunicação: a fala é o meio de comunicação mais utilizado pelo homem,
e é por meio da audição que a linguagem e a fala se desenvolvem.
Levando em consideração cada uma das funções da audição citadas
anteriormente, apresente um exemplo de ações cotidianas na vida de um surdo
compare com a vida de um ouvinte.

RESPOSTA DA QUESTÃO 01

Levando em consideração as condições de um ouvinte, e observando as


afirmações realizadas na abordagem da questão percebemos que para a pessoa
surda as atividades cotidianas se tornam muito mais complexas.
Uma pessoa surda, por exemplo, terá grandes dificuldades para lidar com
alguns aparelhos domésticos que emitam sinais sonoros como alerta de segurança,
tais como: panelas de pressão com apito sinalizador e micro-ondas. Também se torna
difícil a apreciação sonora de instrumentos musicais. Sem o auxílio da audição a
pessoa surda não tem como perceber com clareza as interações sonoras realizadas
entre as pessoas ouvintes e interagir com elas.
O prejuízo total ou parcial causado a audição faz com que a pessoa com
deficiência tenha que desempenhar um aumento natural das demais habilidades
sensoriais, principalmente a visão. Portanto, o dia-a-dia de uma pessoa surda exige
muito mais da capacidade de comunicar-se, pois, em função da incapacidade de
reagir aos estímulos sonoros ela, muitas vezes, não consegue localizar a origem de
um som, ouvir um grito de socorro, participar efetivamente de uma conversa em uma
roda de amigos num bar, absorver todas as informações de uma sala de aula comum
e, ou mesmo apropriar-se das informações transmitidas por via oral nos espaços
públicos, tais como rodoviárias e aeroportos. Por fim, por não conseguir ouvir, muitas
vezes não aprende a falar, o que dificulta ainda mais o processo de comunicação
surdo-ouvinte-surdo. A sociedade, em muitos casos, não se preocupa com as
necessidades da pessoa com deficiência.
Para um ouvinte, o nível de interação comunicacional promovido socialmente é
muito mais acessível, pois desde a comunicação oral até a comunicação escrita, todas
as intenções de comunicar encontram-se devidamente pensadas. A exemplo temos
diversas ações cotidianas como os sistemas de sinalização e alertas de segurança
sonoros dos carros, alarmes de automóveis ou residenciais, os alto-falantes
distribuídos em rodoviárias e aeroportos informando o momento de chegada e partida
de ônibus e aviões. As rodas de conversas em bares que misturam os sons
provenientes dos diálogos das diversas mesas misturados aos sons dos instrumentos
musicais responsáveis por desenvolver o entretenimento do momento.
Essas comparações só tornam ainda mais claro o distanciamento dos surdos
da sociedade ouvinte predominante. Por isso a importância de incluirmos os surdos
nos processos sociais de comunicação e interação por meio do ensino da língua de
sinais a surdos e ouvintes.

QUESTÃO 02

Leia atentamente a citação a seguir:

“A maior parte dos surdos profundos, por exemplo, não exibem uma fala
socialmente inteligível. Além disso, em geral, manifestam atraso significativo
no desenvolvimento global e dificuldades ligadas a aprendizagem da leitura
e da escrita, apresentando-se muitas vezes, apenas parcialmente
alfabetizados após anos de escolarização” (MANTELATTO, PEDROSO &
DIAS, 2000, n.p.).

Reflita sobre a relação que existe entre a situação educacional das crianças
surdas reveladas por Mantelatto, Pedroso e Dias (2000), a história da educação dos
surdos e as abordagens educacionais. A seguir responda se é correto afirmar que a
história da educação dos surdos foi marcada pelo autoritarismo dos ouvintes.
Justifique sua resposta relacionando-a com as abordagens educacionais estudadas
nesta unidade.

RESPOSTA DA QUESTÃO 02

A educação proporcionada a criança surda não levava em consideração os


aspectos pertinentes a escuta, no processo de comunicação oral. Numa lógica pouco
inteligente, as pessoas que impuseram as crianças surdas uma educação baseada
no oralismo consideraram apenas a hipótese de que o aluno surdo teria que saber
falar e escrever, porém, não observaram que a fala vem por meio da reprodução da
escuta. Como ensinar a falar e a reproduzir a sonorização de vogais e consoantes
uma pessoa que não consegue ouvir e, portanto, não consegue tomar referenciais
sonoros para que se possa esboçar as palavras? Lamentavelmente, o que foi levado
em consideração no Congresso Internacional de Surdos em 1880, foram os interesses
de professores ouvintes que não tinham como objetivo “obrigar” os surdos a
comunicar-se por meio oral.
A comprovação de que sempre houve um autoritarismo dos ouvintes sobre a
história da educação dos surdos pode ser percebida quando os professores surdos
foram impossibilitados de participar do Congresso Internacional de Surdos em 1880
(PEDROSO & ROCHA, 2013), pela imposição do método oral como metodologia ideal
para exercer o ensino dos surdos e a proibição da utilização da língua de sinais. Essas
decisões atrasaram em mais de um século o processo educacional dos surdos por
meio da língua de sinais.
Contudo as propostas de comunicação total e bilinguismo proporcionaram aos
surdos uma nova oportunidade, pois além de buscar a inclusão dos surdos por meio
dos diferentes sistemas de comunicação (comunicação total), também foi aberto para
os surdos o reconhecimento da língua de sinais como sendo a primeira língua de
comunicação dos surdos (bilinguismo).

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