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U N IV E R S I D A D E FEDERAL DA B A H IA

FACULDADE DE F IL O S O F I A E CIEN C IAS HUMANAS

MESTRADO EM C IE N C IA S S O C I A IS

D IS S E R T A Ç Ã O DE MESTRADO

B SQCIEDODE MONTE PIO DOS BRTISTBS


UM MOMENTO DO M U T U A LIS M O EM SALVADOR

MARIA CONCEIÇÃO BARBOSA DA CO STA E SiLVA

M6STR^r>0 6 M W STÔRIA
H • U. b■ S A L V A D O R - B A H IA
: or e c A
^ *0 -To•••. ' ____ . A G O S T O 1981 ‫־‬
«E STR A D O EM CÍ‫־‬.r!C !A j SQ UA »

UNIX'EKSIDABE FETEHAL DA BAHIA

FAOJLUACE IE FILOSOFIA E a S h O A S Hl^VWAS

MOSTRADO B1 CIENCIAS SOCIAIS

DISSERTAÇÃO DE NESTKADO

A Socicdade. Mo>ttc - Pío do& A n tU to ó ¡


um momñ.nio do m utualism o

tAoAÁA ConceÁçSo B . d a C. e S iív a

Sa¿w u ío /1 - Bohia

Agosto J961
n ‫ ״‬T7v*r nr - . . .
‫ י‬r .‫־‬.“. • . . . . . ‫׳״‬
ti.■••‫־‬
,
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‫־ז‬-‫^ז ני‘ י‬.-• ^
B a h i a . U n i v e r s i d a d e F e d e r a l . F . F . C . H • Me s t r a d o em
Ci êni as S o c i a i s . D i s s e r t a ç a o de Mestrado.

A S o c i e d a d e Mont e - P i o dos A r t i s t a s : utn momen-


me n t o do m u t u a l i s m o em S a l v a d o r , p o r Ma. C o n c e i ç ã o
6 . d a C. e S i l v a . S a l v a d o r , 1981.
21lp. i l .

1. S a lv a do r ‫ ־‬H i s t ó r i a . 2 . S a l v ad or - condiçoes
s o c i a i s . 1 . UFBa. I I . F.F.C.H. I I I . hfestrado em
C i ên ci as S o c i a i s . IV. D i s s e r t a ç a o . I . t .

CDD- 91 8 421 ‫־‬


30 9 . 1 8 1 6 2 1 0 4

índice para catálogo sistemático:


1. S a l v a d o r - H i s t o r i a . 918-421
2. Sa lv ad or - condiçoes s o c i a i s . 309.18142104

•M

:1 ‫הי‬
Para C andido, este tra balho que egm a u a c c u á a
não chegaria ao fim .

A M arcos, meu f i l h o , fu tu ro ch eio ãe eapercr.-


ça.

A Zenaidej R egina, Fany este fru to do carinho


e dedicação m atern a is de vocea.

Todos 06 fa m ilia res eatão aqui¡ porque me


in cen tiva ra m a chegar.

 m em ória de meu avó Hanoal Barbosa de Souza.


S U M A R I O

1. AGRADEC1>ENT0S

2. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 1

3. O TRABALHO NA SOClEnADE ESCRAVISTADE.CADENTX................................... U

4. RAIZES DO MUTUALISMO
1 . C o r p o r a ç o e s e c o n f r a r i a s ...................................................................... 13
2 . O q u e e r a uto a r t i s t a ................................................................................ 20

5. A SOCIÉDAIK MONTE-PIO DOS ARTISTAS


1 . A n t e c e d e n t e s ................................................................................................... 35
2 . O b j e t i v o s .......................................................................................................... 36
3• Co n d i ç õ e s e a d m i s s ã o ............................................................................... ^0
4 . A S o c i e d a d e e s u a e s t r u t u r a b á s i c a ............................................. 43

6. A ASSISTÊNCIA: COfK) OPERAVA....................................................................... 50

7. COMO SE MANTINHA A SOCIEDAI« ................................................................... 60


1. O b s e r v a ç õ e s a c e r c a das c a b e l a s ................................................. 71

8. CONCLUSÃO................................................................................................................ 117

9. ANEXOS
1 . E s t a t u t o s d a S o c i c d a d e Monce~Pi o d o s A r t i s t a s ............... 119
2 . R e l a ç ã o n u m é r i c a d os a s s o c i a d o s s e g u n d o o o f í c i o . . . 133
3 . R e l a ç ã o n o m i n a l d os a s s o c i a d o s p o r o f í c i o ......................... 138
4 . G l o s s á r i o .................................................................................................... 18s
5 . E n t i d a d e s c o n g ê n e r e s n a c i d a d e do S a l v a d o r ...................... 194

1 0 . r e f e r e n c i a s BIBLIOGRAFICAS..................................................................... 202

11 . ILUSTRAÇÕES
ACEADECJMBNTOS

Não foB B B a ajuda de m u ito s com o e e t i m u l c , cs


sug eo to es, a8 p r e c e s , não teria cum prido esta ta refa . A to ccs
essee am igos, sou reconhecida. A lgune p a rticiparam naia de
p erto :

P rof. L u is h'er.rtque D ias 7avareSf C oordenador'


do c u r s o e meu o r i e n t a d o r , cu jo tra b a lh o de cconpar.fisr.entc
fo i sem pre cercado de atenção c am izade.

08 a sso cia d o s da H ontc~P io doe A rrísta e que


hoje representam a p rópria Sociedade. F a cilita ra m meu aceesc
in co n d icio n a l aos a rquivos da in stitu içã o : Srs. Z aluar de
O liveira V alente, A sclep ía d es A 'v e s F crnsr.cee, ¿csé Eri^dio '
dos S antos, H enrique Sodrê P ereira , Manoel G alvão e A fonso
dos Santos (in m em oriam ).

Dr. R enato Berbcrt de C astro pela va lio sa e


rara docum entação que me tro u xe às mãos.

P rof9 X atia H attoso su gerin d o e o r i e n t a n d o ‫־‬n s s


cam inhos do m étodo.

Os f u n c i o n á r i o s do A r q u iv o do E sta d o da B ahia '


a q u i reunidos na p e s s o a ¿ 0. s u a D iretora Pro/? Ana A m élia V¿
eira N ascim ento, p ela so licitu d e d isp en sa d a .

0 In stitu to do r a tr im ô n io A rtístico e
da B ahia pela oportunidade que mc o f e r e c e u na rea liza çã o des-
te tra b a lh o , alem da á j u d a dos com panheiros da COPLAt>, a a ten
ta revisã o b ib lio g rá fica de R egina e U aiza. 0 tra b a lh o cu id a -
doso e p a cien te de co leta de dados de M aria E unisia B r e s s i . As
manas lo n eA lvete C arvalho^■ ' M a ria A nto n ieta N eves,p ela d eà i-
cação aom q u e d a tilo g ra fa ra m o texto .

F átim a e Ida, irm ã e cunhada, p ela s revisÕ ee '


do texto e ta b ela s.
INTRODUÇÃO

Traca-se de uma CenCatlva em l e v a n t a r alguma n¿


tLcla sobre a £ase m uCualista dentro da m o b iliz a ç a o evolutiva*
d o ‫־‬s trabalhadores urbanos no B rasil. Uma r a z a o sim ples e ev^
dente: tema pouco explorado na historiografia brasileira, pa‫־‬
tente nas rea.e.nhas bibliográficas.

Na o conseguimos encontrar nenhum trabalho espe-


cífico que nos abrisse o caminho. Apenas algumas referencias '
ligeiras, situando, via de regra, o mutualismo como uma fase
proto‫־‬h istõ ric a do m o v i m e n t o sindical brasileiro.

A idéia surgiu quando em 1 9 7 4 , ao desenvolver '


uma pesquisa para o atual Instituto do Patrim onio A rtístico e
C ultural da Bahia (antiga Fundaçao), realizam os um l i g e i r o es‫־‬
tudo sobre a Sociedade Balsa de Caridade, centenaria in stitu i-
ção m utualista com s e d e no largo do Carmo n 9 42. Era parte de
um e s t u d o mais amplo que tentava estabelecer a presença humana
no Pelourinho em s u a evolução h is tõ rico ‫ ־‬urbana. Dai a nossa
riosidade prim eira pelo tema, reforçada pela id e n ti f icaçao de
outras sociedades congêneres nessa área. Muma r a p i d a busca en-
contram os: Sociedade Monte Pio dos A rtistas, Sociedade Frotet£
ra dos D esvalidos, aediadas ao Cruzeiro de Sao F rancisco;Soei¿
dad<i Monte Pio dos A rtífices e Liceu de Artes e O fícios à rua
do Liceu; Centro A utom obilístico da Bahia, na rua da Orden 3f
de são Francisco (Inácio A c io li) , todas na Freguesia da Se. Gen
tro O perario da Bahia, no Largo do Pelourinho; Sociedade Bolsa
de Caridade, no Largo do Carmo, ambas na Freguesia do Passo, ‫י‬
alem de outras sociedades menores que nao dispondo de s e d e s pr o^
prias, utilizaram ~se de cómodos cedidos por estas saciedades '
de m aior prestígio.

A m otivação pelo trabalho em s i aumentou no


contato mantido con alguns dos mais antigos associados dessas'
entidades. Ouvi dos mais velhos, depoimentos esclarecedores. '
H istorias de vida através das quais nos aproximamos dos movi ‫־‬
mentos de que participaram . Foram as conversas com o m e s t r e de
obras AbílLo de Jesus, Inspetor de Q uarteirao na zona de Sao
Caetano, e que lhe valeu a patente de M ajor, membro desde 1917
do Centro O perário da Bahia e seu presidente por vários pecio-
­ ‫­ ב‬

dos. Com o Sc. Raymuado Co t n c s Hurroao, mecânico e presidenCe ‫י‬

do Centro Au t o n i o b i 1 t s c i c o . entidade aglutinadora dos antigos


‫יי‬c h o £ e r e a ” d e praça; com o S r . Antonio Everaldo de Souza, se-
cretario e responsável pela Bolsa de Caridade. Velhos batalha-
dores na preservaçao de suaa instituições. Quando da seleção '
do m e s t r a d o em C i e n c i a s Sociais, no ano de 1976, apresentei '
aos professores examinadores um p r o j e t o de pesquisa que preten
dia estudar a fase autualisC a da m o b iliz a ç ã o dos trabalhadpres
de Salvador no seculo XIX, estim ulada por estes rem anescentes.

As condiçoes para a pesquisa e o tempo, impuse-


cam r e s t r i ç õ e s que determ inaram a escolha da S o c ie d a d e Monte '
P i o d os A rtistas, Instalada em 1 8 5 3 . A t r a v é s de sua singular!‫־‬
dade procurei estabelecer a estrutura e os mecanismos de um
modêlo m utualista.

V asculhei seu arquivo. Busquei noutras fontes '


preencher as lacunas, as duvidas, as indagações m aiores. Por ~
que apareceram essas associaçoes? Qual o seu raio de ação?

Nosso trabalho apresenta o tema sob dois ângu ‫־‬


los: prim eiram ente, analisam os 0 mutualismo em s u a s origens ,
cujas raizes s^ aatiga.s corporações de o f i c i o . Em
se tratando de a r t í 3J : a s e ar t í fices , procuramos depois i d e n t i ‫־־‬
ficar os que se filiavam , associando tanto quanto nos foi pos‫־‬
sível, a qualifícaçao profissional e os estigm as da cõr. Tinha
cunho e litis ta no seio dos trabalhadores? Concluímos historian
do a vida da entidade através dos seus propósitos e dinâmica ,
no contexto social de entao.

A Sociedade Monte Pio dos A rtistas surge dentre


uma ordem social escravista, nesta com ercial, burocrática e r¿
ligiosa cidade do Salvador, em q u e o braço escravo era respon‫־‬
savel pela maior parte das atividades produtivas, c o mo contin-
gente básico de sua população ativa. A vitalidade que ela e
suas congêneres vao alcançando, indica ao mesmo tempo o proces^
so de debilitação do trabalho escravo. A tutela do senhor que
de certa m aneira conferia estabilidade ao escravo, cessa para
com o trabalhador livre que passa a assum ir os ciscos e incer‫־‬
tezas de sua sobrevivência pesHoal e fam ilrar. A invalidez por
trabjlhc ou velhice, a indigencia da m o r t e , todos esses temo ~
res impelem oa que trabalham por conti própria para criar enti
dades p r o v i d e IIc i a r i a s .
‫־‬ 3 -

Diversamente do que acontecia nos centros que


se industrializavam , em p a r t i c u l a r na Inglaterra, essas asso-
ciaçÕes desenvolviam apenas atividades as s j s t^ n e i a i s .
carater reivindi catorio , sob o p a j e r n a l i st no c o n t r o l a d o r do E£
t ado.

Foi un p r i n e i r o passo na organizaçao dos traba


lhadores como classe, embora aglutinando m inorias com p r o p ô s ¿
tos elitizantee. A margem perm anecia u ma m a s s a considerável'
de trabalhadores sem a b o n o de "boa conduta" para adm issão nes
tes grêm ios.

A fase m utualista entra em c o l a p s o com a abol^


çaõ do trabalho escravo, momento em q u e esgotando codos os
seus recursos, cede lugar a u ma nova etapa de m o b i l i z a ç ã o dos
trabalhadores, correspondente as novas diretrizes da economia
nacional. Ao e s f o r ç o da assistência mútua, sucede o empenho '
das lutas sindicais reinvindicatõrias .
CAPI TULO 1

1 . O TRABALHO NA SOCI EDADE ES CRAVI S T A DECADENTE

Os processos e feronenos vividos pelo B rasil na


segunda mecade do seculo XIX, de que se ocupa sob angulo partí
cular e restrito o presente estudo, exigem una coapreensao‫־‬ do
trabalho naquela sociedade. Situar uaa entidade irutualista na
Salvador de entao,é reconhece~la inserida en ue dos poucos cen
tros urbanos brasileiros que se transform ava de forma continua
e crescente, parte da sociedade escravocrata mais ampla, a
própria naçao.

A ordem social vigente fundava sua produção uti


lizando a força de trabalho escravo. E struturav8-se assim , em
duas camadas sociais básicas: os produtores submetidos e os
proprietários, tanto do trabalho daqueles, quanto de suas
pessoas.^ Esse universo social estava impregnado de um c o m p o ‫־‬
nente básico ‫־‬ a escravidao. As atividades produtivas, que
alimentavam sua economia, nantinham -se nas areas rurais en de¿
redor, direcionadas para 0 mercado. A m aneira de aplicar a
força de trabalho social, bea assim o modo de apropriação do
seu produto, configuram sua estrutura sõcio-econôm ica típica.

Dentro desse quadro e que ocorrem as mudanças '


identificadas na constante e x p a n s a o .e diversificaçao das ativ^
dades produtivas. Sao elas que geram alterações sociais da
ordem e s c r a v i 8 1 a , quer d e . e f e i t o imediato , q u e r rem oto, todos po‫־‬
rém, voltados para a transform açao do regime de trabalho escra
vo em t r a b a l h o livre.^0 contingente de escravos dim inui na ra‫־‬
zão direta do crescim ento da populaçao de trabalhadores livres,
decorrente desse surto e x p a n sio n ista e diversificado. 0 enten-
dimento, portanto, do m u t u a l i s m o em S a l v a d o r , no século passa-
do, estará sempre subordinado i relaçao do trabalho
escravo versus trabalho livre no am biente urbano. Quando se.
t e m em c o n t a o modo d e produção no qual se enraiza a estrutura
sÕcio-econôm ica, de logo aparece esta rolaçao diretam ente art^
culada entre 08 meios de produção, isto é, a terra, as m aterias
prim as, as ferram entas, o m aquinario, etc, e a força de traba‫־‬
lho , ou seja, o honvn 1- 1< c r a v o , o 1 >0 R><‫ ׳‬m a r t e s a o dooestico, o
h o mc D t r a b a l h a d o r livre, cCc. Hntrv nós estes coaponentes bãsi
cos seapre estiveram Ii(;ad0E ãs funçÕcs recíprocas do branco '
senhor e do n e g r o escravo.

Coube ao prim eiro a propriedade dos oeios de


produção, das pessoas .dos t r a b a 111 n d o r u s negros e dos bens pro‫־‬
duzidoB. Quanto ao segundo, a inrcía quase que exclusiva na
produção social, cercado pelo rígido sistem a de controle do
seu comportamento c o mo trabalhador cativo, a íim de io p e d ir‫ ־‬lhe
a evasao. Os n e c a n i s r a o s de convivência social próprios deste '
tipo de sociedade, im possibilitaram sua uiobilidade social ver~
tical de m u i t a s m aneiras, como s proibição do casamento entre
brancos e negros, as r e g r a s de conduta ditadas segundo um
padreo de o b e d ie n c ia ccga do negro para coa 0 branco, senhor '
ou não.

Quanto "monos urbana'' é Salvador, nais acentua-


da e a presença do trabalhador cativo. Inversam ente, quanto '
mais d e s e n v o l v e e produz a cidade funções especificam ente urba-
nas, nais cresce o contigente de trabalhadores livres.

/'o s negros, escravos ou livres, estao distrib u i‫־‬


dos em o c u p a ç o e s socialisente menos qualificadas: serviços do—
m ésticos, artesanato, transportes urbanos, etci^A ssim , e acra-
vis da condição social do trabalho, isto e, como e l e se dava
e como e r a visto, que se compreende o significado vivido pelo
negro ea suas representações de cscravo, liberto e cidadao. En
tre as condiçoes econoreicas geradoras do negro escravo e do n¿
gro cidadao, hã um f l u x o lento, nas initcrrupto e crescente ,
incom patibilizando a prim eira condição com o s requisitos de
racionalização que o mundo do trabalho vai sofrendo e que atin
ge a realidade brasileira de fora para dentro. R acionalizar a
produção im plica no maxirao dc lucro com u o m í n i m o de despesas'
e perdas. V iabiliza-se na rapidez c no aperfeiçoam ento do pro-
duto m ultiplicado em n ú m e r o sempro m aior. Esta consciencia in-
cide sobre a indústria açúcarcira, Fobre o trabalho artesanal’
urbano, sobre a m anufatura, ns K rrviços, a come r e i a l i z a ç a o ’
mais estivei c complcxn, os meios de transportes, en-
fim sobre as atividades in d ‫ נ‬r e tnm cntr ligadas, passando tudo
isso a depender cada vez mais Uo c x r r r í c i o de descortínio e
decisão do trabalhador.
­ ‫ה‬ -

DenCro tin d l u o c o m i a Cundamental, senhor versus ‫י‬


escravo, conviveram em y r t i u s diferences, nas diversas ocupaçoes
produtivas, escravos c llvred, negros, m ulatos, brancos, cabio-
cios e índios.

Assim, cncru senhores e escravos vivem e lutam '


segmentos da população buscando aproxim ar-se dos prim eiros e
d is ta n c i a r~se dos últim os. No á m b i t o dos ofícios artesanais ur-
banos esse fenômeno e bem p e r c e p t í v e l , <)uando se encontram■ r e u -
nidos cativos e trabalhadores livres em a t i v i d a d e s coauns de
construção de moradias e edíC icios públicos civis ou religiosos,
apareIham ento de ruas, passagens e pontes, etc^ Otávio lanni e¿
tudando a situaçao particular de C uritiba, atenta para o fato,
existente t a m b é m em S a l v a d o r , de que no grupo social interm edi¿
rio da sua populaçao, "houve sempre uma p a r t e dele que precisou
viver m uito próxima dos escravos dadas as suas condiçoes de v¿
d a ‫־׳‬.^

Huito procedente e a observação de V i l h e n a : "ca-


mo tÕdas as obras servis, e artes m ecânicas sao manuseadas pe-
los negros no Estado do B rasil, poucas sao os m ulatos, e raros
08 b ran co s,- que nelas se querem empregar, sem e x e c u t a r aqueles'
mesmos indigentes, que em P o r t u g a l nunca passaram de criados de
servir, de moços de tãbua, e cavadores de enxada. Observa-se '
que, o que para aqui vem s e r v i n d o algum m i n i s t r o e so bom c r i a -
do, enquanto nao reflete, que ele em c a s a de seu amo se emprega
naqueles serviços que nas outras s5 sao da repartiçao dos oe-
gros, e povos m ulatos: m otivo por qde começa a perseguir logo o
amo, para que o acomode em a l g u m emprego público, que nao seja
da repartiçao dos negros, e tao públicam ente os emprega□ alguns
amos, que se viem perseguidos, e mal servidos, que os põem no
meio da rua; se porém os amos se d e m o r a m em d a r este despacho ,
os criados se antecipam , tenda por m elhor sorte 0 ser vadio, o
andar morrendo de fome, o vLr parar em s o l d a d o , e às vezes em
ladrao, do que servir um a n o honrado, que lhes paga bem, que os
sustenta, os estim a, e isto por não fazerem o que os negros fa-
z e m em o u t r a s casas. ...

Os brancos naturais do país hao de ser soldados,


negociantes, escrivães ou o. s c r e v e n Ce s , oficiais em a l g u m dos
t r i b u n a i s , o u J u i z u s de J u s C i ç a , o u F a z e n d a e a l gui r a o u t r a ocupaçao pG-
blica, que não possa ser da repartição dos negros, como c i r u r -
-‫ר‬ -

giões, bocicãrios, pilotos, nestres, ou capiCaes de embarcações,


caixeiros de Crapiches ecc. ALguns outros se bem q u e poucos, ou
raros, 9e empregam em e s c u l t o r e s , ourives, pintores, etc.".^

Vê*‫ ־‬s e , desse modo, que as condiçoes de vida so~


ciaL, fundadas embora em r e l a ç õ e s de produção organizadas com
base no trabalho cativo, propLeiaraa o desenvolvim ento de pa-
droes de convivência social que atingiram em m a i o r ou menor in-
tensidade as posições de escravos e livres, negros e brancos.^
As artes tidas por m ecanicas, exercidas por brancos plebeus na
M etrópole, eram rejeitadas por estes m e s m o s em a q u i chegando,sob
alegação de que tais ofícios eram exercidos por negros cativos‫י‬
aos quais não desejavam ser equiparados. Nao o b s t a n t e , é fato
que nas origens os prim eiros empreendimentos requerentes de
tais ofícios foram dirigidos por m estres e oficiais reinois.

'08‫ י‬o f ic io s mecânicos, escreve Serafim L eite, e¿


traram no B rasil com o s Portugueses. Prim eiro nas vilas dos Do-
nacãrios, e logo, mais a b u n d a n t e s , ‫ ׳‬ao f u n d a r ‫ ־‬se o Estado do Bra
sil em 1 5 4 9 . Na a r m a d a que levou To mé d e Souza e Mobrega con-
tam-se numerosos pedreiros, carpinteiros, serradores, tanoeiros,
ferreiros, serralheiros, caldeireiros, cavouqueiros, carvoeiros,
caeiros (fabricantes de cal), oleiros, carreiros (fabricantes '
de carros), pescadores, construtores de bergantins, carroelros
e até um b a r b e i r o e um e n c a n a d o r . Com s e r e a i r e l a t i v a m e n t e nuoe-
rosos rcvelou-se o B rasil tão ilim itado na costa e em p r o f u n d i d a
deque toda a mao de obra como e x l s t i a na Europa era insuficien-
te para o desbravar e cultivar. Recorreu-se ao regime do traba-
Iho servil . . . esta condição s o c i a l e económi ca de toda a America,
e portanto tambem do B rasil, colocava a m aioria dos homens de
trabalho na dependencia dos seus senhores.. . . ^ Fato a.liás ex‫־‬
tensivo às áreas de colonizaçao hispanica que Hector Guevara ’
examina por um p r i s m a com plem entar: "el aumento del numero de
artesanos e artesanias se debió indubitablem ente, mas que las
corrientes m igratorias y a su estim ulo por parte de la Corona
española al aprendizaje de estos oficios por parte de los
índigenas, negros, m estizos, pardos, mulatos e zambos."^

A escravidão no Brasil distribuiu o trabalho ne-


gro em t r e s grandes grupos: o negro de campo, o negro de oficio
e o negro dom estico, produzindo este últim o secu n d ariam en C e, ñas
cidades, o negro de aluguel e o negro de gañho. Sa m e d id a em
‫־‬ 8 ‫־‬

que as dois últim os grupos vao se destacando da massa anoaima


do prim eiro, crescem os suas possibilidades de relativa aseen
çio social. Até m e s mo na lavoura e em a t i v i d a d e s auxiliares ,
os negros que se distinguiam pela iateligencia e habilidades‫י‬
manuais, passavam a constituir um e s c a l ã o superior da massa
escrava. ^

Este e um a s p e c t o pelo qual o direito entao vi


gente nao abrange inteiram ente as relações c o m p o r t a m e n t a i s - do
cativo face ao senhor e vice versa. Algo extrapolava através'
das flutuações do comportamento efetiva do escravo nao restr^
to ao seu status legal, mas dependente de suas condiçoes re-
ais de vida, ‫יי‬c o n d i ç õ e s dinámicas s u b ja c e n te s ãs suas relações
com o s senhores e outros grupos da com unidade".^ 0 regime em
seus requisitos econoroicos, jurídicos e m orais, nao impediu '
que uin n u m e r o cada vez m aior de escravos ou d e s c e n d e n t e s seus
passasse ã condição de trabalhadores livres, sob pressões al¿
viadas por alforrias ou, mais para 0 fim, por instrum entos le^
gais, como a Lei da Ventre Livre.

As condiçoes concretas de vida próprias do


regime escravista, contavam com a possibilidade dessas fran ~
quias para a preservação da ordem pública. Orie n ta n d a -se com
propósitos sociais de auto-defesa, ao tentar dim inuir e cana-
lizar as tensões sociais inerentes ao sistem a, essa mesma so‫־‬
ciedade m odificava as próprias condições do seu equilíbrio
Inegavelm ente a posição social do escravo como individuo, era
alterada tanta pela alforria, quantd pela mestiçagem, embora
continuassem mínimas as possibilidades de m o b ilid a d e social a
bertas ao mesmo. A alíorrla como forma lim ite de compensaçao'
oferecida ao escravo, sÕ s e concretizava quando 05 seus donos
se acreditavam compensados m aterial ou m oralm ente. No que
respeita ã mestiçagem ha de se ter em c o n t a a organização pa-
triarcal da fam ília. Ao lado do núcleo fam iliar legítim o, co¿
xiste a periferia de escravos negros ande estão as concubinas
do senhor, maes de seus filhos bastardos.

A mae escrava enxerga o ‫יי‬a u t o b r a n q u e a m e n t o fe^


notíplco e social" c o m o ura b e n e f í c i o destes filhos que ou al-
cançatn lugar reconhecido na fam ília, ou dela definitivam ente'
se separaai. 0 branqueamento Corna‫ ־‬se um r e q u i s i t o favorável ã
mudança de posição, um m e c a n i s m o de ciassifiifaçao e ascençao'
‫־‬ 9 ‫־‬

social na m edida em q u e opera a libertação em n i v e l individu-


al, além de concorrer para a decomposição da origem vigente .
Assim a fam ília como inscicuiçeo social básica, concorre para
m odificar o status de cativo a ponto de Cransformá-Io ace em
h o me m l i v r e , embora sob este ângulo individual e restrito. Os
mecanismos psico‫ ־‬sociai9 inerentes a este tipo de organização
fam iliar, se de um l a d o produzem formas mais refinadas de do‫־‬
minação do n e g r o , por outra parte
concorrem no processo de
_ Q
sua emancipaçao parcial ou com pleta.

O negro e o m ulato livres estarao sempre liga-


dos racial e socialm ente aos escravos de que descendem. No
seio da sociedade vivem ordinariam ente isolados dos brancos e
estranhos entre os escravos. E componente do seu comportamen‫־‬
to u ma certa m arginalidade que os afasta dos extremos senhor‫־‬
escravo. Interpostos entre os dois, numa subcategoria de tra~
balhadores livres, tornam -se agentes nesta segunda metade do
seculo XIX, da derrocada da ordem escravocrata. Distanciam -se
dos escravos alienados não sõ do produto do seu trabalho, ma s
de suas próprias pessoas, sem c o n d i ç õ e s , enquanto casta, de
apreender a sentido da própria existencia social, quer em f a -
ce dos senhores aos quais estao submetidos, q u e r ‫־‬d e si mesmos.

Quanto mais seguro de si estava 0 regime de


trabalho escravo, mais forte era o preconceito contra o traba
lho braçal, característico dos socialm ente inferiores, em p 8 £
ticular, dos cativos. As observações de Vilhena colhidas aqui
em S a l v a d o r são bastante su g estiv asN a vigência plena da
escravatura, as ocupações nobres se articulavam como superio-
res e intelectuais, enquanto as que se apoiavam na força fisi
ca eram braçais e inferiores. A avaliação social do trabalho'
e do trabalhador so se altera com 0 d e c l í n i o do escravism o e
a redefinição do aistem a econômico, exigência das transform a-
çoes operadas no plano internacional cujos reflexos a socieda
de brasileira passa a sentir de modo m a i s im positivo nas últ£
mas decadas do seculo passada. A nova avaliaçao torna-se per-
ceptivel no uso crescente da força de trabalho livre.

As relações sociais entre negros, mulatos e


brancos, no período escravocrata, estao determ inadas pelo mo-
do como se encontram distribuidos na produção. Suas posiçoes'
no sistem a produtivo definem os individuos no.sistem a social'
- 10 -

com C o d a s as im plicações que lhe sao inerenCes. Oriuados da


mesma condição escrava, negros, nuIaCos ou pardos, libertos '
ou livres por nascim ento, carregam os atributos do g r u p o o ri‫־‬
ginal que os englobava como c a t i v o s . A cor, a qualificação *
profissional, a linguagem , o comportamento, ate o vestir, ma‫־‬
nifestam as características socialm ente aceitas como próprias
de ex‫ ־‬escravos. O sistem a que conseguiu identificar cativo~ne
gro, opera urna n o v a integração através do m u la to que nega de
certa m aneira a antiga condição. Brancos senhores e negros es
cravos pela m iscigenaçao, acabam gerando o mulato livre ou li
berto. Acontece, como acentua lanai, que esta metamorfose nio
o torna ‫ 'י‬c i d a d a o totalm ente livre, como e r a m 08 outros, e sim
numa pessoa livre " e m t e r m o s ‫ 'י‬, porque marcada pela sua origem
híbrida, biológica, social e moralmente".

Na sociedade "branca” , o mulato ê um h o m e o -li**


vre estigm atizado pelas marcas raciais do " o u t r a ‫ יי‬g r u p o , da-
queles que foram seus ascendentes escravos.

Esse processo crecente de transform ação dos


cativos em h o m e n s " liv r e s " , sendo um m e c a n i s m o que o regime es
cravocrata precisou ate promover para solução de suas tensões
e conCradiçoes mais graves, im plicava tambem eo sua auto‫־‬des‫־‬
truição. Como o s l i b e r t o s , negava-se direta ou indiretam ente os
fundamentos morais do sistem a que os produzia. A configuraçao
do escravo, im posta pelo sistem a, destacava a submissão "natu
ral" ao branco, senhor ou não, 3 sua incapacidade de discern^
mento, de iniciativa, de autonomia p' s i c o - s o c i a l , etc. Assim ,
o negro liberto, e por extensão lógica, o mulato ou pardo, en
contram ‫ ־‬se incapacitados de agir segundo as expectativas do
branco para com o s homens livres, nao obstante 0 espaço soei-
almente aberto de redefinição, através de ocupaçoes e ativid¿
des com partilhadas com brancos. E nesta escruzilhada que
emerge naqueles (negros, m ulatos, ou pardos " l i v r e ^ ‫) 'י‬ um c e r -
to grau de consciência da sua situaçao, resultando eo esfor ~
ços mais das vezes inadequados ou insuficientes para resolver
seus problem as. Sao homens livres, porém lim itados pela perso^
naiidade estruturada no seio da casta ancestral. Ao a d q u i r i ‫־‬
r e m um m í n i m o de consciência h i s t õ r i c o - s o c í a 1, passam a negar
a situação de origem e projetam o seu comportamento numa per^
pectiva de crescente liberdade em q u e , díspon.do de si mesmos,
tenham possibilidades de construir o próprio destino. Conti ‫־‬
‫־‬ 11 -

nuam, no enCanCo, aclngiUo:« polo padsado aCraves da cor, acr^


buco negacivo. As "niarcas r a c i n L s ‫ 'י‬n a praxis hisC orica inter-
fareo no c o a p o r C a o 1« t 1 c o d e neijroa, ■ulatos ou pardos livres ,
canco nas avaliaçÕ ca e expcccucivas dos brancos, como n a auco
avaliação e expectativas dcle.4 prÕ rios. 0 preconceito alcança
nova etapa distinguindo e distanciando 08 homens, ainda que
trabalhem lado a lado. "O bjetivados na côr ou em o u t r o s acr^
butos ideologicam ente constituidos, os verdadeiros fundamen ‫־‬
Cos das tensões existentes nuo alcançam consciencia social '
dos membros da sociedade, enquanto membros das classes. E o
preconceito se in filtra entre os discrim inados, dividindo- os
pelos m atizes da pele, como sc as ■arcas fenotipicas fossem o
fundamento das distinções s o c i a i s ‫ 'י‬. ^ ^

Antes mesmo de 1888, o que caracteriza o mundo


do trabalho em S a l v a d o r , ja nao e o escravo, mas o trabalha -
dor livre redefini^Jo de modo irrevogável as relações do sist¿
ma s o c i o - e c o n ô m i c o . 0 trabalhador livre torna-se a categoria*
social caracterisC ica da nova realidade, sob o influxo direta
da produção que se expande diversificada.
- 12 -

N O T A S

1. lANNI, Octavio. A8 m e t a m o r f o c e e do eaoravo; apogeu e crise


da escravatura no B rasil m eridional. São Paulo» Difusão
Europeia do L i v r o , 19f>2. p,7 (Coleção Corpo e Alma
do B rasil).

2. Op. c it. in (1) p. 161

'3. VI L H E N A , Luis dos Santos. A B ahia no eéaulo X V III. Bahia ,


Itapuã. 1969. v. 1 p. 137/8.

A. Op. c it. in (1) p. 162

5. LEITE, Serafim. S .I. A ríce e o ficio s doB jesu ita s no B r a s i l ,


15A9/1760. Lisboa/Rio, Ed. B roteria/ Livros de Portugal,
1953. p. 27.

6. GUEVARA, Hector Humberto Samayoa. Los grem ios ãe c r te s c K c e


en la cuidad de G uatem ala, 1S24/1621 , Guatemala, Ed.L'n¿
versitaria, 1962. p. 35.

7. CARNE I RO, Edson. L adinoo e oriouZ os: estudo sobre o negro'


DO B r a s i l . Rio de Janeiro, C ivilização Bras i 1e i r a .1964.
p. 6/7.

8. Op. c ic .in (1) p. 163

9. Op. c it.in (1) p . 171-2

1 0 . Op. c i t . in ( 1 ) p^. 248

1 1 . Op. c i t . in (1) p. 282


‫־‬ 13 ‫־‬

CAPI TULO II

R A I Z E S DO MUTUALISMO

I. CORPORAÇÕES E CONFRARI AS

As sociedades m uCualistaa mantinham vínculos'


históricos com a s InLciacivas congemres precedentes que lhes*
serviram de modelo e inspiração. Queremos particularm ente nos
referir às corporaçoes de oficio e as confrarias religiosas ,
ambas florescentes desde o século XIII. Organizaram -se as pr¿
m eiras na defesa dos interesses profissionais e regulam enta-
ção do seu exercício, enquanto as segundas com o b j e t i v o s car^
tativos e especificam ente religiosos.

I n s t r u m e n t o s p r o t e t o r e s d o s a r t e s ã o s a t r a v é s do c o n t r o l e
do exercício profissional, as corporaçoes requeriam , dos pre-
tendentes ao seu gremio, exame de suficiência, preparado em
longa aprendizagem . Uma v e z reconhecidos como capazes, os que
se iniciavam nos ofícios tornavam -se trabalhadores assalaria-
dos, na condição de com panheiros. A m estria era disputa difi-
cil e não se dava obviam ente, por avanço natural. Posterior ‫־‬
mente, o pa(;amento do que se convencionou chamar ''direito de
adm issão", supriu o requisito do exame. Especificavam a maté-
ria prima e as condiçoes para obte-la: controlavam a produção
vigiando o acabamento e perfeição dos produtos, e tabelando ’
os preços; regulavam a duração da jornada de trabalho, bem a s
sim o número de diaristas e aprendizes que um m e s t r e podia em
pregar. Cada corporaçao era formada por m estres, companheiros
e aprendizes. Aos prim eiros estavam subordinados os demais, '
por serem e l e s os chefes das oficinas e proprietários da'mate^
ria prima e ferram entas.

Pirenne aponta dois f a t o r e s na origem das cor‫־‬


porações: o poder comunal, que a p a r t i r do s é c u l o XI regula ‫־‬
aenta e vigia o regime das industrias nas cidades, distribuí¿^
do os artesãos por grupos profissionais; e a livre iniciativa
dos próprios artesaos como produtores. Provenientes de inicia
tivas d istintas, tornaram -se convergentes no' m o m e n t o em que
as autoridades civis reconhecem o caráter de filiaçao obriga-
tória nessas agrem iações de trabalhadores. A ssia, define
- u -

Pírenae a eaCidade medieval como ‫ 'י‬u m a c o r p o r a ç a o industrial ‫י‬


que gozava do privilegio de exercer exclusivam ente determ ina‫־‬
da profissão, de acordo com o s regulam entos sancionados pela
autoridade p ú b l i c a ‫ ’י‬. ^ Isto correspondia ao interesse das
senhores (feudais) em c o n t r o l a r o afluxo de artesaos para os
burgos, cujo estabelecim ento se desenvolvia em l a r g a escala.

A tendência corporativa difunde-se fortem ente'


por toda Europa O cidental, em q u e pezem a s diferenças de pol^
cica e autonom ia internas, sem elhantes contudo em s e u funda ‫־‬
menCo economico.

As confrarias, coetâneas das prim eiras, podem’


ser entendidas como a s s o c l a ç o e s formadas "por homens livres '
para se ajudarem mutuamente no m a t e r i a l c o mo n o espiritual ,
tratando-se como i r m ã o s ’‫ ׳‬É^ Ja em f i n s do século XI, encontra
aos esse tipo associativo entre trabalhadores urbanos, reuni-
dos por profissão. H o d e l . a v a m * ‫־‬s e nas corpocaçoes m ercantis e
nas assoclaçoes religiosas formadas em t o r n o de igrejas e
m osteiros. Às tendências piedosas e caritativas, ajuntavam a
proteção economica como forma de resistir a concorrencia dos
forasteiros.

Corporaçoes e confrarias coexistem sem c o n f l i * ‫־‬


to entre 08 artesãos. As prim eiras, contudo, desfrutaram de
maior força pela interferência direta que 0 poder público de-
sempenhou para sua formaçao.

Em P o r t u g a l , ha noticias desde o século XII ,


de confrarias reunindo "homens b o n s ‫ 'י‬, sem q u a l q u e r referencia
ao aspecto profissional. E M arcelo Caetano acrescenta: "Nenhu
ma d e s t a s confrarias é de m esterals. Ma s nos documentos mais
antigos, sôbre os m esteres, encontram -se indicios da prática*
de confraternidade do genero da que vimos aí regulada. Tudo
faz crer que desde cedo as afinidades naturais da profissão '
levaram os oficiais a firm arem entre si um s ó l i d o pacto de
assistência mútua e de defesa comum. Desse pacto tácito de
estreito entendim ento, nasceriam as prim eiras autoridades cor ^
porativas, ainda oão reconhecidas oficialm ente pela Cidade ,
. . . "3

Nao foi pela falta de autênticos artífices '


que o sistem a corporativo so velo a surgir em f i n s da idade
‫־‬ 15 -

média porCuguesa. Isso se deve â interferencia de conCrole do


Reí e dos Conselhos organizados, assim c o mo ao papel desempe-
nhado pelos pequenos proprietários. 09 artífices tiveram as
suas formas rudim entares de associaçoes expressas pelas con -
frarias religiosas. 0 prineiro esboço do sistem a corporativo'
português aparece em L i s b o a no final do século XIV.^

"A s o l i d a r i e d a d e profissional nasceu cedo, e


dela sairam 03 h o s p i t a i s dos o f í c i o s ' *^. Havia em L i s b o a , kn-
tes do século XVI, numerosos hospitais, uns m aiores, outros '
menores, que eram em g e r a l m istura de hospital, albergaria e
hospício: "neles se acolhiam asilados permanentes, doentes e
aleijados, e se albergavam pobres de p e d i r , rom eiros, viandan
tes e gentes que vinham da província a capital."^ D estes, um
bom n ú m e r o era mantido por confrarias de ofícios. Embora, co~
mo e s c l a r e c e Marcelo Caetano, nunca fossem mencionados cDmo
pertencentes às ditas confrarias, a profissão ou o f í c i o mante^
nedor dava nome, em m u i t o s casos, a esses hospitais. Desde c¿
do, diversas profissoes agregaram -se t a m b e m em um s o corpo ,
para mais facilm ente se defender e suportar os encargos da
representaçao coletiva e da assistência aútua.^

à época da expansao européia, conhecida c o mo


período dos descobrim entos, esses modelos associativos, quer
corporaçoes, quer confrarias, sao transplantados para o novo
mundo hispano‫ ־‬lu s ita n o • "El gremio español del siglo XVI e r a
en su estructura fundam ental el mesmo gremio medieval europeo
del siglo XIII, con las variantes y m odificaciones im puestas'
por razones de tiem po. ... La C o r o n a Española se interesso en
estim ular la em igración de artesanos penisulares a sus domí ‫־‬
nios a m e r i c a n o s . ‫^ יי‬

^ No c a s o do B rasil, c o mo anteriorm ente destaca‫־‬


mos, os oficiais m ecânicos foram reináis. A introdução, po-
rém, do africano escravo, para suprir a escassez d e mã o de
obra, transformou em m a i o r i a cativa 09 ditos oficiais, o que
na apreciação de Serafim L eite ‫ 'י‬c r i a v a meio pouco proprício '
para as associaçoes de m esteres constituidas por homens li~
v r e 3 . ' ‫ ^ ^י‬M a i s que isso, elas se d i 9 t a n c iar4.m p r o f u n d a m e n t e *-‫׳‬
das congêneres na M etrÕ pole, o que percebeu muito bem J a c o b '
Gorender: 0'‫ י‬a m b i e n t e social dominado pela escravidao nao
- u ‫־‬

podia ser propício ao carãcer fechado e excludente das corpo‫־‬


raçoes típicas do n e d i e v a l i s m o . A proibição de adaissao de
cativos a hablliCBçao grem ial tinha de ficar no papel, pcis
nenhum artífice português se privaria de viver â custa de es-
cravos aos quais ensinaria seu ofício ... ‫ ״‬Ao invés dos peque
nos ofícios independentes denotadores do feudalism o, tivercos
um a r t e s a n a t o urbano integrado no modo de produção escravista
colonial . . ._As corporações de ofícios organizadas no B rasil
adquiriram o carater formal de confrarias com o b r i g a ç o e s reli
gl o s a s ."10^^

Ao c r e s c e r , no ocidente europeu, o mercado ccn


sumidor com e x i g ê n c i a s de produção acelerada e técnicas, cada
vez mais perfeitas, o enfraquecim ento das corporações, eis
sua rigidez estrutural, foi rápido. Para substitui-las, surgi
ram u n i o e s de trabalhadores e entidades sim ilares que em c e r ‫־‬
ta medida guardaram métodos e tradições corporativas.

Na I n g l a t e r r a o ‫ ״‬Statutes of A r t i f i c e ‫ז‬S ‫ 'י‬r e p r e s e n


tava a últim a proteção à aprendizagem artesanal usada pelos
m estres ante a ameaça da industrialização. Pelo Edito de 1 7 6 ‫ל‬,
foram supressas, oa França, as assem bléias corporativas, tses-
trias e corporaçoes. Ap Õs a queda de Turgot, restabeleceram -
se 06 privilegios em n o v a s bases, coa as profissoes menores
declaradas livres. Bois atos da Revolução Francesa, estabele-
cem a l i b e r d a d e de trabalho. 0 prim eiro aboliu 06 diplom as e
cartas de m e s t r i a s ; o seguodo proibe as alianças de operários
de um m e s m o o f í c i o e a realização de convençoes, com o que
atinge as assoclaçao de trabalhadores de carater permanente '
ou tem porário.

No i n i c i o do século XIX, o a rte sanato em P o r t u


gal, dispondo de suas antigas oficinas e meios de produção à
moda antiga, controlava ainda dois terços da população indus-
tria l. D ecorridos cem anos, a m aioria desta populaçeo estava'
distribuída por pequeñas oficinas de tipo dom estico, com oe-
nos de dez trabalhadores por atividade artesanal. Para reagir
a essas condiçoes de trabalho, vigentes ainda em c o m e ç o s des-*
te século, sao criadas sociedades de auxilio mutuo. De 6 5 em
1876, ascendem a 590 em 1 9 0 3 . ^ ^

As corporações perdiam sua razão de ser nas


- 17 -

áreas de trabalho que se IndusCrÍalizavam . Doutra parte, 08


problemas criados pela Revolução Industrial, levaram 08 pro ‫־‬
prios trabalhadores a 8e associarem em a j u d a mutua. Apesar da
langa jornada e dos salarios reduzidos, nuitos deatre eles
aplicavam pequenas poupanças nas ‫ 'י‬c a i x a s " , tanto de in ic ia ti‫־‬
va obreira, quanto patronal ou das comunas. Estas duas ú lti ~
mas, por se m ostrarem instrum entos de o a n i p u l a ç a a , passaram a
ser encaradas'coD descon£iança pela classe operaria. Foraa as
comunas e os patrões que as organizaram i de inicio, na Ingla-
terra do século passado• "Seus membros p a g a v a m u ma subscrição
semanal de algum dinheiro e em t r o c a recebiam benefícios na
d o e n ç a ’‫ י‬. ^ ^ Na A l e m a n h a surgiram um p o u c o mais tarde, por in^
ciaciva também d o s d o n o s d e ; J f ã b r i , c a s e. o s o p e r a r i o s praticam ente '
não participavam da direção ou controle dessas entidades. A
França de 1845 contava com 1 . 9 0 0 associaçoes m utualistas, con
gregando não sõ a rtífic e s, mas operários fabris. Percebe-sè a
distância que vai das corporações ao m u t u a l i s m o . Na o o b s t a n t e ,
guarda o segundo a feiçao de assistência e socorro das prime^
ras e de suas sim ilares confrarias de oficio.

Deixando a área distante, atingida pelas trans^


formações industriais, reentram os na realidade baiana. ‫ ־‬Aqui,
as iniciativas em e s t a b e l e c e r sim ilares, m e s mo sob longínqua'
inspiração, decorrem de quadro completamente diverso. Com a
tradiçao corporativa enfraquecida pelo regime de trabalho es-
cravo, atingim os a independencia política, que determ inara a
sua extinção legal. Rezava o artigo 25 das D isposições Gerais
inseridas no C o n s t i t u i ç ã o de 1824: "ficam abolidas as corpora^
ções dos ofícios, seus juízes, escrivães e m e s t r e s " . J á
antes, nos debates da Assem bléia C onstituinte, foran objeto '
de análise através do Visconde de Cairú, entao deputado pela
Bahia, que alegava não encontrar justificativas para a proje-
tada supressão entre nÕs, desde quando nao possuíam essas
corporações, aqui, estatutos de classe "como as de Lisboa que
impunham restrições econômicas e comprimiam a itldústria do
povo". Era de boa razão, arguia ele, manter esses estabeleci-
mentos sem o v í c i o do m onopólio, de que se nao queixava o
público e, por outro lado, "sõ através desses grêmios oanti ‫־‬
nha ~se a arte, o aprendiz ganhava o hábito do trabalho, a
reverência ao superior, a destreza manual para qualidade e
‫־‬ 18 -

perfeição da o b r a . S e n d o voco vencido, nem a s s i m se perde


o objetiva últim o visado pelo político ilustre, pois que en -
contrata resposta no que se refere 3 preparaçao d e mao d e 0'
bra, através da criação dos diversos liceus de artes e a£Í -
cio s.

O m utualism o, que é a proto‫־‬histÓ ria do a o v Í -


mentó sindical brasileiro, surge con a organizaçao crescente‫י‬
do trabalho livre.

A populaçao de Salvador ao período de 1810 a


1870, esteve entre 80 a 100 mil habitantes. O censo de 1672 ' t
registrava de um t o t a l de 108.139 habitantes, 3 5 , 2Z d e bran -
cos, 4 4 , 3Z d e m ulatos, 1 6 , 3Z d e negros, e 2,2Z de caboclos.

O processo de m iscigeaaçao crescente, aliado '


aos instrum entos legais criados pelo sistem a para alivio de
suas tensoes, propiciara a passagem de contingentes significa-
tivos de escravos e seus descendentes a condição de trabalha‫־‬
dores livres. As oscilações da ecónomia baiana em s u a s ativi-
dades agro-exportadoras criam dificuldades constantes para a
classe senhorial. O escravo vai se constituindo em um peso
dentro das disponibilidades econômico -financeiras dos senho-
res, tendo em c o n t a a urgência de m odernizar a produção, ajus^
tando-4 aos níveis requeridos pelas solicitaçoes do m e r c a d o '
im portador dos nossos produtos.

A Bahia no século XIX, como parte da economia


brasileira, estava voltada predominantemente para a exporta -
ção, c o m urna p a u t a diversificada de produtos, mas secundaria
na balança nacional. Faz~se necessário dotar seus engenhos de
aparelhagem mais moderna. Sao am pliadas as relações de comer-
cio e aparecem novas formas de trabalho. 0 comercio português,
quase exclusivo em S a l v a d o r , passa a sofrer com m a i o r peso a
concorrência inglesa e francêsa, consequência da posição que
essas duas nações, desfrutam no comércio internacional, eo
predom ínio crescente no intercâm bio variado com d i v e r s o s cen-
tros do mundo, e apoiadas pela capacidade de suas marinhas ’
m ercantes. Deste nosso porto saia: açúcar, fumo, cafe, algo -
dão, couro, aadeiras, diam antes, etc. Poc ele entravam os te-
eidos de algodão, sêda e la, os vinhos, azeites, medicamentos,
farinha de trigo, ferram entas, calçados, pescados em c o n s e r v a .
‫־‬ 19 ‫־‬

sobretudo o bacalhau, eCc•^^

A rede bancária e c r e d i t i c i a expande-se na se-


guada metade do século. C r 1: ãc«! n 1 a s facilidades e financiam en-
Co à lavoura e ao com ercio. As prim eiras iniciativas na indu^
tria têxtil datam dessa época. A modernização urbanística da
cidade atinge níveis expressivos com o s serviços de ilum ina-
çao a gaz, abastecim ento dc agua, ligações m ecanicas entre a
cidade alta e baixa, prim eiros trechos de ferrovias, constru-
ção do quebra-mar e dos armazéns do p o r t o , para atender a o vo
lume de carga e descarga com a ampliaçao das linhas d'A frica*
e Sul Americanas.

E nesta Salvador, distanciando-se, em s u a vida


^urbana mais e m ais, do mundo rural circundante, que surgem as
sociedades m utualistas por predom inante iniciativa de traba -
lhadores autônomos, dos homens "livres" trabalhando por conta
própria para sobreviver. Guardam, como pretende dem onstrar '
este estudo, grande semelhança com as antigas confrarias, tar^
to pela preocupaçao assistencial dom inante, como ainda pelo '
propósito em c o l o c a - l a s sob a proteção de alguma invocaçao re^
Llgiosa. Via de regra, aglutinaram diversos ofi-cios em um mes_
mo g r em i o .

Entre 1832 e os prim eiros anos deste século ,


aparecem em S a l v a d o r pelo menos dezoito entidades com o b j e t i -
vos m utualistas, reunindo diversas categorias de trabalhado ‫־‬
res. Uma s com a designaçao generica de artífices ou artistas,
como é o caso deste nosso estudo. O utras, trazem títulos res-
trlC os a uma o u outra categoria, embora muito mais coao pr omo^
Coras da iniciativa e decencoras naturais da liderança, do
que mesmo por deliberação exclusivista. Assim, a S o cie^ ^ d .e_ _ B e,
ne f Í c e n t e Protetora dos A rtífices, Ca r p i at_e i, r 0_s e C a l a f a íJLS_ '
(1860); á A sso cj a c ão Tipográfica Baiana (1871); a Sociedade '
Bolsa de Caridade do Arsenal de Guerra da Bahia (1672); a So-
ciedade B eneficente C alxelrul (1885); a Sociedade Beneficente
Bolsa dos C hapeleiros (1891); o C l^ b e dos_M aquinistas (1889);
a União dos Postilhoes (1903), etc.

QuanCo ã Sociedade Hon c e Pi^ dos Arci s t a s , nas


ceu, em 1 8 5 2 , aberta a dive rsos ofício s e profissõe_s.
‫־‬ 20 -

2. O QUE ERA UM ART I S T A

A capacitaçao e 0 exercício profissiooal sõ


podem ser entendidos quando situados historicam ente eo seu
tãgio sÕ cio-ecanôm ico, de que depende o nivel de doatnio céc-
díco . Deste quadro nascem os conceitos e configurações. Bu s c a ^
DOS e n t r e os d ic io n a r i8tas de maior aceitaçao a epoca, junto’
à elite escolarizada, três que aclarassem de a l g u m modo o . q u e
se poderia entender por artista e por artífices. Estes dois
termos eram aplicados m uitas vezes indistintam ente, ja no se-
culo XVI, como anota Domingos V ieira. 0 uso im preciso também
vigorava de certa forma ainda no século XIX, quer pela espec^
alização problem ática, quer poc propósito enobrecedor dos
artífices executores, em a r t i s t a s criadores.

Bluteau, cujo Vocabulário portuguez e latino ,


constante de oito volumes iniciais e dois suplem entares, veio
a lume entre 1712 e 1727, dá como ART I S T A t o d o aquele que e
‫יי‬d e s t r o em a l g u m a A rte. Artem aliquam 'sc itè e x e r c e n s ’’ e
"ARTI f I C E , A rtifice, O breiro, A rtista, A rtifex, ou Opifex, '
icis, cic. A rtifice. A uthor& authora. A rtifice de todas as
cousas he a Divina S a b i d o r i a " . ^^
Para Morais (data de 1789 a prim eira edição do
seu D icionário da Lingua Portuguesa), ARTISTA é o c u l t o r de
alguma arte liberal como pintor, escultor, m úsico, acto r,e tc .
( t i p o p .~) A r t T ^ i ¿ e , o j > e j : a j : i o ■_ " A R T I f I CE (do latim artifex) ar-
tista, operário, obreiro, oficial d‫־‬e um o u t r o sexo, que sabe,
ou p r o f e s s a alguoia arte m echanica. ( A R T Í F I C E , A R T I S T A , OPERRRI O
Syn,) .

As duas prim eiras palavras sao derivada-s do la


tim ARS, que sõ diferem na term inação e na sig n ificaçao, que
modernamente se deu a segunda. A terceira vem do latim opera,
obra. 0 AR T I f ^ I C E g ^ r c e u ma arte m echanica. para a qual basta
o conhe c i mento prático 1-ap.r.TS e prec e^ t os , a perícia adqui
rida pel^^uso. e e x e r c t c i o . O OPHRAr I O é o que v i v e ‫־‬H Õ l X g j b a -
lho manual. Entre o OPERXRI O e 0 ARTIFICE d e v e d a r - s e a dife-
rença, que vulgarm ente se da entre o oficial e o pe s t r e . AR ~
TISTA é o que*K rce uma a:Le lib e r al; e s t e deve ser instruído
em t o d a s as ma‫׳‬ rias históricas c philosophicas, que se reque^
- 21 -

r e a a o bon desempenho Ua nua arce: o pintor, o esculptoc,


etc. são ART I S T A S. l ”

Por úlcioo, Domingos V ieira,‫ ׳‬ja no século XIX,


con publicação pÕsCuma de »eu Crabalho no P o r C o , ea 1869. "AR
TISTA no sentido usual, arciC ice, o que exercita alguna arte
ou o f f i c i o mecfianico. O que eatuda, designaçao sob a qual se
coaprehendia a Gram ática, a RheCoríca e a Lógica. Estes dous
sentidos estão obsoletos. No s e n t i d o moderno, o que cultiva ’
urna a r t e liberal, e assim so compete esté nome ao esculptor ,
pintor, architecto, m usico, actor, poeta, ou oesmo ao que ten
o sentinento do bello."

‫ 'י‬A R T T F I C E - (do latín artifex, ic is.l o que


exerce u ma a r t e nechanica, o fficial; nachinador, inventor, '
fautor. Syn. ARTIFICE, ARTtSTAt na linguagen do seculo XVI, es_
tas duas palavras exprínem a mesma idéia; a contar dos noder—
aos progressos da philosopfiia da arte, ha una distincçao rad¿
cal entre estes dous vocábulos: ARTIFICE é o q u e exerce un
officio m echanico, em q u e ha regras deduzidas pela experien -
cía e se tem en vísta una utilidade inned ia tanente pratica; '
ARTISTA, o que ten una educação geral, cujo trabalho depende
da inspiração e daa faculdades creadoras; a sua oBra ê senpre
un docunento do estado da m oral do seu tenpo, e una inagen '
reflexa da sua individualidade. Ma linguagea popular de C o in * ‫־‬
bra, ARTIFICE e ARTÍSTA, ainda t e m 0 m e s mo sentido.

Co mo podemos obscrva-r, a aplícaçao in d istin ta’


de ART f S T A e ARTIFICE, os eruditos foran percebendo através _
da evolução técnica que a revolução industrial acelerou, apro
fundando as diferenças crvscentes eatre as atividades mecani-
ca3, como q u e repetitivas, que exigiam menor intervenção cri¿
tiva do homem, e as atividades artísticas, entendidas muito
mais como fruto d e ‫ יי‬t e n d e n c i a s o u inclinações i n a t a s ‫יי‬. En que
pese a criação artístic a nao dispensar a iniciação necõdica ‫י‬
da escola, o a rtista , sem dúvida alguraa, requer qualidades '
pessoais em n í v e l superior ao artífice, Talvés não seja des ‫־‬
propósito afirm ar que, para as elites econSntcas da época, 0
artista exercia mais uma função de l a z e r , *enquanto o artífice
0 labor aplicado a uma r a 10‫־‬ pragnatica, nao só do que proJu'
zia, mas taraban £ a r n que p roduz i a , isto ê, o sustento, a
s o b r e v í v e n c í a .Na 0i«!(1 t 11 idail•‫ ־‬p 0 |» 1 l n r d e S a l v a d o r , c o n t u d o , a i n d a e r a Cq

itn h ra .O que s!¿ po>!e ••Npt í ‫־׳‬. t r p « l o j n t 11»11‫!י‬.‫ זז‬Nr:•! .!p a c t i s t . ’ s e a r c i f i • : » • * .


‫־‬ 22 -

decorrenCe da aus«acla Je tispecíal izaçso siatem ãtíca. Eo


geral, artesaos de m aíor ou a e a o r Calentó. Isco nao elim ina a
singularidade criadora de alguns nones que a •p o s t e r i d a d e teco
nhece como artistas pelas obras que entre nos dão CesCenunho .
Além do a a i s , as condi;oca de trabalho impunham a m uitos, can
CO a r t i s t a s com o arctficea, o exercido simulcSneo de dois ou
mais ofícios. Não podendo viver de u ma ú n i c a produção, em c o n
CraparCida lim icavam as possibilidades de um a p e r f e i ç o a m e n C o '
especializado. Via de regra, a demanda não dava para viver de
uma so atividade. 0 pouco valor de alguns ofícios ao m ercado'
provocava, em m u i t o s , 0 propõsico de se aventurar nos misCe ‫־‬
res nais destacados, c o mo uma f o r m a de ascençao profissional,
mes mo que continuassem exercendo trabalhos tidos com o inferió
res. Talves possamos transpor para 0 caso,a diferença que 0
dicionarista Morais apontj encre o oficial e 0 oestce.

A entidade que esCamos a escudar foi, propor ‫־‬


cionalm enCe, muico mais de arcxfices que de artistas, eabora'
ã época alguns dos maiores entre os úlcim os, escivessem em
seu grêmio.

Um p e q u e n o , mais sugescivo levanCamento entre*


os associados dos prim eiros anos, poe a mostra estes aspectos
colhidos nos fragm entos de noticias esparsas que a classe do~
m inante em s e u s regiscros, reservava a esCa camada.

Os que fundaram a entidade r e g i s C r a r a m ‫ ־‬n a com o


Sociedade Monte Pio doa A rtistas e n£o dos A r t í f i c e s . S5 "os
artistas ou amantes das a r C e 9 ‫ יי‬p o d e r i a m se associar.

Houve, sem d ú v i d a , um c e r t o propositoe litis a n


Ce e mesmo discrim inatório, na política de agregação por ela
desenvolvida. ProposCo em 13 d e m a r ç o de 1862, o nome de
''F rancisco das Chagas PimenCel, 32 aanos, padeiro, viuvo, com
filhos, morador na freg? da C0 1 \c? * " d a Praia, foi reprovado ‫י‬
por haver a Comissão de Sindicancia respectiva declarado nao
ser artista o dito s e n h o r " . N o entanto, inscreve m ilitares,
padres, funcionarios públicos ecc. Os artífices, porém, hão '
de predom inar sempre no quadro geral.

Observando a situação profissional do grupo '


fundador, bem a s s i m os que entraram pelos anos restantes da
d é c a d a , vamr> s e n c o n t r a r o seu líder, Manoel Ladislau Soeiro '
‫־‬ 23 ‫־‬

(L819 1865 ‫ } ־‬que, com a ch ap v leL ro , nanclnha à rua de Cuinda£


Ce d 9 2 6 uaa ‫ 'י‬l o j a de chapéun e boaecs", IsCo pelo ano de
1837, cuja produção alcançou nivel significativo quando da
Cuerra do Paraguai, pelo que ae vS a encomenda de S04 bonecs
para o 39 b a t a l h ã o de V oluntários da P a t r i a , sediado no A r s e ‫־‬
nal de Guerra, pela quantia de 1:260 reís (hum c o n t o duzentos
e sesenta reia).^^ C hapeleiro, confecciona em a g o s t o de 1856,
un d o c e l para o altar de Nossa Senhora da Purificaçao na sala
de reunioes da Sociedade, recebendo pe lo., s e r v i ç o 28$600rsv

U nirao-se a ele os alfaiates Tiago das Neves,


em cuja casa "ã rua atraz da Ajuda", foram realizados os '
prim eiros encontros do grupo do d e z e n o v e . Felix Jose Agos
Pereira, que, inscrito neste ofício, m antinha "um a loja de
Louça de Barro" na rua d 'A lfan d eg a n9 2: Bartolomeu de Jesus'
e Silva, com a l f a i a t a r i a instalada no beco do Garapa e Seve -
riano Antunes Bruno, com a l f a i a t a r i a ã rua de baixo de Sao
Bento, que ''faleceu sem direito algum por falta de pagamento” .

Os carpinteiros estavam representados por Jose


M aria da Purificação, que era s u a "teada de m arcineiro na Ru a
da Preguiça" confeccionou "6 bancos de vinhâtico invernizados
em p a l h i n h a no valor de 9 6 $ 0 0 0 rs., por ser o mais barato",pa
ra a sala de sessões da SocLedade^^: José M aria de Souza e
Carlos da Silva Cunha, com o f i c i n a na Ladeira da G am eleira.
Baldoino Patrício do Nascim ento, C arpinteiro do A r s e n a l de
Guerra, exercendo a funçao de M estre das suas oficinas e Ma-
noel da N atividades M oitinho que aparelha em 1 8 5 8 "12 dúzias'
de taboado de louro" para a Assembleia L egislativa. E, igual-
mente, contra-m estre Paulo Alves da C o n ceição , residente ao
M aciel de Cima.

Dentre os sapateiros estã Roberto José Correia


com " l o j a de Calçados nas Portas do Carmo n? 19". T a m bém o
espingadeiro José Jorge Lucas Pinto, residente na K unganga, '
m estre de O ficina de Ferreiro do Arsenal de Cuerra e Capitao
do 49 B atalhão de Infantaria (29 Companhia) da Guarda Nacio
nal.

Ainda Q uintino Gomes de Araujo Braga, ourives,


inscrito cono galvanizador, com o f i c i n a à rua dos Ourives. Ou
rives também e r a M athias Tavares da Cama, c u -J a casa "Taboleta
- 24 ‫־‬

das Jolas” estava sita na metiraM r ú a n9 13.

Instalada no C: 1 e s Dourado, Cinha a sua tipogr£


fia Firmino Thonaz <le A q u i n o , sócio desde 1853.

O ferreiro Fernando José de Souza destaca-se '


entre os do mesmo ofício com e l e associados. Mantinha ten—
da à Ladeira da M isericordia nV 2 , e entre os trabalhos impo¿'
tantes que executou , estao a grade do cora e os dois portoes
de ferro que ladeiam a entrada principal da igreja da Ordea '
3? de são Francisco, bem a s s i m o gradil do adro da Igreja de
são Pedro dos C lérigos.

0‫א‬ decuráo da década registram os, c o m u ma ou


oXitra exceção- , os mesmos ofícios convivendo com a r t i s t a s .

0 escultor Domingos Pereira Baiao, que por


suas realizações e nom e constante na h i s t ó r i a das artes eo '
Salvador, ja está associado em 1 8 5 6 , dispondo de u ma l o j a de
Imagens a rua do Juliao n? Al e tenda de trabalho a Ladeira *
da M isericordia, 189. 0 encalhador Joao B atista Ferreira de '
Carvalho que com o m estre Jonquim Esteves de Carvalho, na '
O ficina do Pilar, jã era aprendiz do o f í c i o aos 12 anos, exe‫־‬
cutou trabalhos diversos etn n u m e r o s a s igrejas da capital, Tra
balhou com o italiano Carlos M anettl, em o f i c i n a localizada '
na R ibeira, e dentre os seus trabalhos, a talha da galeota pa
ra o Senhor dos Navegantes i como q u e uo sinal extremamente '
popular de sua presença. Sao douradores Manoel Eaigdio Van^
que e João CrisÕstomo de Q ueiroz.0 prim eiro, oficial da G uar‫־‬
da N acional, por haver servido posteriorm ente na G uerra do
Paraguai, residia a Ladeira do Taboao 26. 0 segundo com " a t e ‫־‬
lier ã rua da P o e ira , 5 6 ‫ 'י‬, r e a l i z a v a aiñ d a trabalhos afins, co
mo cenários e pintura sobre vidro, 0 quelh e valeu m e d a l h a de
o u r o na E x p o s i ç ã o de A r t e s e O ficio s. Músico, compôs e d iri'
g i• u ub a i• ,l e s p a s t o r i. s2. 7

Entre os pintores, Atanásio Rodrigues Seixas '


se destaca na pintura e douraçòo de imagens, realizando traba
lhos em i g r e j a s e conventos de Salvador, no interior do Esta-
-• 28
do e a i n d a no R io , no P a r á e em S e r g i p e . Leopoldo Ribeiro '
de C a s t r o , do q u e se ten notícia , concloiu em s e t e m b r o de '
1861 o trabalho de douraracnto que se vinha r e a l i z a n d o na i g r ¿
29 *
ja da S.S. Trindade por Manuvl Joaquim Lima. Oo s ^ s a i o o f i ‫־‬
‫־‬ 25 ‫־‬

cio Queriao AnConio do EaptrlCo Santo» efetuou a liopeza e o


douraoento da Igreja de Sao Francisco, seado oulto solicitado
para obras em c a m a r a s de cnbarcaçoes; exercendo alada a fun ‫־‬
ção de guarda do Teatro Sao João.^^ Pintores e douradorea '
sao Raimundo Nonato da Silva Rocha que executou o douraaento'
de 20 jarras ao preço de 32$000 para a irmandade de Nossa Se-
ahora da Saude,^^ e João Francisco Lopes Rodrigues que con Mi
guel Navarro Cañizares funda a Escola de Belas A rtes, regendo
as au laji d e desenho e pintura a ó l e o . A i c a p o r t a n c i a d a o b r a d e Joio_
E to d r i^ a e s c o m o retratista fica plenamente justificada coa as te
las de D. Pedro II para a sala de sessoes da Sociedade Monte'
Pío dos A rtistas, e dos A rcebispos da Bahia, D. Romualdo Anto
n i'o de Seixas, D. Manoel da Silveira e D. Joaquim G onçalves.'
Com t e m a s sacros, uma tela de Jesús e as criancinhas, para o
Colegio dos orfaos de Sao Joaquim e duas para a Ordem 3 . de
Sao Francisco, hoje dispostas ñas paredes que ladeiam o arco'
32
c ruz e I r o .

M úsicos eram Manoel Emilio Pereira Baiao, Mi -


guel dos Anjos Torres e Domingos da Rocha M u s s u r u n g a . O pri ‫־‬
neiro ensinava música vocal e instrum ental em s u a residencia,
m antinha com J o s é M aria Candido Ribeiro u ma o f i c i n a de lito ‫־‬
grafia e gravura ã rua dos C aldereiros. O segundo pertencia ’
ao Batalhão de A rtilharia do Exercito tendo servido em o u t r o s
E s t a d o s e a q u i . e n s i n a v a ir.ú s ic a no A r s e n a l d e Guerra e na Academia de
Belas A rtes dirigindo ainda orquestras‫ ־‬e 'f ila n ? 3 n ic a s . Se m s o m
bra de duvida , dos tres, o maior era Domingos da Rocha Mussu
runga, participante das lutas da Independencia em 2 3 . Profe¿
sor de gram atica e latim , exercendo a catedra de m u s ic a nese£
colas p u b l i c s da C a p i t a l . Produziu ouito em t e r m o s m usicais .
Da m u s i c a sacra a profana passando por marchas n ilitar'es. Al‫־‬
guná dos seus trabalhos Coram im pressos. Envolveu~se na Sabi-
nada o que tem porariam ente Ihe criou alguns problemas.

Deste quadro sumario de oficios variados dest£


cando'se em c a d a um deles nones que a memoria artística da €i
dade ainda pode identificar atraves de diversos trabalhos, '
e v i d e n c i a ‫ ־‬se o congraçamento de categorias profissionais pos**
sivelm ente sem forças para empreender de do d o isolado a cria‫־‬
çao de urna e n t i d a d e propria. Por outro lado atraves desses '
nomes dos quais nos ficaram noticias maís circunstanciais ,
- 26 -

podemos avaliar o presctgto profissional e a relativa £orça


econôtaLca de seus e n p r e e n J i me n Cos auConomos. Parece fora de
dúvida serem Codos direCA úu i n d lreCamente oriundos do p r o -
cesso de m e t a m o r f o s e fenÕcípo e sõcio-econSm ico vivido pelo
escravo ate alcançar a conJíção de hom em livre, Com i s t o nao
podem os afirm ar sejam em m u í o r i a diretam ente e x * ‫־‬e s c r a v o s , m a a
deles descendentes na herança dos m esm os ofícios m ecânicos e
artístico s, trazendo 09 esttgnas raciais que os registros de
õbito e outros dados secundários atestam ,

Luiz Anselmo da Fonseca em s e u livro sobre a


escravidao, menciona 0 Monte Pio dos A rtistas, parecendo in~
dicar como entidade protetora de ex-*escravos ou de seus des-
cendentes. "Na cidade da Bahia, por exemplo, possuem os
artistas dois im portantes estabelecim entos de e d u c a ç a o , ambos
devidos à iniciativa particular: ‫־‬ o Im perial Lyceu de A r t e s
e O fficios e a Academia de Bellas Artes. Relevantes serviços
que elles tem prestado ã e d u c a ç ã o .1 i t t e r a r i a e profissional'
dos filhos do povo e tão grande como b e n e f i c a é a influência
que vao exercendo sobre a populaçao.

Possuem também v i r i a s sociedades de beneficêa


cLa mutu3, como o Im perial H onte-pio dos A rtistas, 0 Monte -
pio dos A rtífices, a A ssociação Typografica Bahiana, '
e t c . ‫*ג־ י‬

Nas freguesias centrais da Cidade onde se con^


centravam m oradias e oficinas de trabalho daqueles que nos
foi possível identificar como associados, procuramos obter ,
nao scat d i f i c u l d a d e s , informaçoes articuladas entre cor e
ofício de cada um. Trata-so de um c o n j u n t o relativam ente pe-
queno, porem significativo quanto à realidade social da ins-
ticijiijjo. 0 redua ii^ q u ’t d r o que apresentam os S suficiente p^
ra cúiifirnar a presença dc ex-escravos ou decendentes seus
na continuidade dos oftcioi e artes.
RELAÇÃO NOMINAL DQS AS’50C1A D0‫־‬S

o f Tc i o COR FILIAÇÃO PROPRIETÁRIO FREGUESIA ANO / MORTE

ALFAIATES

A nc o n io J o s é Marques branca C o nc e iç ã o 1868

B a l d u i n o J o s é C u s tó d i o - ” liv re " J a c i n c a de Noronha S. P e d ro 1680

B o a v e n c u r a de SC Anna - - sé 1893

E u s t a q u i o Romualdo de A lm eida pardo - C o n c e iç ã o 1674

F a u s t i n o d« O l i v e i r a Cosca p a rd o Sé 1888

F r a n c i s c o J o s é C o r te a p a rd o - Sé 1B94

F r a n c i s c o R o oio de Q u e ir o z pardo - Passo 1877

G e r o n c i o Gooes F. B raga pardo - C on c eiç ã o 18&Ú

J o a q u im Cones d a C o s ta p a rd o - Sé 1874

J o a q u im Thomaz A. dos R e ís p a rd o - C o n c e iç ã o 1889

J o s i E l e u c é r i o R u fin o pardo - Passo 1865

Manoal S a l u s t i a n o Crav9 c r i o u l o " I i v r e ‫'י‬ - sé 1888

T r a n q u i l i n o T e i x f B iq u ib a p a rd o "liv re " - C o n c e iç ã o 1676

ARMADORES

J o s é E u seb io C aix o v ira branco Tunda R .d o s Omisos Se 1876

J o s é L u i s S . S o b r in h o ‫" ־‬liv re " Ana M? do B s p ir iC o Sc9 S. P e d ro 1678

CALAFATE

A nconio da Cunha P o r t o branco - C on ce iç ã o 1882


OFICIO COR FILIAÇÃO PROPRIETÁRIO FREGUESIA ANO/MORTE

GARAPIÑAS

A n to n io F e m a n d e s de Souza ‫" ־‬liv re " Raimundo e Ana F . de


Souza -
S a n t ’Ana 1877

A nconio Marques d a Rocha - "liv re " F r a n c i s c o A. d a Rocha


e F l o r i n d a Marques - S. P e d ro 1879

G r e g o r i o J o s é de O l i v e i r a c rio u lo - - C o nc e iç ã o 1866

J o s é H a r í a de Souza branco - - C o n c e iç ã o 1863

Ronao A lvea da Lapa ‫יי ־‬l i v ^ B ‫״‬ S a n t'A n a 1877

CARPINTEIROS

J0 4 e K a r i a d i P u r i í i c a ç i o crio u lo "Iiv re " - Tenda R .da P r e g u i ç a sé 188¿

Ludgero d o s S a n to s S i l v a ‫ " ־‬l i v r e ‫■־‬ B en ed icto dos S .S ilv a


e M9 J o a q u i n a P i e d a d e ,
african o s S .P e d r o 1879

Manoel J o s é da Rocha african o lib e rto - C o n c e iç ã o 1863

N ic o l a u F . d a C o s ta p a r d o " l i v r e ‫'־‬ Manoel L .d a C o s ta e


F e l i c i a n a M? de J e s u s - SanC‫ ׳‬Ana 1879

CllAPELEIRO

H an cel L a d i s l a u S o e ir o L o ja R.do G u i n d a s t e s ,2 3 S. P e d ro 186S


p a rd o

CO^ERCI‫ ג‬RIO

F r a n c i s c o de Alpoim p a rd o - - sé 1896
OFÍCIO COR FILIAÇÃO PROPRIETSRIO FREGUESIA ANO/MORTE

EHPALHADOR/HARCINEIRO

J u v e n c i o A n to n io d a C o s ta branco - Tenda Bcco d a C a l i f o r


Q ia C onc e iç ã o 1869

EMTALKADOR

J o i o CuLlhenne Coelho b ra n c o - C on c eiç ã o 1877


Jo a q u im R o d r ig u e s de F a r i a s b ia n c o - ‫־‬ C onc e iç ã o 187 ‫נ‬

ESCULTOR

L in o H a r c i n s A lv es p a rd o - Passo 1876

FERREIRO

N o c o la u T o l e n t i n o de Campos p a rd o - Passo 1862

FUNILEIROS

Mapocl I g n a c i o dos Sancos b ra n c o - C o nc e iç ã o 1890


S i c o l a u S y r i c o da V i t ó r i a p a rd o - Pasüo 187Ú

LATOEIRO

J o s é G a ld in o F c r ? L e a l p a rd o - P asso 187A
OFÍCIOS COR FILIAÇÃO p r o p r i e t Xr i o FREGUESIA ANO/MORTE

MARCINEIROS

A n to n io Goiaes M a re in s branco - - C o n c e iç ã o 1866

A n to n io Jo a q u im T a v a r e s branco - - C o n c e iç ã o 1869

A n to n io T c ix ? !.ima branco - - S a n t ‫ י‬Ana 1879

J o â o B e r n a r d i n o Donel p a rdo - - sé 1875

P r ó s p e r o R i b r 9 da S i l v a p a rd o - - C o n c e iç ã o 1861

T i b u r c i o J o s é Menezes p a rd o "liv re " Sé 1886

mCs i c o s

A n to n io T e i x f de Souza b ra n c o - - C o n c e iç ã o 1875

p a rdo - - sé 1890
B a l d o i n o dos S. O l i v e i r a
F r a n c i s c o F ru cC u ro so Valongo p a rdo A n to n io F. V alongo e
C a t a r i n a M? Marques - S a n t ’Ana 1879

F r a n c i s c o R. K e l l o Nabuco b ra n c o - - Sé 1892

J o a o Joaq} 1 im de S a n ta n a c a b r a '‫י‬l i v ^ e ‫יי‬ F r a n c i s c o J . S 'A n n a e


C aC harina S .B a n d e i r a - S a n t'A n a 1879

p a rd o "liv re " - - S a n t'A n a 1878


J o s é J o a q u im de Souza
F o l i c a r p o A lv es da S i l v a p a rd o "liv re " A n to n io da C o s ta e
Hf C oQ stança C a s tr o - Sa nt ' Ann 1879

OimiVES

A uRusto P e r ? dc M a tto s h ra n c o - - Sé I87'í


OFICIOS COR FILUÇÃO PROFRIETÍRIO FREGUESIA ANO/MORTE

OURIVES ConC.

J o s é A n to n i o V i e i r a b ra n c o - - C o n c e iç ã o 1880
Manoel Domingues d ' O l i v e i r a p a rd o Sé 1889

PINTORES

A n to n io J o s é B a ra u n a b ra n c o - - C o n c e iç ã o 187?

A u g u sto J o s é de F a r i a s p a rdo - - sé 1889

E d u a rd o J o s é C a v a l c a n t i branco C o n c e iç ã o 186¿

PINTOR/DOURADOR

J o a o C r i s ó s t o o o de Q u e ir o z p a rd o Tenda R .d a P o e i r a , 56 S a n t *Ana 1881

SAPATEIROS

A n gelo B e n e d i c t o M a r t i n s - " l i v r e ‫יי‬ - - S. P edro 1877

F i n s i n o J a s e d e S.Anna p a rd o - - C o n c e iç ã o 1872

Jtfao A n to n io Scpoauceno b ra n c o - - C on c eiç ã o 1869

Joao da H a tta p a rd o - - C on c eiç ã o 188^

J o a q u í n J . de S a n t'A n n a p a rd o A lb in o S a c ra m e n to e
d ? F r a n c i s c a do Amor
D iv in o Pasfio lB5h

M arcelino A ltp io da F ranca - "liv re " L u is e H a ria Franca - Siint ’Ann 1877

S f l l u a t r i o de Monte F a l c o p reto • s? 1901

‫־‬
OFÍCIOS COR FILIAÇÃO f r o f r i e t Xr i o FREGUESIA ANO/MORTE

SIRGUEIROS

A n to n io J o ã o de Souza branco C on c eiç ã o 1873


Thonaz de Aquino P e r e i r a c rio u lo - - C on c eiç ã o 1861

TIPOGRAFOS

C e c i l i a n o de Souza Hundin m estiço Sé 1919


J e s u i n o F r a n c i s c o de C a b r e r a pa rdo - - C on ce iç ã o 1860
João C a p is tra n o Fernandes branca - — S a n t'A n a leso

SEM OFlCIO DECURADO

EsCevao d o s S a n to s C a j u e i r o cabra P a sso 18S8


Jo a q u im G e r v a s i o de S a n e ‫ ׳‬Anna p a rd o - - P a s so 1872
H a r t i n h o A n to n io d a Cruz preco - ‫־‬ Sé 1915
V ic e n te A le ix o F ranco p reto Sc 1921
‫־‬ 33 ‫־‬

NOTAS

1. FIRENNE, H e n r i . H i e t ó t ’:\t a c o n S m io a e s o c i a l da Id a d e h fe d ia . Sa o P a u l o , ‫י‬


MesCre J a u , s . d p • 19Ü

2. LANCHANS, F r a n s P a u l . Aa c o r p o r a ç õ e s doa o f i c i o s m e c á n ic o s ¡ su b síd io


p ara a sua h is to r ia . I n t r o d u ç ã o d o P r o f . Dr . M a rc e lo C a e t a n o . L is *
b o a . I m p r e n s a N a c i o u a l , 1 9 4 3 . v . I p.X X X II.

3. O p. c i t i n (2) p . XXXt I l .

4. MARQUES, A- H. d e O l i v e i r a . H i s t c v i a d e P o r t u g a l ; da s o r i g e n s à s revo-
lu ç Ô e s l i b e r a i s . L iü b o a , P a l a s E d i t o r e s , 1975. v . 1 p . 139.

5. Op. c i t . i n ( 2 ) p . XXXIII

6. O p. c i t i n (2 ) p . XXXIV

7. O p. c i t i n (2) p . XXXIV

6. GUEVARA, H e c t o r H u n b u r t o Sam oy a. L o s g r e m io s de a r t e s a n o s e n l a c u i d a d '


d e G u a te m a la : 1 S 2 ' I~1321. G u a t e m a l a , U n i v e r s i t a r i a , 1 9 6 2 . p . 20 e 3 4 .

9. LEITE , S e r a f i t n ; S . I . A r t e s e o f í c i o s d o s ' j e s u í t a s no B r a s i l : 1 5 4 9 -1 7 6 0 .
Ri o de J a n e i r o , B r o t c r i a , 1953 • p . 2 7 .

10. GORENDER, J a c o b . O Cúi.‫׳‬ríivCnmo c o l o n i a l . S a o P a u l o , A t i c a , 1 9 7 8 . p . 4 S 2 .

11. Op. c i t . i n ( 4 ) p . 44

12. HENUERSON, W. A reVoL1v,'3n i n d u s t r i a l : 1 8 7 0 -1 9 1 4 . L i s b o a , V e r b o , s . d . '


p. 1 4 3 . ( H i s t o r i a I l u s t r a d a d a E u ro p a)

13. c f . PEREIRA, C a r l o s J o s é d a C o s t a . A r t e s a r a t o e a r t e p o p u l a r - B a h ia . '


B a h i a , P r o g r e s s o E d i t u r a , 1 9 5 7 . p . 3 1 . ( C a d e m o s de D e s e n v o lv im e n to
E c o n ô m ic o , I )
- 34 ‫־‬

23. RELATÕRIO d a S o c i e d a d e ^tonto r i o d o s A r C i s C a s : 1 8 5 3 - 1 9 5 3 . E d. come-


la s ra tlv a . B a h ía , T ip . I d e a l , 1 9S3. p . 8 .

24. D oc. c i c . i n . ( 2 1 ) . C l. 5

25. ALVES, M a r i e t a . D ÍG Ío n á r io do •U 'tX B taa e a r t i f i c e s na B a h ia . S a l v a -


d o r , U F B a /C o n se lh o C scadu^tl d e C u l t u r a , 1 9 7 6 . p . 1 77 .

26. QÜERINO, M anoel R. A r t i s t a s b 1 :L a n o s; i n d i c a ç õ e s b i b l i o g r á f i c a s . 2 ed.


B a h i a , E m p reza A. B a h i a , 1 9 1 1 . p . 245 e 2 4 6 .

27. ____ . p
la g r e a ; um e s t u d o s o b r e a r t e g e n u í n a . R io de J a n e i r o , S u p e r i n t e n -
d e n c i a d e D i f u s ã o C u l t u r a l d a S . E . C . , 1 9 6 7 . p . 86 e 1 3 3 .

28. Op. c i t . i n . ( 2 6 ) . p . 91

29. MARTINEZ, S o c o r r o T a r g i n o . O rd en a t e r a e i r a a ; i d e o l o g i a e a r q u i t e t u r a .
S a l v a d o r , 1 9 7 9 , p . 2 0 0 . ( D i s s e r t a ç ã o p a r a m e s t r a d o em C i e n c i a s S o -
c iá is F a c u l d a d e de F i l o s o f í a e C i e n c i a s Humanas d a UFBa.

30. Op. c i t . in. ( 2 6 ) . p . 90

31. OTT, C a r l o s . E v o lu ç ã o d a s a v t e s p l á s t i c a s n a s i g r e j a a do B o n fim , Bo-


q u e i r a o e S a ú d e . S a l v a d o r , UFBa. C e n t r o de E s tu d o s B a i a n o s , 1 9 7 9 .
p. 300 e 376 .

32. Op. c i t . in. (2 6 ) p . 77 e 79 e ALVES, M A r i e t a . N otas a margem do li-


v r o " A r t i s t a s B a i a n o s " de M anoel Q u e r i n o . A n n a is do 19 C o n g r e s s o de
H i s t o r i a d a B a h ia . B a h ía , T i p . B e n e d i t i n a , 1951. v . 5 p . 537.

of.. PEIXOTO, A f r a n i o . L i v r o doa h o r a e . R io de J a n e i r o , A g i r , 1 9 4 7 . p


314.

33. Op. c i t . in. (2 6 ) p . 174 e 177.

34. FONSECA, L u i z A nselm o d a . o c U i- o « o a b lic io n ia r K i. B a h i a .


I m p r e n s a E c o n o m i c a , 1887 p . 6
‫־‬ 35 -

CAPÍ TULO III

A SOCI EDADE MONTE P I O DOS A R T I S T A S

ANTECEDENTES

Esta sociednde, cujo estudo procuramos desen -‫י‬


volver, surgiu da prim cirn associaçao m utuallsta de Salvador,
eta d e c o r r e n c i a de urna c i s a o entre seus membros.

Fora instalada em 1 6 de dezembro de 1832, na


antíga rúa do A rcebispo, a SOCI EDADE DOS A R T Í F I C E S , posta sob
a proteção de Senhora SaI1 c ‫ י‬A n n a . Formava o seu prim eiro carpo
dirigente os socios fundadores Joao Isidoro Pereira^ preside¿
te, Antonio Alves de Souza, 19 secretario, José M edeiros Cam -
pos Flor, 29 s e c r e t a r i o , e Manoel de Santa Tereza, tesourei -
ro, todos ao que parece, percencences ao quadro de o f i c i a i s ’
mecânicos do Arsenal de M arinha,

Ha m a i s de dez anos vinham amadurecendo um


plano que reunisse a categoria, para desenvolver e aperfeiço-
ar a própria arte e praticar socorro mutuo, quando p riv a d o s '
do exercício profissional, bem a s s i m , por morte deles, prover
suas fam ílias de alguma ajuda.

Desse propósito, surge, na Cidade do Salvador,


a prineira de u ma série de entidades m utualiscas, em d e c o r r ê n
cia de u ma n o v a realidadã economic¿ que se esboçava e a
qual as Irmandades Religiosas das camadas pobres Ja nao po-
diam responder. Configuram -se estes novos projetos aum m i x t o *
de irmandades em p r o c e s s o de laicizaçao, e dos antigos instí-
tutos corporativos ja ab^l‫ י‬g ados por lei. Ha c o m o que um a c r e ¿
cente autonomia civil em d i v e r s a s iniciativas sociais. *'A r e -
ligião cessa de ser o denominador comun de associaçoes. A
esta se superpõe o da classe profissional, da associaçao le i‫־‬
ga".2

0 pioneícisDio da Sociedade dos A rtífices desen


deia assim uma p r o I i f e r>1 ‫ ;׳‬a o de entidades sim ilares por todo o
século XIX, com o podernos observar em q u a d r o anexo,^ 0 título
de Im perial, proteção obcida dez anos depois de criada, ve m
contribuir para o desej.ido reconhecimento p^la classe dirigen
‫־‬ 36 -

te, o que parecia redunddr, a>t m e n C a l i d a d e dos seus organiza-


dores, em c r e d i b i L i ü a d e e lnc«nClvo 3 expansão.

Em 1 8 6 2 a rcCormu de seus estatutos atinge tarn


bém a d e n o m i n a ç a o ! que perdura ntu hoje: Sociedade Monte Fio
dos A rtífices, coai s e d e a rud do Liceu n? 21. Suas iniciati -
vas serviram de modelo a Coddd aa congéneres.

Retomemos us ocorrências separatistas. Irrompe


era 1 6 5 2 , gerando uma seriu crise interna. Em m a r ç o deste ano,
sera a u n a n i m i d a d e dos c o n s u lh e iros sócios fundadores, delibe-
r a ‫ ־‬se transferir a reserva m onetária da Sociedade para a
Caixa de Comércio,^ abandonaudo‫ ־‬se o costume de aplica-la no
sistem a de penhores. Essa providência não foi aceita pelo sã-
cio fundador Joao Isidoro Pereiro, sob a alegação da c i t a d a '
casa bancária ser apenas "conhecida para quera r e c a h i s s e ser ’
acionista".^ Insinuava existir interessados na transferência
daqueles valores, ante a possibilidade de possíveis vantagens.
Indicio de que a situação financeira da Província não era das
m elhores, com e s c a s s o num erário e larga agiotagem .

Criada a dissidência, a r r a s t o u ‫ ־‬se a disputa in


terna ate agosto d o mesmo nno, ocasião em q u e atinge seu des-
fecho com o p e d i d o de desligam ento, assinado por 16 sócios ,
sob a liderança do presidente Manoel .Ladislau Soeiro, "em '
virtude da desarm onia reinante recebendo cada um d o s que qui-
zerem sahir tudo quanto tem contribuido até o dia de sua ret^
r a d a . ‫^ 'י‬ A devolução requerida do que haviara pago os sócios '
separatistas, gerou um c e r t o im passe. Argumentavam estes que
uma v e z desligados precendiatn criar u ma n o v a sociedade, neces
sitavam receber "o capital para nela deposica-lo visto nao po
derem mais lutar c o m uma tal desunião e sempre terem desejado
o engrandecim ento e prosperidade da sociedade a que tinham ’
pertencido ate aquele momento e nao a sua r u i n a . ‫^ 'י‬

O socio protetor, Dr. Francisco Almeida Sebrao,


ofereceu parecer contrário à retirada das joias e m ensalida -
des dos socios questionantos por ferir, segundo ele, cs esta‫־‬
tutos, a prática e o direito de qualquer sociedade. Seu pare-
cer foi endossado pelo lente J osg Rodrigue^ Nunes, tambea 30‫־‬
cio protetor, ambos c o u v o c .k I o s para superarem a crise. Tal
aao aconteceu. Ao contr.írIo, as discussões em r e c i n t o num c l i
na de ofensas m utuas, ctiegAinm s tal ponto que os diesideites
foram suspensos, isipedidos de p ;tr t i c í p a r , votar e seren! v e t a -
dos ñas reunioes, nantido, contudo, o direito 8 assistência ,
quando se fizesse necessária, restrita erabora aos que estives
s e ta q u i t e s . Estavan obrigados tnobem ao acoicpanhatcento fúne -
bre de algum socio falecido. Ecta decisão foi tomada em f i n s
de setem bro, mais de um m e s após form alizado o pedido de de&‫־‬
ligam ento. Em s e s s ã o de 10 de outubro seguinte, após a lêitu -
ra e aprovaçao da ata, os socios suspensos invadiram em g r u p o ,
a sala das reunioes proferindo insultos. D i r i g i r a m ‫ ־‬se depois*
a Palacio, u ma v e z que o presidente da Sociedade enviara 80
Presidente da Província, um o f í c i o dando ciência do o c o r r i d o ,
bem a s s i m solicitando "resolver 0 que julgar conveniente quan
to a resolução tomada por m aioria de 21 votos", referente a
exclusão dos 1 6 ‫יי‬ socios turbulentos."® Ao retornarem , o sub-
delegado Felix da Graça Pereira Lisboa, que fora chamado pelo
proprio Manoel ‫ ־‬Ladislau Soeiro, para apuraçao dos fatos ali
acontecidos, persuade os dissidentes a deixarem o recinto.

Ao f i n d a r o mes, em f a c e da intervenção solici


tada, foram as portas da sala de reuniões "fechadas com t r a ‫־‬
ves pregadas a prego e seladas judicialm ente", bem a s s i m em -
bargados cofres, livros e outros objetos da Sociedade coo
intim açao aos membros, da mesa, para entrega das chaves, tudo
por despacho do Sr. Dr. Juic M unicipal Suplente da 2a. Vara
que, no im ediato dia 30 v o l t a atras, desembargando e abrindo*
as portas. 0 sócio que encabeçava a resistência às precençoes
dos rebeldes, Joao Isidoro rcreira! p rop?s que o corpo de
associados se posicionasse conforme exigia o caso. Assim foi
que en convocaçao extraordinário decidiu-se suspender■ todas
as garantias dos 16 socios, c elim inar tres deles, Manoel P.
da Silva, Roberto José C orreia 0 Tiago daa Ne%*es, sob p re te ^ .~
to de se encontrarem com q u n t r o m ensalidades ea atraso. Logo
d e p o i s , 06 sócios dissidentes foram considerados incursos nas
penas dos artigos 10 e 11 do Rup.imeoto Interno: "injuria e
ofensa S Sociedade e dc6rcB]>citP a efígie de S.M. o Imperador
e ã Im agem da Divina Padroeira".^

Proposta a elim inação i r r e c o r r i v e 1, sob qual ‫־‬


quer pretexto, de todos elci:, foi aceita por unanimidade de
votos. Nao com pletara doii: mrRC-ü e c o m a a d e s a o de três ou ‫־‬
- 38 ‫־‬

tros com panheiros, os 16 ü o c Í dn expulsos, instalam a SOCIEDA-


OE MONTE P I O DOS A R T I S T A S no 1a d a festa da Purificação de
Nossa Senhora, 2 de fevüreiro, conforme destaca o terao.^^

l.l. OBJETIVOS

IdenciClcada em a u a s propostas com a in stitui-


ção pioneira,a SOCI EDADE KÚNT12 P I O DOS A R T I S T A S S mais abran
gente e menos homogênea do que o título pode sugerir.

Eram, na v â r d a d v , m a j o r i c ari am en te ar tí fi ce s e
Dao artistas, aspectos que pro cu ram os esclarecer anteriormen-
te.

Fundavu‫ ־‬sc no aocorro mutuo entre os socios, ’


prioridade assinalada no artigo 19 d o s estatutos que lhe de-
ram os fundadores. Poscu ãob ”o s auspicios e proteção de S.M.
I. o Senhor D. Pedro II e d-o E x c e l e n t í s s i m o Governo da Provín
cia ... tem por fim ajuntar um c a p i t a l adquirido por meio de
joias, prestações mensais e donativos, que serã empregado nos
benefícios e justos fins de socorrer os A ssociados. ^

Mais explLciton ficam os propositos com a nova


redaçao de 1859: "soccorrer a aq u fU es de seus socios que por
m olestia, ou alguma outra circunstancia prescripta o 'estes Es
tatutos se acharem im possibilitados de proverem aos meios de
subsistencia; assim como ãs viuvas e orphãos - e ‫׳‬ às maes e
irmas dos socios que fnllecerem sem d e i x a r f i l h o s ‫ ’י‬. ^ ^ T rata ‫־‬
se evidentem ente de criar um i n s t r u m e n t o de assistência ao
trabalhador autonomo que vivia de s 'u a arte.

Inexistiam preocupaçoes previdenciarias da


parte do poder político. As irmandades religiosas mostravam ‫־‬
se lim itadas em s e u s encargos assIstencials ante a cortfigura‫־‬
çao de novos segmentos no c o ‫־‬r p o social. Acostumadas desde as
origens entre nos, a dicotom ia social senhor ‫־‬ escravo, não
responderam com a g r e m i a ç õ e s novas aos reclamos decorrentes da
sociedade em e x p a n s a o . C o n t i n u / 1 v a 1;< p r e o c u p a d a s ou com a s eli-
tes economicas ou com oh ncgro.s escravos. 0 espaço aberto p e ‫*־‬
los trabalhadores livres, m iscigenados em m a i o r i a , coincide '
com 0 aumento crescentc de assuciaçoes trabalhistas laiciza *-
das no que respeita a religião e democrat izad ss em s u a estru*‫־‬
tura funcional, quando c o m p .ira d .n s às corporaçoes de ofícios .
A ssiste a cidade do Salvador nu século XI X a c r i a ç ã o de nuae~
- 39 -

rosas sociedade nuCualis Cas. Ate ««smo em a l g u n s cencros int£


rioranos, com o Hazaré e Cachoeira. Todas buscavam assiscir os
associados na doença tem porária, na‫ ׳‬invalides e até na prisão,
em q u e pesem 08 lim ites im postos a este últim o caso. Ainda a
ajuda ou pensão aos fam iliares sobreviventes.

Porém, se a vida ameaçada requeria atenções, a


morte ainda m ais, a ponto de predominar o cuidado com o fune-
ral para que 0 associado nao tivesse o sepultam ento de indi -
gente, últim o e definitivo atestado de sua m i s é r i a e m argina-
lizaçao. Podemos até dizer que o impacco da m o r te na indigên-
cia, sensibilizou prim eiram ente os que se dispuseram à inici¿
tiva dessas entidades, como a c o n t e c e u a o :se c ;£ riá d a a S o c i e d a d e *
Bolsa de Caridade cuja inspiraçao original surgiu quando do
sepultam ento como indigente de um t r a b a l h a d o r do A r s e n a l de
Cuerra, veterano da Guerra do Paraguai.

0 atendim ento as diversas necessidades que


apontamos, provinha das c o n trib u iç o e s , m ensalidades, joias, '
com que os sócios concretizavam a ajuda múcua. Pelo Decreto '
Lei n? 2711 de 19 de dezembro de I860, o Governo Im perial es-
tabelece em s e u artigo 31 que: "as sociedades de socorros mS-
tuos terao unicam ente por objecto prestar auxilios tem porari-
os aos seus respectivos sócios effeccivos nos casos de enfer-
m idade, ou inutilizaçao de serviços e socorrer, no caso de
seu falecim ento, as despezas do seu funeral.

Regulamentada por lei essa diretriz básica na-


cional, cabe-nos acompanhar dentro da faixa de tempo do nosso
estudo, as alterações porque passaram os estatutos da socied¿
de que ora analisam os.

Após idas e vindas em n o s s a pesquisa, consegu^


mos recolher todos os exem plares de estatutos, desde o prioe^
ro em 1 8 5 3 , até 1927, a exceção do exemplar de 1885. Assim e
que em 1 8 5 9 a Sociedade procede a prim eira reforma de seu tex
to, seguindo~se outra em 6 1 , mais outra em 8 5 , ainda outra em
1 89 Ú e por fim 1927. Em s í n t e s e , as reformas estao muito mais
RO a s p e c t o redacional, afastando na pratica qualquer altera -
ção em s u a estrutura. Graficam ente sao beo'sim ples e distan ‫־‬
tes dos exem plares trabalhados dos Compromissos que as Irman-
dades R eligiosas oferecem.
- 40 ‫־‬

A lias, o referido D ecreto-Leí a9 2711, é bem


detalhado e preciso, nao dando oargens para particularidades
ou inóvaçoes. Estabelece que qualquer instrum ento regulador'
dessas associações deve fazer constar:
"19 — As condições de adm issao, exclusão, ou elim inação dos
socios e número desees.

29 ‫־‬ Os casos em q u e os socorros devem s e r prestados, o mo-


do de sua prestação, o respectivo quantitativo e sua fiscal!
z aç a o .
39 - A im portancia de cada contribuição ou cotização, as
épocas em q u e deverao ter lugar, o modo de sua percepção ou
arrecadaçao e as penas em q u e devem i n c o r r e r os remissos ou
m orosos.
4 9 - 0 emprego do fundo social.
5 9 - 0 modo de sua adm inistraçao e as condições da nomeação
ou elegibilidade de seus membros, devendo o Presidente ser
nomeado pelo Governo na Corte e pelos Presidentes ñas Provín
c i a s ."13

1.2. CONDI ÇÕES DE ADMISSÃO

O ingresso na Sociedade cujo número de asso -


ciados era ilim itado, pré-requécia que o candidato fosse
brasileiro, condição so alterada na reforma de 1894, quando'
abre-se tambem aos estrangeiros que exercem ou exerceram pro
f is s ionalme n te alguma "arte m ecánica ou lib eral''. Em q u a l q u e r
.‫ ־‬c o n d i ç ã o , o nome deveria ser prop-osto por uo socio efeti-
vo qua lhe abonasse a boa conduta e probidade reconhecida. '
Por escrutínio secreto o Conselho D iretorio se pronunciava e,
em c a s o de rejeição, somente apÕs um a n o poderia ser recolo-
cada a proposta.

Foi sugestão do sõcio Q uintino Gomes de A r a ú -


jo Braga, ainda em I S S 3 que na indicaçao dos nom es con%tassé
a residencia dos propostos. Embora acolhida a sugestão, so -
mente se farS obrigatória a partir de 1894.

0 corpo de associados corapunha‫ ־‬se de efetivos


e honjrarios. Qualquer um d e n t r e os p r i m e i 1; o s que conseguis-
se a incorporaçao de oais dez, tornar-se-ia benem érito, cate
goría reconhecida estatutariam ente em 1 8 9 4 . Bem a s s i m se
- 41 ‫־‬

constituíam em s ó c i o s remidos aqueles que à entrada ou até


dois anos depois, contribuíssem com a q u a n t i a de 200$000 ou
que apos cinco anos de associado, eQC0ntranda~se quites, pagas
se a quantia de 100$QOO. Ainda remido o que sem interrupção '
de suas m ensalidades, com pletar 20 a n o s de associado, ou, an-
tes disso, pagar o devido por igual período.
A faixa etária estava lim itada entre 08 maio ‫־‬
res de 18, e os que nao tivessem ultrapassado 08 50 anos. Es-
te lim ite máximo é alterado pela reforma de XB59, contanto '
que o interessado pagasse uma j o i a de .2 .0 $ 0 0 0 e aliantasse '
por 20 anos a contribuição m ensal.

A joia de entrada que de início era de 3$0OO ,


gradativamenCe foi aumentando, como se pode observar nos ane—
xos receita/despesa.

0 instrum ento de identificação era o diploma '


recebido por todos, constantes os dados pessoais, bem a s s i m a
assinatura da mesa diretora.

Nas origens, com uma t a x a de 1$000, cobria o


candidato as despesas de im gressio decorada dos diplom as, cu-
jos desenhos e tamanhos sofreram alterações variadas no decor
rer do tempo.
«
Estavam os socios obrigados a comparecer as
Assem bléias Gerais e do Conselho D iretÕ rio. C ontribuir com a
Bolsa de Caridade, todas as vezes em q u e , reunidos, ela circu
lasse. V otar, quando convocados para eleições. Guardar o deco
ro no interior da casa das sessÕes e reconhecer as atribui -
çoes funcionais dos servidores da entidade. Se m j u s t i f i c a t i v a
aceita como plausível pelos associados, nenhum d e l e s , eleito*
para qualquer cargo ou com issão, poderia apresentar recusa.

A par dos d e v e r e s , os socios efetivos gozavam '


do direito de propor e requerer o que julgassem de benefício'
a instituição. Solicitar esclarecim entos sobre questões pert^
nentes. R epresentar à Assem bléia Geral queixa contra qualquer
membro. Voter e ser votado para cargos adm inistrativos. Quan‫־‬
do lhes parecesse necessário, examinar documentos da Socieda~
de, contanto que tal exame se desse no interior de seu arqui
vo. 0 direito no entanto, que ju stifica a prÕpria existência'
do9 anteriores e estabelece a me s e r a ação outualista, estava
‫־‬ 42 ‫־‬

consubista n c lado, co n Jtn>camenee, no auxílio doença, funeral e


pensão para fam iliares, «>■1 p a r c i c u l a r viuvas e orfãos. Esse
direico fundamental ericarla duspenso, en caso de iaponCualida
de na contribuição m e » 1t n l pelo espaço de 90 dias, recuperável
somente após saldar o ilubiea. Mesm o q u e o associado sofresse*
suspensão por desacato hoü membros diretores, ou quaisquer ou
tros, durante a realisnção de sessões, caso m antivesse a obri
gaçao das cotas m ensais, «ase socorro nao Ihe poderia ser
denegado. As suspensões dcverao ser interpostas pelo Conse -
Iho D iretorio, que daru ciencia a Assem bléia G eral. A elim ina
çao autom ática poderá ocorrer, ou atendendo a pedido esponta-
neo, ou julgado incovcnicute seu comportamento. Ainda S rnoti‫־‬
vo de elim inaçao o desvio Oe fundos da Sociedade, bem a s s i m '
os que cometerem crimes "infam antes" contra a comunidade em
geral.

Ê interessante notar, com o pela reforma estatu


taria de 1659, nao caberia recursos de readim issao ao sócio e
lim inado, enquanto em 1 8 9 6 , a nao reintegração está vedada a-
penas aos condenados por sentença judicial.

A categoria do sócio honorário está caracteri‫־‬


zada por propositos inteiram ente distintos. Sua inspiração se
deve, ao interesse de ver reconhecida a instituição pela clas^
se dirigente. Colocar sob a proteção desta, os interesses a
objetivos da entidade. Subordinar as decisões e diretrizes ao
aconselham ento fundado ' ‫י‬n a prudência dos homens de bem".^^ ’
Assim e que, a honraria deve ser atribuida, segundo os estatu
tos, aos ‫ 'י‬a m a n t e s das artes e dotados de intenções benéficas,
que estiverem no casa d e p ^ c .s u a : a l t o p o siijS o . s o c i a l haveres ou sa
ber, prestar serviços 8 Sociedade", não só com s u a s lu^es '
como também por seus atos de filantropia".^^ Percebe-se a
que personalidades poderiam ser atribuidos tais títulos, bem
assim o sentido de subordinação e interferência en que se co~
locava 8 agrem iaçao. Evidentem ente que os sócios honorários '
estavam isentos de qualquer cargo diretivo, porém aceitavam '
participar de comissoes para apresentar pareceres, deliberar
sobre problemas pendentes e solicitar soluções junto a instan
cias superiores. Assim aconteceu em s e t e m b r o de 57, quando um
grupo de sócios efetivos leva memorial ao deputado D r. Joaquim
Jeronim o Fernandes da Cunha, instando ' a p r e s en*t a s s e a
- 43 ‫־‬

A ssem bléia Provincial p r » 110a c a concedendo 20 loterias, ao


que foi prontam ente acundiilo. Re c r i b u i r a n - l h e o gesto com o
t í t u l o de sócio honorario, eu cuja oportunidade, o agraciado'
ofertou a quantia de 20$ü00 pnrti a Bolsa de Caridade, praxe
observada pelos que recebLam Igual título, jã que a esta cat¿
goria inexistiam razoes pura Joias, nensalidades, bem a s s i m o
gozo dos beneficias a s*c«rr«s.

Comparecendo ns sessões tinham assento a mesa.


Em g e r a l estes agraciados nunca recusavam a honraria. Houve ‫י‬
contudo exceções, como o caso do Barao da Palma, na Sociedade
Monte Pio dos A rtífices, que ao rejeitar, ju stific o u 9 ‫־‬e ale -
gaado que "nao queria fazer parte em C o r p o r a ç a o de A rtistas ,
por que sua linhagem era de outra qual i dade. ^

1.3. A SOCI EDADE E SUA ESTRUTURA BÃSI CA

0 corpo de associados se configura na A


ia G eral, cuja mesa anualm ente renovada com põe‫ ־‬se de I presi-
dente, I vice-presidente, 2 secretarios. E ela que trim estral
mente, e setnpre aos domingos, congrega todos 08 sócios no exer^
cicio pleno de orgão m aior, subordinado ao qual estao o C o n se ^
lho D iretório e a Comissão de Contas por ela eleitos. Os jor-
nais deS a l v a d o r , sempre transm itiam as convocaçoes com a n t e -
cipaçao de três dias, segundo p r a z o e s t a t u t a r i o coiro s e pode l e r !
"D e ordem do Conselho A dm inistrativo convido a
Assembléia Geral dos Srs. .sócios a se reuni -
rem dom ingo 16 d o corrente para o fim de lh e s
ser presente o relatório do prim eiro trim es
tre, findo em 30 d e abril na qual estao inicia
das certas medidas urgentes e que muito deman‫־‬
dam a m a i o r concurrencia. Esta reunião tera lu
gar às 10 horas da manha em casa do Sr. Baldo^
na dos Saittos O liveira, à rua D ireita do C oll e^
gio, onde funciona o Conselho d a m esoa Socieda
de. Bahia, 12 de maio de 1858. 0 19 secretario
Manoel Emílio Pereira Baião.

A presença de vinte e cinco I socios efetivos ,


inclusive a mesa, dava por legalm ente constituida a Assemble-
ia Geral e 18 p r i m e i r a convocnçao. Não s e n d o atingido esse quo-
rum, novo aviso se fazin, em s e g u n d a convocaçao, para o doain
‫־‬ 64 -

go seguÍQCe, com q u a l q u e r ntimeru de s ó c io s presences. Com a


reforoa de 1894, as sesstúcn d e Assem bleia passaram a set s e -
mesCrais e desciaadas es poc I £ icaraence à d isc u s-sa o , aprovaçao‫י‬
ou re i.e iç ã o dos relacÕ rloa «10 C o n s e l h o Direcõrio e Comissão '
de Concas, e aCos a ele:< relativos.

Sempre o c o rro tA P ;.c o n v o c a ç õ e s exCraordinárias p¿


ra aaseabléias, quer pelo aniversario da Sociedade, quer para
cracar de elim inações, dcmi:<soe9 e outros atos pendences de
sua aprovaçao.

Aaualnence cleicos em A s s e m b l é i a G eral, sece


membros com põe o Conselho D irecor da Sociedade, conCaodo coo
1 presidente, 1 vice, 2 secretarios, 1 tesoureiro, 1 arquivis^
Ca e 2 visitadores que o auaienCa do c o r p o associado iopos em
1894 .

Com o e n c a r g o de d irigir efetivam ente a insci‫־‬


Cuiçao estava obrigado a r e u n Í T ‫־‬se ao m enos em um d o m i n g o de
cada mês.

Inicialm ente 0 mínimo de quaCro, depois em


1694 o mínimo de cinco membros, era o quorum n e c e s s á r i o . A v¿
cancia de qualquer dos cargos por falecim enCo, mudança ou do-
ença, deverã ser preenchida inediaCaniente pelo suplente. Qual
quer substituição sera comunicada a Assembléia Geral que, por
dois terços de seus m em bro:! pode, havendo necessidade, até
dem itir algum desses dirigentes.

Pela responsabilidade diretiva, compete eviden


temente a este Conselho conduzir os seus negocios e Ínteres -
ses. Em e s c r u t í n i o secreto, acolhe ou rejeita as propostas p8_
ra admissão de candidatos. D ecreta a suspensão de qualquer s¿
cio transgressor. Convoca para sessões ordinárias a Assemble‫־‬
ia G eral. Ouvida esta, contrata o pessoal necessário as suas
atividades, cooo m edico, bocicario, escriturário, etc., e
autoriza 0 pagamento de honorários e despesas inerentes a
esses encargos, beoi assim estabelece o percentual dos socor ~
ros aos associados doontcs, suas viuvas e orfaos. Representa*
a entidade em q u a l q u e r contrato. Semestralmente apresenta em
Assembléia Geral relatório d.ts atividades.'

CompeCe ao !>r c s i d o n e e d o Conselho O iretÕ rio a


‫־‬ 45 ‫־‬

abertura e encerram ento dnn iiasHovs, b«m a s s i m a condução e


ordem da mesma. Detem o vuco Uu H i n e r v n em q u a l q u e r empate de
eleições. Sua rubrica deve constar ca Codos os Livros de e s -
crituraçâo, diplom as e c o r r « s p o n d u n c i a . Atua com o interm edia-
rio entre o Conselho e n Asaembloia qu« pode convoca-la exCr¿
ordinariam ente quando 3e Cisur nucessúrio. No e x e r c í c i o da
presidência está impedido de participar das discussões desen-
roladas em s e s s ã o , a menos que pnra tanta passe a presidência
ao vice. A Eunção desce ê ocupar eventualm ente a presidência,
sempre que o seu titu lar estiver impedido.

A Secretarin da Sociedade conta com d o i s secr£


tãrlos. Lavrar as atas, çuidur da correspondência recebida e
expedida, arquivar 08 documentos, apor sua assinatura junto a
do p r e s i d e n t e nos diplomas de socios, e acê ocupar a presiden
cia no impedimento dos titulares im ediatos, expedir aos só-
cias avisos das sessões, todas essas tarefas competem ao 19
secretário. Ao segundo, auxiliar direto do prim eiro, compete'
efetuar a chamada dos socios nas Assem bleias. Ler a correspon
dência ou qualquer outro documento durante as sessões, servir
de escrutiñador juntam ente com o p r i a e i r o , no caso de eleição,
e, interinam ente, substituir a este.

Jã ao tesoureiro compete o encargo de guardar’


e responder pelos fundos financeiros da sociedade, apresentar
balancete dando conta do andamento dos - n e g ó c i o s , escriturando
tudo com c l a r e z a . Efetuar o pagamento dos soldos aos funciona
rios e das despesas surgidas fazendo o competente registra.A ¿
sinar diplom as, rubricar taloes de recibos para os recebedo -
res. Participar nas transações que envolvam aquisiçao au ven-
da por parte da Sociedade.

Auxiliam a tesoureira nas tarefas de cobranças


externas de joias e m ensalidades, os chamados recebedores dan^
do ciência dos socios eni a t r a z o . A partir de 1657, o Conselho
D iretório foi autorizado a contratar para a função de recebe-
dor qualquer "individua de reconhecida capacidade que apre -
sente um f i a d o r responsável pela im portancia dos recibos ea
seo poder, merecedor da confiança do S r . Thç3.^°."A0 recebe ‫־‬
dor compete "cobrar a dividn da Sociedade percebendo a percen^
tagein de lOZ: apresentar-se na C a .s a d a s sessÕes, todas as
- 46 ‫־‬

vezes q. funcionar o ^onaelho, isto é, nas sessões ordinárias:


depositar etn ma o d o Thea.^*^ codos os Domingos, 0 resultado de
sua cobrança; prestar concas todos os. Domingos 19 d e cada mes,
e receber o que couber p? sua percentagem ; 0 cobrador terá de
receber do recebedor, uma relação nominal recebendo tantos re^
cibos quantos forem 09 meses que o sÕcio dever; 0 cobrador f¿
ca sujeito a fiscalizaçao do Conselho; o Conselho pode disfa‫־‬
zer este contrato, logo que o cobrador delinquir ficando o '
sea fiador obrigado; o presente contracto nao impede ao cons¿
lho d 'a c c e ita r as propostas d 'a q u e lles socios q. se quiserem ’
prestar gratuiCam^? p? faserem as cobranças com a c o n d i ç ã o '
de 8uj e ic a r e m ‫ ־‬se a codas as obrigaçeos expostas nesCe conCrac_
to."

Para o crabalho de levanCameato dos .sócios en


fermos e realm ente necessitados de a u x i l i o , existia o encargo
de visitador, a quem tambem i m p o r t a v a assistir aos enterros e
sufrágios. Inicialm ente havia um, v i s i t a d o r geral e os v isita ‫־‬
dores de freguesia. A reforma dos estatutos em 5 9 aumenta pa~
ra dois visitadores gerais, possivelm ente pelo crescim ento ‫י‬
das so1ic ita ç o e s . Uma c o m i s s ã o interm ediava os problemas en -
contrados pelos visitadores e o Conselho. Os v i s i t a d o r e s ge -
rais deviam ao menos, uma vez por aês, visitar 0 socio doente,
enquanto que os das freguesias semanalmente.

Quanto ao ‫ 'י‬a r q u i v i s t a ou zelador", tratarse de


atividade voltada para a organizaçao externa e asseio do
arquivo áa sala de sessões, do m o b i l i a r i o , ficando ainda sob
sua responsabilidade a chave dos moveis e da casa, resguarda¿
do a saida de qualquer livro ou. d o c u m e n t o pertencente a Socie^
dade .

Completando o organograma funcional da insticu


ição existe uma ComT.s<tão d e Contas, composta de três membros '
eleitos anualm ente. Compete fiscalizar a escrita contábil ,
apresentada pelo Conselho, relaCando seu exame e parecer em
sessão de A ssem bléia Geral!. Cabe propor medidas em o c a s i o e s s^
m ilares para benefício da Sociedade.
‫־‬ 47 ‫־‬
NOTAS

1. JOÃO ISIDORO P e r e i r a , b a i a n o , c a r p i n c e i r o , r e s i d e n t e a F r e g u e s i a da S é .
C a sad o com D. C o n s t a n ç a Jo:t« 1u i u a do Carroo t e n d o C r ê s f i L h o s : C u i l h e r -
m in a I z i d o r i a de S . J o s e , A it^ Ic rlin a P e r p e t u a e L e o n c i o I z i d o r o de S o ^
z a , e s t e s a c e r d o t e . F o i adniiclU o a a S o c i e d a d e dos A r t í f i c e s em 10 de
f e v e r e i r o d e 1833 com 32 aiiüH dc i d a d e .
LIVRO de M a t r í c u l a d o s sÕciort d a S o c i e d a d e dos A r t í f i c e s da B a h ia ,
1 8 5 4 . A r q u i v o d a S o c i e d a d e M!.>ute F i o dos A r t í f i c e s . £ 1 . 1 7v.

2. HATTOSO, K a t i a de Q u e i r o z . BliJ i í . i a a id a d s do S a l v a d o r e 8 e u m ercado no


a é c x ilo X I X . s ã o P a u l o , HUCITblC; S a l v a d o r , S e c r e t a r i a M u n i c i p a l de Edu
cação e C u l t u r a , 1978. p . 224.

3. V er a n e x o : E n t i d a d e s c o n g e n e r o s n a c i d a d e do S a l v a d o r , p .

A. C a i x a c o m e r c i a l d a c i d a d e d a B a tiia - f o i i n s t a l a d a em 10 de o u t u b r o de
1 8 8 8 . O p e r a v a cora d e s c o n t o de l e t r a s , b i l h e t e s d a A l f a n d e g a e q u a l-
quer outro t ítu lo do g o v e r n o ; c m p re s c io io s s o b r e p e n h o r e s de p ra ta ,
o u r o , j o i a s e t c . e r e c e b i m e n t o de d i n h e i r o em c o n t a s c o r r e n t e s . P r o s ‫־‬
p e r o u p o r p o u c o te m p o . Em 1868 p o r A s s e m b l e i a G e r a l f i c o u re so lv id a
su a l i q u i d a ç a o , p a g an d o -se aos c red o res e ten d o se u s a c i o n i s t a s reem
b o lsad o o c a p i t a l i n v e s t i d o .
c £ . AZEVEDO, T h a l e s d e . 4 L IN S, E. Q. V i e i r a . H i s t o r i a do B anco d a Ba-
h ia : 18S3-19S8. Rio d e J a n e i r o , J o s e O ly m p io , 1 9 6 0 . p . 6 0 .

5. LIVRO d e A c t a d o C o n s e lh o e A s â c m b l é i a G e r a l de 1851 t h é 1858 d a S o c i e d £


de dos A r t í f i c e s . A r q u iv o d a S o c i e d a d e ^tonte P i o d o s A r t í f i c e s , £1. '
7 v.

6. D oc. c i t in . (5) f l . 8

7. Doc. c i t in . ( 5 ) f l . 21

8. D oc. c i c in . ( 5 ) £ 1 . 23

9. Doc. c i t . in. (5) fl. 27 v .


- 48 ‫־‬

10. 00‫יי‬761 ‫ ו‬doü d c s u n o v e s o c l o a q u e c r e g i a o - a S o c i e d a d e Monte P i o dos Ar‫־‬


tisc a s
Aos v i n c e e c i n c o d i a s d o taez du J u l h o , do anno do N a s c im e n to de Nosso
Sen h o r Jezuu C h ls c o , de m il o i t o c e n t o s e c i n c o e n t a e d o u s, n e sta
L e a l e V a l o r o s a C i d a d e de S a o S a l v a d o r B a h i a de T odos 09 S a n t o s , e
c a s a de T i a g o d a s M e v e s, n a r u a p o r d e t r a z d a I g r e j a d e N o s s a Se-
a h o r a d ’ Aj u d a : r e u n i d o s a c o n v i t e de Manoel L a d i s l a o S o e i r o , com a
n e c e s s i i r l a a u t h o r i z a ç a o d o D r . A ndré C u r c i n o P i n t o C h i c h a r r o d a Ga~
•‫״‬ • gs •
ma, a c t u a l C h e f e d e P o l i c i a , o s s e g u i n t e s S n r . — 19 M anoel L a d i s l a o
S o e i r o ; 29 J o z ê T im o te o de H e l l o ; 39 B e n to d a F r a n ç a V a n iq u e : 49
2 e M a r ia d a P u r i C i c a ç ã o ; 59 J o z e M a r ia d e S o u z a ; 6 9 M anoel P a t r i c i o
da S ilv a : 79 J o z e J o r g e L u c a s P i n t o : 89 J o z e J e r o n i m o d a S i l v a ; 99
F e l i x J 0 ÜC Agos P e r e i r a ; 109 C a r l o s d a S i l v a C u n h a , 119 T i a g o das
N eves 129 M anoel C a s s l a i i r o d a Elocha P a s s o s ; 139 J o a q u im G e r v a z l o de
S t a . A nna; 149 F r a n c i s c o de P a u l a M a r t i n s ; 139 F e l i p p e P a u l i n o de
S t a . Anna; 169 R o b e r t o J o z é C o r r e i a ; 179 J o ã o F r a n c i s c o C o e lh o ; 189
M anoel I g n a c i o d a C o n c e i ç ã o B a h i a : 199 J o a q u i m F r a n c i s c o N ery toman
do a p a l a v r a M anoel L a d i s l a o S o e i r o « fez s e n t i r a reu n ião a u rg e n te
n e c e s s l d a d o de q u e h a v i a d a c r i a ç ã o d e uma S o c i e d a d e , com o título
de Monte P í o d o s A r t i s t a s , e q u e as s u a s b a s e s d e v e r l a s e r o S 0 c c 0 £
r e r e m - s e m u t u a n e n t e , etn s u a s a d v e r s i d a d e s , e p o r s u a morce a s suas
f a m i l i a s . L‫ז‬n a n i( ‫מ‬e n t e c o n c o r d a r ã o , e s e o b r l g a r a o a f a z e r e f f e c t l v o
q u a n t o d e l i b e r a d o , de c o n f o n a i d a d e com a A c ta que s e l a v r o u e tant-
btím de e x p r e s s a m e n t e s e s u g o i t a r a m a a s E s t a t u t o s q u e n e s t a o esm a o ¿
c a s i ã o s e p a s s o u a o r g a n i z a r : e n t r a n d o c a d a um p a r a o c o f r e com a
q u a u c l a de c i n c o m il reís, q u e o f f e r t a r a o como j o l a . C p a r a c o n s t a r
l a v t e l e s t o T e r m o , q u e c o n j u n t a m e n t e a s s l g n a r a o , p a r a s e r v i r como o
de a d m l s s a o . B a liia 23 d e j u l h o de 163 2.
LIVKO de te r m o de e n t r a d a de s o c i o . A r q u lv o d a S o c i e d a d e Monte P í o dos
Artistas, fl. 2
‫־‬ 49 -

XI . ESTATUTO d a S o c i e d a d e MoiiCc P i o d o s A r c i s c a s . B a h ía , Typ. d a J u s c i ç a ,


L8S3. T Í C u l o 1 9 , a r c . L9 ( B i b L i o t e c a N a c io n a L d o R io de J a ‫ ת‬e i r o ) .

12. Doc. c i t i a ( I I ) ; 1 8 5 9 . B a h í a , T y p . P o n g g e c t i , 1 9 5 9 . c a p . 19 a r t . 29
$ ú n i c o . ( A r q u i v o do E s c u d o d a B a h í a , S e ç a o H i s c o r i c a ) .

13. DA SOCIBOADE de S o c o r r o s muCuos. OOLLEÇÃO d a s l e i s do I m p e r i o do B r a


s i l de 1 8 6 0 . R io d e J a n e i r o , T y p . N a c i o n a l , 1 8 6 0 . Toc&o X X I I I , P a r c e
I I , cap. V III, a r t . 31 p . 1134.

14. D oc. c i t i n ( 1 2 ) a r t 39 § 2 9 .

15. LIVRO d e s ó c i o s h o n o r a r i o ' d a S o c i e d a d e d o s A r t í f i c e s . A r q u i v o d a S o c l e


d a d e Monee F i o d o s A r C Í s c a s . £1-. 9 .

16. MONTE P i ó d o s A r c i s c a s . D i a r i o d a B a h í a . S a l v a d o r , 1 4 , 18 e 25 de m alo


d e 1858 p . 3 .

17. LIVKO de Acca do C o n s e lh o 1 8 5 3 ~ 1 8 6 4 . S e s s a o o r d i n a r i a e n 23 d e m a r . de


1 8 S 7 . A r q u iv o d a S o c i e d a d e Monce F io d o s A r c i s c a s . £ 1 . 9 8 .
- 50 ‫־‬

CAP t T UL O IV

A ASSI STÊNCI A: COMO OP t RAVA

Caraceect9clea fundamental, razio da Sociedade,


aela enconcra a juacif¿caciva última do m u t u a l i s m o . Assiscir *
na doença e assegurar o funeral, eliminando o espectro da ind^
gencia, foram preocupaçoes que cresceram c o m e s s e s aovos e s t r a t o s ‫־‬
da população t r a b a l h a d o r a , livre ou alforriada de Salvador. Vinha
ocupar um e s p a ç o novo, diverso ao me s mo tempo, da classe domi-
aante, com s e u s recursos particulares d e a u t o * ‫־‬a s s i s t e n c l a , e
sobretudo da populaçao tiscrava, bem o u m a l , propriedade dos
senhores, e me s mo dos nlscrãveis que bem c o n f i g u r a v a m a condi-
ção de indigentes, para os quais eram d e s t i n a d o s os precários'
serviços da chamada caridade pública.

Nu ma fase em q u e a expansão capitalista se jus-


tificava no liberalismo mais amplo, as iniciativas grupais pr¿
dominam sobre aquelas do poder político oultiplicando-se em
diversos níveis. Tanto nos centros de desenvolvimento industry
a l , c omo n a s áreas periféricas em q u e se enquadra o nosso ca~
so, os trabalhadores assalariados ou autônomos produzindo por
conta própria, se empenham nessas associaçoes de ajuda outua.

Como visualizavam essa assistência financeira '


pelos fundos originados das c o n t r i b u í çoes de todos? Três as-
pectos i n tegram‫ ־‬s e : o sócio doente, o sÕcio que m o r r e , e a
pensão aos familiares, c o mo forma de suprir o ganho do cabeça*
da família que nao mais existe. Com p r i o r i d a d e , a doença que
impossibilitava ao associado demaneira permanente prover
"pela sua arte'‫י‬, às suas necessidades. 0' ‫ י‬A s s o c i a d o que der
parte de doente será logo visitado pelo Facultativo participan
do a este, para ter direito a ser curado será necessário mos-
trar ao referido Facultativo nao sõ o recibo do mc z findo, que
prove estar quites com a sociedade, c o mo o seo diploma por on-
de prove tambem sua identidade de socio, sera fornecido de
medicamentos pela Botica indicada pelo conselho e receberá um
subsídio diário pago semanalmente, e este subsídio será de 600
r e 19 e m mo I e s t i a g r a v e e em s u a convalescência: aquelles que
padecem molestias chronlcas perceberão 400 reis. Destes socor-
H1
ros ded u zIse* h a 48 quotas mensaes.
‫־‬ 51 ‫־‬

0 conliecíraetiCo da enfermidade só tLoha força de


obrigação a s s i s t e n c i u I > quando o Conselho era aotiCicado em
requerimento peLo carcnc«. C e r a l m e o c e • 08 pedidos não e s p e c i f i -
cavam a doença. "... Ura r e q u e r i m e n C o do sócio Antonio Pereira'
Cerillo pediodo 0 soccorro de Medico e Botica por se achar ba£
tance doente e estar em g o z o de seos direitos, e sã este foi
concedido pelo Conselho sendo encarregado de v i s i t a r o d9 so-
cio o visitador Manoel do Carmo Moreira JÇ."2 exceçÕes. '
‫ ״‬Tendo o socio Estevão Uos Santos Cajueiro requerido soccorro
em c o n s e q u e n c i a de 9c achar cego do o l h o direito, assim priva-
do de prover os meios de subsistencia e seu tratamento: e com
quanto tenha dez meses Je socio estao pagas as suas mensalidf^
até setembro proximo vindouro, faculdade esta permittida no
arc9 50 dos Estatutos, â autorisada ainda m? p e l a deliberação’
tomada ea Assemblea Geral de 25 d e setembro de 1833, decidido
o Conselho estar no caso de se lhe prestar o soccorro pedido :
... o Sr. Visitador logo que teve participaçao da m o l e s t i a do
Sr. Estevão, tendo~o visitado, chaaou‫ ־‬se ao D? ^ P a u l o Joaquim
Bernardes da Matta para trata-lo bem c o mo ao nosso socio Phar-
mauccutico Alves de Amorim p a r a prestar 08 remedios precisos ‫י‬
ao doente.

Através do visitador a Sociedade cornava conhec^


mento do verdadeiro estado de saúde, encaminhando as medidas '
oferecidas: médico, botica, pensão.

Ao c h e g a r a casa do solicitante, competia ao


médico c e r t i f i c a r ‫ ־‬se de sua situação para com a e n t i d a d e , a
fim de que pudesse asslsti-lo clinicamente. Dessa visita, apr¿
sentava um r e l a t ó r i o com o d i a g n ó s t i c o da doença, estabelecen-
do o p r a z o para afastamento das atividades, indicaodo'o recei‫־‬
tuãrio e observações que lhe parecessem necessárias.

Ordinãrianente os honorarios do facultativo '


eram fixados pelo Conselho. No e n t a n t o muitos medicos ofereci—
am s e r v i ç o s gratuitos, cuja benemerencia a Sociedade retribuía
c o mt í t u l o s de sócios honorários. "Para sócios honorários os
0?^ Henrique Alvares dos Santos, este o fferecendo-se p9
curar os sócios doentes em s u a s próprias t a s a s . T a mb é m a c o n
teceu não raramente qu^ omisso em s u a s atividades, fosse algum
deles dispensado por decísao votada pelo citado Conselho.
- 52 -

" Ao Dr. Cloy Ma f Cl c i s de Souza Coi dirigido um


officio communicando haver o m«i s 1a o s i d o exonerado de Medico da
S?, por dcliberaçao da A8sombL«a Geral de 22 do c o r r e n c e . " ^

Ao atendiraunco mSdico sequenciava o aviameato '


das receicas prescritas ea boticas indicadas pelo Conselho e
que aS podiam avia-las qu^indo rubricadas pelo médico ou por
a l g u m membro do Conselho. Quantas vezes fosse repetida a aedi-
cação, tantas o boticario dcvia anotar, trazendo cada urna a
rubrica médica.

Quanto a ajuda era d i a h e i r o sofria variações se~


gundo a gravidade da m o l e s t i a , considerada em s e u aspecto ir‫־‬
reversível ou cronico.

A invalidez causada por acidentes que incapacl~


Cassem o p a c i e n t e para suprir a sua subsistencia e da familia,
aÓ f a z i a Jus a pensão vitalicia se o a s s o c i a d o estivesse ins ‫־‬
crito ao menos por três anos. Caso contrario, caberia 80
Conselho estabelecer u ma d i a r i a . O que necessitasse de interna^
mentó, receberia o seu subsidio tal c o mo aquele que convalece¿
se eoi s u a residencia. Para um p a c i e n t e de m o l e s t i a grave esti-
pulavatn os estatutos de 1853, 600 reis de subsidio contra ¿00
reis aos portadores de doença crónica, quotas semanais nos
dois casos. Ja para os casos de invalidez, cabiam 300 reis por
dia. De todas essas quantias, en qualquer caso, eram deduzidas
as.m en salidades .

Em 1 8 5 9 , as quotas.são unificadas, corresponden


do para todos os casos a quantia de dezeseis mil reis (16$000),
porém em p a g a m e n t o mensal. Coa! a reforma estatutaria de 1894,S
reajustado o socorro para vínte mil reis (20$000) eo caso de
doença grave, d e s c a n t a n d o ‫ ־‬so a mensalidade, e dez oil reis
(10$000) em c a s o s cronícos, sem Ihes descontar nada.

Ao final do periodo de nosso estudo, 1927, per‫־‬


manece o i nes ni o v a l o r , excluida no entanto a obrigaçao de des ~
contar a mensalidade.

Em g e r a l , o pagamento das quotas era feito por


quinzena. Ao associado doente que nao solicitasse a u x ilio , po‫־‬
derla a Sociedade dispensá-lo Oo pagamento de mensalidades a
título de cotiiponsação. Ao q u e pagava dobrado a quota m e n s a l ,em
- 53 ‫־‬

dobro também recebia a subvenção quando se fazia necessária.


Ainda os que não podiam pagar LnCegralmenCe a contribuição me n
sal porém apenas a metadu, usufrulan dos subsídios em menor
percentual.

Ao d e s e m p r e g a d o cemporariaaence poderá o Conse—


lho dispensã-lo das mensal idades«acé regularizada a situação.
‫ ״‬Honorato Barbosa Brasil, pedindo ser atcendido na demora
do pagam?^ de suas mensalidades visto achar-se desempregado :
deferido! observando-se o que prescreve o final do Art. A6 d o s
E s c a t u t o s . ‫®'י‬

Ausentando-se a sócio em v i a g e m , alguem deveria


responder por e l e na q u i t a ç ã o das quotas mensais, pois, caso
contrário estaria suspenso do gozo das vantagens.

Na situaçao de detento, o associado receberia


ut na a j u d a a "título de carceragem" de três mil reis (3$000) e
0 subsídio diário de quatro centps reis (AOO r s ) , não exceden-
do sua reclusão de seis mezes."^ Ultrapassado esse prazo, o
Conselho estabelecia o que julgasse conveniente. Pelos estatu-
tos de 39, esse prazo é ampliado para um a n o , após a qual, pas^
saria a receber a metade. Cabe u ma p a l a v r a sobre os detentos
que por setença judiciaria não podiam ser beneficiados. Esta-
vam e x c l u i d o s cm p r i m e i r o lugar 08 ‫ 'י‬a c c u s a d o s de homicidio,
furco, roubo e estelionato". Em s e g u n d o , "as accusados por
crime de arrombamento, falsidade, e moeda falsa." Eo terceiro,
"os accusados por crime de rapto, e<strupo, e a b o r to ." Finaloeii
te em q u a r t o , "os accusados por crimes p o l í t i c o s . 6' ‫י‬

Restava bem p o u c a margem p a r a assistir aos sÕ-


cios detidos. Ka o ha Ca mb e m p r e o c u p a ç a o da e n t i d a d e em a s s i s -
ti-los judicialmente, me s mo aqueles beneficiados com s u b s í d i o s .
Além d e se omitir, a Sociedade ratificava 08 pronunciamentos
da Justiça, expulsando do seu seio aqueles que por tais sen-
tenças feriara "os bons costumes e a m o r a l i d a d e ‫ 'י‬e x i g i d a de
qualquer sócio. Raramente acolhia requerimento c o mo este: "Diz
Antonio Cziquiel da Soledade* sócio effectivo, que elle se

* Exerceu o cargo de Recobcdor no Conselho Diretório em 1834


- 54 -

acha prezo nas Cadeias do Aljube d'esde o dia 17 d o c o r r < pro


nunciado no arCigo 258 Uo C ó d i g o Crioínal* por um E a l s o e
caprixoüo crime, e elle ni i o tendo nai-8 que empenhar, nem vea-
der recorre a esta a s s 0 c i n 1; i 1 0 pelos artigos 8 e 10 dos Estatu-
tos que ora nos regem e por isso recorre ao Conselho Admiais -
trativo para lhe soccorrer como m a n d a 08 aossos Estatutos, vis
to que o socio alem de sua faraf ja tem g a s t o Rs. 184$000 para
tratar de sua defesa ... Tomando o Conselho em c o n s i d e r a ç ã o o
referido aprovou-se depois Ue dadas as informações dos Snr?^ '
Recebedor e o Visitador ... na razão de Rs. 12$730 por m e s . . . 9 *‫י‬

Os cuidados que a Sociedade dispensava ao


socio que falecia decorrem do lugar social da m o r t e na vida de
entao. 0 funeral era um i n d i c a d o r publico da condição e
conceito do falecido, por isso devia ser feito '' com a d e c e n c i a
poss í v e I ,"

Desde as origens destinava a Sociedade u ma q u a n


tia a titulo de auxilio f u n e r a l . ' Em 1 8 5 5 , quando 3ao registra-
dos os primeiros sepultament0s sob a sua responsabilidade, '
aplica-se o disposto nos estatutos: ‫ ״‬Ao A s s o c i a d o que fallecer
tendo completado seis mezes de sua inscripçao, será feito o
seo enterro com a decencia possível, não excedendo a quantia ‫י‬
de 20$000 rs."l-0

Numa evolução compreensiva essas taxas sao majo


radas ao longo do tempo. Vale 0 registro de que para o funeral
dos familiares do associado, a Sociedade concorria con metade'
do valor. Providenciava a guia de enterramento e franqeãva a
quadra de scpultamento de sua propriedade na Quinta dos Laza -
ros, já no final da década de 1850.

* Art. 128 (Título 39 art. 19} Do s crimes contra propriedade:


"Tambem c o m m e t t e r ã furto e incorrerá nas penas do artigo ante
cedente o que, tendo para algum fio recebido a cousa alheia'
por vontade de seu dono, se arrogar depois o dominio ou
uso que Ihe nao fSra transferido."
Cf . P I E R ANC E L L I , José Henrique; coordenaçao de Codi'Jos penais
___ d o Brasil: ^voluijao b i s t ó r i c a . ‫׳‬Bauru/S. Paulo, Ja-
lovi , 1980 p. 252.
‫־‬ 55 ‫־‬

Por disposição escacutãria, estavam os companhei


ros obrigados a parCicLpar do cortejo fúnebre*, dever que se
impunha m a is ainda ao corpo diretivo.

Em f a c e do percurso a ser vencido e, acreditanos,


para mais aproxima-los da ' ‫ י‬d e c e n c i 3 ‫ 'י‬d e s e j a d a , cuidou a Socieda
de, em o u t u b r o de 55, dc contratar uma, dentre as companhias de
carros mortuários, para transporte do ataúde, bem a s s i m da
comissão de socios presente ao cortejo. 01?'‫י‬ mais subaettido à
consideraçao do Cons? o alvitre de con t r a c t a r 3 ‫ ־‬e c o m u ma das
companhias de carros mortuários a conducçao do cadaver dos so-
cios, que 0 precisarem, e foi approvado. ^ A contabilidade re-
gistra com frequencía:

"... aluguel de um c a r r o que conduzio a Comissão


para o enterro do Socio Paulo Ferreira de Bit-
tencourt e Sã - 20J000."^^

0 último dos aspectos, mediante 08 quais a S 0f i £


dade efetivava sua assistência, referia-se i pensão destinada‫י‬
a subsistencia dos familiares sobreviventes. Apenas um m e m b r o '
dentre eles poderia ser o destinatário legal e direto da pensão.
Em s e n d o a viuva, caso mais c omum, haveria de provar sua públi‫ך‬
ca honestidade, a fim de receber pensão diaria que, nas origens,
estava fixada em t r e z e n t o s e vinte reis (320 rs), deduzida des‫־‬
tes, u ma q u o t a mensal. Com a r e f o r m a de 1859, a pensão era con-
cedida mensalmente, no valor de dezesseis mil reis (16$000) ,
sem d e s c o n t o algum."**

0 direito ao medico e botica estava assegurado ’


com a pensão.

Suspeitas sob a conduta da mulher viuva confirm¿


das pelo delegado, ou segundo casamento atestado pelo pároco ,
fariam perder a pensão, que seria transferida aos filhos. '‫ י‬. . .
Um r e q u e r i m e n t o da viuva Camilla Roza Limeira acompanhacdo as
certidões de cazaraento e obito, informaçao do Inspector do Qu a ¿

* '‫ י‬A r t . 10 § 5. A ssistir aos enterros de seos C o ‫ ה‬s o c i o s ‫ 'י‬.

** C f . art. II - Estatutos 1859


‫־‬ 56 ‫־‬

Celrão, £altan<lo a do P a r o c l t o c rubrica do subdelegado, o qual


foi addiado para ser a p r e n 01\ Ca do ea Assemblea ã fi m de decidir
a q u e s cão . . ."

Falecendo algum sócio solteiro sem d e i x a r f i‫־‬


lhos, a mã e e irmãs "cm quitoco viverem com h o m e s c i d a d e e decen
cia" * cerão os c i e s mo a diroicoa das viúvas. ‫ 'י‬M a n d o u - 8 e incluir
no número das pensioniataa a Senr? Paulina Maria do Carmo, ma e
do sõcio fallecido Domingos Ruiz dos Santos Barroso".

Quanto aoã orfaos, legítimos e legitimados, ou


naturais perfilhados, serão assistidos por quantias decididas’
em C o n s e l h o , destinadas a educação e entregues ao tutor que se
obrigava a prestar contas. Em 1 8 S 9 , essa quantia é fixada em
dezesseis mil reis ( 16$OOU) mensais. Os mesmos direitos a med^
co, botica e funeral. Ao s fLLl i os naturais, faz-se u ma ressalva
de que apenas a orfandade paterna tem amparo estatutario.

SÕ p o d e r i a m requerer essa assistência os family


ares cujos sócios tivessem falecido estando em d i a com a ent _i
dade .

As orfãs de pai e mã e ate a idade de 10 anos,


quando fosse do interesse da Sociedade e delas, poderiam ser
recolhidas aos educandarioa para tanto existentes dqui em S a l -
vador, perdendo, contudo o direito a pensão. Indiretamente po-
rém continuavam assistidas de acordo.com a Lei Provincial n9
607** de 19 d e d e z e m b r o de 1856 . A Sociedade estabeleceu convê-
nios com a C a s a da Providência das Da ma s de Caridade e 0 Col£
gio do Santissimo Coração de Jesus.

* Cf. Estatuto 1859, art. 12.

** Oestinava verbas especiais oriundas do "producto do


dinheiro proveniente do legado do finado Meuron, e do b e n e -
fício do T h e a t r o 0 qual dinheiro se acha recolhido no Banco
Comercial desta Cidade".
Cf . COLLEÇÃO d a s leia c resoluções da Assemblea Legislativa
e regulamentos do G o v e r n o da Província da Bahia ’
sanccionadas e publicadas no ano de 1836. Bahia,Typ.
Constitucional de França Guerra, 1856. v. IX p . 80.
- 57 -

Quanto aoa urf4n11 honons, o Conselho os recolhia


a algum escabelecínent0 público, onJo pudessem receber oríenca-
çao profissional a fim de ( t a i i t i nr a v i d a . Perdiam estes t ambém o
direito ã pensão direta,

Um ú l t i m o âiicarga coupecia ã Sociedade em r e l a -


çao às Õrfãs mulheres• TratAva-ae do d o t e . Surgindo casamento'
para elas o Conselho □irecõrio arbitrava o valor a ser retira-
do d a Bolsa de Caridade e das doa^oes dos sócios honorários '
por ocasiao da e n t r e g a dos seun ctculos. Con o c a s a m e n t o encer
rava-se o compromisso de assistência a orfa sob qualquer as-w
pecCo, ou, nao se casando, ao completar dezoito anos. ‫יי‬. . . Foi
presente ao Conselho um r e q u e r i m e n t o da pensionista D. Ignes ‫י‬
Maria de Castro, viuva do sõcLo Pedro Antonio Calvio pedindo ‫י‬
adjutorio de alguma quantia por ter de casar sua filha Adelai-
de entendendo o Conselho nao llie ser permittido defferir, o
seo requerimento que fosse isso apresentado na próxima assem ‫־‬
b l e a . . . 1 5 ‫־י‬

"... Foi apresentado um r e q u e r i m . de D. Ignez


Maria de Castro Galvao pedindo a entrega da quantia de cincoen
ta mil reis (S0$000) concedida por esta sociedade c o mo dote a
sua filha 0. Adelaide Calvao Juntando a certidão de casamento'
d a mesma sua filha com U l i s s e s Diolindo Jose da Paixão aos 20
de janeiro do corrS anno e manUou-sc o Conselho antragar a r•‫־‬
ferida quantia a pessoa que sc apresentar competentem(^ autori
z a d a ." 15

Uma a s p i r a ç ã o senpre renovada e jamais concret^


zada, consta do art. 47 dos Estatutos de 1859: "Se para o futu
ro convier estabelecer u ma casa de asylo, a Sociedade deverã '
lançar ma o d'esce melhoramento, ainda que para seu inteiro con
seguimento seja mister impetrar a coadjuvaçao dos poderes do
E s t a d o . "16

Por diversas v c 1: e s levantada em s e s s ã o , chegou-


se até à providencia de procur.ir uma casa para tal fim, "visto
o Conselho actual ter dozejos dc edificar ou comprar um p r e d i o
que sirva para as sessões da Sociedade, e caza de azilo para
os õrfaos e socios segundo o dvxposCo no Art. 47 dos Estatu
tos. .."17
- 58 -

Pos8i VeInente os encargos assumidos coa a cons-


truçao de una quadra de n a u s o l e u na Quinta dos Lázaros, e de-
pois, a compra do imóvel ao Cruzeiro de Sao Francisco, que ate
hoje Ihe serve de sede, tenhsm onerado muito os seus recursos,
nao dando nargem para expansao de outras iniciativas, justaaen
ce na fase histórica de melhores condiçoes financeiras.
‫־‬ 59 -

NOTAS

1. ESTATUTO d a Sociedad« Honce Pío dos Artistas. Bahía, Typ. da


Justiça, 1853. Título 5, Art. A2 $ 1. (Biblioteca Sacio ‫־‬
nal do Rio de Janeiro).

2. LI VRO d e Actas do Conselho D ire tó rio 18S3 - 1865. Sessão or-


diñarla de 3 de ago. de 1856. £1. 83.

3. Doc. cit. i n . (2), sessao extraordinaria em 2 1 de jun. 1854.


£19. 29 e 30

4. Doc. cit. i n . (2), sessao ordinaria de 20 de fe v . 1853. £1.1

5. Doc. cit. i n . (2), sessao ordinaria d e 26 de j u n . 1862. fl.


274 .

6. Doc. cit. i n . (2), sessao ordinaria em 1 3 de jan. 1867.£1.17.

7. Doc. cit, i n .( l) . Titulo 5, art9 42 § 69.

8. Doc. cit. in .(l). Título 5 art? 42 § 79.

9. Doc. cit. Ln.(2), sessao extraordinaria ea 30 de j u n . 1856.


fl. 79.

1 0 . Doc. cit. £n.(l). Título S, art9 42 $ 89

1 1 . Doc. c it. i n . (2), sessao ordinaria e m 14 d e out. 1855. £1.59

1 2 . L I VRO d e receita e despesa: 1853 6 1 ‫־‬. Arquivo da Sociedade


Monte Pío dos Artistas, dez. 1856. p. 97.

1 3 . Doc. cit. i n . (2), sessao ordinaria e m 11 d e j a n . 1857.£1.89.

14.Doc.cit. i n . (2), sessao ordinaria em 3 d e out. 1897. £1. 60.

1 5 . Doc. cit. i n . (2), sessao ordinaria em 19 de nov. 1871. £1.


114 e de 10 d e mar. 1872. £1. 119.

1 6 . Doc. cit. in .(l). 1859, Art. 47.

1 7 . Doc. cit. i n . (2), sessao ordinaria en 15 de set. 1867 . £1.35.


‫־‬ 60 -

CAP I TULO V

COMO SE MANTI NHA A SOCI EDADE

A manuteaçao da Sociedade escã díreCanente vincu


lada aos fundos originados das jolas, mensalidades, bolsa de ca
ridade, donativos e subvenções. Acrescente-se ainda o próprio '
patrimônio imóvel, bastante restrito, e verdade, ma s que se foi
constituindo por investimentos que a capitalizaçao dos fundos
permi t i u .

0 estudo da escrituração contábil através de


seus livros de receita e despesa oferece, nao obstante ‫־‬ as li~
oiCaçoes e omissoes, um q u a d r o de referência relativo ao dinhe^
ro recolhido ao caixa, beoi a s s i m , o que se constituia em fonte
para esses mesmos fundos e o seu enprego.

Procuramos agrupar essa documentaçao transforman


do~a eo tabelas, c o mo se e n c o n t r a m em a n e x o . 0 me s mo procedimen
to utilizamos para as despesas.

No q u e toca ã receita, consideramos em p r i m e i r o '


lugac a jola, ou pagamento inicial, ao se inscrever o associado.
Quantia fixa, paga numa so vez, e reajustãvel por decisão do
Conselho. Nas origens, a joia era de cinco mil reis (5$000) ,
jorada tres anos depois (1856), para oito mil reis (8$000):"Por
haver de se por em e x e c u ç ã o a medida tomada pela Assemblea Ce-
ral q elevou a qÇ^^ de 8$ as joias de entrada de sÕcio, o Con-
selho deliberou q se marcasse do dia 19 d e Outubro em d i a n t e pa
ra execução d'esta m e d i d a . . . ” ^. Jã alcançava vinte mil reis
(20$000) em I 8 6 0 , para findar o século em v i n t e e dois mil rela
(22$000), É relevante observar u ma c e r t a diminuição ou congela‫־‬
mento dos valores no século XX, acompanhando o decrescimo do
Ingresso de associados. Hã, e certo, u ma flexibilidade percept^
vel na variação de joias maiores ou m e n o r e s , aplicável aos ass¿
ciados entrantes, segundo nos parece, pela abertura que se pro-
cessa quanto a trabalhadores menos categorizados e consequente-
mente mais pobres, ate mesmo que nao fossem artistas.

De 1852 a 62 ingressaram 592 associados. Na de-


cada seguinte apenas 271. C o mu nos faltam elementos para o
período que vai de 1872 a 1890, torna-se conjectural qualquer
- 61 -

avaliação nesse sencido. NãaCa ú l c i m a década do século, há um


celacivo lacremeaCo com n o v a s eneradas: 305 sócios; para in
cidir em q u e d a vertiginosa, no espaço que decorre de 1900 a
1930 , 9 5 sÕc i o 8 .

E visCveL assim, de decenio para decenio, a


incapacidade da instituição em s e n s i b i l i z a r o interesse do
trabalhador aa filiação.

Contribuíam t ambém o s sócios, aa entrar, com


hum m i l reis (1$000) para o diploma, documento equivalente ã
carteira ou cartão de sindicalizado dos dias atuais.

A partir de 18S6, somamos essa quantia as jo


ias constantes nas tabelas, para efeito de s i m p l 1f i c a ç a o das
me s ma s .

Convém o b s e r v a r u ma c e r t a f a l t a de coinciden-
cia entre os que ingressavam quitando a joia e osque se ma n
tinham em d i a com a s mensalidades. Em q u e pese o te s o u r e i r o ’
no século XI X efetuar o registro nominal com . a respectiva
quantia, essa disparidade nos confundiu repetidas vezes quan-
do das operações de soma. A dificuldade residia em q u e muitos
após a entrada, desistiam de suas contribuições mensais, e
eram eliminados de conformidade com o s estatutos.

Saldar pontualmente a mensalidade era dever


principal de todo associado. Seu valor inicial de hum mil
reis ( 1$OGO) fica acrescido de multa em c a s O de impont u a i id a -
de, isto pelo curto período que vai de 1833-57, quando esta
é eliminada. Tal c omo as joias, as mensalidades eram e s c r i t u -
radas nominalmente nas receitas mensais, 0 que da margem para
a verificação do pagamento adiantado por parte de algum sócio,
nem sempre portanto, correspondendo, nesta rubrica, o número
dos pagantes ao montante pago. Desde a fundaçao estava facul-
tado ao sócio adiantar o pagamento.

No s é c u l o XX n ã o mais aparecem as listas nomi-


nais mas, tão somente, "mensalidades recebidas pelo recebe
dor". Tornou-se um p o u c o mais difícil avaliar o aumento ou
nao das mensalidades, isto porque pelo ano de 1911 procurava
o Conselho ‫ 'י‬u m m e i o do levantamento da Sociedade que v a i d i a p a r a
‫־‬ 62 ‫־‬

dia diminuindo sua renda devido ao grande número de socios '


acrazados". ^

Toda vez que os associados se reuniam em ses


são, circulava enCre eles a chamada '6 0 1 8 3 ‫ י‬de C a ^ i d a d e ‫ 'י‬.
C a 8 ‫ ־‬e, bem s e pode ver, de u ma pequena sacola coleCando os
d o n a c i v o s . ‫ 'י‬H a v e r á u ma Bolsa, denominada de C a r i d a d e , na qual
todos os sócios são obrigados a concorrer para ella com suas
esmollas voluntárias nos dias de Sessões".^

0 dinheiro recolhido juntava-se ãs contribui -


ções dos sócios honorários, destinando-se ao d o t e de casamen-
co das orfas, filhas de associados. Nao sendo aplicado duran-
te 0 ano, era posto em b a n c o para que rendesse juros.

0 expediente de confiar a casas bancarias o d^


nheiro arrecadado sob diferentes títulos, foi c o mu m d e s d e o
inicio da instituição. Vem a propósito relembrar, que a cisao
na Sociedade dos A rtífices, nascé do d e s a c o r d o na aplicaçao '
do capital em C a s a s de Penhores, c o mo se vinha fazendo, ou em
instituições financeiras mais modernas, cujo aparecimento era
crescente, por essa época, em S a l v a d o r . Assim nos registros '
de receita e despesa encontramos depositos a titulo de ‫ 'י‬c o n h ¿
cimento" * , na Caixa Econômica, na Sociedade de Comércio, no
Banco da Bahia, na Caixa Reserva Mercantil, na Caixa Uniao Co
mercial, etc. Englobamos na tabela sob a rubrica - movimento'
bancário ‫־‬ todas essas transações envolvendo a Sociedade e as
citadas financeiras. A l i m do capital aplicado ordinariamente,
era recolhido em d e p ó s i t o todo saldo favorável. "Foi lido um
officio da Direção da Caixa Econômica em q u e comunicou q de
conformidad® com a authorização da Assemblea Geral de 11 do
corr®. podia esce Conselho era n o me da Sociedade entrar com
3A a c ç õ e s mensal m*‫ ־‬f ao que deltberou-se que se escrevesse '
agradecendo o especial favor c o m q aq. ^® s e dignou usar c om

*■'Conhecimento ‫־‬ declaração escrita ou recibo pelo qual


consta que alguém tem em s e u poder algumas mercadorias.''
GOMES, Luiz Souza. Dicionário econômico - comercial e finan
ceiro. 9 ed. Ed. Borsi; s/d: p.SSverbete CONHECI MENTO.
‫־‬ 63 -

esce.... O Sr. Thesoureiro íe¿ scieate so Conselho q recolheo


na Caixa Econômica I02$ra. itnporcancia, ou valor de 34 ac~
Çoes. . .

Bern a s s i m , segundo parecesse ao Conselho conve


aiente para segurança (io seu paCrimÔnio, podia sustar os nego
cios, c o mo em o u t u b r o de 57, quando o tesoureiro foi "author¿
zado alevantar d e£in itL van. os dinheiros da Caixa Uniao Com
mercial, em v i r t u d e de bontos q poco acreditão acaixa''.^

Na linha da formação patrimonial, podemos ass^


aalar a compra de ua terreno na área do cemitério da Quinta
dos Lázaros, para a construção do seu oausoleu. A Sociedade '
com e s t a medida, passa a v«nder aos seus membros e familiares
os carneiros, destinados tunto a adulto, quanto a crianças. 0
que 3e apurava nessa vendagem, era revertido em a m p l i a r os
carneiros e na manutençao da quadra privativa.

Constam no movimento financeiro da entidade '


subvenções oficiais. A lei orçamentaria da Província para o
ano de 1865, inclui o seu nome entre outras entidades benefi-
c i a d a s , ‫ 'י‬p e l o q recebe pure el adamen t e 666$666 por ano". Tres
anos depois, esca quantia é aumentada para um c o n t a de reis
(1:000$000) cuja interrupção se dã em 1 8 8 & . ‫ יי‬V i r i f i c a n d o que
o corpo Legislativo ProvincíaL supprimindo no projeto do orç¿
mento o subsidio de Rs. 1:00Ü$000 que tinha esta Sociedade n£
meou o Conselho una c o m^ I i s 5 • ‫ ר‬ú n o intuito de entender~se coo
a commissao if de Fazenda e solicitar esse auxilio attento a
exiguidade dos recursos sociais e a necessidade dos soccorros
pf as pensionistas''.

Ao q u e p:1rece. trata-se de medida temporaria ,


diríamos mesmo, circunstancial. Ma o n o s foi possivel estabele
cer documentos comprobatorios desses auxilios gove m a m e n t a i s ‫י‬
até o ano de 1890, isto porque, a escrituraçao contábil está
interrompida por falta dos livros competentes, ao período que
vai de 1672 a 1889. Acretlitamos contudo que por todo esse e£
paço de tempo não tenha sido privada dessas dotaçoes. Com o
advento da República, há um. i retomada desses registros (1890),
Contudo, embora com interrupções, a ajuda governamental sõ
desaparece d e f i n i t i vam<>n t e d .1 e s c r i t a contábil, ao o e n o s na
- 64 -

forma explicita e direta, c o mo a t é entao se fazia, em 1910.

Importa lembrar que a Frovtncis favorecia aia


da a instituição, concedendo l i c e n ç a ■para l o t e r i a s . " L e i de
2 de j a n e i r o de 185B n . 6 8 4 - João Lins Vieira Cansansao de
Sinimbu, ‫ ׳‬P residência da Provincia da Bahia. Faço saber a to
dos os seus habitantes que a ÀssemblSia Legislativa Provine^
al decretou e eu sancionei a Lei seguinte.

Art. 1. Ficam concedidas a Sociedade Honte


Fio dos Artistas - desta Cidade vinte
loterias, das quais correrão cinco
annualmente, segundo o plano marcado
para as da Igreja de Nosso Senhor do
Bo mf i m .

Art. 2. As referidas loterias ficam isentas


do imposto provincial respectivo.

Art. 3. Revogam~se as disposiçoes em c o n t r a ‫־‬


rio

Ocorrência rara, mas que comporta registro ,


era ar e m i s s ã o do sõcio efetuada através de um u n i c o pagamen
to. Anotamosd o i s casos: o primeiro no ano de 1864, quando
da e n t r a d a do sÕcio" S o t e r i o Joaquim Almeida que por sua
remissão decooformld? com o S 1 9 d o art. 43 d os Estatutos" p¿
— 8
g o u a I m p o r t â n c i a d e ' ‫ י‬2 0 0 $ 0 0 0 ‫ 'י‬.

0 outro,em dezembro de 1867, "Joaquim Caetano


d o B R e i s ‫ יי‬p a g o u todas as taxas. "Entrada 20$000, em m e n s a l i -
q
dades 200$000, cemiterio 1 0 $ 0 0 0 ‫ ’י‬.

Mais frequentes eram a q u e le s que alcançavam


a remissão antes do praso de 20 a n o s consecutivos, em c o n t a s
maiores, espaçadas. Geralmente 08 socios que pouco restavam
para ficar quites. Por falha na documentação contábil seria-
da, não podemos precisar 0 seu número, porém a t r a v é s do r e -
glstro em a t a s , constam pedidos de vários sócios, requerendo
sua remissão, pelo pagamento do q u e restava para tal: de
1872 a 1876, 14 r e m i s s õ e s : 82 a 8B, ll;de 1690 a 1900, 9 re-
missões.

Ma e l a b o r a ç ã o das tabelas, anexamos essas


‫־‬ 65 -

quantias sob a rubrica mensalidade, a partir, e v i d e n t e m e n t e ,do


registro, quundo existente eai livros de receita e despesa.

Devido ao aparcciaento de alguns registras nao


redutíveis ãs rubricas anteriores, c o mo d o a ç o e s , hipotecas de
iooveis, atnorcização de Letras, alugueis de comodos sublocados,
importâncias arrecadadas em f e s t i v a i s beneficentes de teatro e
cinema, c omo por exemplo em j a n e i r o de 1862 os 472$120 Rs. do
‫’י‬b e n e f I c i o do T h e a t r o S . J o ã o ‫ ^ ^ 'י‬, resolvemos agrupa-los ea ru
brica - diversos.

Uma v e z delineado o quadro de receita, cabe ana


lisar as despesas. 0 Ônus maior incidia sÔbre a assistência ‫י‬
aos associadas, 0 socorro a e d i c o - farm aceutico aas doentes , teo
porãrios ou inválidos, os auxílios aos encarcerados passíveis*
do benefício, bem a s s i m os familiares dos sócias falecidos. Os
primeiros benefícios concedidas datam do ano de 1834, aos asso
ciados doentes Estevão dos Santos Cajueiro e Pedro Borges Dias,
recebendo semanalmente cada um q u a t r o mil e duzentos reis
(4$200 rs .) .
Os anos 1860-70 apresentam u ma redução no v a l o r
do socorro aos doentes, ja a esta altura recebendo por oes e
aão mais por semana.a quantia de oito mil r e i s ( BSOOO) . Era
quanto estipulava a Sociedade, cabendo assim a razao de dois
mil reis (2$U0Ü) semanais. Provavelmente cansequencia da sobre^
carga assistencial advinda com o n ú m e r o crescente de assocÍ£
dos assistidos, em d e c o r r e n c i a particularmente dos efeitos da
guerra contra o Paraguai.

Jã neste século, os tres últimos anos da fase


compreendida em n o s s o estudo, não registram uo só caso de
assistência ao doente, a exceqao de um em 1 9 3 0 , que recebe a
importâncin única de trinta e cinco mil reis (35$000 rs), no
mês de setembro.

Co mo já apontamos em o u t r o passo deste estudo,


tinham diruito ãs pensoes, as viúvas, os arfãos, maes, irmas
solteiras do associado falecido. Para efeito de computaçao em
tabela, levantamos o numero de pensoes distribuídas mensalmen-
te e registramos o somatório anual d e l a s . * Em a l g u n s meses apr£
senta o tenoureiro a lista nominal dos pensionistas. No entai^
‫־‬ 66 -

to, ordínar iamence, só r e In«: l o n a v a o número de pensoes pagas


e a imporCáncia correspondence.

As primeiras contempladas com o a u x i l i o - p e a '


seo.foram D. Maria Procópín de Oliveira Braga, viuva do asso
ciado Quintino Go me s de Araujo Braga*, 29 secretario do pri-
meiro Conselho Diretório e D. Inés Haría de Castro Galvao ,
vLúva de Pedro Antoaio Calvtio.
Pensao igual *u d a s viiívas,era concedida aas
órfãos. 08 valores oscilam uo longo dos anos, ora majorados,
ora reduzidos, segundo o aumento dos encargos que a Socieda-
de val assumindo. Essas variações deviam contar coo a autor^
zação do Presidente da Província, c o mo fica atestado em ata
de 13 de junho de 1869: 01?'‫י‬ remettido ao Ex m9 Sr. Presiden-
te da Província um o f f i c i o pedindo a approvaçao da resolução
votada em A s s e m b l e s Ceral no dia 6 de junho em q u e s e r e d u z i
~ - « . . . - . . . 12
rao as pensoes das viuvas, orfaos e mais p e a s i o n i s t a s ".

A guerra do Paraguai abriu margen para diver~


sos pedidos de pensao da parte de viúvas e orfaos de associa
dos combatentes. ... "um o f f i c i o de D. Maria Paulina da Con-
ceiçao Coelho participando ter fallecido na campanha do Par a^
guai seo marido o capitao Leopoldo Rodrigues Coelho, socio '
eCfectivo d'esta sociedade, e por isso pede que se lhe mande
dar 06 socorros que tem direito segundo deteroina os Estatu-
tos, e pelo seo estado de indigencia a que ficou reduzida. 0
Conselho deliberou que em v i r t u d e do que allega a peticiona-
ria he de parecer que seja defferida logo que aprezeate cer~
tidão de obito, para poder provar a realidade da m o r t e do so^
cio, e se por ventura por dificultoso poder obter este doeu‫ ־‬,
mento por ter perecido fora do pais encao poderá aprezentar
u ma cercldao do Quartel general ou da Thezouraria Geral que
provavelmente ja devia tec vindo particlpaçao offecial do
fallecimento do ditto socio; e o Snr Presidente de accordo '
com a d e l i b e r a ç ã o do Conselho despachou o requerimento d a s ug
pilcante mandando que se lhe offeciasse neste sentido",
Os encargos a e d ic o ‫ ־‬farmaceut Icos forata sempre

* Vide ficha do mesmo.


‫־‬ 67 ‫־‬

assumidos c o m r e g u I n r i i i Ai l e . t i r a , com C r e q u e n c i a , un acendiaen


to solicicado peLo socio. ”0 Seiir socio Carlos Guilherme Coe-
Iho pediu medico e bocic» a cooo fosse recoahecido no g o s o de
14
seu direico se Ihe ct ‫ נ‬u ç u d < ‫ ג‬u ‫ י י‬.

De início, os facultativos assistiam os enfer‫־‬


mo s tanto oferecendo nervinos gratuitamente, quanto por eles'
recebendo honorarios. Estos.a título de g r a t i f i c a ç a o , so apare
cem e s p e c i f i c a d o s na escrita de despesa a partir de 18SS, sen
do trimestralmente de vinte e cinco mil reís (25$000rs), majo
rados para trinta mil reís (30$000rs.) a partir de I860.

De 1890 a 1930 desaparecem da escrita esses p¿


gamentos. Buscamos ui na e x p l i c a ç ã o para tal fato, e nao a en
concramos saci s £atÓri a . Apenas u ma p o s s í v e l pista capaz de e£
clarecer: sao os pedidos de socorros, precedidos de autoriza-
çao médica, subscrito:« por varios desses profissionais, procu
rados pelos requerentes. Talvez, ou um n u m e r o maior de aedi-
cos servindo gratuitamente a instituição, nuaa volta pura e
simples as origens, j Ú agara pelo declínio acentuado que s o ‫־־‬
friam suas finanças, úu, s imple s r a e a te , a suspensão de médicos
particulares pela Sociedade.

Quanto aos medicamentos, designava o Conselho


em q u e botica podiam os associados busca~Ios. Via de regra ,
os boticários ou farm:)uceuticos remetiam S Sociedade os deb£
tos contraídos por ‫־‬a l . n , em s u a s casas. T a mb é m a c o n t e c i a ofe-
recerem descontos sob o montante das despesas feitas. "Um o f
ficio da Pharmacia do Dr. Domingos de Souza Requiao* remeten
do a conta das receitas que f o r a t D em s u a pharaacia aviadas ,
na importância de 2 9 $ 2 ¿ >0 reis para o sócio José Joao de Mes-
quita fazendo a abatimento de 102 que veio a resultar em b e ‫־‬
nefício da Sociedade <t q u a n t i a de 4$380 reis. 0 Conselho au-
thorizou ao Snr. Thesoureiro que eabolça-se ao referido Snr.
a quantia já m e n s i o n . ‫^ ד‬la ^

Nã o seitdo procedimento habitual, contudo ocor-


reram casos de custeio hospitalar, como eai j a n e i r o de 1865. '
''Importância com o p a g a m e n t o £eito a Casa de Saúde de S. Fra¿
cisco, por 6 dias de estada do socio FeLix Jose da Costa Bas‫־‬
tos - 185000.

* Medico, residente À Qu i n c<1 n d i n h a d o Caplm.


‫־‬ 68 -

Na rubrícu eu análise, Ca mb e n i n c l u i m o s proced¿


meneos ceraupéucicos enCuo correntes, coao a p i i c a ç Õ e s de sa^
guessugas e vencosas.

"Foi aprescncada ao Conselho u ma c o a C a n a i t np0 £


c ia d a de Rs . 6$500 de san^uussugas applicadas ao socio Harco‫־‬
lino Cyriaco da Rocha cuja conca foi entregue ao Senr. Thesou-
reiro para ver ae obcinhu algutn a b a t i m e n C o . ‫^ ^ 'י‬

O ulcimo encargo da Sociedade p r e n d i a ‫ ־‬se ao fu-


aeral. TraCava‫ ־‬se sobretudo de resguardar a reputaçao do fale‫־‬
cido e, indiretamente, o prÓprio status da instituição. Inici-
almente ela concorria com t r i n t a mil reis (30$000 rs.), passan
do em 1 8 6 1 para quarenta mil reis (40$000) e nos casos previa-
tos de descendentes ou ascendentes, vinte e cinco mil reis
(25$000 rs.)• De 189A a 30, oianteve-se a ioportancia de cin
quenta mil reis (50$000) para o associado, e para os familia ~
res permaneceu inalterada a já existente.

Al em d o custeio assinalado, expedia guia de


enterramento na quadra de sua propriedade no Ceoiterio da Qui n
ta dos Lazaros.

Em q u e pese a crise financeira porque atravessa


va a Sociedade nos anos 70, as quotas para o funeral nao sofr£
ram reduções, ao contrário do que acontece com p e n s õ e s e S0c0£

ros .

No m a p a das despesas, u ma r u b r i c a para o movi ‫־‬


mento bancario. Em n o s s o modo de entender a escrituraçao per~
tinente, t r a t a ‫ ־‬se da compra de açoes enquanto tal, isto e,
sem 0 cômput o dos benefícios auferidos com o i n v e s t i m e n t o . '
‫ 'י‬D e s p e s a : 1833 Maio, 15 ‫־‬ Dinheiro depositado na Caixa Ec onÔm^
ca c o mo c o n s t a do Conhecimento sob 09 926 - 130$000."^®

Com a rubrica - diversos ‫־‬ englobamos despesas'


várias e ocasionais, c o mo avisos publicados em p e r i ó d i c o s , cha
mando atenção para a cobrançn de mensalidades em a t r a s o , conv£
tes para sessões; assinatura de jornais, impressões de estatu~
tos, relatorios, papel timbrado, livros para escrituraçao coa‫־‬
tãbil e atas; material de limpesa, aobi|iários.

Até 1893 quando a d q u i r i u 0 iaúvel sede, dispen-


dia mensalmente com a l u g u e l de salaspara suas atividades. Eo
‫־‬ 69 -

1858 por exemplo, pagava à Or dem 3? de São Domingos, cinquenca


mil reis (50$000 rs.) por ‫ 'י‬t r e 9 meses do aluguel do Salao onde
fuDCciona a mes ma Soci edade. A Dona Francisca Barbosa Fer‫־‬
reira pagava 120$000 rs. em 1 8 6 3 de ‫’י‬a l u g u e I de um q u a r c e l da
casa em q u e funciona a Soc i e d a d e .

0 aumenCo constanCe dos alugueis levou 0 Conse-


lho a decidir em 1 8 9 0 , pela compra de um i m õ v e l a fim de se~
dia-la: "deo‫ ־‬se ordem ao cidadao Thesoureiro para procurar um
prédio para fazer-se a mudança da Sociedade. ^

Por dez contos de reis (10:000$000) e fe C iv o u ‫ ־‬se


a compra em 1 8 9 3 . Foram realizados reparos, ‫ 'י‬c o m e s p e c i a l i d a d e
no pavimento que tem de ser preparado coo a decência precisa '
para funcionar a nossa Sociedade. ^

Decidiu o Conselho nao ocupasse a entidade to-


dos os cotnodos, alugando os demais, ‫ 'י‬p o r termos necessidade de
dinheiro para cobrir aos compromissos que contr a h imos.

Reparas sao realizados em 1 9 0 5 , que vao do al-


tar da p a d r o e i r a em s u a capela doméstica, até a caiaçao e pin-
tura do predio, colocação de vidros em t o d a s as j a n e l a s , en-
fim, obras gerais que atingiram o montante, incluindo material
e mao de obra, de quinhentos e setenta e seis mil, cento e qu^
tenta reis (576$140 rs.)•^^

Dez anos depois, aplicaram hum c o n t o seiscentos


e sessenta e um m i l e seiscentos reis (1:661$600 rs.) em n o v o s
reparos .

Entre as despesas diversas incluimos aquelas '


com o m a u s o l é u da Quinta dos Lázaros. De inicio, entre os anos
1860 - 61, foram gastos dois contoa quarenta e cinco mil tre ‫־‬
zentos e noventa e seis reis (2:045$396 rs.) na construção de
quarenta e oito carneiros. Cada Capagem dos aludidos carneiros
custava em 1 8 6 0 a razao de tres mil e quinhentos reis (3$500rs)
majorados para 5$000 reis em 1 8 6 5 . No início do século XX
1900 - gastou-se setenta mil reis (70$000 rs) em c o n s e r t o s de-
les e em 1 9 2 8 na transformaçao de dezoito carneiros de anjos '
para nove de adultos. Foram gastas quat r o . c a n tos quinhentos e
treze mil e novecentos reis (4:513$900 rs.).

Na c o n s e r v a ç a o dessas sepulturas ococrera-s pe -


- 70 -

quenas, mas constantes despesas por inciaaçao da Saude Publica,


o que faz crec, provocada por exalações exigindo revestimento'
com o a s s a .

Incluimos Ca mb e m a s remunerações do recebedor e


do escriturario. 0 primeiro sem o r d e n a d o fixo, deduzia dez por
cento das mensalidades recolhidas; já o segundo, pago trimes ‫־‬
tralmente, c omo acontecia ao facultativo, ganhava de início '
vinte e ciaco mil reis (25$000 rs.)• importância majorada aa
década seguinte para trinta mil reis (30$000 rs.) e reduzida '
para quinze mil reis (15$000 rs) nos anos críticos da institui^
ção 80‫־‬ ) 1870 ‫) ־‬.

A partir de entao, torna-se impossLvel distin ‫־‬


guir 08 valores pagos a cada u m, já que a escrita contábil 08

engloba em " o r d e n a d o s '‫ י‬.

Ainda em d i v e r s o s , estão as despesas com a fes-


ta anual de 2 de fevereiro, em q u e dispendia a Sociedade, c om
espórtulas ao celebrante, armaçao (decoraçao) do a l t a r e sala
das sessões, "fogo para festa" (fogos), convites etc., e vez
por outra algum trabalho de ocasião, c o mo em 1 8 5 5 0' ‫י‬ dinheiro
pago (50$000) a Olimpio Per? da Matta pelo painel da Santissi-
ma V i r g e m da Purificação"^^, posto ao altar da capela interna,
« um « n o depois, vinte • oito mil e quatrocentos rela
(28.^40C rs.) pagos a Manoel Ladislau Soeiro (sÕcio fundador )
618‫קיי‬ galeria dourada e cortinado para servir de Docel 8 Cela'
da me s ma Senhora.

Algumas inferencias podem ser sumariadas aqui:

1. a queda do número de associados no período 1900 - 30, en


relaçao aos anos anteriores:

2. uma certa despreocupaçao para coa as matriculas em f a v o r da


escrita contábil, evidenciada pela não correspondência en-
tre o registro dos Livros de Receita e Despesa e a relaçao'
constantes no Livro de Matricula;

3. o número de mensalidades pagas pelos socios deixa de ser


computado a partir de 1890 e passa a constar apenas o total
recolhido ;

4. os totais de joias e mensalidades pagas nao especificam os


pagamentos atrasados ou adiantados;
- 71 ‫־‬

S. a decadencia nas tres primeiras décadas do seculo XX no


Cacante a entrada, deve 3«r relacionada t ambém com 0 n u me r o
de socios falecidos, conacdnte oas despesas de funeral.

OBSERVAÇÕES ACERCA DAS TABELAS

Ha um h i a t o entre os anos de 1871 a 1889, pela


falta dos livros de receita tt d e s p e s a correspondentes.

Os primeiros vinte aoos da Sociedade foram de


ralativa prosperidade. Os encargos eram rigorosamente cumpri -
dos e 08 socorros pecuniarios sempre majorados. Os vinte anos
seguintes inverCen a situaçao anterior, que frequentemente te-
mos mencionado c omo período de crise para a entidade, aspecto'
que sõ nos foi possível captar através das atas. As m e n s a l í d a -
des, fonte primaria da renda, sofrea constante atrazo da parte
de um n ú m e r o considerável de associados. 0 dinheiro aplicado '
na quadra para sepulturas é outra sangria em s u a s finanças. 0‫א‬
começo deste século ji ê visível o seu esvaziamento crescente.
Em m a r ç o de 1911 e convocada u ma sessão para analisar as difi-
culdades "a fim de ver-se um r a e i o que pudesse levantar a Socͣ
dade, para esCa por sua vez poder se u ltil aos seus conso‫־‬
c i o s . P e l o ano de 1921, o presidente Sr. Eloy Aleixo Fran-
co apela para o esforço de cada um e m p r o l da e n t i d a d e "a qual
nao podia progredir em v i r t u d e da indiferença existente. ^

Computamos de início todos os fundos que entra-


ram p a r a a Sociedade e distribuimos em d é c a d a s com o s respect¿
vos totais, estabelecendo u ma tabela geral. Dispusemos em s e -
guida os totais de receita e despesa objetivando um d e m o n s t r a -
tivo capaz de esclarecer que o computo geral do d e c e n i o apre ‫־‬
sentava sempre saldo favorável, muito embora, em a l g u n s anos a
despesa fosse maior que a receita.

Da s duas tabelas gerais destacamos as seguintes


rubricas
a) número de entrada e número de m e n s a l i d a d e s '
pagas pelos sócios.
b) valores das joías e das mensalidades pagas '
pelos sócios.
c) número óc oõcios socorridos, núraero de ptn
soes, número de enterros.
d) valores correspondentes «o enunciado na letra
an c c r i o r .
e) totais do receita e despesa.
SOCIEDADE MONTE PIO DOS ARTISTAS
TABELA 01 RECEITA
1852 - 1930 ANO: 1852 a 1861

HENSALIDADES
JOIAS PAGAS/SOCIOS BOLSA VENDA MOVIMENTO TOTAL
ANO SUBVENÇÕES DIVERSOS
N? DE DE DE EU
ENTRADAS VALOR N9 VALOR
CARIDADE CARNEIROS BANCO
SOCIOS

1852 105 525$000 68 1065000 _ - - - - 6315000

1853 67 427S000 390 879$480 405690 - - 325620 - 1 :3 7 9 5 9 9 0

1854 54 337SOOO 356 974S11Q 1055690 - ‫־‬ 8215246 3S320 2:2 4 1 5 3 6 6

1835 29 216SOOO 477 l;429JOOO 925910 - - 1:3425050 - 3:0 7 9 5 9 6 0

1856 30 243SOOO 680 1:7975000 525200 - - 1:2235760 - 3:3 1 5 5 9 6 0

1857 63 5725000 613 1:7415000 6465180 - - 1 :4 1 8 5 4 4 0 855887 4:4 6 4 5 2 2 7

1858 76 760$000 819 2:3 3 1 ‫־‬$000 2255550 2005000 - 6:0 7 9 5 5 4 0 155920 9 :6 1 2 5 0 1 0

1859 106 1:060$000 1 .1 2 6 2 :9 3 2 (0 0 0 1915140 - - 4 :1 6 3 5 2 6 0 2:5985000 .10:9445400

I8 6 0 20 300$000 1 .2 6 6 2 :8 2 3 5 0 0 0 1135772 1055000 - 7:1975940 7355721 1 1 .2 7 5 5 4 3 3

1861 42 840$000 1 .5 6 8 3:5 5 35000 865980 1055000 • 4:7 2 8 5 4 1 7 2525532 9 :5 6 5 5 9 2 9

TOTAL 592 5 :2 8 0 $ 0 0 0 7 .3 6 3 18:5665310 1:5555312 4105000 - 2 7 :0 075273 3:6915360 5 6:5105275

F o n te : A rq u iv o da S. M. P. dos A. ~ L ív ro de R e c e ita c D espesa


SOCIEDADE MONTE PIO DOS ARTISTAS
TABELA 01 KECEITA
1852 ‫ ־‬1930 ANO 1 6 6 2 a 1871

MENSALIDADES
JOlAS
AMO PAGAS/SOCIOS
BOLSA VENDA SUBVENÇÕES MOVIMENTO DIVERSOS TOTAL
N9 DE DE DE
ENTRADAS VALOR N9 VALOR
SOCIOS CARIDADE CARNEIROS BANCO

1862 26 520$000 1.686 3:6 2 95000 695060 665000 - 8555329 2:5 5 8 5 3 0 6 7:6775675
1863 36 680$000 1 .6 5 5 3:2 8 05000 675000 U 95000 - 7035760 1:0675613 5:8975153
UH 920SOOO 1 .8 8 6 6 :0 2 9 5 0 0 0 795960 1125000 - 6385875 1:7795667 7:5595682
1965 1% 560S000 1.800 3:6 5 85000 365810 605000 6665666 1 6095030 6:8 5 8 5 7 6 0 13:2675266
1866 22 l>àO$QOQ 1.872 3:5 3 65000 665560 1385000 8335336 1 9165068 2:5935662 9 :5 1 9 5 6 0 6

1867 36 7205000 1 .8 1 1 3 :5 5 6 5 0 0 0 525750 6095000 9995892 1 5965017 1:6385971 8:9705630


1868 25 5005000 1 .9 5 1 3 :3 5 9 5 0 0 0 1035810 3965000 1:0005000 1 1655752 5265560 7:0315122

1869 ¿>0 8005000 1 .8 0 9 3 :0 6 6 5 0 0 0 785970 2605000 1:0005000 1 5905576 1:9565365 8:7695911


1870 U 2805000 1 .5 2 1 2 :6 9 1 5 0 0 0 26;660 2175000 1:0005000 1 8335562 6725635 6:7 2 0 5 6 5 7

1‫־‬871

T OTAL 271 5:A 205000 1 5 .9 9 1 30:8005000 5795360 1:7575000 5:6995892 11 6865969 19:6305119 75:3735300
SOCIEDADE MONTE PIO DOS ARTISTAS
TABELA 01 RECEITA
1852 ‫ ־‬1930 ANO 1 6 9 0 a 1899

MENSALIDADES
JOTAS PAGAS/SnOIOS VENDA S‫ ט‬BVENÇÕES MOVIMENTO DIVERSOS TOTAL
ANO BOLSA
N9 DE
DE DE EM
ENTRADAS VALOR N9 VALOR
CARIDADE CARNEIROS BANCO
sQ c io s

1890 6 126$000 173$000 3J680 30$000 999S840 7585900 2 :0 8 2 5 8 3 8 4:1 7 4 5 2 5 8


1991 9 189$000 - 212$000 1$380 23OS000 9995840 6415929 1:6 0 3 5 1 3 0 3:8775279
1892 21 ÚÚISQOO - 633$000 4$640 160$000 999$840 9165390 2:2 0 1 5 1 2 0 5:1555990
1893 60 772S000 - 636$000 164S910 172$000 999$840 1:1995426 4:5 8 9 5 6 4 8 19:3325824
1894 87 1:296SOOO - 1:361$000 33Í920 294$000 9995840 8715954 5:8 4 9 5 1 1 4 10:7055828
1895 ¿9 624$000 - 1:645$000 4$320 135$000 9995840 6395000 6 :9 4 3 5 3 4 0 10:9925500
1896 37 ¿80$000 - 2 :6 6 « 0 0 0 12$600 429$000 9995998 7845000 2:5 3 2 5 2 2 0 7:9365818
1897 19 258$000 - 2:490$000 6Í150 470$000 9995973 6745000 8495000 5:7425123
1898 12 26A$000 - 1:7645000 12$000 465$000 9995996 6485000 1:1095000 5:2975996
1899 5 106$000 — 1:500$000 14$000 210$000 9995880 7355000 1:0635000 4:6465520

TOTAL 305 4 :5 5 6 $ 0 0 0 - 1 2 :8 8 3 í0 0 0 258$240 2:595$000 9:9 9 8 5 8 8 7 18:7215599 2 8 :8 2 4 5 4 1 0 77:8675136


SOCIEDADE MONTE PIO DOS ARTISTAS
TABELA 01 RECEITA
1852 - 1930 ANO 1 9 0 0 a 1909

MENSALIDADES
JOIAS
PAGAS/SOCIOS BOLSA VENDA SUBVENÇÕES MOVIMENTO DIVERSOS TOTAL
ANO
N9 DE DE DE EM
ENTRADAS VALOR N9 VALOR
CARIDADE CARNEIROS BANCO
SOCIOS

1900 3 66$000 _
1:163$000 6$580 485$000 6765600 9295500 1:9875199 5:1 1 3 5 8 7 9
1901 2 4A$000 - 905$000 ‫־‬ 3$900 355$000 - 6635000 1:2055289 2:9 5 6 5 1 8 9
1902 - - - 883$000 2$940 142$000 - 6005000 1:7065676 3:1 3 6 5 6 1 6
1903 - - - 6A2$900 2$560 210S000 - 3505000 2:066$960 3:2 5 0 5 6 2 0
1906 - - - 438$000 2$860 132$000 - 5105000 2:6355060 3 :5 1 7 Í9 0 0
1905 3 66$000 - A36$000 5$680 205$000 6:0835300 5335000 6:6635300 9 :9 9 6 5 2 8 0
1906 2 AA$000 - 5 2 2Í000 3$020 90$000 - 6085000 . 1:1085260 2 :3 7 5 5 2 8 0
1907 3 66$000 - 405$000 2$320 5235000 - 5725000 1:6135390 . 3 :1 8 2 5 2 1 0
1908 - - - í.53$000 2S700 2325000 - 6085000 2:0555120 3 :3 5 0 5 8 2 0
19 ‫ כ‬9 1 22$000 — 322$000 3$500 6705000 - 6725000 3:1015020 6 :3 9 0 5 5 2 0

TOTAL lU 308$000 - 6:1 7 1 $900 36$060 2:8665000 6:5 5 9 5 9 0 0 5:6 2 5 5 0 0 0 21:9205556 6 1 :2 6 5 5 9 1 6


SOCIEDADE MONTE PlO DOS ARTISTAS
TABELA 01 RECEITA
1852 - 1930 ANO 1 9 1 0 a 1919

JOIAS MENSALIDADES
ANO PAGAS/SOCIOS BOLSA VENDA SUBVENÇÕES MOVIMENTO DIVERSOS TOTAL
N9 DE
DE DE EM
ENTRADAS VALOR NÇ VALOR
SOCIOS CARIDADE CARNEIROS BANCO

1910 _ 398J000 2J500 3355000 1:0395000 6:5 1 1 5 0 2 0 8:2 8 5 5 5 2 0

1911 - - - 267$000 25280 655000 - 6165000 7:7605120 8 :6 6 8 5 6 0 0

1912 - - - 1685000 65660 - - 6165000 1:7255280 2:3155920

1913 23 316S000 - 657$000 - 3595000 - 3275000 8 :7 9 5 5 9 9 0 1 0:65 6 5 9 9 0


191A 10 130Í000 - 559$000 35900 3255000 - 1575000 13:7725800 1 6:96 7 5 7 0 0

1915 5 61$000 - 420$000 65100 3655000 - 3605000 2:7 2 1 5 3 0 0 3:9 1 1 5 6 0 0

1916 1 1 3 Í0 0 0 - 5135000 65000 1785000 - 1205000 6:2 3 7 5 6 0 0 7:0 6 5 5 6 0 0

1917 2 26$000 - 5195000 25700 1715000 - 2:6335000 1:6765600 6 :8 2 6 5 3 0 0

1918 - - - 6515300 - 285000 - 2705000 7535800 1:5035100

1919 •1 135000 - ¿;865000 - I78S000 — 5205000 1:3685600 2:5 6 3 5 6 0 0

TOTAL 1*1 557$000 - 6:43 6 5300 265120 1:9665000 - 6:0 565000 51:28 3 5 1 1 0 66:32 2 5 5 3 0
SOCIEDADE MONTE PIO DOS ARTISTAS
TABELA 01 RECEITA
1852 - 1930 ANO 1 9 2 0 a 1930

MENSALIDADES
JOIAS
PACAS/SOCIOS BOLSA VENDA S‫ ט‬BVENÇ5ES MOVIMENTO DIVERSOS TOTAL
ANO N9 DE
ENTRADAS VALOR N? VALOR DE DE EM
SOCIOS CARIDADE CARNEIROS BANCO

1920 1 24$000 - 38¿$000 - 38$000 -


3905000 7:3575900 8:1935900
1921 1 12$000 - 324$000 • 150$000 2005000 - - 5:7 1 8 5 1 0 0 6 :404S 100
1922 5 156$000 - 515$000 - 385000 - 300S000 3:3 3 9 5 3 0 0 4:3485300
1923 2 24$000 - 458$000 - 1055000 - 4655000 3:7 3 0 5 3 0 0 4:7825300
192A - - - 307$000 - - - - 5 :3 1 9 5 7 7 0 5:6265779
1925 4 52$000 - 463$000 - - - 1:2465000 8:1045664 9:8455664
1926 6 72$000 - 427$000 - 1645000 - - 5:6825267 6:3455267
1927 3 36$000 - ¿475000 - 5265000 - 8685000 7:1535064 9:0505064
1928 8 96$000 - 433$000 - 2865000 - 1:2165000 13:2255424 15:2565424
1929 7 110$000 - 497$000 - 505000 - 1:4995000 21:8655124 24:0215124
1930 2 2^$000 483$000 — 655000 — 4605000 14:7475004 15:7795004

TOTAL 39 606$000 - 4 :7 1 8 $ 0 0 0 150$000 1:4725000 - 6:4645000 96:2425926 109:6525926


SOCIEDADE MONTE P I O DOS ARTISTAS
TABELA l . l - RECEITA
1852 - 1930 ANO 1852 a 1861

ANO N9 DE ENTRADA DE SCCIO S N9 DE MENSALI DADES PACAS / SÕCI OS

I8S2 105 68

1853 67 390

185A 54 356

1835 29 477

1 8 5 ‫י׳‬ 30 680

1857 63 613

1858 76 819

1859 106 1 .126

1860 20 1.266

1861 42 1 . 568

TOTAL 592 7 .363

FONTE: Ar‫ ף‬u iv o da S, M. P. dos A. ‫ ־‬l.iv r o de R e c e ita e DespcRa


SOCIEDADE MONTE P I O DOS A R lI S T A S ANO: 1 .8 6 2 /1 8 7 1
T>BEU 1 .1 RECEITA

ANO N<? DE ENTRADAS N? DE MENSALI DADES

1862 26 1.686

1863 36 1.655

1 86 /i l>6 1.886

1865 28 1.800

1866 22 1.872

1867 36 1.811

1868 25 1.951

1869 40 1.809

1870 14 1.521

1871 - -

TOTAL 271 15.991


SOCIEDADE MONTE P I O DOS ARTISTAS ANO: 1 8 9 0 /1 8 9 9
TABELA 1.1- RECEITA

ANO N9 DE ENTRADAS N9 DE MENSALI DADES

1890 6 nada cons ta

1891 9 11

1892 21 (1

1893 60 11

1894 87 11

1895 «9 M

1896 37 11

1897 19 rr

1898 12 11

1899 5 r1

TOTAL 305
SOCIEDADE MONTE F I O DOS ARTISTAS A,NQ; ;a a a y ia o A
TABELA l . l : RECEITA

ANO N9 DE ENTRADAS N? DE MENSALI DADES

1900 3 nada consta


II
1901 2
tt
1902 -

•t
1903 -

1t
1904 -

11
1905 3
M
1906 2
tt
1907 3
«1
1906 -

tl
1909 1

TOTAL 16
SOCIEDADE MONTE P I O DOS ARTISTAS ANQ! lâiQ/iaia
TABELA 1 . 1 RECEITA

ANO N? DE ENTRADAS N? DE MENSALI DADES

1910 -
nada cons Ca.
II
1911 -

1912 - 11

II
1913 23

19U 10 u

5 11
1915

1916 1 11

2 11
1917

1918 -
t1
1919 1

TOTAL 42
SOCIEDADE HOKTE F I O DOS A R T fS IA S ANQ: l< L 2 a /lÍ3 a

TABELA 1 ; I RECSITA

A!>0 N9 DE ENTRADAS ■)A■ ■1^1

1920 1 n a c is coas

It
1921 1

1922 5
•1

r1
1923 2

- •1
192A

1925 U •‫י‬

1026 6
M
1927 3

1928 ft
••
I9?9 7

1930 2

Tp t a L
SOCIEDADE MONTE P I O DOS ARTISTAS
TABELA 1 . 2 - RECEITA
1852 - 1930 ANO 1 8 2 ‫צ‬ a 1861

ANO J OI AS PACAS/ s bci OS MENSALI DADES PAGAS/ SOCI OS


( VALOR EH MI L R E I S ) ( VALOR EM MI L R E I S )

1852 525$000 I06$000

1853 627$000 879)480

185A 337$000 974$110

1835 216$000 l.429$000

1056 243$000 1.797$000

1857 572$000 1.761$720

1858 760$000 2.33UOOO

1859 1.060^000 2 . 932$000

1860 300$000 2.8235000

1861 8ú0$000 3.553$000

TOTAL 5.280$000 18.5665310

Fonte: Livros de Reccica e De»pesn


SOCIEDADE MONTE P I O ‫־‬DOS ARTISTAS ANO: 1 8 6 2 /1 8 7 1
TABELA 1 . 2 RECEITA

ANO J OI AS PAGAS MENSALI DADES PAGAS

1862 5205000 3.629$000

1863 680)000 3.2805000

186& 920$000 4.0295000

1865 560$000 3.6585000

1866 ¿40$000 3.5365000

1867 720$000 3.5565000

1868 500$000 3.3595000

1869 800$000 3.0665000

1870 280$000 2.6915000

1871 - nada consta

TOTAL S.420$000 30.8005000


SOCIEDADE MONTE P IO ' DOS ARTISTAS ANO: 1 8 9 0 /1 8 9 9
TABELA 1 . 2 RECEITA

ANO J OI AS PACAS MENSALI DADES FACAS

1890 126$000 1735000

1891 189$000 2125000

1892 441$000 4335000

1893 7725000 6365000

189A 1.296$000 1.3615000

1895 624SOOO 1.64S5000

1896 A80$000 2.6695000

1897 2S6$000 2.A905000

1898 264$000 1.7645000

1899 1065000 1,5005000

TOTAL A.SS65000 12.8835000


SOCIEDADE MONTE P I O ‫ ׳‬DOS ARTISTAS AHO; 1900/1909

TABELA 1 . 2 RECEI TA

ANO J O l A S PACAS MENSALIDADES PAGAS

1900 66$000 1.163$000

1901 44$000 905?000

1902 - 883$000

1903 - 642$900

1904 - 438$000

1905 66$000 438$000

1906 44$000 522$000

1907 66$000 40S$000

1908 - 453$000

1909 22$000 322$000

TOTAL 308$000 6 . 171$900


SOCIEDADE MONTE P I O 'D O S ARTISTAS ANO; 1 9 1 0 /1 9 1 3

TABELA 1 . 2 RECEITA

ANO JO IA S PAGAS MENSALI DADES PACAS

1910 - 398$000

1911 - 267$000

1912 - 168$000

191‫ב‬ 316$000 657$000

191Í• 1‫ נ‬0$000 559Ç000

1915 6UOOO 420$000

1916 ! ‫ ו> • ״‬00 513$O O Q

1917 24$000 519Í000

1918 - A51$300

1919 1‫ נ‬$000 A8 4 $ 0 0 0

TOTAL 5575000 ¿. ¿>36$300


SOCIEDADE MONTE P I O ‫ ־‬DOS ARTISTAS ANO; 1 9 2 0 /1 5 3 0

TABELA ' 1 , 2 RECEITA

ANO JO IA S PACAS MENSALI DADES PAGAS

1920 24S000 384)000

1921 12$000 324)000

1922 1565000 515)000

1923 24$000 458)000

1924 - 307)000

1925 52)000 443)000

1926 72)000 427)000

1927 36$000 447)000

1920 96$000 433)000

1929 110$000 497)000

1930 24)000 483)000

TOTAL 606)000 4.718)000


SOCIEDADE MONTE PIO DOS ARTISTAS
TABELA 02 DESPESAS
1852 ‫ ־‬1930 ANO 1852 a 1861

N9 MÉDICO N9 N9 PENSÃO/ MOVIMENTO


ANO SOCORROS E ENTERRO EM DIVERSOS TOTAL
SOCORROS FARMÍCIA ENTERRO PENSÃO FAHlLIA BANCO

1852 . . . 1145000 1925060 3065060

1853 - - - - - - - 1:1 8 1 5 0 0 0 4295200 1:6105200

1854 2 U 75280 - - - - - 1:1275000 1005090 1:3745370


1855 5 129$882 1005000 6 1605000 13 2915760 1:3525240 1725660 2:2065542

1856 1 895530 1125340 2 605000 63 8015990 8775000 1715216 2:1125076

1857 1 70$015 1005000 ‫־‬ - 77 1:0315130 2:0375607 2155300 3:4545052

1858 1 A3$860 1085840 2 605000 83 1:0695320 3:4225000 8305480 5:5345500

1859 3 264$000 1145060 3 1005000 92 1:4725000 3:5725000 1:1525000 6:6745060

I8 6 0 91 82A$000 1935020 2 625840 103 1:6485000 2:3925 000 7:3435564 12:4635444

1661 A3 60ã$000 2235220 ‫נ‬ 1115160 135 2:2025000 2:5825 200 1:4545242 7:1605822

TOTAL 167 2 :1 7 6 $ 5 6 7 9515480 18 5545000 566 6:5165200 18:6575047 12:0605832 42:9165126

P o n te ; A rq u iv o d a S .M .P . d o s A. ■‫ ־‬L iv r o d e R eceiC a e D esp esa


SOCIEDADE MONTE PIO DOS ARTISTAS
TABELA 02 DESPESAS
1852 - 1930 ANO 1862 a 1871

N9 mE d ic o N9 N9 PENSÃO/ MOVDENTO
ANO SOCORROS ENTERROS DIVERSOS TOTAL
E EH
SOCORROS ENTERRO PENSÃO FAMlLIA
farmAc ia BANCO

1862 70 556$000 4 8 6 )3 4 0 5 2105500 191 3:0965180 _


2 :8 0 3 5 1 0 0 7:1525120

1863 47 376$000 2955760 4 1565500 228 3:7925000 - 1:5335984 6:1545244


186Ú 42 3365000 246*600 2 805000 263 4:2085000 - 1 :7 8 5 5 6 4 0 6:6 5 6 5 2 4 0
1865 29 2271190 3495520 6 2 4 05 0 0 0 294 4:6 9 8 5 6 6 0 3:6585000 4:0 2 8 5 0 6 2 13:2015432

1866 60 ¿96JOOO 2505360 6 2405000 305 4:9 8 5 5 6 0 0 8365980 2:4 1 1 5 7 8 2 9:2205722

1867 60 512$460 4695080 3 1205000 383 4:5765400 7925000 1:9325924 8:4025864

1868 25 197$810 4545656 6 2 4 05 0 0 0 439 5:2285000 - 1:5735470 7:6935936

1869 58 4655569 3405880 5 2005000 491 5:2095190 8075000 1:6545220 8:6765859

1870 53 2705330 1515220 3 1155000 430 4:3455030 - 9405400 5:8215980

1871 - - — — - - ■‫־‬ •

TOTAL ¡*UU 3 :4 3 7 5 3 5 9 3:0445416 40 1:6025000 3 .0 2 4 40:1395060 6}n‫׳‬n 5 ‘J8ü 181a&35582 72j.98Q?397


SOCIEDADE KONTE PIO DOS ARTISTAS
TABEU\ 02 DESPESAS
1852 - 1930 AÍSO 1890 a 1899

hEd ic o
N9 N9 N9 PENSÃO/ MOVIMENTO
ANO SOCORROS E ENTERROS EM TOTAL
DIVERSOS
SOCORROS FARltíCIA ENTERRO PENSÃO FAHlLIA BANCO

1890 2 18$320 . 2 80$000 154 78S$000 629$918 21651$020 ¿:164$2S S

1891 3 34$800 - 1 40$000 143 1:068$000 893$059 1:841$950 3:877$809

1892 - - - 2 80$000 149 1:225$000 ■ 479$410 3:462$940 5 :2 4 7 $ 3 5 0

1893 - - - - - 120 970?000 1 j 007$434 14:953$124 16;93 0 $ 5 5 8


1894 1 20$000 - 1 50$000 147 1:301$000 1:263$500 7:590$206 10:224$706

189S 56 891$550 - 2 100$000 102 960$000 1:0 5 2 $ 1 0 0 1:454$352 4:458S 002

1896 87 1:636$000 - 9 450$000 160 1 :2 9 0 Í0 0 0 2:3 6 0 $ 1 0 0 4:339$439 10:075$539

1897 43 1 :I2 7 $ 4 8 0 - 6 300$000 211 2:270$000 - 18:849$618 22:54 7 $ 0 9 8

1898 65 1:265$120 - 5 250$000 262 2:670$000 - 5:504$034 9:6 8 9 $ 1 5 4


1899 53 967$580 - 7 275$000 239 2:4 5 0 $ 0 0 0 — 7:414$452 11:10 7 $ 0 3 2

TOTAL 310 5:9 6 0 5 8 5 0 - 35 1 :6 2 5 $ 0 0 0 1.697 14:989$000 7:685$521 6 8 :0 6 l$ 1 3 5 9 8 :3 0 1 $ 5 0 6


SOCIEDAPt «QNTE ? 1 0 M S ARTISTAS
TABELA 02 DESPESAS
1852 - 1930 AMO 1900 a 1909

N9 mEd ic o MOVIMENTO
m N9 PENSÃO/ TOTAL
ANO SOCORROS E ENTERROS EM DIVERSOS
SOCORROS PENSÃO FAMILIA
ENTERRO
FARMÍCIA BANCO

1900 19 ‫ נ‬67 « ‫ כ‬60 _ 2 125$000 210 2 !s 10$000 _


1:1535231 4:1555591

1901 39 740$100 - 6 2755000 117 1:0405000 •• 8475550 2:9 0 2 5 9 5 5


1902 18 2851200 - 9 3585000 133 1:0655000 - 7935610 2 :5 0 1 5 8 1 0

1903 20 388$8¿0 - 5 2505000 62 7355000 - 7305240 2:1 0 4 5 0 8 0


190-ü 21 3725500 - 8 3505000 49 4905000 - 1:1945860 2:4 0 7 5 3 6 0
1905 35 5 9 7 Í2 6 0 - 4 1755000 202 1:1905000 2:0005000 1:6715290 6:4 3 3 5 5 5 0
1906 38 665$000 - 1 S05000 50 5955000 - 9995000 2:3 0 9 5 0 0 0
1907 12 227$800 - U 1255000 119 1:2855000 - 7655290 2:4 0 3 5 0 9 0

1908 12 188$000 - 3 1005000 68 9725000 - 6885700 1:9 4 8 5 7 0 0


1909 13 2A0$000 — 1 505000 91 1:0805000 — 6Q65100 2:0 6 6 5 1 0 0

TOTAL 227 6:0 7 2 $ 0 6 0 - 43 1:8585000 l. lOl 11:7625000 2:0 0 0 5 0 0 0 9:5405176 29:23 2 5 2 3 6


SOCIEÜADE MONTE PIO DOS ARTISTAS
TABELA 02 DESPESAS
1852 - 1930 ANO 1910 a 1919

N9 MEDICO N9 N9 PENSÃO/ MOVn-ENTO


ANO SOCORROS ENTERROS TOTAL
E EH DIVERSOS
SOCORROS ENTERRO PENSÃO FAMILIA
farmS c ia BANCO

1910 8 1 a 6$ooo 12 100$000 81 820$000 1:114$400 2:180$400


m i 11 220$000 - 3 125$000 88 89OS000 - 988$980 2:223$980

1912 - - - 2 100$000 US 480$000 - 837$920 1:417$920

1913 10 190$000 - 1 S0$000 62 630$000 - 712$670 1:582S670

19U 2i 670S000 - 2 75$000 51 5505000 - 2:218$700 3:313$700

1915 U 250$000 - 2 lOOÍOOO 216 740$000 - 562$800 1:652$800

1916 28 538$000 - 4 200$000 U2 420$000 - 1;186$600 2 :3 3 4 $ 6 0 0

1917 25 355$000 - 6 2755000 45 470$000 - 2 :4 s0 $ 8 0 0 3 :5 5 0 5 8 0 0

1918 12 260$000 - 5 250$000 38 380$000 - 4:06A $400 4:9 5 4 5 4 0 0

1919 13 2601000 - e, 175ÍOOO 45 510$000 — 1:263$700 2:2085700

TOTAL U5 2 :6 8 9 $ 0 0 0 - 31 1:450$000 716 5:8 9 0 $ 0 0 0 - 15:390$970 2 5 :4 195970


SOCIEDADE MONTE PIO DOS ARTISTAS
TABELA 02 DESPESAS
1852 ‫ ־‬1930 ANO 1920 a 1930

N9 MEDICO N9 N9 PENSSO/ MOVIMENTO


ANO SOCORROS ENTERROS DIVERSOS TOTAL
SOCORROS E ENTERRO PENSÃO FAHiLIA EM
farmXc ia BANCO

2 lOOÍOOO 58 5805000 . 5415500 ls3 9 1 $ 5 0 0


1920 10 170$000
1921 17 3A0$000 - - - 60 6305000 - 2;596$300 3:5 6 6 5 3 0 0

1922 30 580$000 ‫־‬ 1 50$000 61 6105000 - 2:0155500 3:2 5 5 5 5 0 0

1923 5 96$000 - 3 150$000 71 7205000 - 9755900 1:9 4 1 5 9 0 0

1926 17 318S000 - 2 lOOSOOO 73 770S000 - 1:0655500 2:2 5 3 5 5 0 0

1925 15 283$¿00 - 3 1255000 89 9405000 - 1:7975700 3:1 4 6 5 1 0 0

1926 3 60$000 - 3 125$000 85 8905000 - 1:7535700 2 :8 2 8 5 7 0 0

1927 - - - 2 1U $ 0 0 0 56 5605000 1:9 0 0 5 0 0 0 1:8945700 4:4 6 8 5 7 0 0

1928 - - - 1 505000 48 4605000 - 3:9835900 4:4 9 3 5 9 0 0

1929 - - 1 505000 63 5005000 - 5:0955700 5 :6 4 5 5 7 0 0

1930 1 35$000 - 3 1505000 31 3105000 — 2:9025600 3 :3 9 7 5 6 0 0

TOTAL 98 1:882$<:>00 - 21 l:0 u 5 0 0 0 695 6:9705000 1:900$000 24!623$000 36:38 9 5 4 0 0


SOCIEDADE MONTE P I O DOS ARTISTAS
TABELA 2 . 1 . DESPESAS
1852 - 1930 ANO 1852 a 1861

ANO N9 DE SOCIOS SOCORRIDOS N<? DE SOCIOS P E NS I ONI S T AS N? DE ENTERROS

1852
.

1853 - - -

1854 2 - -

1855 5 13 6
1856 1 63 2
1857 1 77 -

1858 1 83 2
1859 3 92 3
1860 91 103 2
1861 43 135 3

TOTAL 147 566 18

FONTE: A rq u iv o da S .M .P. dos A. - L iv ro de R e c e ita c D esposa


S ociedade MONTfc: p i o dos artistas AMO: 1 8 6 2 /1 8 7 1
TABELA 2 . 1 DESPESA

ANO N9 DE SOCIOS s o c o r r i d o s N9 DE SOCI OS PEKSI ONI STAS N9 DE ENTERROS

1862 70 191 5
1863 47 228 4
1864 42 263 2
1865 29 294 6
1866 60 305 6
1867 • 60 383 3
X8 6 8 25 439 6
1869 • 58 491 5
1870 53 430 ‫ב‬
1871 nada consta

TOTAL 444 3.024 40


SOCIEDADE HONTE P I O DOS ARTISTAS ANO: 1 8 9 0 /1 6 9 9

TABELA 2 . 1 . DESPESA

ANO N9 DE SOCIOS SOCORRI DOS N9 DE SOCI OS PENSI ONI S TAS N9 DE ENTERROS

1890 2 154 2
1891 3 143 1
1692 - 149 2

1893 - 120 -

1894 1 147 1

1895 56 102 2
1896 87 160 9

1897 43 211 6

1896 65 262 5
1899 53 239 7

TOTAL 310 1.687 35


SOCIEDADE MONTE P I O DOS ARTISTAS ANO: 1 9 0 0 /1 9 0 9

TABELA 2 . 1 . DESPESA

ANO N9 DE SOCIOS SOCORRIDOS N9 DE SOCIOS PE N SIO N IST A S N9 DE ENTERROS

1900 19 210 2

1901 39 117 6
1902 18 133 9

1903 20 62 5
1904 21 49 8
1905 35 202 4

1906 38 50 1

1907 12 119 4
1908 12 68 3

1909 13 91 1

TOTAL 227 1 .1 0 1 43
ANO: 1 9 1 0 /1 9 1 9
sociedade m onte pio dos artistas
DESPESA
TABELA 2 . 1 .

ANO N9 DE SO CIO S SOCORRIDOS N9 DE SOCI OS PENSI ONI S TAS N9 DE ENTERROS

1910 6 81 2
1911 11 88 3
1912 48 2
1913 10 62 1
1914 lU 51 2
1915 u 216 2
1916 28 42 4
1917 25 45 6
1918 12 38 5
1919 13 45 4

TOTAL 1¿5 716 31


SOCIEDADE MONTE P I O DOS ARTISTAS ANO: 1 9 2 0 /1 9 3 0

TABELA 2 . 1 . DESPESA

ANO N9 DE SOCI OS SOCORRIDOS N9 DE SOCIOS PENSI ONI S TAS N? DE ENTERROS

1920 10 58 2
1921 17 60 -
1922 30 61 1
1923 5 71 3
1424 17 73
1925 15 89 3
1926 3 85 3
1927 - 56
1928 - 46 l
1929 - 63 1
193Q l 31 3

TOTAL 98 69 5 21
SOCIEDADE MONTE P I O DOS ARTISTAS ANO: 1 8 5 2 /1 8 6 1
TABELA 2 : 2 . - DESPESAS
1852 - 1930

SOCORROS PAGOS ENTERROS PAGOS PENSÕES PACAS


ANO
VALOR EM M IL REI S VALOR EM MI L REI S VALOR EM MI L REI S

_
1852
1853 - - -

1856 U7$280 - -

1855 129$882 160$000 291$760

L856 89$530 60$000 801$990


1857 70$015 - 1.031$130

1858 43$860 60$000 1 .069$320

1859 26¿$000 100$000 1.672$000

1860 824$000 62$840 1.646$000


1861 6081000 111$160 2 .202$000

TOTAL 2.176$567 554$000 8.516$200

f ONTE: Arquivo da S . M. P . dos A. ‫־‬ Livro de Receita e Despesa


SOCIEDADE MONTE P I O DOS ARTISTAS ANO: 1 8 6 2 /1 8 7 1

TABELA 2'. 2 . DESPESA

SOCORROS PACOS ENTERROS PAGOS PENSÕES FAGAS


ANO
VALOR EM H I L REI S VALOR EH MI L REI S VALOR EM MIL RE I S

1862 556$000 2 1 Q$ 5 O0 3.096$180

186‫נ‬ ‫ כ‬76$000 156$500 3.7925000

1864 336$000 80$000 4.208$000

1865 227$190 240$000 4 .698$660

1866 496$000 240$000 4 .985$600

1867 512$460 120$000 4 .576$400

1S68 197$810 240$000 5.228$000

1869 465$569 200$000 5 .2095190

1870 270$330 115$000 4 .365$030

1871

TOTAL 3.437$359 1.602$000 4 0 . 139$060


SOCIEDADE MONTE P I O DOS ARTISTAS ANO: 1890/1899

TABELA 2 . 2 . DESPESA

SOCORROS PAGOS ENTERROS PAGOS PENSÕES FAGAS


ANO
VALOR EM MI L RE I S VALOR EM MI L REI S VALOR EM MI L RE I S

1690 18*320 80)000 7651000


1891 3A$600 40$000 1.0685000

1892 - 80$000 1.2255000

1893 - - 9705000

1894 20$000 505000 1.3015000

1895 891$550 1005000 9605000

1896 1.636$000 4505000 1.2905000

1897 1.127$480 3005000 2.27Q5000

1898 1.265$120 2505000 2.6705000

1899 9675580 2755000 2.4505000

TOTAL 5.960$850 1 .6255000 14 . 9 8 9 5 0 0 0


SOCIEDADE MONTE PI O DOS ARTI STAS ANO: L900/1909

TABELA 2 . 2 . DESPESA

SOCORROS PAGOS ENTERROS PAGOS PENSÕES FACAS


ANO VALOR EM MI L REI S VALOR EM MI L REI S
VALOR EH H I L REI S

1900 367$360 12S$000 2.510(000

1901 740n00 2 7 5 Í OOO I.040$000

1902 285$200 358$000 l.063$000

1903 388$840 2S0S000 735$000

1904 372$500 350$000 490$000

1905 S97$260 175$000 1.990$000

1906 66S$000 505000 595$000

1907 227$800 125$000 1.28S$000

1908 188$000 lOOÍOOO 972$000

1909 240$000 SOfOOO 1 .080$000

TOTAL 4 .072$060 l.6S8$000 1I.762ÍOOO


SOCIEDADE MONTE P I O DOS ARTISTAS ANO; 1910/1919
TABELA 2.-2 DESPESA

SOCORROS PAGOS ENTERROS PAGOS PENSÕES PAGAS


ANO
VALOR EM MI L REI S VALOR EM MI L REI S VALOR EM MI L RE I S

1910 1Ú6IOOO 100$000 820)000


1911 220$000 1251000 890$000

1912 - 100$000 A80$000

1913 190$000 50$000 630$000

19U A70$000 75$000 S50$000

1915 2s0$000 100$000 7A0$000

1916 5 ‫ נ‬8$000 200$000 420$000

1917 355$000 275$000 470$000

1918 260$000 250$000 380$000

1919 260$000 175$000 510$000

TOTAL 2.689$000 I.¿.50$000 5.890ÍOOO


SOCIEDADE MONTE P I O DOS ARTISTAS ANO: 1920/193Q

TABELA 2 2 .‫־‬. DESPESA

SOCORROS PACOS ENTERROS PAGOS PENSÕES PAGAS


ANO
VALOR EM MI L REI S VALOR EM MI L RE I S VALOR EM MI L R E I S

1920 170$000 100$000 sso«ooo

1921 340$000 - 630$000

1922 S80$000 50$00a 610$000

1923 96$000 1505000 720Í000

1924 318$000 100$000 770$000

1925 283$AOO 125$000 940$000

1926 60$000 125S000 89O$0Q0

1927 - 114$000 560$000

1928 - 50$000 460$000

1929 - 50$000 500$000

1930 3S$000 150$000 310$000

TOTAL 1.882$400 l.OUfOOO 6.970$000


SOCIEDADE MONTE P I O DOS ARTISTAS
TABELA 03
1652-1930 ANO 1 8 5 2 a 1661

ANO RECEI TA DESPESA

1852 63UOOO 306$060


1853 1 .379$990 1.610^200
1654 2.24U366 1.374J370
1855 3.079$960 2.206$542
1656 3.315$960 2.112$076
1857 4.46A$227 3.4545052
1858 9 .612$010 5.534$500
1859 10.9AA$400 6.674$060
1860 11.275$433 12.463$444
1861 9.565$929 7.1805822

TOTAL 56.510?275 42.9165126

FONTE: Arquivo da S.M.P. dos A. ‫־‬ Livro de R e c e i t a e Despesa


SOCIEDADE -MONTE P I C DOS ARTI STAS. ANO 1862/1871

TABELA03

■NO RECEI TA DESPESA

• 362 7.677$67: 7.152$120


186‫נ‬ 5.897$153 6.1S4$244
1864 7.559$482 6.656$240
1865 13.267$266 13.201$432
1866 9.519$404 9.220$722
1867 8.970$630 8.402$864
1868 7.031$122 7.693$936
1869 8.749$911 8.676)859
1870 6 . 720$657 5.821Í980
1871 nada con&ta

TOTAL 75.373$300 72.980$397


ANO 1890/1899
SOCIEDADE' MONir P I O DOS ARTI STAS
TABELA 03

ANO DESPESA RECEI TA

. <i90 ¿.16ú$2S8 4.174$258


1801 3.877SBQ9 ‫ נ‬. 8 7 7 ) 279

1692 5.247$350 5.155$990

1893 16.930Í558 19.3325824

1894 10.224$706 10.705$828

1895 4.458$002 10.992$500


10.075$539 7.936$818

1 )‫ל‬97 22. ‫צ‬ 98 5.747$123

1898 9.689.^134 5.297J996

1899 11.107$032 4 .646^520

TOTAL 98.30I$S06 77.867$1‫ נ‬6


S0C1£DAD€ HONT£ P I O ‫ ׳‬DOS ARTTSTAS ANO 1900/1909
TABELA 03

ANO RECEI TA DESFESA

1900 5.113$879 4.1551591


1901 2.9S6$189 2.902$955
1902 3.134$416 2.501$810
1903 3.250$420 •2.104$080
1904 3.517J900 2 . 4 0 7 $ ‫ נ‬60
1905 9.994$280 6.4335550
1906 2.375$280 2.309$000

1907 3.182(210 2 .403)090


1908 3.350$820 1.9485700
1909 4 .390$520 2.066$100

TOTAL 41.26S$914 29.232$236


SOCIEDADE HOMTE P I O ‫־‬DOS ARTISTAS ANO i a i O / 1 9 1 9
TABELA 0 ‫נ‬

ANO RECEI TA DbSPESA

1910 8.285$520 2.180$400


1911 8.668$AOO 2 . 2 ‫ נ ג‬$960
1912 2.315?920 1.417$920
1913 10.A54$990 1.582$670
19U U . 947$700 3.313$700
1915 9 1 .‫ נ‬U 4 0 0 1.652$800
1916 7.065$600 2.334$600
1917 &.826$300 3.550$800
1916 l.S03$100 4.9S4$400 '
1919 2.543$600 2.208$700

TOTAL 64.322$530 2 5 . 4 1 9 ‫ ג>ז‬70


SOCIEDADE MONTE P Í O DOS ARTI STAS ANO 1 9 2 0 / 1 9 3 0

TABELA 0 3 ‫־‬

ANO RECEI TA DESPESA

20 8.193^900 1.39U500
1921 6.&0&$100 3. 5661300
1922 A.348$300 3.255$500
1923 A.782$300 ' 1 .941$900
1924 5.6265779 2.2535500

1925 9.845$66& 3.1465100


1926 6.345$267 2.828$700

1927 9.0SO$06A 4.4685700


1928 15.256$424 4 .4935900

1929 24 . 0 2 1 n 2 4 5.6455700

1930 15.779Í004 3.3975600

TOTAL 109.652)926 36,3895400


‫ ־‬I15 ‫־‬

NOTAS

1. LIVRO de A c t a do C o n s e l h o D i r e t ó r i o - 1853/6¿! - A r q u i v o d a S o c i e d a d e >fan-


t e P i o dos A r t i s t a s . S e s s ã o o r d i n á r i a 26 de a g o s t o 1 8 5 5 . f l . 5S.

2. . 11 de ‫ ה » נ‬. de 1911 f l . 119.

3. ESTAIUTO d.i S o c i e d a d e Mont e P i o d os A r t i s t a s . B a h i a , Ty p . d a J u s t i ç a , '


18 53. T í t u l o VI , a r t . 4 4 . ( B i b l i o t e c a N a c i o n a l do R i o d e J a n e i r o )

4. Doc. c i c i n ( 1) s e s s ã o o r d i n á r i a 18 d e j u l . d e 1853 f l . 14.

5. Doc• c i t . i n ( 1 ) . s c s s a o o r d i n á r i a 4 de o u t . de 1857 f l . 110.

6. Doc. c i t i n ( 1 ) 1 8 8 0 - 1 8 8 6 . s e s s ã o o r d i n á r i a 8 d e j u n . d e 1 8 8 4 . £ 1 . 86.

7. COLLEÇÃO d a s l e i s e r e s o l u ç ã o d a A s s e a b l é i a L e g i s l a t i v a e r e g u l a n t e n t o s do
Gover no d a P r o v í n c i a d a B a h i a , s a n c i o n a d a s e p u b l i c a d a s no a nn o de 1 858 .
B a h i a , T y p . C o n s t i t u c i o n a l , 1 8 5 8 . v o l . 11 p . 2 3 .

8. LIVRO de r e c e i t a e d e s p e s a 1 8 6 1 - 6 4 . A r q u i v o d a S o c i e d a d e Mont e Pio dos Ar -


t i s t a s . fl. 201 V.

9. Doc. c i t . i n ( 8 ) 1 8 6 7 - 1 8 7 1 f l . 2 l .
(OBS. Ta x a que o s s ó c i o s p a ga v a m p a r a m a n u t e n ç a o do c e m i t e r i o )

10. Doc. c i t . i n (8) f 1. 55v.

11 . Doc. c i t . i n (8) 1852-56. f l . 36 e 4 3 .

12 . Doc. c i t . i n (1) 1 8 6 5 - 7 7 . s e s s ã o o r d i n a r i a , 13 de j u n . 1 8 6 9 . f l . 73.


- 116 -

13. Doc. c i t . i n ( 1 2 ) s e s s i o o r d i a l r l a 2 de j u n . 1867 f l . 2 7 v .

14 . Doc . c i t . i n ( I ) s e s s a o o r d i n á r i a 1 de mai o 1863 f l • 301.

15• Doc . c i t i n ( 1 2 ) s e s s i o o r d i n a r i a 10 d e j u o . 1 669 . f l . 6 3 v e 64•

16 . Doc . c i t i n ( 8 ) 1864-67• f l . 8.

17. Doc . c i c . i n ( 1 ) . s e s s i o o r d i n á r i a 2 d e d e z . 18SS. f l • 6 3•

18. Doc. c i t . i n ( 8 ) . 1 8 5 2 - 6 1 . f l . 57•

19. Doc. c i t . i n (18) f l . 15 2 .

20. Doc. c i c . i n ( 8 ) f l . 131.

21• Doc• c i c . i n ( 1 ) 1 8 8 6 - 1 9 1 2 • s e s s a o o r d i n á r i a 3 de ago.1890. f l . 2 4 .

22. Doc. c i t . i n (2 0 • sess ao o r d i n á r i a 3 dez. 1893. £ 1 . 3 9 •

23• Doc. c i t i n ( 2 2 ) s e s s ã o o r d i n á r i a 22 de j a n . 1903 f l . 9 9 .

24. Doc. c i t . i n ( 1 8 ) . £ 1 . 5 4 .

25. Doc. c i c . i n ( 1 8 ) . £1• 91

26. Doc . c i t . i n . ( 2 1 ) . s e s s a o o r d i n á r i a em 1 3 / 0 3 / 1 9 1 1 f l . 118 v.

27. Doc. c i t . i n . ( 1 ) . 1 9 2 1 - 1 9 2 8 . s e s s a o o r d i n á r i a ecn 0 8 / 0 5 / 1 9 2 1 . f l . 2.


- n 7 -

CONCLUSÃO

Ha p r o p o s t a original da nossa pesquisa, levan-


tãvamos algumas hipóteses de trabalho.

Acaso representou a Sociedade Monte‫ ־‬Pio dos Ar


tístas un moaenco significativo para estabelecer vínculos so~
lidãrios entre 08 trabalhadores " l i v r e s ‫ 'י‬d e Salvador, a par-
tir da segunda metade do século XI X?

O r i g i n a n d o * ‫־‬s e e nantendo-se como entidade fun-


daaentalnente as s i s t e n c i a l , teria, a par da positiva m obiliz¿
çao de algumas categorias de trabalhadores urbanos, retarda ~
do, sob outro aspecto, a descoberta crítica dos verdadeiros ‫י‬
obstáculos ao equacionamento correto de seus problem as, sedi-
mentados na estrutura sõcio-econõm ica?

Em r e f o r ç o consequente da probabilidade ante -


rior, nao foi ela ua instrum ento de composição e com prom isso’
entre a camada em ergente de trabalhadores "livres" e « classe
dominante ciosa de m anter 0 controle sobre aqueles, ainda nao
conscientes da necessidade em d e s v i n c u l a r ‫ ־‬s e do b ra n c o -se n h o r?

Ao t e r m i n o deste itin erário de estudo e pes ‫־‬


quisa, chegamos a conclusão de que as questões eram pertinen‫־‬
tes, mesmo tendo em c o n t a as varias lim itações que por certo,
o pioneirism o do estudo apresenta, alem das que ficam debita-
das ã ;itinerante.

Pelo que estudam os, nao padece duvidas, foi a


Sociedade um f a t o r de uniao entre algumas categorias profi¿
sionais bem d e f i n i d a s . Alcançou uma c o n v e r g ê n c i a de esforços'
e orientou a defesa de direitos prim ários que terminam reco -
nhecidos dentro d e uma ordem social ainda escravocrata.

Nesta fase proto-histórica da m o b iliz a ç a o dos


trabalhadores urbanos entre nós, a condição quase exclusiva '
de associados autônomos ( t r a b a l liadores por conta propria), de
termina u ma p r i o r i d a d e , praticam ente exclusiva, para com os
interesses p rev id en ciarios . Npccssidade im ediata de criar con
diçÕes assistenciais, em f a c e da insegurança individual e
fam iliar que esta nova situaçao de trabalho deixava em a b e r t o .
- 118 -

Xquâla alcura era u ma m i r a g e m qualquer reguLaneataçao aC uali-


zada para este regime de trabalho e, em c o a s e q u e n c i a , proce -
ção ao inválido por acidente profissional, velhice, etc.

Embora existindo um e s f o r ç o em a r t i c u l a r cate~


gerias diversas, poréta m i n o r i t a r i a s , como e x p e d i e n t e para f 0£
talecer a entidade, inexistem condiçoes de trabalho que esti—
mulem uma linha de atuaçao reivindicatõria na defesa do prõ
prio exercício profissional e do produto dele resultante. A
Sociedade agoniza nos dias que correm, porque de ha m uito per
deu sua razão de ser no ãnbito dos instrum entos associativos’
dos trabalhadores que um n o v o m o m e n t o histórico abriu, na ten
tativa de com patibilizar capital e trabalho. £ hoje sua sede
um l o c a l de encontro para os que teimam em a a o cerrar suas
portas .

Desde as origens a b r i g o u ‫ ־‬se a sombra paterna -


lista do E s t a d o e recorreu 3^ ' ‫י‬ luzes" da classe dirigente
honra e reconhecim ento sempre desejados, o que indica a difi-
culdade em d e s v i n c u l a r ‫ ־‬s e da tutela dos que sempre estabelece
ram com e x c l u s i v i d a d e as regras da convivencia social.

A Sociedade M onte-Pio dos A rtistas reflete a


época que lhe deu origem . SÕ a s s i m podemos compreender a Cun
çao positiva, porem liraitada e, ate certo ponto, contradito -
ria que ela representou, bem como suas congêneres, entre al~
gumas " e l i t e s ‫ יי‬d e trabalhadores nesta cidade do Salvador.
A N E X O S
Cat. da E x p . de H istória do B rasil

13803 ‫־‬ E statutos da Sociedade Monte Fio dos A rtistas


Bahía, Typ. da Justiça, 1653, in-89
Exp.: S.M. o Im perador.
- 119 -

ESTATUTOS DA SOCI EDADE MONTE P I O DOS A R T I S T AS

TÍTULO 19

Da Sociedade e seos fins

A rtigo 19 - A Sociedade ‫ ־‬MONTE P I O DOS A R T I S T A S , -insta^


rada na Cidade da B a h í a , sobre 06 auspicios e proteção de
S.M .I. o Senhor D. Pedro II, e d o E x c e 11 e n t i s s i m o Governo da
Provincia, no dia 2 de fevereiro de 18S3, tem por fin ‫־‬ ajun ~
tar uta c a p i t a l adquirido por neio de jolas, prestações oensaes
e donativos, que será empregado nos beneficios, e justos fins
de soccorrer os Associados, conforme o disposco nos presentes‫י‬
E statutos .

A rt. 29 - A Assembles Ceral dos A ssociados, elege d 'en -


tre si, un presidente, un v i ce~pr es iden t e , dous s e c r e t a r i o s , uai
thesoureiro, un v i s i t a d o r geral, e um a r c h i v i s t a ou zelador ,
que, a l en■ d a s attribuiçoes a cada un conferidas, forman coa
cinco aeabros da conn'issao adjunta, igualm ente eleitos, un
conselho ad n in i8t i a t i v o , ao qual he confiada a regencia da
Associ a ç a o .

A rt, 39 - A superior fiscalização dos negocios inherentes


i Sociedade, he esercida pela Assem blia G eral.

TÍTULO 29

Dos Membros da Sociedade, e seO» d e v e r e s

A rt. A9 - A' esta Associação pode pertencer qualquer cid¿


dão B rasileiro de boa conducta,e reconhecida probidade, con
tanto que não seja menor de dezoito, nen maior de cincoenta '
annos.

A rt. 59 ‫־‬ são considerados socios effectivos, todos os íq

dividuos que tiverem a profissão de qualquer arte.


‫־‬ ‫ נ‬20 ‫־‬

i Onico - Sao designados socios honorarios. Codos 06 ind¿


viduos que nao forera artistas, nos quaes concorram as qualida-
des de que, por sna alta posição, possaa ser ú til ao ‫־‬ Monte '
Pío ‫־‬ nao so con suas luzes, c o mo tanben por seos actos de
p h i 1ant r o p i a , e nao serao obrigados a pagar entradas e nensali
dades: com t u d o , no acto de sus inscripçao poderao assignar v¿
l u n t a r i amente quaesquer quantias à beneficio das viuvas e or-
faas, à quen a Sociedade tere de ^oiicorrer tambem não serão one^
rados coa os cargos da Sociedade: porem não se poderao excusar
de acceitar as altas conmi8sões para as quaes a A ssociaçao os
julgar dignos; assin coao Ihes he lic ito propor en Assenblea '
Geral loedidas uteis ao - Monte Fio ‫ ־‬mas nao terao direitos a
soccorros .

Art. 6 9 - 0 numero dos socios be illim itado.

Art. 79 0.6 ‫ ״־‬c a r g o s ds adainistração são servidos gratui-


lam ente.

Art. 89 - A adm issão dos socios será feita por proposta '
de qualquer socio ao 19 secretario, que a subnettera a approv¿
ção do conselho adm inistrativo, devendo ella ser assignada pe‫־‬
1o p r o p o n e n t e .

S Cnico -‫י‬- A a p p r o v a ç a o do socio sera feita por escrutinio


secreto, e ur na v e z re.geitada, nao podera ser novamente propose
to n o mesmo anno.

Art. 99 - 0 19 secretario participará 80 candidato appro*■


vado a sua nomeação, c o n v idando~o à assignar termo de adm issao,
ao qual conste expressam ente que se sujeita aos Estatutos e de
liberações legaes da Sociedade.

A rt. 1 0 ** A o s socios curaprei


S 19 *‫ ־‬P a g a r a joia de 5^000 por sua entrada, e a quota '
mensal de 1$000, bem como as m ultas e indem nisaçoes em q u e in**
correrem, no prazo de trinta dias.
S 29 - He livre a qualquer socio, o poder inscrever-se p£
lo dobro, ou m e t a d e da quantia de m e n s a l i d a d e s estipulada no
§ acima.
$ 39 T A cceitar, e bci s servir 06 cargos para que cada qual
for eleito, salvo escuza legitim a, e devidamente acceita.
- 121 -

§ 49 ‫־‬ Fortai-se co id toda decencia, e conm edinento na ca-


6a d a Sociedade; respeitar aos seos funccionãrios, e obede-
cer‫ ־‬lhes no exercicio de suas funcçoes:
S 59 ‫־‬ A ssistir ao6 enterros de seos Consocios.

Árt. 11 - Perden 06 direitos de socios:


§ 17 - Aquelles que recuzarem acceicar os cargos para que
tenbaio sido eleitos, sea motivo justificado.
§ 29 - Os que deixarem de pagar suas quotas, m ultas, e in
demnisações no p r a z o de trez mezas seguidos.
§ 39 - Aquelles que se Ihe provar ter extraviado alguma ‫י‬
couza pertencente a Sociedade.
§ A9 - Os que na salla das sessões, ou no acto d ’e lla s '
provocar, ou insultar com p a l a v r a s , e vias de facto a qualquer
dos Associados.

Art. 12 Os s o c i o s demittidos perdem o direito aos benef^


cios que a Sociedade ITies podcõa m i n i s t r a r , mas nao ficam des¿
brigados do que estiverem devendo ate a data de sua denissao.

A rt. 13 - Cnmpre ao socio apresentar, no principio de ca-


da anno, seu diploiaa para ser rubricado.

Art. - He d e v e r de todo o associado zelar os ínteres ~


ses do - Monte Pio - procurando augm entar o numero de socios ,
participar com v e r d a d e qualquer couza que prejudique os seos
interesses, b e m c o mo contribuir com seos conhecimentos no que
tenda ao bem, e prosperidade da Sociedade.
§ Ünico ‫־‬ são considerados socios benem eritos, todo aque^^
le que admictir dez socios no - Monte Pio ‫ ־־‬o s quaes poderão '
uzar d e um d i s t i s c t i v o que o conselho designar.

A rt. 15 - He d o restricto dever de cada socio comparecer'


nas reuniões da Asseroblca Geral e votar na eleição geral.
5 Unico - 0 socio que não cum prir exactam ente o artigo ‫י‬
acim a, e no prazo de oito dias nao ju stific a r a sua falta, in-
correra na m u lta de 2$000,

TTTULO 3 9

Ca A s s e m b l é a Geral

A rt. 16 - A A sseoblêa Geral da Sociedade ‫ ־‬Monte Pio dos


‫־‬ 122 -

À rtisCaa, - he a reunião de seos Membcos avizados pelo meló


mals convenieate, e considera-ae constituida quando se acharen
presences vinCe e cinco socios; não se reunindo porem esCe nú-
mero, terS enCao lugar no d o m i n g o seguinte coa aquelles socios
que se acharem na salla, tendo-ae feiCo antes novo aviso.

ArC. 17 - A Assem&léa Geral se reunirá ordinariam ente ‫י‬


quatro vezes no anno, de Crez em C r e z m e s e s , nos dlas que o
conselho A dm inistrativo indicar, podendo haver extraordinarias
reuniões quando as circunstancias as exigirem .
$ uaico ‫־‬ Reputão-se circunstancias extraordinarias aque^
las m otivadas em r e q u e r i m e n t o assignado por vinte e cinco So-
cios, 0A4 d e l i b e r a ç ã o do conselho.

A rt. 18 - Nas Sessões da Assemfiléa Geral nenhum Socio uz¿


rã da palavra m ais de duas vezes sobre a m ateria em d i s c u s s ã o ,
salvo se Cor signatario de proposta, ou indicaçao, e quizer ejt
plicar-se. Logo que a casa julgue a_nateria ventillad a encer -
r a ‫־־‬s e —h á . a discussão.

A rt. 19 He d a attribuição da Assem bles Ceral:


§ 1? - Proceder a Eleição do conselho A dm inistrativo.
$ 29 - Eleger as conraissÕes revisoras de contas e a que
tiver de examinar as Caltas de algum Socio.
S 39 - D em ittiros Membros da adm inistração, e osCiuiccion¿
rios dos cargos que exercerem , quando bem o s nao cum prir, e
excluir do seio da Sociedade a todos os Socios que tenhao in -
corrido nas penas decretadas nestes E statutos, a v 1 sand0~08 pr e^
viam ente para sua intelIigencia.
S A9 - A cceitar a exoneração das pessoas que compoem a
A dm inistraçao.
$ 59 ‫־‬ Examinar os relatorios, e actos do concelho, manter
fiel observancia destes Estatuto» e Resoluçoes legaes, procu-
rando por meio de m edidas justas, e adequadas, a prosperidade'
da Associaçao.

TtTULO 49

Do c o n s e l h o A dm inistrat^o

A rt, 20 • 0 ‫ ־‬conselho A dm inistrativo da Sociedade - Monte


- 123 -
Pio dos A rtistas, ‫־‬ be composto dos treze Socios indicados no
ArC. 29, eleitos aaaualm ânte pela Assembléa Geral dos Associa»
dos, por escrurinio secreto a pluralidade de v o t o s , su££ragiaa
do cada Socio em t r e z e pássoaa com d e s i g n a ç ã o dos cargos.

A rt. 21 - Os Meabros da A d m in is tra ç ã o podem ser reeleitos,


mas não abrigados a accoltar: devendo ser sufistituidos pelos '
immediatos em v o t o s «

A rt. 2 2 — 0 Presidente, V ice-Presidente e Secretarios pr^


vados por qualquer m otivo de exercerem suas funcçoes, serao ‫י‬
substituidos pelos mais Hem&ros do conselho, conforme a ordem
da vo t a ç a o .

A rt. 23 O Thesoureixo, Recebedor, V isitador G eral, e


mais Hembros da comissao adjunta, e o A rchivista ou Z e l a d o r , em
idénticos casos, serão suSsticuidos pelos immediatos em v o t o s :
mas, dando-se o caso de absoluto impedimento, far-se-ha nova
Eleição para preencher-se a vacancia ate a epocba marcada para
as Eleições Ceraes.

A rt. 24 - As S e s s õ e s ordinarias do conselho terao lugar ’


todos os Domingos de cada mez; sendo todavia a casa a& erta to-
dos os dias uteis para boa adm inistraçao da Sociedade. As ex-
traordinarias terão lugar quando se tornarem necessarias, e
seos Membros serão convocado» por aviso do 19 S e c r e t a r i o ; e a
abertura da Sessao sera na hora que d e s ig n a r o Presidente.

A rt, 25 - Ao c o a s e l T i o compete:
$ 19 - A d m i t t i r ou recusar por escrutinio secreto, median-
te as necessarias inform ações, os candidatos propostos para So
cios ,
! 29 ‫״‬ Suspender aquelles que se acharem comprehend idos '
no A rt, 10, e seos SS,
S 3 9 •‫׳‬ Ordenar as despezas da Sociedade com e c o n o m i a .
$ A9 ' - A d m i c t i r um o u m a i s empregados assalariados p e l a So
ciedade, quando as circunstancias o exijão, ouvindo a Asseablea
Geral a tal respeito,
S 59 ‫י‬- C o n v o c a r a Assembléa Geral dos Associados para se¿
9ões ordinarias.
S 69 - D eliberar sobre qualquer proposta, representaçao ,
ou queixa que Iñe for feita por um o u m a i s Socios.
S 79 - Examinar quando julgar acertado a e s c r i p t u r açao ‫י‬
doa Livras da Sociedade,
- 124 ‫־‬
S 89 ‫־‬ ApresenCar a A sseoblia Gsral daa Associados nas
Sessões ordinarias, e seapre que ella exija, uo R e l a t o r i o cir”
cuns c a n d a d o , ou outra qualquer inforraaçao, que se Carne nece£
sária, do esCado da Sociedade.
S 9? - D isC ribuir os doccorcos a o s Socios necesicados. Vi¿
vas e aos menores fithos desees.
5 10 - ConCracCar o Faculcacivo da A ssociaçao, e escipu ‫־‬
lar-lhea g r a c if icação que deve perceBer de seos crabal^o^.
$ 11 — I n d i c a r os Livros proprios para as e s c r i p Curaçoes.
S 12 - O rganisar o RegulamenCo interno.
I 13 ' V ellar na guarda dos EsCaCuCos, e regiaenco da So‫־‬
ciedade.
$ 14 — P r o v i d e n c i a r Codos os casos que nao escejao claros
e d i 9 1incCamenCe marcados nos EstaCuCos, e regulamenCo.
S 15 ‫־‬ Fazer depositar ea nome d a Sociedade ‫־‬ Monte F io '
dos A rtistas ‫־‬ em q u a l q u e r e s t a & e l e e i o e n to que offerecer aais
vancagem e garantia, os fundos que j u l g a r disponíveis.
§ 16 - R epresentar a Sociedade em t o d o s os seos contactos,
e sustentação de seus direitos, ou d e l e g a r eases poderes.

Art, 26 ‫־‬ Ao P r e s i d e n t e compete:


$ 1? - D esignar a hora da abertura das Sessões, presi-
dil~as, mancer a ordem, regular as discussões e declarar o re ‫־‬
sultado das votações,
S 2? - Convocar extraordinariam ente a Assemblea Ceral dos
Associados, e o conselho, quando as circunstancias o exigirem .
S 3 ? - A ssignar e rubricar os diplomas dos Socios, e toda
a correspondencia da Associaçao«
S 49 - R ubricar os Livros da escripturaçao, fazendo nel-
les os com petentes term os de abertura e encerram ento.
$ S? - Desempatar as votaçoes, excepto as de escrutinio '
secreto, que serao desem patadas à sorte,
$ 69 ‫־‬ ApresenCar a AssemBlea G eral dos A ssociados, as
communicaçoes que o conselho Ci'ver de endereça r - lh e .
S 79 ‫־‬ V igiar sobre os interesses da A ssociaçao, e exacto
cumprimento dos deveres de todos os f u n c c io n a r io s , e conceder ‫י‬
licença aos Socios para examinarem qualquer Livro, ou d o c u m e n -
Co d o A r c h i v o .
S 89 - Nomear commissocs extraordinárias,

A rt. 2 7 - 0 Presidente pode toaar parte nas discussões, e


votações deixando a cadeira ao V ice-Presidente em q u a n t o disci^
tir.
‫־‬ 125 ~

5 Ontco - Comnunicar ao VCce-FcesldenCe quando nao possa


cooparecvr .

A rt. 28 - Ao V i c e - P r c s i d e n C e compece:
$ Onico — Tomar a cadeira presidencial aa ausencia, ou
impedimento dp Presidente.

Art. 29 - Ao 19 Secretario cumpre:


S 19 - Lavrar a9 actas do conselho, e Assembléa, submet-
tel~as ãü suas approvaçocs e Iançal~as no livro com petente.
§ 2? - Receber a correspondencia dirigida ao conselho e
Assemblea Cecal, e a p r e s e n t a i —a na prim eira reunião, communi‫־‬
cando logo ao Presidente, quando teaha m ateria urgente.
S 39 ** A s s i g n a r 09 diplom as doa Socios, e expedir a cor-
respondencia e mais actos da A ssem blea, e do conselho, de coti
form idade com s u a s determ inações, registando-os no livro com
pe t e n t e ,
S 4? - Fazer 03 d e v i d o s lançam entos, provenientes das ‫י‬
contasapresentadas pelo Thesoureiro, nos Livros destinados '
para este fim, com a necessária clareza,
§ S9 - Emmassar e guardar no A rc h iv o Codas os documentos
perceacences a Sociedade,
$ 69 - PresCar Codos os esclarecim entos que lhe forem pe^
d ido s ,
S 79 - Convidar aos candidatos novamente adoil£ido8 paca
assignar 0 respectivo termo de sua •dnissao,
S 89 - A v i s a r aos Socios para as Sessões,
§ 99 - Tomar a cadeira presidencial na f a l t a do V i c e - P r e
s ide n t e ,
§ 10 - Participar ao 29 Secretario quando nao possa corn-
parecer em S e s s ã o ,

A rt. 30 - Ao 29 Secretario compete:


$ 19 ‫־‬ Proceder a chamada, e v e r i f i c a r o numero dos So ‫־‬
cios presentes às Sessões da Assemblea Ceral,
S 29 - Ler a correspondencia e mais papeis que forem pr¿
sences .
S 39 ' Servir de escrutador nas Eleições, conjuncCamente
com o 19 Secretario,
S 49 - D istriB uir a correspondencia.
S 39 Occupar o lugar do 19 Secretario, no impedimento*
deste,
- 126 -

Arc. 31 - Ao T h e a o u c a i r o pertence:
S 19 ‫־‬ Guardar 09 (undos da A ssociação, e por elles res ‫־‬
ponder.
S 2? - Pagar as Ueupodas ordenadas pelo ?residence, medi*'
anee os necessários docuraancos,
S 3? —A p r e s e n t a r Cr Lines t r a l m e n C e , e sempre que a Socieda
de o e x i j a , a conCa documeutada da receica e despeza.
§ 4? ‫ ־‬Responsabi 1isa r-se por termo, em s u a pessoa, e
bens, como garanCe dos fundos da Sociedade, conforme o theor '
indicado pelo Presidente,
§ 59 ~ Passar recibo das quantias que Ifíe forem entregues
pelo Recebedor.
§ 69 - A ssignar os diplom as dos Socios.
$ 79 - E sc rip C u ra r o Livro caixa com c l a r e z a .
S 89 ** F a z e r itnmodiaCa entrega ao seo successor dos fundos
e mats objectos pertencentes â Sociedade que se acharem em s e o
poder,

ArC, 32 - Ao R e c e b e d o r cumpre:
S I ? - Receber dos S o cio s, m ediante reci& os, asj o i a s , '
quotas mensaes, m ultas, e indem nisaçoes; e e n t r e g a l ‫ *־‬a s a o T h e —
soure i r o .
S 29 ~ Participar ao conselho os nomes dos Socios, que
em t r e z mezes nao tiverem satisfeito suas m ensalidades, be m
como aquelles incursos no S 19 d o ArC, 10.
S 39 — Nao poderã receber dos Socios m ensalidades por
mais de dous aezes, sem a competente m ulta de I por 0/0 ao
mez, das quantias demoradas em p o d e r destes.

A rt, 33 - He d o dever do V i s i t a d o r Geral:


§ 19 -* V i s i t a r no principio de cad a mez pelo menos o
Socio que se achar enfermo,
S 29 ‫־‬ Examinar escrupulosam ente se os visitadores de
cada uma d a s Freguesias do M u n i c i p i o da C apital cumprem com '
os seos deveres pontualm ente, e participar suas faltas a
Conunisão adjunta,
5 39 - A ssistir aos enterros dos Socios e aulfragios que
se houverem de fazer!

A rt, 34 ‫־‬ A‫׳‬ Commissâo adjunta cunpre:


$ 19 - Receber a participação do V isitador Geral, e le-
val-a ao conhecim ento do conselho.
‫־‬ X27 -

$ 29 - Inform ar ao canaalho sobre qualquer assumpCo por


elle exigiâo.
S 39 - A ssistir aos enC«rros e suffragios dos Socios.
S 49 ‫־‬ Fazer a disC ribuíçao dos so c c o rro s ,conform e a de*‫־‬
signaçio do Presidente, m ediante o reciba paasado pelo doente,
ou pessoa à rogo deste.

Art. 35 — Ao A r c h i v i s t a ou Zelador cumpre!


S 19 - Ter em b o a ordem, e aeeio, o A rchivo, e casa das
Sessões.
S 29 - Ter deBaixo de sua guarda, mediante o termo de re¿
ponsabilidade, conforme o theor indicado pelo Presidente, as
chaves, e nais moveis da casa das Sessões.
S 39 ' Nao confiar, e nen consentir que Socio algum leve
para sua casa, qualquer papel, ou Livro pertencente â Socied¿
de .

A rt, 36 — Aos v i s i t a d o r e s em s u a s Freguezias cumpre:


S 19 - V isitar semanalmente ao S o cio que se achar enfer-
mo, e dar parte de seu estado de saude ao V i s i t a d o r Ceral.
S 29 - A ssistir aos enterros e suffragios dos Socios.

A rt, 37 *■ A c o m m i s s ã o de contas he composta de trez Me m-


bros, e cum pre-lhe:
$ 19 - Examinar as contas apresentadas pelo conselho, e
os documentos que comprovem a sua legalidade.
I 29 - Patentear em S e s s ã o ordinaria o relatorio do seo
exane,

A rt, 38 - Ao F a c u l t a t i v o compete!
S 19 - A clinica dos Socios do Monte Pio,
$ 29 - Prestar os socorros de sna arte logo que lhe fo-
rem requisitados por qualquer Sacio, conhecendo a identidade’
pela apresentação do diplom a, e o recibo do mez findo, por
onde mostre estar quite coo a Sociedade,
$ 39 - Dar no fim de cade mez ao P r e s i d e n t e , uma synopse
con os seguintes dizeres ‫־‬ No t n e s dos Socios, moradas, classi —
ficação das m olestias, dias de enferm idade, designações de
sex)s vencim entos, e observações que se tornem necessarias.
$ 49 ~ Concorrer com q u a n t o esteja ao seu alcance para a
solidariedade e credito da Associaçao.

A rt, 3 9 - 0 Facultativo perceberá da A s s o c i a ç ã o aquelle'


- 128 -

estipendio, que o conselho m arcar, tendo sempce em v i s c a s reou


neraL*-o de seOa trabalhos.

A rt. AO - O Facultativo quando oão cumpra com s e o s deve -


res, será exonerado por votação do conselho ( Ceado-se-lhe ant¿
riorm ente ouvidol. Sua v a c a t u r a sera preenchida por outro qua^
quer que tenba as neceasáriss*hsbilitações.

A rt. Al - Da B o t i c a ,
S 19 ‫־‬ O conselho indicará ur na B o t i c a onde sejao aviadas*
as receitas para os Socios enfermos.
S 29 *- O P h a r n a c e u t i c o fornecera os m edicam entos necessá-
rios, para os Associados doentes, con as condições seguintes:
Nenhum m e d i c a m e n t o sera dado sen que se apresente a for~
aula rubricada pelo Facultativo da Associação.
A rubrica he essencial^ mest oo por Facultativo que nao se
ja o do - Monte Pió, " ou em c a s o extraordinario por qualquer
Membro do conselho,
S 39 — Quando for necessário repetir algua remedio, de-
clarará na competente formula o numero das repetições, e o
dia em q u e tiverio lugar; esta declaração será tambem r u b r i c ¿
da pelo Medico.

Tl TULO 59

Da d i s t r i b u i ç ã o dos soccorros

A rt. A2 ■‫ ■י‬O A s s o c i a d o que der parte de doente, será logo


visitado pelo Facultativo participando ã este; para ter direi-
to a ser curado será necessario m ostrar ao referido Facultati-
vo não so o recibo do mez f i n d o , que prove estar quite com a
sociedade, como o seo diploma por onde prove tambem sua ident^
dade de Socio, será fornecido de medicamentos pela Botica ind^
cada pelo conselho e receberá um s u b s i d i o diario pago semanal-
mente, e este subsidio será de 600 réis em m o l e s t i a grave e
em s u a convalescencia: aquelles que padecerem m olestias chron¿
cas, perceberão 400■ r é i s , O estes soccorros deduzir-se-h a as
quotas mensaes,
S 19 O Associado exhausto de a e io s poc d e c r ep i t u d e , a l e ^
jão, cegueira, ou outra qualquer m olestia que o im possibilite'
de trabalhar e tendo com pletado trez annos de Socio, sem
- 1 2 9 ‫־־‬

interrupção, terã vitalieiam enC e, coa obrigação de pagar a qu^


ta m ensal, o subsidio de 320 reís por dia, e quando adoeça de
oole3cia grave, será soccorrído com H e d i c o , e Botica da Socie-
dade. Dando-aá o caso que não tenha o praso prefixo neste $ t¿
rã uma d i a r i a arbitrada pelo conselfío.
§ 29 -* O S o c i o que se estiver curado no H o s p i t a l , ou em
qualquer casa de saude desCa cidade, receberá (pedindo) a quan
tia determ inada, conforme a classificação de sua m o le s tia .
§ 39 ‫*־‬ \s viuvas dos A ssociados que v iverem honestamente
serão soccorridas diariam ente com a quantia de 32Q r é i s , sendo‫י‬
obrigadas a pagarem as quotas mehsaes, o q u e ‫ *י‬d e d u z i r ã do seQ
subsidio; assim c or a o lhes serão m inistrados Hedico, e B otica _
em s u a s m olestias e de seos filhos.
§ 49 - Os filhos dos Socios, a quem lhes faltar Pai, e
May, serao soccorridos pela Sociedade, com a q u a n t i a mensal '
que o conselho a c h a r sufficienCe para sua educaçao, devendo '
aquella ser entregue áo seo Tutor, e este responsável a dar
conta ã Sociedade, do estado quer de conducta, quer de aprove^
tamento elem entar de seo Tutellado,
§ 59 - As Orfans filhas do9 Associados perceberão da So -
ciedade quando se casarem uma q u a n t i a a titulo de Dote arbitt£
da pelo conselho A dm inistrativo, a qual será tirada da BÔlsa '
de Caridade e das assignaturas dos Socios H onorários.
§ 69 *‫ ־‬Ao A s s o c i a d o preso serã dado a titulo de carcera ‫־‬
gem 3$Q00 rs. e o subsídio diario de 400 réis, não excedendo '
sua reclusão de seis oezesi N este caso o conselho marcara uma
quantia que julgar coveniente.
5 79 - são exceptuados, e nao perceberão soccorros alguns,
u ma v e z provado o crimeJ
19 - 09 accusados de hom icidio, forto, roubo, e estelionato
29 —0 9 accusados por ctítd6 de arrombamento, falsidade, e
moeda falsa.
39 - Os a c c u s a d o s por crime de ra p to , estrupo, e aborto.
49 ‫ ־‬Os accusados por crim es políticos,
§ 89 " Ao A s s o c i a d o que fallecer, tendo completado seis*
mezes depois de sua inscripção, serã Eeito 0 8eo enterro com
a decencia possível, nao excedendo da q u a n tia de 20$000 rs.
§ 99 - 0 Associado s5 tem d i r e i t o à receber soccorros, um
anno depois de sua adnissao.
- 130 -

§ 10 - O Associado <| ue s e achar doente, e nao exigir soc-


corros, sera dispensado (querendo) d• suas nensalidades, dura¿
te o tempo que eativer etiíermo.
S 11 ‫־‬ Nenhum Socio receberá soccorros, sem q u e esteja ‫י‬
quite com a Sociedade.
§ 12 - O Associado que pagar o dobro da q u e n t i a , do q
a estipulada por mensalLdndes no $ 19 d o A r t . 10 terã o subsi-
dio dobrado dos e s t i p u l a d o s no A r t . 42 e seos S$.
§ 13 — O Associado que pagar a netade daq u a n t i a e s t i p u l ^
da por m ensalidade no A r t . 10, sera soccorrido sim plesm ente ,
eo suas m olestias, com o subsidio de 400 réis: bem a s s i o fica-
rã entendido que os m als soccorros serao na razao de m etade, '
dos estipulados no A rt. 42, e seos SÍ.

T i T UU O 6 9

O isposiçocs Ceraes

A rt. 43 - A Eleição Ceral terã lugar no dia 2 de Feverei-


ro de cada anno, anniversario da Installaçao da Sociedade.

A rt. 44 - Haverá una Bolsa, denominada de Caridade, na


qual todos os Socios são obrigados a concorrer para ella, com
suas esm ollas voluntarias nos dias de Sessao. O resultado des-
ta Bolsa, as m ultas em q u e incorrerem os Socios, e as assigna-
turas dos Socios H onorarios, sao os meios applicados para os
dotes das O rfaas, em c o n £ o r m i d a d e do S 59 do A rt. 42.

Art. 45 - Pode pertencer S Sociedade todo e qualquer Ar-


tista que morar fora do M unicipid da C a p ita l, com t a n t o que se
obrigue pelo cumprimento dos presentes E statutos, e em e s t a n d o
doente o conselho lhe supprirã somente com o s u b s i d i o do A rt.
42, e seos $S.

Art. 46 ' Nos lugares onde houverem mais de cinco Socios,


o conselho nomeara dentre elles uma c o m m i s s a o com p o d e r e s de
receber as m ensalidades, e distribu ir os soccorros exarados no
A rt. 42, e seos $S: devendo a commissio dar contas ao conselho
de todo o occorrido de trez em t r e z ■ezes, e nesta occasiao r£
m etter as sobras dos dínheiros que estiverem em s e o poder.
- 131 -

Arc. <>7 - Aos Socios que 9e aucenCareo desea C apital, £a-


sendo a convenience participação de retirada, e denora, Ihes
he concedida a perm issão de demoraren o pagamento de suas men-
salidadcs, pelo espaço que o conselho adm inistrativo julgar '
sufficicnte, e bem a s s i m 08 que estiverem desempregados.

A rt. A8 - O conselho A dm inistrativo poderá requerer dos


Poderes do E s t a d o quaesquer privilegios, ou m e d i d a s favoraveis
ao engrandecim ento da Sociedade.

A rt. A9 - O Socio que tenha exercido algum cargo na Soci¿


dade, e haja com pletado o tempo de serviço, ou sido exonerado’
definitiva, ou tem porariam ente, será obrigado a fazer immedia—
ta entrega de todos os objectos que possua da Sociedade, ao
seo successor, m ediante urna n o t a inform ativa do estado do car-*
go que occupou.

A rt. 50 - He perm itido aos Socios rem ir suas m ensalidades


à vencer .

A rt. 51 - Em c i r c u n s t a n c i a s extraordinarias, poderá a


A sscnblca Geral dos Associados augm entar, ou d i m i n u i r témpora-
riam entc as prestações mensaes.

Art• 52 - Todas as m edidas, ou d e l i b e r a ç õ e s serao tomadas


por m aloria relativa, salvo o caso de proposta para extincçao’
da Sociedade, que so sera attendida se obtiver pelo menos tres
quartas partes dos votos dos Socios inscriptos, aínda assim '
não terá lugar sem q u e prim eiro seja consultado o Governo da
Provincia, e se m ostre que a Sociedade nao preenche nenhura d o s
fins para os quaes foi creada.

A rt. S3 - Aquelle Socio que'p o r qualquer m otivo, ou pre -


texto, se quizer re tira r da Sociedade, tendo concorrido com
suas m ensalidades pontualm ente e sem i n t e r r u p ç ã o em t o d o tempo
de sua estada, 0 poderá fazer, levantando as quantias de quan-
to tiver amontoado, deduzindo-se 2S p o r 0/0 a favor do - Honte
Pio: porúm àquelle que tiver recebido o menor s o c c o r r o nao
lhe he permiKido esta faculdade.

A rt. SA ‫־‬ A quellas pessoas que generosam ente offerecerea*


qualquer donativo a Sociedade, serao seos nomes inseri ~
dos em um q u a d r o , especialm ente destinado para esse fio.
- 132 -

A rt. 53 ‫־‬ He expressam ente vedsdo o Cratar-se na Salla ‫י‬


das Sessões de negocios politicos, e objectos que aao sejao re-
latLvos à Sociedade.

Art. 56 - Os presentes E statutos poden ser reformados quan


do a Assembléa Ceral dos A ssociados, en m aio ria , julgar conve -
niente; podendo entrar a proposta ã respeito logo em d i s c u s s ã o ,
oais nao sera votada na mesma Sessão.

A rt. 57 - Ficão sem v i g o r quaesquer outras disposiçoes '


em c o n t r a r i o aos presentes E statutos.

FI M
RELAÇÃO NUMERICA DOS ASSOCIADOS SECUNDO O OFICIO

PROFISSÕES A B C D E F C H I J L M N 0 P Q R S T U V X 2 TOTAL

ABRIDOR - 0 1 - - ‫־‬ ‫־‬ OL

ALAMBIQUEIRO _ _ 0 X - 01 • ‫־‬

ALFAIATE 12 05 04 03 10 15 03 03 04 33 11 27 01 01 07 1) ‫־‬ 01

ARMADOR * 01 - 04 01 - 17‫־‬ 01

ARTISTA - 01 - 12 - ‫־‬ - 01 ‫־‬ ‫־‬ 01 03 ‫־‬ 01 01 01 02 - - 01 ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬

BACH.*^ HELAS LETRAS - - - - - ^ - - - - - . ‫־‬ - - - ‫־‬ - O l - - - 01 ‫־‬

BACH. ®^• SCI EMCI AS LETRAS - - 0 1

RAULEI RO 01 - - - - 0 1 01. - - - - 0 3

BARBEI RO/ CABELELEI RO - 0 1 - - - - - 02 ‫־‬ ‫־‬

CALAFATE 02 -• 0 4 ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬

CALDEIREIRO - - - - - 0 1 - - - - - 0 1 -- 0 1 -- - - - - - - 03

CAJÍTEIRO - 0 1 - - 01 - - - 0 1 02 - - - - - - 05

CARPINA ** 15 OI 06 01 03 10 02 - 03 28 02 13 01 - 05 - 03 04 02 - 02 - ‫־‬

CARPINTEIRO 04 02 - - - OI 02 - 01 14 03 05 02 - 02 - - - - - - 01 O

CHAPELEIRO *** 04 01 - - - 01 - - 01 01 - 03 - - - - 01 - - - 02 - 14 ‫־‬

* A r mc i r o ** G a r a p i ñ a *** C h a p e l i s t a
PROFISSÕES A B C D E F C H I J L M N O P Q R S T U V X Z TOTAL

CHARUTEIRO 03 27- ‫ ־ ־ ־‬01 -

COCHOEIRO 0 2 - 0 2 ‫־‬

COUEIRO _ _ 01 _ _ _ _ _ _ 01 - 02 -

COMERCIANTE _ _ _ _ _ 01 01‫־‬ ‫־‬

COMPOSITOR 01 05-

CONSTRUTOR _ _ _ _ _ _ _ _ _ 01 02 0 1 ‫־‬

CORRIEIRO _ 01 - 02‫־‬ ‫־‬

CRAVADOR _ _ 01 - 02 ‫־‬ ‫־‬

DESENHISTA * _ 0 ! _ _ _ _ _ _ 01 01 - 03 - ‫־‬

DOURADOR 02 03‫־‬ 0 1

EMPALHADOR 05 - 09“ ‫־‬ ‫־‬

EMPREGADO/COMC. 01 01‫־‬ ‫־‬

EMPREGADO/PÚBLICO 03 - - - -0 1 - - - 0 1 - - - 06- 0 1 -

ENCADERNADOR 01 - - - 0 1 01 01 - - 0 2 06‫־‬ ‫־‬

ENGENHEIRO _ _ _ _ 01 - - - - 01 •‫־‬ - ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ “ ‫־‬ • ‫־‬ ‫־‬ - ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬

ENTALHADOR _ _ 01 - - - - - - 04 07- -‫־‬

* desenhador
‫‪PROFISSÕES‬‬ ‫‪A‬‬ ‫‪B‬‬ ‫‪C‬‬ ‫‪D‬‬ ‫‪E‬‬ ‫‪F‬‬ ‫‪G‬‬ ‫‪H‬‬ ‫‪I‬‬ ‫‪J‬‬ ‫‪L‬‬ ‫‪M‬‬ ‫‪N‬‬ ‫‪O‬‬ ‫‪P‬‬ ‫‪Q‬‬ ‫‪R‬‬ ‫‪S‬‬ ‫‪T‬‬ ‫‪U‬‬ ‫‪V‬‬ ‫‪X‬‬ ‫‪Z‬‬ ‫‪TOTAL‬‬

‫‪ESCULTOR03‬‬ ‫־ ‪-‬‬ ‫־ ‪0 1‬‬ ‫‪-‬‬ ‫־‬ ‫‪-‬‬ ‫־‬ ‫‪02‬‬ ‫‪02‬‬ ‫‪01‬‬ ‫‪-‬‬ ‫‪-‬‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬

‫_‪ESPIKGARDEIRO‬‬ ‫_‬ ‫_‬ ‫_‬ ‫_‬ ‫_‬ ‫_‬ ‫_‬ ‫_‬ ‫‪01‬‬ ‫־‬ ‫‪01‬‬ ‫‪-‬‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫‪-‬‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬

‫_ ‪FAmUCÊUTICO‬‬ ‫_‬ ‫‪0101‬‬ ‫־‬ ‫־ ‪01‬‬ ‫־‬ ‫‪02‬‬ ‫־ ‪01‬‬ ‫־‬ ‫‪-‬‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫‪-‬‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬

‫_ _‪FERRADOR‬‬ ‫‪01‬‬ ‫־‬ ‫‪01‬‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫‪-‬‬ ‫־‬ ‫‪-‬‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־ ‪02‬‬ ‫־‬ ‫‪-‬‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬

‫‪FERREIRO03 01‬‬ ‫־ ‪02 -‬‬ ‫‪02‬‬ ‫‪ 01 01 04 01 03‬־‬ ‫‪. 01‬‬ ‫‪-‬‬ ‫‪-‬‬ ‫‪ 01 01‬־‬ ‫‪01‬‬ ‫־‬ ‫־ ־ ‪01‬‬

‫־ ‪FOCUEITEIRO0 1 0 1‬‬ ‫־‬ ‫‪-‬‬ ‫־‬ ‫‪-‬‬ ‫־ ‪0 1 - 0 1‬‬ ‫‪01‬‬ ‫‪01‬‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫‪-‬‬ ‫‪-‬‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬

‫‪FUNDIDOR01‬‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫‪-‬‬ ‫‪-‬‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫‪-‬‬ ‫‪-‬‬ ‫‪-‬‬ ‫'‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫‪-‬‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬

‫‪n 7 . I I £ I R 0 03 -‬‬ ‫־־ ־‬ ‫‪01‬‬ ‫‪ 05 01 05‬־ ־ ־‬ ‫‪01‬‬ ‫‪01‬‬ ‫‪01‬‬ ‫‪ 02 01‬־‬ ‫‪01‬‬ ‫־‬ ‫‪01 - -‬‬

‫‪CALVA.V1ZAD0R-‬‬ ‫‪-‬‬ ‫‪-‬‬ ‫‪01‬‬ ‫‪-‬‬ ‫‪01‬‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬

‫‪ R0S-‬׳\ ‪ LI‬־‪CUARDA‬‬ ‫‪02‬‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫‪-‬‬ ‫‪-‬‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫‪-‬‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬

‫‪INDUSTRIAL-‬‬ ‫‪-‬‬ ‫‪-‬‬ ‫‪-‬‬ ‫‪-‬‬ ‫־‬ ‫‪-‬‬ ‫‪-‬‬ ‫‪-‬‬ ‫־ ‪0 1‬‬ ‫‪-‬‬ ‫‪-‬‬ ‫‪-‬‬ ‫‪-‬‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫‪-‬‬ ‫‪-‬‬ ‫‪-‬‬ ‫‪-‬‬ ‫־‬

‫‪lampista‬‬ ‫‪-‬‬ ‫־ ‪0 1‬‬ ‫־‬

‫‪UTOEIRO0101‬‬ ‫־‬ ‫‪ -‬־ ‪01‬‬ ‫‪ 02 01 02‬־ ‪ 01‬־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫‪ 01 -‬־‬ ‫־‬ ‫־־ ־־‬

‫‪l a p i d Xr i o -‬‬ ‫־ ‪01‬‬ ‫־‬ ‫‪-‬‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫‪-‬‬

‫־ ‪LAVRANTE02‬‬ ‫‪-‬‬ ‫‪-‬‬ ‫‪01‬‬ ‫־‬ ‫‪-‬‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫‪01‬‬ ‫‪-‬‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬

‫־ ‪LITOGRAFO01‬‬ ‫־‬ ‫‪-‬‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫‪-‬‬ ‫־‬ ‫־‬

‫‪LIVREIRO-‬‬ ‫־ ‪01‬‬ ‫‪01 -‬‬ ‫‪-‬‬ ‫־‬ ‫‪-‬‬ ‫־‬ ‫‪-‬‬ ‫־‬ ‫‪03‬‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫‪-‬‬
PROFISSÕES A B c D E F G H I J L M N 0 p Q R s T u V X z TOTAL

MAQUINISTA - - 01 - 01 - - - 04 - 01 _ _ - — _ - _ — - - - 07

^‫׳׳‬MÃRCINEI^ 07 01 0‫ל‬ 03 03 04 - 02 03 23 07 11 - - 02 - 01 02 05 - 01 - 01

MECANICO - - - - - 01 - - - - - - - - - - - - - - - - - 01

MILITAR - - - - - - - - - ‫־‬ - - - - ‫־‬ - - - 01 - - - - 01

MODELADOR - - - - - - - - - 01 - - - - - - - - - - - - - 01

MOSICO 06 01 03 02 04 10 01 02 - 12 01 12 - - 02 - - 01 - - 01 - - 58

na Ct i c o 01 - - - - - - - - 01 - - - - - - - - - - - - - 02

HEGOCIANTE - - - - - 01 - 01 - 01 01 05

OF. DE PIANO - - - - - 01 - - - - - - - - - - - - - - - ‫־‬ - 01

fOÜRIVES) OA 01 04 01 03 03 05 01 01 17 02 ■ 05 - 01 02 - 02 01 - - 02 - - )‫ג״‬
PAOBIRO 01 01 01 - - 03 - - - 04 - 01 - - - - - 01 - - - - - 12

(‫ ׳‬PÍDREIRO^ 01 - 02 - 04 OA - 02 01 12 03 08 - - 03 - - 04 01 - 03 - -
(S)
<s^INTO^ 06 02 01 - 02 05 02 - - 10 02 09 - - 03 01 01 02 01 - 02 - - (g
POLIDOR 02

POLIEIRO 02

PROFESSOR 01 01 02
PROFISSÕES A B C D E F G H I J L M N O P Q R S T U V X Z TOTAL

RELOJOEIRO _ _ _ 01 03- ‫־‬

SABOEIRO - 01 - - 0 1

SACERDOTE _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 03 - - - - -

('X ^ T E I^ 03 03 03 60 01 - -

SELEIRO 02 06 - - ‫־‬

SERRALHEIRO _ 0 1 05 - 02 ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ 0101 ‫־‬ ‫־‬

SIRICUEIRO 01 06 - -

SOLICITADOR 01 01 ‫־‬

TAMANQUEIRO - 0 1 . 0 2

TANOEIRO - - 0 1 05 ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ 02 01 01 ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ -

TAQUÍGRAFO - 01 - 01 ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬

TINTUREIRO - 01 - 01 ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬

‫ ־‬TIPOc R A ^ 09 01 02 - 04 05 01 01 01 08 02 03 4) - ‫־‬

TORNEIRO 01 - - 0 1 01 - - - - ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ‫־‬ ■ • ‫־‬ 01

NÃO DECLARADO 11 05 03 02 04 08 - 02 03 18 03 12 02 01 03 87 } - -

T O T A I S * 119 35 56 19 47 108 22 18 27 265 53 142 12 07 ôà 03 20 30 35 01 19 01 02 1090

* c o r r e s p o n d e a soma d a a c i n c o (5) c a b e i a s .
- 138 -

RELAÇÃO NOMINAL DOS ASSOCI ADOS POR O F t C I O

- A -

ALFAI ATE

Agostinho J06i da Rocha


Anastacio Feliciano Cajueiro
Antonio Elias Alves de Sousa
Antonio José Ferreira de Castro
Antonio José Marques
Antonio Ludgero da Silva Paranhos
Antonio Pinto da Silva
Antonio Primo de A t h a i d e
Antonio Roi; de Macedo
Archemino Antonio Cones
A risteu Francisco Salles
Arsenio Carvalhau Ferreira

ARMADOR

Antonio José Espinóla

CALAFATE

Anacleto Pereira das. Neves


Antonio da Cunha P o r t o

CARAPINA

Agostinho Francisco de C irqueira


Agostinho José de S a n t ‫ י‬Anna
Alexandre M oreira de Carvalho
A ngelico Daniiao da Conceição
Antonio Bento Guimaraes
Antonio de Santa Clara
Antonio Eusebio da Boa M o r t e
Antonio Fernandes de Souza
Antonio Joaquin de Farias
Antonio José Caetano da Costa
Antonio José de S. Anna
Antonio José Rosa
Antonio Marques da Rocha
- 139 -

Aquiles Antonio Batalha


Avelino Modesto do N a s c i m e n t o

CARPI NTEI RO

Angelo Costa Lina


Antonio Jose Daoasio
Antonio Rosendo M a rtin s dos Santos
Anselmo José Estcves

CHAPELEI RO

Aleixo Bonifácio Soares


Antonio da Silva Couto
Antonio José de Paula Ribeiro
Antonio Loupo dos Santos

CHARUTEIRO

Adriano José de Souza


Antonio Cezar Tupinaraba
Antonio Jose Henrique de O liveira

COLCHOEI RO

Agripino Brãs Ncpomuceno


Antonio Frederico Nabuco de Araujo

COMPOSI TOR

Antonio Alves de O l i v e i r a Leitão

EMPALHADOR

Antonio Adolfo Harques Porto de Meneses


Antonio da Silva B rittes
Antonio Joaquim Garcia
Antonio Sebasciao d ’A raujo Costa

EMPREGADO POBLI CO

Antonio Acevedo Borba


Arthur de Senna Fialho
Augusto Francisco Nunes Filho
- l AO -

ENCADERNADOR

A gnello Ferr«Íra de ALcanCara

ESCULTOR

Ancanío Pereira de Borba


Aotonio Rufino Bahía
A urelio Roiz da Silva

FERREIRO

A lsino Ferr? da Silva


Antonio Epifanía Cois
Antonio Simões de Jesús

FOGUETEI RO

Antonio Machias da S? Serra

FUNILEIRO

Amert . ‫ ׳‬J o a o FíCel


Antonio Bellarm ino R ibeiro Sanxes
A polinãrio das V irgnes

LATOEI RO

Antonio José dos Passos

LAVRANTE

Argemiro Joaquín C orreia Moraes


A urelíano dos Santos Paiva

MARCI NEI RO

Antonio Fernandes da Costa


Antonio G o me s M artina
Antonio Joaq? Tavares
Antonio Leandro da Silva
Antonio ProcÓpío Pereíra Gravea
Antonia Teixeira de Lima
Augusto Nunca dos Santos
- Itl -

m Ds i c o

A nacleto Refino de Carvalho


Antonio d 'A lcan tara e Silva
Antonio D ultra de Andrade
Antonio Eulalio Roiz de Altneida
Antonio J06é da Forciuncula
Antonio Teixeira da Sz9 Silva

n a Ot i c o

Antonio Em iliano da Costa

OURI VES

André Cursino M il-Idéias


Augusto Ernesto de O l i v e i r a
Augusto de Souza Gadelha
Augusto Perf de Mattos

PASTELEIRO

Antonio Lopes da Costa

P EDREI RO

André H ilario dos Santos

PINTOR

A nacleto José Marques Valongo


Antonio Fernandes do Couto
Antonio Comes dos Santos
A ntonio José de Souza Barnuna
A tanasio Rodrigues de Seixns
Augusto José de Farias

P ROFESSOR

Apuleo Marcas da Co nc ? " *

SAPATEI RO

A nastácio José Ferreira


Angelo Benedicto M artins
Antonio Lopes da Silva
- 142 -

SE L E I RO

Anconio José de CfldCro


Augu9Co Casslano Târeira

SIRGUEIRO

Antonio João de Souza

TI PÓGRAFO

Agrípino CanuCo Lopes


Amador Alves Mourn
Antonio Brandao d ’Araujo
Antonio Firm ino da Silva GuLtnaraes
Antonio Francisco de A r a u j o e Almeida
Antonio Joaquim Correa de Noraes
Antonio Manuel Correa
Antonio Rodrigues Jambeiro
A ristides Ricardo de Sta. Anna

NÃO DECLARADA

Al£redo Raymundo da Silva


Alvino Paulo do Bomfim
Amancio Rodrigues Seixas
Amancio Virgens da Conc?°‘
Angelo da Rocha Argolo
Antonio Balbino Bocelho
Antonio C. M artins
Antonio Florentino dos Passos
A pulinario Antonio do Bomfim
Archim inio Ferreira
Arthur Theodorio Czl®*
- 14‫־ נ‬

‫־‬ B ‫־‬

ALF AI AT E

Balduino Custodio de Pina


Balduino Josa CusCodlo
Bartholoaeo de Jesús Q Silva
Beinabe da Silva
Boaventura de Sanca Anna

ARTfSTA

Braulino Bapcisca Fecraz

BARBEI RO

Bernardo Alves M auricio do Sacramento

CAMTEIRO

Bernardo Severiano da Rocha Pires

GARAPI ÑA

Bento M aciel de Souza

CARPINTEIRO

Baldoino Patricio do Nascimento


Bonifacio Lopes de Souza

CHAPELEI RO
Balbino Roiz da M iio (Damiao?)

CORRIEIRO
Boaventura S9 P e d r o

DE S E NHI S T A
Bento da Silva Friandes

FERREIRO
Balduino Américo Kunes dos Passos
- 144 -

FOGUETEI RO
Bellarm ino Thereso de Jesusi

LATOEI RO
Bruno José Coelho

LIVREIRO
Benigno Vicence DanCas

MARCI NEI RO
Bernardo de Serra do BonCin

mO s i c o

Baldolno do9 SanCos O liveira

OURI VES
BalGlno Francisco dos Anjos

PADEI RO
BoavenCura Xavier de Jesus

P I NTOR
Bellarm ino Haximiano da Silva
Bernardino Manoel da Hora

S AP ATE I RO
Bernardino de Andrade M angabeira
Bibiano Domingues dos SanCos
Bras Diogo das Chagas

SERRALHEI RO
Balbino Benjamim dos Passos

TAMANQUEIRO
Belarminá Gomes V illela

TI PÓGRAFO
Benjamim Francisco de Almeida
‫ ־‬1A5 ‫־‬

NÃO DECLARADA

Bento José da França Vanique


Bernardino de Sena Caldas
B onifacio Justiniano da Conceição
B onifacio de Teive e Argollo
Bras José Telles

- C -

ALAMBI QUEI RO
Candido José Vieira

AL FAI ATE
Carlos B aptista de Carvalho
Clemente R a mo s de Souza Campos
C onstantino José Patricio
Crispim Antunes de M a tto s

ARMADOR
Candido Patricio Ribeiro
Carmelino Theodoro da Rocha
Co'rnelino Theodoro da Rocha

ARMEIRO
Caetano José da Silva

CARPI NA
Caetano da Silva Regó
Candido Patricio de Souza
Chrispim José Cardoso
Constantino B asilio d ’O liveirn
Cosme José Pimentel
Cyrino Francisco de Sant'A nna

CHARUTEI RO
cândido Jose E stellita
Candido José dos Santos

COLCHOEI RO
Cypriano Fernandes das Virgenii
- 146 -

COMPOSI TOR
cândido Romualdo <la K o c U a

CRAVADOR
ConstaaCino B asiliano Jd Cunha

ENTALHADOR
Cândido Alves de Sous.i

FERRADOR
Cypriano Freire de C.irvalho

FERREI RO
Cornelio Pinto da CosCa
Custodio de Castro Viana

MAQUI NI STA
cândido Joaquim d'A lm cldn

MARCIKr.TRO
cândido Jose da Silva
Carlos da Silva Cunha
Carlos Cuilherne Coelho
Cesarlo da Silva Lessa
C onstantino Xavier Bigode
Cosme Damiao da Silva
Cypriano Jose Riguard

MÚSI CO
Pe. Clatinundo Alves dos Santos Fortes
Dr. Clarindo Adolfo dc 01iv9 Chaves
Claudemiro José Theodora de C astro

OURI VES
Christõvão F erreira Velloso
Cipriano de Lima Pim entel
Clarindo Cyro do V alle
C onstantino C elestino de Souza
- 147 -

PADEI RO
Casalano da Coaca Púnaos

FEDREI RO
Cypriano R. do9 Sancon
C yrillo Pedro d«s A r a u j o

FHARMAUCEUTICO
Cacão José Per? Aroucn

P I NTOR
Chrispim José M onceiro

SAPATEI RO
cândido Joaquiai de Araujo Braga
cândido Rosa de VlCelba

SE L E I RO
Cyriaco José da Souza

SIRCUEIRO
Calixco José Ferreira

TANOEIRO
Constancino Pereira dn Costa Pitanga

TORNEI RO
Chrispiniano Luiz de Azevedo

TI POGRAFO
Gamillo de L elis Masson
C eciliano de Souza Hundió

NÃO DECLARADA
Classido Felix do Nascimento
Claudoaldo ( ...) de Souza
Custodio Ferreira de O liveira
- 148 -

- D ‫־‬

ALFAI ATE
Dario AugusCo de Maccos
Diogo PetronLlho Comes
Domingos Tavares dos Sancos

ARMADOR
Domingos Hanoel da Coseu

GARAPI ÑA
Domingos Adriano dos Sancos

ESCULTOR
Domingos Pereira Baiao

GALVANIZADOR
Donaeiano José Pinheiro

LATOEI RO
Domingos Pereira G o me s

LIVREIRO
Duarce Florencio Gomes dos Reis

m Os i c o

Domingos Ramos de Pedro


Domingos da Rocha M ussurunga

MARCI NEI RO
DeodaCo José de Brico
Domingos Gregorio de SanCa Anna
Domingos das Virgens Conceição

OURI VES
Domingos de Maccos Aguiar Sampaio

PHARMAUCEUTI CO,
Domingos Gomes Borges
- U9 -

RELOJOEIRO
Domingos daa Nuveu Azevedo

nS o declarada

DemecrLo Lopea Ribeiro


Domingos V iccório Comes

- E -

AL F AI AT E
Eduardo Paulo dos Sancos
EleuCerio Rofino
Eloy Verissim o da Cunha
Em iliano Jose de Araujo Lima
EsCanislau Marques da Silva
Estevão Domingues dos Sancos Barroso
Eugenio Antonio da Silva
Eusebio Dias Coelho
Eusebio Verissim o d'A breu Farias
Euscãquio Romualdo de Almeida
Evaristo Xavier de Andrade

BAULEI RO
Eustaquio Ramiro de O liveira

GARAPI ÑA
Eduardo Soares da Silva Campos
Eugenio dos Santos
Eziquiel Epifanio de Carvalho

ENCADER‫א‬ADOR
Epiphanio Jose Pedrosa

ENGENHEI RO
Eduardo Coicinho de V asconcelos

FERRADOR
Eugenio Henriques da Costa
- I SO -

FUNDI DOR
EpifaQLO R ibeiro de Queicõe

LAVRASTE
Erico Alves de Souza

MARCI MEI RO
Eduardo Lopes V illas~Boas
Erico Bernabé Andrade
Eusebio da França Ramos

mO s i c o

Elesbão Theophilo das Meves


Esm eralda Ursulo das Virgens
Eufrozino José da Silva
Eustaquio da Cruz Pereira Rebouças

OURI VE S
Emigdio Sangronio de Souza
Eugenio Tavares Icapagipe
Eustaquio Rodrigues de O liveira

PEDREIRO
Eloi Aleixo Franco
Eloy Rodrigues Seixas
E stanislau Joao da Cruz
Eusebío da Fonseca Ramos

P I NT O R
Eduardo José Cavalcante
Elias Pereira Miranda

S A P A T E I RO
Egas Antunes Guimarães
Em ílio Manoel dos Santos Leal
Eugenio Jose Munis

SOLI CI TADOR
Estevão Lopes da Silva
* 151 -

TI POGRAFO
Sduardo D aniel Gastao
Eduardo Pf Calvão
Esmerio de O liveira Brandao
Eustaquio José de Souza

NAO DECLARADA
Elpidio Lellia da Silva
Emigdio Antonio do E spirito Santo
Estevão dos Santos C ajueiro
Eugenio Benedicto 7ieira

- F -

ALFAI ATE
Faustino de O liveira Costa
Faustino José Rodrigues Lina
Fausto Maria Cordeiro
Feliciano de Araujo Hacedo
Felix José Agos Pereira
Firm ino Roberto da Fe
Francisco de Assis B aptista
Francisco José Coelho Bugarim
Francisco José Correa
Francisco José de Azevedo
Francisco José dos Santos
Francisco Miz. d ‫ י‬O Iivei^a
Francisco Patricio R ibeiro
Francisco R o ma o de Queiroz
Francisco Xavier do Nascimento Bessa
Francisco de O liveira

ART I S T A
Francisco Teles da Sf Velho

CA L D E I R E I R O
Francisco Luiz Damasio
- ‫ ו‬52 -

GARAPIÑA
Faustino Dias Teixeira
Feliciano Manuel do Bonfim
Felix José da Costa Barros
Firnino dos Santos Perefct
Floridorio Evangelista da Silva Barros
Francisco Amaro F a r a i z o
Francisco Joaquin de Sant'Anoa
Francisco Manuel da Piedade
Francisco Ribeiro Sanches
Frederico Francisco da 89 G u i m a r ã e s

CARPI NTEI RO
Faustino Albino do Sacramento

CELEI RO
Francisco Alexandre de M a tto s

CHAPELEI RO
Francisco Antonio Roxa Solposto

CHARUTEIRO
Francisco Cézar Tupinamba
Francisco Pereira Damasceno

COMERCIANTE
Francisco de Alpoim

COMPOSITOR
Frederico Alvee de A ra u jo

EMFALHADOR
Francisco Araujo
Francisco Fernandes Amieiro

EMPREGADO p t l BLl CO
Cap9 F ir m o Caetano de Araújo

FERREI RO
Fernando José de Souza
Firmioo Antonio Falcao
‫־‬ 153 ‫־‬

F UNI L EI RO
Francisco Xavier d 'O liv eira

GUARDA-LI VRO
Francisco Bellens de Lima
Francisco Go me s de Amorim

l a p i d Xr i o

Francisco José Lopes Junior

MAQUI NI STA
Francisco Lopes Nunes

MARCI NEI RO
Fabriciano José M eireles
Fernando Teixeira da HoCCa
Floriano Joao da Cruz
Francisco Severiano Muricy

macS n i c o

Francisco Alves dos Santos

m Os i c o

Florindio Augusto de Freitas Bahiense


Francelino Teixeira Machado
Francisco Alves da Cunha
Francisco Amando da Silva
Francisco Antonio Jacen
Francisco Baldoino Pereira da S ilv a
Francisco Fructuoso Valongo
Francisco José de Abreu
Francisco Marques de O l i v e i r a
Francisco Ribeiro de M e llo Nabuco

NEGOCIANTE
Francisco Plácido d a C o n c f ’"

" O F I C I N A DE P I ANO”
Feliciano da Ressurreição B atista
- 15 4 -

OURIVES
Firraino Joaquín Machado e Silva
Fortunaco José Fernandes Junior
Francisco Soares A lbergaria

PADEI RO
Florindo José Damazio M a tto s
Francisco das Chagas FimenCel
Francisco Pereira da Silva Maltez

PEDREI RO
Feliciano José Francisco
Florindo José Damasio
Francisco Luiz da Silva
Francisco Ro mã o d o s Santos

PHARMAUCEUTICO
Filintro Elizio Pinheiro

PI NTOR
Feliciano Benvindo Ferrf da Costa
Feliciano Antonio Pimentel
Fortunato Drunond
Fortunato Pereira do Lago
Francisco Jose Rufino de Sales

SAPATEI RO
Felippe Benicio
Felisberto G o me s d a Silva
Felipe José Dooingues
Felipe Per? dos Anjos Vieira
Firmino José de S a n t ‫ ׳‬Anna
Florencio Benjamim A lm eida Pires
Florentino Per? d 'O liv eira
Fortunato Candido da S i l v e
Francisco Alexandrino de Carvalho
Francisco A m a r o Gome s
Francisco Coelho Barbosa
Francisco da Silva Freire
- 1S 5 -

SAPATEI RO c o n t .
Frederico Joio da C o s ta Trigueiros
Frederico Roque Guimarães

SERRALHEI RO
Francisco Leandro d a AsBumpçao

SI RGUEI RO
Francisco Alvares Ribeiro
Francisco de Souza Carvalho

TI POGRAFO
Firm ino Matheos Cardoso
Firmino Thomas d'A quino
Francelino da Silva
Francisco Felix Pereira de Araújo
Francisco Pires de Carvalho e Aragao

TORNEI RO
Francisco de Araújo Guia?‘

NÃO DECLARADA
Felipe Paulino de S a n t a Ana
Felipe Tranquilino da Costa
Felism ino JÚ lio dos Santos
Francisco Brandão
Francisco de P au la M artins
Francisco Domingos de Bittencourt
Francisco Nunes da Silva Reis
Francisco Paulo Xavier

- G -

ALFAI ATE
Geroncio Goaes Ferreira Braga
Gordiano José de Souza
Guilheroe Rodrigues Viegas

ARHADOR
Guilherme Rodrigues da França
- 1S6 ‫־‬

GARAPIÑA
Gregorio Francisco á'A ssis
Gregorio José de O liveira

CARPI NTEI RO
Gregorio Rosa de Aguiar Leite
Guilherme Anastacio

CHARUTEIRO
Gustavo M a rtin s Leite
Gustavo Theophilo Amiry

ENCADERNADOR
G ratulíno Pedro Correio

mO s I CO
Gernano Ernesto de Souza Limeira

OURI VES
Gaudêncio Euclides Soares Ribeiro
Genuino Pedro da Costa
Grigõrio J o s é de Lima
Gregorio J o s e de L in a e Camara
Gregorio J o s é da S i l v a Lima

PI NTOR
G raciliano Chaves
G rácil iano Palhares

SERRALHEIRO
Gasparino Alves de Souza

TIPOGRAFO
Genuino Izidorio de Souza

TORNEIRO
Grigorio Crescencio de Menezes Brim
- 157 ‫־‬

- H ~

ALFAI ATE
Hermenegildo Lopes M e sq u ita
Honoiato Jo sé Rodrigues
Honorato Guilherme de Carvalho

ENCADERNADOR
Hyglno Ferreira d'A lcantara

FERREI RO
Heliodoro Julio de Campos

FOGUETEI RO
Hermenegildo Peixoto da Silva Mello

LATOEI RO
Honorato J. Barbosa B rasil

LITOGRAFO
H eráclio Augusto Odilon

MARCI NEI RO
Henrique da Costa Lobo
Honorato Phellipe M angabeira

mC s i c o

Hermenegildo Honorato dos Santos


Honorato Pereira de Lacerda

NEGÕCIO
Henrique de Souza Galvao

OURI VES
Honorato Luiz de Carvalho

PEDREI RO
Henrique Fernandes Nunes da França
- 158 -

t if Qg r a f o
H ernelino FrancÍB co Comes

NÃO DECLARADA
H enrique J 08S da S ilv a
H ernenegildo P eixoto de K a t t o s

‫־‬ I ‫־‬

ALFAIATE
Idelfo n so B arbosa de Jesus
Ignacio Fernandes A lves Badaro
Ignacio Manoel de S a n t ‫ י‬Anna
Innocêncio Jose Barbosa

ARMADOR
Ig n icio José da Cunha

AR T I ST A
Ivo B orges de Barros

GARAPIÑA
Ig n icio José P. Neves
Ignacio P ereira das Neves
Isid o ro A lves S arafia

C ARP I NTEI RO
Ignacio A gostinho C ardoso

CHAPELEIRO
Ignacio F rancisco R odrigues

CHARUTEIRO
Ignacio M iguel d a CosCa Nunes

DESENHADOR
Ignacio José de A l n e i d a G ouveia

FERREI RO
Ignacio Sabino da F o n se c a G atvão
- 159 ‫־‬

MARCINEIRO
Ivo ZeferÍQ O da S ilv a
Izaac CoDca de F reitas
Izid o ro M arques P ereira

PEDREIRO
Innocêncio da C osta Lima

PHARMAUCEUTICO
Innocêncio F rancisco da C. Cunha
Ism ael C ândido da S ilva

ODRIVES
Ignacio José de Souza

SAPATEIRO
Ignacio A lex an d rin o de Souza
Ignacio A lex an d rin o da N a tiv id a d e

TIPOGRAFO
Ignacio H erm ogens C ajueiro

NÃO DECLARADA
Id alin o F ortu n ato dos Santos
Ignacio X avier de Souza
Ism ael Paulo dos Santos

- J -

ALFAIATE
Jacin to F rancisco R ibeirB
João A pollo de B itten co u rt
Joao C lim aco de St9 Anna Capinam
Joao C y rillo de Souza
João C y rillo da C onceição
João da G raça G entil
João G onsalves da Sé
João do N a s c i m e n t o B abia
João Nunes Pim enta
João Pedro da S ilv a
- 160 -

ALFAIATE c o n t .
João S eb astião da S ilva L isboa
Joaquin G o me s da C osta
Joaquim José da S ilv a Pim ental
Joaquia Thonaz A lves dos R eís
José A ntonio dos A njos
José A ntonio da C osta e Abreu
José A ntonio Lopes de M e sq u ita
José C alixto de Sanpaio
José C ypriano da Fenha T ito
José E leu tério R ufino
José F elician o da Rocha
José Fernandes A lz. BadarÓ
José F lo ren tin o
José Joaquim A lv a re s de B adaro
José L ad islau da S ilv a L isboa
José Manoel da Rocha
José Manoel Guardado
José M aria C achoeira
José M ario da S ilv a
José M arques A ntao
José M artins Leal
José R odrigues Germano
José Roque P into
Juvencio José Lopes

ARMADOR
Januario F ereira de S a n t ‫ י‬Aana
João de Déos Damasceno
João F. da M atta
Joaquio F ereira B aião
José A ntonio R ibeiro
José da C osta F erreira
José E usébio C aixoeira
José L uiz Sobrinho

ARTI STA
João B ap tista de S? Lim a
Joao F om pilio de Abreu
José Ignacio P etronilho
- 161 -

BAULEIRO
João R am iro de O liv eira

CABELELEIRO
Juvencio D iogo S. Anna

CALAFATE
João F rancisco O lavo

GARAPIÑA
JacinC ho Jose C ardoso
Jacin th o José S ergio dos Santos
Jacin to P ereira de A ra ú jo
Jeronym o S ergio dos Santos
João Borges dos Santos
João C aracioli da C osta
João C irilo do Sacram ento
João E ufem io das V irgens
João Ferr9 da T rindade
Joao Jú lio Candido
João L uis das V irgens
Joao P aulo
João Pedro G ualberto
Joaquim P ereira da Rocha
Joaquim S ervolo da A ssunção
José C la rin d o 'd a S ilv a
José C h ristin o A lves da S ilv a
José da C osta B randão
José C y rillo do Sacram ento
Jose dos Santos Ramos
José E stevão F alcao
José F eliciano Soares
José F lorencio G o me s
José H aria do S a c r a m e n t o
José M aria de Souza
José P ereira da S ilva
José V icto r dos R eis
Jorge V ictal de C arvalho M iranda
- 162 -

CARPINTEIRO
Jacin to F rancisco M arques
Joio A ntonio de M attos
João da M a tta M agalhães
João F erreira dos Santos
Joao Isidoro P ereira
Joaquim H erm enegildo de S. Anna
Jose B asilio da S ilva
José E steves d* Ar9 Junior
José F erreira dos Santos
José Gaspar de S a n t'A n n a
José João de M eliz
José João de M esquita
Jose Joao de Souza
José M aria da F urificaçao

CHAPELEIRO
Ju lio P ereira de Souza

CELEIRO
José Roaao da S4

COLXEIRO
Joaquim B orges de Q ueiroz

COMPOSITOR
José C astilho de A guiar D altro

CHARUTEIRO
Jerônym o Soares de A l b e r g a r i a
Jo aq u im Nunea Machado
Jose A ntonio Franco
José de M aC tos Capinam
José de O l i v e i r a Lima
José G il M o re ira
José Joaquim C orreia
José P ereira Rebouças
Jorge G il M oreira
- 16‫ נ‬-

CONSTRUTOR
Jo io A nastácio de Sousa

DESENHISTA
João F ra n 'c isc o Lopes R odrigues

DOURAQOR
João T eix eira de O l i v e i r a J?**
José M elquíades G arcia

EMFALHADOR
Juvencio A ntoaio de A raujo C osta

EMPREGADO DO COMERCIO
Juvencio S inões T oledo

EMPREGADO PO b LICO
Ju viniaao das Neves F erreira

ESPI NGARDEI RO
José Jorge Lucas P into

ENCANADOR
João C osta Nepomuceno
JÚ Iio Jourdan da C arvalho

ENTALHADOR
João B ap tista F erreira de C arvalho
João G uilherm e Coelho
João Sim ões F ran cisco de Sousa
Joaquim R odrigues de F arias

ESCULTOR
João B ap tista Franco
João C arlos do S acraneato e S?

FERREI RO
Jesuino Isid o ro de Souza
João B oth
‫־‬ 164 -
FERREIRO c o n t .
Joaquim C y rillo B orgee
Joaquim Leonardo Braga

FOGUETEIRO
José M aria da P u rific a ç ã o

F U N I L EI R O
José A cylino Nepomuceno
José de A r a ú j o C astro
José C ardoso de H ello A rgollo
José de O rvellaa B ottae
Ju lio Gounet

I NDUSTRI AL
José Isid io dos Santos

LATOEIRO
José G aldino F erreira Leal
Ju stin o P ereira de B ritto

LAVRANTE
José R ofino

MAQUINISTA
Jerónim o Joaquim de A lm eida
João Paulo de Souza
José Leonardo Raeder
José P aulo de Sousa H oraes

MARCINEIRO
Jesuino Thomas de Souza
João A lexandre Borges de C astilh o
João B ap tista de A lm eida
João B ernardo da S ilv a Campos
João B ernardino Donel
João E u flo rzin o da T rindade
João G ualberto de M iran d a
João José E spínola
João P in h eiro R equião
Joaquia B ernardino F reire
- 165 -

Joaquim C aetano do8 R eie


Joaé d 'A la e id a V ictal
José B acnardino d 'O rn i
José E lesbão de P aiva
José J o a o •de C a s t r o
José R icardo do N a s c im e n to
José S ilvino dos Santos
José T eix eira dos Santos
José T im oteo de H elo
José X isto Gomes M e n d o n ç a
Jocge G uilherm e C oelho
JÚ lio F rancisco M aglioly
Justin ian o José Fernandes

HODELADOR
José F rancisco T avares

m Os i c o

Joao B ap tista dos Santos B ello


Joio Felyppe da Fonseca
Joaquim F erreira
Joaquim Pedro H oreira
Joaquim V icto r P ereira B aião
Jose Bruno C orreia
José C operC lno R ibeiro Sanches
José E u lãlio B arbosa d 'A lm e id a
José Joaquim de S a n t'A n n a
Jose Joaquim de Souza
José Leandro Comes
Ju stin o José de S a n t'A n n a

n Xu t i c o

Joaquim N o lasco da F ontoura F. da Cunha

NEGOCIANTE
Joao D aniel P ereira Sepulveda

OURIVES
Jerônym o Pedro da C osta
João A nastácio P ereira
- 166 -

OURIVES c o n t .
Joio A ntônio F eT eira
João do C a i o o Amazonas
João de F reitas O liv eira
João Ignacio de Sousa
Joaquim G ualberto da S ilva
Joaquim Ignacio A lbernaz Sob?
José A ntônio V ieira
José B asilio da T rindade
José F rancisco dos A njoa
José Joaquim da S ilva
José M aria de M attos T ellea de M eneses
José Mendes B arreto
José Fedro F erreira
José P ereira de S. Anna
Ju stin o Comes Borges
Juvencio A lves de A ra ú jo

PADEIRO
João G onçalves F urtado
Joao Lopes V elloso
José Joaquim de Sousa Lobo
José P acífico dos Santos

PINTOJl
João C hrisostom o de Q ueiroz
João F erreira da C osta
João José A lves de Souza
Joaquim A lves d 'O liv e ira (im aginário)
Joaquim João de Souza
Joaquim L ibanio do S a c r a m e n t o
José A gapiCo de F reitas
José A lves de Souza
José Lázaro de Azevedo
Ju lião R ibeiro de Souza

POLIEIRO
José P h ilip p e de A lm eida
- 167 -

PHARMAUCEUTICO
João B ap tista D ías

PEDREIRO
João E v angelista d 'A ra u jo
Jo io F rancisco de Jesus
Joao M eponuceno e C osta
João Pedro V ieira
José D uarte Santos B ahia
José H enrique M enezes
José Izidoro d 'A rg o llo
José N ogueira
José P ereira de Lacerda
José P ereira dos Santos G odinho
José S erapião das V irgens
José T ertu lian o de B ritto

SAPATEIRO
João A ntonio Nepomuceao
Joao da M a lta
João Paulo de Santa E ufrosina
Joaquim de C arvalho Lima
Joaquim José de S a n t'A n n a
Joaquim de S anta Inez
José Brás do Sacram ento
José dos R eis Nunes
José G regário da C osta
José M aria de M atos
José R ufino T eix eira Campos
Jorge de Amorim
Ju lio Sym phronio T eix eira

SABOEIRO
Joaquim José P ereira E sp in h eira

SERRALHEIRO
Jaim e C lem ente Pessoa da S ilv a
José M oureira da S ilva
- 168 -

SI RG UE IRO
João de Souza

TAMANQUEIRO
Joaquin V alenC im C ardoso

TANOEIRO
João C ardoso dos Santos
José M oreira V ieira

TIPÓGRAFO
Jesuino F ran cisco de C arvalho C abrera
João C ap istrano Fernandes
João Joaquim da S ilv a
Joaquim C assiano H ypolito
J? de O liv eira Santos
José F irnino C avalcante
Jose M arques de Souza
José O dorico Paranhos

NÃO DECLARADA
Jacin to T rig u eiro de Lima
João B ap tista C anteiro
João B ap tista V ieira
Joao F rancisco C oelho
Joaquim F ran cisco Mery
Joaquim G ervasio de S. Anna
José Fernandes A lves BadarÕ
José Jerónim o da S ilva
José Lourenço C ajaty
José M aria B elchior
José P ereira de M e s q u ita
José P. C ardoso dos R eis
José F io de M elo
José Prudência P ereira de C arvalho
José Romão d e C onceição
José T ib ru cio d ‫ י‬A lm eid8 B ahia
Ju lio H arcellino G esteira
Ju stin ian o Joel S. Anna
- 169 -

‫־‬ L ‫־‬

ALFAIATE
L adislao Joaquim de M ello
L ázaro F ran cisco A. de S a o t'A n n a
L ázaro Monge d a C onceição
L eab in o Manoel de Lima
L ucio C asem iro da Fonseca
L ucio da S ilv a C oelho
L uiz A gostinho da S ilva
L uiz A ntonio Joaquim do V a le
L uiz C assiano da Fonseca
Luiz C azem iro da Fonseca
Luiz da F ra n ç a A raújo Lima

ARMADOR
L adislau Joaquim V elloso

BAULEIRO
Ludgero de M e d e iro s Ranos

GARAPIÑA
L ino da C o s ta Machado
L uiz R ibeiro Sanches F ilho

CARPI NTEI RO
L ázaro Jose C onceição
Ludgero dos Santos S ilv a
Ludgero Jose do Sacram ento

CHARUTEIRO
L uduvico José da S ilva

CORRIEIRO
L uiz Firm ino Jeronim o da C osta

EMPALHADOR
L uiz S ervólo de M enezes D oria
‫־‬ 170 -

ESCULTOR
L ino M a r tin s A lves
L uis H ernógenes V ictorino P ereira

FERREIRO
L ib erato José dos Santos

F U N I L E I RO
L aurindo E utichio de S. Jorge

LATOEIRO
L uis da C o s t a Franco

HARCINEIRO
Leonardo V ieira de Souza
L eoncio A m ãncio d 'A 8 su m p ç a o
Leoncio Per? da M otta
L eopoldo José Leal
Luiz A ngelo St9 Rosa
L uis José de O liv eira
L uiz M anoel doe Sancos

m Os i c o

Loureaço José d 'A ra g a o

NEGOCIANTE
L uiz Joaquim da S ilv a

OURIVES
L eopoldo H oreira da S9 P i n t o
L eopoldina R odrigues Coelho

PEDREIRO
L eopoldina S ergio d 'A ra ú jo
L ino M a u ric io de B itencourC
L ourenço M anoel de F arias

PINTOR
L eocadio Texf Leal
L eopoldo R ibeiro de C astro
- 171 -

SAPATEIRO
L aucencino T orquato da S ilv a
L eonidio C eciliano da Rocha
L ucio L eite das V irgens

TAQUlCfeXPO
L uiz O lím pio T elles de Menezes

TANOEIRO
Ludgero dos S antos Piedade

TI KTUREI RO
L eocadio Prim o A lves de S eixas

TIPOGRAFO
L aurindo Regio^aldo de A quino
L eopoldina José P itoobo

NÃO DECLARADA
L adislau A ugusto C ardoso
L uiz Ignacio da Fonseca G alvão
L uiz Lopes do Sacram ento

‫־‬ M ‫־‬

ALFAIATE
M iguel A ngelo da Cruz
M iguel da Cruz
Manoel A ntonio G arcia do C au to
M anoel A thyde Seixas
Manoel do B o n fim F reitas
Manoel F elix da S ilv a
M anoel Fernandes A lves Badarõ
M anoel F erreira do Sacram ento
Manoel G ustavo C yrilo U anderley
M anoel Joaquim L indiram a
M anoel Jose do N ascim ento
Manoel Leao B arbosa
Manoel L uiz da P aixão B arbosa
Manoel da N a tiv id a d e D ias
‫׳‬ 172 ‫־‬

ALFAIATE c o a t .
M anoel Paulo da Cone.™
M anoel dos Passos S ilv a
M anoel S alu stian o C rav .^°
M arcellino Jose de Lima
M arcelino de Souza L eite
M arciano B onifacio L eite
M arco Gomes de Sa
M arcolino Jose V ieira
M ariano José d 'A ra u jo Santos
M ariano J. da S ilva
M ariano Jose A raujo Santos
M athias P resp ectacu lo de A l c a n t a r a
M athias T avares do Sacram ento

ARTI STA
M anoel M iscias G arcia

CALAFATE
M iguel A rchanjo V iegas

CALDEI REI RO
Manoel P o rfirio Machado

CANTEIRO
M artiniano da S? L essa

CAPPELISTA
Manuel A ntonio da C osta

GARAPIÑA
Manoel do Bonfim
Manoel do B onfim C onceição
M anoel de Deos e S ilv a
Manoel de Jesus C arlos
M anoel da N a tiv id a d e M onteiro
M anoel P orciu n cu la S araiva
M ariano G eraldo de F arias
M arcolino Dom ingos de Santa Anna
M attaeos A l v e s da C ruz Rocha
- 173 -

CARAPINA c o n t .
H auricio Innocencio das Chagas
M axim iano T elles d ‫ י‬C arvalho

CARPINA
M aaoel da N atividade M oitinho
H arcolino de S a n t'A n n a

CARPI NTEI RO
M anoel B ernardino C alnon
M anoel Isid o ro P ilg u eiras
M anuel Jose da S ilv a Rocha
Hanuel Lourenço Pedro
Manuel Theodoro de Jesus

CELLEIRO
M axim iano Fer- doe Santos Carmo

CHAPELEIRO
M anoel José A lves
M anoel L ad islao S oeiro

CHARUTEIRO
M anoel Samuel da C osta

GRAVADOR
M arcelino Jose de Azevedo

ENTALHADOR
M arcos Dom ingos A ro u c a

ESCULTOR
Manoel Joaquim doa Santos S ilva

ESPI NCARDEI RO
Manoel de C astro do E s p i r i t o Santo

FERREI RO
M anoel d 'A s c e n ç ã o A lvea
M arcelliao H arti& s C apella
- 174 -

FERREI RO c o n t .
M artinho (?)

FOGUEI TEI RO
M arcelino João do B o n fim

FU N I LE I R O
Manoel Ignacio dos Santos
Manoel José C aetano
Manoel JosS de M a tto s
Manoel José E stevee
M ariano José de Menezes

LATOSIRO
M anoel D om ingues de B arros
Hanoel T eixeira P orto

L I VR EI RO
Manoel A lves de Souza
M anoel Ignacio Cam inhoa
M iguel F erreira d 'A lc a n ta r a

MACHINISTA
M atheos C onceição da Cruz

HARCIHEIRO
Manoel A ntonio A lves Gome s
Hanoel dos Santos Rosa
Manoel C ecilio de Sousa R egis
Hanoel Joaquin de S a n t'A n n a
Hanoel José Soares
M anoel M arcos de B arros
H anoel M arques da C osta
M anoel M iz. R odrigues
M anoel R odrigues do Sacram ento
M iguel A rchanjo M oreira
M inélio A velino de S eixas

m Os i c o

Hanoel A m brosio dos S aatos Fraga


- 17‫ צ‬-

MOSICO c o n t .
Manoel de A lm eida C arlos
Manoel do N a s c i n e n t o de J e s u s
Manoel E m ílio P ereira B aião
Manoel F lorencio do E s p i r i t o S anto
Manuel Joaquim de A ra u jo
Rev. Pe. Manoel José R odrigues
M arcellino D ias da Rocha
M arcellino Vaz Muthum
M axim iano de S a n t ‫ י‬Anna
M axim iano da S anta Cruz de Souza M urta
M iguel dos A ojos de S t- Anna T o r r e s

OURIVES
M anuel de A ra u jo G ois
M anoel D oaingues d 'O liv e ira
M anoel da P aixão da Fonseca C alvao
M athias T avares d a Cama
M iguel Jeronim o dos Santos M eira

PADEIRO
M anoel M a r tin s de Sá

PEDREIRO
M anoel A m ancio da S ilv a
M anoel F riandes
M anoel Jose C oelho M oreira
Manoel L uiz de Jesus
Manoel P ereira do N a s c im e n to
M arcelino T elles de Menezes
M artiniano Jose R odrigues
M auricio Joaquim de A rgollo

PI NTOR
Ffanoel A r c a n j o de J- M oreira
M anoel Borges dos Santos
Manoel C alixto do E s p i r í i o S antp
Manoel E m igdio V anique
Manoel Jeronym o de Souza Rocha
M arciano A ntonio da S ilv a e O liv eira
- 176 -

PINTOR c o n t .
M artinho Cezar da Rocha P i t t a
H axim iano Soares Lopes
M iguel A rchanjo de P aiva

POLIEIRO
M iguel do6 Sancoa P ratos

PROFESSOR
M aooel L uiz Comes V i n h a s

SACERDOTE
Pe. M anoel C lim aco V alladares
Pe. Manoel F ran cisco José B ernardino
Pe. M artins G ualberto

SAPATEIRO
Hanoel D 'A ssu m p ção C osta
Manoel Borges da S ilva
Manoel da Chagas O liv eira
Manoel Jose da C osta
Manoel José M aria
Manoel P ereira de Santa Anna
M arcolino de França

TANOEIRO
M artinho dos Santos Machado

TIPOGRAFO
M anoel H onorio da S ilv a
Manoel P ereira L eite
M artinho M ariano F lo resta Machado

NÃO DECLARADA
M anoel A ffonso T avares
H anoel. André M arques
M anoel B ernardino da C osta
M anoel C assim iro da Rocha Passos
Hanoel E ugenio R eis
H anoel Inácio da C onceição B ahia
‫־‬ 177 -

NAO DECLARADA
M anoel P atricio da S ilva
M anoel P ereira de Andrade
üaaoel R aiouado Q uerino
Manoel de SaaCa U r s u la
Manoel Soares P into
M artinho A ntonio da Cruz

- N ‫־‬

ALFAIATE
N icolau de Abreu F aria

A RT IS T A
N icolau Gomes d a s M ercez

GARAPIÑA
N icolau F eijó de M ello

C ARP I NT EI RO
N icolau F ran cisco da C osta
N icolau Joaquim da C osta

CHARUTEIRO
M icolau Fernandes de Souza
N icolau José F erreira

FERREI RO
N icolau T o len tin o de Campos

FOGUETEIRO
N icolau T o len tin o de F reitas

F U N I L EI R O
N icolau S irico da V ic to r ia

NAO DECLARADA
N icolau A n t 1> n i o d o s Santos
N icolau T o lentino B rito G araúna
‫ ־‬178 -

‫־‬ O ‫־‬

ALFAIATE
O nofre João da S ilv a

ART I ST A
O legario R odolfo Chaves

FU N I LE I R O
O lim p io Ji)ᣠL e i t e

NEGOCIANTE
O cãvio F erreira M aia

OURIVES
O vidio P ereira de Souza

TIPOGRAFO
Orm indo A l e x a n d r e de A lm e id a

NÃO DECLARADA
O lavo Dam ião P ereira

_ P -

ALFAI ATE
Paulino M arques da Rocha
P aulo A lves A lfredo
Pedro A dvincula da S- G uim arães
Pedro José de S anta Anna
Pedro P ereira d ‫ י‬A lca‫ ם‬t a r a
P o rphiro F reire S. Anna
P o rfirio Gomes G uim arães

ART IS T A
P o rfirio M anoel Lopes
P o rfirio P into

BACHAREL EH C I Ê N C I A E LETRAS
Philom eno C ecilio de Souza
- 179 ‫־‬

CALDEI REI RO
Pedro L eoncio de Souza

CARAPINA
P aulo A lves da C onceição
Pedro Jo io Q ualberC o
Pedro R oiz Mendes
P h ilip pe M anuel de S. Anna Falção
Prim o F elician o A lves

CHARUTEIRO
Pedro S erapiao de C astro
P ro tásio A polSnio T rig u eiro

C A RPI NTEI RO
Pedro F erreira de B arros
Práxedes A ntonio Barbuda

CHARUTEIRO
Pedro S erapiao de C astro
P ro tasio A polonio

FERREI RO
P o licarpo A ugusto de C arvalho

F U N I L EI R O
Pedro de A lcan tara dos Santos A lm eida

MARCIMEIRO
Pedro Borba de Barbuda
Prospero R ibeiro da S ilva

m Os i c o

Pedro J o a q u l a M oscozo
P olycarpo A lves da S ilva

OURIVES
Pedro A lexand rin o R ibeiro M oreira
Pedro Joaquim de M atto s
- 180 ‫־‬

PEDREIRO
a
Pedro A ugusto da S‫־‬
Pedro PireB Hunçâo
P h ilip p e Jose d ‫ י‬A 88uapçio

PINTOR
Pedro dos Santos
Pedro R odrigues S eixas
P o rfirio V ienna

POLIDOR
Práxedes F rois C orte

RELOJ OEI RO
Pedro T rajano de V a s c o n c e l l o s '

SAPATEIRO
P atricio A• Camponez
P eregrino F ran cisco de O liv eira
P o rfirio Lourenço de A ssum pçao

TIPOGRÃFO
P erm inio José de Souza

nSo declarada

Pedro A lves D ias


Pedro B orges D ias
P ossidonio M anuel de J e s u s

- Q -

CANTEIRO
Q uintiliano dos Santos

GALVANIZADOR
Q uintino Gomes de  ra ú jo Braga

PI NTOR
Q uirico A ntónio do E s p í r i t o Santo
- 181 -

- R ‫־‬

ALFAIATE
R agosino P ereira da Rocha

CANTEIRO
R einaldo F elippe da Rocha
R ufino José M utamba

GARAPIÑA
Raim undo L uiz da V eiga
R omã o A l v e s da Lapa
Rosendo d 'A q u in o

CHAPELEIRO
R icardo D u ltra de Andrade

CHARUTEIRO
R odrigo Soares A lberg aria

FERREI RO
R ufino A ntonio da S.

F UN IL EI RO
R icardo C andido G arcia
R o salino d ’A I o e i d a G. M adrogada

LATOEIRO
Raimundo M onato de Souza

MARCINEIRO
R ogério R odrigues Sanches

OURIVES
Raim undo N onato F erreira Lopes
R icardo Chaves Leal

PINTOR
Raimundo N onato da 6- Rocha
- 182 -

SAPATEIRO
R oberto José C orreia

TIPOGRÍFO
R icardo B enedicto A ccioli

NÃO DECLARADA
Raim undo N onato S plnols
R icardo X avier Leal

‫־‬ S -

alfaiate
S erafim dos A njos B enjam in
S ilv estre da S- T abira
Sim io F ran cisco Borgea
Severiano A ntunes Bruno

ARTI STA
Sism ando A lves do Carmo Rochi

GARAPIÑA
S alvador R odrigues Setúbal
S elestino A lves de Souza
S eraphia Bruno dos Santoa
Severo José do N a s c i m e n t o

COMPOSITOR
Sym phonic O lym pia P ereira

ENTALHADOR
S alvador M arques da S ilva

FERREI RO
S uterio Joaquin d 'A lm e id a

FUHCIONÃRIO PÚBLICO
S oter C avalcante de M ello
- 183 ‫־‬

FU N I LE I R O
Severiano Pedro da S ilv a

MARGINEIRO
Sabino J obS dos Saotot
S aluatiano doa Santos Comes

m Os i c o

S aturnino A ntonio M arques

OURIVES
Serapião F ran cisco das Chngas

PADEIRO
S everiano d e Lima

PEDREIRO
S eb astião A lves da C osta
S eb astião A lves Rocha
S everiano C arlos F erreira
Simao F erreira de S a n t'A n n a

PI NTOR
S everiano A lves de Souza
S ilv estre C aetano de F arias

SAPATEIRO
S abino F ran cisco da P aixão
Sabino C onçalves
S alu strio de M onte F alco

NAO DECLARADA
S ebastiano Severino de Souza
S ilv estre A ntonio de O liv e ira

‫־‬ T -

ABRIDOR
T heotonio José de S t- Anna
- 184 -

ALFAIATE
T elesfero José F erreira
T elesphoro da S‫־‬ R eis V ianna
T iago das Neves
T ibúrcL o Joaquia P. Loaguinho
Thonaa A ntonio da V illa Mova
Thomas de A quino C osta Serpa
Thomas E v angelista de C arvalho
Thomas P atricio doe Santos
T ito V espasiano A lves
T ranq u ilino T eixeira da S. B iquiba

BACHAREL BELAS LETRAS


T heõfilo das Neves Leão

GARAPIÑA
T ertu lian o D om ingues P ereira
T ertu lian o de Jesus P inheiro

CHARUTEIRO
Thomas D avid do V a l l e M aria

CONSTRUTOR
T rajano A ugusto de C arvalho

FERREIRO
T ertu lian o P o rfirio d 'A lb e rg a ria

FUNILEIRO
T heodorico José R odrigues

MARCINEIRO
T eophilo A nciocho dos Santos
T ibúrcio da S. Pim entel
Thomas P ereira de Lacerda
T ibúrcio José M enezes
T uribio T o lentino da Cruz

M I L IT A R
T rian q u ilin o Borburem a (M ajor)
- 185 -

PEDREIRO
T ibúrcio José de S é Anna

PI NTOR
T heodorio/X avier de Sá

RELOJOEIRO
T ito Jorge de A raújo P in to

SAPATEIRO
Thomas Jose de Souza

SERI GUEI RO
• 6S
Thomas de A q u in o P. G uía.

TORHEIRO
Thomaz B o r g e s de C astilho

NÃO DECLARADA
T assiano P into de Mendonça
T erancio A ranhas D antas
T iberio D ias da Rocha
T ito dos R eis
T ran q uilin o P ereira B aiao

‫־‬ U ‫־‬

SAPATEIRO
U nbelino José da C osta

‫־‬ V -

CARPIMA
V ictorin o A lves C orte Im perial

CARAPIMA
V enancio José Barbosa

CHAPELEIRO
V ictorino José de P aula R ibeiro
- 186 -

CHAPELEIRO c o a C .
V iriato F into d8 C o s t a

DOURADOR
V ictorino Eduardo de O liv e ir a

FERREI RO
V irg in io José da S ilva

F U N I L E I RO
V icente F erreira Campos

LAMPISTA
V irg in io F erreira N õbrega

MARCINEIRO
V icente de S anta Rosa

m Ds i c o

V eridiano A ntonio G ercent

OURIVES
V aleriano T ibúrcio da Sa.
V ictor A ll C orte Im perial

PEDREIRO
V enceslau T alles da S ilv a
V ictorino Barbosa P orto
V icto r José L eite

PI NTOR
V irginio E lisiário do S p iríto S anto
V irginio To mé d e S a a t'A n n a

POLIDOR
V icente A nastácio V elloso

NAO DECLARADA
V icente A leixo Franco
1B7 ‫־‬

- X -

CARPI NTEI RO
X avier F ran cisco de Souza

-Z -

MARCINEIRO
Z otico T elles de M enezes Goes

SAPATEIRO
Z eferino da C osta
- 1B8 -

g l o s s Ar i o

A bridor ‫־‬ o que abre, enC alha ou b u r i l {o q u e abie algum a


co isa de poços .

A lam biqueiro ‫־‬ aquele que trab alh a c o b alam bique. P ro p ri¿
tãrio de alam bique.

A lfaiate - o que talh a e cose fato d e homem.

Arm ador ‫־‬ arm eiro fi a r m a d o r de ig rejas, de c a s a s , o ficial


m echanico que as adoroa, e arm a de festa ou de
lu cto - o que tem arm ação de pescar ‫־‬ o que arma
n av ios, e 08 apparelh a para navegaçao arm ada e
antigam ente tam ben p a r a o corso, por aju ste com
el‫ ־‬rei ou por sua aucto rid ad e.

B acharel - in divíduo que tendo cursado q u a t r o a onos. com a p p r o


vaçãoqualquer faculdade da u n iv e rs id a d e de Coim
bra, recebe o prim eiro grau acadêm ico, p ela im
posição da b o rla doutoral. // B acharel form ado,
o que frequentou 0 q uinto aano d e uma f a c u l d a -
de, depois de n ' e l l a ter tom ado o g r a u de ba
ch arel,

B arbeiro - o que exerce o o fficio de fazer a barba.

B auleiro ‫־‬ o que faz ou v e n d e bahus.

C ab eleireiro -0 ‫׳‬ que penteia, ou c o r t a o cab ello , o que


faz, e concerta cab elleiras.

C alafate - o ficial que calafeta nav ios.

C ald eireiro ‫־‬ o que faz, ou v e n d e cald eiras, tachos e va-


80s de cobre. S o que 008 engenhos de assu-
car lim pa as m eladuras na cald eira.

C anteiro ‫ ־‬m echanico, que lav ra pedras de can taria i Por‫־‬


ção de terra lavrada e separada de o u t r a , pa-
ra n 'e lla se disporem , ou sem earem flS res, h 0£
taliças, etc.
- 189 ‫־‬

C arpina ‫־‬ o mesmo q u e carapina, o carp in teiro de casas ,


carros etc. para o d i f Cerençar do q ue se em pre-
g a em t r a b a l h o s de construção naval.

C arp in teiro ‫־‬ o perario que por o f f ic io trab alh a em n a d e i -


ra hâ as v arias esp ecialid ad eat carp in teiro
de casas, de n o r a s , de carros, etc.

C hapeleiro - que faz, ou ven d e cTiapSus,s o m b r e i r o .

C haruteiro - p ro p rietário de charu taria - 2 - O perário*


que fab rica charutos.

C olchoeiro ‫־‬ pessoa que faz, ou v e n d e colchões.

C om m erciante ‫־‬ pessoa que faz conm ercio, nego cian te. S Ne^
g o cian te.S G erencia co m m ercian te, a dos ban
q u eiró s, seguradores, n egociantes de com i¿
sões, m ercadores, fab rican tes, etc.

C onstrutor ‫ ־‬o que faz, traça, executa. I de nav io s, enge


nh eiro naval. I Que construe - engenheiro '
cone tr u c t o r .

C o rrieiro ‫־‬ co rreeiro - o fficial, que faz obras de couro,


co rreias, b irro s e outros arreio s de cavalgar,
e de b estas de carga.

C ravador - o fficial que c rav a pedras p recio sas. Termo de


artes e o fficio s. Ponta de ferro, fincada n'um ,
com q u e o s sap ateiro s abrem no salto os bura -
eos para os pinos ou tornos.

D esenhista ‫־‬ pessoa que exerce aa r t e da desenho. Pessoa'


q u e d e s e n h a ou s a b e desenhar (desenhador).

D ourador ‫ ־‬o ffic ia l, que a s s e n ta ouro por ornato em ma-


d eiras, pedras, m etais, lenços, sedas, etc.

E m palhador - o que, a que põe p alh in h a em c a d e i r a s , etc.


p alh eire iro .

E ncadernador - o que tem p o r o fficio encadernar liv ro s.

E ngenheiro - o que processa q ualquer ramo d a engenharia .


E ngenheiro ‫־‬ civ il - m ilitar - h id ráu lico
de m inas de p o n t e s e calçadas de m achinas '
- 190 ‫־‬
etc. (c pop B razil} P ro p ietario , de senbor de
engenho (de assucar).

- E ntalhador ‫ ־‬o fficial de obra det a l h a , que en talh a, e re-


p r e s e n t a en m a d e ir a , laçarias, flo ree, fo lh a-
gens, b ru tesco s, etc. de m eio relev e•

- E scu lto r ‫־‬ o que faz fig u ras de pedra, de m a d e ira : escul -
ptor de im agens,

* E spingardeiro - o que faz espingardas. I e que vende espin


gardas, e o utras arm as de fogo.

- Ferrador - o fficial, o perario que prega ferraduras en b e s -


tas ou b o í s . O fficial que poe ferretes - O pera-
rio que ap p lica os chumbos - spbre peças de es-
to fo .

- F erreiro - m echanico que faz obras de ferro.

- F ogueteiro ‫ ־‬o que faz foguetes, e fogos de artifíc io .

- F undidor - o o p erario que fu n d e ,que trab alh a em f u n d i ç ã o .


- E um f u n d i d o r .

- F u n ileiro - o que faz funis; o que faz obras de fo lb a de


flan d res: l a t o e i r o de fo lha branca.

- G alvanizador ‫־‬ o fficial que o p e ra a zi& cagem , p o r m eio da


qual se cobrem os o b jecto s de f e r r o c om uma
camada lig eira de zinco para os preservar '
da o x id ação .

- G u arda-livros - em pregado de c a s a de com m ercio, com panhia,


banco, etc. que tem a seu c a rg o o lançam en
to de todas as tran sacçõ es nos liv ro s res-
pectiv o s, ou a d i r e c ç ã o e r e s p o n s a b i l i d a d e '
da e s c rip tu ra ç ã o , quando ella é feita por
m ais em pregados, t Q ualquer peseoa encarr^
gada de v i g i a r nos liv ro s de algum a repar-
tição ,

- In d u strial - o ind iv id u o que exerce uma i n d u s t r i a , u ma pro


fissão m ecbanica ou fab ril, ou m e r c a n t i l . i
P ro p rietário de fab rica, o fficin a, etc.
- 191 -
> L atoeiro - 9 que fflz 9brftt de la tio , que v en d e o b r • de la
tão.

- L ap id ario - 0 que trab alh a ea lap id ar pedra■•

- L avrante 0 ‫־‬ que lav ra en p r a t a , ou o u r o ,a p u r a n d o , e po ‫ד‬


lin d o as feiçõ es, que as p eç as traxem da f u n d i ‫־‬
ção, coa uns ferros azeirad o s nas pontas: ourÍ-
ves.

- L itographo ‫־‬ o que exerce a arte lito g rap h ica (gravação ea


pedra).

- L iv reiro ‫ ־‬pessoa que negocia em liv ro s; que tem l i v r a r i a .

- M ecânico •‫ ־‬o q u e e versado na m echanica.{ O f f i c i a l , arti-


fice, o p erário de arte aecbanica.

- H arcin eiro - o fficial de m a r c e n a r i a , que lavra m adeira pa-


ra m óveis, c om a a i e artific io que o carpinteé
ro: por ex: m olduras, entalhadas, etc. Algu&s
d ’estes trafialhaa obras de tau x ia, eaarch etes
obra folhadas e co b ertas de m a d e ir a s precio -
saa,

- M aquinista 0 ‫־‬ que fas ou in v en ta m achinas, f o que d ir^


ge 0 aac& inism o das peças th eatraeé‫־‬ I 0
que tem a seu cargo d irig ir otrab alh o das
m achinas, p o l * ‫־‬a s em m o v i m e n t o e c u id a r da sua
conservação e lu b rificação .

- M ilitar - concernente a m ilicia, a tro p a, ao ex ercito , a


guerra, aarcha m ilita r: exercício , regim en, leis,
regulam entos, au cto rid ad es, in stitu içõ es m ilita-
res, S Que ê prÕ prio do que m i l i t a nas file ira s'
do e x e r c i t o ; 0 dever m ilita r . •

- M odelador ‫־‬ pessoa que fa z o m odelo; o que n o d e la .

- M usico ‫־‬ pessoa que sabe m úsica. Í Pessoa que tea por pro‫־‬
fissão a arte o u sical, tocando ou cantando. S In‫־‬
dividuo que faz parte de o rch estra banda, p h ilar-
m onica, etc«

_ N áutico ‫־‬ ho m em n á u t i c o ; ho m em d o m a r , homem q u e sabe a


arte de n a v e g a r - pratico em n a v e g a ç ã o .
- 192 ‫־‬
‫׳‬ M egoci«nte cQ q«rci1(nC «, 1‫ «> ף‬n e g o c i a por gzoaso; pes»oa '
de n egocios que v iv e do c o m m e r c ie .

- O urivea ‫־‬ a rtista , o p erário que trab alh a em o u r o ou p rata,


que lav ra esees aetaes em v a s o s ; jo ias, etc. I
A ntigam ente sS se d izia do a r t i s t a que lavrava '
en o u ro . ‫ י־‬H o j a dizeaos o u riv es do o u r o ‫־‬ da p r^
ta. i o que v ende o b jecto s de cu riv ersaria. I A
lo ja onde se venden esse■ o b jecto s; ouriv e rsa ria .

- P adeiro ‫ ־־‬home m q u e faz, ou ven d e pao. I lo ja onde se vea-


de o pão; p ad aria, pad ijo .

- P asteleiro ‫־‬ o que faz, ou v e n d e p asteis, doces, etc.

- P edreiro ‫־‬ o fficial, que trab alh a em o b r a de pedra, e cal,


en o b r a s de alv en aria, ou c a n t a r i a •

- F harn acêutico ‫־‬ que resp eita à pharnãcia. S 0 que exerce a


pharm ãcia; b o ticário .

- p in to r ‫־‬ o que sabe ou exerce a arte de p in tu ra: artista ‫י‬


de g o sto, de sen tiaen to ; às vezes de g e n io , que
d eixa nas suas telas a in o rtalid ad e. I Chama‫ ־‬s e '
tanbén p in to r 0 o p erario que pinta grosseiram ente
p o rtas, paredes, tecto s, etc. p in to r de brocha, i
0 po eta, que descreve b e m um o b j e c t o , facto s, co¿
tunes, p aísiõ es f de phan tasia que p in ta o b jectos
im aginários, e nao quaes ex istem na n atu reza. S
C ólica dos p in to res.

- P o lid o r ‫־‬ pessoa que pule, brune, bruñidor, i P esso a que '
dã p o lin e n to , lu stro cm m o b i l i a s , e outras peças
de m a d e ira , lustrador•

- p o lieiro ‫ ־־‬o f f i c i a l de o b ras de poleam e, 0 que ven d e p olea


me. Poleam e - 0 aparelho de p o lía, e roldanas e
cabos para lev an tar e içar pesos.

- Professor - o que ensina'^ Igum á a rt« ,s c ie n c ia,lL T \g u a f etc. n estre,


len te: professor de reth õ rica, de ph ilo so p h ia,
etc. I 0 que professou em a l g u m a o r d e n eques ‫־‬
tre. I Professor reg io ; o de in stru ção p rin a ‫־‬
ria, que en sin a en escbola púb lica: e de nomea
ção do g o v e r n o , e por elle pago, tendo tam bém '
em m u i t o s m u n i c i p i o s su b sid io das re8 p ectiv as‫י‬
cam ara•«
193 ‫ ־‬-
- R elojoeiro *‫ י‬o q u e faz, ou co ncerta reló g io s, i O que c u i -
da de algún relS g ie para que regule bem, para
que ande certo . S R elojoeiro I o que vende r¿
lo g ío B .

- Saboeiro ‫־‬ boneia q u e faz ou v e n d e sabão, f O nesmo que bb~

b o eira, e saponaria; plan tas.

- S acerdote ‫־‬ o que faz ou m i n i s t r a os sacrificio s do v e r d a -


d eiro Deua; os sacram entos da Ig reja, padre: e
ê de ordens, ou m a i o r e s , p resb y tero , etc. até
o sacerdote m áxim o, s ummo p o n t i f i c e , ou papa.

- S ap ateiro ‫ ־‬o que trab alh a en calçad o; o que faz ou concer


ta sap ato s, botas, etc. { O que vende calçado:
o que tem l o j a de calçad o s. I E um s a p a t e i r o .

- S elleiro ‫ ־־‬o q u e £ a z sellas, sellin e arreio s S o que tea


estabelecim ento de selleiro .

- S erralh eiro ‫ ־‬ferreiro , que faz chaves, fechaduras, etc.

- S irg u eiro ‫ ־‬o que faz obra de fio , e cordoes de seda, ou


lãv> o nesmo que serig u eiro , e sirig u eiro .

- S o licitad o r - an tig o o f f ic ia l pub lico , hoje procurador en-


cartad o , que re q u e r por outrem as causas de
ju stiça nos trib u n ais: "o so licitad o r da ju ¿
tiça” .

- X aoanqueiro ‫ *־‬f a b r i c a n t e e/ou vendedor de tam anco.

- T anoeiro ‫־‬ o que faz to n eis, p ip as, b arris, e outras vasi-*


Ibas,

- Taq£gra£o ‫־‬ estenógrafo. Cf8 t e n o g r a f i a ‫־‬ escrita abreviada


e sim p lificad a, na q u al se em pregan sin ais que
perm item escrever con a mesma r a p i d e z com que
se fala; taq u ig rafia, lo g o g rafía).

- T in tu reiro ‫־‬ o que exerce a arte da tin tu rarla; o que tio -


ge pannos, sedas, chapeus, etc.

- T orneiro ‫־‬ o que lav ra ao torno obras de m a d e ir a , m arfin ,


m etal, etc. e n 'e lle pule as de prata de marte^-
ló,■ das desegualdades, que e s t e 'd e t x o u ,

- T ypo 'g rafo - o que exerce a ty p o g rap h ic‫־‬: com p.ositor, arti¿
ta que compõe ‫־‬ A rte ty po g rap h ica. i E stabele-
cim ento, o fficin a onde se conpoe e inprim e: in
prensa.
ENTIDADES CONGÍNEJIES NA CIDÃDE DO SALVADOR

TiTtTLO FUNDAÇÃO HISTORICO LOCAL/SEDE

Sociedade P r o t e t o r a 16.9.1832 P o r i a i c i a c i v a do n e g r o H a a o e l V i c t o r C r u z e i r o de S . Fr a nc i ¿ ^

dos Desvalidos S e r r a e sob a p r o t e ç ã o d e N . S r a , do co


Aapar o doa D e s r a l i d o s p a r a a t e n d e r a o s
associados ioválidos e concorrer ao
f u n e r a l . F u n c io n ou d e i n i c i o a a Cape~
l a dos Quinze H i s t e r i o s , t r a n s f e r i n d o
p a r a o a t u a l p r e d i o ao C r u z e i r o d e S .
F r a n c i s c o , a p ó s s u a compra em 1883.
FONTE: R e l a t ó r i o d a S o c i e d a d e 1931~-34

S o c i e d a d e Monte P i o 16.12.1632 J o â o I z i d o r o P e r e i r a , £ u n do u - a para 1« a e d e - R. do A r c e -

dos A r t í f i c e s b e n e f í c i o d os s o c i o s d o e n t e s t e m p o r ¿ bispo

r í o s ou i n v á l i d o s , b a n assÚD p o r f a - ACuál ‫ ־‬R• do S a l ‫־־‬


l e c i m e a t o d os oe emo s, a u x i l i a r as d a n h s n ? 21

Buas v i ú v a s ou mã e s. S e n h o r a S a n t !Ana
sua p ad ro eira.
FONTE: A S o c i e d a d e Ho n te P i o d o s A r -
t í f i c e s , a t r a v é s d e 100 a n o s .
B a h i a , I n p r e s a V i t o r i a , 1933
A rq u iv o d a S . H . P . d o s A r t í f i -
cas.
:i
jJrU L O FUNDAÇXO HISTORICO LOCAL/SEDE

Monte F i o d o s C a i x e i r o s 22.11.1857 Con a reforma d a seua eatacucos em ?

Nacionais 1870, v i s a n d o a m p l i a r s e u s b e a e f i e i o •
a o u t r a s c a t e g o r i a s , coma o a o o e de
HoaCe F i o C e r a l d a B a h í a . P e a s i o as
f a n i l i a s dos s o c i o s f a l e c i d o s .
FONTE: C f . VUUWA, V i c e n t e . M e o ó r i a '
sobre o Estado da Bahia. Babia
Typ. do D i a r i o d a B a h i a , 1893,
p . 394.

Sociedade P r o t e t o r a 3.3.1860 Foi seu p r im e ir o p r e s i d e n t e , H i l á r i o Rua do P a s s o n9 16


B e n e f i c e n t e d os Ar— de Souxa H a r q u e s . Em 1S83 p a s s a a
Tif i c e s ,C arpinteiros d e n o m in a rle Sociedade Humanitária '
e Calafates dos A r t i a t a s .
FONTE: P r e s i d ê n c i a d a P r o v í n c i a . A<
E . B a . m a r ç o , 1 5 7 5 , S é r i e Cova ¿
no .

Associação Beneficente 1667 C r i a d a p o r a t o d a P r e s i d ê n c i a da F r ¿


Dous d e Dezembro v i n c i a com a f i n a l i d a d e d e a s i l a r e s
i n v á l i d o s da g u e r r a c o n t r a o P a r a g u a i
e a s s i s t i r ãa f a a i l i a a dos que nela
faleceram.
FONTE: C f . AMARAL, J o s é . A l v a r e s d o,
Resumo c h r o n o l o g i c o e n e t i c i ¿
so d a P r o v i n c i a d a B a h i a . B a h i a
1922. p . A70.
TITULO FUNDAÇÃO HISTORICO LOCAL/SEDE

Associação Typografica 3,10.1870 Sõ £ 0 1 i n s t a l a d a a 16 d e a b r i l do ano Castaaheda

Baiana s e g u i n t e . O g r u p o f u n d a d o r c o n t a v a com
66 operãrioB, d e 6 t a c a n d o - 6 e t r i n t a e
q u atro e n tr e tip ó g r a f o s , encadernado-
r e s e l i tó g r a f o s , A presidencia provi
s ó r i a exerceu~a o t i p ó g r a f o Capitao '
do E x e r c i t o J o a o C a p i a t r a n o F e r n a n d e s .
FONTE: C f . VIANMA, V i c e n t e , o p . c i t .
p . 390.

S o c i e d a d e B o l s a de 8.5.1872 L a t o e i r o J u s t i n o P e r e i r a de B rito ,m e £ L a r g o do Carmo d9 42

C a r i d a d e do A r s e n a l t r e d e f u n i l a r i a do A r s e n a l d e C u a r r a
de Guerra da B ah ia , coo p a t e n t e de a l f e r e s por
• u a p a r t i c i p a ç ã o n a G u e r r a do P a r a g u a i ,
s e n s i b i l i z a d o com a a e m õ r i a d os comb¿
t e n t e s d e s a s s i s t i ã o s , quando d a exuma^
ç ã o d o s r e s t o s o u > rt ai s de um o p e r á r i o
c u j a f a m í l i a f i c a r a ao d e s a m p a r o , for^
m a l i z o u s e u p r o j e t o de f u n d a r com um
g r u p o de c o m p a n h e i r o s , uma a s s o c i a ç a o
que a s s u m i s s e 0 8 e n c a r g o s do f u n e r a l '
e s o c o r e s s e com p e n s ã o o s f a m i l i a r e s '
d o s membros f a l e c i d o s . R e s t r i t a o r i g i
n a l m e n t e a o s t r a b a l h a d o r e s do A r s e n a l
ea c u ja s in s ta la ç õ e s funcionava. Em
Timo nWDAÇAO HISTORICO LOCAL/SEDE

Em 1 8 7 s, um aCr iCo com o s e u d i x e t o r ,


l e v a e s t e u l t i m o a imp&dir c o n t i n u a s s e *
a enCidade s e d i a d a e a su as d e p e a d e o c i a s ,
0 in c id e n te motiva a lte r a ç õ e s ea seus
e s t a t u t o s que abrem a p o s s i b i l i d a d e de
i n g r e s s o a homens e m u l l i e r e s d e o u t r a s '
á r e a s de t r a b a l h o e a l t e r a m a a n t i g a d ¿
noainação pa ra simplesmente Sociedade '
Bolsa de Caridade.
FOHTE: BAHIA, S e c r e t a r i a de E du ca çã o e
C u l t u r a . Fundação do P a t r i m ô n i o '
A r t í s t i c o e C u l t u r a l , Sociedade
B o l s a d e C a r i d a d e ; p o r M a r i a Con
c e i ç ã o B a r b o s a d e S o u z a . S a l v a **
d o r , 1975, n ã o p a g i n a d o .

Sociedade Im p e r ia l 2 0.10.1872 Segundo s e u e s t a t u t o d e v i a c o n g r e g a r a ¿ Rua do S a l d a n h a


Ly c eu d e A r t e s e t i s t a s nacionais e estran g eiro s residen
O f í c i o s d a Ba h i a t e s n a P r o v i n c i a ou f o r a d e l a , a f i m de
pr omover o d e s e n v o l v i m e n t o e p e r f e i ç ã o '
d a s a r t e s com a i n i c i a ç ã o e d u c a t i v a d o s
f i l h o B , b e n e f i c e n c i a a ú t u a . Seu t i t u l o '
o r i g i n a l e r a S o c i e d a d e d e A r t e s e 0£x ~
cios.
FONTE! ESTATUTO d a S o c i e d a d e I . L . A . e 0 .
B a h i a , I m pr e n s a E c o no m ic a , 1885.
TlTULO FUNDAÇSQ HISTORICO LOCAL/SEDE

Sociedade B eneficente IS.9.1872 Singular i n i c i a t i v a descinada a ajudar F a c . de Medicina

Acadêmi ca og a l u n o s p o b r e s do c u r s o me d ic o no
pagamento d e m a t r í c u l a s , a q u í s i ç a o de
l i v r o s , impressão de t e s e s e a u x i l i o '
p e c u n i á r i o en c a s o d e d o e n ç a .
FONTE; VIANHA, V i c e n t e , O p . C i t . p . 3 8 1 .

Liga O perária 1681 C o n s titu íd a s por o p e r á r i o s q u a l i f i c a "

Bahiana dos (mestres) da c o n s tr u ç ã o ( ; i v i l ? l .


FONTE: Cf . MATTOSO.Katia. B a h i a : a ci->
dade do S a l v a d o r e s e u mer cado
no s é c u l o XIX, s ã o P au l o. HU IC ^
TEC; S a l v a d o r , SMEC/PMC, 1 8 ‫ ע‬,
p . 227.

Sociedade B eneficente 19.4.188S Fu nd ad a com o p r o p ó s i t o de a s s e g u r a r ‫י‬ Rua D i r e i t a do P a l a c i o

Caixeral p r o t e ç ã o e s o c o r r o a o s c a i x e i r o s , bem n? 3S
assxn au x ílio fu n e ra l. In stalo u em
1923 ‫ «™י‬e s c o l a m i x t a e g r a t u i t a p a r a
o s f i l b o s d o s a s s o c i a d o s , a b e r t a t am-
b ã n ao povo. D i s s o l v e u - s e a p Ss a P r i "
m eira República.
FONTE: DIXRIO O f i c i a l do E s t a d o d a ^
h i a , 1 8 2 3 -1 9 23 , E d i ç ã o e s p e c i a l
do C e n t e n á r i o . S a l v a d o r , 1923.
p . 494.
TiTULO FUNDAÇÃO HISTORICO LOCAL/SEOE

U n i ão P h i l a n t r o p i c a 7,7.1889 Criada por un grupo de a r t i s t a s p a r a 8¿ R. V i s c o n d e do Rio


d os A r t i s t a s c o r r o d o s f i l i a d o s em c a s o d e i n v a l i d e z Br anc o n9 17
e su6vencionar~lhes 0 f u n e r a l.
FONTE: DIÃRIO O f i c i a l 1823 - 1923. Cp.
C i t . p . 454.

Cl ub d o s M a q u i n i s t a s 11.10.1669 Criada para p roceçao e b e n e f i c i o dos s ¿ Rua D i r e i t a do P a l á c i o


c i o s e s u a s f a m í l i a s , b e a cono f a z e r os
f u n e r a i s dos nesBos,

Sociedade B eneficente 9.8.1891 Com d i r e t o r i a e l e i t a a n u a l m e n t e , p r e t e n ^


Bolsa dos C hapeleiros d i a e x e r c e r ‫יי‬£ r a t e r n a l m e n t e a b e n e f i c ê n -
c i a ‫ 'י‬, a c u d i n d o s e u s a s s o c i a d o s n a d o e n ça
ou i n d i g e n c i a e c u s t e a r o s f u n e r a i s d o s '
falecidos.

Sociedade Abrigo 9 . 4.1693 " Co ng re g aç ã o d e a n c i ã o s r e s p e i t á v e i s e de F r e g . de Santo Ant¿

dos V eteranos procedimento e x a a p la r " , rezam 08 e s t a t u t o s n i o a l é a do C a m o


camprcaetidos na p r a t i c a r e c t p r o c a de ben¿
fü c io s e n tr e e l e s , por enfermidade, prisão
ou i n v a l i d e z i m p e d i e n t e d e p r o v e r a auto
subsistência. C ontribuir para o funeral e ‫י‬, i
TITULO FUNDAÇAO Hí.giORiCQ LOCAWSEDE

suBvencíonar a» f a m í l i a » dos s o c i o s f a l ¿
c i d o e " conf or me a s f o r ç a s do c o f r e da
Sociedade".

Associa ção Centro 6.5.1894 O o f i c i a l de p e d r e i r o , Damingoa S i l v a , l ¿ H a c i e l d e Balzo ‫־‬

O pe ra rio da Bahia d e r a a c r ia ç ã o d e s t a e n t i d a d e , marco de S o l a r do F e r r a o


transição entre o n u tu alisao v ig en te e o A t u a l : L a r g o do Peloti
s i n d i c a l i s m o q u e s e e s b o ç a v a . Fropuníta ' r i n h o n9 10
" d e f e s a dos d i r e i t o s do o p e r a r i a d o " . C s t ¿
v a a b e r t a a todos 08 a r t i s t a s e o p e r a r i o s
r e s i d e n t e s n a C a p i t a l ou no i n t e r i o r . O f ¿
r e c i a a s s i s t ê n c i a médica, i n i c i a ç ã o a s a ¿
t e s e o f i c i o s p a r a 08 f i l i o s d o s a s s o c i a -
d o s . Ai uct li o f u n e r a l . F o i r e c o n b e c i d a de
u t i l i d a d e p ú b l i c a e a 191%.

Uniao d o s P o s t i l h õ e s 16.7.1905 D e s p r o v i d a de p a t r i m ô n i o e c o n t a n d o c o a r ¿
c u rso s l i m i t a d o s , se propunha a s o c o r r e r '
como I h e e r a p o s s í v e l , o s f i l i a d o s c u s t e a n
do o f u n e r a l e c onc e de n do p e n s a o a s r e s p e ¿
c i v a s v i u v a s . P a a s o u a s e i n t i t u l a r Socie■*
d a d e B e n e f i c e n t e 16 d e J u l h o .
XtrULO FUNDAÇÃO HISTORICO LOCAL/SBDE

Centro D efensor dos 1907 I n s p i r a d o no p r o g r am a d a " F e d e r a ç ã o S o c i ¿ 7


T r a b a l h a d o r e s do Har l i s t a Babiaaa" declarava*^e ua s i n d i c a t o '
c a a p o s t o d o s t r a b a l h a d o r e s do mesmo o f t c i o
e , r e c ip r o c a m e n te , das a s s o c ia ç õ e s de c í a ¿
se de o f i c i o s : Uaião O p e r á r ia do s C a r re g ¿
d o re s. Associação U nificadora dos TraBalIu
d o r e s em P a d a r i a .
Un iã o S o c i a l i s t a d o s C o s t u r e i r o s , ABSoci a"
ç ão D e f e n s o r a d o s T r a b a l h a d o r e s em C o n s t n
ção.
C e n t r o U n i f i c a d o r d o s S a p a t e i r o s , Uni ão ‫י‬
d os T r a b a l h a d o r e s d a V i a ç ã o T e r r e s t r e da
B a h i a , e d a s d e a a i s a s s o c i a ç õ e s que de
a c o r d o com o s f u n d am e n t os g e r a i s d a ‫ ״‬F e d ¿
r a ç ã o S o c i a l i 8 t e ‫ 'י‬venham a •.se f u n d a r .

■ 'O

\ -
- 202 -

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

l. FONTES

1 .1 . Manuscricos

Ça^ U I V0 } d a ( ^ c i e d a d e Monte P i ó dos A r t i s t a s J S a l v a d o r - B a h i a . L i v r o t de


A t a s do C o n s e l h o D i r e t ó r i o : 1653 a 186 5: 1865 a 18 77 ; 1880 a 1 88 6 , '
1886 a 1912 ; 1914 a 19 21 ; 1921 a 1 93 8 .

L i v r o s d e R e c e i t a e D e s p e s a : 1852 a 1 8 5 6 ; 1852 a 1861; 1861 a 1864: 1864


a 18 6 7 : 1867 a 18 7 1; 1890 a 1900; 1900 a 1938.

L i v r o de M a t r í c u l a 1852 - 1909

L l v r o de t e r m o s de e n t r a d a de s ó c i o s 1893 - 1852 ‫־‬

L i v r o de r e g i s t r o d a s d e l i b e r a ç õ e s d a A s s e m b l e i a G e r a l .

C^RQUIvá d a ^ c i e d a d e Monte F i o d o s A r t í f i c e s ^ ) S a l v a d o r ‫ ־‬B a h i a

L i v r o d e A c t a do C o n s e l h o e A s s e i c b l e i a G e r a l . 1851 a 1858.

L i v r o d e M a t r í c u l a d o s s o c i o s d a ■Sociedade dos A r t í f i c e s da B A ia .

L i v r o de s o c i o h o n o r a r i o d a S o cie d ad e dos A r t í f i c e s

ARQUIVO do E s t a d o d a B a h i a . S a l v a d o r ‫ ־‬BAh i a. S e ç ã o h i s t ó r i a .

A v i s o s e r e c i b o s d o s M i n i s t e r i o s I m p e r i a i s 1861 ‫ ־‬c a l x a 378


- 203 -

P r e s i d ê n c i a d a P r o v í n c i a - At os do G o v e m o ‫ ־‬l i v r o s 9 7 2 ‫ ־‬974 ‫ ־‬975- 976 ‫ ־‬R e g i ¿


t r o de c a r C a s de a p r o v a ç ã o de E s t a t u t o de S o c i e
d a d e s 1 S 6 1- 8 4 ; U v r o a 9 1578.
- S o c i e d a d e s ; maço n 9 1575

ARQUIVO M u n i c i p a l d a C id a de do S a l v a d o r . S a l v a d o r ‫ ־‬Ba h i a

Li'.' ros de Õ b i t o - F r e g u e s i a d e S a n t a n a - 18 77 -1 88 3
‫יי‬ de S a n t o A n t o n i o 1877- 1891 ‫־‬
‫יי‬ de S . P e d r o - 1878 - 1879

ARQUIVO d a C u r i a M e t r o p o l i t a n a do S a l v a d o r ‫ ־‬S a l v a d o r - B a h i a

L i v r o s de 0 b i t o ‫ ־‬F r e g o e s i a d a Se - 1884 - 1901


P a s s o 1844- 1877
C o n c e i ç ã o d a P r a i a 1647/ 1895
- 204 -

1.2. Impressas

FALLAS, r e c i t a d a s p e l o s P r e s i d e n t e s d a P r o v í n c i a d a B a h i a n a a b e r t u r a d a
A s s e a b l é i a L e g i s l a t i v a e n t r e os anos de 1 6 S 5 1 6 6 9 ‫ ־‬. B i b l i o t e c a do A r -
q u i v o do E s t a d o d a B a h i a .

COLLEÇÃO d a s l e i s do l o ç é r i o do B r a s i l de 1 8 6 0 . Rio d e J a n e i r o , T y p . N¿
c i o n a l , 1 8 6 0 . Tomo X X I I l , P a r t e I I .

Idem 1 8 7 2 . Tomo XXXV, P a r t e I I

COLLEÇÃO d a s l e i s e r e s o l u ç õ e s d a A s s e m b l e i a L e g i s l a t i v a e r e g u l a s e n c o s '
do Governo d a P r o v í n c i a d a B a h i a s a c c i o n a d a s e p u b l i c a d a s no anno de
1 6 3 6 . B a h i a , T y p . C o n s t i t u c i o n a l de F r a n ç a G u e r r a . 1856 v . IX

I d e a . 1858 v XI.

I d e m, 1860 v . X I I I .

ESTATUTO d a S o c i e d a d e Monte P i o dos Art i s t a s . B a h i a , 2 T y p . d a J u s t i ç a ,


( t 8 5 3 ^ (Exet 1f > l a r p e r t e n c e n t e a (b i b l i o t e c a N a c i o n a l J do R io d e J a n e i r o )

ESTATUTO d a S o c i e d a d e Monte P i o dos A r t i s t a s . B a h i a , T y p . P o g g e t t i , *


1 8 5 9 . ( A r q u i v o do E s t a d o d a B a h i a , s e ç ã o h i s t Õ r i c » - P r e s i d e n c i a d a P r o
v í n c i a ‫ ־‬A t o s do Gover no ^86^1 i L i v r o 0 9 972»£1 3 0 6 ) .

ESTATUTO d a I m p e r i a l S o c i e d a d e Mont e P i o dos A r t i s t a s . D ia r io d a B t ^ i a .


S a l v a d o r , 25 j u n . 1 8 6 1 . p . 2

ESTATOTO^da S o c i e d ad e Monte P i o d o s A r t i s t a s . B a h i a , T y p . e Enc. do D i ã


r i o d a B a h i a , 169A.
- 205 ‫־‬

ESTATUTO d a S o c i e d a d e I to nt e P i o dos A r t i s t a s . B a h i a , l y p • Bap t i » t a Co«


1927. ' '

RELAT0R1O do C o n s e l h o D i r e c t o r i o d a S o c i e d a d e Monte P i ó dos A r t i s t a s , '


r e l a t i v o ao n u v i m e n t o do e x e r c í c i o f i a d o a 31 de j a n e i r o de 19 1 6. ‫י‬
B a h i a , T y p . e E n e . do L y c e u de A r t e s .

I de m p a r a 08 a n o s : 1 9 2 6 - 1 9 2 7 1 9 2 8 - 1 9 2 9 ‫־‬
JORNAIS: D i a r i o d a B a h í a . S a l v a d o r , 1653 a 189Q
Pequeno J o r n a l . S a l v a d o r , - 1890 a 1892
G az e ca de N o t i c i a s . S a l v a d o r , 1892 a 1893

ALMANAK, a d m i n i s t r a t i v o , t n e r c a n t i l e i n d u s t r i a l d a B a h i a . O r g . p o r C a n ^
10 de L e l l i s M a s s o n , p r i m e i r o a n n o . B a h i a , T y p . C a n á l l o de L e l l i s '
Masson & C . , 1834 ( B i b l i o t e c a do D r . R e na t o B e r b e r t )

I d e n p a r a o a n a o 1837 ( B i b l i o t e c a do D r . R e n a t o B e r b e r t )

ALMANAK, a d m i n i s t r a t i v o , m e r c a n t i l e i n d u s t r i a l d a B a h i a . O r g . p o r Camil
10 de L e l l i s Masson & C. 1862 ( B i b l i o t e c a d a P r o f a . C o n s u e l o Ponde
de Se nna )

ALMANAK, a d m i n i s t r a t i v o , c o m e r c i a l e i n d u s t r i a l d a P r o v í n c i a d a B A i a '
p a r a o a nn o d e 1 8 73 . C o p i l a d o p . A ltih o Rodrigues P í a e n t a . Bahia
T y p . d e O l i v e i r a Mendes & C. 1 87 2. ( Ac a de mi a de L e t r a s d a B a h ia )
- 206 -

ALVES, M a r i e t a . D i c i o n á r io d e a r t i e t a a e a r t í f i a e e . S a l v a d o r , U . F . B a . /
C o n s e l h o E s C a d u a l de C u l C u r a , 1 9 7 6 .

______ . N o t a s a margem do X i v r o ‫ ״‬A r t i s t a s B a h i a n o s " de H a no e l Q u e r i a o .


BAHIA, I n s t i t u t o G e o g r á f i c o e H i s t ó r i c o . A n a i s do P r i m e i r o C o a g r e s -
s o de H i s t o r i a d a B a h í a . S a l v a d o r , 1 9 S0 . v . 5 .

__. FoVhaa m a r ta s q u e r e o B u s a ita m . S a l v a d o r , D e p a r t a m e n t o d e C u l t u r a


d a P r e f e i t u r a ( t i n i c i p a l , 1975.

. SHITU, R o b e r t : OTT, C a r l o s : RUY, A f o n s o . H i s t o r i a d a s a r t e s n a e i


d a d e do S a l v a d o r . S a l v a d o r , P r e f e i t u r a M u n i c i p a l , 1967.

AHMX), J o r g e . Teru3a doa m ila g r e a . S . P a u l o , M a r t i n s , s . d .

AMARAL, J . A l v a r e s d o . Resumo c h r o n o ló ffia o e n o t i c i o a o d a p r o v i n c i a da


B a h ia d e s d e o e e u d e a o o b r im e n to em 15 0 0 . S a l v a d o r , I m p r e n s a O f f i c i a l
do E s t a d o , 1 9 2 2 .

AZEVEDO, T h a l e s O. d e . P ovoam ento da c id a d e do S a lv a d o r . S a l v a d o r , I t a p o ã ,


1969.

______. 48 e l i t e s de o o r ; um e s t u d o de a s c e n ç ã o s o c i a l . S . P a u l o , Companhia
E d i t o r a K a c i o a a l , 1 95 5 . ( B r a s i l i a n a , 282)

. & LI NS, E . Q . V i e i r a . H i s t ó r i a d o B anco d a B a h ia : 18S8~J9SB . R io de


J a n e i r o , J o s é O l i o p i o , 1 9 69 .

BLUTEAU, R a p h a e l ; P e . V o c a b u lá r io p o r tu g u e z e l a t i n o . A u t h o r i z a d o co0
e xe mp l os d o s m e l h o r e s e s c r i t o r e s p o r t u g u e s e s e l a t i n o s e ò f f e r e c i d o a
E l Rey d e P o r t u g a l D. J o ã o V. C o i a b r a , C o l l e g i o d a s A r t e s d a C009>anhÍB
de J e s u s , 1712. lOv.
- 207 ‫־‬

BOCCANERA, S í l i o . B a h ia o i v i o a e r e l i g i o a a ; s u b s í d i o p a r a a h i s t ó r i a .
S a l v a d o r , Nova G r a p h i c a , 1926.

______ . B a h ia h i s t ó r i c a ; r e m í o i s c ê n c i a do p a s s a d o , r e g i s t r o do p r e s e n t e .
S a l v a d o r , T y p . B a h i a n a , 1921.

BRASIL h i s t ó r i a ; t e x t o e c o n s u l t a . O r g a n i z a d o p o r A n t o n i o Mendes J u n i o r
e R i c a r d o Ma r an h ã o. S . P a u l o , B r a s i l i e n s e , 1 9 7 9 . v . 3 . R e p ú b l i c a Ve-
lha.

CARDOSO, F e r n a n d o H. e lANNI, O t á v i o . C or e m o b ilid a d e e o a i a l em F l o r i a


n Ó p o lie ¡ a s p e c t o s d a s r e l a ç õ e s e n t r e n e g r o s e b r a n c o s nuisa coBiunid¿
de do B r a s i l m e r i d i o n a l . Sao P a u l o , Companhia E d i t o r a N a c i o n a l , '
1 96 0 .

CARKEIRO, E d s o n . L a d in o s e o r ib u l o B ¡ e s t u d o s Õ b r e o o e g r o n o B r a s i l . Rio
de J a n e i r o , C i v i l i z a ç ã o B r a s i l e i r a , 1964.

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‫'־‬, ^ •• V : 1111‫׳‬1<1‫׳‬i1>11i11l1>» lU ln t iilo « , »4• lliu [u sM iii o |>1x-»V11(c D I ? L O M i , q iu j vni 4 m Í|;iu < Iu |míI«h P rc«i< Ic111c. .S c iT C fa r io , u T 11c» 0 1 u v ín > . 1• ! “ '• *j
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. I.lCPiTE-Pia DCS .iSV:3TAS o present‫ ־‬DIPLOH* d e S O Q O H 0 N 0 H A I \! 0 . ■ PR O T E C T O R d^ mwnw So-
c ie á ã ic , cm virluile dos ArU. 1. c 5. § único do* m u s E íU IuIos, o quai vai aw ignado pelo» P rc siJc n ie, S ecretario, e Thftiou-
reiro» e Sellado com o Sir.cte da SociecUde.
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J r m t .n A w a ijiiahua !/!•yh^ . .ç ii‫ •״‬offcrtou. na ç u ú ü J jif de Sofie E/j’ectivo, 1c¿»nJ0 Jis/tóe 01 E ita•
rwtn que regfM j uietuia Sceieihiie. h. para <^u<■ p^tsa gosar livrtmeiiie t/f tot/as a¡ pter0f!.11ivaj que H e ido
tCHh-ri.i.ts HOí !/:!•Hnouni/bf Eitaliiles. te Ihe parto// o presen/( ‘í t p f o i l l ó , que va¡ assignodo peie P/esiátntr^
Siereterio !• 7 7
• 'í < ‫ «־‬w / , »‫ ־‬V » , «• seli.tJo com o sme/e J a SorieJaJe.
¡•.\uJh FeJemJo Ja Itaiiax V «■ - Jr
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