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ESTUDO DA INFLUÊNCIA DA
GEOMETRIA DA FIBRA DE AÇO NA
TENACIDADE À FLEXÃO DOS
COMPÓSITOS DE MATRIZ DE
CONCRETO
Área de Concentração:
Engenharia de Construção Civil e
Urbana
Orientador:
Prof. Dr. Vahan Agopyan
São Paulo
1998
ii
ESTUDO DA INFLUÊNCIA DA
GEOMETRIA DA FIBRA DE AÇO NA
TENACIDADE À FLEXÃO DOS
COMPÓSITOS DE MATRIZ DE
CONCRETO
São Paulo
1998
iii
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais, Nelson Nunes e Ieda Veronez Nunes e à minha irmã Gislaine,
pelo incentivo, carinho e paciência neste período difícil de elaboração da
dissertação e por tudo que fizeram por mim.
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS....................................................................................................................III
LISTA DE FIGURAS.................................................................................................................... VI
LISTA DE TABELAS.................................................................................................................... X
ABSTRACT................................................................................................................................ XIII
1. INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................2
1.1. OBJETIVO .......................................................................................................................2
1.2. JUSTIFICATIVA DO ESTUDO ........................................................................................2
1.3. CENTROS DE PESQUISA ..............................................................................................3
1.4. IMPORTÂNCIA DO ESTUDO .........................................................................................5
5. PROGRAMA EXPERIMENTAL..............................................................................................79
5.1. METODOLOGIA ............................................................................................................79
5.1.1. Planejamento experimental ........................................................................................79
5.1.2. Variáveis independentes ............................................................................................82
5.1.3. Variáveis dependentes ...............................................................................................91
5.2. PROGRAMA DE ENSAIOS...........................................................................................94
5.2.1. Corpos-de-prova .........................................................................................................94
5.2.2. Mistura, moldagem e cura dos corpos-de-prova .......................................................95
5.2.3. Ensaios de compressão axial e tenacidade ...............................................................97
5.3. RESULTADOS OBTIDOS .............................................................................................97
5.3.1. Fibras de seção transversal retangular, de mesmo comprimento, mas com
diâmetros equivalentes diferentes: influência do fator de forma. .........................................97
5.3.2. Fibras de seção transversal circular de mesmo comprimento e diâmetros
equivalentes diferentes: influência do fator de forma. ........................................................122
5.3.3. Fibras de seção transversal circular com mesmo fator de forma: influência do
comprimento .......................................................................................................................135
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................................152
6.1. COMENTÁRIOS ESPECÍFICOS ....................................................................................152
6.1.1. Formas de avaliação da tenacidade.........................................................................152
6.1.2. Correlação entre tenacidade à flexão e fator de forma ............................................153
6.1.3. Influência do teor de fibras na tenacidade................................................................153
6.1.4. Influência do fator de forma na tenacidade ..............................................................154
6.2. CONCLUSÃO ..................................................................................................................156
6.3. TRANSFERÊNCIA DOS RESULTADOS AO MEIO TÉCNICO ......................................157
6.4. PROPOSTAS PARA CONTINUIDADE DAS PESQUISAS ............................................158
LISTA DE FIGURAS
Figura 3.1 - Curva de carga por deslocamento vertical média obtida para fibra de aço
com 36 mm de comprimento (FIGUEIREDO, CECCATO e TORNERI, 1997). ___________ 31
Figura 3.4 - Curva carga por deslocamento vertical de compósito elasto-plástico perfeito
__________________________________________________________________________ 37
Figura 3.6 - Critério da JSCE SF4 (1984) para determinação da tenacidade ___________ 41
Figura 3.8 - Curvas carga por deslocamento vertical médias de dois compósitos com
comportamento pós-fissuração distintos mas com fatores de tenacidade praticamente
iguais (Reproduzido de TORNERI, 1997)________________________________________ 42
Figura 3.10 - Curvas carga por deslocamento vertical obtidas a partir de três técnicas
diferentes de medida do deslocamento vertical (BANTHIA e TROTTIER, 1995a) ______ 48
Figura 3.14 - Curva de carga por deslocamento vertical de um compósito com grande
deformação plástica pós-fissuração ___________________________________________ 52
Figura 4.4 - Configuração de uma fibra parcialmente descolada e diagrama das tensões
de cisalhamento e atrito na interface fibra-matriz (BENTUR e MINDESS, 1990)________ 60
Figura 4.7 - Contribuição da ancoragem mecânica para o arrancamento das fibras de aço
com ganchos nas extremidades (NAAMAN e NAJM, 1991)_________________________ 65
Figura 5.3 – Curvas de Abrams obtidas com o estudo de dosagem utilizando cimento
CP V – ARI. ________________________________________________________________ 89
0
Figura 5.4 – Giro de 90 do corpo-de-prova para minimizar efeitos da segregação e
alinhamento das fibras. ______________________________________________________ 95
Figura 5.5 – Curvas de carga por deslocamento vertical obtidas com a fibra F1-A ____ 101
Figura 5.6 – Curvas de carga por deslocamento vertical obtidas com a fibra F1-B ____ 101
Figura 5.7 – Curvas de carga por deslocamento vertical obtidas com a fibra F1-C ____ 102
Figura 5.8 – Curvas de correlação entre os índices de tenacidade (ASTM C1018) e o teor
da fibra F1-A ______________________________________________________________ 107
Figura 5.9 – Curvas de correlação entre os índices de tenacidade (ASTM C1018) e o teor
da fibra F1-B ______________________________________________________________ 107
Figura 5.10 – Curvas de correlação entre os índices de tenacidade (ASTM C1018) e o teor
da fibra F1-C ______________________________________________________________ 108
viii
Figura 5.11 – Curvas de correlação entre o índice de tenacidade I5 (ASTM C1018) e o teor
de fibras para todas as fibras estudadas. ______________________________________ 109
Figura 5.12 – Curvas de correlação entre os valores de tensão residual e o teor de fibras
F1-A _____________________________________________________________________ 111
Figura 5.13 – Curvas de correlação entre os valores tensão residual e o teor de fibras
F1-B _____________________________________________________________________ 112
Figura 5.14 – Curvas de correlação entre os valores de tensão residual e o teor de fibras
F1-C _____________________________________________________________________ 112
Figura 5.15 – Curvas de correlação entre os fatores de tenacidade e o teor de fibras para
todas as fibras da série 1 de ensaios. _________________________________________ 113
Figura 5.16 – Curvas de correlação entre a tensão residual a 0,5 mm e o teor de fibras
para todas as fibras da série de ensaios 1._____________________________________ 114
Figura 5.17 – Curvas de correlação entre a tensão residual a 3,0 mm e o teor de fibras
para todas as fibras ________________________________________________________ 114
Figura 5.18 – Correlações entre fator de tenacidade e fator de forma para as fibras F1 117
Figura 5.20 – Correlação entre o número de fibras na seção de ruptura e o fator de forma
efetivo das fibras estudadas. ________________________________________________ 120
Figura 5.21 – Curvas de carga por deslocamento vertical obtidas com a fibra F2-C ___ 124
Figura 5.22 – Curvas de carga por deslocamento vertical obtidas com a fibra F2-D ___ 124
Figura 5.23 – Curvas de carga por deslocamento vertical obtidas com a fibra F2-E ___ 125
Figura 5.24– Curvas de correlação entre os valores de tensão residual e o teor de fibras
F2-E _____________________________________________________________________ 128
Figura 5.25 – Curvas de correlação entre os fatores de tenacidade e o teor de fibras para
todas as fibras da série 2 de ensaios (Obs.: FF = Fator de Forma)._________________ 128
Figura 5.26– Curvas de correlação entre a tensão residual a 0,5 mm e o teor de fibras
para todas as fibras da série de ensaios 2._____________________________________ 129
Figura 5.27 – Curvas de correlação entre a tensão residual a 3,0 mm e o teor de fibras
para todas as fibras da série de ensaios 2._____________________________________ 129
Figura 5.29 – Correlações entre fator de tenacidade e fator de forma para as fibras F2 132
Figura 5.30 – Correlação entre número de fibras na seção de ruptura e fator de forma das
fibras F2. _________________________________________________________________ 134
Figura 5.31 – Curvas de carga por deslocamento vertical obtidas com a fibra F2-A ___ 137
Figura 5.32 – Curvas de carga por deslocamento vertical obtidas com a fibra F2-B ___ 137
ix
Figura 5.33– Curvas de correlação entre os valores de tensão residual e o teor de fibras
F2-A (L = 30 mm) __________________________________________________________ 141
Figura 5.34– Curvas de correlação entre os valores de tensão residual e o teor de fibras
F2-C (L = 60 mm) __________________________________________________________ 142
Figura 5.35 - Curvas de correlação entre a tensão residual a 0,5 mm e o teor de fibras
para todas as fibras da série de ensaios 3._____________________________________ 142
Figura 5.36 - Curvas de correlação entre a tensão residual a 3,0 mm e o teor de fibras
para todas as fibras da série de ensaios 3._____________________________________ 143
LISTA DE TABELAS
RESUMO
ABSTRACT
Steel fiber reinforced concrete composites has good energy absortion, impact
resistance, apparent ductility and crack resistance. These qualities occurs due
fibers role as stress bridge across cracks. However, the flexural toughness
performing of composite depends on, among another factors, the steel fiber
aspect ratio, which is the ratio between the length of the fiber and the diameter
of the circumference which has the same area of the fiber transverse section.
fibers was experimentally measured. Aspect ratio, fiber length and fiber content
were correlationed with the main toughness measures currentily used. It was
shown, for deformed fibers, that the influence of aspect ratio on flexural
toughness of SFRC really exists, confirming that this fiber characteristic could
composites.
1
1 INTRODUÇÃO
2
1. INTRODUÇÃO
1.1. OBJETIVO
dosar a fibra para o concreto, levando em conta o tipo de fibra que irá utilizar, o
Brasil, a utilização das fibras de aço como reforço do concreto deu-se mais
Outro fato que demonstra a importância que o uso das fibras vem ganhando no
1
dados fornecidos por fabricantes de fibras.
4
1995). Nos Estados Unidos existem diversos centros de pesquisa com estudos
No Brasil, pouca atenção até agora foi dada para a aplicação do concreto
2
Informação cedida por Ravindra Gettu - comunicação pessoal.
5
afirmação com base no fato de que o conceito de fator de forma foi criado para
resultados obtidos.
forma das fibras de aço na tenacidade mesmo para as fibras que possuem
ancoragem em gancho.
CAPÍTULO 2
anos 60 (ACI, 1982). Nesta época, apenas fibras retas eram utilizadas em
concreto reforçado com fibras de aço para diversas aplicações tais como
2.2. APLICAÇÃO
com fibras de aço, deve-se ter cuidado com a trabalhabilidade deste, pois a
grande área superficial, tem maior contato entre si e com os outros elementos
com fibras. O uso de misturas mais ricas com maior teor de argamassa
auxiliam neste aspecto (ACI, 1982; ACI, 1993; ACI, 1988). Um outro aspecto
12
fibra utilizada, para evitar que o efeito de reforço da fibra de aço no compósito
agregado, por ser maior que a fibra, intercepta a fissura que propaga-se
através da fibra (figura 2.1). Por esta razão, não é recomendado o uso de
única restrição é para aditivos contendo cloretos (ACI, 1993), devido aos
ser utilizados para casos onde deseja-se prevenir os efeitos de gelo e degelo
mais trabalháveis.
13
2.2.2. Fibras
1994 ; ACI, 1988), que é mais eficiente que os mecanismos de atrito e tensão
e MINDESS, 1990).
Para qualquer método de mistura é necessário ter uma dispersão uniforme das
mistura (ACI, 1982 ; ACI, 1993). O embolamento das fibras pode acontecer
se desfazerem.
15
concreto. O fator de forma é um dos fatores mais importantes (ACI, 1982), pois
coladas. As fibras são coladas entre si com cola solúvel em água, formando
de forma aparente muito menor que aquele das fibras que os compõem.
recomenda-se (ACI, 1982 ; ACI, 1993) que o fator de forma da fibra não seja
desenvolvimento das fibras ancoradas nos anos 70, propiciou o uso de fibras
e SHAH, 1992).
16
direção de moldagem (figura 2.4). Um agravante que pode ocorrer neste caso é
com maior volume de vazios. Entretanto, isto fica restrito para concretos com
demonstrado que para teores de fibra de aço de até 50 kg/m3 , não houve
compactação porém, esta deve ser diferenciada. O ACI (1982) afirma que a
flexão.
20
concreto, em teores abaixo do volume crítico (item 4.3), contribui muito pouco
concreto sem reforço de fibras (ACI, 1994). Em alguns casos pode até ser
menor, como foi apresentado por ROSSI (1994), que atribui este
compressão.
21
flexão do CRFA.
2.4.2. Compressão
em trabalhos recentes com concretos reforçados com fibras de aço com baixos
do concreto.
flexão estática.
aço. Vale destacar o trabalho feito por CHANVILARD AÎTCIN e LUPIEN (1989),
que utilizaram este tipo de técnica. Neste caso foram feitos testes de campo
kg/m3). A opção pela baixa quantidade de fibras, neste caso, deveu-se a dois
tráfego médio de trinta mil veículos por dia, foi avaliado o desempenho dos dois
aplicação em pavimentação.
25
CAPÍTULO 3
3.1. GENERALIDADES
CRFA, uma vez que estas parcelas estão embutidas no trabalho total para a
de tensões entre as partes da matriz separada pela fissura. Assim, para o caso
1994).
principal.
que interpreta a tenacidade como a área sob a curva carga por deslocamento
recomendações para o CRFA (JSCE SF4, 1984b; ASTM C 1018, 1994b), com
Desta maneira, será abordado neste item apenas a tenacidade à flexão dos
(BALAGURU e SHAH, 1992) e por ser o tipo de ensaio mais comum para
uma vez que uma parte das fibras rompe antes de seu escorregamento,
tenacidade dos compósitos com matrizes de alta resistência tende a ser menor.
mas o teor de fibras investigado (2 % em volume) foi muito alto comparado aos
uma avaliação do emprego deste material nas obras faz-se necessário estudos
com baixos teores de fibras foi a realizada por RAMAKRISHNAN et al. (1981),
(Figura 3.1).
31
C A R G A ( kN )
40,0
35,0
30,0
25,0
B S F 36/1.8
20,0
15,0
10,0
5,0
0,0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3
D E F L E X Ã O ( mm )
Figura 3.1 - Curva de carga por deslocamento vertical média obtida para fibra de aço
com 36 mm de comprimento (FIGUEIREDO, CECCATO e TORNERI, 1997).
pela Japan Society of Civil Engineers (JSCE SF4, 1984b) e pela American
Society for Testing and Materials (ASTM C1018, 1994b) pois, simula melhor as
com comprimento acima dos 40 mm, onde os CP’s devem ter dimensões de
nos
casos dos prismas recomendados pela ASTM C1018 (1994b) e JSCE SF4
JSCE (1984b).
mais índices que são derivados desta curva. Um resumo destes índices e dos
Fatores de resistência
residual
Energia absorvida até
o deslocamento
vertical equivalente a
b+=100 (150) Carga por L/150.
JSCE SF4 Prisma d+=100 (150) deslocamento
L+= 300 (450) vertical medida no Resistência à flexão
C+=350 (500) meio do equivalente para um
vão ou nos cutelos deslocamento vertical
equivalente a L/150 ou
Fator de Tenacidade
Energia absorvida até
o deslocamento
vertical equivalente a
L/150
+ Valores entre parêntesis válidos para compósitos com fibras de comprimento superior a
40 mm
34
C 1018 (1994b) são obtidos através da divisão entre a área sob a curva carga
vertical e a área sob o trecho elástico da curva até o ponto que corresponde ao
na figura 3.3. Desta forma, o índice I5 é obtido através da relação entre a área
primeira fissura (δ). O índice I10 corresponde a divisão entre a área OAEF e a
5,5 x δ. O índice I30 é obtido através da divisão entre a área OAGH e a área
obtido através da relação entre a área OAIJ e área OAB, onde o ponto J
para este compósito apresentarão valores tais como 5 para o I5 , 10 para o I10 ,
30 para o I30 e assim por diante. Estes valores servem como um referencial da
apresenta.
(item 3.3.1).
3.5, os índices podem indicar alta tenacidade mesmo que o referido material
mecânica.
Figura 3.4 - Curva carga por deslocamento vertical de compósito elasto-plástico perfeito
38
Deslocamento vertical
partir dos índices de tenacidade (I5 , I10 , I30 , I50). O cálculo é feito através da
fórmula:
100
Ra,b = × (I − I ) (3.1)
b− a b a
onde,
Desta forma, para os índices de tenacidade I5 , I10 , I30 , I50 temos as seguintes
relações de tenacidade:
100
R5,10 = × (I − I ) = 20 × (I10 − I5 ) (3.2)
10 − 5 10 5
100
R10,30 = × (I − I ) = 5 × (I30 − I10 ) (3.3)
30 − 10 30 10
100
R30,50 = × (I − I ) = 5 × (I50 − I30 ) (3.4)
50 − 30 50 30
módulo de ruptura.
Tb L
FT = ⋅ (3.5)
δ tb b ⋅ h2
onde:
Tb = Área sob a curva carga por deslocamento vertical até o limite de deslocamento vertical
L/150 (L é o vão livre entre cutelos do corpo-de-prova), em Joules.
FT = Fator de Tenacidade à flexão, em MPa
δ tb = deslocamento vertical equivalente a L/150, em cm.
b = Largura do corpo-de-prova, em cm
h = Altura do corpo-de-prova, em cm
L= Vão do corpo de prova, em cm
apontada por MORGAN, MINDESS e CHEN (1995), que mostram que estes
consumo de energia.
Deslocamento vertical
prática por TORNERI (1997), para o caso de dois compósitos reforçados com
fibras de aço, onde um foi reforçado com fibras retas e o outro reforçado com
Deslocamento vertical
Deslocamento vertical
Figura 3.8 - Curvas carga por deslocamento vertical médias de dois compósitos com
comportamento pós-fissuração distintos mas com fatores de tenacidade praticamente
iguais (Reproduzido de TORNERI, 1997)
43
(5), verifica-se que a relação entre Tb (área sob a curva carga por
conclui-se que o fator de tenacidade é a tensão atuante para esta carga média
flexão, válida apenas para a fase elástica. Desta forma, percebe-se uma
limitação do índice japonês, pois o mesmo utiliza uma aproximação, uma vez
que a área selecionada para o cálculo envolve um trecho com uma distribuição
fato representa uma desvantagem destes métodos, pois dificulta uma análise
pela EFNARC (1996) têm sua origem na proposta concebida pela Associação
EFNARC.
Tabela 3.2 - Tensões residuais na flexão para as classes recomendadas pela EFNARC
(1996)
JSCE-SF4 (1984), o que cria uma dificuldade para uma análise comparativa
1995; ARMELIN e BANTHIA, 1997), que não podem ser obtidos por pontos e
Desloc. vertical
Figura 3.10 - Curvas carga por deslocamento vertical obtidas a partir de três técnicas
diferentes de medida do deslocamento vertical (BANTHIA e TROTTIER, 1995a)
matriz, resultado da energia armazenada pela matriz que o reforço das fibras
TROTTIER (1995a).
DESLOC. VERTICAL
1995), uma vez que existem muitas dificuldades para a sua determinação. A
rigor, a primeira fissura não existe, pois o que ocorre é uma progressiva
carregado, de modo que a fissura vai se tornando cada vez mais pronunciada a
a tangente da curva exibe uma mudança bem definida. Em outras palavras isto
Desloc. vertical
Figura 3.14 - Curva de carga por deslocamento vertical de um compósito com grande
deformação plástica pós-fissuração
CAPÍTULO 4
- Composição da matriz
- Geometria da fibra
nas imediações da fibra é maior e portanto, mais porosa será a matriz. Além
cristais de hidróxido de cálcio (CH) o que pode conferir uma maior aderência
arrancamento. Como a energia gasta para a ruptura de uma fibra é menor que
56
ser menor.
relação à superfície da fissura, irá ocorrer flexão das fibras na matriz de alta
fibra.
maior do que aquela para as matrizes de alta resistência (figura 4.1), o que
contribui para uma menor abertura de fissura no meio do vão. Desta maneira,
ruptura das fibras são três vezes maiores que as deformações da matriz. Antes
compósito. Até este ponto a fibra não atua como ponte de transferência de
Figura 4.4 - Configuração de uma fibra parcialmente descolada e diagrama das tensões
de cisalhamento e atrito na interface fibra-matriz (BENTUR e MINDESS, 1990)
entre a fibra e a matriz (NAAMAN et. al., 1991a; NAAMAN et.al., 1991b;
BANTHIA, 1997).
atrito.
tensão fibra-matriz. Por exemplo: para o caso das fibras ancoradas em gancho
observar nas figuras 4.6 e 4.7 o maior gasto energético para o arrancamento
Figura 4.7 - Contribuição da ancoragem mecânica para o arrancamento das fibras de aço
com ganchos nas extremidades (NAAMAN e NAJM, 1991)
66
em ensaios de tenacidade à flexão. Isto foi verificado por TORNERI (1997), que
esta diferença não foi tão significativa como nos ensaios de arrancamento de
a inclinação das fibras, uma vez que as fibras inclinadas em relação a direção
Além disto, tem-se que, para o caso de compósitos com baixos teores
maiores. A autora sugere que este fato se deve à perda de aderência entre a
pode perder a sua eficiência, seja por deformação da ancoragem de modo que
esta fique reta, por ruptura da ancoragem ou por ruptura da matriz em seu
arrancamento.
de espaçamento das fibras (S), que representa a distância média entre fibras
1
S = 2,76 × r × (4.1)
Vf
fissura ser interceptada por uma fibra nesta unidade de volume. O aumento do
no seu diâmetro o que também significa, pelo que foi exposto anteriormente,
tensões
70
retas e lisas. Atualmente, é raro o uso deste tipo de fibra predominando o uso
índices I5 e I10. Isto justifica o fato de os autores dos trabalhos citados terem
aumento do fator de forma das fibras foi obtido através da redução do diâmetro
das mesmas, uma vez que fibras de mesmo comprimento foram comparadas.
tenacidade foi mais evidente nos compósitos com maiores teores de fibras.
Tabela 4.1 - Fatores de tenacidade obtidos para fibras de fatores de forma diferentes
para diversos teores de fibras em concreto projetado via seca (baseado em dados de
FIGUEIREDO, 1997)
forma das fibras, o aumento da tenacidade foi de 57,5 %, como pode ser visto
na tabela 4.2.
Tabela 4.2 - Valores médios do fator de tenacidade obtido com fibras de fatores de forma
diferentes (FIGUEIREDO, CECCATO e TORNERI (1997)
tenacidade à flexão dos concretos reforçados com fibras de aço não podendo
ser desprezado para as fibras com ancoragem mecânica como sugerem alguns
concretos reforçados com fibras de aço, fato observado tanto para concreto
compósito com teor de fibras igual ao volume crítico incorporado à matriz teria
σt 1
Vf (MIN) = 0,82 × × (4.2)
τ FF
para concreto projetado, observou que fibras de menor fator de forma irão
tenacidade à flexão.
estudos foi observado que as fibras com ancoragem em gancho nas pontas
deformações mecânicas são mais pronunciados nas fibras com maior fator de
forma. Neste mesmo estudo, foi observado que para fibras onduladas de
diferentes.
78
CAPÍTULO 5
PROGRAMA EXPERIMENTAL
79
5. PROGRAMA EXPERIMENTAL
5.1. METODOLOGIA
O estudo foi planejado de tal modo que fosse possível estudar três tipos
(F1), o segundo, com fibras de seção circular com ancoragem em gancho nas
5.1. As fibras F1 foram analisadas com três diferentes fatores de forma, onde o
transversal. A fibra F2 teve cinco tipos de fibras analisadas, onde três possuem
duas com fator de forma distintos, porém com comprimento igual. A fibra F3
F1
F2
F3
Consumo 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
de fibras F1-A* F1-B* F1-C* F2-A** F2-B** F2-C** F2-D** F2-E** F3-A*** F3-B*** F3-C***
T1
20 kg/m3 de 20F1-A 20F1-B 20F1-C 20F2-A 20F2-B 20F2-C 20F2-D 20F2-E 20F3-A 20F3-B 20F3-C
concreto
T2
40 kg/m3 de 40F1-A 40F1-B 40F1-C 40F2-A 40F2-B 40F2-C 40F2-D 40F2-E 40F3-A 40F3-B 20F3-C
concreto
T3
60 kg/m3 de 60F1-A 60F1-B 60F1-C 60F2-A 60F2-B 60F2-C 60F2-D 60F2-E 60F3-A 60F3-B 60F3-C
concreto
Série 2 – Fibras do mesmo tipo (circular) e com mesmo comprimento (60 mm)
Análise : Teor x Fator de Forma
Fator T Fator FF - Fator de Forma
3
Teor (kg/m ) 60 80 100
20 20 F2-C 20 F2-D 20 F2-E
40 40 F2-C 40 F2-D 40 F2-E
60 60 F2-C 60 F2-D 60 F2-E
Série 3 – Fibras do mesmo tipo (circular) e com mesmo fator de forma (FF=60)
Análise : Teor x Comprimento
Fator T Fator C - Comprimento (mm)
Teor (kg/m3) 30 50 60
20 20 F2-A 20 F2-B 20 F2-C
40 40 F2-A 40 F2-B 40 F2-C
60 60 F2-A 60 F2-B 50 F2-C
matriz. Uma vez que a matriz é única, evita-se a interferência dos efeitos de
alterada dentro de uma série de ensaios para evitar a inclusão de mais uma
dos compósitos.
seguintes materiais :
número 1 foi o CP-II E-32. Nas demais séries de ensaios o cimento utilizado foi
aplicações práticas dos CRFA como nas obras de pavimentos industriais, por
pela rapidez com que este cimento atingiu a resistência característica desejada
execução dos ensaios, uma vez que em 7 dias após a moldagem isto já era
possível.
lavada do rio Paraíba do Sul (Porto Perdigão Caçapava) com módulo de finura
2,35 e diâmetro máximo de 4,8 mm. O agregado graúdo utilizado foi pedrisco
agregados com diâmetro muito maior que o comprimento das fibras prejudica o
84
fibras estudadas.
da matriz. De acordo com o que foi exposto no item 2.3, tem-se para a adição
mais ricas, com maior teor de argamassa que aquele para concretos
10 mm. Não se optou por teores maiores de água da mistura para que a
relação
85
mistura pois, uma mistura com relação água/cimento muito alta facilita a
Assim, definiu-se três traços com diferentes relações água/cimento; com estes
(NBR 9778). A tabela 5.7 resume as dosagens dos traços e os resultados dos
uma possível perda de tenacidade dos compósitos, uma vez que, matrizes de
exsudação e,
88
maior concentração de fibras no fundo dos prismas. Uma vez que se deseja
uma distribuição uniforme das fibras de aço na matriz de concreto, isto motiva a
(FIGUEIREDO, 1997).
características:
- Teor de argamassa: 53 %
pelo cimento CP V - ARI. Neste estudo o objetivo foi verificar se com este tipo
dias, uma vez que havia a necessidade de executar os ensaios neste tempo.
Curvas de Abrams a um, sete e vinte e oito dias foram obtidas (figura 5.3) e
com a análise dos resultados, concluiu-se que o traço definido para a matriz
70,00
60,00
01 dia
50,00 07 dias
28 dias
fcm (MPa)
01 dia
40,00
07 dias
28 dias
30,00
20,00
10,00
0,00
0,400 0,450 0,500 0,550 0,600 0,650
Relação a/c
Figura 5.3 – Curvas de Abrams obtidas com o estudo de dosagem utilizando cimento
CP V – ARI.
90
como tipo (item 4.4), dimensões e fator de forma (item 4.2). A escolha foi feita
(JSCE SF4, 1984b ; ASTM C1018, 1994b). Foram obtidas com as curvas de
tenacidade:
(1996) será feita uma adaptação, uma vez que este método prescreve um
estes métodos, o que corrobora a escolha dos mesmos para esta dissertação.
Entretanto, como já visto no item 3.3, cada um destes três métodos têm as
suas limitações e críticas e por isto não se chegou a um consenso, fato que
ancoragem em gancho das fibras de aço, onde o método japonês (JSCE SF4,
que foi somente observado através dos índices da ASTM (ASTM C1018,
Maiores detalhes destas variáveis e como são obtidas estão no item 3.3 no
Variáveis quantitativas:
5.2.1. Corpos-de-prova
utilizado foi 60 mm, foi escolhido o prisma de (150x150x500) mm3, onde sua
cutelos existentes nas prensas de ensaio em geral. Ainda que ocorra o efeito
5.4).
0
Figura 5.4 – Giro de 90 do corpo-de-prova para minimizar efeitos da segregação e
alinhamento das fibras.
cuidados especiais foram tomados para evitar o embolamento das fibras, como
foi viabilizada.
mistura 60 F1-C, onde foi adicionado 0,4 %. Nos concretos das séries de
moldes foram cobertos por uma lona plástica. Com vinte e quatro horas de
Aos vinte e oito dias de idade para a série 1 de ensaios e aos sete dias
de velocidade de deslocamento.
(1994a).
CARACTERÍSTICAS FIBRAS
F1-A F1-B F1-C
Comprimento (mm) Nominal 49,00 49,00 49,00
Efetivo 49,02 49,13 49,06
Largura Nominal 1,80 1,40 1,00
Seção (mm) Efetiva 1,84 1,38 1,03
transversal Altura Nominal 0,50 0,50 0,50
(mm) Efetiva 0,45 0,44 0,45
Diâmetro Nominal 1,07 0,94 0,80
Equivalente (mm) Efetivo 1,03 0,88 0,77
Fator Nominal 45,80 51,90 61,40
de Forma (mm) Efetivo 47,90 56,20 63,70
apresentadas nas figuras 5.5 a 5.7. As curvas apresentadas nas figuras não
A partir das curvas de carga por deslocamento vertical foram extraídas todas
Tabela 5.11 – Série de ensaios 1 - resultados médios obtidos para tensão residual e fator
de tenacidade.
Teor de Tensão residual (MPa) EFNARC Fator de
Fibra fibras Tenacidade
3
(kg/m ) Deslocamento Deslocamento Deslocamento Deslocamento à flexão
0,5 mm 1,0 mm 2,0 mm 3,0 mm (MPa)
JSCE SF4
20 1,36±0,46 1,26±0,47 0,92±0,43 0,76±0,47 1,22±0,48
F1-A 40 3,13±0,45 2,66±0,63 1,98±0,40 1,60±0,24 2,60±0,53
60 4,17±1,29 3,59±1,15 2,35±0,73 1,80±0,59 3,23±1,00
20 2,02±0,66 1,67±0,55 1,23±0,53 0,94±0,32 1,78±0,57
F1-B 40 3,43±0,87 3,07±0,73 2,40±0,58 1,93±0,36 3,07±0,77
60 4,91±1,11 4,45±0,85 3,45±0,61 2,89±0,62 4,37±0,85
20 1,95±0,91 1,41±0,73 0,92±0,48 0,72±0,45 1,45±0,71
F1-C 40 4,57±0,38 3,61±,030 2,69±0,56 2,10±0,39 3,60±0,27
60 5,97±1,86 5,12±1,63 3,75±0,77 2,99±0,54 4,87±1,06
Tabela 5.12 – Série de ensaios 1 - resumo dos resultados médios dos índices de
tenacidade obtidos
Fibra F1-A
60,00
50,00
40,00
Carga (kN)
20 kg/m3
30,00 40 kg/m3
60 kg/m3
20,00
10,00
0,00
0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00
Deslocamento vertical (mm)
Figura 5.5 – Curvas de carga por deslocamento vertical obtidas com a fibra F1-A
Fibra F1-B
60,00
50,00
40,00
Carga (kN)
20 kg/m3
30,00 40 kg/m3
60 kg/m3
20,00
10,00
0,00
0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00
Deslocamento vertical (mm)
Figura 5.6 – Curvas de carga por deslocamento vertical obtidas com a fibra F1-B
102
Fibra F1-C
60,00
45,00
Carga (kN)
20 kg/m3
30,00 40 kg/m3
60 kg/m3
15,00
0,00
0,00 1,00 2,00 3,00 4,00
Deslocamento vertical (mm)
Figura 5.7 – Curvas de carga por deslocamento vertical obtidas com a fibra F1-C
tenacidade, de acordo com o exposto nos itens 3.3 e 5.1.3.1. Para cada um
hipóteses (COSTA NETO, 1978) onde a hipótese nula (Ho) é a igualdade entre
for de fato verdadeira, a razão “R” deve ficar em torno do valor unitário com
grande probabilidade. Se for falsa, a razão tenderá a crescer e quanto maior for
ensaios.
são grandes, pode-se concluir que, para as fibras aqui analisadas, o fator de
Tabela 5.13 – Resumo dos resultados da análise de variância para a série 1 de ensaios
Fcritico Rteor / RFF /
Índice de Rteor RFF para intervalo Fcritico Fcritico
Tenacidade (1) (2) de confiança de (1)/(3) (2)/(3)
95 %
(3)
FT (JSCE) 40,2 5,5 12,0 1,6
I5 (ASTM) 16,2 4,6 4,8 1,4
I10 (ASTM) 29,6 4,6 8,8 1,4
I30 (ASTM) 40,3 2,0 12,0 0,6
I50 (ASTM) 44,2 1,2 3,35 13,2 0,4
P0,5 (EFNARC) 32,2 5,0 9,61 1,5
P1,0 (EFNARC) 34,5 3,1 10,3 0,9
P2,0 (EFNARC) 42,8 5,2 12,8 1,5
P3,0 (EFNARC) 44,8 5,6 13,4 1,7
dosado nas misturas. Para isto, foi utilizado o seguinte modelo, adaptado do
fibras de aço:
A
Ia = +1
(0,1×CF) - 0,5 (5.1)
B
Onde,
modelagem teórica para este caso. Na tabela 5.14 estão os valores obtidos
Tabela 5.14 – Resultados obtidos para as correlações pelo método dos mínimos
quadrados para os índices de tenacidade da ASTM C1018
CORRELAÇÕES DO ÍNDICE DE TENACIDADE (ASTM C1018)
FIBRA CONSTANTE CONSTANTE 2
ÍNDICE r
“A” “B”
I5 15,70 98,17 0,992
F1-A I10 30,51 76,17 0,994
I30 78,14 57,34 0,996
I50 109,17 47,64 0,995
I5 2,93 1,98 0,993
F1-B I10 7,24 2,92 0,998
I30 25,39 5,20 0,999
I50 42,04 6,20 0,996
I5 8,78 14,40 0,972
F1-C I10 20,88 19,76 0,993
I30 51,31 17,38 0,988
I50 80,30 19,86 0,983
107
30
25
Índice de tenacidade ASTM
20 I5
I5
15 I10
I10
I30
10
I30
I50
5 I50
0
0 10 20 30 40 50 60 70
Teor (kg/m3)
Figura 5.8 – Curvas de correlação entre os índices de tenacidade (ASTM C1018) e o teor
da fibra F1-A
30
25
Índice de tenacidade ASTM
20 I5
I5
I10
15
I10
I30
10
I30
I50
5 I50
0
0 10 20 30 40 50 60 70
Teor (kg/m3)
Figura 5.9 – Curvas de correlação entre os índices de tenacidade (ASTM C1018) e o teor
da fibra F1-B
108
30
25
Índice de tenacidade ASTM
20 I5
I5
I10
15
I10
I30
10
I30
I50
5 I50
0
0 10 20 30 40 50 60 70
Teor (kg/m3)
Figura 5.10 – Curvas de correlação entre os índices de tenacidade (ASTM C1018) e o teor
da fibra F1-C
Observa-se através das figuras 5.8 a 5.10 que, para todas as fibras
Isto não ocorreu com as outras medidas de tenacidade (tensão residual e fator
os vários teores foi semelhante, como pode ser observado nas figuras 5.15 a
5.17.
109
I5 x Teor de Fibras
4,500
4,000
3,500
3,000
F1-A
2,500
F1-A
I5
2,000 F1-B
1,500 F1-B
F1-C
1,000
F1-C
0,500
0,000
0 10 20 30 40 50 60 70
projetado:
A A
FT = (0,1× CF) -0,5
PD = (0,1×CF) -0,5 (5.2)
B B
onde,
A e B são Constantes; e
Tabela 5.15 – Resultados obtidos para as correlações pelo método dos mínimos
quadrados para o Fator de tenacidade da JSCE SF4 e para os valores de tensão residual
da EFNARC.
CORRELAÇÕES
FIBRA CONSTANTE CONSTANTE 2
ÍNDICE r
“A” “B”
P0,5 20,14 44,51 0,997
P1,0 15,26 33,82 0,999
F1-A P2,0 9,26 25,37 0,983
P3,0 6,55 20,20 0,969
FT 13,01 27,80 0,992
P0,5 15,45 18,20 0,988
F1-B P1,0 16,07 25,07 0,994
P2,0 13,62 30,36 0,997
P3,0 12,81 40,84 0,997
FT 14,04 18,95 0,991
P0,5 29,21 45,00 0,995
F1-C P1,0 30,90 77,71 0,998
P2,0 27,61 119,45 0,994
P3,0 22,31 125,55 0,996
FT 26,90 61,01 0,996
3,5
Desloc. 0,5 mm
3 Desloc. 0,5 mm
Desloc. 1,0 mm
2,5
Desloc. 1,0 mm
2 Desloc. 2,0 mm
Desloc. 2,0 mm
1,5
Desloc. 3,0 mm
1 Desloc. 3,0 mm
0,5
0
0 10 20 30 40 50 60 70
Teor de Fibras (kg/m3)
Figura 5.12 – Curvas de correlação entre os valores de tensão residual e o teor de fibras
F1-A
112
5
Desloc. 0,5 mm
4 Desloc. 0,5 mm
Desloc. 1,0 mm
Desloc. 1,0 mm
3
Desloc. 2,0 mm
Desloc. 2,0 mm
2
Desloc. 3,0 mm
Desloc. 3,0 mm
1
0
0 10 20 30 40 50 60 70
Teor de Fibras (kg/m3)
Figura 5.13 – Curvas de correlação entre os valores tensão residual e o teor de fibras
F1-B
Desloc. 0,5 mm
5
Desloc. 0,5 mm
Desloc. 1,0 mm
4
Desloc. 1,0 mm
Desloc. 2,0 mm
3
Desloc. 2,0 mm
2 Desloc. 3,0 mm
Desloc. 3,0 mm
0
0 10 20 30 40 50 60 70
Teor de Fibras (kg/m3)
Figura 5.14 – Curvas de correlação entre os valores de tensão residual e o teor de fibras
F1-C
113
6,000
5,000
4,000
FT (MPa)
F1-A
3,000
F1-A
F1-B
2,000
F1-B
F1-C
1,000
F1-C
0,000
0 10 20 30 40 50 60 70
Teor (kg fibras/metro cúbico)
Figura 5.15 – Curvas de correlação entre os fatores de tenacidade e o teor de fibras para
todas as fibras da série 1 de ensaios.
mm e o teor de fibras.
114
7,000
6,000
5,000
Tensão (MPa)
4,000
F1-A
F1-A
3,000
F1-B
2,000 F1-B
F1-C
1,000 F1-C
0,000
0 10 20 30 40 50 60 70
Teor (kg fibras/metro cúbico)
Figura 5.16 – Curvas de correlação entre a tensão residual a 0,5 mm e o teor de fibras
para todas as fibras da série de ensaios 1.
4,000
3,000
Tensão (MPa)
F1-A
2,000
F1-A
F1-B
F1-B
1,000
F1-C
F1-C
0,000
0 10 20 30 40 50 60 70
Teor (kg fibras/metro cúbico)
Figura 5.17 – Curvas de correlação entre a tensão residual a 3,0 mm e o teor de fibras
para todas as fibras
115
de deslocamento vertical.
(item 4.2) não será significativa, o que será mostrado no item 5.3.1.3. Dado o
1997), isto significa uma alteração mínima no número de fibras que podem
A
FT = -0,5
B10×FF (5.3)
Onde,
A e B são Constantes; e
Tabela 5.16 – Valores obtidos para correlação entre fator de tenacidade e fator de forma
para as fibras da série 1 de ensaios.
Teor de Fibras Correlação entre fator de tenacidade (JSCE)
3
(kg/m ) e Fator de Forma
2
A B r
20 5.92 2.82 0.283
40 29.11 5.34 0.995
60 74.85 8.69 0.968
Fibra F1
Fator de tenacidade x Fator de Forma
6,00
5,00
4,00
FT (MPa)
1,00
0,00
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Fator de forma
Figura 5.18 – Correlações entre fator de tenacidade e fator de forma para as fibras F1
A
FT = - 0,5
B10× NF (5.4)
Onde,
A e B são Constantes; e
Tabela 5.17 – Valores obtidos para correlação entre fator de tenacidade e número de
fibras na seção de ruptura para a série 1 de ensaios.
Fibra Correlação entre fator de tenacidade (JSCE) e número de fibras na
seção de ruptura
2
A B r
F1-A 9,10 2,71 0,998
F1-B 14,83 3,99 0,979
F1-C 16,93 5,07 0,999
119
6,00
5,00
Fator de tenacidade (MPa)
4,00
F1-A EXPONENCIAL
F1-B EXPONENCIAL
F1-C EXPONENCIAL
3,00
F1-A EXPERIMENTAL
F1-B EXPERIMENTAL
F1-C EXPERIMENTAL
2,00
1,00
0,00
0 50 100 150 200 250
Número de fibras na seção de ruptura
tabela 5.17 que o modelo aderiu muito bem aos dados experimentais.
nota-se através da figura 5.19 que a fibra F1-C alcança níveis de tenacidade
maiores do que as demais fibras justamente pelo fato de ter um maior número
de fibras presentes na seção de ruptura, uma vez que esta possui o maior fator
de forma .
nesta análise foi o efetivo, obtido através da caracterização das fibras (ASTM A
5.20.
200
20 kg/m3
180 experimental
Número de fibras na seção de ruptura
40 kg/m3
160
experimental
140 60 kg/m3
experimental
120 60 kg/m3
mod.linear
100 y = 4,76x - 138,08 40 kg/m3 mod.
80
R2 = 0,928 linear
20 kg/m3 mod.
60 y = 2,98x - 82,33 linear
R2 = 0,999
40
y = 1,21x - 30,81
20 R2 = 0,847
0
40,00 45,00 50,00 55,00 60,00 65,00
Fator de forma
Figura 5.20 – Correlação entre o número de fibras na seção de ruptura e o fator de forma
efetivo das fibras estudadas.
na seção de ruptura com o aumento do fator de forma. Este aumento fica mais
para este caso, que o aumento do fator de forma das fibras analisadas
sobretudo para os teores de fibra mais altos. Esta maior concentração de fibras
forma.
apresentadas nas figuras 5.21 a 5.23. As curvas apresentadas nas figuras não
Tabela 5.20 – Série de ensaios 2 - resultados médios obtidos para tensão residual e fator
de tenacidade.
Tensão residual (MPa) EFNARC Fator de
Teor de Tenacidade
fibras à flexão
Fibra 3 deslocamento deslocamento deslocamento deslocamento
(MPa)
(kg/m ) 0,5 mm 1,0 mm 2,0 mm 3,0 mm JSCE SF4
20 2,63±0,78 2,79±0,47 2,64±0,43 2,37±0,75 2,71±0,73
F2-C 40 3,56±1,27 3,84±1,43 3,66±1,22 3,34±1,02 3,73±1,24
60 6,14±0,95 6,21±1,11 5,98±1,10 5,58±1,19 6,03±1,00
20 1,95±0,30 2,03±0,33 2,25±0,28 2,14±0,25 2,17±0,32
F2-D 40 3,37±0,41 3,79±0,46 4,05±0,47 3,94±0,61 3,83±0,50
60 4,61±0,53 5,40±0,67 5,68±0,78 5,54±0,88 5,42±0,68
20 2,76±0,81 2,95±0,74 2,84±0,54 2,61±0,36 2,80±0,59
F2-E 40 6,12±0,96 6,10±0,57 5,84±0,47 5,25±0,71 5,76±0,42
60 6,08±0,88 6,25±0,97 6,18±1,09 5,25±0,81 5,96±0,92
124
Fibra F2-C
70,00
60,00
50,00
Carga (kN)
40,00
60 kg/m3
40 kg/m3
30,00 20 kg/m3
20,00
10,00
0,00
0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50
Deslocamento vertical (mm)
Figura 5.21 – Curvas de carga por deslocamento vertical obtidas com a fibra F2-C
Fibra F2-D
60,00
50,00
40,00
Carga (kN)
20 kg/m3
30,00 40 kg/m3
60 kg/m3
20,00
10,00
0,00
0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50
Deslocamento vertical (mm)
Figura 5.22 – Curvas de carga por deslocamento vertical obtidas com a fibra F2-D
125
Fibra F2-E
60,00
50,00
40,00
Carga (kN)
60 kg/m3
30,00 40 kg/m3
20 kg/m3
20,00
10,00
0,00
0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50
Deslocamento vertical (mm)
Figura 5.23 – Curvas de carga por deslocamento vertical obtidas com a fibra F2-E
na série 1 de ensaios (Item 5.4.1.2), foi feita a análise de variância para avaliar
Tabela 5.21 – Resumo dos resultados da análise de variância para a série 2 de ensaios
Fcritico Rteor / RFF /
Índice de Rteor RFF para intervalo de Fcritico Fcritico
Tenacidade (1) (2)
confiança de 99% (1)/(3) (2)/(3)
(3)
FT (JSCE) 54,6 5,7 9,9 1,04
P0,5 (EFNARC) 45,5 12,6 8,3 2,30
P1,0 (EFNARC) 48,2 8,0 5,49 8,8 1,46
P2,0 (EFNARC) 51,4 5,0 9,4 0,91
P3,0 (EFNARC) 46,9 2,1 8,5 0,38
variância das tensões residuais na tabela 5.21, nota-se, com uma confiança
valores da relação entre Rteor e Fcrítico mostram que esta é bastante significativa,
teor de fibras, tensão residual (EFNARC, 1996) e teor de fibras foram feitas
correlação obtidas para a fibra F2-E são mostradas na figura 5.24 . Nas figuras
as fibras F2.
Tabela 5.22 – Resultados obtidos para as correlações pelo método dos mínimos
quadrados para o fator de tenacidade da JSCE SF4 e para os valores de tensão residual
da EFNARC, para os compósitos da série 2 de ensaios.
8,00
7,00
6,00
desloc. 0,5 mm
Tensão (MPa)
5,00
desloc. 0,5 mm
desloc. 1,0 mm
3,00
desloc. 2,0 mm
desloc. 2,0 mm
2,00
desloc. 3,0 mm
0,00
0 10 20 30 40 50 60 70
Teor de Fibras (kg/m3)
Figura 5.24– Curvas de correlação entre os valores de tensão residual e o teor de fibras
F2-E
6,000
5,000
FF 60 mod. Expon.
FT (MPa)
4,000 FF 60 experimental
FF 80 mod. Expon.
FF 80 experimental
3,000
FF 100 mod. Expon.
FF 100 experimental
2,000
1,000
0,000
0 10 20 30 40 50 60 70
Figura 5.25 – Curvas de correlação entre os fatores de tenacidade e o teor de fibras para
todas as fibras da série 2 de ensaios (Obs.: FF = Fator de Forma).
129
7,00
6,00
Tensão (MPa)
2,00
1,00
0,00
0 10 20 30 40 50 60 70
Figura 5.26– Curvas de correlação entre a tensão residual a 0,5 mm e o teor de fibras
para todas as fibras da série de ensaios 2.
7,00
6,00
Tensão (MPa)
2,00
1,00
0,00
0 10 20 30 40 50 60 70
Figura 5.27 – Curvas de correlação entre a tensão residual a 3,0 mm e o teor de fibras
para todas as fibras da série de ensaios 2.
130
verticais de 0,5 , 1,0 e 2,0 mm. Para deslocamentos verticais maiores, como
3,0 mm, a capacidade portante diminui. A mesma tendência foi verificada para
exemplos das curvas de carga por deslocamento vertical nas figuras 5.21 a
5.23 confirmam este fato, que pode ser explicado pelo grande comprimento das
três fibras (60 mm), que proporciona uma ancoragem suficiente para que, até o
três fibras para o deslocamento de 0,5 mm, sobretudo para os compósitos com
5.21. Dado que as fibras são longas e diferem apenas no seu diâmetro, estes
distribuição das fibras pode ser o principal fator que governa o desempenho
abertura das fissuras e arrancamento das fibras, a distribuição das fibras pode
comprimento.
132
Tabela 5.23 – Valores obtidos para correlação entre fator de tenacidade e fator de forma
para as fibras da série 2 de ensaios.
Teor de Fibras Correlação entre fator de tenacidade (JSCE)
3
(kg/m ) e Fator de Forma
2
A B r
20 2,92 1,13 0,052
60 5,69 1,02 0,002
8,00
7,00
60 kg/m3 mod.
5,00 Expon.
FT (MPa)
20 kg/m3
experimental
4,00
60 kg/m3
experimental
3,00
2,00
1,00
0,00
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110
Fator de forma
Figura 5.29 – Correlações entre fator de tenacidade e fator de forma para as fibras F2
133
fissuras que estão se formando, como pode ser visualizado através da figura
300
Número de fibras na seção de ruptura
250
200 20
40
60
150
y = 3,298x - 60,076 Linear (60)
2
R = 0,9341 Linear (40)
100 Linear (20)
y = 3,2639x - 118,97
2
R = 0,9997
50
y = 1,3933x - 37,184
2
R = 0,9923
0
40,00 50,00 60,00 70,00 80,00 90,00 100,00 110,00
Fator de forma
Figura 5.30 – Correlação entre número de fibras na seção de ruptura e fator de forma das
fibras F2.
forma aqui utilizado. De qualquer maneira, o fator de forma ainda possui a sua
importância, uma vez que este influencia na tenacidade dos compósitos nos
em estruturas de concreto.
3 (Tabela 5.4). Nesta série, foram estudadas fibras cilíndricas com fator de
5.21. As curvas apresentadas nas figuras não são curvas médias, mas alguns
Tabela 5.26 – Série de ensaios 3 - resultados médios obtidos para tensão residual e fator
de tenacidade.
Tensão residual (MPa) EFNARC Fator de
Teor de Tenacidade
Fibra fibras Deslocamento Deslocamento Deslocamento Deslocamento à flexão
3
(kg/m ) 0,5 mm 1,0 mm 2,0 mm 3,0 mm (MPa)
JSCE SF4
20 2,04±0,30 1,97±0,29 1,72±0,30 1,44±0,19 1,88±0,26
F2-A 40 3,26±0,70 3,08±0,58 2,42±0,58 1,99±0,50 2,76±0,52
60 6,05±0,49 5,94±0,38 4,65±0,21 3,83±0,34 5,12±0,16
20 2,07±0,44 2,00±0,44 1,88±0,58 1,77±0,59 1,98±0,52
F2-B 40 4,07±0,47 4,16±0,51 3,79±0,39 3,45±0,28 3,93±0,45
60 5,96±0,51 6,24±0,38 5,57±0,21 4,96±0,14 5,58±0,25
20 2,63±0,78 2,79±0,47 2,64±0,43 2,37±0,75 2,71±0,73
F2-C 40 3,56±1,27 3,84±1,43 3,66±1,22 3,34±1,02 3,73±1,24
60 6,14±0,95 6,21±1,11 5,98±1,10 5,58±1,19 6,03±1,00
137
Fibra F2-A
60,00
50,00
40,00
Carga (kN)
60 kg/m3
30,00 40 kg/m3
20 kg/m3
20,00
10,00
0,00
0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00
Deslocamento vertical (mm)
Figura 5.31 – Curvas de carga por deslocamento vertical obtidas com a fibra F2-A
Fibra F2-B
60,00
50,00
40,00
Carga (kN)
60 kg/m3
30,00 40 kg/m3
20 kg/m3
20,00
10,00
0,00
0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00
Deslocamento vertical (mm)
Figura 5.32 – Curvas de carga por deslocamento vertical obtidas com a fibra F2-B
138
séries de ensaios.
ensaios.
uma vez que as três fibras analisadas possuiam o mesmo fator de forma. A
tabela 5.27 mostra os resultados obtidos. A análise foi feita seguindo a mesma
Tabela 5.27 – Resumo dos resultados da análise de variância para a série 3 de ensaios
Fcritico Rteor / Rcomp. /
Índice de Rteor Rcomp. para intervalo de Fcritico Fcritico
Tenacidade (1) (2)
confiança de 99% (1)/(3) (2)/(3)
(3)
FT (JSCE) 80,18 5,72 14,60 1,04
P0,5 (EFNARC) 88,01 0,71 16,03 0,13
P1,0 (EFNARC) 83,82 2,28 5,49 15,27 0,42
P2,0 (EFNARC) 69,74 8,79 12,70 1,60
P3,0 (EFNARC) 61,73 13,44 11,24 2,45
5.26 pode indicar que ocorre um ligeiro aumento do fator de tenacidade com o
verticais de 2,0 e 3,0 mm houve diferença significativa entre as médias dos três
mínimos quadrados:
A
PD = (0,1×CF) -0,5
B (5.5)
Onde:
A e B são Constantes; e
Tabela 5.28 – Resultados obtidos para as correlações pelo método dos mínimos
quadrados para os valores de tensão residual da EFNARC, para os compósitos da série
3 de ensaios.
CORRELAÇÕES PARA PD (EFNARC)
FIBRA CONSTANTE CONSTANTE 2
ÍNDICE r
“A” “B”
P0,5 21,42 30,09 0,914
F2-A P1,0 20,97 30,93 0,896
P2,0 13,82 20,97 0,845
P3,0 11,07 19,73 0,840
P0,5 24,17 32,83 0,997
P1,0 28,27 43,00 0,997
F2-B
P2,0 23,59 36,28 0,997
P3,0 19,53 30,23 0,997
P0,5 15,65 13,48 0,860
P1,0 15,44 11,99 0.892
F2-C
P2,0 15,17 12,67 0.892
P3,0 14,80 14,29 0,893
141
6,00
5,00
desloc. 0,5 mm
desloc. 1,0 mm
desloc. 2,0 mm
2,00
desloc. 2,0 mm
desloc. 3,0 mm
1,00
desloc. 3,0 mm
0,00
0 10 20 30 40 50 60 70
Teor de Fibras (kg/m3)
Figura 5.33– Curvas de correlação entre os valores de tensão residual e o teor de fibras
F2-A (L = 30 mm)
142
7,00
6,00
5,00
desloc. 0,5 mm
Tensão (MPa)
desloc. 1,0 mm
desloc. 2,0 mm
2,00 desloc. 2,0 mm
desloc. 3,0 mm
1,00
desloc. 3,0 mm
0,00
0 10 20 30 40 50 60 70
Teor de Fibras (kg/m3)
Figura 5.34– Curvas de correlação entre os valores de tensão residual e o teor de fibras
F2-C (L = 60 mm)
8,00
7,00
6,00
Tensão (MPa)
2,00
1,00
0,00
0 10 20 30 40 50 60 70
Teor de fibras (kg/m3)
Figura 5.35 - Curvas de correlação entre a tensão residual a 0,5 mm e o teor de fibras
para todas as fibras da série de ensaios 3.
143
8,00
7,00
6,00
Tensão (MPa)
2,00
1,00
0,00
0 10 20 30 40 50 60 70
Teor de fibras (kg/m3)
Figura 5.36 - Curvas de correlação entre a tensão residual a 3,0 mm e o teor de fibras
para todas as fibras da série de ensaios 3.
Observando as curvas geradas pelo modelo na figura 5.33 , nota-se que a fibra
por muito tempo. Desta forma, explica-se porque os valores de tenacidade até
que as demais fibras, como pôde ser comprovado pelos resultados do fator de
desempenho entre as fibras, sobretudo entre a fibra F2-A e F2-C. Estes dados
A A
PD = 10 × L-0,5
FT = 10× L-0,5
B B (5.6)
Onde:
A e B são Constantes; e
L é o comprimento da fibra.
Tabela 5.29 – Valores obtidos para correlação entre fator de tenacidade e comprimento
para as fibras da série 3 de ensaios.
Correlação entre fator de tenacidade (JSCE)
Teor de Fibras
3 e comprimento das fibras
(kg/m ) 2
A B r
20 4,38 1,60 0,560
40 8,21 1,78 0,930
60 8,12 1,28 0,915
Tabela 5.30 – Valores obtidos para correlação entre tensão residual nos deslocamentos
de 0,5 e 3,0 mm e comprimento para as fibras da série 3 de ensaios.
Tensão Teor de Correlação entre tensão residual (EFNARC) e comprimento
Residual Fibras
3 2
(MPa) (kg/m ) A B r
20 3,54 1,36 0,443
P0,5 40 5,28 1,28 0,489
60 6,11 1,01 0,022
20 5,38 2,05 0,796
P3,0 40 12,31 2,63 0,958
60 11,91 1,84 0,975
146
7,00
6,00
5,00
20 kg/m3 mod. Expon.
40 kg/m3 mod. Expon.
FT (MPa)
4,00
60 kg/m3 mod. Expon.
20 kg/m3 experimental
3,00
40 kg/m3 experimental
60 kg/m3 experimental
2,00
1,00
0,00
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Comprimento (mm)
7,00
6,00
5,00
P0,5 (MPa)
1,00
0,00
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Comprimento (mm)
6,00
5,00
P3,0 (MPa)
1,00
0,00
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Comprimento (mm)
das figuras 5.38 e 5.39 nota-se que não há aumento da tensão residual com a
5.4.1.2):
A
FT = -0,5
B10× NF (5.7)
onde:
A e B são Constantes; e
obtidos com o modelo e a figura 5.40 mostra as curvas obtidas com o modelo:
149
Tabela 5.31 – Valores obtidos para correlação entre fator de tenacidade e número de
fibras na seção de ruptura para a série 3 de ensaios.
Correlação entre fator de tenacidade (JSCE) e número de fibras na
Fibra seção de ruptura
2
A B r
F2-A 14,37 7,87 0,947
F2-B 17,77 4,94 0,997
F2-C 20,64 4,15 0,970
7,00
6,00
Fator de tenacidade (MPa)
5,00
F2-A EXPONENCIAL
4,00
F2-A EXPERIMENTAL
F2-B EXPONENCIAL
1,00
0,00
0 50 100 150 200 250 300 350 400
Número de fibras na seção de ruptura
que as fibras F2-A (fibras curtas, com comprimento de 30 mm), o que pode
distribuição das fibras. Isto comprova, neste caso, que o comprimento das
arrancamento da fibra.
Com a análise dos resultados obtidos nesta série de ensaios foi possível
CAPÍTULO 6
CONSIDERAÇÕES FINAIS
152
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
do fator de forma. Tais índices não são sensíveis a variações do fator de forma
(JSCE SF4, 1984) não foi capaz de detectar este fato. Um exemplo disto foi
fibra.
para este trabalho, foi possível correlacionar o fator de tenacidade à flexão com
o fator de forma das fibras de aço. Desta maneira, mostrou-se que com estes
adicionado à matriz.
pois, neste ponto, as fissuras ainda estão se formando e podem ter sua
a probabilidade de uma fissura ser interceptada por uma fibra o que pode
fibra nos maiores deslocamentos verticais. No caso das fibras onduladas, com
flexão com o aumento do fator de forma. Estes resultados mostram que nos
dos compósitos.
6.2. CONCLUSÃO
detectar.
diagramas os projetistas podem dosar a fibra que irão utilizar levando em conta
tubulação de esgotos.
159
ANEXOS
160
ANEXO I
Dimensões especificadas
Ln (mm) : 49 t (mm) : 0,45 w (mm) : 1,80 d eq(mm) : 1,020 F.F. : 48,0
Dimensões especificadas
Ln (mm) : 49 t (mm) : 0,45 w (mm) : 1,40 d eq(mm) : 0,900 F.F. : 54,4
Dimensões especificadas
Ln (mm) : 49 t (mm) : 0,45 w (mm) : 1,00 d eq(mm) : 0,760 F.F. : 64,5
Dimensões especificadas
Ln (mm) : 30 t (mm) : - w (mm) : - d eq(mm) : 0,500 F.F. : 60,0
Dimensões especificadas
Ln (mm) : 50 t (mm) : - w (mm) : - d eq(mm) : 0,810 F.F. : 61,7
Dimensões especificadas
Ln (mm) : 60 t (mm) : - w (mm) : - d eq(mm) : 1,000 F.F. : 60,0
Dimensões especificadas
Ln (mm) : 60 t (mm) : - w (mm) : - d eq(mm) : 0,750 F.F. : 80,0
Dimensões especificadas
Ln (mm) : 60 t (mm) : - w (mm) : - d eq(mm) : 0,600 F.F. : 100,0
Dimensões especificadas
Ln (mm) : 25,4 t (mm) : - w (mm) : - d eq(mm) : 0,889 F.F. : 28,6
Dimensões especificadas
Ln (mm) : 38 t (mm) : - w (mm) : - d eq(mm) : 0,889 F.F. : 42,7
Dimensões especificadas
Ln (mm) : 50,8 t (mm) : - w (mm) : - d eq(mm) : 0,889 F.F. : 57,1
ANEXO II
CARACTERIZAÇÃO DO CIMENTO
ENSAIOS CP II E CP V ARI
32 PLUS
# 200 (%) 3,4 0,1
Blaine NBR
7224 363,5 462,0
(m2/kg)
a/c para
consistência 28,0 28,1
normal (%)
Tempo de
Físicos pega (min.) início 167 123
CARACTERIZAÇÃO DA AREIA
CARACTERIZAÇÃO DO PEDRISCO
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