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UNEB/EAD – UNIVERSIDADE ESTADUAL DA BAHIA

UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL


GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL

CIDADANIA:

Os Principais problemas que afligem a Sociedade

ITAMARAJU – BA
20/11/2010
GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL

ALUNOS:
ANTONIO PITANGA N. NETO
IVANILDO
ISLANDIA OLIVEIRA
MARCELO ANTONIO RIBEIRO DO NASCIMENTO MATR. 201013312
MARCIELIA LIMA
JOSÉ FERREIRA
JUSSARA ALMEIDA SENA
TELMA ALVES MACIEL

CIDADANIA:

Os Principais problemas que afligem a Sociedade

ITAMARAJU – BA
20/11/2010
CIDADANIA: Os Principais problemas que afligem a Sociedade

Antonio Pitanga N. Neto*


Ivanildo Monteiro Cesar*
Islândia Oliveira
Marcelo Antonio Ribeiro do Nascimento
Marcielia Lima*1
José Ferreira*
Jussara Almeida Sena*
Telma Alves Maciel*

Sumário:

O presente texto tem por objeto retratar a síntese das discussões acerca da
cidadania e os principais problemas que afligem a sociedade brasileira, versadas na
atividade presencial do curso de especialização em Gestão Pública Municipal do
ultimo dia 20 de novembro de 2010, dentro da temática proposta pela Disciplina O
Estado e os Problemas Contemporâneos. Desenvolve-se a partir da pesquisa
bibliográficas e referenciais teóricos, principalmente ancora-se nas idéias de MARX,
MARSHALL. BOBBIO e NETO, bem como nos exemplos reais apresentados na
dinâmica efetivada, sendo concludente em afirmar que existem muitas situações que
se re-configuram como novas demandas em nosso País, contudo, a garantia da
cidadania, dependerá da observação dos deveres de outro, garantido pelo Estado
através de sua administração.

Introdução:

O conceito de cidadania remonta a Grécia antiga, onde indicava os direitos


daqueles que habitavam as cidades, ou seja, o cidadão. Este participava ativamente
dos negócios e decisões políticas da cidade. Este caráter formal de cidadania
relacionada as ações publicas e da cidade, ainda continuam.
Contudo, na atualidade, o conceito de cidadania significa exatamente a
capacidade do individuo ou grupos, tomarem suas decisões e atuarem como sujeitos
nos processos de execução. A constatação de que muitos grupos na sociedade
vivem a margem de sua construção, levou a ser concebida a cidadania, em um
sentido real, como a participação na sociedade, de todos que não estão incluídos.
Temos a exclusão, a pobreza e desigualdade social, como os principais problemas
que contribuem para o não exercício da cidadania

1 Pós-graduandos em Gestão Pública Municipal pela UAB/UNEB, Pólo Itamaraju


Desenvolvimento:
A história da cidadania parte de um pressuposto que confunde com a
história das lutas pelos direitos humanos. A cidadania esteve e está em permanente
construção, passando ser uma referencia na conquista da humanidade, através
daqueles que sempre lutam por seus direitos, maior liberdade, melhores garantias
individuais e coletivas, e não se conformam com o próprio Estado e instituições
devido às indignações das pressões e de injustiças contra uma maioria que não se
consegue fazer ouvir, exatamente por que se lhe nega a cidadania plena cuja
conquista, ainda que tardia, não será obstada. Ser cidadão é ter consciência de que
é sujeito de direitos. Direitos à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade, enfim,
direitos civis, políticos e sociais. Mas este é um dos lados da moeda. Cidadania
pressupõe também deveres. O cidadão tem de ser consciente das suas
responsabilidades junto a coletividade, a nação, o Estado, para melhor
funcionamento e bem esta social, ou seja, o bem comum.
Por isso, na sociedade temos tantos grupos que se organizam, sejam em
sindicatos, associações, grupos de afirmação, mulheres, negros, homossexuais,
entre outros, que historicamente ficaram a margem das decisões e construção
política e social do país, mas que hoje reivindicam a participação efetiva nas
decisões e seus direitos garantidos.
Na concepção formal definida pelo sociólogo Marshall (MARSHALL, T.H.
Cidadania, classe social e status. Rio de Janeiro : Zahar, 1967), na idéia de
pertencimento e lealdade a uma civilização, a evolução dos direitos civis, políticos e
sociais delibera a amplitude das características essenciais à cidadania, sendo que,
neste conceito, a ausência de qualquer destes direitos não demonstra a existência
de uma cidadania plena. É a teoria liberal que vai sustentar o conceito atual de
cidadania, ligada aos diversos e direitos, inclusive o de propriedade. “A cidadania
conceptualizada pela teoria liberal é impensável sem a propriedade” (Netto, 1986).
Para Marx, esta situação seria insuficiente para o cidadão, servindo apenas
para legitimar o poder do Estado governado pela burguesia: “à sua maneira, o
Estado anula as diferenças baseadas no nascimento, na posição social, na
educação e na profissão, quando declara que o nascimento, a posição e social, a
educação e a profissão não diferenciações não-pollticas, quando proclama que
todos os membros da população são participantes iguais na soberania popular
independentemente destas diferenciações quando trata do ponto de vista do Estado
todos os elementos que compõem a vida autêntica das pessoas. Todavia, o Estado
permite. que a propriedade: privada, a educação e a profissão atuem e afirmem a
sua natureza particular a sua própria maneira, isto é, como propriedade privada,
educação e profissão. Longe de abolir estas diferenciações fatuais, o Estado conta
com elas para poder existir". (A questão judaica – Karl Marx / citado em "A
Cidadania", J. M. Barbelet).
Mesmo parecendo contraditório, Bobbio vê no individualismo e na sua
relação com Estado, a situação favorável para o aparecimento de práticas que o
levam ao exercício de participação no poder: “O individualismo é a base filosófica da
democracia: uma cabeça, um voto." (A Era dos Direitos - N. Bobbio, pág. 61).
A defesa da cidadania permite participar através de intervenções nos
negócios públicos. Ela pode ser exercida de modo individual, pelo voto, por exemplo,
ou de modo coletivo, como os Conselhos municipais. Estes são instâncias de
controle social, monitoramento e participação na gestão pública. Em nossa região do
Extremo sul da Bahia, principalmente nas cidades maiores, a idéia da necessidade
legal do funcionamento dos Conselhos Municipais de Saúde tem se firmado,
começando também a ser “gestada” a mesma vertente de pensamento político a
cerca dos Conselhos de Educação. Sendo fato que a ausência dos pareceres e
deliberações dos Conselhos na gestão, tem custado rejeições das contas públicas
anuais apresentadas ao Tribunal de Contas da Bahia.
Assim, na caminhada política histórica de nosso país, sempre houve
reivindicações e até momentos de conflitos na busca pela garantia do respeito e
exercício da cidadania. A Constituição Federal de 1988 abriu maior espaço para
participação popular na administração publica, fortalecendo ainda mais o exercício
da cidadania, sendo ela mesma fora construída com emendas de origem popular, o
que valeu ser conhecida como “Constituição Cidadã”.

Considerações Finais:
Em nosso país ainda existem muitas situações que se re configuram como
novas demandas. Dessa forma, se a Constituição Federal, por exemplo, garante
acesso a todos a educação, contudo, definir política publica que garantam a
permanecia do aluno na escola é uma demanda. Portanto Falar na construção da
cidadania no Brasil é tocar num ponto meio critico em meio da nossa história.
Passado mais de 500 anos da chegada dos portugueses, pode ser percebido que a
consolidação da cidadania ainda é um desafio para todos os brasileiros. Muito se
tem discutido na academia e fora dela, como agregar a cidadania na moda e nas
instituições políticas e na opinião pública, mas, concretamente, é um conceito ainda
a ser construído ou até mesmo remanejado devido às políticas de nosso País
A garantia da cidadania, no entanto, além da observação dos direitos, impõe
também a observação de deveres, na concepção formal constitucionalmente
garantida pelo Estado através de sua administração. Sendo a participação popular
na administração pública, por meio de conselhos, uma efetivação do seu exercício
real e pleno.

Referencias Bibliográfica

BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Trad. Carlos Nelson Coutinho. Rio de Janeiro:
Campus, 1992;

MARX Karl, A questão judaica, apud BARBALET, J. M.


A cidadania, Ed. Lisboa : Estampa, 1989;

MARSHALL, T.H. Cidadania, classe social e status. Rio de Janeiro : Zahar, 1967

NETTO José Paulo, Comunismo, Ed. Global, São Paulo:1986.

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