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2 OBJETIVOS
2.1 Geral
Observar o processo de sedimentação da cal, onde os grupos produziram o
experimento utilizando-se de diferentes concentrações pré-estabelecidas, sendo elas: 30 g/L,
40g/L e 50 g/L. Bem como, analisar o comportamento de sedimentação ao utilizar a proveta
como sedimentador, para posteriormente, se verificar a influência das diferentes
concentrações no Ponto de Sedimentação Crítico (PSC), visualizar a deposição de sólidos por
gravidade até obtenção de duas fases, sendo uma delas chamada de fase clarificada. Calcular
o gráfico de sedimentação pelo tempo com indicação do ponto crítico, tempo e altura final de
compactação, determinar a área do sedimentador para vazão de 500 m³/dia.
No segundo observar o tempo que as esferas demoram para passar pelas marcas para
fazer o cálculo da velocidade, fazer com duas esferas de diferentes diâmetros para
comparação do resultado.
2.2 Específico
No primeiro experimento manipular rapidamente e com a agitação constante o
transporte da solução do balão volumétrico até a proveta, e continuar com agitação até o
começo do experimento para que não comece a sedimentação antes e acarretar erro no
gráfico. E manipular rapidamente o cronômetro para que não tenha variação do tempo, o que
pode acarretar erros ao gráfico de sedimentação e anotação das alturas com precisão para que
não haja acarretamento de erro no gráfico também.
No segundo experimento manipular rapidamente o cronômetro e fazer a marcação de
5 em 5 centímetros com precisão para não acarretar erro no cálculo de velocidade.
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Uma vez uma pasta floculada em uma dada concentração de sólidos é misturada
com auxílio de bastão de vidro e deixada permanecer em repouso sob ação gravitacional,
onde o processo de sedimentação estáticos começa. Inicialmente, a suspensão apresenta-se
homogênea e sua concentração da fase particulada é constante em todos os pontos ao longo
da altura do sedimentador. Quando os sólidos se assentam devido à gravidade, a zona aquosa
(A) é separada da zona remanescente da coluna de sedimentação (B). A interface líquido/
sólido entre as zonas A e B é geralmente distinta e, portanto, a altura da interface em função
do tempo é o principal parâmetro para medição da taxa de sedimentação em todos os testes
estáticos (Figura 2).
4 MATERIAIS E MÉTODOS
4.1 Materiais
- Balança analítica (Modelo Metler Aj100)
- Bastão de vidro
- Proveta 250 mL (Modelo Nalgene)
- Paquímetro (Modelo Vernier 0.05)
- 1 béquer de 250 mL (Modelo Pyrex)
- Cronômetro
- Esferas de metal
4.2 Métodos
As imagens a seguir são de autoria dos criadores do presente relatório.
Clarificação da solução de água e cal
Inicialmente, uma proveta de 250 mL foi demarcada com graduação a cada 1
centímetro.
Foi preparado 1L de solução a 30g.L-¹ de cal com agitação constante para que toda a
cal fosse dissolvida na água (Figura 3).
Figura 3. Solução de água e cal.
Após isso, a solução foi colocada na proveta de 250 mL que continha a marcação.
Com o auxílio de um bastão de vidro, a solução permaneceu em agitação até o momento de
disparo do cronômetro.
Após o cronômetro ser disparado, foram feitas marcações da altura sedimentada a
cada 20 segundos durante 4 minutos.
Passados os 4 minutos, as marcações passaram para intervalos de 40 segundos até
atingir 10 minutos.
Os intervalos de 10 até os 20 minutos foram demarcados a cada 60 segundos e após os
20 minutos os intervalos foram a cada 120 segundos.
Após 60 minutos foi realizada a última medição da altura do sólido sedimentado. Esta
etapa foi encerrada quando a altura medida não sofreu alteração durante as 10 últimas
marcações (Figura 5).
Figura 5. Sedimentação da solução após 1 hora.
Para se calcular a velocidade entre cada ponto, das duas esferas, utilizou-se a
equação (2), que se relacionou o espaço percorrido pelo intervalo de uma marcação de 5 cm
pelo tempo que levou a percorrer.
𝛥𝑥(𝑐𝑚)
𝑉𝑒𝑙 = (2)
𝛥𝑡(𝑠)
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Figura 8. Gráfico teste sedimentação com valores de Pc, Hc, tc, Pu, Hu e tu .
Também foi possível observar pela comparação das duas tabelas que a esfera maior
teve um tempo menor para percorrer todas as marcações, levando um tempo de 1 minuto,
enquanto a bolinha de menor esfera levou um tempo um pouco maior para percorrer todos os
pontos, levando 1,01 minutos. A relacionar a distância total percorrida pela esfera maior que
foi 25cm pelo tempo total percorrida que foi de 0,30 segundos, se pode obter um resultado de
velocidade de 83,34 cm/s, a relacionar a distância total percorrida pela esfera menor que
também foi de 25cm pelo tempo total percorrida que foi de 0,31 segundos, se pode obter um
resultado de velocidade de 80,64 cm/s. Esse resultado pode ter sido influenciado pelo modo
de como a bolinha foi lançado no experimento, ou pela a diferença do tamanho dos
diâmetros.
Também foi possível calcular a velocidade terminal de ambas as esferas, que é a
velocidade que se torna constante da esfera enquanto ela percorre o fluido, o resultado obtido
foi para a esfera de maior diâmetro com 7,9 mm foi de 238,30 kg/s³Pa, e para a esfera de
menor diâmetro com 6,3 mm foi de 148,96 kg/s³Pa. Também se pode observar que a
velocidade que a esfera 7,9 mm ficou constante e maior do que a velocidade que a esfera de
6,3 mm ficou constante. Pode-se observar que a velocidade terminal da esfera maior também
é maior em comparação ao da esfera menor, o que pode estar ligado ao diâmetro, ou seja, o
diâmetro é proporcional à velocidade, já que na fórmula se utiliza o raio, mas quanto maior o
diâmetro maior é o raio da fórmula. Com o mesmo procedimento realizado o grupo 6
obtiveram resultados aproximados de velocidade terminal, com velocidade para a maior
esfera de 233,0872 kg/s³Pa e com velocidade de 151,6095 kg/s³Pa para esfera de menor
diâmetro.
Foi possível também, calcular a velocidade terminal teórico através da fórmula 5, 6 e
7 que se obteve um valor adimensional para velocidade terminal. Com um Reynolds de
10.165,02 para esfera maior e um valor de Reynolds de 7.136,94 para a menor esfera, a
velocidade terminal teórica da esfera maior foi de 1,288 e a velocidade terminal teórica da
esfera menor foi de 1,135. Com o mesmo procedimento realizado o grupo 6 obtiveram
também resultados aproximados de velocidade terminal teórica, com velocidade para a maior
esfera de 1,27686 e com velocidade de 1,1499 para esfera de menor diâmetro.
6 CONCLUSÃO
Como visto, a sedimentação utiliza as forças gravitacionais para que ocorra o depósito das
partículas na superfície ou em uma área de armazenamento, isto irá depender da densidade
das mesmas. No primeiro experimento, a sedimentação apresenta fases, onde acaba por se
formar um concentrado com alto teor do sólido no fundo da proveta e logo acima deste um
fluido claro. O processo é lento, pois nenhuma força além da gravidade atua sobre a solução,
fazendo com que a sedimentação dependa apenas do peso das partículas. Um método que
poderia acelerar essa sedimentação, porem em menor volume de solução, seria a utilização de
uma centrifuga.
Já no experimento que envolvia as bolinhas de metal, o processo ocorre muito mais
rápido, quando o metal encontra a superfície da água, ele é acelerado até que atinja a
velocidade terminal de queda, que é a máxima velocidade que as partículas podem alcançar.
O processo é mais rápido pelo fato da sedimentação ocorrer de forma onde as partículas
independem umas das outras, onde além da força gravitacional, também temos o empuxo. A
diferença entre peso e empuxo nos fornece a força resultante, que ao ser igualada a força de
atrito, que leva em consideração o coeficiente de arraste, pode estabelecer a velocidade de
sedimentação do processo. Ao rearranjarem-se as fórmulas de velocidade de sedimentação e
coeficiente de arraste, obtém-se a lei de Stokes, um método mais direto para que o cálculo da
velocidade seja feito. Outro método também utilizado foi o adimensional de Arquimedes.
REFERÊNCIAS
R.J JEWELL et al. A description of the sedimentation process during dynamic thickener
operation. Australian Centre for Geomechanics, 2014. Disponível em:
<http://http://www.patersoncooke.com/wp-content/uploads/96_Vietti_Dunn.pdf>. Acesso
em: 17 Mar. 2019.
ANEXOS
MEMORIAL
Utilizando a equação (1) podemos calcular a volume das esferas:
(7,9×10−3 )³
Para esfera maior: 2,58 × 10−7 𝑀³ = 𝜋 × 6
3
(6,3×10−3 )
Para esfera menor: 1,3092 × 10−7 𝑀³ = 𝜋 ×
6
Utilizando a equação (2) podemos calcula a velocidade que a esfera passou a cada
marcação:
Tabela 3. Para esfera maior:
ΔX(cm) ΔS(s) V=ΔX/ ΔT
5 0,07 0,7142
5 0,09 0,555
5 0,05 1
5 0,05 1
5 0,04 1,25
Também foi utilizado para esta equação para calcular a velocidade, de todos os pontos
pelo tempo total:
25𝑐𝑚
83,34 𝑐𝑚/𝑠 =
30 𝑠
Também foi utilizado para esta equação para calcular a velocidade, de todos os pontos
pelo tempo total:
25𝑐𝑚
80,64 𝑐𝑚/𝑠 =
31 𝑠
Utilizando a equação (3) para calcular a velocidade terminal de cada esfera, onde quer
dizer à velocidade que ela torna constante ao descer pelo fluído:
2×9,81× (3,95×10−3 ) 2 ×(8020− 1000)
Para esfera maior: 238,3 =
9×0,001002
Utilizando a equação (4), (5) e (6) pode-se calcular o valor de arraste que multiplica
Reynolds ao quadrado, através deste valor foi possível calcular Reynolds e por fim substituir
na formula para calcular a velocidade terminal de Arquimedes:
Para esfera maior: utilizou-se a equação 6 para achar o valor de arraste que multiplica
o Reynolds ao quadrado:
4 1000×(8020−1000)×9,81×(7,910−3 )3
45.086.141,7 = ×
3 0,001002²
−1
45.086.141,7 −0,95 45.086.141,7 −0,475
10.165,02 = [( ) + ( ) ]0,95
24 0,43
Utilizando a equação (4), (5) e (6) pode-se calcular o valor de arraste que multiplica
Reynolds ao quadrado, através deste valor foi possível calcular Reynolds e por fim substituir
na formula para calcular a velocidade terminal de Arquimedes:
Para esfera menor: utilizou-se a equação 6 para achar o valor de arraste que multiplica
o Reynolds ao quadrado:
4 1000×(7864−1000)×9,81×(6,3×10−3 )3
22.359.970,39 = ×
3 0,001002²
−1
45.086.141,7 −0,95 45.086.141,7 −0,475
7.136,94 = [( ) + ( ) ]0,95
24 0,43
Utilizando a equação (7) pode-se fazer o dimensionamento da área necessária para que um
tanque de sedimentação possa fazer por completo a separação de uma vazão de 500M³/D:
5,787×10−3 ×514,3
12,2𝑀² =
0,245
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