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Índices

Índice Geral
Símbolos .......................................................................................................... 2

Breve Introdução da Combustão nos Ciclos ............................................. 3

A Combustão no Ciclo Indicado Na Actualidade ...................................... 3

Ciclo indicado ................................................................................................. 4

Visitas a Empresas......................................................................................... 5

Tendo em vista a precisão e exactidão ....................................................... 5

Velocidade do programa e grafismos ......................................................... 6

Gerais ............................................................................................................... 6

Específicos ...................................................................................................... 6

Em Manuais ..................................................................................................... 7

Na internet ....................................................................................................... 7

Rendimento teórico e indicado .................................................................... 7

Labview ............................................................................................................ 9

DAQ .................................................................................................................. 9

1.1-Tendo em vista a obtenção do gráfico ciclo indicado ...................... 10

1.2-No primeiro passo ideológico da programação ................................ 11

1.3-Sabemos que:......................................................................................... 11

2.1- Sensor de posição ................................................................................ 11

2.2- Sensor de pressão ................................................................................ 12

3.1-Introdução ............................................................................................... 13

3.2-Configuração de Canais, Taxa de Aquisição e Nº de Amostras ..... 13

3.3- Conta Picos. VI ...................................................................................... 15

3.4- Trigger .................................................................................................... 16

3.5- Conta Rotações ..................................................................................... 17

3.6- Volume .................................................................................................... 18

3.7- Sincronizador e Saída para Gráfico ................................................... 19


3.8- Stop ......................................................................................................... 20

Recomendações ........................................................................................... 21

Conclusão...................................................................................................... 21

Documentos auxiliares ................................................................................ 22

Lista de Siglas e Abreviaturas


Símbolos
Letras Romanas

• a- ângulo da cambota [rad]

• D- diâmetro médio do pistão [m]

• cv- calor específico a volume constante [J/Kg.ºC]

• cp- calor específico a pressão constante [J/Kg.ºC]

• K- quociente entre capacidades caloríficas

• L- comprimento da biela [m]

• n- rotações por minuto [r.p.m.]

• p- pressão [bar]

• Q- calor (energia) [J]

• R- raio da manivela [m]

• t- tempo [s]

• T- temperatura [ºC]

• Vcc- volume da câmara de combustão unitária [m3]

• Vc- volume de cilindrada unitária [m3]

• Vx- volume da câmara de combustão em cada instante [m3]

• x- posição do pistão em cada instante [m]

Letras Gregas

• λ- relacção entre o raio da manivela e o comprimento da biela

• ρ- taxa de compressão

• ω-velocidade angular da cambota [rad/s]

• ε- relacção de combustão a volume constante do ciclo misto

2
• τ- relacção de combustão a pressão constante

• ηt- rendimento térmico

Termos

• PMS- ponto morto superior

• PMI- ponto morto inferior

Introdução
Especificação do tema
Breve Introdução da Combustão nos Ciclos
Procede-se a uma breve explicação de características e elementos representativos da área
das máquinas alternativas, que melhor elucidará a disposição e funcionamento da
programação posteriormente apresentada.

Refere-se o princípio básico de funcionamento do motor utilizado para o ensaio, bem


como variáveis essenciais na obtenção dos resultados propostos como objectivo do
projecto.

Começando pelo motor, de ignição por compressão de ciclo operativo a 4 tempos


(admissão, compressão, explosão e escape) utilizando como fluido operante o ar. É
aspirado ar puro, que submetido a uma elevada pressão no final da compressão, atinge
temperatura suficiente para garantir a inflamação do combustível (gasóleo), à medida que
é injectado no cilindro.

Interessa estudar a sucessão de transformações que o fluido sofre no interior do cilindro e


se repete periodicamente a cada 4 cursos do pistão (2 voltas da cambota).

Graficamente, recorrendo a uma representação Pressão/Volume varrido pelo pistão,


obtém-se a formação de um conjunto de pontos dos quais resulta o ciclo indicado do
motor.

A Combustão no Ciclo Indicado Na Actualidade


Como refere o manual Engine combustion analysis da empresa Kistler, o
desenvolvimento e optimização em motores de combustão interna modernos é
inconcebível sem o conhecimento do que acontece no interior dos cilindros. A medição e
análise da variação da pressão no interior do cilindro é a única maneira de encontrar a
informação necessária para optimizar o rendimento, potência, emissões e por último, a
longevidade do motor. “Quanto melhor é a informação disponível, melhor é a informação
encaminhada”.

Os motores são basicamente máquinas térmicas, convertem a energia química da mistura


ar/combustível em trabalho mecânico e calor por meio da combustão (figura 2).

3
Figura 1: “Conversão de energia química do combustível
em trabalho e calor”. (Kistler).

O objectivo a extrair da conversão é a elevação máxima da proporção trabalho para assim


maximizar o rendimento.

A magnitude e variação da pressão do cilindro a actuar no pistão, em função do tempo é


relevante. A curva de pressão representa a combustão, assim como, a conversão de
energia que ocorre no motor.

Consequentemente, o trabalho mecânico total realizado no pistão, num ciclo, é função da


pressão e das mudanças de volume associadas, na câmara de combustão.

Ciclo indicado
O ciclo indicado é “baseado no conhecimento de Nikolaus Otto e Rudolf Diesel,
pioneiros no uso de indicadores que juntam simultaneamente a gravação da pressão e
posição do pistão na câmara de combustão” (figura 2).

Este projecto visa representar o ciclo indicado por meios diferentes dos originais,
puramente mecânicos. A nossa representação terá o auxílio de sensores, amplificador,
placa e programa com suporte num computador.

Figura 2: Indicador diagrama p-V gravado por Nikolaus Otto em 1876.


(Fonte: Deutz AG).

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“No mundo da gíria alemã, indication, refere-se a todo o trabalho relacionado com
análises da curva de pressão em motores de combustão”.

Dependendo da aplicação, mais do que limitar a combustão real, engloba também “troca
de gás, sistema de injecção, sistema de ignição, etc.”. Na gíria inglesa “fala-se muitas
vezes em, combustion analysis,”.

A análise da combustão ou indicação da pressão do motor é considerada uma ferramenta


básica dentro do desenvolvimento do motor e é a chave para:

• Melhoramento do rendimento;

• Aumento da potência;

• Redução de emissões;

• Longevidade do motor.

Visitas a Empresas
Vistamos a Auto Industrial (Opel) onde nos foi cedido material de pesquisa e
experimental (mail em anexo).

J Batista para formação técnica e cedência de matéria.

Propusemos realizar o projecto em conjunto com a Automóveis do Mondego

B) Delimitação da abordagem
Tendo em vista a precisão e exactidão
O objectivo principal é construirmos um programa de aquisição e armazenamento de
dados, relativos ao ciclo indicado dum motor. Inicialmente a sua aplicação será apenas
para fins didácticos. Primeiramente preocupar-nos-emos mais com a correcta estrutura e
funcionalidade do mesmo.

Não obstante, estaremos atentos de forma a minimizar e quantificar qualquer tipo de erro
que surja e deturpe a representação do ciclo.

Assim sendo, não abordaremos exaustivamente o erro cometido nas diversas fases de
elaboração (montagem dos sensores, aquisição de sinal e resposta do programa).

Por outro lado estamos certos que toda a instrumentação (sensores e amplificador) está
devidamente calibrada. O programa de base (Labview) demonstrou-se bastante rápido e
fiável e cumpre os requisitos propostos.

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Velocidade do programa e grafismos
Embora sendo uma linguagem de alto nível, a velocidade de computação do Labview
apresenta-se elevadíssima, possuidora de um bom compilador, no entanto, desconhece-se
o seu código, uma vez que é fechado ao utilizador.

Contudo, há disponível um emulador para Labview que optimiza a estrutura do programa,


se tal se revelar necessário posteriormente.

Deste modo, não houve cuidado excessivo em ver se estaríamos a utilizar uma linha de
programação demasiado pesada para o cálculo computacional.

Existe ainda a possibilidade da utilização do processo/ferramenta Labview Real-Time,


que consiste na instalação do mesmo, em que o computador arranca directamente para o
ambiente Labview, dispondo do auge de recursos do sistema. Este tema foi retirado do
site National Instruments.

O programa pretende ser o máximo intuitivo e funcional, não dando tanta ênfase a
aspectos estéticos.

C) Objectivos
Gerais
Como objectivos gerais propostos em enunciado:

“Desenvolvimento de um sistema de aquisição de dados relativo à evolução da pressão


no interior da câmara de combustão de motores de combustão interna, em função da
posição do deslocamento angular. Pretende-se, através destas grandezas, representar o
ciclo indicado no diagrama P-V. Pretende-se que o sistema de aquisição tenha capacidade
de aquisição, processamento e armazenamento de dados com capacidade de exportação
dos mesmos para folhas de cálculo.”

Específicos
Para a obtenção da curva do ciclo indicado quer dar-se a possibilidade ao utilizador de
escolher a que rotação quer essas curvas. Assim como qualquer outro instante (por
exemplo quando o motor atinja determinada carga).

Pretende-se que, quando o programa termine, o utilizador tenha acesso a uma


visualização gráfica do ciclo obtido. Como opcional, a visualização de uma linha
horizontal de pressão atmosférica, que se deve introduzir a quando da realização do
ensaio.

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D)Revisão bibliográfica
Para a elaboração deste projecto foi-nos aconselhado a utilização do processo/ferramenta
Labview. Uma vez sendo um programa totalmente desconhecido para ambos, recorremos
aos seguintes suportes bibliográficos.

Em Manuais
Labview Data Aquisition Course Manual;

Labview Basics One Course Manual;

Motores de Combustão Interna, 2ºEdição;

Sebenta de Máquinas Alternativas, de António Simões.

Na internet
Site da Kistler;

Site da “NI”

Fundamentos teóricos
De seguida uma representação
esquemática dos campos teóricos a
analisar:

Esquema 1:Principais abordagens nos fundamentos teóricos.

Rendimento teórico e indicado


Para uma abordagem mais teórica, o ciclo indicado verificado para os motores diesel tem
como sua melhor representação “ideal” o Ciclo Dual ou Misto, ciclo teórico a pressão
limitada de exemplo a figura seguinte.

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Figura 1.1:” O ciclo teórico misto pag 43”
do manual”Motores de Combustão Interna”.

As transformações ocorridas são as seguintes:

• 1-2: ADIABÁTICA(ISENTRÓPICA): compressão do ar, aumentando a sua energia


interna.

• 2-3: ISOCÓRICA: explosão instantânea da mistura ar-gasóleo, ocorrida no PMS,


reacção endotérmica que fornece energia ao sistema.

• 3-4: ISOBÁRICA: fornece mais uma injecção de energia ao sistema proveniente do


combustível injectado, numa combustão não instantânea que ocorre a pressão
constante e com o aumento do volume útil de cilindro disponível.

• 4-5: ADIABÁTICA: expansão da mistura queimada(devido à sua energia interna)


acompanhando o aumento de volume da “câmara” à medida que o pistão desce.

• 5-1: ISOCÓRICA: calor rejeitado para o sistema

Contudo, não contém a área representativa dos trabalhos de bombagem de admissão de ar


para o cilindro e escape de gases queimados e rejeitados para o exterior, como consta no
ciclo indicado.

O rendimento térmico do ciclo, é função da relação de compressão ρ, do expoente k, de ε


e de τ. O ηt aumenta com ρ, k e ε, enquanto que diminui com o aumento de τ. Esta análise
pode efectuar-se tendo em conta a seguinte expressão:

1 ετ k − 1
ηt = 1 − k −1 *
ρ ε − 1 + kε (τ − 1)
Expressão 1: Sebenta de “Maquinas alternativas, 2006”

As principais diferenças residem em diversos parâmetros, alguns dos quais:

• Trocas de calor com a fronteira do sistema (refrigeração e radiação)

• Duração da combustão, e a pressão não constante

• Perdas por atrito (bombagem) do fluido operante

• Abertura e fecho das de válvulas, não ocorre instantaneamente

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• Ponto de injecção, antecipado em relação ao ideal

• Perdas de energia pelo escape

• Calores específicos aumentam com a temperatura, relação de k diferente

O rendimento térmico do ciclo indicado não obedece a nenhuma expressão. Assim


procede-se ao estudo caso a caso, das áreas dos ciclos obtido em laboratório.

Por meio gráfico será pouco expedito, em alternativa, pode usar-se a sucessão de pontos
obtida transformando-a em equações de ordem n aproximadas, pelos métodos numéricos
mais convenientes.

Poder-se-á integrar estas curvas e assim saber o rendimento indicado com um erro
diminuto e quantificado. Porém este rendimento difere do rendimento real pois não é
sensível aos atritos mecânicos.

Labview
O Labview é um software com uma multiplicidade enorme de potencialidades.

Permite teste, medição, aquisição de dados, controlo de aplicações; processamento em


geral para qualquer tipo de informação.

O seu interface de programação com o utilizador é feito de uma maneira única, com
recurso a ícones chamados VI’s que executam funções para os mais diversos fins,
possuindo uma vasta biblioteca de funções pre-definidas. A ligação entre ferramentas de
programação faz-se por intermédio de fios, tendo estes uma cor diferente consoante o tipo
de informação que transportam (numérica, booleana, textual,..). Este tipo de programação
torna-se muito mais intuitivo, ao invés das tradicionais linhas de código.

Mesmo sendo uma linguagem de alto nível, dispondo de recursos por parte do PC, possui
uma capacidade de resposta surpreendente rápida e eficaz.

DAQ
Entende-se como um conceito para DAQ “Data acquisition “a geração e medição de
sinais reais (analógicos, digitais e temporais) em computador, adquiridos por uma placa
para esse efeito.

A placa é composta genericamente por conversores digitais para analógicos e vice-


versa, portas digitais I/O e contadores/temporizadores.

Com recurso ao PC e software devidamente desenvolvido para esse propósito, é


possível a criação de sistemas de aquisição e controlo chamados instrumentos virtuais
(vi). Com a utilização destes é possível elaborar aplicações específicas, de fácil adaptação
a cada caso, tendo por base a aquisição de dados e seu posterior processamento.

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Corpo do projecto
1- Estratégia de Programação
1.1-Tendo em vista a obtenção do gráfico ciclo indicado
Dentro do objectivo principal que não é mais que uma imagem estática,
do Ciclo Indicado, que corresponderá a seguite lista de factoes ou
estados:

Figura 1.1:” O ciclo pag 43” do manual”Motores de Combustão Interna”.

• Uma determinada rotação média do motor, isto é, uma rotação constante


indicada por um indicador de rotação em [rpm], idêntico à rotação de um
automóvel.

• Uma determinada carga do motor, ou seja, quantidade de combustível


administrado. Carga esta que também pode ser definida como a quantidade de
esforço a que o motor é submetido (no freio).

• O tipo de motor a ensaiar no que se refere ao número de ciclos (2T,4T).

• Condições laboratoriais do teste como pressão atmosférica.

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1.2-No primeiro passo ideológico da programação
Começamos por nos concentrar apenas no primeiro tópico (alínea anterior)
respeitante à rotação média, considerando que um motor a quatro tempos se encontra
a trabalhar livre (sem carga) à pressão atmosférica de um bar.

1.3-Sabemos que:

• A rotação média corresponde à media ponderal das rotações instantâneas durante


um ciclo.

• A cada rotação instantânea corresponde uma posição do pistão em relação ao


cilindro (entre PMI e PMS) que por sua vez corresponderá a um volume.

• Para efeito de viabilidade de teste e recolha de dados, não podemos programar


tendo em vista uma rotação média, mas sim um intervalo (o mais curto possível)
que corresponde a essa rotação média.

No capítulo 3 explicaremos pormenorizadamente outros aspectos da linha de


programação.

2- Preparação do sistema e descrição


dos sensores
Preparação do Sistema
Como versão simplista do método de programação podemos afirmar que para a traçagem
do ciclo indicado o programa vai obter sinais de pressão e deslocamento.
É necessário algum tipo de simultaneidade entre ambos, pois têm que haver referências
que nos permita afirmar que num determinado momento se inicia um ciclo onde se
conhece a posição do pistão e transformação ocorrida (pressão).
O volante, solidamente ligado à cambota, descreve o seu movimento rotativo de 360º,
transformado em movimento alternado do pistão. É possível, mediante cálculos, obter
uma conversão entre dentes percorridos e posição do pistão. De notar que, com o aumento
do nº de dentes, os incrementos de posição seriam menos espaçados e mais precisos.

2.1- Sensor de posição


Existe no motor uma marcação exterior que corresponde à máxima ascensão do pistão, do
considerado primeiro cilindro, na máxima compressão (fig.2), obtendo-se assim a
referência posicional. Do lado do volante de inércia (possuidor de 122 dentes), marcando
um dente (com a aplicação de um íman) que, alinhado com o sensor ABS, vai criar uma
referência equivalente, como recriado em laboratório. A passagem do dente “marcado”
vai produzir uma amplitude de sinal superior à dos restantes.
Com a rotação da cambota, a referência pode ocorrer em duas ocasiões distintas, máximo
de compressão ou término de escape, o que significa que é desconhecida a operação
exacta em decurso. No entanto é desprezável o erro cometido na aquisição, uma vez que
ao efectuar o teste a uma rotação constante, ao obter 2 meios ciclos a variação de valores
entre 2 ciclos consecutivos é muito pequena.

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Fig.2 (retirado do “Auto-Data”)

2.2- Sensor de pressão


Todas as referências foram mencionadas relativamente ao 1º cilindro, logo a aplicação do
sensor de pressão será no mesmo.
O local de montagem escolhido foi o orifício da vela de incandescência, devendo-se ao
facto do não conhecimento da estrutura interior da cabeça do motor e dos inúmeros canais
constituintes do sistema de refrigeração, correndo o risco de danificar o motor. Após
breves rotações funcionais dos restantes cilindros ir-se-ão criar condições para o correcto
funcionamento deste, a quando da combustão espontânea das primeiras gotículas de
combustível, iniciando o seu ciclo operativo normal.
Não se conseguiram respeitar na totalidade as recomendações de montagem, uma vez
que, devido ao excessivo comprimento do sensor tornou-se necessária a maquinação de
uma peça que o sustentasse. Esta iria ser inserida no orifício escolhido e o sensor é
acoplado à peça. As tolerâncias de furação foram conseguidas mas a orientação angular
em relação à tomada de pressão no cilindro não se cumpriu na totalidade, tendo-se tentado
proteger um pouco mais a exposição do sensor aumentando a sua distância à tomada de
pressão.
O sensor é do tipo piezo-resistivo e vai caber a um amplificador ligado a si a interpretação
da pressão, traduzida, em termos de aquisição, por um sinal de 0 a 5 volts para 0 e 250
bar, respectivamente.
Em termos de ligação eléctrica devemos conectar o fio branco do amplificador ao
negativo da placa de canais e o fio cinzento ao positivo da placa.

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3- Linha de programação
3.1-Introdução
De seguida encontra-se representado o organograma que se estrutura por três etapas desde
Hardware a aquisição em Excel.

Figura 3.1:Organograma estrutural

3.2-Configuração de Canais, Taxa de Aquisição e Nº de Amostras


Factor importante do sistema de entradas analógicas é a taxa de amostragem “sample
rate” a que a placa DAQ recebe o sinal. Para determinação da taxa de amostragem
requerida para a aplicação deve-se conhecer qual a frequência máxima a que fenómeno
em estudo (passagem de dente pelo sensor de prova) se realiza, bem como a precisão
desejada, ponderando também as potencialidades suportadas pelo sistema DAQ (placa de
aquisição).

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Uma definição para taxa de amostragem, em termos de LABVIEW/DAQ, toma-se como
a quantidade de vezes que o conversor Analógico-para-Digital (A/D) é accionado, para
um determinado intervalo de tempo (segundo), pois fala-se em termos de frequência em
Hz. A placa referência da placa Anexo V tem um só conversor com a capacidade de
100000 amostras por segundo dedicado a 8 entradas de sinal disponíveis.

De acordo com o teorema de Nyquist, deve-se utilizar uma frequência de aquisição de no


mínimo 2 vezes superior à frequência máxima do acontecimento, para garantir uma
satisfatória representação do acontecimento.

Figura 3.2.1: Taxas de amostragem”manual Daq da National Instruments”.

No entanto, quando se pretende um registo de eventos periódicos, no nosso caso a


variação de rotação, é aconselhada uma taxa de amostragem cerca de 10 vezes superior.
Por aconselhamento do Eng. Alcobia, tendo em conta o fenómeno em estudo, a taxa
superior em 5 vezes a frequência máxima do evento seria suficiente.

O evento da passagem de dente pelo sensor dá-se 122 vezes (nº de dentes do volante de
inércia do motor) a cada volta da cambota. Assumindo, a título de exemplo, uma rotação
de 100 Hz (6000 r.p.m.) da cambota, torna-se imperativo que haja a capacidade por parte
do sistema de adquirir todos os dentes. Efectuando o produto da frequência de rotação
pelo nº de dentes podemos obter a taxa de amostragem mínima a utilizar, de 12200 Hz.
Aplicando o factor de segurança mencionado anteriormente obtém-se uma taxa de
amostragem final de 61000 Hz. Em termos de nº de amostras o número mínimo seria de
200 para “apanhar” os dentes, mas tendo a placa capacidade de 100000 podemos
aumentar consideravelmente o tamanho da amostragem, em busca de melhor perfeição de
representação.

De seguida exemplifica-se pela figura a componente do software responsável pela


aquisição de dados, extracto da programação utilizada.

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Figura 3.2.2: Excerto do programa ciclo indicado.vi

Explicando brevemente a função dos ícones, os AL CONFIG, AL START, AL READ e AL


CLEAR são os responsáveis pela configuração de canais a obter, taxa de amostragem e nº
de amostras em memória BUFFER, leitura de dados da memória e renovação dos
mesmos, respectivamente. Como nota é no ícone AL START que se insere a
funcionalidade de aquisição contínua de sinal.

Entrando os sinais, pressão e posição (dentes) pelo mesmo receptor (placa), numa
considerada matriz de sinal (como visto na matriz ARRAY CHANNEL), é necessário
separá-los para posterior tratamento, esta é a função do ícone INDEX ARRAY. Aqui,
consoante o índice do sinal, só passa informação relativa ao mesmo. O canal 0
corresponde à pressão e o canal 1 à sinusoidal de amplitude/tempo gerada pelo sensor
ABS.

O CLUSTER STATUS envia um sinal booleano FALSE aquando da falha de informação e


pára o programa, sendo que enquanto estiver TRUE a aquisição é contínua.

Todo o processamento de informação é feito por sucessivas iterações(operação de


tratamento de informação) num ciclo WHILE em que a paragem deste é feita pelo
controlador ON/OFF, nesta aplicação accionado, como anteriormente referido, pela
veracidade e correcto processamento da aquisição de dados.

Para o desenvolvimento seguinte de referir que as ligações entre objectos (VIS e


ferramentas) possuem cores diferentes consoante o tipo de dado; azul para nºs inteiros,
laranja para reais e verde para booleanos.

3.3- Conta Picos. VI


A representação do sub VI responsável pela contagem do evento de contagem de dentes
do volante captados pelo sensor ABS figura-se na imagem seguinte:

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Figura 3.3.1: Ícone conta-picos.vi

Figura 3.3.2: Ícone conta picos VI (constituição)

A função conta picos é fulcral no programa. Ele junta três tipos de saídas
importantíssimas para a consequente linha de programação.

Entra a sinusóide (Waveform) do canal 1 e vão dar saída o nº de picos, ou seja, máximos
(dentes) detectados, para posterior contagem. Os valores das amplitudes colhidas como
valores máximos serão enviados para o Trigger, de posterior explicação. O filtro
threshold prevê a não contabilização de picos devidos a ruído (eléctrico) que induzem
erros significativos de frequência do acontecimento.

Introduz-se a noção do VI Feedback node que memoriza o valor da última iteração feita e
a toma como valor inicial na iteração seguinte, neste caso aplicado o nº de picos (dentes).

3.4- Trigger

Figura 3.4.1: Ícone do triggerVI

O trigger surgiu da necessidade de sincronizar os sinais. Pois embora eles cheguem ao


mesmo tempo ao canais do Labview, a posição rotacional é desconhecida. A função dele
é garantir que a um determinado ângulo da cambota corresponde inequivocamente uma
pressão.

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Figura 3.4.2:Trigguer VI (constituição)

Sub VI detector da referida referência de posição entre dente “marcado” e sensor ABS.
Ao receber os valores de amplitude do VI Conta picos este vai efectuar uma comparação
entre valores e dar saída de um valor booleano True aquando da detecção da maior
amplitude encontrada no bloco de dados da amostra.

A finalidade deste é materializada no valor booleano (verdadeiro) a sua saída, aquando da


detecção do íman e accionamento de um controlador booleano disponível ao utilizar.

3.5- Conta Rotações

Figura 3.5.1: Ícone do Conta Rotações.VI

A estrutura “stacked sequence” permite o cálculo da velocidade média, pois conjuga o nº


de picos que dão entrada com o tempo da sua ocorrência.

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Figura 3.5.2:Conta rotações VI (constituição do “frame” da rotação).

Figura 3.5.3: Conta rotações VI (constituição do “frame” do cronómetro).

Os “tick count” são relógios em mili-segundos, levando-nos a usar factores de conversão.

Efectuando a razão rotação/tempo obtem-se o valor da rotação média.

3.6- Volume

Figura 3.6.1: Ícone volume. VI.

Módulo de conversão dos ângulos descritos pela cambota em incrementos de volume


varrido pelo pistão. As seguintes expressões dentro da estrutura” formula node” (estrutura
com entradas e saidas a uma caixa com linguagem C++).

A primeira expressão passa posição angular da cambota a posição do movimento


alternado do pistão. A segunda relaciona essa mesma posição do pistão com o volume do
cilindro.

1
x = r[(1 − cos ωt ) + (1 − 1λ 2 sen 2 wt )]
λ
Expressão 3.6.1: Posição do pistão, x.

π D2
Vx = Vres + x
4
Expressão 3.6.1: Volume da câmara de combustão para posição x

18
Figura 3.6.2:Volume VI (constituição).

3.7- Sincronizador e Saída para Gráfico

Figura 3.7.1: Ícone do sincronizador. VI.

Este VI, caracterizado por uma estrutura “Case”, tem entrada do sinal correspondente a
pressão e volume. Possui um sub VI (Sinal-volume) cuja função é o cálculo de conversão
desde o sinal original, em volts, a volume.

Aqui coexiste um express VI (é um VI predefenido no Labview de código fechado e de


alto nível) onde se conjugam os valores desejados.

19
Figura 3.7.2: Sincronizador e Saída VI (constituição)

A mesma informação é direcionada em forma de tabela para um VI que permite a


exportação de dados para folhas de calculo (Excel).

3.8- Stop

Figura 3.8.1: Ícone do stop . VI.

Condição de término do programa. À chegada dos 244 dentes (duas voltas da cambota) a
este contador procede à paragem do programa visto ter-se atingido o nº de dentes que
satisfazem a condição de construção do ciclo indicado.

20
Figura 3.8.2: Stop.VI (constituição)

Recomendações
Pretendemos passar os pontos do gráfico do ciclo para quatro equações analíticas
aproximadas do respectivo ensaio. Tendo em vista facilitar eventuais cálculos sem ter que
ir recolher pontos quer a uma tabela quer a um gráfico.

Obtenção do trabalho/potência indicada e rendimento indicado. Ainda nesta sequência a


possibilidade de medição do atrito do motor (se optarmos por a realização do ensaio em
vazio).

Queremos deixar disponível ao utilizador o ponto de inflamação e o ponto de pressão


máxima em relação ao ângulo da cambota. Para eventuais afinações do motor.

Pretende-se elaborar um manual de instruções rápido de manuseamento do programa e


algumas considerações na montagem do sistema.

Por fim queremos deixar disponíveis menus de testes para rápida afinação e preparação
do programa para ensaio, nomeadamente medição prévia de ruído com automática
correcção no programa.

Conclusão
Alcançaram-se genericamente os objectivos propostos inicialmente (enunciado).

Visámos fazer o melhor programa possível, no entanto segundo o referido em


“Recomendações” poderiam haver outras potencialidades a explorar.

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Atingimos o objectivo de dar a possibilidade ao utilizador de extrair o ciclo num instante
à sua escolha.

Conseguimos obter um gráfico do ciclo indicado, mas cientes que melhores afinações
poderiam ter sido alcançadas para o melhoramento deste.

I) Anexos
Documentos auxiliares
Ver em suporte informático

22

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