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UNIJUÍ – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul


DeTec – Departamento de Tecnologia
Curso de Engenharia Mecânica – Campus Panambi

Rodrigo Erno Hess Schulz

PROJETO DETALHADO E CONSTRUÇÃO DO PROTÓTIPO DE UMA


SEMEADORA-ADUBADORA DE UMA LINHA PARA AGRICULTURA FAMILIAR

Panambi
2010
2

Rodrigo Erno Hess Schulz

PROJETO DETALHADO E CONSTRUÇÃO DO PROTÓTIPO DE UMA


SEMEADORA-ADUBADORA PARA AGRICULTURA FAMILIAR

Trabalho de conclusão de curso apresentado à


banca avaliadora do curso de Engenharia
Mecânica da Universidade Regional do
Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul –
UNIJUÍ, como requisito parcial para a
obtenção do título de Engenheiro Mecânico.

Banca Avaliadora:
1° Avaliador: Prof. Luiz Antonio Rasia, Dr. Eng.
2° Avaliador (Orientador): Prof. Antonio Carlos Valdiero, Dr. Eng.
3

AGRADECIMENTOS

Agradeço aos meus familiares, amigos e esposa pelo apoio e incentivo durante o curso
de graduação em engenharia mecânica.
A indústria de máquinas agrícolas Fuchs S/A (IMASA) pelo patrocínio dos
componentes para a construção do protótipo e incentivo, ao amigo Carlos Renner por
disponibilizar o espaço para a montagem e testes preliminares e ao colega Rogério Renner
que além de companheiro de viagem ajudou na fabricação, montagem e testes preliminares do
protótipo.
Aos professores da UNIJUI pelo conhecimento que nos foi repassado durante este
período, em especial ao Prof. Antonio Carlos Valdiero pela orientação deste trabalho.

MUITO OBRIGADO!
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RESUMO
O presente trabalho contempla o projeto detalhado e a construção do protótipo de uma
semeadora-adubadora de uma linha para agricultura familiar. Desafiado pelas componentes
curriculares de projetos I e projetos II, onde deveríamos projetar meios de facilitar as tarefas
do dia-a-dia, e ao grande interesse na área agrícola, procurou-se buscar uma solução para
facilitar o plantio de milho ou qualquer outro grão, sobre a “verga” pós-colheita do fumo.
Observou-se a necessidade de desenvolver um equipamento que se adequasse às
características deste produtor, adequando- se ao baixo nível de mecanização da agricultura
familiar, substituindo o sistema de plantio manual, lento e desgastante por um plantio
mecanizado e mais eficiente, permitindo além do plantio também a adubação. O trabalho
contempla o projeto detalhado, especificações para manufatura, construção do protótipo,
testes, sugestões de melhoria para trabalhos futuros, visando oferecer uma melhor qualidade
de vida ao pequeno produtor rural.

Palavras-chave: Mecanização da agricultura familiar, Projeto detalhado, Protótipo.


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ABSTRACT

This work includes detailed design and prototype construction of a seeder in a row for
family farms. Challenged by the curriculum components of design I and design II, where we
design ways to facilitate the tasks of day-to-day, and the great interest in agriculture, we tried
to find a solution to facilitate the planting of corn or other on the “header” smoke postharvest.
There is a need to develop equipment that fit the characteristics of this producer, adapting to
the low level of mechanization of family farms, replacing the manual system of seeding, slow
and tiring for a mechanized seeding an more efficient, beyond fertilization. The work includes
detailed design, manufacturing specifications, prototype construction, testing, suggestions for
improvement for future work, aiming to offer a better quality of life for small farmers.

Keywords: mechanization of family farms, detailed design, prototype.


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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Adubação e plantio manual do fumo [1].................................................................12


Figura 2 – Ilustração do formato do solo para plantio do fumo. ..............................................13
Figura 3 – Ilustração da disposição das plantas no solo. ..........................................................13
Figura 4 – Plantadeira manual marca Krupp ref.103 [2]..........................................................14
Figura 5 – Plantadeira de tração animal marca Fitarelli [3]. ....................................................14
Figura 6 – Plantadeira de engate de três pontos marca MAX [4].............................................15
Figura 7 – Plantadeira de engate de três pontos marca Semeato modelo PH3 [5]. ..................15
Figura 8 – Esboço do funcionamento do equipamento. ...........................................................21
Figura 9 – Divisão dos módulos para detalhamento. ...............................................................22
Figura 10 – Localização do módulo de dosagem de adubo no implemento.............................23
Figura 11 – Imagem detalhada dos componentes do módulo de distribuição de adubo. .........24
Figura 12 – Localização do módulo de dosagem de semente no implemento. ........................25
Figura 13 – Componentes do módulo de dosagem de semente................................................26
Figura 14 – Localização do módulo de interação com o solo no implemento. ........................27
Figura 15 – Componentes do elemento de preparo do sulco e deposição do adubo. ...............28
Figura 16 – Vista em corte do sistema de deposição da semente.............................................28
Figura 17 – Detalhe do sistema de cobertura e compactação...................................................29
Figura 18 – Localização do módulo de transmissão de potência no implemento. ...................30
Figura 19 – Detalhamento do sistema primário do módulo de transmissão de potência. ........31
Figura 20 – Detalhamento do sist. intermediário do módulo de transmissão de potência. ......31
Figura 21 – Detalhamento do sist. acion. semente do módulo de transmissão de potência. ....32
Figura 22 – Detalhamento do sist. acion. adubo do módulo de transmissão de potência. .......33
Figura 23 – Localização do módulo estrutural e de articulação no implemento......................35
Figura 24 – Segmentação do módulo estrutural e de articulação. ............................................35
Figura 25 – Detalhamento do sistema de controle de profundidade. .......................................36
Figura 26 – Detalhamento do conjunto de suporte dos elementos de interação com o solo. ...37
Figura 27 – Detalhamento do sistema de articulação. ..............................................................38
Figura 28 – Articulação no ponto inferior (A) e no ponto superior (B). ..................................38
Figura 29 – Detalhamento da estrutura de acoplamento. .........................................................39
Figura 30 – Matéria-prima para fabricação do suporte de acoplamento. .................................40
Figura 31 – Comparativo entre a peça construída e o projeto detalhado. ................................40
Figura 32 – Componentes do módulo de dosagem de adubo. ..................................................41
Figura 33 – Componentes do módulo de dosagem de semente................................................41
Figura 34 – Elemento de preparo do sulco e deposição do adubo. ..........................................42
Figura 35 – Sistema de deposição da semente. ........................................................................42
Figura 36 – Sistema de cobertura e compactação.....................................................................43
Figura 37 – Componentes do sistema de transmissão. .............................................................44
Figura 38 – Matéria-prima para construção do suporte de controle de profundidade..............44
Figura 39 – Comparativo da peça construída com o desenho detalhado..................................45
Figura 40 – Matéria-prima para construção do suporte dos elementos de interação com o solo.
..................................................................................................................................................45
Figura 41 – Matéria-prima para construção dos braços do Sistema de articulação. ................46
Figura 42 – Suporte do articulador construído e suporte projetado. ........................................46
Figura 43 – Matéria-prima para construção da estrutura de acoplamento. ..............................46
Figura 44 – Comparativo da peça construída com o projeto detalhado. ..................................47
Figura 45 – Montagem dos elementos de interação com o solo no suporte.............................47
Figura 46 – Montagem da roda de cobertura e compactação. ..................................................48
7

Figura 47 – Montagem do módulo de distribuição de semente................................................48


Figura 48 – Montagem do módulo de distribuição de adubo e transmissão de potência. ........49
Figura 49 – Resultado final da montagem do equipamento. ....................................................49
Figura 50 – Comparação modelo real e modelo virtual. ..........................................................50
Figura 51 – Testes de acoplamento. .........................................................................................51
Figura 52 – Testes de transporte...............................................................................................52
Figura 53 – Testes de calagem. ................................................................................................52
Figura 54 – Testes de distribuição de semente. ........................................................................53
Figura 55 – Testes de profundidade da semente.......................................................................54
Figura 56 – Testes de distribuição de semente em solo inadequado. .......................................54
8

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Valores de referência de dosagem do sistema Fertisystem. ....................................24


Tabela 2 - Valores de referência de dosagem em função da elicóide.......................................33
Tabela 3 - Valores de referência para dosagem de sementes. ..................................................34
9

SUMÁRIO
INTRODUÇÃO........................................................................................................................11
1 CARACTERÍSTICAS DO PRODUTOR DE FUMO .........................................................12
1.1. CARACTERÍSTICAS TOPOGRÁFICAS DO SOLO. ...........................................12
1.2. LAVOURA PÓS-COLHEITA DO FUMO..............................................................13
1.3. ESTADO DA ARTE DE PLANTADEIRAS PARA AGRICULTURA FAMILIAR
13
1.3.1. JUSTIFICATIVAS ........................................................................................................16
1.4. METODOLOGIA UTILIZADA NO PROJETO .....................................................17
1.4.1. DESCRIÇÃO BASICA DOS CONCEITOS DA METODOLOGIA ...........................17
1.5. OBJETIVOS E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO..............................................19
2. PROJETO DETALHADO...................................................................................................20
2.1. INTRODUÇÃO........................................................................................................20
2.2. FUNCIONAMENTO DO EQUIPAMENTO...........................................................21
2.3. MÓDULO DE DOSAGEM DE ADUBO ................................................................23
2.3.1. DETALHAMENTO DO MÓDULO DE DOSAGEM DE ADUBO.............................23
2.4. MÓDULO DE DOSAGEM DE SEMENTE............................................................24
2.4.1. DETALHAMENTO DO MÓDULO DE DOSAGEM DE SEMENTE ........................25
2.5. MÓDULO DE INTERAÇÃO COM O SOLO.........................................................26
2.5.1. DETALHAMENTO DO MÓDULO DE INTERAÇÃO COM O SOLO .....................27
2.6. MÓDULO DE TRANSMISSÃO DE POTÊNCIA ..................................................29
2.6.1. DETALHAMENTO DO MÓDULO DE TRANSMISSÃO DE POTÊNCIA...............30
2.6.2. DOSAGEM DE ADUBO E SEMENTE .......................................................................33
2.7. MÓDULO ESTRUTURAL E DE ARTICULAÇÃO ..............................................34
2.7.1. DETALHAMENTO DO MÓDULO ESTRUTURAL E DE ARTICULAÇÃO...........36
3. CONSTRUÇÃO DO PROTÓTIPO.....................................................................................39
3.1. MÓDULO DE DOSAGEM DE ADUBO ................................................................39
3.2. MÓDULO DE DOSAGEM DE SEMENTE............................................................41
3.3. MÓDULO DE INTERAÇÃO COM O SOLO.........................................................42
3.4. MÓDULO DE TRANSMISSÃO DE POTÊNCIA ..................................................43
3.5. MÓDULO ESTRUTURAL E DE ARTICULAÇÃO ..............................................44
3.6. MONTAGEM DO PROTÓTIPO.............................................................................47
4. TESTES ...............................................................................................................................51
4.1. TESTES DE FUNCIONAMENTO..........................................................................51
10

4.2. TESTES POSTERIORES ........................................................................................55


5. CONCLUSÃO .....................................................................................................................56
APÊNDICE A – Dimensões básicas da semeadora-adubadora ...............................................58
APÊNDICE B – Recomendações para o uso e conservação....................................................60
APÊNDICE C – Desenhos de conjunto da semeadora-adubadora de uma linha.....................62
ANEXO A – Especificações técnica e manual do dosador de adubo Fertisystem...................66
ANEXO B – Catálogo de peças referente ao elemento de deposição da semente ...................67
ANEXO C – Tabela de medidas para engate traseiro de três pontos conforme NBR ISO 730-
1/1999 (tratores agrícolas de rodas-Engate traseiro de três pontos) ....................................70
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INTRODUÇÃO

Devido ao grande crescimento populacional, o foco da agricultura está voltado para


a produção de alimentos, o que fez a mecanização agrícola estar em grande ascendência não
só no Brasil como no mundo. O crescimento da mecanização agrícola é muito visível em
grandes produtores de grãos (soja, milho, trigo, etc.), pelo fato de plantarem grandes
extensões de terra e o poder aquisitivo ser maior.
Hoje no Brasil estamos vivendo um momento, onde os incentivos estão voltados
para a agricultura familiar, onde não é visada a monocultura, pelo fato de as áreas serem
pequenas a rentabilidade não seria suficiente para manter o produtor no campo. O enfoque
está, portanto, no cultivo de vários produtos como, por exemplo, milho, feijão, verduras,
legumes, criação de gado leiteiro, galinhas, porcos, etc. com o objetivo de complementar a
renda familiar.
Tendo em vista a melhoria da qualidade de vida do homem do campo, tornar mais
prática e menos cansativas algumas atividades, e levando em conta o poder aquisitivo do
pequeno produtor, desenvolveu-se no presente trabalho de conclusão de curso um
equipamento de plantio para facilitar a tarefa de plantar o milho (que servirá de alimentação
dos animais e abastecimento de mercados), o feijão (que servirá para consumo próprio e a
venda em feiras), sobre o terreno sinuoso da pós-colheita do fumo, atividade que será descrita
á seguir.
O produto foi desenvolvido conforme as necessidades do pequeno produtor, levando
em conta o poder aquisitivo, a estrutura da pequena propriedade, e a praticidade na sua
utilização e manutenção do equipamento.
Analisando as características da pequena propriedade, podemos constatar que a mão-
de-obra utilizada na propriedade é da própria família, composta na maioria das vezes de 3 a 4
pessoas, o trator disponível ,geralmente é antigo,muitas vezes sem comando hidráulico, e de
potência baixa (50 a 65 CV), a maioria das atividades são desenvolvidas de forma manual,
ocasionando um grande desgaste físico.
Focando no método atual de efetuar o plantio nestas pequenas propriedades,
observa-se a predominância pela chamada “matraca”, onde os mecanismos são acionados de
forma manual, e o deslocamento do equipamento através da caminhada humana. Não
descartando em alguns casos o uso da enxada e a deposição manual da semente.
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1 CARACTERÍSTICAS DO PRODUTOR DE FUMO

Devido à produção de fumo ser, predominantemente, uma atividade da pequena


propriedade rural e o custo de uma plantadeira para tais mudas ser elevadíssimo, o plantio e
adubação é feito de forma manual, ou com o auxilio de “matracas” como mostra a figura 1.
Este processo usa, praticamente, a mão-de-obra familiar, que geralmente é composta por 3 a 4
pessoas.Este ramo de atividade possui um nível de mecanização relativamente baixo, com
tratores de pouca potência (50 à 65 CV) e geralmente antigos o que não torna possível a
utilização de qualquer tipo de implemento.

Figura 1 – Adubação e plantio manual do fumo [1].

1.1. CARACTERÍSTICAS TOPOGRÁFICAS DO SOLO.

Para o plantio das mudas de fumo é necessário o preparo do solo de forma a criar
“vergas” ou elevações, conforme ilustra a figura 2, nas quais será efetuado o plantio. Tais
elevações são características do tipo de cultura, pois evita o excesso de umidade na raiz
garantindo que a planta se desenvolva normalmente, conforme ilustra a figura 3. A “verga”
pode variar a distância entre uma e outra de acordo com o tipo de trator disponível para a
execução do preparo do solo.
13

Figura 2 – Ilustração do formato do solo para plantio do fumo.

Figura 3 – Ilustração da disposição das plantas no solo.

1.2. LAVOURA PÓS-COLHEITA DO FUMO

Após a colheita do fumo o pequeno produtor necessita fazer o plantio de milho que
servirá para alimentação de animais ou até mesmo para comercialização em feiras, porém as
“vergas” e “talos” remanescentes do cultivo anterior permanecem dificultando o uso de
qualquer tipo de semeadeira para a efetuação do serviço, tornando a maneira mais viável o
plantio pela força braçal.

1.3. ESTADO DA ARTE DE PLANTADEIRAS PARA AGRICULTURA FAMILIAR

Esta seção apresenta uma breve descrição do estado da arte de plantadeiras voltadas
para a agricultura familiar. O que fornece um parâmetro balizador para o inicio das atividades
do projeto visando às necessidades do mercado.
A seguir, apresentar-se-á um breve resumo das principais plantadeiras para agricultura
familiar existentes no mercado.
14

A figura 4 mostra uma plantadeira manual, destinada ao plantio em locais de difícil


acesso ou áreas pequenas, ocasiona um grande esforço físico durante a sua utilização, que é
um dos motivos para a implantação da mecanização. Este equipamento é fabricado pela
empresa Krupp.

Figura 4 – Plantadeira manual marca Krupp ref.103 [2].

A figura 5 mostra uma plantadeira de tração animal com uma linha de plantio. Esta
plantadeira é destinada ao plantio em pequenas propriedades, 55 Kg , possui rodados de apoio
frontais, elementos de interação com o solo sem controle de profundidade, ficando a cargo do
operador o controle, sem contar o desgaste físico proveniente da caminhada guiando o
implemento. Este equipamento é fabricado pela empresa Fitarelli.

Figura 5 – Plantadeira de tração animal marca Fitarelli [3].


15

A figura 6 mostra uma plantadeira de engate de três pontos com duas ou três linhas de
plantio. Esta plantadeira é destinada ao plantio em pequenas propriedades, pesa 322 Kg,
possui rodados laterais, o que dificulta a sua utilização em cultivos como o em questão e os
elementos de contato com o solo destinados ao plantio direto. Equipamento fabricado pela
empresa Max.

Figura 6 – Plantadeira de engate de três pontos marca MAX [4].

A figura 7 mostra uma plantadeira de engate de três pontos, com duas a cinco linhas
de plantio. Destinada ao plantio em pequenas propriedades, pesa 720 Kg , possui rodados
laterais, o que dificulta a sua utilização em cultivos como o em questão e os elementos
sulcadores também são voltados ao plantio direto. Equipamento fabricado pela empresa
Semeato.

Figura 7 – Plantadeira de engate de três pontos marca Semeato modelo PH3 [5].
16

Enfim a grande maioria dos equipamentos voltados para a agricultura familiar é


construída de forma semelhante, com as linhas de plantio presas a um chassi tubular, podendo
variar a quantidade, com rodados de apoio e transmissão de torques laterais, exceto as
plantadeiras manuais e de tração animal. O enfoque do plantio sobre as “vergas” dificulta a
utilização de equipamentos com rodados laterais, pois se posicionaria nos vales formados
entre duas “vergas” podendo ocorrer patinagem e a não distribuição eficiente da semente,
alem do fato de os elementos de interação do solo ser voltados ao plantio direto e não ao
plantio em estudo que necessita que o primeiro elemento de interação seja uma haste
sulcadora para fazer a remoção dos talos da cultura anterior e preparando o sulco para o
elemento responsável pela deposição das sementes. A plantadeira de tração animal se
aproxima mais do conceito proposto neste trabalho, porém não isenta o operador da
caminhada guiando o equipamento. Esta breve descrição é muito útil no sentido de focalizar o
desenvolvimento do projeto, objeto deste trabalho.

1.3.1. JUSTIFICATIVAS

Como o momento vivido pela economia Brasileira está voltado para a produção de
alimentos e na permanência do produtor no campo, nada melhor do que aproveitar os
incentivos do governo para proporcionar uma melhor qualidade de vida ao pequeno produtor.
Baseado na colocação acima desenvolveu-se uma semeadeira-adubadeira voltada
exclusivamente para agricultura familiar, a qual aproveita o pequeno trator existente na
propriedade para a acoplagem do equipamento, substituindo o plantio manual lento e
cansativo por um plantio mecanizado, rápido e eficiente. Proporcionando menos desgaste
físico ao pequeno produtor, proporcionando uma melhor qualidade de vida.
17

1.4. METODOLOGIA UTILIZADA NO PROJETO

A metodologia para o desenvolvimento do projeto esta descrita, detalhadamente, em


VALDIERO (1997), onde a presente técnica foi utilizada com o intuito de amenizar a tarefa
do plantio do milho sobre as “vergas” do cultivo do fumo, conforme descrito em conversas
com produtores deste ramo de atividade da agricultura familiar. A metodologia baseia-se nos
seguintes conceitos:
1- Identificação do problema;
2- Identificações dos desejos do cliente (casa da qualidade);
3- Análises do ciclo de vida do produto (QIP);
4- Análise e concepções de uma estrutura de funções (FAST);
5- Busca por princípios de soluções;
6- Geração de concepções para solução do problema;
7- Avaliação e escolha da melhor concepção.
8- Projeto detalhado
9- Construção do protótipo
10- Testes e modificações
11- Documentação

1.4.1. DESCRIÇÃO BASICA DOS CONCEITOS DA METODOLOGIA

Nesta seção são feitas as considerações sobre a metodologia e os conceitos básicos de


projeto.
Identificação do problema: Parte inicial e fundamental para o inicio das atividades de
projeto, pois é a partir dos dados coletados junto ao cliente que será balizada todas as
atividades subseqüentes.
Identificação dos desejos do cliente (Casa da Qualidade): A casa da qualidade é uma
metodologia que organiza as informações do consumidor, identificando explicitamente seus
desejos, relacionando-os com características de engenharia, avaliando as características
potencias do produto com relação aos produtos concorrentes, dando uma visão de quais as
características deverão ter maior enfoque.
18

Análise do ciclo de vida do produto (QIP): O objetivo do quadro de identificação do


problema é analisar todas as etapas do ciclo de vida do produto. Assim identificando os
requisitos e as restrições, relacionados a cada fase do ciclo de vida (projeto e produção;
distribuição; uso e operação; descarte).
Análise e concepções de uma estrutura de funções (FAST): O FAST é uma técnica que
induz o pensamento lógico, da qual partimos de uma função de alto nível, ou seja, uma função
desejada no produto até se chegar a funções de nível mais baixo ou funções básicas as quais
tornam possíveis a função de alto nível.
Busca por princípios de soluções: O objetivo da técnica é propiciar a busca por princípios de
soluções para os problemas que foram considerados anteriormente como funções de baixo
nível. A vantagem da aplicação da técnica é se desprender do convencional na busca de uma
solução inovadora.
Geração de concepções para solução do problema: Através do agrupamento dos princípios
de soluções para cada função de baixo nível montam-se concepções para a solução do
problema em questão.
Avaliação e escolha da melhor opção: A partir das concepções geradas no item anterior é
construída uma tabela de avaliação que contem os critérios técnicos, seus respectivos pesos e
uma nota (de 0-ruim a 10-excelente) com relação a cada concepção gerada. Os critérios
técnicos e seus respectivos são extraídos e agrupados a partir dos desejos do cliente descritos
na Casa da Qualidade. Por fim, são computados os pontos e o grau de satisfação de cada
concepção.
Projeto detalhado: Após a definição da melhor concepção, inicia-se o projeto detalhado,
onde se define formas, medidas, tolerâncias, especificações de materiais, processos de
fabricação, viabilidade econômica entre outros
Construção do protótipo: São confeccionadas as peças conforme o projeto detalhado é
montado o equipamento, dando origem a primeira versão do produto.
Testes e modificações: O equipamento é submetido a testes de bancada ou de campo, onde
são simuladas as rotinas de funcionamento, analisando seu desempenho e propondo mudanças
no projeto para aperfeiçoar e melhorar seu desempenho.
Documentação: São elaborados manuais, catalogo de peças, arquivados desenhos e cálculos
pertinentes ao projeto.
19

1.5. OBJETIVOS E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

O objetivo principal do trabalho de conclusão de curso é o projeto detalhado, a


construção do protótipo e os testes de funcionamento de uma semeadora-adubadora de uma
linha para agricultura familiar, a qual efetua o plantio de milho ou qualquer outro grão sobre o
terreno sinuoso proveniente da cultura de fumo. O enfoque do trabalho está no detalhamento e
construção do protótipo de uma concepção pré-definida durante o transcorrer do curso de
engenharia mecânica.
No capitulo a seguir será descrito o desenvolvimento do projeto detalhado, no capitulo 3
a construção do protótipo, no capitulo 4 os testes de funcionamento e no capitulo 5 as
considerações finais.
20

2. PROJETO DETALHADO

2.1. INTRODUÇÃO

Neste capitulo apresenta-se o projeto detalhado da semeadora-adubadora de uma linha


para a agricultura familiar. Nesta fase do desenvolvimento do equipamento são definidas
todas as especificações técnicas necessárias para a manufatura dos componentes, levando em
conta alguns fatores importantes como clareza, simplicidade e segurança, bem como,
propiciar que o projeto esteja direcionado para a manufatura, montagem, uso de componentes
padronizados, transporte e não esquecendo o descarte.
Como o objetivo da aplicação deste equipamento é a agricultura familiar, em especial
ao produtor de fumo, onde a renda é relativamente baixa. Diante disto é proposto a utilização
do maior número possível de componentes padronizados com o intuito de reduzir o custo da
aquisição, não sendo necessária à fabricação especial de componentes, facilitando a reposição
de peças e a manutenção.
Optou-se, então, por componentes de mercado utilizados por várias empresas
fabricantes de implementos agrícolas em um arranjo construtivo que atendesse a necessidade
de efetuar o plantio sobre as ondulações do terreno.
Pensando também no transporte optou-se por um comprimento total que coubesse em
uma pequena camionete para que o pequeno produtor mesmo possa fazer o translado do
próprio equipamento.
21

2.2. FUNCIONAMENTO DO EQUIPAMENTO

A figura 8 mostra o proposto neste trabalho.O equipamento engatado no trator pela


estrutura de acoplamento utiliza o elemento de deposição do adubo como ferramenta de
destoca da soqueira do fumo que fica sobre a “verga”, remanescente da cultura anterior, a qual
a remoção é de extrema importância pois ajuda a eliminar os fungos e bactérias que possam
estar alojados no resíduo da planta, abrindo espaço para a deposição do adubo, bem como a
semente em um nível um pouco acima, para que o adubo não “queime” a semente, e as raízes
aproveitem melhor os nutrientes, seguido da cobertura e compactação necessária para
eliminar os bolsões de ar garantindo a germinação.

Figura 8 – Esboço do funcionamento do equipamento.


22

O detalhamento foi dividido em cinco módulos, como mostra a figura 9. No capitulo


2.3 será apresentado o projeto do módulo de dosagem de adubo, no item 2.4 o módulo de
dosagem de semente, no item 2.5 o módulo de interação com o solo, no item 2.6 o módulo de
potência e no item 2.7 o módulo estrutural e de articulação.

Figura 9 – Divisão dos módulos para detalhamento.


23

2.3. MÓDULO DE DOSAGEM DE ADUBO

O módulo de dosagem de adubo é constituído pelo suporte de acoplamento (1),


dosador de fertilizante (2), e reservatório de adubo (3) dispostos no equipamento como mostra
a figura 10.

Figura 10 – Localização do módulo de dosagem de adubo no implemento.

2.3.1. DETALHAMENTO DO MÓDULO DE DOSAGEM DE ADUBO

Como mencionado, anteriormente, utilizou-se neste projeto o maior número possível


de componentes padronizados como mostra a figura 11. O suporte de acoplamento (1)
construído em chapa SAE 1020 que fixará o dosador de adubo (2) marca fertisystem, que é
facilmente encontrado no mercado e necessita pouco torque para seu acionamento. Este
executa a dosagem através de um sistema de “rosca sem-fim” onde através da alteração do
passo da helicóide e da sua rotação efetua a dosagem do fertilizante, a tabela 1 abaixo mostra
os valores médios de distribuição de adubo em kg por revolução do dosador referente ao
adubo NPK 05-20-20, Mais informações sobre o funcionamento, utilização e manutenção
deste componente encontra-se no anexo A. O reservatório de adubo (3) adquirido da empresa
Xalingo, confeccionado em polietileno rotomoldado com capacidade volumétrica de 33litros.
24

Tabela 1 - Valores de referência de dosagem do sistema Fertisystem.

Quantidade de adubo distribuída por rotação do dosador em kg (adubo NPK 05-20-20)


Elicóide 3/4" 1" 2"
0,00626 0,01323 0,05003

Figura 11 – Imagem detalhada dos componentes do módulo de distribuição de adubo.

2.4. MÓDULO DE DOSAGEM DE SEMENTE

Nesta seção é descrito o módulo de dosagem de semente, o qual é dividido em dois


componentes, como mostra a figura 12, a base dosadora (4) e o reservatório (5) ambos
encontrados como padrão de mercado.
25

Figura 12 – Localização do módulo de dosagem de semente no implemento.

2.4.1. DETALHAMENTO DO MÓDULO DE DOSAGEM DE SEMENTE

A base dosadora é um produto de mercado da indústria de plásticos Monrizzo, tem o


principio de funcionamento constituído por um disco plano horizontal (4.1) perfurado de
acordo com a classificação da peneira do grão, apoiado pelo flange (4.2) montados entre a
base (4.3) e a tampa (4.4). Possui em sua parte superior uma caixa propulsora (4.5) que é
responsável por garantir que a semente alojada nos furos seja derrubada na região de saída do
dosador a fim de evitar falha no plantio. O reservatório da semente (5) também um produto
disponível no mercado através da empresa Uniplastic, fabricada em polietileno. O módulo
detalhado pode ser visto na figura 13.
26

Figura 13 – Componentes do módulo de dosagem de semente.

2.5. MÓDULO DE INTERAÇÃO COM O SOLO

Nesta seção é descrito o módulo de interação com o solo, que é composto por três
componentes como mostra a figura 14. Nesta figura pode ser visualizado o elemento de
preparo do sulco e deposição do adubo (6), o sistema de deposição da semente (7), e o sistema
27

de cobertura e compactação (8), que além desta função, também fica encarregada de prover o
torque para acionar os dosadores.

Figura 14 – Localização do módulo de interação com o solo no implemento.

2.5.1. DETALHAMENTO DO MÓDULO DE INTERAÇÃO COM O SOLO

O elemento de preparo do sulco e deposição do adubo (6) tem uma função primordial
na utilização do equipamento, que é a de remover da “verga” a soqueira do fumo
remanescente, preparar o sulco e depositar o adubo. Este componente foi construído em chapa
SAE 1045 (6.1) de 12,70mm de espessura com uma ponteira forjada (6.2) que é padrão de
mercado da empresa Tresmaiense ref. 131 e com um condutor de adubo em polímero soprado
(6.3), que é um produto da UNIPLASTIC que propicia uma menor aderência do fertilizante
em suas paredes internas,assim como evita a corrosão no condutor e uma proteção externa
inferior (6.4) feita de tubo com costura 1020 amassado formando uma proteção evitando o
desgaste do condutor plástico,e a trava de fixação (6.5) que posiciona o condutor e evita o seu
deslocamento, conforme mostra a figura 15.
28

Figura 15 – Componentes do elemento de preparo do sulco e deposição do adubo.

O sistema de deposição da semente (7) é mostrado em corte na figura 16, o mesmo é


constituído por um conjunto de discos duplos encontrados (7.1) que possui dois discos de
corte lisos de 15” e 15.5” fixados na mesma altura e com uma pequena inclinação entre ambos
como mostra a figura 16, o que propicia uma reabertura do sulco para a deposição da semente.
O sistema em questão é componente da linha de produção da IMASA, a descrição de seus
componentes, bem como seus respectivos códigos está descrito no anexo B. O sistema é
constituído ainda por um cano condutor de semente (7.2) fabricado em polímero soprado que
é semelhante à maioria as plantadeiras existentes no mercado e de duas laminas limpadoras
dos discos (7.3) componente este pertencente à linha de produtos da Semeato, e seu respectivo
suporte de fixação (7.4).

Figura 16 – Vista em corte do sistema de deposição da semente.


29

O sistema de cobertura e compactação (8) é mostrado na figura 17, este é composto


por uma “banda” de borracha (8.1) flexível, para evitar o acumulo de terra ao seu redor
durante o uso com o solo úmido, adquirida junto à empresa Molbor, a qual fabrica este
produto para várias empresas do ramo agrícola. É constituído ainda por dois aros (8.2) unidos
por meio de parafusos M8x35 que proporcionam a fixação da “banda” ao mancal de giro (8.3)
que propiciará além da cobertura e compactação da semente, o torque necessário para acionar
os dosadores.

Figura 17 – Detalhe do sistema de cobertura e compactação.

2.6. MÓDULO DE TRANSMISSÃO DE POTÊNCIA

Para o melhor detalhamento do módulo de transmissão de potência o mesmo foi


dividi-do em quatro partes, o sistema primário (9), o sistema intermediário (10), o
acionamento da semente (11), e o acionamento do adubo (12). Que estão dispostos no
equipamento como mostra a figura 18.
30

Figura 18 – Localização do módulo de transmissão de potência no implemento.

2.6.1. DETALHAMENTO DO MÓDULO DE TRANSMISSÃO DE POTÊNCIA

O sistema primário (9) do módulo de potência, é mostrado na figura 19, este é


constituído por um cubo (9.1) construído a partir de dois flanges em chapa SAE 1020 e um
tubo de aço 1020 de Ø63.50 e parede 7,6mm, onde foi encaixado dois rolamentos de esferas
código 6205 (9.2) que é um dos rolamentos mais acessíveis do mercado, fixados através de
anéis de retenção para furos código 502-052 (9.3), e vedados através de retentores código
00463 BR (9.4).Entre os rolamentos encontra-se o eixo do sistema motor (9.5) o qual é fixado
posteriormente ao conjunto pelas porcas M16 (9.6) e finalmente a engrenagem de 33 dentes
(9.7) que transmitirá o torque através de uma corrente de rolo ASA 40 ao sistema
intermediário, que será detalhado nas figuras a seguir.
31

Figura 19 – Detalhamento do sistema primário do módulo de transmissão de potência.

O sistema intermediário (10), é mostrado na figura 20, o mesmo é constituído um tubo


de mancalização (10.1) pertencente ao conjunto de suporte dos elementos de interação com o
solo construído a partir do mesmo material do cubo anterior (9.1), padronizando os materiais
utilizados, neste tubo são fixados dois rolamentos 6205(10.2), no interior dos rolamentos são
fixados através de ajuste fixo k7 buchas redondas com um sextavado interno de 3/4" (10.3),
necessário para a utilização de uma barra sextavada trefilada 1045 de bitola 3/4" como eixo de
transmissão do torque (10.4) de um lado para o outro do equipamento. No lado direito do eixo
é fixada a engrenagem motriz (10.5) de 23 dentes que recebe o torque da engrenagem (9.7) do
sistema anterior através da corrente de rolo ASA 40. No lado esquerdo é fixada a engrenagem
cambiável motora da semente (10.6), na qual a variação do número de dentes proporciona a
alteração da quantidade de grãos distribuídos, e a engrenagem motora do adubo (10.7) com 18
dentes, responsável por transmitir o torque ao dosador.

Figura 20 – Detalhamento do sist. intermediário do módulo de transmissão de potência.


32

O sistema de acionamento da semente (11), é mostrado na figura 21, este é constituído


por um tubo (11.1), pertencente ao conjunto de suporte dos elementos de interação do solo, de
aço 1020 com Ø50,80 externo e Ø32 interno,no qual são fixados dois rolamentos 6202 (11.2)
um em cada extremidade, por onde passa o eixo (11.3) que suporta o pinhão (11.4) de 10
dentes fixado por um anel elástico 501-015 (11.5),este mesmo tubo suporta a coroa (11.6) de
40 dentes (pinhão e coroa o mesmo utilizados pelas plantadeiras existentes no mercado),
fixada através do pino superior (11.7), na extremidade do eixo é fixada a engrenagem motriz
do sistema de acionamento da semente (11.8) com 20 dentes,que recebe o torque do sistema
intermediário através de uma corrente de rolo ASA 40.

Figura 21 – Detalhamento do sist. acion. semente do módulo de transmissão de potência.

O sistema de acionamento do adubo (12), é mostrado na figura 22, este é composto


pelo eixo (12.1) de aço quadrado 1045 de bitola 5/8”, que é fixado ao dosador de adubo (2) e
suporta a engrenagem cambiável (12.2), a qual sua modificação do número de dentes
proporciona a alteração da dosagem do adubo, que recebe o toque do sistema intermediário
através de uma corrente de rolo ASA 40.
33

Figura 22 – Detalhamento do sist. acion. adubo do módulo de transmissão de potência.

2.6.2. DOSAGEM DE ADUBO E SEMENTE

Com o sistema de transmissão de potência definido, com as engrenagens cambiáveis


estipuladas em 15, 18, 20, 22, 23, 25 dentes e utilizando os valores da tabela 1 obteve-se a
tabela 2 que informa a dosagem aproximada de adubo que o equipamento efetua, dosagem
esta que pode variar de acordo com a granulometria e umidade do adubo.

Tabela 2 - Valores de referência de dosagem em função da elicóide.

Tabela aproximada de dosagem de adubo em Kg/linha em 100m


Engrenagem cambiável
(nº de dentes) Elicóide 3/4" Elicóide 1" Elicóide 2"
15 0,695 1,470 5,557
18 0,579 1,225 4,631
20 0,522 1,102 4,168
22 0,474 1,002 3,789
23 0,453 0,958 3,624
25 0,417 0,882 3,334
34

Da mesma forma, utilizando os valores das relações de transmissão do sistema e o


número de furos do disco dosador obteve-se a tabela 3.

Tabela 3 - Valores de referência para dosagem de sementes.

Tabela de dosagem de sementes em grãos/m


Engrenagem cambiável DISCO 14 DISCO 28 DISCO 90
(nº de dentes) furos furos furos
15 2,7 5,4 17,4
18 3,2 6,5 20,8
20 3,6 7,2 23,1
22 4,0 7,9 25,5
23 4,1 8,3 26,6
25 4,5 9,0 28,9

A tabela 3 nos mostra valores relativos a dosagem de semente em relação a


engrenagem cambiável utilizada e a quantidade de furos do disco, valores estes a serem
utilizados para regular a quantidade de sementes por metro que o equipamento distribuirá, de
acordo com o plantio a ser realizado.

2.7. MÓDULO ESTRUTURAL E DE ARTICULAÇÃO

Da mesma forma feita anteriormente para facilitar o detalhamento segmentaremos este


módulo em: sistema de controle de profundidade (13), conjunto de suporte dos elementos de
interação com o solo (14), sistema de articulação (15) e estrutura de acoplamento (16), que
estão dispostos no equipamento como mostra a figura 23.
35

Figura 23 – Localização do módulo estrutural e de articulação no implemento.

Na figura 24 , pode-se observar os sistemas do módulo de estrutura e articulação


segmentados.

Figura 24 – Segmentação do módulo estrutural e de articulação.


36

2.7.1. DETALHAMENTO DO MÓDULO ESTRUTURAL E DE ARTICULAÇÃO

O modulo estrutural e de articulação é o ultimo a ser definido, pois primeiramente


precisamos definir cada função e característica do equipamento para depois criarmos a
estrutura de suporte.
O suporte do controle de profundidade (13), é mostrado na figura 25, é composto por
dois braços de apoio (13.1) constituídos por uma bucha de tubo de aço 1020 de Ø76,20 com
parede 8mm, soldada a uma haste de barra chata 1020 de 63.50 de largura por 12.70 de
espessura, tendo uma extremidade fixada a estrutura de suporte dos elementos de interação
com o solo (14) através de dois anéis de retenção para eixo código 501-060 (13.2) e a outra ao
eixo da roda de cobertura e compactação (8), ficando a cargo do pino de controle de
profundidade (13.3) que passa em orifícios pré-determinados no conjunto (14) a limitação da
profundidade do plantio. Como mostra a figura 25.

Figura 25 – Detalhamento do sistema de controle de profundidade.

O conjunto de suporte dos elementos de interação com o solo (14), é mostrado na


figura 26, como o próprio nome já diz serve de sustentação para os elementos sulcadores,
módulo de dosagem de adubo e de semente, é constituído por chapas SAE 1020 (14.1) de
6.35mm de espessura nas laterais, travessas de ligação em barra chata 1020 (14.2) de 31.75
mm de largura por 6.35mm de espessura que suportarão o dosado de semente, bem como, os
tubos anteriormente mencionados (10.1) e (11.1), ficando a cargo da chapa (14.3) de 6.35mm
de espessura fazer a ligação frontal da estrutura e da barra (14.4) de 31,75mm de largura e
37

12,70 mm de espessura fazer o apoio do elemento de deposição da semente. Estes elementos


são unidos por solda.

Figura 26 – Detalhamento do conjunto de suporte dos elementos de interação com o solo.

O sistema de articulação (15), é mostrado na figura 27, é de extrema importância para


o funcionamento do equipamento, pois é ele que permite que a semente e o adubo sejam
depositados em uma profundidade uniforme mesmo que o terreno contenha oscilações. O
sistema é composto por dois braços de articulação um superior (15.1) e um inferior (15.2) que
são ligados ao conjunto de suporte dos elementos de interação com o solo (14) através de
parafusos M12x120 (15.3), são construídos em barra chata 1020 de 38.10mm de largura por
7.94mm de espessura, ligados por um tubo de Ø25,40 externo e Ø12,5 interno.Na outra
extremidade são fixados ao suporte do articulador (15.4) por parafusos M12x120, este suporte
é construído em chapa SAE 1020 nas suas laterais e barra chata 1020 nas suas ligações, fixado
pela abraçadeira (15.5) a estrutura de acoplamento(16). Serve também de suporte para a mola
de pressão (15.6), responsável por permitir a articulação de aproximadamente 140 mm do
equipamento, com regulagem de tensão pela porca da vareta (15.7).
38

Figura 27 – Detalhamento do sistema de articulação.

Figura 28 – Articulação no ponto inferior (A) e no ponto superior (B).

A estrutura de acoplamento (16), é mostrado na figura 29, é responsável dor permitir o


acoplamento do equipamento ao sistema de tração, é composto de um tubo quadrado com
costura 1020 de bitola externa 70 mm com parede de 5 mm (16.1), com orelhas de fixação do
engate inferior (16.2) de chapa SAE 1020 e as laterais da fixação do engate superior (16.3) em
barra chata 1020 de 63,50 mm de largura e 12,70 mm de espessura todos unidos através se
solda. As dimensões da estrutura de acoplamento estão determinadas conforme a NBR ISO
39

730-1/1999 (Tratores agrícolas de rodas-Engate traseiro de três pontos) para a categoria 1, as


quais estão especificados no anexo D.

Figura 29 – Detalhamento da estrutura de acoplamento.

3. CONSTRUÇÃO DO PROTÓTIPO

Com base no projeto detalhado, que é a fase do ciclo de vida do projeto onde devemos
desprender mais tempo, em virtude de que é a fase onde o produto começa a tomar forma,
portanto as alterações possuem custo mais baixo dentre as demais etapas, como construção e
testes. Parte-se do pressuposto que as especificações de materiais, dimensões, tolerâncias,
ajustes e, claro, não esquecendo a montagem, transporte e descarte. Neste capitulo é
apresentado a construção do protótipo conforme o detalhamento feito no capitulo 2.O
detalhamento dos materiais bem como as medidas constam no apêndice B.

3.1. MÓDULO DE DOSAGEM DE ADUBO

A figura 30 mostra o módulo de dosagem de adubo, constituído do suporte de


acoplamento (1), dosador de adubo (2) e reservatório (3). O suporte de acoplamento feito de
chapa SAE 1020, que após processos de furação, soldagem, limpeza configuram a peça
conforme o projeto detalhado de acordo com a figura 31.
40

Figura 30 – Matéria-prima para fabricação do suporte de acoplamento.

Figura 31 – Comparativo entre a peça construída e o projeto detalhado.

A figura 32 mostra o módulo de dosagem de adubo completo, com os componentes


padrões existentes no mercado.
41

Figura 32 – Componentes do módulo de dosagem de adubo.

3.2. MÓDULO DE DOSAGEM DE SEMENTE

Como era o foco inicial o uso de componentes padronizados o modulo da semente é


completamente composto por peças comerciais, tanto a base dosadora (4) como o reservatório
(5). Este conjunto é mostrado na figura 33

Figura 33 – Componentes do módulo de dosagem de semente.


42

3.3. MÓDULO DE INTERAÇÃO COM O SOLO

A figura 33 mostra o módulo de interação com o solo é composto de três elementos o


elemento de preparo do sulco e deposição do adubo (6), o qual foi construído conforme o
detalhamento, em chapa de aço SAE 1045 a qual foi soldado um tubo conformado para servir
de proteção ao condutor e uma trava superior em chapa SAE 1020 cortada no laser e por fim
montada a ponteira em aço 1045 forjado e o tubo condutor em polímero soprado.

Figura 34 – Elemento de preparo do sulco e deposição do adubo.

Para o Sistema de deposição da semente foi utilizado um componente da linha de


produção da IMASA que tem seus componentes facilmente encontrados no mercado, sua
montagem e componentes internos estão descritos no anexo B e mostrados de forma
comparativa na figura 35.

Figura 35 – Sistema de deposição da semente.


43

O Sistema de cobertura e compactação foi construído, adaptando um aro existente no


mercado a uma banda de borracha fabricada pela molbor, ficando a cargo da construção o
mancal do sistema que foi construído através da soldagem de um flange a um tubo ao qual
foram usinados os encaixes dos rolamentos e furações, Foi usinado o eixo do sistema em aço
SAE 1045 que foi montado entre os rolamentos. A montagem total destes componentes é
mostrada na figura 36.

Figura 36 – Sistema de cobertura e compactação.

3.4. MÓDULO DE TRANSMISSÃO DE POTÊNCIA

Os elementos do sistema de transmissão de potência, diferentemente dos demais não


obedece à seqüência do projeto detalhado, pois sua montagem ocorre somente junto com a
montagem final do equipamento. Seus componentes foram construídos a partir dos materiais
especificados no projeto detalhado, sendo alguns unidos através de solda, outros usinados, a
coroa e o pinhão simplesmente comprados prontos. Este componente é mostrado na figura 37.
44

Figura 37 – Componentes do sistema de transmissão.

3.5. MÓDULO ESTRUTURAL E DE ARTICULAÇÃO

O Módulo estrutural e de articulação foi dividido para a fabricação da mesma forma


que no detalhamento, O sistema de controle de profundidade (13), o conjunto de suporte dos
componentes de interação com o solo (14), o sistema de articulação (15) e a estrutura de
acoplamento (16). Estes conjuntos são mostrados nas figuras 38 e 39. O sistema de controle
de profundidade construído através da união soldada da barra chata SAE 1020 aos tubos
redondos SAE 1020 da sua extremidade, barras estas contendo a furação de montagem para a
roda de controle de profundidade.

Figura 38 – Matéria-prima para construção do suporte de controle de profundidade.


45

Figura 39 – Comparativo da peça construída com o desenho detalhado.

O conjunto de suporte dos componentes de interação com o solo construído a partir de


chapas SAE 1020, Tubo redondo SAE 1020 e barra chata SAE 1020, cortados e são
mostrados na figura 40, dobrados, usinados e unidos por soldagem.

Figura 40 – Matéria-prima para construção do suporte dos elementos de interação com o solo.

O sistema de articulação construído com as especificações do projeto detalhado a


partir de barra chata SAE 1020, tubos redondos SAE 1020, chapas SAE 1020, barra redonda
SAE 1045 e a mola de articulação. São mostrados na figura 41 e na figura 42
46

Figura 41 – Matéria-prima para construção dos braços do Sistema de articulação.

A figura 42 mostra detalhes do suporte articulador construído, comparando-o com o


projetado em CAD.

Figura 42 – Suporte do articulador construído e suporte projetado.

Para a construção da estrutura de acoplamento foram utilizados os materiais conforme


o descrito no detalhamento. Conforme ilustra a figura 43. Unidos por soldagem e preparados
para pintar.

Figura 43 – Matéria-prima para construção da estrutura de acoplamento.


47

Figura 44 – Comparativo da peça construída com o projeto detalhado.

3.6. MONTAGEM DO PROTÓTIPO

Por se tratar de um protótipo e a montagem ter sido feita sem a ajuda de ferramentas
automáticas e gabaritos de montagem, iniciou-se pela união do suporte dos elementos de
interação com o solo, que já está com os rolamentos e buchas do eixo intermediário e da
semente montados, com os ditos elementos, como mostra a figura 45.

Figura 45 – Montagem dos elementos de interação com o solo no suporte.

Depois de concluída a primeira etapa, foi montada a roda de cobertura e compactação,


juntamente com o suporte de controle de profundidade fixado através anel elástico para eixo
48

501-060 e o pino batente que serve de regulagem ao controle de profundidade. Conforme


ilustra a figura 46.

Figura 46 – Montagem da roda de cobertura e compactação.

O módulo de dosagem de semente com o eixo sextavado do sistema intermediário, o


suporte de acoplamento do módulo do adubo e os braços do sistema de articulação, foram
montados conforme mostra a figura 47.

Figura 47 – Montagem do módulo de distribuição de semente.


49

A montagem do restante do módulo de dosagem do adubo e os elementos de


transmissão de potência, como engrenagens, correntes e esticadores de correntes. Foram
realizados conforme ilustra a figura 48.

Figura 48 – Montagem do módulo de distribuição de adubo e transmissão de potência.

Finalmente os componentes que faltavam do sistema de articulação e estrutura de


acoplamento foram montados, e os resultados são mostrados na figura 49.

Figura 49 – Resultado final da montagem do equipamento.


50

Após a montagem final o equipamento construído foi comparado com o modelo


virtual projetado, conforme mostra a figura 50.

Figura 50 – Comparação modelo real e modelo virtual.


51

4. TESTES

Os testes de funcionamento são de grande importância para a validação e


aperfeiçoamento do projeto, procura-se fazer estes testes nas condições mais próximas
possíveis daquelas que o equipamento poderá enfrentar durante sua vida útil. Como se trata de
uma configuração de equipamento novo, mas que utiliza componentes consagrados de
mercado não se realizou os testes de bancada, neste caso foram realizados testes de campo.
A próxima seção apresenta alguns testes preliminares de funcionamento do produto.
Estes testes não foram realizados em uma situação real de trabalho, por se tratar de outra
região com o solo e periodo de plantio totalmente diferentes.

4.1. TESTES DE FUNCIONAMENTO

Inicialmente foram realizados os testes de acoplamento do equipamento ao trator, que


apesar de ter sido utilizado um trator de categoria acima, o qual possui as dimensões do
engate de três pontos maiores que o padrão para qual o equipamento foi projetado, não houve
dificuldades no engate, somente folgas nos pinos em virtude da categoria ser diferente.
Conforme ilustra a figura 51.

Figura 51 – Testes de acoplamento.


52

Após o acoplamento foi simulado o deslocamento do equipamento até o local de


trabalho em condições mais severas que o normal, em velocidades mais altas e em ondulações
elevadas.Nestas condições o equipamento apresentou resultado satisfatório.Conforme ilustra a
figura 52.

Figura 52 – Testes de transporte.

Posteriormente foram realizados testes de calagem, projetado para trabalhar sobre as


“vergas” do cultivo do fumo que é uma situação de solo leve, percebeu-se a falta de lastro
para a calagem em um solo destinado ao plantio direto. Nesta situação de teste os resultados
também foram satisfatórios, conforme mostra a figura 53.

Figura 53 – Testes de calagem.


53

Após os testes de calagem, a distribuição de semente passou a ser o foco, sendo


utilizada semente de milho durante o ensaio para se aproximar das condições de
funcionamento que o equipamento irá passar, conforme ilustra a figura 54 e figura 55.
Percebeu-se uma distribuição em grãos por metro diferente da previamente calculada, devido
a uma diferença no raio da roda de cobertura que traciona os dosadores, em função da
deformação pelo peso do equipamento. Os testes de distribuição de semente e profundidade
atingiram valores satisfatórios, tanto na distribuição como na profundidade, a qual ficou um
pouco acima dos 40 mm esperado, ficando em torno de 45 a 48 mm, devido a diferença do
raio da roda, como comentado anteriormente.

Figura 54 – Testes de distribuição de semente.


54

Figura 55 – Testes de profundidade da semente.

Analizou-se a utilização do equipamento em solo compactado, no qual percebemos


uma ineficiência na calagem em virtude do pouco lastro e uma não uniformidade na semente,
como mostra a figura 56, que devido a pouca calagem o solo não forma uma região de
amortecimento da queda da semente, fazendo com que ela quique no solo e saia de posição.

Figura 56 – Testes de distribuição de semente em solo inadequado.


55

4.2. TESTES POSTERIORES

Os testes preliminares nos proporcionam uma segurança quanto ao funcionamento dos


mecanismos do equipamento, ficando para mais tarde os testes de acoplamento a tratores da
categoria adequada e a micro-tratores como o desenvolvido pelo Campus Panambi no curso
de Engenharia Mecânica, bem como, os testes em situação real de plantio que no presente
momento encontra-se fora de calendário, devido as “vergas” ainda conter a planta do fumo e
nossa região não produzir esta cultura.
56

5. CONCLUSÃO

Este trabalho de conclusão de curso apresentou o projeto detalhado e a construção do


protótipo de uma semeadeira-adubadeira de uma linha para a agricultura familiar, sendo mais
um esforço visando proporcionar uma melhor qualidade de vida ao pequeno produtor,
substituindo o esforço físico do plantio manual por um plantio mecanizado.
O trabalho focou o detalhamento do projeto, a construção do protótipo do
equipamento e testes preliminares, com o objetivo de validar a concepção pré-determinada
através do projeto conceitual estabelecido.
Com o auxilio do programa de CAD SolidWorks e através do detalhamento dos
componentes verificou-se que é possível prever interferências no projeto, bem como, simular
seus movimentos e diminuir as chance de erros de projeto.
A construção do protótipo apresenta um elevado número de componentes
padronizados, o que torna o custo de aquisição mais baixo, que fica na faixa de R$ 1.000,00 a
R$ 1.200,00, facilita a reposição de componentes e simplifica a manutenção.
Durante a realização dos testes preliminares se observou detalhes importantes relativos
ao seu desempenho, como a deficiente distribuição da semente em solos compactados, devido
a pouca calagem. Porém em condições adequadas se obteve o comportamento esperado.
Nesse trabalho, priorizou-se a busca por uma solução que facilitasse a tarefa de efetuar
o plantio sobre “vergas” provenientes da cultura do fumo tornando a tarefa mais amena e
produtiva.
Para trabalhos futuros, sugere-se que sejam realizados adaptações ao equipamento,
visando adequá-lo ao plantio direto, modificando seus elementos de interação com o solo e
acrescentando suportes para aumento do lastro, tornando o equipamento mais versátil,
ampliando sua gama de aplicação e fazendo com que o seu custo-benefício seja maior.
Sugiro também, testes em bancada para avaliação do sistema de dosagem e
direcionamento da semente e do adubo, análise estrutural do equipamento, testes de campo
com monitoramento eletrônico (de força de tração, calagem e patinamento), bem como, a
automação da dosagem de semente com acionamento elétrico.
57

REFERÊNCIAS

[1] CARVALHO, Christianne Belinzoni de. Relação socioeconômica dos fumicultores-


fumageiras da região de sombrio, SC e uma proposta de transição agroecológica. 2006.
Disponível em: < http://www.pos.ufsc.br/arquivos/41000382/imagens/belinzone_christianne.
pdf> Acesso em: 03 nov. 2010.

[2] KRUPP. Plantadeira ref.03/04/103. Disponível em: < http://www.kruppmetal.com.br/


produtos.php?idTipo=1> Acesso em: 03 nov. 2010.

[3] FITARELLI. Plantadeira tração animal de uma linha para bois e ou cavalos.
Disponível em: <http://www.fitarelli.com.br/> Acesso em: 03 nov. 2010.

[4] MAX. Plantadeira Seed-Line. 2010. Prospecto eletrônico. Disponível em:<


http://www.max.ind.br /upload/manuais/ 4_1.pdf> Acesso em: 03 nov. 2010.

[5] SEMEATO. Plantadeira PH. 2010. Prospecto eletrônico Disponível em:<


http://www.semeato.com.br/produtoDetalhe.aspx?idProduto=16&linha=1&idLinha=3>
Acesso em: 03 nov. 2010.

[6] VALDIERO, Antonio Carlos. Inovação e desenvolvimento do projeto de produtos


industriais. Ijuí:UNIJUI,1997.Programa de incentivo à produção docente:coleção cadernos
UNIJUÍ- série tecnologia mecânica n.2.

[7] ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO 730-1 Tratores agrícolas
de rodas-Engate traseiro de três pontos. 1999.

[8] IMASA, Indústria de máquinas agrícolas Fuchs S/A. Catálogo de peças Saga 540-640-
740. 2010.

[9] AGROMAC. Fertisystem. 2010. Manual do operador Disponível em:<


http://www.agromac.com.br/manualdooperador.php> Acesso em: 03 nov. 2010.
58

APÊNDICE A – Dimensões básicas da semeadora-adubadora


59
60

APÊNDICE B – Recomendações para o uso e conservação


61

OPERAÇÃO:

1. Inicialmente engatar o equipamento junto ao engate traseiro de três pontos do


trator de maneira que o equipamento não possa soltar-se.
2. Procura deixar o equipamento o mais nivelado possível, para favorecer o seu
desempenho na distribuição de adubo e semente.
3. Selecione e engrenagem e a helicóide de acordo com a quantidade de adubo que
deseja distribuir.
4. Selecione o disco e o flange do dosador de semente conforme o tipo de grão e a
peneira de classificação da semente.
5. Verifique se os mecanismos de dosagem não estão travados, por sujeira ou
corrente “dura”.
6. Regule a altura do equipamento de acordo com a altura da “verga”.
7. Efetue o plantio a uma velocidade de 4 a 5 Km/h

CONSERVAÇÃO:

1. Após a utilização retirar todo o adubo do reservatório bem como a helicóide e


efetuar a lavagem interna do dosador.
2. Retirar toda a semente do reservatório e efetuar a sua lavagem.
3. Lavar toda a plantadeira eliminando toda a terra e palha que possa estar presa em
seus componentes.
4. Engraxar os componentes que possuem engraxadeiras.
5. Lubrificar as correntes.
6. Guardar o equipamento em local coberto, como varandas ou galpão.
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APÊNDICE C – Desenhos de conjunto da semeadora-adubadora de uma linha


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ANEXO A – Especificações técnica e manual do dosador de adubo Fertisystem


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ANEXO B – Catálogo de peças referente ao elemento de deposição da semente


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ANEXO C – Tabela de medidas para engate traseiro de três pontos conforme NBR ISO
730-1/1999 (tratores agrícolas de rodas-Engate traseiro de três pontos)
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