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Capitulo Discriminagao no mercado de trabalho Deus, que equipe maravilhosa eu tenho. Nao ‘onsigo entender aqueles que tém pessoas feias rabalhando para ees, realmente nao consigo. Pode me chamar de patética em ‘questoes astticas Jade Jagger (fia de Mick Jagger) analisamos como as diferencas nas carac teristicas dos empregos ou nas qualificagdes dos trabalhadores _geram dispersio de salatios nos mercados de trabalho competitivos. Demonstraremos, agora, que as diferencas nos ganhos e nas opor tunidades de emprego podem surgir mesmo entre os trabalhadores igualmente qualificados, que estejam no mesmo emprego, simples: ‘mente por causa da raga, género, origem nacional, orientacio sexual ou outras caracteristicas aparentemente irrelevantes, Asdiferencas s40 muitas vezes atsibuidas a discriminagdo no mer. ccado de trabalho. A discriminacio ocorre quando os participantes no ‘mercado consideram fatores como raga e sexo quando fazem as trocas econdmicas. Por exemplo, os empregadares talvez se importem com 0 nero dos trabalhadoves que vio contratar; os funcionirios se preo- Ccupam sobre a raca de seus colegas de trabalho c os clientes consideram a raca eo género do vendedor. Embora os economistas tenham pouco a dizer sobre as raizes psicologicas do preconceito, podemos facilmente reinterpretar este tipo de comportamento em termos da linguagem de ‘economia: 0s custos e beneficios ce uma troca econdmica dependem da cor e do género das pessoas envolvidas nessa troca ‘Assim sendo, as diferencas raciais ¢ de género nos resultados do mercado de trabalho poderio surgir mesmo se os partici mercado nao forem preconceltuosos. Frequentemente “lemos” a situagio socioecondmica de uma pessoa para aprender mais sobre sua 396 Economia do trabalho produtividade e qualifcagbes. Porexemiplo, sabemos que os adlescentes provavelmenre no vendo euridado ao dirigir. Certamente esta informacio ¢ stil para um motorista que esté com tum carro parado em uma estrada e um motorista adolescente oferece uma carona a voce, Do mesmo modo, empregadores, trabalhadorese clientes usardo a raca,o género.equalquer outro srmagbes sobre os participantes no mercado, ‘raco relevante para preencher as lacunas das i Por ditimo, o capitulo ilustra como os economistas medem a discriminagfo no mer cado de trabalho e discutem as tendéncias de longo prazo nos diferenciais de sakiios entre brancos e negros, homens e mulheres. O estudo dessas tendéncias proporciona insights importantes no irmpacto das polticas governamentais controversas, COMO #2650 ‘afirmativa, ou o bem-estar econémico relativo de minorias e mulheres. 9-1 Raca e gnero no mercado de trabalho — sno e resultados do mercado no A Tabela 9-1 mostra as varias medidas de capital hume tnereado de trabalho dos Estados Unidos, por raca e gencro. Talvez o mais nocivel sejam de hiatos nos ganhos anuais, Os homens ganham mais do que as mulheres ¢ os brancos fganham mais do que os outros grupos éticos, Mais especificemente, os homens brancos tém os ganhos antais mais altos que qualquer um dos grupos (U mil). Em contra- partida, mutheres brancas ganham apenas USS 351 mil, homens negros ganham USS 38.5 mil e mulheres hispanicas ganham USS 26,3 mil. Tabela 94 Diferencas raciais e de género em qualificacdes e resultados do mercado de trabalho, 2007, Branco Negro Hispinico Homem Muller _Homem _Mulher__Hlomem _Mulher_ Porcentagem deformandos 85371 ug 85 ro ensino médio ou mais Poreentagem comgraude 29.9283. 180180 iis) 2 37) bacharlaco ou mais ‘Taxa de patiipagio na fore: 7636 7a 640 7588 de tabalho. Tana de desemprego 37 36 78 67 46 55 ‘Ganhos anuais eo 38 5s 4 263 (em USS 1 mil {Ganhos amas entre Ce 4s 376 ya 3a trabathadores empregados fem tempo integral oano todo) (em USS 1 mai) ex Or dace ne ob nie de exolanidade ode wrlucewml apm n he Us State Meh 2007, woven or ha Actes sub pata oa de abao eas de dee enn ensoepl cpa. Ox danse ogee sea bares Se rn rd als PING 0, Elsa Ntanen- Pepe 2 Yet Olt and Overby Tal Mey Earns on cannes ace, Maan Og an Sex, em cet gos we ince dneabs bi. vesovs com mals de 2 anor dee, foram esd Tae edstion itulo 9 Discriminacéo no mercado de trabalho 397 No entanto, os dacos também indicam que essas diferencas anuais surgem devido aos dliferenciais da oferta de trabalho entre os varios grupos. Por exemplo, o homem branco gana 59% a mais que a mulher branca (USS 55,9 mil contra USS 35,1 mil). Entretanto, 0 homem braneo, empregado em tempo integral, gana “apenas” 51% a mais que a mulher branca, empregada em tempo integral (ou USS 65,8 mil contra USS 43,6 mil), Parte do diferencial de salérios entre os grupos também surge por causa das diferencas em niveis educacionais. Aproximadamente 15% dos homens brancos nio tém diploma do ensino médio, em comparacio a quase 20% dos homens negros e mais de 40% dos homens hispanicos. Do mesmo modo, 30% dos homens brancos t8m grau universitirio, em compa. rasdo 228% das mulheres brancas, 18% dos homens negrose 12% dos homens hispiinicos, Sea taxa de retorno da educacao esti entre 7 ¢ 9%, como sugerem as evidéncias discutices ‘no Capitulo 6, as difereneas nos niveis educacionais entre brancos ¢ minotias, claramente, ‘geraria diferenciais de salérios consideraveis. Como veremos a seguir, as diferencas obser. vvadas no capital humano justificam uma parte considerivel do diferencial de salérios entre negros e brancos (como também entre hispinicos brancos), E importante salientar que a raca e 0 género importam nio apenas no mercado de trabalho americano, mas também em outros paises. Na Malisia, por exemplo, a taxa salar malaios ¢ chineses é por volta de 0,57, ¢ a taxa salarial entre indfanos e chine Do mesmo modo, os homens negros no Canadéganham 18% a menos do que os brancos canadenses; migeantes nfo brancos na Gra-Bretanha ganham de 10 20% a menos do que os imigrantes brancos igualmente qualificados; os judeus com origem sefardico-orientais em Israel ganham menos do que os judeus de origem Ashkenazic (isto 6, europeu) ¢ exis tem substanciais diferenciais de salério entre as varias castas que compéem a sociedade indiana. Por iltimo, como mostra a Tabela 9-2, hi um considerivel hiato salarial entre homens ¢ mulheres na maioria dos paises desenvolvidos. 9-2 0 coeficiente de discriminacio — O nascimento da moderna anslise econdmica da discriminagSo tem sua origem com a pu blicagio, em 1957, da dissertagio de doutorado do Laureado Nobel Gary Becker, intitulsds ‘The Economics of Discrimination. Muito da literatura subsequente sobre discriminacao é motivada ¢ guiada pela estructura analitica estabelecida naquele influence estudo, A teoria de Becker sobre a discriminacao no mercado de trabalho se baseia no conceito de gosto pela discriminagao, Esse conceito traduz essencialmente a nocao de precon. Ceito racial na linguagem econdmica. Suponha que existam dois tipos de trabalhadores liam Carty and lesca Gondn Nema, Rai ana Ethnic Eero egy The ntematon Rec,” American carom Ree 0 My 200) 308-1; et Hound and Chios atl, “Wage Dscriatan, Orepatoalscereen are sle Minories in Canada,” Apa conois 25 Nove 19D: 141322 Mark tenn Roem ‘kareatonal Atanmant in Btn.” Enamel 98 etemee” 1583 521-3, and Beas Bares dls hg ‘Caste Ocxmination in he non Labour Wark,” outa! of Deelopment Econ 1 pn 83) P75 op 2 Gary, eke, Te Economics of Oscriminaton, 2. Chicago: Uriversy of Cricago Pes, 1971 (1957) sta etre superisionad por Joseph G, Atop and Rebecca Mi Blank, "Race and Genet inthe Labor Waren Gg toe and David Car, eos, Hanaboot of taborEearemiks, vl 3C, Ansetdam Chait, 1955, Stas 208 398 Economia do trabalho Tabela 9-2 Diferencas internacionais nas taxas salariais de mulheres/homens Pais 179-81 19498 fin 0,800 0868 Canada 0.638 0,698 Finlandia 0734 0,799 ranga 0,799 08% Alemanha 07 0755 Inlanda 076 re 7 0938 pio 0.636 oss Espana Suécia 088 oss Reino Unido 0.826 079 Estados Unidos * 0 oes tno mercado de trabalho: brancos e negros. Um empregador competitivo enfrenta pres constantes para esses insumos; wy éa taxa salarial para um trabalhador branco € wy é taxa salarial para um trabalhador negro. Se o empregador é preconceituoso contra negros, cle obtém desutilidade com a contratagio de trabalhadores negros. Em outras palavras, ‘mesmo que custe apenas wy délares para empregar uma pessoa-hora de mio de ob: negra, o empregador agind como se custasse wy(1 +4) délares, sendo d um miimero positiv e chamado de coeficiente de discriminacio. De fato, o preconceito racial cega o empregador para o verdadeiro custo monetirio da transacio; 0 custo percebido do empregador para contratar negros excede 0 custo real Suponha que avy = USS 10 por hora e que d = 0,5. © empregador entio agiré como s a contratacio de um trabalhador negro custasse USS 15 a hora, um aumento de 50 hho custo, O coeficiente de discriminagao d, portanto, mostra a porcentagem de “markup ni custo de contratacao de um trabalhador negro atribuivel ao preconceito do empregador. ‘Quanto maior 0 preconceito, maior é a desutilidade com a contratacio de negros, © maio Eo covficiente de discriminacio d Alguns empregadores ‘alvez empresas de pessoas negras) poderio ter um tipo diferent de preconceito; eles prefeem: empregarnegros, Esse tipo de comportamento, o qual chamamos nepotismo, sugere que o custo ajustado pela utilidade de um empregador na contrataca de um trabalhador favorito & igual a w,<1 ~n) délares, em que o “coeficiente de nepotism nn um mimero positivo. Se esses empregadores negros preferem contratar trabalhadores negros, eles agirio como se a contrataczo fosse mais barata do que ela realmente if facil aplicar a definigao de Becker de gosto pela discriminagao para outros ti de interacdes econdmicas, Os trabalhadores brancos, por exemplo, poderio nido gosta: Capitulo 8 Discriminac3o no mercado de trabalho 399 de trabalhar ao lado de negros, ¢ os clientes brancos poderso nio gostar de comprar bens oe e setvigos de vendedores negros. Se o salério de um trabalhador branco preconceituoso igual a wy, cle agiré como se o seu saléio fosse igual a wy,(1 —d) se ele tiver de trabalhar 20 lado de um negro (em que d é um nimeto positivo),c o trabalhador branco perceberd {gue seu pagamento liquido foi menor do que realmente & Do mesmo modo, se um cliente branco preconceituoso compra um produto de um vendedor negro, ele age como se 0 reco do produto nio fosse igual a p délares, mas sim igual a p(t + d). O coef discriminacao, portanto, “mone! iente de Do preconceito, independente de a fonte do preconceito ser o empregador (o que leva & disctiminagao do empregador), 0 funcionsrio (0 que leva A discriminagio do funcionério) ow o cliente (o que leva & discriminago do cliente) Poclemos interpretar a definicio de Becker de gosto pela discriminagio em termos da tcoria do diferencial compensatorio que desenvolvemos no Capftulo 5. A teoria do diferen. cial compensatério & bascada na ideia de que as pessoas considera “o todo das vantagens ¢ desvantagens" de uma troca econdmica. Uma pessoa preconceituosa incorpora a raga, 2 origem nacional ¢ o género dos patticipantes no mercado na longa lista de vantagens & desvantagens que influenciam o valor da troca, Assim, o mercado de trabalho teri de gerar diferenciais compensatérios para compensar as pessoas preconceituosas pela sua perda ou ganho de utilidade. 9-3 _Discriminagéio do empregador —— ata precos Suponha que existam dois vipos de trabalhadores no mercado de trabalho: trabalhadores oe wea brancos e negros.® Considere uma empresa competitiva que esta decidindo quantos desses ranegros, trabalhadores deve contratar, Presumimos que os trabalhadores negros e brancos s40 subs palavras, titutos perfeitos na producio, de forma que a funcio de produgio pode ser escrita como oposiivo (Ew + #5) os) onde q é a producio da empresa, By indica o néimero de trabalhadores brancos contratados retirio da ©; 0 niimero de trabalhadores negros contratados. Observe que a producao da empresa usto real depende do niimero total de trabalhadores contratados, independente de sua raca. Em como se utras palavras, a empresa obtém a mesma producio se ela empregar 50 trabalhadores > de 50% brancos € 50 trabalhadores negros, ou se cla conteatar 100 trabalhadores brancos e nenburn arkup” no twabalhador negro ou ainda 100 trabalhadores negros e nenhum branco, Como resultado, a oregador. roduco, ao contratar mais um trabalhador, ou o produto marginal da mao de obra (MP.), emaior €amesma, independente de a empresa contratar um trabalhador branco ou negro. Pelo fato de esses trabalhadores serem igualmente produtivos, se surgir qualquer diferenca no status diferente ecanémico dos dois grupos, isso nio pode ser atribuido aos diferenciais em qualificagoes, namosde orém deve surgirdo comportamento discriminatério dos participantes no mercado. P atratagio simplificar, ignoramos o papel do capital no processo de producfo. Thadores é 3 verses moderns teal ‘ena de emgregador 0 dadas por Kenneth |. Airc, "he Theo 10 Dikminaon,” in Oley Ashenfeter and Albert ees, eis, Dscwmination Labor Market, Pincton ence ‘0s tipos Univers Pes, 1973: and Mathew Nepotsn, and Long Run Wage Dien” Quarter © gostar F Jounal of Ecoramies 7 (Way 1982). 307-19. Assess na tonto se basen ha exponkao de Cabos 400 Economia do trabalho Figura 9-1 Doiaes A-decisao de emprego de uma empresa que nao discrimina Se sali do regros ‘eterminado pela mercado & ‘mange que oSalalo de barcos, uma empresa que nao dscrmine ‘antrtard apenas esse ipo de trabahadr. ls contre tratalhadores negros a 0 pono ‘omaueosaatio dees for igual 20 Yalor do produto marginal da mzo de obra, ou; [Antes de introduzir o preconeeito dos empregadores na anslise, primeiro revisamos decisio de contratagio de uma empresa que nfo discrimina, Esta empresa nfo discriminador: ‘com base na cor enfrenta precos constantes dos insumos de wy € ws délares para a mao d obra branca e negra, respectivamente. Como resultado, ambos os grupos de trabalhadores tém o mesmo valor do produto marginal, e uma empresa nio discriminatéria contrataré ‘grupo que for mais barato, Se o salétio no mercado para trabalhadores negros fosse abaix do salario para trabalhadores brancos, a empresa empregaria apenas trabalhadores negros, © oposto aconteceria se o salirio de negros excedesse o saldrio de brancos. ‘Vamos supor que o salaio determinado pelo mercado da mio de obra de negros foss menor do que foi determinado pelo mercado da mao de obra de brancos, ou wg < wy. Uma ‘empresa que nfo discrimina contracaré trabalhadores negros até o ponto em que 0 salir de negros for igual ao valor do produto marginal, ou yMP, A Figura 9 itustra esta condo de maximizagio de licros. Uma empresa dora com base na cor, portanco, conrataE, trabalhadores negros Emprego em uma empresa discriminadora Vamos agora descrever a decisio de contratagdo de uma empresa que discrimina. O em- pregador age como se 0 salario de negros no fosse igual a wy, mas, sim, igual a we(I +4) fem que d € 0 coeficiente da discriminagio, A decisio de contratacdo do empregador nao 6, portanto, baseada na comparaco de wy e wp, mas na comparacio de wy € wa(l +d © empregador entZo contrataré o insumo que tem o prego ajustado pela utilidade mais baixa, Como resultado, a regra de decisdo para um empregador que discrimina negros é inadora mio de aadores rataré.o abaixo negros os fosse vw Uma o2) Oem a+d) Jor nfo asa He mais grosé Capitulo 9 Discriminacao no mercado de trabalho 401 Does Dotaes ow welt +4) LP vatee vasre Emprege De Emprego la) Empresa branca empresa negra Figura 9-2 A decisao de contratacao de uma empresa preconceituosa iuosas podem se brancas (se 0 coeiiente de dsciminago for muito ako) ex negra 2 0 Coeficiente de dscriminacto for elativamente baie). A ereesa brarea contatatraalhedoresbrancos até o ponto fem que osliriadesse ipo de rabalhador sea igal ao voor do prosivto marginal 4» empress negra contata twabalhadores negios até 0 ponto em que o slat de neqos ajustado pla tdad ja gua a valor do produto marginal As empress precancetuosas contrelam menos Vabahadores do que as empresas sem preconceo, ; os Contratarsomentebrancos sew, (1+d)> wy A Equacio (9-3) realea uma implicagio-chave do modelo de Becker de diseriminacio do empregador: Contanto que os trabalhadores negros e brancas sejam substitutos perfeitos, as empresas tém uma forca de trabalho segregada, \Vemos, entio, que existem dois tipos de empresas: aquelas que contratam uma forsa de trabalho totalmente branca, as quais, para nossa conveniéncia, chamamos de “empre sas brancas”, e aquelas que empregam forca de trabalho totalmente negra, ou “empresas negras". A etnia de forca de trabalho na empresa depende da magnitude do coeficiente de discriminag3o do empregador. Os empregadores que tém pouco preconceito, ¢ coeficientes de discriminagio pequenos, contratario apenas negros; os empregadores que sio muito preconceituosos, com coeficientes de discriminagao grandes, contratargo apenas brancos, A Figura 9-2a ilustra a decisio de contratagio de empresas brancas, enquanto a Figura 9-2b ilustra a decisio de contratacio de empresas negras ‘meso emico sa compe ac a fora de traalna de uma empress ata per Wi Centon ad Kenneth .Toske, “ntrirm Segregation an the ac/Wita Ving Gap eumal of abor Econom 16 (Agr 1998) 237-0, stu ercontapoucasedncas de que negra trancos anda azeremorepados por empresas dierent. Vela tiem Kimber Bayard, uth alestn, Davneumk and Keni Hose, en, anguge and Wrese Senreasto Evidence fom ale Mahe employer employe Data Set" Journal of taba Ecanaaes 21 ctobet 2003 677-922, 402 Economia do trabalho ‘A empresa branca contratatrabalhadores até 9 ponto em que osalirio esse tipo & trabathadorseja igual 20 valor do produto marginal, ou sy = VM. Presumnimos o sario de brancos excede ostrio de negros, Vern entao que a empresa brancs pagando um preco excessivamente alto pelos seus trabalhadores e emprega poucos dess tipo de trabalhador (ou Ey, na figura), Sendo assim, os empregadotes que nfo gosta ttabalhadoces negros nfo empregam apenas orga de trabalho Brance, orgy mio de obra desse tipo de profssonal€ caro A Figura 92b demonstra que mesmo as empresas negrastém a rendéncia de const poucos tabalhadores, Lembre-se de que una empresa nfo discriminadora cam bate na tmpregaE, trabalhadores negros, e que osalrio rea! de egros€igal 0 valor do pro marginal, Uma empresa com um coeficiente de dscriminacio d,portano, age como prego da mio de obra de negros fosse wy (1 +d), Eat coeficiente de dscriminagio€ su Temente pequeno-ea empresa desearécontatar una forga de trabalho totalmente nog companhiacontratatrabalhadores negrosatéo ponto.em que opre¢o ajusado pela ti dle um trabalhador negro sla igual 2, valor do produto marginal, ou v_ = VAP. Com mostra a Figura 9-25 a empresa contrata apenas E¢trabalhadores, Contudo, urna emp comm coefciente de discriminacio grande, d, emprega até menos trabalhadores (04 t assim por diante, © nimero de trabalhadores negros conratadosé portent, menor ss empresas que tim coefcientes de discriminagio maiores. Empresas que nfo gostam contatarwabalhadores negros, minimizam seu desconforto quando empregam poucos dele Discriminagao e lucros A Figura 9-2 resulta em uma implicagio fundamental da teoria de Becker: Discriminagio tala pena. Para saber por que, consdere primeiroa hicratividade de empresas brancas, Ess empresas esto empregando B,,trabalhadotes. A decisio de contratasfo nioé duas maneiras distntas, Primeira, oempregador preconceituoso teria contratado 0 meses niimero de trbalhadores negros a um salério mais baivo, Em outras palavras, pelo fat trabalhadores negros e brancos serem substitutos perfeitos, as empresas brancas produze== 0 mesmo.a um custo mais baixo, Além disso, estas empresas estZo empregando o nme: ervado de trabalhadores; uma empresa discriminadora com base na cor contrataria mui mais trabalhadores, ou seja, E;, Ao nfo empregar 0 mimero correto de trabalhadores, = empresas brancas reduzem seus lucros. Este argumento também sugere que mesmo empresas negras discriminatéria estio abrindo mio de lucros. As empresas também es abrindo mao de luctos para minimizar o contato com trabalhadores negros, porque as presas negras discriminadorasestio empregando poucos trabalhadores (como ou ‘A Figura 9-3 ilustra a relagio entre os lucros da empresa e o coeficiente de disci nagio, A empresa mais lacrativa é aquela que tem um coeficiente zero de discriminacs Esta empresa discriminadora com base na cor contrata uma forga de trabalho toda new contendo B trabalhadorese em licto igtal a qu, dlares. As empresas com coeficien. de discriminagaoligeiramente positivos ainda tm forea de trabalho totalmente negra, m contratam menos trabalhadotes negros etém hucros mais baixos, Em algum nivel limiar preconceito, dado pelo coeficiente de discriminagio dy, a perda de uilidade po empregar negros serd muito grandee, poisso, a empresa contrata apenas brancos. Como resultado, luerossoftem uma queda dramética (para ty délares) porque acompanhia estépagando um salério muito mais alro do que precisatia pagar. Pelo fato de a empresa com todos brane: Capitulo 9 Discriminaggo no mercado de trabalho 403, Figura 9-3 olares Lucros e coeficiente de discriminagao A dsctiminagz0redur o hero fe dias manevas. Mesmo que 3 empresa preconceituoeacontste ‘apenas trobalhadores neg, € lempregar poucos tabalnsdores, E mero que a empresa contrate apenas trabalhadores brancos els ‘emprogars pouces vabahadores com salros mato altos Empresas Empresas egras banca Costioerte Ge dserminacee empregar o mesmo niimero de trabalhadoresbrancos (ou By), independente de seu coefi- clente de discriminagio, todas as empresas totalmente brancas ganham os mesmos lacros Omodelo de Becker prev, prtanto, que a discriminagio nao élurativa, Asemypeeses preconceituosas perdem em duas fonts, Eas estZo empregando a ‘cor ersade” de vrab lhadores e/ou 0 “niimero errado” de trabalhadores. Ambas as decisoes de contratacio aovimentam a empresa para longe do nivel de maximizagio de lero do emprego, ou ©, trabalhadores AsimplicagSes desta conclusio sfo extensas, Se a fonte de preconceitoracal nos mer cados competitivos € o empregador a concornéncia ¢ 0 melhor amigo dos grupos min ics, potsa livre entrada e sada das empresas garante que as companhias no mercado aio estio luctando excessivamente e, pot esse motivo, os empreyadores devern pagar Pelodireto de discriminar de seus préprios blsos. Assia, uma empresa nao discreaiea dora baseada na cor (olarbind) deve, eventualmente, conseguir comprar todas as outras empresas na insta. Como resultado, a dscriinacdo do empregador “definhar” nos sercacos compesitivos Equilibrio do mercado de trabalho A.comparacao do prego ajustado pela utilidade com o preso real da mao de obra resumida nna Equacio (9-3) nos diz se uma empresa especifica se torna uma empresa negra ou uma empresa branca, A empresa com um pequeno coeficiente de discriminacao tem a tendéncia de se tornar uma empresa negra, ¢ aquela com um grande coeficiente de discriminacio tem a tendéncia de se tornar uma empresa branca, Podemos usar este insight para derivar a curva de demanda para trabalhadores negros no mezcado de trabalho. Vamos supor 5 Est argument presume que oda s empress enrentamamesia funciode produto Sea empress dciinadoras sto maseficertes econseguem produrcom cusis mas baues, des podem pass em seu comperament preorcalvosa, 404 Economia do trabalho Figura 9-4 Razdo salar Determinagao da egios braneos proporcdo salarial entre egros e brancos no mercado de trabalho Sea rondo entre negrosebrancos nuit alta, nennura empresa fo mercade de trabalho cotrataré trabaadores negros.A medida (wg ‘usa Yao negrose brancos 1 mois empresas so compansadas pele ua desutidade eo demand a or esse tno de trabalhador Bumenta Aazao sla de teaullrio ent negro e brancos dada pala intreeccao ent 2 ‘urvasdaofertae do demands, tiga)" Se aloumas . fempesaspreferem empreger (ool ‘egos, eles estaram dspostas a rapregéles mesmo se 2230 Salar entre negies@brencos vcedesee I, esiocanda 2 curs ° TEmprego de (de demande postemente para egos 1 Porem, sea oferta de neces pequens, endo & posi que srocco salora entvenegics Drancos excess jnicialmente que tados os empregadores discriminam contra negros, de forma que tod ‘empresas tém um coeficiente de diseriminacZo positivo, Quando osalirio dos negros excede o salirio dos brancos de forma que razio sala rnegro-branco (wy/‘) que acima de 1, nenhum empregador, nem mesmo o empregaccr ‘gue pouco se importa com negros e, consequentemente, tem o cocfiiente de discriminacSo tnenot), quer eontratar trabalhadores negros. Afinal, quando o prego real de negro: dcima do preco de brancos, o prego ajustado pela utilidade dos negros serd ainda mats al ‘Como esti ilustrado na Figura 9-4, nfo hé demanda por trabalhadores negros, Narealida mesmo se 0 salitio de negros fosse ligeiramente menor que o salrio de brancos, 0 salar doles, ajustado pela utilidade, provavelmente excederia osaléxio dos brancos pata todas ‘empresas, enenhum empregador contrataria trabalhadores negros. ‘Considere o que acontece quando o salirio dos negros diminut ainda mais, Em algum ponto, a empresa com menos preconceito cruza um patamar (dado pelo ponto R na gu Tornando-se uma empresa negra, porque os negros sfo relativamente mais baratos que trabathadores brancos. A medida que o salirio de negros continua caindo, mais empre decidem rornar-se negras, porque 0 salario mais baixo é compensador em virtue do Conceito, Além disso, essas empresas que j& empregam negros aproveitam o salrio ms baixo para empregar mas trabalhadores negros. No entanto, quando o salitio de negros ai ainda mais, a quantidade da demanda de crabalhadores negros aumenta. B se 0 sabi {muito baixo em relacio ao de brancos, 2s empresas com alto coeficiente de diseriminacs ‘compram a ideia” e empregario negros. A curva de demanda por trabalho de negros ci mercado (ou D na Figura 9-4) &, porcanto, negativamente inclinada, que todas, osalarial regador gros esta ealidade, osalirio todas as nalgum figura Hos que Capitulo 9 Discriminagao no mercado de trabalho 405 E claro que a taxa salarial de equiltbrio entre negros e brancos depende nao apenas da demands por trabalhadores negros, mas também da oferta desse tipo de trabalhador. Por conveniéncia, a Figura 9-4 presume que a curva de oferta de trabalhadores negros & perfeita- ‘mente inelastica, de forma que existem N pessoas negras no mercado de trabalho, indepen dente do salirio oferecido a clas, A taxa salarial de equilibrio entre negros e brancos, ou (wvy/ ‘wy)", igual & oferta e demanda por trabalhadores negros. S do nivel de equilibrio, existem muitos negros procurando emprego e, consequentemente, hhaveri uma pressio para que 0 salério baixe ainda mais, Do mesmo modo, se o salirio de rnegros estiver abaixo do equilibrio, poucos trabalhadores negros vio procurar emprego,e 0 saldrio aumentara & medida que os empregadores competirem por esse tipo de trabalhador, o salitio relative esta acima 0 diferencial de salario de equilibrio entre negros e brancos Vale a pena observar varias propriedades do equilibrio ilusteados na Figura 9-4. O mais impor Tante & que a interseegio das curvas de oferta e demanda ocorre abaixo do ponto onde a taxa salarial entre negros e brancos ¢ iguala 1, de forma que o empregador gera um hiato salarial entre trabalhadores negros e brancos igualmente qualificados, O empregador se importa com as condigdes de trabalho, especialmente com a etnia. E pelo fato de os empregadores Go gostarem de contratar negros, surge um diferencial compensatério para compensi-los por terem contratado esses trabalhadores. O fato & que os trabalhadores negros devern "coms pensar” os empregadores de modo que amenize a resisténcia das empresas em contrati-los. Observe que a alocacdo de trabalhadores negros para as empresas nao ¢ aleatéria, Os negros sio contratados pelas companbias que escolheram tornarem-se empresas negras, € 0s empregadores que tém os menores coeficientes de discriminacio dirigem tais empresas Os trabalhadores negros sio, portanto, combinacios com os empregadores que tém menos preconceito, ao passo que os trabalhacores brancos so combinados com empregadores ‘que ndo gostam de negros. Presumimos que todas as empresas discriminam os negros; algumas, no entanto, pre ferem empregi-los. Muitas delas contratariam negros mesmo se 0 saldrio fosse mais alto que o salirio de brancos, pois as empresas nepotistas obtém utilidade com a contratagio de negros. Como resultado, a curva de demanda para a mao de obra negra se desloca Positivamente, como esta ilustrado pela curva de demanda D’ na Figura 9-4. Se houver relativamente poucos negros neste mercado de trabalho, a taxa salarial de equilibrio entre negros e brancos seria acima de 1, mesmo se a maioria das empresas nao gostasse de negros. Pelo fato de o mercado de trabalho combinar os trabaladores negros com os empregado. res que preferem contrati-los ¢ combinar os brancos com os empregadores que preferem comtrati-los, os negros talvez consigam vender rvigos para aquelas empresas que cestejam dispostas a pagar pelo direico de contr Esta conclusio tem implicagdes interessantes para a criago ¢ 0 impacto ccondmico das, ‘economias de enclave" raciais ou étnicas. Alguns grupos de minorias tem a tendéncia de se juntarem em pequenas areas geogrificas, ou enclaves. O negro, por exemplo, vive em uma vizinhanca que é 57% negra.® Esse agrupamento geogsifico abre oportunidades conside- Cute and Edna L. Glaeser, “Are hetos Good or Ba* Quarter ural of Economics 112 (August 1997) 72; Robert W Fai, “The Absence of the Acan-Amarican Owned Busnes: An Als ofthe Dyan Slr 406 Economia do trabalho Abela ea fera Hé muita diversidade no que consideramos “lindo” entre as culturas com o passar do tempo, Homens ugangi, por exemplo, sao atraidos por mulheres com labios inferiores grandes; homens ceuropeus nos séculos XVille XIX fantasiavam sobre as mulheres rechonchudas, imortalizades por Rubens; e 0s homens acidentais de hoje preferem mulheres magras que teriam sido con- sideradas doentes e malnutridas 200 anos atras. Mesimo assim, nossas atitudes sobre o que define uma pessoa linda, em um ponto especifico ‘no tempo, parecem ter um forte impacto nos resultados do mercado de trabalho, vivenciado pelo lindo e pela feto. Existem diferencias de salirios nao apenas com base na racae no género, mas ‘também com base na classificacao de uma pessoa na escala de beleza. Os homens americancs considerados como tendo uma aparéncia acima da média ganham 4% a mais do que o hom rmédio, enquanto aqueles que so consideradas feios ganham 9% a menos. Da mesma modo, ‘mulheres indas ganham 8% a mais do que a mulher média, enquanto as mulheres feias ganham 4% a menos. Parece que a “aparéncia" dos trabalhadores entra na funcao de utiidade dos tempregadores, de forma que eles estao cispostos a pagar um prémio para estarem associados com "pessoas lindas” e peralizam os trabalhadores cuja aparéncia eles nao gostam. ‘Alem do apelo por esses resultados em tabloides, as evidéncias poderao ter implicagbes politicas substanciais no futuro. The Americans with Disabilities Act of 1990 proibe a diserimina: 80 com base nas deficiéncias fscas. Ja existem precedents nos tribunals estabelacendo a 2 ‘eiura pode ser uma deficiéncia fisca. Em 1992, a Suprema Corte de Vermont decretou {que a falta de dentes superiores & uma deficincia protegida pela Lei de Oportunidades de Em- pregos Justos (Far Employment Oportunities Act) do Estado. A discriminacBo de pessoas fia 6, portanto, uma violagao da ei Entretanto, ainda ndo sabemos quantos trabahadores estéo ppostos areceber a certficagdo de feios por um jor de colegas de trabalho para obter um aumento Fonte: Daniel S. Hamermesh and ef, idl, “Beauty and the Labor Market" American Econamic Review 8 (Cecerber 1984). 1178-96; vja também Markus Wi. Mobius and Tanyas Rosenbat, "Why Beauty Matters ‘American Economic Resew 96 (Match 2006) 222-35 rveis para que os empregadores de minorias contratem trabalhadores de minorias. Com: resultado, as economias de enclave permitem que os negros e outras minorias escapem éi impacto adverso da discrimina¢o no mercado de trabalho que se encontra fora do enclave 9-4 Discriminac&o do funcionario A fonte de discriminacao no mercado de trabalho nfo precisa ser do empregador, porém pode ser dos companheiros de trabalho. Suponha que os trabalhadores brancos nfo goster loymen cus) of bor Economics 17 Usnuary 1999 8-708; and Kahan Muh, “Neto inte Modesn Econ Masean Miran inte US abor Marke." Quaery onal of cones 118 (My 2003 549.97 Capitulo 9 Discriminacao no mercade de trabalho 407 de trabalhar com negros ¢ que os negros sejam indiferentes 3 raca de seus colegas. Como temos observado, os brancos que recebem um salirio de wy délares agiso como se sua taxa salarial fosse de apenas wiy(1 ~d), em que d € 0 coeficiente de discriminagio do tra balhador branco, As taxas salariais dos negros, tanto reais quanto ajustadas pela utilidade, so dadas por ws, porque os trabalhadores negros mio se importam com a etnia de seus colegas. Por isso, continuamos presumindo que os trabalhadores negros € brancos si0 substitutos perfeitos na produgio. ‘Suponha que um trabalhador branco, que nao gosta de trabalhar com negros, tenha dduas ofertas de emprego, Ambos os empregadores oferecem o mesmo salirio de, digamos, USS 15. hora, masas condigdies de trabalho variam. Especificamente, uma das empresas tem forca de trabatho completamente branca, ea outra tem uma forca de trabalho integrada, ou seja,trabalhadores negros brancos, Contudo, 0 trabalhador nao gosta de negros, por isso as duas empresas no esto oferecendo salérios equivalentes ajustados pela utilidade. Na ‘opiniao do trabalhador, a empresa integrada oferece um salario mais baixo. Sendo assim, as empresas integradas terao de oferecer mais do que USS 15 por hora se elas quiserem atrair trabalhadores brancos, No entanto, um empregacor nfo discriminador com relagio & cor, que visa A maximizagio de hucros, munca escolheria ter um local de trabalho integrado. A empresa no contrataria trabalhadores negros e brancos porque os brancos‘teriam de receber uma compensagéo no diferencial de salirios; no entanto, les tém 0 mesmo valor do produto marginal que ‘os negros. Consequentemente, o empregador contrataré apenas brancos se 0 salirio deles estiver abaixo do salirio de negros, ¢ contrataré apenas negros se 0s salitio deles estiver abaixo do salério de brancos. Os trabalhadores negros e brancos sio empregados por empre sas diferentes, porque no compensa "misturar’ as etnias. A diseriminagao do funcionéio (como a do empregador) sugere uma forga de trabalho completamente segeegada, Entretanto, diferente da discriminagio do empregador, a discriminagio do emprego: do ndo gera um diferencial de salario entre os empregados negros e brancos igualmente qualificados. Os empregadores nio diseriminadores com base na cor contratam a mio de obra que for mais barata. Se os negros so mais baratos, os empregadores aumentam sua demanda pela mao de obra de negros ¢ diminuem pela mio de obra de brancos. Se os brancos sto mais baratos, os empregadores aumentam sua demanda pela mio de obra de brancos e diminuem pela mao de obra de negros. Portanto, a concorréncia pelos trabalha~ dores mais baratos iguala o salirio dos dois grupos. Além disso, se negros e brancos so substitutos perfeitos, um modelo de discriminacio do empregado nio poderia explicar por aque trabalhadores negros jgualmente qualificades podem ganhar menos que trabalhadores, brancos com as mesmas qualificagées. Por iktimo, observe que a discriminagio do empregado nfo afeta a lucratividade das ‘empresas, Nao hi vantagem em ser uma empresa negra ou branca se todas elas pagam 0 mesmo prego por uma hora de trabalho, e se os trabalhadores negros e brancos sao subs titutos perfeitos. Assim, no existe forca de mercado que tenha a tendéncia de diminuir a importincia da discriminagio do empregado com o passar do tempo, "ura cmparato das eos de dscrmingo doerpregac edo empresa ¢ dda por Bat R, Chic, "Raa Dr ination the Labor Marke A Test of Ateratine Hypotheses,” Jourat of otal Economy 81 November 1973) 1230-52 408 Economia do trabalho 9-5 Discriminacéo do cliente Se os clientes tém um gosto pela discriminacZo, suas decisdes de compra nao se b preco real do produto, p, mas no preco ajustado pela utilidade, ou p(t + a),emaqued é cicnte de discriminacio. Se as pessoas brancas nfo gostam de comprar de vendedores n a discriminacdo do cliente reduza demanda por produtos e servicos vendios pelas mino= Contanto que a empresa consiga alocar um trabalhador especifico para wma das mam posigdes diferentes na empresa, a discriminagio do cliente nao importa muito, emp= pode colocat seus trabalhadores negros em fungdes que exijam pouco contato com os cle (como as vagas na divisio de manufatura da empresa), e colocar muitos de seus tral ores brancos na divisio de servigos (onde eles Sio mais visiveis). De fato, 0 empre segrega a forga de trabalho de forma que os trabalhadores brancos preencherio as pos “sensiveis” de vendas e 08 negros permanecerio escondidos. Se os trabalhiadores fossem mais baratos que os brancos, as empresas que procuram preencher as posic manufatura competiriam por trabalhadores negros, assim, ambos receberiam 0 m salitio. Além disso, atender aos caprichos dos clientes nao reduz os lucros da empre ‘A discriminacao de élientes pode ter um impacto adverso sobre 0 saltrio de nez= quando a empresa no consegue esconder facilmente esses funciondrios do piblic empresa que contrata um negro para atuar em vendas tera de reduzit o preco do pro para compensar os compradores pela sua desutilidade. O salirio desses trabalhadores caiss porque eles precisam compensar 0 empregaclor que teve seu lucro diminuido. Uma pesquisa recente com empregadores, conduzida em quatro areas metropolitars (Atlanta, Boston, Detzoit e Los Angeles), mostra como a interacio entre o pasado do cliente e a extensio do contato entre os trabalhadores e os clientes altera a decisio contratagao da empresa, Suponha que classifiquemos as empresas em dois tipos: emp de “contato”, em que os trabalhadlores ficam face a face com os clientes, € empresas com “nenhum contato”. A Tabela 9-3 mostra que 58% dos trabalhadores recém-contratados negros em empresas de contato, e a maioria dos clientes ¢ negra. Isso se contrasta visiv "mente com o fato de que apenas 9% dos trabalhadores recém-contratados sio negros né empresas em que a maioria dos clientes é branca. A diferenca entre as duas estatisticas par sugerir que a discriminagio de clientes reduza fracio de negros entre os trabalhacl recém-contratadas em 49 pontos percentuais, ‘Antes de chegar a essa condlusio, portanto, é importante observar que o hiato de empre: de negros entre esses dois tipos de empresas pode ser atribuivel a outros fatores. & provive por exemplo, que as empresas de contato com uma base de clientes predominanteme: negra esteja localizada em bairros de negros. Essas empresas provavelmente atrai imimero maior de candidatos negros ao emprego, € 2 composicio racial do grupo de didatos talvez afetar a composigio racial da forca de trabalho. Assim, para medir o impacto da discriminagio do cliente, precisamos de um “grupo controle”, As empresas cujos trabalhadores no tém nenbum contato com os clientes podem ‘uma discussie als detaheda ds implicates ca rnin do ene ¢ dada por Laurence. Kan, “Custom Dis ston ne Affe Aion,” onoic qu 24 0dy 1991-55671, go tandem George Bos nd Stephin Bes ‘Comune Dizrminaton ov Se Section na Se Employment." ournal of Pla Econemy 97 Lune 1985) SBI Capitulo 9 Discriminagio no mercado de trabalho 409, Tabela 9-3 Relacdo entre discriminacao de clientes e porcentagem de trabalhadores negros recém- -contratados Mais da metadedos Mais de75% dos clientes da empresa clientes da empresa ‘Tipo de empresa ‘ho negros slo brancos Diferenga Contato entre clientes 58.0% 90% 9.0% ce trabalhadores enim contato ente clientes 466 ‘trabalhadores Diferengas em diferencas = Tow Hany: Hole nd Kh Ini, “Catomer Dacrminsion nd Ep ‘Qureryfal of smi 13 (Aug 985 Bt compor um grupo de controle possivel. Como mostra a Tabela 9-3, a fracdo de trabalha dores negtos recém-contratados cai de 46,6% para 12,2% 4 medida que a base de clientes se desloca de predominantemente negra para predominantemente branca, uma reducio de 34,4 pontos percentuais. Seria dificil culpar a discriminagdo de clientes pela queda no emptego de negros, porque eles nao tém nenhum contato com os trabalhadores. Em vez disso, a diferenga de 34,4 pontos percentuais estima o que podemos esperar que acontega com 0 emprego de negros ~ mesmo na auséncia de discriminagéo de clientes - quando uma empresa serve principalmente aos clientes negros, talvez porque esta mudanga exija que cla abra uma loja em vizinhangas de negros e, consequentemente, atraia muitos candidatos negros 20 emprego. ‘A estimativa de “diferencas-em-diferengas” do impacto da discriminagio de clientes seria entio dada por 14,6%, Em outras palavras, 0 contato face a face entre trabalhadores negros e clientes brancos reduz substancialmente a probabilidade de as empresas empre- garem trabalhadores negros. Talvez a evidéncia mais interessante de discriminagio de clientes tenha sido desco- berta no mercado de lembrancas de beisebol, Colecionar cartes de beiscbol nao é um passacempo de erlancas, Um cartio de beisebol de Honus Wagner, de 1909, foi vendido por USS 630,5 mil em 1996. Notavelmente, o preco de mercado dos cartes de beisebol depende no apenas dos fatores mais ébvios ~ como o niimero de home runs na carreira ¢ rebatidas para um rebatedor, ¢ 0 niimero de jogos ganhos e strikeouts para um arremessador -, mas também da raca do jogador. Em outras palavras, a raca do jogador parece afetar 0 valor do entretenimento de possuir 0 cartio. Mesmo depois de controlar a posicdo jogada e as “estatisticas” da carreira de jogos, 08 cartes de jogadores brancos valem aproximadamente 10 a 13% a mais do que os cartées de jogadores negros."° ‘Bl utchinson, “al le Fgues Much Ado ove $27 bln,” Ne York Da rua 1, 1999, 1 Clk Nadine and Cur Siron, “Cusemt Racal scrmination inthe Market for Merorail: The Cas of Bazebal ‘Quarter eur of Economics 105 (August 1950) 575-96 and Torben Andersen and Sumner LaCrox, “Custer aca Bsrminaton in Nsjr League deb,” oranc ial 29(Oeaber 1991): 685.7 410 Economia do trabalho 9-6 Discriminacao estatistica ‘O conceito de gosto pela discriminacto nos ajuda a entender como as diferencas entre ne ce brancos igualmente qualificados podem surgir no mercado de trabalho. As difer raciais e em género podem surgir mesmo na auséncia de preconceito quando a associ ‘um grupo especifico (por exemplo, ser uma mulher negra) carrega informagées sobre ‘qualificagdes e produtividade de uma pessoa.it COs incentivos econémicos que geram discriminasio estatistica sioficeis de descrever. Supe aque um empregador nio discriminador com relagio cor, que n2o se importe como género, visa maximizacio de lucro, tenha uma vaga de emprego. Ele quer adicionar um trabalhad uma equipe bem treinada a qual desenvalvera um programa revoluciondsio de processa de palavras nos préximas anos. Ele esta procurando alguém que, além dos requisitos norm de inteligéncia eambicio, possa ser contado como um membro da equipe por um longo te: Para exemplificar, duas pessoas se candidatam para um emprego. Os curriculos do ‘candidatos sio idnticos: ambos acabaram de se formar na mesma universidade, es} lizaram-se no mesmo campo, matricularam-se em alguns cursos e tiveram classificac similares nas classes, Allém disso, ambos passaram muito bem na entrevista. O empre achou que eles eram brilhantes, motivados, tinham conhecimento ¢ eram articulados entanto, um dos candidatos era um homem e o outro, uma mulher. Durante a entrevista, © empregador perguntou aos candidatos se eles viam empr: ‘em questo como aquele em que pudessem crescer e se desenvolver nos prOximos ar Ambos responderam que viam como uma oportunidade excelente, e era dificil preve como qualquer outra oportunidade no mercado poderia competir com aquela. Com no “rastro de papel” (sto 6, 0 curriculo, as informag6es coletadas durante a entrevista c= qualquer outro teste de triagem), o empregador ter’ dificuldade em escolher entre os dos: candidatos, No entanto, ele sabe que ambos precisam do emprego, ¢ a afirmagio de axe cles pretendem permanecer na empresa nos préximos anos pode no ser sincera. Para tomar uma decisio informada (em vez de simplesmente tirar cara ou c © empregador avaliara os histéricos de empregos de homens ¢ mulheres similarme: sicuados que esta empresa — ou outras empresas contratou no passado. Suponha que esse revisio dos registros estatisticos revele que muitas mulheres deizam a empresa quando & chegam ao final de seus 20 anos (talvez para se engajarem na criagio de filhos). © empre gador nio tem como saber se a candidata ao emprego pretende deixar a forca de traba eventualmente, Mesmo assim, ele conclui dos dados estatisticos que a mulher tem unss probabilidade maior de sair do emprego antes de completar o programa de software. Pe 11 Edmund, Preps, “The Stati Theory of Ram and Sexi.” American Economic Review 62 (September ‘sm, Denne Aigner and Gin G. Can “Statsal Theores of Ormiston in Labor Market” Iasi and Review 30 anwar 1977) 17587; and Shall | Lundberg and Hchar State, “Ps jn m Compete ator Mares," Amrcan Econom: Rein 73 une 1983; 320-17 12 important sar qu, aptar da promis feta neste wel pata irate, rats ds (qu a murs tim oat mas hae de demo Go qu os harmon ej rence. Sau ai fd Sex Differences in Quis by Young Workers. nut ad Labor Retains Reve 34 ul 1981) 5 Visca, “sex Diterence in Worker Quin,” Review of Econamies and Stasis 62 August 1980: 385-38, Evid ‘conve 30 cds por Nachum Shean, “Gender iferecesn Osparkes rom a Lage Fm,” asa tons Review 49 (pt 1986) 48505, Capitulo 9 Discriminac3o no mercado de trabalho 411 Ppyrrertutia tales (e lal see MN-LA ‘Aproximadamentetr&s quartos dos jogadortes no National Basketball Association (NBA) s8o negras muitos dos jogadores mais bem pagos também sao negros. Na temporada de 2005-2006, os {quatro jogadores mais bem pagos ganharam mais de US$ 18 milhées pela temporada e eram todos negros (Shaquille O'Neal, Chris Webber, Michael Finley e Kevin Garnett). Ha, também, mais técnicos negros na NBA do que em qualquer outro esporte No entanto, a maioria dos fas da NBA é branca. E pelo fato de os jogadores de basquete serem muito vsiveis para 0s f3s que vao 20s jogos, os dongs dos times ndo conseguem dsfarcar ‘a composicao racial a0 colocar os jogadores em posicbes “remotas”. Alem disso, parece haver uma escassez de jogadores brancos talentosos que poderiam alterar notavelmente a compo- sicd0 racial dos times da NBA. A discriminagdo de clientes pelos fas, portanto, aumentaré 03 salarios relativos de jogadores brancos, isso porque os praprietérios que desejam servir 20s fas brancos competirdo pelos poucos jogadores brancos disponivels. A composigéo racial do time de basquete tem um forte impacto no comparecimento aos Jogos. Um estudo dos registros de comparecimento indica que substituir um jogador negro por um jogador branco igualmente talentoso traz il fs adicionais por ano. Com o custo de USS 70 por pessoa (uma estimativa conservadora dos precos de ingressos e receitas de con. cessbes), 2 mudanca racial aumentara as receitas anuais dos times em mais de USS 600 mil Sabe-se que 0s jogadores negros também ganham menos que os jagadores brancos na NBA 0 jogador branco ganha aproximadamente 20% a mais do que os negros que jogam na mes- ‘ma posicao e tém habilidades iguas (como medido pelo pacote de estatisticas que os 185 do esporte adoram memorizar). A média de salario anual na NBA é agora de USS 4,5 milhdes, de forma que 0 impacto da discriminacao de clientes nos salarios dos jogadores de basquete pode ser substancial Fonte: Lawrence Kahn and Peter Sheer, "Racial Differences in Professional Basketball Players’ Compensation: Journal of abor Economics 6 Uanvary 1888): 40-61. Dados detahatos sobre os saliris na NBA esac deponluis no se asp usatoday.comysports/baskeoalinba/salanes/delul so fato de que uma demissio arruinaria o trabalho da equipe e aumentaria consideravelmente 6s custos de desenvolvimento, o empregador que visa a maximizacio de lucros oferece o emprego para 0 homem. ‘Como ilustra este exemplo, a discriminacSo estatistica surge, porque as informagdes reunidas do curriculo c a entrevista nao preveem perfeitamente a verdadeira produtiv dade do candidato. A incerteza latente encoraja © empregador a usar as estatisticas sobre ‘odesempenho medio do grupo (dai o nome discriminagio estatistica) para prever a pro: dutividade de um candidato especifico. Como resultado, os candidatos de grupos com alta produtividade se beneficiam de sua associacfo nesses grupos, ao passo que 05 candidatos dos grupos com baixa produtividade nao se beneficiam.!? 2 Ha uma deren ingortant entre dctnnaco ettticn © © mela ce sacao opresertad no Cap 6. Ne modelo de snalzaio, 0 waboPadoresevesiem em educagin pare se seperate do grupo, Ne model da draco fst, as aacensicas que os empregadores wa para peer a prodtivdade~ com aa, exo ou cigem acon S20 mutav palo manos pra alana den 412. Economia do trabalho E importante salientar que a diseriminagio estatistica surge nfo apenas no mercado & trabalho, mas também em muitos outros mercados. As empresas de seguro, por exemp constantemente praticam a discriminacio estatistica quando estabelecem os prémios. rulheres tendem a viver mais do que os homens. Suponha que tum homem e uma m ther que nasceram no mesmo dia e que tenham as mesmas condigdesfisicas no geral inscrevem pata comprar seguro de vida, A empresa de seguros nao tem como saber que viverd mais tempo, mas sua experiéneia anterior indica que o homem provavelmente ters uma vida mais eurta, Como resultado, 0 custo do seguro de vida seri mais baixo para = ‘mulheres do que para os homens. Do mesmo modo, os adolescentes tendem a ter ms acidentes do que 08 motoristas mais velhos. Novamente, se um adolescente e uma pesso= die 40 anos de idade se inscrevern no mesmo dia para comprar seguro de carro, a seguradors normalmente cobrard um premio mais alto para o adolescente—mesmo se ambos tiverem uumiaficha de dirego “Iimpa”, Resumindo, as empresas competitivas comumente usam discriminacio estatfstica para preencher as lacunas de informagSes que surgem quand «las ndo conseguem prever perfeitamente 0s riscos erecompensas associadas és transes econémicas especifcas. impacto da discriminiagao estatistica nos salarios ‘Vamos teunir todas asinformagdes contidasno curriculo do candidato, a entrevista e qual ‘outro teste de triagem e dar-lhe uma poncuacio de, digamos T. Suponha que a pontuacs deste teste seja perfeitamente correlacionada com a produtividade, de forma que a po! acio de 15 indica que o verdadeiro valor do produto marginal do candidato é de USS pontuacio de 30 indica que o verdadeiro valor do produto marginal é de USS 30 e assim px diante, Seria entdo oferecido a0 candidato um salério igual a pontuagio no teste. E cl que a suposicio de que a pontuaco no teste preveja a produtividade é muito irreal. Algu: candidatos que tiveram uma pontuacio baixa podem ser muito produtivos, a0 passo qu ‘outros que tiveram uma pontuacio alta podem ser fracassos totais. Como resultado, os = pregadores podem querer relacionar o salario oferecido ao candidato ndo apenas a pontuac: T do proprio candidato, mas também a pontuac30 média no teste do grupo do candidato Sob certas circunstincias, a produtividade esperada do candidato sera uma média pos derada da pontuacao no teste dele e a pontuacio média no teste do grupo do candidato™ wears(i-a)F Seo parimetro «é igual 1, © salério do candidato dependera apenas de sua pont: no teste. Pelo fato de o empregador ignorar a média do grupo quando estabelece o salar do trabalhador, este é um caso extremo em que o teste de triagem prevé a produtividade & candidato perfeitamente, O outro extremo é o caso em que o parimetro 0. ¢ igual a zero Equacio (9-4) indica que a propria pontuacio no teste do trabalhador no tem significe ‘endo tem um papel no processo de estabelecimento do salério. Em outras palavras, 1 tung and Starz, “Private Discination and Soll intention Compete Labor Markets” A spo vod pra eae Egvaio G4) ¢ gu 8 ctebigin de eqn co cmmporente no observa de produ timeandat save uma detibigao norm Capitulo 9 Discriminagao no mercado de trabalho 413, Delaes bronco Near core da teste 7 Excore do (a) Brancos tm um escore miso (b)0 teste & um methor gedit mais eerato pra trabahacores broncos Figura 9-5 © impacto da discriminagao estatistica nos salarios (salane oo trabsinador nao depends apenas ce sua propia pontuaGao no tee, mas também da mea de ontuacbes no teste detrababadores neste 910 f9ia. a) Se os Vabalnadoresnegres, na media, tem ume ontuaga0 mals baba do que os brances, um vrabalhadorbranco que btenha T” pontos ganhard als do que.o {robalnador negro com & mesma pontuagao. (0) Seo teste um bam Indcador de produtnidade para abahadores broncos le cotém uma pontuacse alta, entan ganhard mas do que ce negros que tera a mesma pontuace, ‘os brancas com pontuoczo bane Ganarso mai do que of Negros qua também tem pontuacao baa dados reunidos do curriculo e da entrevista nio fornecem informagées suficientes sobre © candidato, eo empregador dependerd totalmente da média do grupo para determinar 0 salétio do trabalhador. O parimetro a, portanto, mede a correlacio entre a pontuac3o no teste ¢a verdadeira produtividade. Quanto mais alto for 0 poder de previsio do teste, mais alto seré o valor de «. A Equacio (9-4) isola duas maneiras distintas nas quais a discriminagio estatistia in fluencia os salirios de minorias e de mulheres. primeira est ilustrada na Figura 95a, a qual mostra a relacao entre salérios ¢ pontuacdes no teste para negros e brancos. A diseri minagio estatistica afta tanto oincercepto quanto a inlinagio das eurvas que relacionam 0s salivios e as pontuagies nos testes. Suponha que a média de pontuacio no teste obtido pelos negros, 7 baixa do que a média de pontuacio no teste dos brancos, Ty, mas a correlagdo entre as pontuagSes nos testes e a produtividade («) 6 a mesma para 0s dois grupos. A Equagio (9-4) sugere entéo quea “linha branca” encontra-se aeima da "linha negra” porque os brancos, na méia, se saem melhor no teste de triagem e ambasas linhas céma mesma inclinacio, Se um trabalhador negro e um branco obtém a mesma pontuacio no teste (I na Figura 9-54), 0 trabalhador branco recebe uma oferta de salério mais alta porque ~ para pontuaco em qualquer reste ~ os empregadores esperam que o candidato branco seja mais produtivo que o negro. ‘Também ¢ possvel que os dois grupos tenham a mesma média de pontuagio no teste (@igamos T), mas esse teste € mais informativo para os brancos do que para os negros. De 414 Economia do trabalho fato, muitas vezes argumenta-se que alguns testes preveem a verdadeira produtivid nnepros e outros grupos imprecisamente por causa do “vis cultural” Os testes padronizad Tandem a ser desenvolvidos por académicos brancos e refletem um conjunto de valor experiéncias da classe média alta que podem no ser familiares para pessoas criad ambientes diferentes. Como resultado, o valor do parametro & poderé diferir entre ne ‘braneos assim como entre homens e mulheres. Por exemplo, se 0 teste é um indica muito ruim de produtividade para homens negros, entao dy seré menor do que Cy "A Figura 9-5 mostra 0 impacto deste tipo de viés cultural nos slérios de brancos © gros Seo teste fosse um indicador muito ruim da produtividade de um trabalhador nee specific, este tipo de vies sugeriria que a linha que relaciona os sakiios ¢ as pontuacts ho teste de negros seria relativamente achatada, Pelo fato de o teste ser um ind bastante imperfeito, os empregadores tratariam a maioria desses trabalhadores com tivessem produtividades relativamente similares e, eonsequentemente, pagariam a ¢ cpldrios relativamence iguais. Em outras palavras, osalirio do trabalhador negro, em j estabelecido com base na média do grupo, ao passo que o salirio do trabalhados brane tctabelecido com base em suas proprias qualificagdes. Os negros que tém uma pontuacs ‘baixa se beneficiam em telSéio aos negros com pontuacées altas, porque o empregador n confia na pontuagao do trabalhador no teste, Como resultado, a discriminacao estat stigere que os negros com pontua¢des baixas ganhardo mas do que os brancos com pon Ges baixas, aso oposto também é verdade para os trabalhadores com pontuagdies © empregador deveria usar as médias de grupos? 0 fato de os empregadores quererem usar estatisticas que descrevem 0 desempenho & ‘grupos em suas decisOes de contrarago levanta uma série de questBes politics importan Talvez a mais importante seja se os empregadores deveriam usar a média de desempenho & tum grupo especifico para prever a produtividade dos membros daquele grupo. Esse debss politico, claro, estérelacionado & questi se deveria haver clasificagoes “de acorloc 1 raga” ou "de acordo com 0 género" das pontuacbes nos testes de emprego. Bsse tipo & “Tassificagio deveria principio, desenvolver uma pontuacio que atribuiria a mesma me de nota para todos os grupos, "A alocacio de trabalhadores em posicBesespecificas centro da empresa é mais eficiense quanto mais informacGes o empregador usar para tomar a decisio de selegfo (contamto qu a informagio seja um indicador valido da produtividade). Embora o 30 de inform thos “esteredtipos de grupos” possa melhorara eficiéncia do mercado de trabalho, ele tar bem eria hiatos raciais e de género nos ganhos e oportunidades de emprego. No entant iphserve que mesmo se os empregadores que visam & maximizagao de lucros sio Forgados = Classifica as pontuagdes no teste ce acordo com a raca ou o género, eles ainda queremn S maximo de informagées ao fixar salrios. A classificacao de acordo com a racac o génen qoandatOrio reduzir’ o poder de previsio dos testes de triagem para todes os traballadores. de forma que os empregadores que visim 8 maximizacao de lucros simplesmente bus 1s Uma andive recente do Nese de dsciinacéo ets, 2 qual usc algumas ds implicates mals suid eee eG akonjond Chas Peet, “Emplyer eaming an Sasa Dsciminetn.* Quarry conor 146 February 2001): 31350. Capitulo 9 Discriminacao no mercado de trabalho 415 ‘outros métodos para prever a produtividade do trabalhador. Se esses sinais alternativos estiverem correlacionads com a raca ou género, a discriminagio estatistica permaneceri como um acessorio nos mercados de trabalho. 9-7_Evidéncias experimentais sobre a discriminacao E muito dificil medi o coficiente de discriminagio de um empregadorespecifico contra negros e outras minorias, ou determinar se um empregador especifco esti envolvido «em discriminacio estatstica, Afinal,¢ilegaldiscriminar com base na rasa, no género ¢ cotigem nacional, assim os empregadores conscientemente nao revelardo seu comporta mento preconceituoso Uma série de estudos tentou contornaresse problema de medida ao conducir experimen tosno mercado de trabalho, Nessesexperimentos, os pesquisadores em geralcontatam um niimero aleatério de empregadores. Os experimentos so inteligentementeelaborados para induzir os empregadores a revelarem suas prefeéncias sobre contratar mulheres ¢ minorias Por exemplo, um estudo recente mostra qc algo aparentemente to indeuo quanto onome de uma pessoa ~¢ ncia que a maiorin'das pessoas faria a respoito do nome dela ~ pode trum impacto considerivel nas oportunidades de emprego de um candidate i vaga. Neste experimento especifco, os pesquisadores enviaram aproximadamente 5 mil curriculosfalsos em resposta a aproximadamente 1,3 mil antincios de empregos que real- ‘mente apareceram nos jornais de Boston ¢ Chicago. O curriculo nao especifcava a raca do candidato; mas os pesquisadores deram uma tea da raga ao dara eles wim nome flso que no tinha nem “um som branco” nem “um som negro”. Entre os nomes com som de Branco estavam Emily Walsh e Greg Baker, enquanto os nomes com som de negro incluiam Lakisha Washington ¢Jamal Jones Além disso, os pesquisadores variavam tm pouco os curticulos em termos das qualficacbes comerciais do eandidato, Alguns curriculos declarayam que 0 candidato tinha muitos anos de experiéncta, ou qu ele havia completado algum tipo de agrau de certfcacio ou, ainda, que ele sabia um idioma estrangeico. Apos enviar os curriculos falsos, os pesquisadores sentaram e esperaram que os em pregadores chamassem os candidatos para uma entrevista, Notavelmente, mantendo cons tantes as quaificagdesno currieulo dos candidates, aqueles cujos nomes tinham o "som de branco” receberam uma chamada para cada dex curriculos enviados. Em contrapartda, 0s candidatos cujo som “soava de negros receberam apenas tuna chamada para cada 15 curriculos enviados. Um candidato negro precsaria de mais oiro anos de experiencia de trabalho para igualaro hiato! A.abordagem experimental foi estenda além do simples ato de enviar carticulos. Alguns pesquisadores realmente enviaram pessoas “experimentais" para as verdadeiras entrevistas 1 Maranno Berta and Serh Mulaiothan, “Ave Emily and Giep Mere Empoyable than Liha ei lem? & Field roetiment on cea core Res Sa Sepemer 2003) 951-1013, 17 He ua dvergina cose ode nomasusaos pokes pis ances eneoas Um etd dos names dos praca canes retda na Calfemaenre 1951 ¢ 2000 decors ue 4% dae meninge near asi ms Clferrn os ‘timos ane, eeeram un me que nenhuma manna branes zc esses acs eeu elena Feta seven Levit, “he Causesand Conzequences ftv Bac Rares,” Quote Jrnl of onamnt 119 (August 008) 767-805, 416 Economia do trabalho Discriminacdo estatistica e 0 Weakest Link (elo mais fraco) Weakest Link ¢ um programa popular de TV na Gra-Bretanha e nos Estados Unidos, em que os participantes competem entre si em uma série de rodadas para obter 0 maior prémio, no qual 6 vencedar leva tudo. Em cada rodada, os participantes se revezam respondendo perguntas ‘tivigis. Quanto rnais longa a série de respostas corretas dadas pelo grupo listo é, quanto mais longa a “corrente”), mais rapidamente © prémio em dinheiro acumula. Na teoria, a formacdo da corrente pode levar 20 grande prémio de USS 1 milhao. Antes de ouvir a pergunta, 0 part clpante "aoosta’ 0 dinheiro na corrente atual; ent esse dinheiro ¢ adicionado ao “caldeirao final comecando uma nova corrente. No entanto, se 0 participante responde incorretamente ‘a dinheiro € perdido e a equipe precisa construir uma nova corrente. Depois de cada rodada, os participantes vatam na eliminagao de um dos membros 4: ‘equipe. Nao ha comunicacao entre os jogadores durante a votacao e o participante que ber o maior nimeto de votos, presumidamente o "elo ms fraco na construc da corrente: sera eliminado do jogo (0s partcipantes tém o ingentivo de eliminar 0s competidores mais fracos durante as rodades iniciais—de forma a alongar a Corrente e aumentar o dinheirono caldeirao do prémio, Porém, em ‘algum pont, os incentivos mudam,e os participantes querem eliminar o participante mais forte, ‘aumentando, assim, suas préprias chances de ganar se eles conseguirem chegar s rodadasfinais Este arranjo pode ser usado para cstinguir entre gosto pela ciscriminacdo e dscriminacao estatistica. Se o5 participantes tém gosto puro em discriminar as minorias, eles votariam teliminagdo dessas minarias em qualquer ponto durante 0 jogo. No entanto, se eles se engejarem tem discriminagao estatistica — onde percebem que os membros dos grupos sao, na médié relativamente menos capazes ~ eles vao querer eliminar as minorias nas rodadas inciai, ma manté-os nas rodadas finsis! Uma andlse estatistica sobre o que 0s participantes realmente fizeram enquanto jogaver> na TV indica que 0s jogadores se engajaram na discriminacao estatistica de hispanicos (q compunham 2,2% dos partcipantes na amostra)¢ também discriminaram jogadores que tinhar pelo menos 50 anos de idade (os quais compunham 79% dos participantes). Em outras palavras, (s participantes estavern dispostas a eliminar os jogadores mais velhos em cada rodada, porér ‘menos dispostes a liminar 05 hispanicos & medida que o jogo prossequia, Fonte: Steven D. Lett, “Testing Theories of Discrimination: Evidence from Weakest Link” Journal of tw ana Economies 48 (October 2008): 31-52 1 fim de verificar como os empregadores reagiriam as caracteristicas desses candidat Nessas “auditorias de contratacfo”, dois candidatos foram similares em todos os aspect exceto que diferiam em suas racas ou géneros, A auditoria de contratacio foi conduzida e= uma série de empresas ¢ 0s dados foram examinados para determinar se os resultados ds ofertas de emprego diferiam entre brancos e negros ou entre homens ¢ mulheres. No vero de 1989, por exemplo, foi conduzica uma auditoria de contratagao de ex: pregadores nas areas de Chicago e San Diego.'* Os empregadores, que estavam tent 2, Employer ting Paces DilferenialTeatmentof Hapa and jo Job Seekers, an Inst 9044, Washington, DC The Urbanist Pres, 1900. Capitulo 9 Discriminagao no mercado de trabalho 417 preencher as vagas as quais requeriam poucas qualificagSes, foram escolhidos aleatoria mente dos classificados na edicio de domingo do Chicago Tribune e do Sar Diego Union. O candidato a0 emprego que participou da auditoria foi um jovem de 22 anos, que estava bem vestido, tinha o diploma do ensino médio, nao tinha antecedentes criminais, possuia alguns créditos na faculdade ¢ um pouco de experiéncia de trabalho como estoquista ¢ gargom. A tiniea diferenca notavel entre o par combinado de candidatos, enviados para uma empresa especifica, era que um deles era hispinico, com um leve sotaque espanhol, cabelos castanhos escuros ¢ pele castanha clara, € © outro era branco, nio hispinico, nfo tina sotaque e com cabelo castanho, loito ou ruivo. Os candidatos fizeram auditorias em 360 empresas ¢ descobriram diferencas sistems ticas na maneira como os empregadores respondiam, Depois de enviados os curriculos, 0 candidato branco tinha 33% de probabilidade de ser entrevistado e 52% de receber uma oferta de emprego. Um estudo das priticas de contratacZo realizado em restaurantes com precos baixos € altos também indicaram que os empregadores valorizam de forma diferente os homens eas mulheres. Homens ¢ mulheres jovens com curriculos idénticos (¢ fiticios) foram enviados para se candidatarem as vagas nos restaurantes da Filadélfia. Um gargom normalmente ganha muito mais em termos de salrios e'gorjetas — em restaurantes com precos altos. Embora os candidatos fossem parecidos no papel, das dez ofertas de empregos em restau. rantes mais baratos,oito foram feitas as mulheres, aa passo que das 13 ofertas de empregos em restaurantes mais earos, 11 foram feitas aos homens. 9-8 Medindo a discriminacao Antes de discutirmos as evidéncias sobre a magnitude e persisténcia dos diferenciais de rios entre racase géneros, descreveremos como os economistas medem a discriminacio no mercado de trabalho. Suponha que haja dois grupos de trabalhadores: homens e mulheres. A miédia de salirio dos homens é dada por ,,¢ a média de salitio das mulheres € dada por W. Uma definicdo possivel da discriminacio & dada pelas diferencas nas médias de salétios, ou AB =, - 8, 5) Esta definigio nao é atraente porque ela compara macs com laranjas. Muitos fato- res, além da discriminacdo, geram diferenciais de saldrios entre homens e mulheres. Os homens, por exemplo, provavelmente teréo mais qualificagdes do que as mulheres. Nao gostariamos de alegar que os empregadores diseriminam mulheres se os homens ganham ‘mais porque, provavelmente, tém mais qualifieagio. Uma definigao mais apropriada da discriminagio no mercado de trabalho compara os salérios de trabalhadores igual mente qualificados, Portanto, gostarfamos de ajustar o diferencial “bruto” de salérios dado por AW para as dliferencas em qualificacdes entre homens e mulheres. Esse ajuste € normalmente conduzido 19 Davis Newmar, Ray J, Bank ad Kye. Van Nat, “Sex Dctimination In Restaurant Hing: An Aut Stic” Qu Joumal of Econo 11 (gst 1996) 515-31 418 Economia do trabalho a0 estimar as regressdes que relacionam os ganhos de homens ¢ mulheres a uma ampla vvariedade de caracteristicas socioeconémicas ¢ de habilidades. Para simplificar a exposigao, suponha que apenas uma variével, educacZo (a qual denotamos por), afeta os ganbos. As fungées de renclimentos para cada um dos dois grupos podem ser descritas como Fungio de rendimento dos homens: why = Oy, + By 5 Pungfo de rendimento das mulheres: wp = e+ Bre : © coeficiente Phy nos diz quanto o salirio de um homem aumenta se ele obtiver mais um ano de escolatidade, enquanto o coeficiente ir mostra a mesma estatistica para uma ‘mulher. Se os empregadores valorizam a educacao adquirida pelas mulheres tanto quanto valorizam a educagio adquirida pelos homens, esses dois coeficientes seriam iguais (de forma que (iy; = By). Similarmente, as ordenadas Gy, € Gy mostram a ordenada do perfil de rendimentos para cada um dos dois grupos. Se as empresas valorizam as qualificacBes de homens e mulheres os quais tém, igualmente, zero ano de educacio, as duas ordenadas seriam as mesmas (ou Gy = Cy) (O modelo de regressio sugere que o diferencial bruto de salérios pode ser descrito como A= y= Bey + Bydy~ Op Be oe onde J, dia média de escolaridade de homens e 5, mostra a média de escolaridade das mulheres, A decomposigao de Oaxaca agora podemos decompor 0 diferencia brute de slérios AW cm uma por que surge los ea eed enon ble, eelshansbes Ane soa geSAL ae atvel a diseriminapio no mereado de wabalhe, Para conduair esta decompose, a ual pettou oer emuhedide comea decoiesieto ds Cai le homaesagen x Rona ensca, que a introdusiu pela primera vez na literatura de economia), usaremos umn traguesigbricoinocene® Vamosadiiona esubeato erm(B x 5 )doladodieco eggao gy erdorteananc ein pniemeeeteaceiege lentil re AR = (ay, 4,48 y — BR + A Bquacio (9-8) demonstra que diferencia bro de saltios consist cm duas partes. & Theres tiverema mesma media de esclaridnde (on, ~ J = 8. Porto, parte do diferenisl bruto de salarios entre eles aparece, porque os dois grupos diferem em suas qualifca 29 Ronald. Oarace, “Maleate Woge Differin Un labor Mosk,” ntenationat 1973) 693.708 vj tober Ronald Obraca ae Mgnadl R. Ransom, "On Dinan andthe Difeenals "Jura oF Eeanametice 61 (Maren 1954" 5:21; and David Cad and Thenas Leica, "Wo3e Diparsen, etn fo Skil and Black White Wlge Dlferetal,” Joura/ oF Eonametes 74 (October 1956) 3195 ampla Capitulo 9 Discriminagao no mercado de trabalho 419 Figura 9-6 Medindo o impacto da discriminacdo nos salérios freee ence ‘mulher media tem 5, anos de deshomere estbandadeeganha dears. Gromem méco te fy 3508 de exndadee gon iy doles Pate do dfrenes brut surge pore o: Ramens tem mats esolidede do que os ruber Seamuherrecebese como sfxse um hore, ea Fungo dereemento ‘es mulheres clade © primeiro termo na equacio seri positivo se os empregadores valorizarem mais a ceducacio de um homem que a educacio de uma mulher (By > fis), 00 se os empregadores simplesmente pagarem mais para os homens que para as mulheres com qualquer nivel de escolaridade, de forma que a ordenada da funcdo de ganhos seré mais alta para 0s homens que para.as mulheres (a, > a). hiato salarial que aparece em razdo do tratamento diferencial entre homens e mulheres € normalmente definido como discriminacio, A Figura 9-6 ilustraa intuicgdo da decomposicio de Oaxaca. Como tracado, a relagdo entre sganhos e educacZo tem ums ordenada maior ¢ uma inclinagao mais ingreme para os homens que para as mulheres. Em outras palavras, os homens comecam com uma vantagem (cles _ganham mais do que as mulheres mesmo se os dois grupos nio tiverem escolaridade algu- em seguida, recebem um pagamento maior para cada ano adicional de escolaridade. ‘Suponha também que, em média, os homens tenham mais escolaridade que as mulheres. © diferencial bruto de salitios entre eles é entio dado pela diferenga vertical Wy ~ Wy ‘A mulher média com J, anos de escolaridade ganbaria w; se ela fosse “tratada como um, homem”. Como resultado, a diferenca (1; ~ 3, pode ser atribuida a discriminagio. Parte do diferencial brat, contudo, também surge porgue os homens tém mais escolaridade que as mulheres. O resultado (®,, ~ w,) &a parte do diferencial atsibuivel as diferentes quali ficages entre homens e mulheres. Para manter a exposicio simples, derivamos a decomposi¢do de Oaxaca em um modelo ‘once ha apenas uma variavel explanatoria na funcio de rendimentos (isto é, a educacio), ‘A decomposicio pode ser facilmente estendida para um modelo em que ha muitas vari: vveis (como idade, experiéncia no mercado de trabalho, estado civil e regio do pais onde © trabalhador vive), O insight bisico é o mesmo: o diferencial bruto de salatios pode set decomposto em uma porcao em virtude das diferentes caracteristicas entre os dois grupos, uma poredo que permanece inexplicada a qual chamamos de discriminacio. 420. Economia do trabalho ‘A decomposigao de Oaxaca realmente mede a discriminacao? Avalidade da medida de discriminag3o obtida da decomposigéo de Oaxaca depende em grande parte se controlarmos todas as dimensbes nas quats as qualificagdes dos dots grep podem dilerir- Se howver algumas caracteristicas nas qualificagdes que afetem os ganhos pas serio deixadas de fora do modelo de regressio, teremos uma medida incorres discriminagio no mercado de trabalho. ‘Na verdade, raramente observamos todas as variiveis que compdem o estoque de capics humano deum trabalhador. A maioria dos conjuntos de informagées, por exemplo, fornecem pouicasinformacées sobre a qualidade da educagZo que um trabalhador especifico reccb {Com oposi¢fo 0 némero de anos que ele frequentou a escola), Se homens e mulheres, negre ‘ brancos, istematicamente, frequentam instituicbes que variam em qualidade, a decomp: Sigao de Oaxaca gera uma medida enviesada da discriminacio, Por exemplo, suponba que bs negros frequentem escolas com qualidade mais baixa. Haverd, cntfo, um hiato salaris entre trabathadores negeos e brancos que tém o mesmo nivel de escolaridade. Portanto, ses neonveto rorular as diferencas de salarios entre os trabalhadores com a mesma escolaridac comb discriminagao porque, na realidade, os trabalhadores nio s4o igualmente qualifcados ‘Como resultado, qualquer um que duvide que a discriminagao tem um papel impo tante no mercado de trabalho pode sempre apontar que uma varidvel foi deixada de fo tdo modelo usado para calcular a decomposigao de Oaxaca. Mesmo se tentarmos incluss tno modelo todas as medidas de qualificagGes que conseguimos pensar ¢ observar, algué inda podera afirmar que omitimos variéveis como a habilidade, o esforgo, a motivacd ‘oimpeto € que essas variaveis diferem entre os grupos, Por outro lado, poderiamos argumentar que definir a discriminag#o como o diferex cial de salérios entre homens e mulheres, negros e brancos, supostamente equivalent: Subestima o impacto da discriminagao na economia. Néo & coincidéncia que os negros = tnenos escolaridade e frequentam escolas com qualidade mais baixa ou que as mulhe: Je tornam professoras primarias, mas ndo se formam como encanadoras ou eletricsts A diseriminacio cultural, assim como o financiamento diferencial de escolas de negros brancos, influencfow 0 acimulo de capital humano dos virios grupos antes de sua er no mervado de trabalho, Embora os empregadores nao sejam os responsivels por diferenciais em qualifica guuém é. Desse modo, uma explicagao mais completa do pacto econdmico da discriminacio nao nivelatia as diferengas entre os grupos ¢ enfoc ‘muito mais o diferencial bruto de salarios. Apesar desses problemas ele interpretagio, a decomposiclo de Oaxaca tem vida pro nos tribunais. Normalmente, os processos de agao coletiva que acusam um empr de comportamento discriminatério sio resolvidos por especialistas musito bem pagos, ¢2 lnrgumentam sobre as estimativas de discriminacio com base na analiseestatistica resus hha Equacio (9-8). Os especialistas contratados pelo reclamante argumentaro que parte do diferencial bruto de salirios ndo pode ser explicada em vermos das diferen {ualifcagbes entre os grupos e, consequentemente,épor dreito chamada de discriminacs Gsespecialistas contratados pelos acusados argumentarao que grande parte do diferencss ‘rato de salérios pode ser explicada pelas diferencas em qualificacbes entre os dois grups qin vista das enormes quantias de dinheiro envolvidas nesses processos judiciais (ass ‘como os altos honoritios de conswltoria pagos para os economistas que fazer tstatistica), ha o potencial para abuso e mat uso da medida de discriminac Capitulo 9 Discriminaga0 no mercado de trabalho 421 No entanto, a discussio deveria nos deixar um pouco eéticos dos fatos que sio descuida damente jogados em um debate sobre a medida de discriminacdo. 9-9 Aplicacgo de politica econdmica: determinantes da taxa salarial entre negros e brancos Em 1995, os trabalhadores negros ganhavam aproximadamente 12% a menos do que os brancos. A Tabcla 9-4 mostra os resultados obtidos de duas decomposigdes alternativas de Oaxaca. A primeira ajusta para as diferengas no nivel de escolaridade, idade, sexo e regiio de residéncia entre os dois grupos. A segunda controla todos esses fatores assim como as diferencas na ocupaco e industria de emprego dos grupos. A extensio da discriminacio medida depende claramente da lista de controles usados. Na primeira decomposicio, as diferencas raciais no nivel educacional, idade ¢ regiso de residéncia geraram um diferen cial de salarios de 8,2% entre os dois grupos, deforma que a discriminaco no mercado de trabalho justifica o residual, ou o hiato salarial de 13,4%. No entanto, se a andlise também ajusta para as diferengas na ocupagio e indiistria de emprego, hd um hiato salarial de 11,4% atribuiveis as diferencas observveis em varidveis sacioeconémicas, e o hiato salarial de ‘apenas” 9,8% que pode scr atribuido a discriminagio no mercado de trabalho. Esse tipo de exercicio levanta uma questo conceitual importante, a qual insinuamos, anteriormente: Qual é 6 conjunto correto de conteoles para serem usados na decomposicio de Oaxaca? Deveriamos calcularas diferencas salariais entre negros e brancos similarmente qualificados, empregados na mesma ocupa¢io e indistria, antes de decidirmos se hi ou nao Aiscriminago no mercado de trabalho? Ou é possfvel que parte das diferengas na ocupacio e indistria do emprego entre negros e brancos seja devido as barreiras que impedem os negros de se mudarem para certos tipos de trabalhos? A escolha correta de controles para a decomposigio Oaxaca normalmente dependera do contexto no qual a discriminacio esta sendo medida, A principal ligdo da Tabela 9-4 & que devemos observar cuidadosa “Jetrinhas” da decomposi¢ao de Oaxaca que estejam ocultas antes de concluirmos que a discriminago tem um papel pequeno ou substancial no mercado de trabalho, Tabela 9-4 ‘A decomposisao de Oaxaca do diferencial de salérios entre negros brancos, 1995 Controlam as diferengas __Controlam as diferengas em ceducagio, dade, sexo, egifo de residéncia eocupagio e indistia Logaritmo do diferencial bruto de salisios -o2i1 Devido as iferencas em qualificasses -o.n14 Devido 0134 0,098 Fonts: spn Akon and Rebeca M. Bln, “Race and Geert the aor ken Ore Asher and Dail Conk ors nliok akr Emami, vl 3C. Amsterd: er 199, Tle 3 Oger do dren desalos ene que dos dos Fripp ser inerpetaiocomo elo ximakiet al 3 len eso pecentunsete ss rope 422 Economia do trabalho 107 _ = ? 4 fos - oe . (is roast sas sho —*685— 0 declinio na participagao de negros na forga de trabalho Apesar do aumento no salério de negros nas iltimas décadas, a taxa de participass jhomens negros na forga de trabalho caiu vertiginosamente. A Figura 9-8 ilustra esta déncia importante. Em meados dos anos de 1950, 85% de homens negros ¢ brancos es. na forca de trabalho. Por volta de 2005, 0 hiato entre as taxas de participacio de neg: brancos era acima de sete pontos percentuais. Suponha que os tabalhadores negros que abandonam o mercado de trabalho ten qualificacbes relasivamente balsas, Isso significaria que a média de salério de negro: halhando aumentaria com o passar do tempo, simplesmente porque 08 negros na cabs inferior da distribuicdo salarial ndo estio mais incluidos nos calculos.”” Em outras pal ‘6 aumento observado no salario de negros nao precisa indicar uma melhoria nas se oportunidades de trabalho, mas poders simplesmente indicar que os menos qualificas nfo esto mais trabalhando. ‘A intuigio que sustenta esta hip6tese esta ilustrada na Figura 9-9, a qual demonst distribuigdo salarial para os negros. Lembre-se de nossa anélise na decisio de oferta de balho no Capitulo 2 em que as pessoas decidem trabalhar ou nfo ao compararem o salérs de resetva com o salério do mercado, Suponha que o salério de reserva de trabalhade rnegros sea inicialmente dado por, que significa que eles podem genhar mais do 4, de trabalho. A média salarial observada na amostra de participantes no mercado <= trabalho é dada por W,, Suponha que, por algum motivo ~ como a introducio de programas de assisten larga escala nos anos de 1960, 0 salirio reserva dos trabalhadores negros tenha aumentads ste aumento (para @,) faz a taxa de participacdo de negros cair no mercado de traball fe aumenta a média salarial de pessoas negras que estdo realmente no mercado para figura. Assim sendo, o deslocamento postivo no salério relativo de homens negros pos ser uma ilusio criada pelo viés de selegio da amostra TH muito desacordo sobre esse tipo de seleco ter ou nao contribuido significameme: te para o aumento no salario relativo de negros. Alguns estudos concluiram que ap tum terco das melhorias no salério relativo de negros entre 1969 € 1989 pode ser atribuid ze Wl Caringon Kein McCue, nd Brook Pec, "sing Establshment Se to Measure the knot TeV ‘Atmatve Aton” Juma of Human Rescues 35 (ure! 2000 503-23 2 ete aumento fone deseo pox Richard. Butera ames. Heckman, "The Goverment’ pac Fee Me satus of ack fercans crea Rees,” in Leona | Hausen. edt, Equa Rit retin Fabions Madion, Wr ndistl Relations Research Associaton, 1877 Capitulo9 Discriminagéo no mereade de trabalho 427, ‘ea de partcpagao 60 1950 Figura 9-8 Taxas de participagao na forca de trabalho de homens por raga, 1955-2005 Fontes: US. Bureau of the Census, Historia Statistics oF the United States, Colonial Times to 1970, Washington, BC: Government Printing Office, 2000, p. 18; Bureau of the Census, Statstical Abstract ofthe United States Washington, DC: Government Printing Office, vrs edicbes, Figura 9-9 O declinio na participacao de negros na forca de trabalho e a média salarial dos negros 520 nego tm salto de reserva ya médias dhservada entre os rabahacores Mi, Seo saaio de reserva aumenta para, a axa de Baispacio de agro n force Ge wabalho calc mécia slariat cbservada enre os trabalhadores aurenta pata. O aumento a0 Sali de ngs é uma "uso" ‘ausada peo dedina na ta de Deticpagao de negros na fica se rsbaho. 20 declinio na participacio da populagdo negra na forca de trabalho, ao passo que outros estudos alegam que grande parte da melhoria percebida se deve ao viés de selecio.28 25 chinhuiuhn, “Labor Market Dropouts and ends in Blck and White Wge," ius ard Laber Relations Revi 56 (uy 2003): 64852, Arsabn Chanda, "iste Convergence the Rcel Wage Gap sry.” Natonel Buea of Ecorame esearch Working Paper 5476, January 2003; and Derek Neal “The Measred Blas White Wage Gop among Women i 0 Sal.” foun of Pokal Economy 112 February 2004) $128, 428 Economia do trabalho Diferencas nao observadas nas qualificagées e o diferencial de salario entre negros e brancos A medlita empirca de dscrimiagio, com base na decomposicio de Onxace, efetivamentes culaohiato salaial entre trabalhadores negros ebrancos que si “estatisticamente sii ou sea cles tém o mesmo niimero de ans de escoasidai, 0 mesmo tempo de experi zo mercado de trabalho, moram na mesma egio trabalham na mesma indistria cassia dante. Como observamos anteriormente, pode haver outrasdiferengas nas qual os dois grupos as quais nio foram observadas. E essas podem explicar parte do dife. salaral que a decomposicio de Oaxaca roula como “discriminacio! Estudos recentes comesaram a investigar se existe ou nao grand parte das diferencs no observadas em qualifcagdes. Alguns desses estudos usam, muitas vezes, uma medias specifica de qualficagdes: a pontuacie no Armed Forces Qualificat Como sugere o nome, esse teste padrio é feito por todos os recrutas do Exército & Estados Unidos. O teste também fot administrado para homens e mulheres amer Existem diferengas raciais consideriveis na pontuagio do AFQT: os negros i tendéncia de pontuat menos que os brancos. Entretanto, mais importante o faro de cessas diferengas raciais na pontuacfo da AFQT explicam praticamente todo o dife de salirios entre estes rabalhadores. Embora a taxa salarial real entre negros e branicos de aproximadamente 0,8, a taxa salarial ajustada entre cles salta para 0,95, uma vez que = diferensas nas pontuasies no AFQT sio ajustadas entre os dois geupos.* Em outras ‘ras, embora o tabalhiador negro gonhe aprosimadamente 20% a menos que 0 trabalhi bbranco, o negro ganha aproximadamente 5% a menos do que o branco que tem a mesma pontuacio no teste de AFQT. Resumindo, muito da diferenca salaal entre trabalhad jovens negros e brancos desaparece uma vez que os dados salariais so ajustados pa difecencas raciais nas pontuagdes do reste Embora existam poucas divides sobre a validade das evdéncias, a interpretagio nfo e clara, © que exatamente a pontuagio no AFQT mede?® Existem evidéncias convincentes ‘que a pontuagio no AFQT nio é uma medida direta da nabilidade ina. As pessoas que t= mais escolaridade ou frequentam melhores escolas tém pontuages mais altss no teste. & pontua¢io, portanto, mede parcialmente as qualificagoes que sfo adquiridas antes dea pesso= entrar no mercado de trabalho. Como resultado, os estudos recentes podem ser interpretac como indicativos de que grande parte do hiatosalarial entre trabalhadores negros ebra nos anos de 1990 pode ser atribuida aos diferenciais em qualificacBes entre os dois g =e aqueles cujas qualificagies foram adquiridas antes da entrada no mercado de trab Esta interpretacio, por sua vez, sugere que a importancia da discriminagio no mer de trabalho norte-americano pode ter diminuido consideravelmente nas tiltimas décadas 220'Nel, The Role of Hunn Captain Eng ferences between Back and White Men": Nan ‘on Blak rite ape Diferences of Diferences nthe Quantty ard Quay of Schosln,” industria and abr Review 47 January 1924) 249-64 ang Dek Nenad Willa A hrson, "The Roi@of Pratt Factosin Blakoho= ‘age Dierences” Jouma of Ftival Economy 104 (October 1956) 36555. *oUimesde bem connec epnao Que spouses do AFA poporonam una bo mide haa naa Henatein and Chols huray, Ie el Cane: ntligence and Cas Stactrein Amaia ite, New Wek: oe Pass, 12 Capitulo 9 Discriminagao no mercado de trabalho 429 a1) Ha muita variagao no tom de pele da populacdo afro-americana, Notavelmente, pesquisas recentes documentam que existem diferencas substancials nos resultados econdmicas dentro dda populacao negra que dependem do tom da pele. Normalmente, os affo-americanos com ‘um tom de pele mais claro térn mats educacio e gankam mais do que os afro-americanos com tons de pele mais escuros, Em uma pesquisa recente, por exemplo, o homem branco médio ganhava USS 15,94 @ hora. Foi pedido aos negros que classificassem seu tom de pele em trés categorias: negro-clao, rnegro-médio ou negro-escuro, Os afro-americanos que indicaram um tom de pele mais claro ‘ganhavam USS 14,42, aqueles com tom de pele médio ganhavam USS 13,23, e aqueles com ‘um tom mais escuro ganhavam USS 11,72. Além disso, essas diferencas salariais permanecem ‘mesmo depois de controler as diferencas observadas nas caracteristicas sacioeconémicas, incluindo educacao e idade. © negro com tom de pele clara ganhava aproximadamente 6 ‘mesmo que o homer branco comparavelmente qualificado, a0 pass0 que 0s negros com tom de pele escuro ganhavam aproximadamente 10%.a menos. Existem muitas explicacdes potenciais para 0 elo entre tom de pele eos resultados socioeco- ‘némicos. Por exemplo, pode ser que afro-americanos com tons de pele mais claros sejam Considerados mais atraentes, e sabemos que “beleza" leva a melhores resultadas no mercado de trabalho. Alternativamente, um tom de pele mais claro ajuda a quebrar algurmas das bar. reiras de segregacao racial e melhora 0 acesso a melhores escolas e empregos. Embora ainda nao saibamos por que o mercado de trabalho recompensa alguns tons de pele do que outros, © estudo dessas diferencas poderé aumentar nosso entendimento do por que as diferencas racials persistem nos Estados Unidos. Fontes: vthur Hi, Goldsmith, Darck Hamiton ane Wiliam Dart Ir, “Shades of Discrimination: Skin Tone ond \iages," American Economic Renew 96 ay 2006) 242-45; and Joni Hersch, “skin-Tone fects among Afican ‘Amencans Perceptions and Realty," American Econamic Review 96 (May 2006): 251-55 9-10 _Discriminacdo de outros grupos (Oreaparecimento da imigtagao em larga escala nas diltimas décadas alterou grandemente © mix racial e 6rnico da populacio dos Estados Unidos e acendeu o interesse em documentar © processo de determinacio de salérios para outros grupos raciais e étnicos. ( crescimento da populacéo hispinica nos Estados Unidos é surpreendente. Em 1980, os hispinicos compunham apenas 6,4% da populagio, em comparagio a 11,7% dos negros. Por volta de 2002, os hispnicos haviam se tornado 0 maior grupo de minorias, englobando 13,4% da populaco, mas a proporcZo de negros aumentou em apenas um ponte percentual, para 12,7%. 31 uma ante sbangente do stots econrica de istnicos # dads por Gregory Deets, neque at Work: Hips ‘nthe US Labor Market, NewYork: Oxford Universi ess, 1991, 22 Asta estmatias do taranho de popula dos Estados Uidos por raga ebia encntam-ae noite no pee ‘ens gvfpopestesimates. 430 Economia do trabalho A Figura 9-10 ilustra a tendéncia na taxa salarial entre hispanicos e brancos, Essa eclinou entre 1980 ¢ 2000 para homens e mulheres hispanicos. Entretanto, pelo fato de rnlimero de imigrantes hispénicos crescer substancialmente durante este periodo, 0 declin nna taxa salarial observada entre hispinicos e no hispdnicos reflete a composicio alters dessa populacio, e nao uma desvantagem crescente para um grupo fixo de trabalhador: Também vale observar que a populacio hispanica nao é um mondlitotinico, mas € comp: de muitos subgrupos, incluindo mexicanos, porto-riquenhos, cubanos, nicaraguenses ¢ co bianos. Como relatado na Tabela 95, existem consideriveis diferencas no nivel de escolar «eganhos nfo apenas entte hispinicos e no hispanicos, mas também entre os grupos que com ‘poem populacio hispanica, Em 2004, 8,1% dos homens mexicans eram desistentes do ens zmédio e apenas 7.9% eram formados em universidades. Em contrapartida, “apenas” 28,2% & porto-riquenhos eram desistentes do ensino médio 14,1% eram formaclos em universida ara colocar esses ntimeros em perspectiva, observe que apenas 10% de brancos nao hispin ‘eram desistentes do ensino médio e quase um terco eram formandos em universidades. ‘Um estudo detalhado do diferencial de saldtios entre homens de origem mexicans brancos nao hispinicos concluiu que mais de trés quartos do hiato salarial substanciale (0s dois geupos pode ser atribuido as diferencas nas medidas de qualificagSes observada: Em outras palavras, o maior grupo de hispanico-americanos ganha menos, nfo por cass a “hispanidade”, mas porque eles sfio menos qualificados. A populacio asistica também eresceu rapidamente nas tiltimas trés décadas. Em 19 apenas 1,3% da populacio era de arigem asiatica. Por volta de 2002, a participagao de asi nna populagZo havia quase triplicado, para 4,1%. A Figura 9-10 também ilustra a tendé: disponivel nos dados para a taxa salarial entre asiaticos e brancos. Essas taxas flutuam 1,0 1,1 para homens e mulheres. Em outras palavras, parece que a pessoa com descene Gia asidtica nos Estados Unidos tem uma pequena vantagem salarial sobre os trabalhador= brancos. Essa vantagem pode ser atribuida ao fato de que muitos trabalhadores asiiti tém niveis de qualificacZo relativamente altos.!* 9-11 Aplicagao de politica econmica determinantes da razéo salarial entre mulheres e homens diferencial de salérios mais antigo documentado entre homens e mulheres di Antigo Testamento: ‘0 Senhosfatou para Moisése dise: Fale com osisraelitas com essas palavras, Quando ‘um homem faz um voto especial para o Senhor,o qual requer valoragio de pessoas vivas, um homem entre 20 ¢ 50 anos de dade deve set valorizado com 50 shekels prata, ito 6, shekels pelo padrio sagrado. Se for uma mulher, ela deve servalorizada em 30 shekels, (Levitico 2721-4) Spon To "Wy Oo Mean Aecans arn Low Wages" Jounal of Pla canon Y05 (December 1997123 34 Bary R Cis, “An Anas ofthe faings and Emplaynet of Asar-Amesican Men” ouma f Labor Ec 1 gi 1983; 197-214 Capitulo 9 Discriminagdo no mercado de trabalho 431 ulberes asa Homens sitios Mulhereshispanicas 0 1a7S «19808 199s 2000 «2005-2010 Figura 9-10 Tendéncia na taxa de ganhos de hispanicos e asiaticos, 1974-2005 antes US. Bureau ofthe Census, “Hstarcal Income Tables-People" Tables P-3BC and P-28D;“Ful-Time Yearound fslon and Hispanic Workers by Median Earns 3nd Sex,” ww.cas gouhheul want ecm scrdmentes efter 208 gan mes de rabalacores em tempo anos de {dade ourmas,O denommador ns tas fepreserta os garhes de homens emul Tabela 9-5, Nivel de escolaridade e ganhos de hispanicos, 2004 Média de ganhos Nivel de escolaridade (em USS 1 mil) Poreentagem de Porcentagem de Aesistentes do formandos em fensino médio __faculdades Homens __ Mulheres ‘Todos os ispanicos UsS252US$22.4 Mesicanos 249 214 Porto riquenhos 17 270 ‘Cubanos 220. COrigem na América Central 97 m2 9.0 Brancos nio hispinicos 100 448. 321 ne: US. Deparonent of Labor, Burau of Labor Sesinicy “pan in the Ue Sse, 200 March CPS hormesis population’ war océeme ups, Os das de eclsad eferem se popula come Tra dea sto de Unde duos mea sobre os ganos de ebalbadores e tempo intra, por tsa oan, com mai de 15 432 Economia do trabalho 11 de setembro e os ganhos de arabes e muculmanos nos Estados Unido: Grande nimero de pessoas que falava alemao morava nos Estados Unidos, no inicio da Prin Guerra Mundial. Esta guerra encorajou muitos Estados a decretarem estatutos direcionar especificamente para esta populacio. Por exemplo, o Harvard Encyclopedia of American € Groups relatou que, “por volta do verde de 1918, aproximadamente metade dos Estadi Estados Unidos haviam restringido ou eliminado o ensino de alemao nas escolas, €vérios reduziram aliberdade de falar alemao em publica... nimero total de publicacdes em ale declinou de 554, em 1910, para 234, em 1920) A reacho contra @ populacéo arabe e muculmana que mara nos Estados Unidos depoi 1 de setembro nao foi tao grave — ea reacao certamente nao fazia parte de urn esforco har rizado pelas unidades governamentais em decretar regulamientacoes espectficas. Mesmo a as emogoes liberadas pelo ataque terrorsta provavelmente aumentou o preconceite contra populacao, esto parece ter afztado os resultados no mercado de trabalho dos grupos alme\= © preconceito foi muito bem documentado. Havia relatos de aumento nas atividades d= ime racial contra érabes e muculmanos depois do 11 de setemiro. As estaisticas do Fal ddados locais sobre crimes relataram um aumento no numero de crimes contra esses gr ppouco depois do ataque. A reacéo emocional se espalhou pelo mercado de trabalho. Are fe muculmanos relatavam discriminagdo crescente no trabalha e, no inicio de 2002, 0 Cor de Oportunidade Igual de Emprego dos Estados Unidos havia recebido 488 reclamacées iscriminacao relacionada 20 11 de setembro, incluindo 301 demissoes. Um estudo detalhado descobriu que o ganho semanal de homens érabes e muculm: caiu em aproximadamente 10% subsequentes ao ataque. A reducao em ganhos, port ‘no parece ter sido duradoura, A redugéo de salarios foi significativamente menor por volta 2008. Também é interessante verficar que o impacto salarial do ataque afetou praticam todos os homens drabes ou muculmanos ~indenendente de sua educacao, status de imigr «@ pais de origem. Também é notavel que a reducdo em ganhos fosse maior naquela ‘em que relataram um aumento maior nos crimes de Odio relacionados ao viés da religizo, cetia e do pats de origem, Fortes: Katleen M. Conzen, “Germans,” in Stephen Themstrom, eitr, Harvard Encyclopet of Am Ethnic Groups, Cambridge, MA: Harvard Universi res, 1980, p. 423; and Neeraj Kaushal, Raber Ke and Cordelia femers, “Labor Market effects of September 1th on Arab and Muslim Residents of the Une States" Journal of Human Resources &2 (Spring 2007) 275-308, Por volta do final de 1990, a taxa salarial biblica de 0,6 entre homens e mulheres he aumentado para 0,64 no Japio, 0,75 no Reino Unido e 0,76 nos Estados Unidos litera sobre os diferencias de salrio entre homens ¢ mulheres foca em uma questio simples: Qa fatores explicam a existéncia e persisténcia do enorme hiato salarial?¥* Franco, Bas and smenceM Kar, “Gender Diller in Pay, Jowell onc onpectins 6 (Auta 35 Ui bom etc da erature que examine as tendéecias em resultados sccceconéicas encodes or stador Undo dado por fancne. Bla, “ends nthe Well Beng of American Women, 1970-1995," ural of Literate 36 arch 1988 112-85. Capitulo 9 Discriminagao no mercado de trabalho 433 Tabela 9-6 ‘A.decomposicao de Oaxaca do diferencial de salarios entre mulheres e homens, 1995 ‘Controla.as diferensas em Controls as diferengas em educagio, ‘educagio, dade, sexo ‘dade, sexo, regito de residéncia, regio de res ‘ocupacio e indistria Logarlimo do diferencia “0286 “0.286 bruto de saliios Em rarfo das diferensas em 0.076 ‘ualificagbes Em virtude da diseriminagd0 0279 021 ore sep G. Atal and Rebaca Mt, Blank, “Race and Genes the Labor ake in Onley Asenher and Dani Cad tors Hanthoc of abr Econom, 3, Anatefan: Eker, 199, Table 5. © git do fren desir ere ‘Sulsucrm ds rapes pe sr nrg comnsendo aproximdamente gil ap derens do sls pecentuss eels A lacuna salarial entre mulheres e homéris e experiéncia no mercado de trabalho Hi um debate continuo sobre quanto do difevencial de salarios entre home manece depois de controlarmos as diferencas nas caracteristicas socioecondmicas entre os dois grupos. Como mostra a Tabela 9-6, em 1995, as mulheres ganhavam aproximadamente 28,6% a menos do que os homens. As diferengas em educagao, idade e regio de residéncia .gera um hiato salarial apenas trivial entre eles, aproximadamente 0,8%. Mesmo depois de ajustar a ocupasdo e aindiistria, as diferencas nas caracteristicas socioecondmicas observiveis centre 0s dois grupos geram um hiato salarial de apenas 7,6%. Nao nos surpreende que as diferencas em género em tais variaveis, como nivel de escolaridade, regia de residéncia © idade, nio expliquem grande parte do hiato salarial de género. Afinal, o homem ea mulher tém relativamente 0 mesmo nivel de educacdo, a mesma idade ¢ moram no mesmo lugar, Como resultado, a discriminacio, na visio de Oaxaca, & responsivel por grande parte do hiato salarial entre homens e mulheres. As decomposices de Oaxaca relatadas na Tabela 9-6, portanto, ignoram uma determi nante-chave dos ganhos de mulheres. Fmbora 2s decomposicées controlem para as dife rengas em idade entre homens e mulheres, elas ignoram 0 fato de que ambos, em idades similares, tém historicos no mercado de trabalho bastante diferentes.” Nao é raro mi mulheres casadas deixarem o mercado de trabalho durante os anos de criagio dos filhos No final dos anos de 1960, por exemplo, a trajetoria da carreira da mulher tipiea consistia de um periodo de trés a quatro anos de emprego apés ela completar a educacio, seguido por um period de sete anos no sexor doméstico, e entio retornar permanentemente para fo mercado de trabalho, Esta trajev6ria de carreira “tipica” esti mudando rapidamente nos Estados Unidos. Mesmo assim, por volta do final de 1980, a mulher tipica trabalhava apenas 59 As decomp relatats na aboareakmene se ajustam pata as erences na “expetiéncla no mecado de vabalho poten dein coma tle com menos cinco anos eazlvigade Uma ee que decomposes tmbimconlam 434 Economia do trabalho Ore esecur EMME ects Por muitas décadas, os mdsicos que tocavam nes principals orquestras sinf6nicas dos Es! Unidos eram escolhidos a dedo pelo diretar de musica da orquestra. O diretor normalment= testava 08 alunos de um grupo seleto de professores e escolhia sozinho 0 vencedor. processo de contratacao normalmente levava a uma orquestra sinfdnica formada quase que texclusivamente por misicos do sexo masculina. A orquestra sinfonica tipica tinha aproxima- damente 100 misicos, e menos de 10 deles eram mulheres, ‘Commo parte de um esforco pata fazer este processo de contratacao mais justo e aumenta a diversidede dos membros da orquestra, as principais orquestras adotaram um processo o teste "as cegas” nos anos 1980 e 1990, Os cantidatos a uma posicao na orquestre tocavam uma obra musical attds de uma cortina, normalmente uma cortina pesada, do teto até 0 chao (0 diretor de masica e outras pessoas envolvidas na decisdo de contratac3o podiam ouvir © candidato tocar, mas nao podam vé-lo. ‘As introduc&es de testes as cogas aumentaram grandemente a representacao de mulheres principais orquestrassinfénicas. © uso da cortina aumentou em 50% a probabilidade de mulheres iasicas avancarem além das.rodadas preliminares. Por volta de 1990, mais de 20% dos miso nas principais orquestrassinfonicas eram mulheres, e aproximadamente metade do aumento rnumero delas nas orquestras pode ser ciretamente rastreado para a adocao do processo de test as cegas. Fome: Claudia Goin and Cecia Rouse, “Orchestrating Impartty: The Impact of Bin Auitions on Female Fuscians" American Economie Review 90 (September 2000): 715-81 71% de seus anos potenciais de experiencia no mercado de trabalho. Em contrapartida, homem tipico trabalhava aproximadamente 93% de seus anos potenciais.5 ‘Argumenta-se que a descontinuidade na relagio no mercado de trabalho de mult res ajuda a explicar uma parte substancial do hiato salarial de género.” Este argument pode ser facilmente declarado. O capital humano é mais lucrative quanto mais longo ‘0 periodo de recompensa sobre o qual os retornos sobre investimento podem ser co tados. Considere as recompensas de investimentos em capital humano feitos pelos now participantes no mercado de trabalho. O capital humano adquirido pelos homens te: lum periodo de recompensa longo, por isso grande parte dos homens espera participar n ‘mercado de trabalho durante coda sua vida. Em contrapartida, algumas mulheres espe dedicar tempo para o setor doméstico, reduzindo o periodo de recompense ¢ reduzindo ‘retorno sobre os investimentos. Nao seria nenhuma suxpresa se as mulheres, em média adquirissem menos capital humano. 28 Francine. Blau end Lantence Kahn, “Swimming Upstear: Tend inthe Gender Wage Drenalin the 1980 Juana of Labor Economics 15 Jsmuary 1987) 1-2; ne Nel nd Solomon Plachk, "Why the Gonder Ga Naomi the 1980 Journal f Labor ceramics 11 Jann 1993, Part I): 205-28; Ane ill and Jove EO Ieraort Change in Women’ Labor Mate Sau,” Research on abr Economies 13 (1982) 215-6; ad Shirky S Reve Worse Toles Rel 197980 Experience," Moh Labor Review 108 August 1985} 23-20, 3 cob Mince nd Sokorion W. Polack, "ami ovesiments in Huran Copia Earning of Women," Jurnafof Pots onary 62 (Mare 1974 Supple 75-5108 Capitulo 9 Discriminagao no mercado de trabalho 435 Além disso, o capital humano que uma mulher adquire de certa maneira se depreciard durante os anos nos quais ela est envolvida na producao doméstica, Afinal, qualificagoes ‘que nio sio usedas ou mantidas atualizadas so esquecidas ou tornam-se obsoletas. O valor do estoque de capital humano da mulher &, portanto, reduzido pela sua conexao intermi: tente no mercado de trabalho. Esta hipétese sugere que a descontinuidade na oferta de trabalho das mulheres durante © ciclo de vida gera um hiato salarial de genero por dois motives distintos. Primeiro, ela cia um diferencial de salarios, porque os homens tém a tendéncia de adquirir mais capital ‘humano. Segundo, os anos de criacio de filhos aumentam o hiato salarial, porque as qua: lificagbes das mulheres tém a tendéncia de se depreciar durante este periodo, Em geral, as 'ssuportam a hipétese, embora haja um desacordo sobre quanto do hiato salarial entre homens e mulheres pode ser explicado pelas diferengas nos histéri os do mercado de trabalho.” Um exemplo claro do impacto da experiéncia no mercado de trabalho no hiato salarial de género é propozcionado por um estudo de experigncias em pés-graduacio da faculdade de Dizcito da Universidade de Michigan, classes de 1973 a 1975. Quinze anos apés a formatura, os advogados ganhavam USS 141 mil anualmente ‘em comparagZo a apenas USS 86 mil para as advogadas. No entanto, dois tercos desse hiato salarial pode ser explicado pelas diferengas nos hist6ricos de trabalho de advogados homens e mulheres. Por exemplo, se uma advogada decidisse trabalhar meio periodo por és anos para cuidar de seus filhos, como muitas mulheres fizeram, seus ganhos seriam ppermanentemente reduzidos em 17%! Essa reducio salarial pode ocorrer porque uma conexio em tempo integral com a profissio engrandece a base de clientes do advogado ¢ aurmenta 1 oportunidades para avanco de carreira, Obviamente, este estudo nfo encerra 0 debate sobre esta questo importante. Mesmo_ assim, embora haja desacordo sobre a extensio na qual a histéria de capital humano possa cexplicar 0 hiato salarial de género, agora as diferencas em acumulagio de capital humano centre homens e mulheres so amplamente accitas.** ‘Apesar de sua infiuéncia, o modelo do capital humano enfrenta um obsticulo conceitual importante. A explieacao do capital humano dos diferenciais de salirio entre os géneros declara que as mulheres tém perfodos mais curtos de recompensa, porque elas investem The Theory af Huan Capital and the Earrings of Women: A Ressaminatonf the ces 13 ner 1978 103-17 May Cotcaran and Ge) Duncan, "Werk stony 13 aringe Dil sures 1 Wit 1979} 3-20, and Dona Cox, “Pavel Esimates ofthe fet of Carer Ineruptone en th Erg of Wren" Eee guy 22 eens para babo na dsr buao de qualfcabes vel Per Andes Edn and Magn Guten, Te Out of Work and Shi Depecit and Labor lions Review 8 anvsty 2008) 16380. Corcoran ar aul N. Courant, “Pay Dileronces among the Hghly Pac: The Male Feml £2 Desde 1903 fn and Mecca Leave Act FMLA) nos Estados Unidos aia qua tendes empresas (cam maé de 50 rbhaores)conceam hence no pata deat 1 vranas para a furcloatas que grecam cst Ge un bebe ree asi ou um meio da fai qu eta deeme legac, eae, gaan 4 multe ode rn seus empregos depos de un cut pete de wre fora enquata cuando rang recente. Sspoivessugerem que es muheescaberas ela PULA perder ito mas cme rested de sub era idee Ve are Waldoe, "The arly Gap for Young Women the Une Statae and tan Con Maem Lear Make Diference?," Jour o Labor Beans 16 uly 1955 505-45, Crier | Rm, "The conamie Coneaguence= of Parental Leave Nardates Lesans fom Euope, "Quart Jona of Ecnames 112 Febuaty 1988) 285317, a one Walon, “amy and Medical Loe: uence rm the 2000 Suey," Mani abr Review 124 Sepembe 2001) 17-2, 436 Economia do trabalho ‘menos em treinamento no local de trabalho e outras formas de capital humano e, con: quentemente, tém salitios mais baixos. As pessoas com salérios baixos, no entamto, & ‘menos incentivos para trabalhas, De fato, temos um problema. “Quem veio primeiro, = galinha ou 0 ovo?".% a fraca conexio da mulher com o trabalho levou a taxas salariais mai baixas (por meio de reducio nos investimentos em capital humano)? Ou as taxas salar ‘mais baixas talvez que cenham surgido da discriminagio) levam a uma conexao de trabal ‘mais fraca? Os problemas estatisticos introduzidos por esses efeitos de feedback si di de resolver ¢ sio 0s t6picos de pesquisas recentes. Agrupamento ocupacional (ocupational crowding) Ha muita segregacdo ocupacional entre homens e mulheres no mercado de trabalho. Com demonstra a Tabela 9-7, pouco menos de 5% dos mecanicos e engenheiros de aeronav mulheres, mas 95% de professores de jardim da infancia e recepcionistas sio mulheres ‘Uma explicacdo desta diferenca baséada na discriminacao, conhecida como a hipét agrupamento ocupacional, argumenta que as mulheres sfo intencionalmente segrega ocupagées especificas.*5 Este agrupamento nio precisa ser resultado de discriminagio pel funciondrios do sexo masculino, mas podem ser simplesmente o resultado de um clima socis no quial as mulheres jovens sio ensinadas que algumas ocupagdes “no sio para garotas" < consequentemente, sio canalizadas para os empregos mais “apropriados’. O agrupament de mulheres em um némero relativamente pequeno de ocupacGes inevitavelmente reduz co salirio de empregos considerados "para mulheres” e gera um hiato salarial de género. Uma série de estudos investiga a relacio entre o salirio em uma ocupacio especif co emprego relativo de mulheres naquela ocupacao. Esses estudos normalmente descol que 6s “empregos para mulheres” pagam salérios mais baixos ~ mesmo depois de mai constante o capital humano do trabalhador e outras caracteristicas socioeconémicas. estudo recente, por exemplo, descobriu que uma mulher que trabalha em uma ocupacs em que pelo menos 75% de seus colegas sejam mulheres, ganha aproximadamente 14 ‘menos do que uma mulher que trabalha em uma ocupacio em que mais de 75% de colegas de trabalho sejam homens, O estudo também relaca que os homens que trabalba ‘em uma ocupacio em que as mulheres predominam, ganham aproximadamente 14% = ‘menos do que um homem que trabalha em uma ocupacio em que os homens predominam, £3 Reuben Grona, “Ser-Reates Waga Deets ana Women’ intruptd Labor CarersThe Chicken or the faunal of tober Ecos 6 Uy 1988); 277-01, and Dad Neumark, “Sex Dsrmninaon and Women’ Labor M (utcomes,” fourm of Minan Resourcas 30 (Fl 1995) 7640, sects do reegeco cupaional nue Andes H Sle, “Tends in eapacrl Serato by Sexana TB8t," in Butbaa eRe, edn, Sox Storegation Inthe Workplace ends, Explanations, and Remedies, shin Navona eaemy res 1968 Deborah Anderson, Francee Bau andPaticia Simpson, “Contining Mgrs? lenin pattoralSogegnton ove the 1970 an 1980," Feminist Eonami Fal 1958, 2971 and Niche! 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Um exemplo evidente de agrupamento ocupacional é dado pt arreiras do casamento, que restringia 0 emprego de mulheres casadas em alguns setores do mercado de trabalho dos Estados Unidos, no final dos anos de 1800 até aproximadamente 1950." As barreiras do casamento proibiam as mulheres casadas de trabalharem, principalmente nos offcios de professores e recepcionistas. As mulheres casadas que procuravam emprego aixos, independence nessas ocupacdes nio seriam contratadas, e mulheres solteiras empregadas nesses offcios eram muitas vezes demitidas quanda se casavam. ! no afetaram o status de emprego de mulheres contratadas como gargonetes, empregadas domésticas e em empregos de manufatura, As barreiras, portanto, podem ser interpreta das como um dispositive que tirou mulheres bem educadas do mercado de trabalho ou as colocou em trabalhos 4) barreiras do casam agam menos. 438 Economia do trabalho Embora muito das nfluéncias sexistas que resultam em segregagio ocupacional pode= ainda estar em operagio, modelo do capital humano proporciona uma explicacao alt= nativa, “do lado da oferta’, de por que as mulheres racionalmente escolhem certas 0 ‘g6es¢ evitam outras. Algumas ocupagées (por exemplo, professoras de jardim de inf ‘ou trabalhadoras em creches) requerem qualificagées que nao precisam ser atualiza frequentemente, 20 passo que outras ocupagdes (como pianistas de concertos ou fisic nucleates) requerem caracteristicas que precisam ser atualizadas constantemente. As m= Iheres que desejam maximizar o valor presente dos ganhos 2o longo da vida nao entra em ocupacies onde suas qualificacées serio rapidamente depreciadas durante os anos elas despenderam no setor doméstco. Existem algumas evidéncias indicando que as mulheres tém a tendéncia de escol ‘ocupagbes que maximizam os ganhos ao longo da vida.*® Por exemplo, elas trabalham. cocupacées onde a depreciacio de suas qualificagBes s¥o menos provveis, de forma ‘ém saldrios mais altos quando de sua reentrada do setor doméstico. Além disso, a escols= da carreira universitiria pela mulher (a-qual obviamente abre as portas para empres especificos) é parcialmente determinada pelas suas habilidades inaras, de forma que as Iheres ndo estio sendo intencionalmente “canalizadas” para graus especificos. Por exem; aquelas que tém uma boa pontuacio em testes padronizados de habilidades matemétic= tema tendéncia de entrar em campos mais técnicos.? A tendéncia na taxa salarial entre mulheres e homens Atendéncia histérica na taxa salarial entre mulheres homens no mercado de trabalho & Estados Unidos esté ilustrada na Figura 9-11. Entre as pessoas que trabalharam em temps integeal, o ano todo, a taxa salarial entre mulheres ¢ homens flutuow ao redor de 0,6, 1960 ¢ 1980, No entanto, no inicio dos anos 1980, a taxa salarial entre mulheres e hom aumentou rapidamente e chegou a 0,77 por volta de 200. © fato de que a taxa salarial era aproximadamente constante nos anos de 1960.2 197% ndo significa necessariamente que o status econdmico das mulheres nao methorou duran essas décadas, A taxa de participacio de mulheres no mercado de trabalho estava aume= tando rapidamente, ao mesmo tempo, de forma que a média salarial das mulheres em em 1980 foi calculada em amosteas bastante diferentes das mulheres que fi trabalhav Suponha, por exemplo, que os mais novos participantes no mercado de trabalho tink= salirios mais baixos do que as mulheres que ja estavam trabalhando. A adigZo de pes com salarios mais baixos 4 amostra de mulheres mascararia qualquer methoria nos sal delas com o passar do tempo, O resultado € que os dados indicam uma melhoria subs cial nos salirios mesmo antes de 1980, uma vez que controlamos esses efeitos de coor 18 Soloman W: Folachek, “Occupational St-Seecon: A Human Caplal Approach to Se ferences in Cc Struct,” Renew of Eeanomis an Sab 63 February 1981): 60.63. Pat ua aaao cca da end, ve England, “The Faure of Human Capital Thor to Blain captions Sox Seeegatin,” ual of Human ‘Sure’ 1982) 35870. {9 taton Fagin and Anthony Rul, “Heterogeneau man Capt, Occupational Choe, snl Male Ferale Erm Differences," Journal of tabor Econom 8 Uanvary 1980) 123-24; and Arthur Blakemore and Sart. Lo, “Se Difefence in Occupational eacton: The Case of Colege Majo,” Rovian of Economics and Stats 86 (Fe 1984) 157.63 Capitulo 9 Discriminag30 no mercado de trabalho 439 Figura 9-11 Tendencias na razio de rendimentos entre mulheres e homens, 1967-2005 Fontes: US. Bueau ofthe CCensue, “Historia Income les-People,” Table P-a0, "Women's Earnings 2 Percentage of Men's Earings by Race and Hispanie Origin.” wiv. ‘census gov/hnesfivreincams os: histne/pd0. html. Os dados 1860 1565 1990 1975 1980 1885 155d 199s 2000 2005 2010 feferem 205 rencimentos médios ani te tabalhadores om tempo tesa por ase 0 ane, com mas de 15 anos de idee. De fato, a taxa de crescimento do salério das mulheres era 20% mais alta do que a taxa de crescimento de salario dos homens antes de 1980.°° Como vimos, a desigualdade salavial aumentou ~ mesmo dentro de grupos qualificados nos anos de 1980 ¢ 1990, Espera-se que este aumento na desigualdade salarial amplie ainda ‘mais o hato salarial entre homens e mulheres, Entretanto, como revelaa Figura 9-1, 0 status econémico das mulheres melhorou rapidamente nos anos de 1980 ¢ 1990, Um estudo detalhado dessa tendéncia conclu que a melhoria elativa nos salavios das mulheres pode ser atribuida principalmente a um aumento de sua experiéncia no mercado de trabalho, Talve7. 50% do aumento na razio salaial entre mulheres ¢ homens so atribuiveis& conexdo de trabalho crescente das mulheres americanas.*' Também parece haver um declino em até que ponto homens e mulheres sio tratados diferentemente pelo mercado de trabalho ~ no sentido de «que o hiato na taxa de rerorno das qualifcagBes entre ambos diminuiu durante o periodo. Embora pareca quea ampla adocio dos programas de aco afirmativa possa ser respon: svel pelo aumento na taxa salarial entre homens e mulheres, hi poucas evidencias que corroborem esta asseredo, Os dados sugerem que a acio afirmativa teve um fr. nos prospectos de emprego de mulheres brancas, mas teve um impacto cons mulheres negras. Por exemplo, os contratados federais empregaram 28% de todas as mu Theres brancas que trabalhavam em 1970, mas apenas 30% em 1980. Em contrapartida, 0s contratados federais empregaram 35% de mulheres negras nos anos de 1970, mas quase metade de todas as mulheres negras por volta de 1980. Assim, a aco afirmativa induz tum enorme aumento na demanda dessas empresas por mulheres negra. Estas foram as principais beneficidrias porque efetivamente “permitem que as empresas preencham duas cotas pelo preco de uma’.s2 13 Smith and Michel Ward, “Women nthe Lobor Maths andi the Foi" Jounal of Economie Respects 3 eer 1969: 9-23, ar une ONG, "The Tend the Me-Fende Wage Gap nthe Unite Sate," Joural of labor cones 3Uanuon 19855 91-116 5 Bou and Kal, "Suinming Usatia: Tenn the Gender Wage Deena hy 19805; lne ON ad Slr Po ‘ache, "Why the Gender Gap 0 WgesNanwedia te 198," Jour abor Ecnomics 11 Usruary 1903, Pat 1205-28 52 Sith red 6, “Weman nthe Labe taka andi the Fi 440 Economia do trabalho Valor comparavel 0 fraco impacto dos programas de aco afirmativa no bem-estar econdmico de mulhe= brancas levou alguns observadores a propor que os empregacores adotassem progr== de valor comparivel (comparable worth).® O programa de valor comparével tipico == consultores de fora para estudar os empregos em uma empresa especifica. Os empress so avaliados em termos de qualificagdes ¢ esforcos necessarios para conduzir uma especifica, o nivel de responsabilidade associado ao emprego, as condigdes de traballs assim por diante, Pontos sio atribuidos a cada um desses atributos € uma “pontuai emprego” é calculada. Os cargos que tém pontuacées iguais deveriam ter salarios igus Pela sua prépria natureza, os programas de valor companivel quebram a relasao slévio e as condigées do mercado de trabalho. Quando os programas de valor compas sao implementados, a oferta e demanda por trabalhadores em ocupagées especitic afetam os ganhos, contanto que os cargos tenham pontuacbes iguais. Pelo fato ¢ avaliages de emprego normalmente renderem pontuagdes quase iguais para os pregos de homens” (como meciinicos) e “empregos de mulheres” (como recepcion’ ‘a implementacdo de programas de valor comparivel tem um enorme impacto na t= salarial entre homens e mulheres. O ganho no salario das mulheres, portanto, deve a um custo substancial na eficiéncia econdmica. Afinal, os trabalhadores nao tém ¢ {quer incentivo para treinar em ocupacdes ou mudarem para aqueles empregos © tenham o maior valor do produto marginal. Eles nao procurardo por cargos que tenha= pontuacdes mais altas, ‘As evidéncias disponiveis indicam que quando os programas de valor comparive! estritamente implementados, eles reduzem bastante o hiato salarial de género. Um estos deralhado do valor comparivel sobre o salirio de Funcionarios publicos em Minnesor= @ San Jose, Califérnia, descobriu que o hiato salarial de género foi reduzido em 6 = pontos percentuais, Do mesmo modo, quando a Austrélia impés uma politica de v comparivel, a taxa salatial entre homens e mulheres aumentou significativamen Poglemos suspeitar que os empregadores respondam & imposicdo de programas de v comparavel ao reduzir a demanda por trabalhadores contratados em trabalhos que; sio “extremamente bem pagos” em relagio ao mercado. No entanto, as evidéncias s (05 efeitos do desemprego de valor comparivel sdo inconclusivas. Alguns estudos desc briram que a resposta da demanda por trabalho reduziu a taxa de emprego entre mulhe= homens expressivamente, mas outros estudos nao encontraram qualquer diminuics nna contratagio de mulheres. 5 sussesdtathads do impact econbmico valor comparsel so dads por MarR kigsnorh the co Word Kalmar, tit WE pj inst or employment esr, 1980, an elaneSrensen, Con Worth ta Worth Poy? Princeton Ri: Preston Urner Pes, 1998 Robert Greg. Anse, Anre Dalya, Ho, "omer Pyn Australia, Great Bian andthe Uied States Of Lows, Regaltens, ond Huron Canta n Raber Miho, el artnann, and Bred Fal, ers, Po Emotes Washington, DC: National Academy Pres, 1985 an Greer Py uly 2nd Cote thn Astral: AReossment”Ausvafan Econorse Review 32 June 1995) 157-71 5 George Johnson end Gay Selon, Estates fhe Det lec of Comparable Wort Poli” Arencan coro 36 Geptenber 1961 1.117-1.125; and Sorensen, Compare Vo rulheres agramas tbalho e acho de 'parave em que renham esta neat fe valor € agor 5 desco Captulo 9 Discriminacao no mercado de trabalho 441 9-12 A economia da especializacao Temos visto que 0 actimulo de experiéncia no mercado de trabalho € um determinante importante do hiato salarial entre homens e mulheres. Sabe-se que muitas mulheres nao participam continuamente na forca de trabalho durante sua javentude. Em ver disso, algumas mulheres abandonam o mercado e se engajam na “producio doméstica” para eriar os filhos. Diferentemente das horas alocadas para o mercado de trabalho, as horas g doméstico nfo levam a ganhos mais altos. Afinal, fazer a “producio doméstica” (como uma crianga bem cuidada e bem comportada ou uma boa refeicio) raramente é vendida ou alu gada no mereado, Em vez disso, o tempo alocado para essas atividades nos coloca em uma situacio melhor porque rende commodities as quais consumimos internamente na familia. Ao estudar'como vitios membros da familia alocam seu tempo, podemos enderecar algumas questées que sio bastante relevantes nas economias modernas, Mas por que alguns membros dla familia se especializam no setor do mercado e outros se especializam no setor doméstico? A fungdo de producao domestica Considere uma familia com duas pessoas, Jack e Jill. Este casal gostaria de maximizar sua utilidade, a qual depende do valor em délares dos bens que eles podem comprar no mercado, C, € 0 valor em délares das commodities que eles produzem na familia, Z. Para comprar bens no mercado, Jack ¢ Jill precisam de dinheiro, ea tnica mancira de obté-1o & entrar no mercado de trabalho. Para produzir as commodities domésticas, Jack ¢ Jill devem ter algum tempo paraas atividades domésticas. Para simplificar, vamos presumir que Jack e Jill cenham, cada um, dez horas por dia para se dedicar a atividades de trabalho (is 14 horas restantes sio alocadas para cuidados pessoais e para dormit). © problema econémico que eles enfrentam esta claro: Como este casal deveria organizar as dez horas disponiveis, entre os setores de mercado e no mercado? A fungio de produgio doméstica nos diz quanto Jacke jill podem gerar para qualquer alocacio de tempo (€ possivel que o casal tenha aptiddes diferentes para produzir commo: ities no setor doméstico, de forma que eles poderao ter fungoes de producio domésticas diferentes), Para ilustrar facilmente como eles utilizam seu tempo suponha que Jack pro: duza USS 10 a cada hora dedicada ao setor doméstico ¢ Jill produza USS 25 a cada hora dedicada aquele setor. ‘Axaxa salarial de Jack de USS 20 a hora, A Figura 9-12a ilustra a linha orcamentiria que ele enfrentaria se fosse um homem solteiro. Se Jack dedicasse todas as dez horas disponi- veis para o mercado de trabalho, ele conseguiria comprar US$ 200 de bens do mercado. Mas porque o produco marginal de Jack no setor doméstica & de apenas USS 10 por hora, Theory of the Aloeation of Time” ésname Ioumal 5 (Sepember 1965) 423 517A verso mado de 3 Work oe, Englewcod Cis Nl: rn 001; as também Reuben Gronau “Lesue, Home Producion and Work “he Theory of te Atcaton of Tne eve" uma of Plt Economy 5 (December 1577), 1.099 23: and Moti 25 (October 2007) 76383. lemma 442 Economia do trabalho leas do bens do snercod0 (USS) reread (USS) 100 Bens domestcas USS) (a) Resi orgrentavia de Jack Bons do mercado US$) aso «340350 fens sdomesties (US) ras de oportnidades de ack ill Figura 9-42, Linhas orgamentérias e fronteira de oportunidade do casal No porto f Jackel locar tose seu tempo pata o setor doméstico. Se ls quserem comprar bens do merce Jack arrumeria um emprego poroue el @ elatvamente mals produto ro mercado de trabalho, gerenso © segrnento FE da frontera de oportunidad, Depots de usar todo seu tempo no mexcado de trabalho. entdo ‘rrumana um emprego, gerando 0 segmento GF da fronts, Capitulo 9 Discriminagao no mercado de trabalho 443, ele consegue produzir apenas USS 100 de bens domésticos se dedicar todo seu tempo para osetor doméstico. Este argumento deriva os dois pontos de interseccao nos cixos da linha orcamentitia de “sokteiro” de Jack. Obviamente, ele poderia dividir seu tempo entre mercado de trabalho e o setor doméstico, e isso geraria pontos entre os dois pontos de interseecao dos eixos, ‘Suponha que o salitio de jill seja de US$ 15 a hora. Se ela fosse solteira, poderia utilizar todo seu tempo disponivel para o setor do mercado e compraria USS 150 de bens do mer- cado. Entretanto, se ela alocasse todo seu tempo ao setor doméstico, ela geraria USS 250 de bens domésticos. A linha orgamentaria de “solteira” de Jill esta tracada na Figura 9-126 Se Jacke jill fossem se casar, eles ndo seriam mais restritos por essas linhas orgamentirias. Em vez disso, 0 conjunto de oportunidades da familia se expandiria, porque cada um deles poderia se especializar no setor onde é relativamente mais produtivo. Para ver isso, vamos derivar o conjunto de oportunidades para a familia de Jack e jill, ou melhor, suponha que ambos decidam alocar todo sett tempo para 0 setor doméstico. Jack poderia entio gerar USS 100 de bens domésticos (dex horas vezes USS 10 hora) e Jill poderia gerar US$ 250 de bens domésticos (dez horas vezes USS 25 a hora), para um total de USS 350. Essa decisio cconjunta gera o ponto F na Figura 9-12c. Admita que o casal queira comprar alguns bens do mercado. Eles terdo de alocar parte de seu tempo para 0 mercado de trabalho €'gérar o dinheiro necessario para fazer essas compras. Quem deveria alocar aquela primeira hora para o mercado de trabalho? Se Jack alocasse aquela primeira hora, a familia abriria mao deUSS 10 de bens domésticos e ganharia USS 20 de bens do mercado, Se ill locasse aquela primeira hora, a familia abriria mao de USS 25 de bens domésticos ¢ ganharia USS 15 de bens do mercado, Economicamente faz, sentido para cles decidirem juntos o que deveria ser Jack entrando no mercado e trabalhar aquela primeira hora, Para cada délar de bens domésticos que eles abritem mio, Jack ga- haria USS 2.de bens do mercado (ou 20 + 10). Se jill fosse entrar no mercado de trabalho, para cada délar de bens domésticos que a familia abrisse mio, ela conseguiria apenas 60 centavos de bens do mercado (ou 15 = 25). Este exercicio gera 0 ponto E na fronteira de oportunidades da familia, 0 limive do conjunto de escolhas disponiveis para a familia de Jack. Vamos agora considerar o que aconteceria se eles quisessem mais bens do mercado e decidissem alocar uma segunda hora para o mercado de trabalho. A mesma aritmética ainda se aplica: para cada dolar de bens domésticos que cles abrem mio, cles ganhariam mais bens do mercado se fosse Jack quem alocasse aquela segunda hora, De fato, dados os valores numéricos no nosso exemplo, est claro que Jack deveria ser sempre o escolhido para alocar cada hora-extra para o mercado de trabalho, até que no tenha mais horas disponiveis. Jack acaba com suas dez. horas no ponto Fda figura, onde ele dedica todas As dez horas para o mercado de trabalho c jill dedica todas as dez horas ao seror doméstico (0 que permite que eles comprem USS 200 de bens do mercado e USS 250 de bens domésticos). Sea familia entao quisesse comprar mais bens do mercado, jill teria que destinar parte de seu tempo da familia para o mercado de trabalho. Entretanto, por ela ter uma taxa sa- larial relativameente baixa, cada hora que ela aloca para 0 mercado de trabalho gera apenas USS 15 de bens do mercado. Como resultado, a inclinagio da fronteira de oportunidades achata-se para a esquerda da “quina” no ponto F. No final, se o casal dedicasse todo seu tempo dispontvel para o mercado de trabalho, eles conseguiriam comprar USS 350 de bens do mercado, como no ponto G. 444 Economia do trabalho CO conjunto de oportunidades da familia esta, portanto, limitado pela fronteira GFE, Ele é composto de dois segmentos: um relativamente ingreme (FE) onde Jill dedica todo seu tempo para o setor doméstico Jack compartilha seu tempo entre os setores de mercado ¢ ‘o mercado; ¢ um segmento mais achatado (GF) onde Jack dedica todo seu tempo para o ‘mercado de trabalho ¢ fill compartilha seu tempo entre o mercado ea familia. O segmento {ngreme FE tem a mesma inclinago que a linha orcamentiria de “solteiro” de Jack, ¢ 0 segmento achatado GF tema mesma inclinacio da linha orgamentaria de “solteira” de jill. Quem trabalha onde? Qual ponto na fronteira de oportunidades a familia escolhera? Uma familia que vise & maximizacio da utilidade escolhe o ponto que a coloca na curva de indiferenga mais alta possivel. Trés solucdes distintas so ilustradas na Figura 9-13. Na Figura 9-134, a familia escolhe um ponto ao longo do segmento mais ingreme da fronteira de oportunidades (€ obtém U unidades de utilidade), Em outras palavras, no ponto de equilibrio P, Jack e Jil deccidem que ela dedicaré todo seu tempo para a producao doméstica ¢ Jack dividiré seu tempo entre os setores de mercado e no mercado. Na Figura 9-13b, a familia escothe um panto ao longo do segmento'itais achatado da fronteira. Jack agora aloca todo seu tempo ‘para o setor do mercado e jill divide seu tempo entre os setores de mercado € no mercado, Na Figura 9-13e, ponto P esta localizado na quina, ¢ 0 casal se especializa completamen: te. Ele dedica todo seu tempo para o setor do mercado; ela dedica todo seu tempo para 0 setor doméstico, Nosso exemplo numérico sugere que as diferencas no salério de mercado entre os mem: ‘bros da familia tém um papel importante em determinar a alocecio do trabalho na famflia ‘Mais especificamente, as taxas salariais mais altas criam incentivos para se especializat no setor do mercado. Este resultado é fécil de entender. Mesmo se ambos na familia fossem igualmente eficientes na produgio doméstica, 2 familia poderia expandir seu conjunto de doportunidades ao fazer com que a pessoa com a taxa salarial mais baixa dedicasse mais tempo a producio doméstica. (O fato de que o diferencial de sakirios entre o marido e a esposa cria incentivos para espe: cializaco € melhor ilustrada na Figura 9-14a. No ponto de equilibrio inicial P, Jack divide se. tempo entre os setores do mercado e nao mercado, Suponha que o salério dele aumentasse substancialmente, O segmento ingreme da fronteira de oportunidades agora se tornaria mais ingreme, como ilustrado na figura. Se o aumento salarial fosse suficientemente grande, « familia se mudaria do ponto P para o ponto P’,o qual esté localizado na quina da fronteira de oportunidades mais alta, O aumento salarial encoraja jack ase retirar totalmente do setor doméstico ea se especializar no setor de mercado. ‘A alocacio de mao de obra na familia também depende das aptidGes relativas de Jack e de fill para produzir no setor doméstico. Considere a Figura 9-14b. No ponto de equilibric inicial B Jack aloca todo seu tempo para o setor de mercado e Jill divide seu tempo entre os dois setores. Suponha que a produtividade de fill no setor doméstico aumentasse subs tancialmente. A fronteira de oportunidades se deslocatia para fora, como indiea a figura Se o aumento no produto marginal de Jil no setor doméstico for suficientemente grande, 2 familia se mudaria do ponto P para o novo ponto na quina P’na fronteira de oportunidades mais alta. Assim sendo, um produto marginal relativamente alto no setor doméstico cria incentivos para que Jill dedique todo seu tempo ao setor doméstico. FE, Ele do seu cadoe parao ck,co de jill tisalta ‘amilia ades (e ke jill he um tempo Capitulo 9 Diseriminaga0 no mercado de trabalho 445 Bens do Bers do Bens do mercado (USS) mercado (U8) mercado USS) > Be Bens a ‘domésticos (USS) somesticos USS) domes @ © Figura 943, ‘A divisio de trabalho na familia (aya carve deincierencs Ue tangente 2 frantea de oportundade no posto Pil se especaza no stor domestica ‘clack dvi seu tempo ent 0 mercado ce trabalho a faria (2) ack se espedialze no mercado de trabalho © St die seu tempo ene o mercado de trabalho ea fama (Jack se especalza no mercado de tiabaloe Ilse ‘specalza no setor domestic, ens do mercado O88) ers Bens ‘domésticcs (USS) ome (2) Aumento no salto de ack (b) Aumento no produto marcia ‘Se producaa domestica de I empo Figura 9-14 Aumentos na taxa salarial ou produtividade doméstica levam a especializacao {a} Um aumentosno sana de lack mica a fama do porto pata o panto Fe Jack se espacial tfabeh (8) Un aumento no prosute marginal de Iino setordemesico muda familia do ponto para. ponto cela se especiiza no seer domestic, marco de 446 Economia do trabalho E importante salientar que 0 modelo ndo prevé que é 0 marido quem se especializar no mercado de trabalho ou que a esposa se especializaré no setor doméstico. Entretanto, o modelo prevé que o esposo com o salario mais baixo ou com um produto marginal maior tno setor doméstico € aquele quem provavelmente se especializara na producio domestics ‘O modelo também sugere que a economia de especializacio pode amplificaras pequens: dliferencas nos sakiios entre homens e mulheres, Por exemplo, qualquer desvantagem pree ‘istente no sakirio das mulheres (talvez devido discriminacio) poderd encorajar que mui mulheres casadas se especializem no mercado de trabalho, no qual elas ficaram mais atras ‘do acumuilarem qualificagbes adicionais valorizadas no mercado e onde suas qualificacde: iniciais poderiam ser depreciadas. claro que o tamano ¢ direcao das diferencas em salérios ¢ produto marginal entre o marido ea esposa no setor doméstico esto mudando rapidamente nos Estados Unidos © em outros paises. © aumento no saldrio real das mulheres originow ‘muitas familias em que o salario da esposa € igual ou excede ao co marido, Esta reducdo no hhiato salarial dentro da familia claramente enfraquece os incentivos para a especializacie ‘Além disso, as mudangas tecnol6gicas na produgo doméstica também reduzem a diference ‘nos produtos marginais entre o marido ea maulher. Como resultado, observamos tanto tumento na participacio das mulheresna forca de trabalho quanto um aumento no nimes dle "pais-mies” que se especiatizam na produgio domestica. Essas tendéncias provavelmente terdo um impacto substancial no diferencial de salérios entre homens ¢ mulheres no futuro Resumo me © critério da discriminagio afeta a decisio de contratagio do empregador, porque 0 precs elto chegaa cegi-lo para os verdadeiros custos monet associados com a contrat Geum trabalhador especifico. Um empregador que discrimina agiré como seo custo inratar una mulher ou um trabalhador negro excedesse o custo real Se os trabalhadores negros e brancos sio substituras perfeitos no processo de produc a discriminagio do empregador leva A segregagio de trabalhadores negros ¢ brancos no nercado de trabalho © & desigualdade de pagamento para um mesmo trabalho. O co portamento discriminatério da empresa também reduz 0s hucros, i diseriminacio do empregador leva a segregacio de trabalhadores negros ebrancos, mas hao eria um diferencia de sali entre 0s dois grupos. diseriminacio do cliente pode: ‘rior um diferencial de salirios entre os trabalhadores negros e brancos, se os empregador trio conseguirem “esconder” os negros em posigdes onde eles tenham pouco contato co os clientes Os diferenciais de salérios por etnia e género podem surgir mesmo se os empregador no forem preeonceituosos. Quando as empresas nao tém informagdes completas sobr produtividade de um trabalhador especifico, clas poderdo usar caracteristias agrey {i grupo como um indicador da produtividade do trabalhador. A dscriminagio estatist Jovi ao cratamento diferencial de trabalhadores igualmente qualificados que pertencem 2 grupos diferentes. © impacto da diseriminagZo na estrutura salarial é medido a0 comparar os salérios trabathadores que tém as mesmas qualificagBes observiveis, como nivel de escolaridade joo 447 Discriminagao no mercado de trabalho alizara experiéncia no mercado de tr alho, mas pertencem a grupos raciais ou de género diferentes, anto, 0 Se esta comparacio nfo controla todas as dimens6es na qual as qualificacSes podem diferir maior centre 0s trabalhadores, nossa medida de discriminagiio nfo isola 0 impacto do preconceito réstica ou discriminacio estatistica sobre o salério de minorias e mulheres. quenas + A taxa salarial entre trabalhadores negros e brancos nos Estados Unidos aumentou sig- npree nificativamente nas iltimas décs n 1995, os brancos ganhavam aproximadamente muitas 24% a mais do que os negros, ¢ cerca de metade desse hiato salarial poderia ser ateibuido, is por as diferencas em qualificagdes observaveis, icagoes + Ataxa salavial entre homens e mulheres nos Estados Unidos aumentou significativamen: alévios te entre 1980 € 1990. Em 1995, 0s homens ganhavam aproximadamente 33% a mais que amente as mulheres. No entanto, pode ser que uma fracio considerivel deste hiato salacial seja ‘iginou atribuida ao fato de que as mulheres, em média, t&m menos experiéncia no mercado de Icio no trabalho que os homens, izasio. ferenca imente Futuro, Conceitos-chave agrupamento ocupacional, 436 discriminagao estatistica, 11 coeficiente de discriminagao, 398 fungio de producao doméstica, 441 decomposicio de Oaxaca, 418 {gosto pela discriminacio, 397 iscrimina¢ao do cliente, 399 epotismo, 396 discriminagao do empregador, 399 valor compardvel, 440 >recon discriminagio do funcionério, 399 atacio copara a ; Questées para revisao cos no 1. Qual € 0 coeficiente de discriminacio? decom 2. Discuta as implicagdes da discriminacdo do empregador para as decisées de centre negros & Sisal brancos no mercado de trabalho, naa contratagdo da empresa, lucratividade da empresa e taxa salar 3. A discriminacio de negros pelo empregador leva situagSes em que o salario de ‘o.com equilibrio de negros excede o salério de equilibrio de brancos? adores 4. Detive as implicagées da discriminacao dos empregados para as decisoes de tobrea emprego das companhias e para o diferencial de salarios entre negros e brancos. egadas 5. Discuta asimplicagdes da discriminagio de clientes para as decisées de contratacio ie das empresas e para o diferencial de salirios entre negros e brancos. 6. O que é discriminacSo estatistica? Por que os empregadores usam associagdes de ‘grupos como um indicador da produtividade do trabalhador? Qual é o impacto da aa Economia do trabalho discriminacio estatistica sobre o salirio de trabalhadotes afetados? A discriminacio cstatistica deve reduzir a média de salério de negros e mulheres? Derive a medida de discriminacio de Oaxaca. Esta estatistica mede realmente 0 impacto da discriminacio no salirio relativo dos grupos afetados? Discuta os fatores que podem explicar por que a taxa salarial entre negros ¢ brancos aumentou significativamente nas tiltimas décadas. Discuta por que uma parte considervel do diferencial de salarios entre mulheres homens pode ser atribufvel aos fatores do “lado da demanda’, como a decisio de uma mulher em trabalhar e adguirir capital humano. Problemas 94, 93. Percebendo que as empresas locas seguem pritcas discriminatérias de contrataslo, ‘uma empresa sem fins lucraivos conduz o seguinte experimento: ela tem 200, individuos brancos © 760 individuos negros, endo que todos esto em idades, experiéncia e educagio similares, e se candidatam a empregos no varej local. Cada individuo se eandidata para dois empregos, um em uma parte da cidade predominantemente negra, €0 outro em uma parte predominantemente branca os eandiatosbrancos, 120 recebem ofertas de empregos na parte banca da cidade, enquanio apenas 80 vagas foram ofereckiasna outra parte da cidade. Neste meio tempo, 90 dos candidatos negros receberam ofertas de trabalho onde predominam 0s afrosamericanos, enquanta apenas 50 vagas so oferecidas na outra parte da ‘cidade, Usando o estimador de diferencas-em-diferengas, vocé encontra evidéncias de pritica discriminatbrias de contratasio? Se ha de fato discriminacio, ela se baseia no empregador, no fancionArio, no cliente ou €estatistica? . Suponha que trabalhadores negros e brancos sejam complementares onde 0 produto marginal de brancos aumenta quando mais negros so contratados. Suponha também que os trabalhadores brancos no gostem de trabalhar com ‘negros. A discriminagio pelos funcionarios brancos levara a empresa a escolher segregar completamente seu local de trabalho? Ela cria um diferencial de saliios centre esses dois tipos de trabalhadores? fa, Suponha que um restaurante empregue apenas mulheres para secvir aos clientes ‘apenas homens para cozinhar e limpar as loucas, Isso é, provavelmente, um indicativo de diseriminagio do empregador, do funcionério, do cliente ou da estatistica? A taxa de desisténcia de minorias e alunos internacionais nas faculdades e uni: versidades dos Estados Unidos € mais alta do que para os altunos americanos brancos. Suponha que vocé realmente acredite que isso seja por causa da diseri ‘minagao. O padrio empirico & provavelmente mais indicativo de discriminacao cdo empregador (administracio das faculdades), do funcionatio (corpo docente ¢ funcionérios das faculdades), do cliente (estudantes) ou da estatistica? ftulo 9 Discriminag3o no mercado de trabalho 449) ago 9-4, Em 1960, a proporeio de negros nos Estadlos sulistas dos Estados Unidos era ‘mais alta do que em Estados nortistas. A taxa salarial entre negros e brancos nos Estados sulistas era muito maisbaixa do que nos Estados nortistas, A diferenca nas taxas salariais relativas entre negros e brancos nas regides indica que os ‘empregadores sulistas discriminam mais do que os empregadores nortistas? ee 95. Suponha que os anos de escolaridade, s, sejam a tinica variavel que afetam ‘os ganhos. As equacSes para os saldrios semanais de trabalhacores homens e mulheres sao dadas por teo y= 500 + 1005 y= 300 + 755 Na médiia, os homens tém 14 anos de escolaridade e as mulheres, 12, a, Qual é 0 diferencial de saldrios entre homens e mulheres no mercado de sf, trabalho? ao b. Usando a decomposigdo de Oaxaca, calcule quanto deste diferencial de sa es. los € devido a discriminacao? ge Vocé consegue pensar em uma decomposigao de Oaxaca alternativa que fa levaria a uma medida diferente da discriminacao? Qual medida €a melhor? ge 96, Suponha que a funcao de produao da empresa seja dada por aeio = 108, +8; ee onde Ey € Bi sao 0 nlimero de brancos € negros empregados pela companhia, ge respectivamente, Podemos mostrar que o produto marginal do trabalho & entao leo i Suponha que o salério de mercado para os trabalhadores negros seja de USS 10, pon para os brancos seja de USS 20, e 0 preco de cada unidade de producfo seja de ies Uss 100. oe 4. Quantos trabalhadores a empresa empregaria se ela nao discriminasse? Quanto de lucro esta empresa nfo diseriminatéria teria se ndo houvesse ‘outros custos? b, Considere uma empresa que discrimina negros com um coeficiente de 0,25 Quantos trabalhacdores ela emprega? Quanto luero ela teria? ; ©. Porsiltimo, considere uma empresa preconceituosa que tem um coeficiente ee de discriminagio igual 1,25. Quantos trabalhadores essa empresa contratou? pee Quanto de lucro ela teve? sat 9 Suponha que um ano adicional de escolaridace tenha elevado os salérios em 74% = em 1970, independente da raca ou etnia do trabalhador. Suponha também que ia : 6 diferencial de salérios entre 0 branco e o hispinico era de 36%. Por tiltimo, presuma que a educagio 0 tinico fator que afeta a produtividade, eo rabalhador 450 Economia do trabalho pranco tinha 12 anos de escolaridade em 1970, enquanto 0 trabalhador hispanico tinha 9. Por volta de 1980, 0 trabalhador branco tinha 13 anos de escolaridade fenquanto © hispanicotinha 11 anos. Um ano de escolaridade ainda atumentou os {ganhos em 7%, independente do passado étnico do trabalhador, € o diferencia! Ge salérios entre 0 trabalhador branco € o hispanico cait para 24%. Houye tuma queda na discriminacSo salarial durante a década? Houve uma queda na participacao do diferencial de salérios entre brancos e hispAnicos que poss ser atribuida a discriminacao? Use aTabela 220 de U.S. Statistical Abstract de 2008 para fazer 0 seguinte: condicionado ao nivel educacional (ndo um formando do ensino médio, com gr de bacharelado, mestrado ou douroraco), quanto a mulher ganhou part Eada délar que foi ganho pelo homem em 2005? Repita para o trabalhados negro, comparado ao trabalhador branco,crepita novamente para o trabalhador hhispanico em comparacao ao trabalhador branco. Cacia empregador se defronta com salérios semanais comperitivos de USS 2 mil para brancos ¢ USS 1,4 mil para negros. Considere que os empregadores cubvalorizem os esforcos/qualificacGes dos negros no processo de producao. Mais especificamente, toda empresa esté associada com uum coeficiente de discriminacio, d (0 <4 s 1). Especificamente, embora a fungio de producio real de uma empresa seja Q= 10(Ey + Ep), 0 gerente da empresa age como se ua fungi de producio fosse Q= 10Fyy + 10(1 ~d) Ey. Toda empresa vende sua produgdo a um prego constante de USS 240 a unidade, por um total semana! He 150 anidades de producio. Nenhuma empresa pode vender mais do que 150 tunidades de producto sem reduzir seu preco para USS 0. ‘a, Qual €0 valor do produto marginal de cada trabalhados branco? b. Qual é o valor do produto marginal de cada trabalhador negro? © Desereva a decisio de emprego feita pelas empresas para as quais d= 0,2 € d= 08, respectivamente. 4. Para qual(is) valor(es) de d uma empresa est disposta a empregar negros © brancos? Depois de controlara idade ea educagio, descobrise que a mulher média ganh {US$0.80 para cada USS 1 ganho pelo homem méalo, Depois de controlar a ocupasao para controlar a compensagio dos dfesenciais (por exemplo,talvez os homens Eceitem empregos mais arriscados ou mais estressantes do que as mulheres portanto,recebam mais) a mulher média ganha USS 0,92 para todo USS 1 ganho pelohomem mécio, Conchi-se que a escolha ocupacional redvz 0 hiato salarial de 2 centavos e sobra a discriminacao para explicar os 8 centavos restantes. 4. Expligue por que a discriminacio poders explicar mais do que 8 centavos do diferencial de 20 centavos (¢ a escolha ocupacional poder explicar menos ido que 12 centavos do diferencial) bb. Expligue por que a diseriminacio poderé explicar menos do que § centavos do diferencial de 20 centavos. Considere uma cidade com uma populagao composta por 10% de negros ( restante € de branicos). Uma vez. que os negros provavelmente traballem n9 Discriminagao no mercado de trabalho 451 ‘turno da noite, 20% de todos os carros que andam naquela cidade a noite sio itigidos por negros, Uma a cada 20 pessoas que dirigem a noite esti bébada, independente da raga. As pessoas que nao esto bébadas nunea desviam seus cartos, mas 10% dos motoristas bébacios, independente da raca, desviam seus carros. E, uma noite especific, 5 mil carros sa0 observados pela forca policial a. Qual a porcentagem de negros que dirigem & noite e que estio bébados? Qual porcentagem de brancos que dirigem bébados? . Dos mil carros observatos, quantos sio drigidos por negros? Quantos desses ‘earros esto sendo dirigidos por um bébado? Dos 5 mil carros observalos, quantos estio sendo dirigidos por brancos? Quantos desses carros estio sendo dirigidos por um bébado? Qual porcentagem de motoristas bébados noturnos que sio negros? O chefe de policia acredita que o problema de dirigix embriagado ocorre principalmente entre os motoristas negros, Ele ordena que seus policiais parem todos os carros que esto se desviando um, em cada dois carros que nao se desvia, esta sendo dirigido por uma pessoa negra. O motorista do carro que nao esti se desviando faz 0 teste do bafometro, o qual é 100% preciso para diagnosticar o mot6tista embriagado. Sob esse esquema de observacio da lei, qual porcentagem de pessoas apreendidas por estarem dirigindo embriagadas seré de negros? ‘Suponha que 100 homens e 100 mulheres se formaram no ensino médio. Depois disso, cada um deles pode trabalhar em um local de baixa qualificagaoe ganhar USS 200 mil durante sua vida, on pager USS 50 mil pare frequentaruma faculdade. Aqueles que se formaram na faculdade fazem um teste. Se alguém passar no teste, ele/ela sera contratado para um emprego de alta qualificacio pagando ¢ganhos vitalicios de US$ 300 mil. Entretanto, qualquer que seja formado em uma tniversidade e repetiro teste €relegado a um emprego de baixa qualificacio, esempenho académico no ensino médio dé a cada pessoa uma ideia de como cle/ela fard o teste se for paraa faculdade. Mais especificamente, o GPA de cada pessoa, chamado de x, é a “pontuacio da habilidade” variando de 0,01 para 1 Com a probabilidade x, a pessoa passars no teste se ele/ela forppara a faculdade. ‘Ap6s se formar no ensino médio, tem-se um homem com x= 0,01, outro com x= 0,02 eassim por diante até chegar em x= 1, Domesmo modo, ha uma mulher com x= 0,01, outra com.x = 0,02e assim por diante até x=1 a. As pessoas vao para a universidade apenas se a recompensa vitalicia espera da por téla frequentado for mais alta do que sem a ter frequentado. Quais homens e mulheres irdo para faculdade? Qual 6 taxa de aprovacao espe- rada de homens que fizeram o teste? Qual €a taxa de aprovacio esperada cde mulheres que fizeram o teste? Presuma que os egisladores achem que nao h mulheres suficientes frequen: tando a universidade, de forma que cles tomam medidas que reduzem os ‘custos das mensalidades para elas chegando a USS 10 mil. Quantas mulheres ido para a universidade? Qual € a taxa de aprovacio esperada de mulheres aque fizeram o teste? 452 Economia do trabalho Suponha que o coeficiente de discriminago aumenta a medida que a empresa contrate mais trabalhadores negros. Mais especificamente, considere que 0 coeficiente de discriminagao seja d = 0,018, onde F> € o mimero de negros, empregados pela empresa, deforma que cada empregador que enfrenta salarios, comipetitivos de wy para os brancos ew» para negros age como se defrontasse com saléios competitivos de para brancos e w(t + d) para negros. Como sempre, presuima que o mercado de trabalho seja competitivo de modo que a empiesa enfrenta salirios de ws € wy. Por fim, presuma que a empresa deva tempregar 200 trabalhadores. Defina a taxa salarial como sendo w/e faga o seguinte a. Encontre o niimero de negros empregados como uma funedo da taxa salaria Trace no grafico o:nlimero de negros empregados contra a taxa salaral b, Encontre o nimezo de brancos empregados como uma fungao da taxa sa larial, ‘Trace no grifico o niimera de brancos empregados (cixo x) contra a taxa salarial (ex0 9). onsidere o conjunto de dados com as seguintes estatisticas descritivas jomens Mutheres Min, Méd. Min, Mix. Lixsatitos) 1389 9812 AB Negros ais: 0 1 Tdade 29 Experiénca de tsbatho eee Excolaidade Porcentagem de mulheres naccupagio 0,182 0,023 0.954 0967 0,985 Salario é o salério por hora do trabalhador; negros assumem o valor de 1 se 0 ‘rabalhador for negro, caso contririo, seré 0; experiéncia de trabalho é o niimero real de anos de experiencia no trabalho; escolaridade € medida em anos; e a porcentagem de mulheres na ocupacio éa porcentagem de todos os funcionirios na ocupacio de trabalhadores que sio mulheres. A tabela seguinte mostra os resultados da regressio de um logaritmo de salérios. Homens Constante 2314 Negros 0198 Tdade 0.054 Anos de expesiéncia no trabalho 982 ‘aca ‘al Capitulo 9 Discriminago no mercado de trabalho 453, Homens Mulheres ‘Anos de ecolasizacso 0.085 0085 Porcentagem de mulh ~0121 002 Niimero de observa 432 278 Rao quadra 0231 0254 Decomponha as diferengas brutas nas médias de saldrios usando a decomposicao sie Oaxaca, Mais especificamente, decomponha a diferenca bruta na parte em que ha diferencas nas caracteristicas pessoais (escolaridade, raga, idade e experiéncia), nna parte em que hi ocupacio ena parte que sobra sem explicacao, possivelmente por causa da discriminagio de género. Leituras selecionadas Daniel S. Hamermesh and Jeff E, Biddle, “Beauty and the Labor Market,” Americ Review 84 (December 1994); 1174-94 Francine D. Blau, "Trends in the Well-Being of American Women, 1970-1995,” Journal of Economic Literature 36 (March 1998); 112.65. Harry Holzer and David Neumark, “Assessing Affirmative Action,” Journal of Economic Litenature 38 (September 2000) 483-568, Jacob Mincer and Solomon W. Polachek, “Family Investments in Human Capital: Earnings of Women,” Journal of Political Economy 82 (March 1974 Supplement): S76-S108 James). Heckman and Brooks. Payner, “Determining the Impact of Federal Antiiscrimination Policy on the Economie Status of Blacks: A Study of South Carolina,” American Economic Review 79 (March 1989): 138-7, Marianne Bertrand and Sendhil Mullainathan, “Are Emily and Greg More Employable Than Lakisha and Jems A Field Experiment on Labor Market Discrimination,” American Economic Review 94 (September 2004): 991-1013, Matthew S. Goldberg, “Discrimination, Nepotism, and Long-Run Wage Differentials,” Quarterly Journal of Economics 97 (May 1982): 307.19. Richard]. Butler and James J.Heckman, "The Government's Impact on the Labor Market Status of Black Americans: A Critical Review,” in Leonatd J. 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