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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

(UNIDADE SANTA CRUZ)


DIREITO CONSTITUCIONAL III
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

1. O princípio da supremacia hierárquica ou formal da Constituição está diretamente relacionado com:

a) o sistema político democrático.

b) a irresponsabilidade política do Chefe de Estado.

c) a dignidade da pessoa humana.

d) o duplo grau de jurisdição.

e) a rigidez das normas constitucionais.

Comentários:

Somente nas constituições rígidas que temos a noção de supremacia que a Constituição detém sobre as
outras normas.

Gabarito: Letra E.

2. Pelo princípio da supremacia da Constituição, constata-se que as normas constitucionais estão no


vértice do sistema jurídico nacional, e que a elas compete, entre outras matérias, disciplinar a
estrutura e a organização dos órgãos do Estado.

Comentários:

A Constituição é um instrumento de organização política do Estado e de limitação do poder estatal face


aos particulares. Desta forma, está perfeito se falar que cabe à constituição, entre outras coisas,
disciplinar a estrutura e a organização dos órgãos do Estado.

Gabarito: Correto.

3. Mesmo que a CF fosse classificada como flexível, seria legítimo o controle de


constitucionalidade de seu sistema jurídico.

Comentários:

O controle de constitucionalidade só existe em constituições rígidas, pois somente nesse tipo de


constituição é que existe uma supremacia constitucional a ser observada. Quando estamos diante de uma
constituição flexível, se uma lei contrariar o que estava disposto na constituição, ela vai revogá-la,
pois tem a mesma "hierarquia" dela, não devendo se submeter formalmente à Constituição.
Assim, somente em constituições rígidas é que pode haver o controle de constitucionalidade, pois é uma
forma de se assegurar a supremacia constitucional e não deixar que normas de status inferior contrárias à
Constituição continuem em vigor no mundo jurídico.
Gabarito: Errado.

4. Sob o ponto de vista jurídico, a supremacia da Constituição sob os aspectos formal e material se
apoia na regra da rigidez decorrente da maior dificuldade para modificação da Constituição do que
para a alteração das demais normas jurídicas.

Comentários:

Só se pode falar em rigidez no aspecto formal, já que o aspecto material se preocupa somente com
o conteúdo das normas.

Gabarito: Errado.

5. A supremacia jurídica da Constituição é que fornece o ambiente institucional favorável ao


desenvolvimento do sistema de controle de constitucionalidade.

Comentários:

Se a constituição não tivesse supremacia sobre as outras normas, não precisaríamos falar em
controlar a constitucionalidade, pois uma norma que fosse contrária à constituição iria revogá-la. Desta
forma, só quando a constituição possui poder impositivo sobre os demais atos normativos é que
ocorre o "controle de constitucionalidade", para assegurar que essa supremacia continue garantida.

Gabarito: Correto.

6. A existência de supremacia formal da constituição independe da existência de rigidez constitucional.

Comentários:

A supremacia das normas decorre diretamente da rigidez, já que esta é a qualidade que impede que
normas de ordem infraconstitucionais possam alterar o texto da Carta Magna.

Gabarito: Errado.

7. É consequência da rigidez constitucional:

(A) o princípio do Estado Democrático de Direito.


(B) o princípio da Supremacia da Constituição.
(C) a inalterabilidade do texto constitucional.
(D) o controle concentrado da constituição.
(E) a presença, em seu texto, de normas fundamentais.

Comentários:

Somente em constituições formais e rígidas é que podemos verificar o fenômeno da "supremacia da


constituição", já que, em constituições materiais e flexíveis, qualquer norma que tratasse de assunto
essencialmente constitucional seria considerada Constituição.

Gabarito: Letra B.

8. É cabível a realização de controle de constitucionalidade difuso ou concentrado em relação a


normas elaboradas em desrespeito ao devido processo legislativo, por flagrante inconstitucionalidade
formal.
Comentários:

A inconstitucionalidade pode ser material (desrespeito ao conteúdo) ou formal (desrespeito ao


procedimento ou maneira de tratar o tema). Independente do tipo de inconstitucionalidade, ela pode ser
atacada no controle difuso ou no controle concentrado.

Gabarito: Correto.

9. É possível a declaração de inconstitucionalidade de norma editada antes da atual Constituição e que


tenha desrespeitado, sob o ponto de vista formal, a Constituição em vigor na época de sua
edição, ainda que referida lei seja materialmente compatível com a vigente CF.

Comentários:

Poderá sim, já que a inconstitucionalidade, seja ela material ou formal, só pode ser verificada em
face daquela constituição vigente no momento de sua criação.

Gabarito: Correto.

10. Verifica-se a inconstitucionalidade formal, também conhecida como nomodinâmica, quando a lei ou
o ato normativo infraconstitucional contém algum vício em sua forma, independentemente do
conteúdo.

Comentários:

Chama-se de nomodinâmica, pois se deu no curso de sua formação. É a inconstitucionalidade formal. Se


estivéssesmos diante da inconstitucionalidade material, seria chamada de nomoestática.

Gabarito: Correto.

11. Lei ordinária que regulamentou matéria atribuída pela Constituição à lei complementar é formal e
materialmente inconstitucional, independentemente de apreciação e julgamento pelo Supremo Tribunal
Federal.

Comentários:

Segundo a doutrina, trata-se apenas de inconstitucionalidade formal, já que não está ocorrendo vício ao
tratar o conteúdo, mas sim, escolhendo-se a forma errada para se tratar este conteúdo.

Gabarito: Errado.

12. Segundo a doutrina majoritária e o Supremo Tribunal Federal, no caso brasileiro,


como efeito do exercício do poder constituinte derivado sobre a legislação infraconstitucional
existente, no caso da incompatibilidade material da norma com o novo texto constitucional, temos uma
inconstitucionalidade superveniente.

Comentários:

A questão trata de uma emenda constitucional que venha a dispor sobre algo de forma contrária
às leis já existentes. Não temos no Brasil a adoção de inconstitucionalidade superveniente, assim, não
se pode falar que as leis contrárias à nova emenda serão inconstitucionais. O que ocorre é uma
revogação.

Gabarito: Errado.

13. Perante a Constituição brasileira em vigor, a legislação pertinente e a doutrina, o controle de


constitucionalidade no Brasil:

a) é misto, com tendência de intensificação do modelo concentrado de controle.

b) adota unicamente o modelo do "judicial review", de origem na decisão da Corte Suprema dos
EUA, proferida em 1803.

c) segue, com exclusividade, a linha do modelo kelseniano, introduzido na Constituição da Áustria,


de 1920.

d) segue o chamado modelo francês, que adota o sistema de controle jurisdicional preventivo.

e) é misto, com absoluta equivalência entre o sistemas de controle difuso e concentrado.

Comentários:

A resposta correta é a letra A. Veja que a banca não disse apenas "misto" e ponto final, mas
explicou (em outras palavras): é misto pois estamos nos referindo à vias concentradas e difusas do
controle jurisdicional, havendo predominância pela concentrada.

Gabarito: Letra A.

14. No Brasil, o controle de constitucionalidade repressivo jurídico ou judiciário é misto, pois exercido
tanto da forma concentrada, quanto da forma difusa.

Comentários:

Alguns anos se passaram e a FCC foi mais sensata. Veja que falou claramente "controle JURÍDICO
misto" e não apenas em "controle misto". Assim, a banca não está falando que no Brasil adotamos um
sistema misto de controle de constitucionalidade, o que ela está fazendo é dizer que no Brasil temos
uma forma mista de "controle de constitucionalidade repressivo jurídico" já que temos impugnações
diretas pela via concentrada e também pela via difusa.

Gabarito: Correto.

15. Em relação ao órgão controlador, a ocorrência em Estados onde o órgão que garante a supremacia da
Constituição sobre o ordenamento jurídico é distinto dos demais Poderes do Estado caracteriza
espécie de controle:

a) indeterminado.
b) jurídico.
c) judiciário.
d) misto.

e) político.

Comentários:
Quando o órgão responsável pelo controle é autônomo, desvinculado dos demais poderes (principalmente
do Judiciário), estamos diante do controle político, tal qual ocorre em certos países Europeus que
possuem o "Tribunal Constitucional". Gabarito: Letra E.

16. O sistema jurídico brasileiro não admite o controle político de constitucionalidade.

Comentários:

O fato de se classificar o sistema de controle de constitucionalidade no Brasil como sendo "jurídico" não
quer dizer que não há hipótese de controle político. No Brasil, os 3 Poderes atuam no controle de
constitucionalidade. Existem casos onde o Poder Legislativo poderá fazer controle e outros casos onde
o Executivo poderá proceder a este controle, e desta forma, como são órgãos distintos do Poder
Judiciário, estarão exercendo o chamado "controle político de constitucionalidade".

A existência dessas hipóteses de controle político não descaracteriza a classificação de nosso controle
como "jurídico" ou "jurisdicional", pois não há reservas feitas ao controle político. Todas as espécies
normativas, ainda que possam sofrer controle político, poderão também sofrer o controle
jurisdicional.

Gabarito: Errado.

17. No Brasil, os sistemas de controle de constitucionalidade adotados são o jurisdicional, o político e


o misto. Isso porque podem declarar a inconstitucionalidade das leis o Poder Judiciário, o Poder
Legislativo e o Poder Executivo.

Comentários:

O sistema de controle pode ser jurisdicional, político ou misto, não pode ser os três ao mesmo
tempo. No Brasil, o sistema é o jurisdicional, pois embora o Legislativo e o Executivo
exerçam controle de constitucionalidade, não se pode afastar nenhuma norma do Judiciário, não
havendo então reservas feitas àqueles Poderes.

Gabarito: Errado.

18. No Brasil, o controle de constitucionalidade realiza-se mediante a submissão das leis federais ao
controle político do Congresso Nacional e as leis estaduais, municipais, ou distritais ao controle
jurisdicional.

Comentários:

No Brasil, a regra é o sistema jurisdicional, independente da esfera da norma. Dizemos que o


controle é jurisdicional, pois nenhuma norma está afastada da apreciação judicial, ainda que tenhamos
a existência de controles políticos.

Gabarito: Errado.

19. O sistema de controle de constitucionalidade adotado no Brasil é o sistema misto, uma vez
que há um controle político da constitucionalidade das leis, exercido pelo Poder Executivo e pelo Poder
Legislativo, e um controle jurisdicional, exercido pelo Poder Judiciário.

Comentários:
Segundo a doutrina majoritária, trata-se de controle jurisdicional. O controle misto é caracterizado por
sujeitar algumas espécies normativas ao controle jurídico, e outras ao controle político (órgãos que não
são do poder judiciário), este controle misto, não é adotado no Brasil, pois o Judiciário não fica
afastado da apreciação de nenhuma espécie normativa.

Gabarito: Errado.

20. De acordo com a jurisprudência do STF, uma ação direta de inconstitucionalidade, tendo
como parâmetro a Constituição Federal, pode ter por objeto proposta de emenda constitucional.

Comentários:

Se estamos falando de proposta de emenda constitucional, estamos falando de controle preventivo, já que
a emenda ainda não está promulgada. Assim, não caberá ADI para impugná-la, já que ADI é mecanismo
de controle repressivo, somente podendo veicular normas já promulgadas.

Gabarito: Errado.

21. Suponha que tramite perante a Câmara dos Deputados uma proposta de Emenda à Constituição que
pretenda excluir do texto constitucional a vedação à instituição de pena de morte, constante de seu
artigo 5o, XLVII, nessa hipótese, com vistas a impedir que os membros da Casa Legislativa deliberem
sobre referida proposta, teria um Deputado Federal legitimidade para impetrar, perante o Supremo
Tribunal Federal, mandado de segurança individual.

Comentários:

Trata-se do controle de constitucionalidade preventivo feito através de um mandado de segurança


impetrado por um parlamentar (e somente o parlamentar que é legitimado) no STF visando impedir a
continuação de um processo legislativo maculado.

Gabarito: Correto.

22. Quando julga mandado de segurança impetrado por parlamentar federal para defender direito
subjetivo a participar de um processo legislativo hígido, o STF incide no controle político de
constitucionalidade.

Comentários:

O controle político é aquele realizado por órgãos que não pertencem ao judiciário. Desta forma, o
enunciado retrata o chamado controle preventivo da constitucionalidade no âmbito do STF, que é
hipótese de controle jurídico.
Gabarito: Errado.

23 É inadmissível o controle jurisdicional de constitucionalidade de proposição legislativa em trâmite, por


ainda não existir lei ou ato normativo passível de controle de constitucionalidade.

Comentários:

Neste caso ocorre o chamado controle preventivo de constitucionalidade, ou seja, faz-se um


controle antes da promulgação do projeto de lei para que ele sequer venha a integrar o ordenamento
jurídico.

Gabarito: Errado.
24. O parlamentar dispõe de legitimação ativa para suscitar, por meio de mandado de segurança, o
controle incidental de constitucionalidade pertinente à observância, pelo Parlamento, dos requisitos que
condicionam a válida elaboração das proposições normativas, enquanto essas se acharem em curso na
casa legislativa a que pertença esse parlamentar; no entanto, se a proposta legislativa for transformada
em lei, haverá a perda do objeto da ação e a perda da legitimidade ativa do parlamentar.

Comentários:

A questão trata do controle de constitucionalidade preventivo no STF, através de Mandado de Segurança


impetrado por parlamentar (e realmente só o parlamentar), que impugna a inobservância de um processo
legislativo hígido. Como se trata de um controle preventivo, se o referido projeto for transformado em
lei, ocorre a perda do objeto do mandado. Tal fato provoca ainda a perda da legitimidade ativa do
parlamentar, já que o parlamentar isoladamente não possui legitimidade para o controle repressivo de
constitucionalidade, pois não está arrolado no art. 103 da Constituição.

Gabarito: Correto.

25. É admissível o controle de constitucionalidade de emenda constitucional antes mesmo de ela ser
votada, no caso de a proposta atentar contra cláusula pétrea, sendo o referido controle feito por meio de
mandado de segurança, que deve ser impetrado exclusivamente por parlamentar federal.

Comentários:

Só os parlamentares podem impetrar esse mandado de segurança no Supremo, segundo a jurisprudência


do STF, já que eles têm o direito líquido e certo de participar de um processo legislativo que seja
juridicamente correto.

Gabarito: Correto.

26. Sobre a ação direta de inconstitucionalidade, podemos afirmar que é da competência originária do
Supremo Tribunal Federal processá-la e julgá-la, no exercício de sua atribuição de guarda da
Constituição.

Comentários:

Em se tratando de controvérsia perante a Constituição Federal, somente o STF é que terá esta
competência (CF, art. 102, I, a).

Gabarito: Correto.

27. Embora o Poder Executivo possa negar-se a aplicar ato normativo manifestamente
inconstitucional, exercendo o controle de constitucionalidade repressivo, não há previsão no
ordenamento jurídico brasileiro para que exerça também o controle de constitucionalidade preventivo.

Comentários:

O Presidente exercerá o controle preventivo de constitucionalidade ao fazer o veto jurídico.

Gabarito: Errado.
28. O senador da República tem legitimidade ativa para impetrar mandado de segurança para o
controle da constitucionalidade de aspecto procedimental relativo a processo legislativo de decreto
legislativo que esteja em tramitação no Senado Federal.

Comentários:

Trata-se do controle preventivo de constitucionalidade feito por mandado de segurança no STF, cujos
legitimados serão exclusivamente deputados ou senadores.

Gabarito: Correto.

29. O STF admite o controle preventivo de constitucionalidade sobre projeto de emenda constitucional
em trâmite perante o Poder Legislativo federal, mediante o ajuizamento de ADI ao STF.

Comentários:

ADI é instrumento de controle repressivo, ou seja, aquele controle que ocorre após a promulgação.
Se estamos falando em controle preventivo, não se pode usar a ADI. Os instrumentos de controle
preventivo são: análise do projeto pela comissão de constituição e justiça, veto jurídico do Presidente da
República e mandado de segurança no STF impetrado por parlamentar.

Gabarito: Errado.

30. (ESAF/SEFAZ-CE/2007) O Presidente da República poderá ajuizar ação direta de


inconstitucionalidade, perante o Supremo Tribunal Federal, a fim de que seja arquivada proposta de
emenda à Constituição tendente a abolir cláusula pétrea.

Comentários:

No momento em que falamos de “proposta” de Emendas, estamos falando de um controle preventivo


de constitucionalidade. Veremos que a ADI é instrumento de controle repressivo de
constitucionalidade.

Gabarito: Errado.

31. Admite-se o controle concentrado de constitucionalidade sobre o processo de elaboração de leis e


emendas à Constituição, sendo que apenas os parlamentares são legitimados à propositura de ação perante
o Supremo Tribunal Federal.

Comentários:

A questão trata do controle de constitucionalidade preventivo no STF, através de Mandado de Segurança


impetrado por parlamentar (e realmente só o parlamentar), porém, tal hipótese é de controle difuso e não
de controle concentrado, já que está levando ao conhecimento do STF uma discussão que se iniciou
em outro órgão (Poder Legislativo).

Gabarito: Errado.

32. Corroborando a evolução do controle judicial acerca dos direitos e garantias fundamentais, entende-se
cabível a impetração, por parlamentares e cidadãos, de mandado de segurança contra tramitação de
proposta de emenda constitucional ou projeto de lei.

Comentários:
A questão está abordando o controle preventivo de Constitucionalidade feito através de mandado de
segurança no STF. O erro da questão é elencar os cidadãos como possíveis legitimados para propor
esse MS. Somente os parlamentares podem impetrar esse MS.

Gabarito: Errado.

33. Se determinado legitimado constitucional ajuizar, perante o STF, ação direta de


inconstitucionalidade, tendo por objeto emenda constitucional pendente de publicação oficial, então,
nesse caso, de acordo com entendimento do STF, mesmo que a publicação venha a ocorrer antes do
julgamento da ação, a hipótese será de não conhecimento da ação direta de inconstitucionalidade,
uma vez ausente o interesse processual.

Comentários:

Segundo a jurisprudência do STF, firmada em 2005 (ADI 3367/DF), não há óbice de que seja
proposta a ADI perante emenda não publicada oficialmente, desde que a publicação venha a ocorrer
antes do julgamento da causa.

Gabarito: Errado.

34. O chefe do Poder Executivo não pode deixar de cumprir lei ou ato normativo que entenda
flagrantemente inconstitucional, sob pena de afronta à competência e à atuação dos Poderes Legislativo e
Judiciário.

Comentários:

Pode deixar sim. Ele tem este poder. Mas lembre-se que é só o chefe do Executivo (Presidente,
Governador e Prefeito), nenhuma outra autoridade subordinada poderá.

Gabarito: Errado.

35. O Chefe do Poder Executivo, considerando determinada lei inconstitucional, poderá determinar a seus
subordinados que deixem de aplicá-la. Da mesma forma, o Ministro de Estado poderá
determinar a seus subordinados que deixem de aplicar determinado ato normativo, relativo à
sua pasta, que considere inconstitucional.

Comentários:

Os Ministros não podem. A competência para isso é somente do chefe do Executivo, não podendo ser
delegada.

Gabarito: Errado.

36. No ordenamento jurídico brasileiro, existe a possibilidade do Poder Legislativo editar lei para declarar
a inconstitucionalidade de lei anterior.
Comentários:

O STF não permite que o Poder Legislativo proceda à feitura de uma lei em que sejam declaradas
inconstitucionais outras leis.

Gabarito: Errado.

37. O Congresso Nacional, ao rejeitar medida provisória, está atuando preventivamente no controle de
constitucionalidade, haja vista a espécie normativa não ter ingressado de forma definitiva no
ordenamento jurídico pátrio.

Comentários:

Não é um controle preventivo e sim um controle repressivo. Gabarito: Errado.

38. O Poder Legislativo está autorizado a aprovar lei em cujos dispositivos se declarem nulas e de
nenhuma eficácia, por serem inconstitucionais, outras leis de sua autoria.

Comentários:

Segundo o STF, uma lei não é instrumento hábil para fazer controle de constitucionalidade, a referida lei
deveria ser submetida à controle de constitucionalidade por via de ação direta no STF, já que no Brasil
temos o sistema jurisdicional de controle de constitucionalidade.

Gabarito: Errado.

39. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão
especial, podem os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público.

Comentários:

É a perfeita extração da literalidade do art. 97 da Constituição, que fala sobre a "Cláusula da Reserva de
Plenário".

Gabarito: Correto.

40. A cláusula de reserva de plenário não veda a possibilidade de o juiz monocrático declarar a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.

Comentários:

Juiz "monocrático" (poder nas mãos de um - mono + cratico) é o juiz singular, que decide por ele mesmo
e não através de um colegiado, como ocorre nos tribunais. Trata-se do juízo de primeira instância.

Quando o juiz monocrático decide, ele já é uma unanimidade, assim, não há como se falar em aplicação
da reserva de plenário do art. 97, aplicável somente aos tribunais (órgãos colegiados).

Gabarito: Correto.
41. O "princípio da reserva de plenário" impede que o juiz singular declare a inconstitucionalidade
de lei em suas decisões.

Comentários:

Novamente. A reserva de plenário é de observância obrigatória nos tribunais, não no juízo monocrático
(singular).

Gabarito: Errado.

42. Os órgãos fracionários de tribunais de segundo grau não podem declarar a inconstitucionalidade
de uma norma ordinária, mas podem, sem declarar explicitamente a inconstitucionalidade, afastar a
incidência da norma ordinária pertinente à lide, para decidir essa mesma lide sob critérios diversos que
estimem extraídos da Constituição.

Comentários:

Isso contraria a súmula vinculante 10: viola a cláusula de reserva de plenário(CF, artigo 97) a decisão
de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de
2/3 lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.

Gabarito: Errado.

43. Suponha que o Supremo Tribunal Federal tenha declarado a inconstitucionalidade de uma lei federal,
ao julgar um mandado de segurança. O órgão fracionário do tribunal de segunda instância,
deparando-se com a mesma arguição de inconstitucionalidade do diploma, não deverá suscitar o incidente
de inconstitucionalidade, mas deverá simplesmente aplicar a decisão de inconstitucionalidade proferida
pelo Supremo Tribunal Federal.

Comentários:

Isso mesmo, caso já tenha decisão do Supremo ou do Órgão Especial do tribunal a respeito da causa, o
órgão fracionário está dispensado de remeter o feito ao OE, bastando fundamentar que está seguindo
posicionamento já firmado.

Gabarito: Correto.

44. Na via de exceção, a pronúncia do Judiciário, sobre a inconstitucionalidade, não é feita enquanto
manifestação sobre o objeto principal da lide, mas sim sobre questão prévia, indispensável ao
julgamento do mérito.

Comentários:

Por isso chamamos o controle de incidental. Discutir a constitucionalidade da norma é apenas um


meio de alcançar o objetivo principal: a resolução da lide.

Gabarito: Correto.

45. Uma norma pode ter a sua constitucionalidade aferida pelo modelo de controle difuso ou pelo
modelo concentrado. O primeiro teve sua origem na Áustria, sob a influência de Hans Kelsen, e o
segundo, nos Estados Unidos da América, a partir do caso Marbury versus Madison, em 1803.

Comentários:
Inverteu-se: o modelo concentrado é o austríaco, formulado por Hans Kelsen; enquanto o modelo
difuso é o norte-americano, decorrente do caso Marbury versus Madison, em 1803.

Gabarito: Errado.

46. É juridicamente legítimo que uma sentença em ação civil pública movida pelo Ministério Público
afirme a inconstitucionalidade de lei.

Comentários:

Nada impede que em um controle incidental, no caso concreto, decida-se pela


inconstitucionalidade da lei em no curso do processo de uma ação civil pública.

Gabarito: Correto.

47. Nas ações diretas de inconstitucionalidade, o autor deverá demonstrar a repercussão geral da questão
discutida no caso, a fim de que o Tribunal examine a admissão da ação.

Comentários:

Isto só é necessário no Recurso Extraordinário, não se aplica às ações diretas.

Gabarito: Errado.

48. A Constituição veda aos tribunais regionais do trabalho exercer o controle incidental de
constitucionalidade de leis estaduais ou municipais.

Comentários:

Não existe tal vedação, o controle incidental, durante a análise de um caso concreto, pode ser exercido
por qualquer juiz e sobre qualquer lei.

Gabarito: Errado.

49. Somente o Poder Judiciário pode pronunciar a inconstitucionalidade de uma lei em vigor,
alcançando retroativamente as situações que se formaram sob sua égide.

Comentários:

O item está incorreto baseando-se no fato de que os Tribunais de Contas (órgão vinculado ao
Legislativo) também poderão, diante de um caso concreto, apreciar a constitucionalidade de leis em
vigor, segundo a Súmula 347 do STF.

Gabarito: Errado.

50. O STF considera legítima a utilização da ação civil pública como instrumento de
fiscalização incidental de constitucionalidade de leis ou atos do poder público municipal, pela via
difusa, quando a controvérsia constitucional não se apresentar como o único objeto da demanda, mas
como questão prejudicial, necessária à resolução do conflito principal.

Comentários:

No caso concreto, qualquer ação poderá, em princípio, ser usada para discutir a constitucionalidade de
uma norma. Já é pacífico, assim, a possibilidade da discussão em ação civil pública.

Gabarito: Correto.

51. No controle posterior ou repressivo de constitucionalidade, os TCs têm competência para declarar a
inconstitucionalidade das leis ou dos atos normativos em abstrato.

Comentários:

Segundo a súmula 347 do STF, O Tribunal de Contas pode, no exercício de suas atribuições,
apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do poder público. Porém, trata-se de um controle
exercido sobre o caso concreto e não em abstrato, esta competência é apenas do STF (no caso de
ofensa à Constituição Federal) e dos TJ´s (no caso de ofensa às Constituições Estaduais).

Gabarito: Errado.

52. No controle difuso da constitucionalidade, somente os tribunais poderão declarar a


inconstitucionalidade das leis e atos normativos, pelo voto da maioria dos seus membros.

Comentários:

Não são somente os tribunais que poderão declarar a inconstitucionalidade de lei no controle difuso. Os
juízes singulares também podem. Outro erro é que no caso de tribunais, precisa-se ainda do voto da
maioria absoluta dos membros, em observância da clausula de reserva de plenário encontrada no art. 97
da Constituição Federal.

Gabarito: Errado.

53. No controle difuso da constitucionalidade às decisões proferidas em única ou última


instância estarão sujeitas a recurso extraordinário, quando declararem a inconstitucionalidade de lei
federal.

Comentários:

No caso da declaração de inconstitucionalidade de lei federal ou ainda de tratado, o STF admite que
se faça recurso extraordinário, de acordo com a Constituição em seu art. 102, III, b.

Gabarito: Correto.

54. Ao estabelecer que "a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário nenhuma lesão ou ameaça
a direito", o inciso XXXV, do artigo 5º, da Constituição Federal está:

a) conferindo aos juízes em geral o poder de controle concentrado de constitucionalidade.

b) conferindo a todos os membros do Judiciário o poder de derrogar uma lei que lese ou ameace um
direito fundamental.
c) conferindo aos juízes e tribunais o controle difuso de constitucionalidade.

d) conferindo apenas aos tribunais o controle difuso de constitucionalidade.

e) conferindo tanto aos juízes de primeira instância, como aos tribunais, apenas o controle
concentrado de constitucionalidade.

Comentários:

O inciso XXXV do art. 5º nos mostra o chamado "princípio da inafastabilidade do Judiciário" que
significa que qualquer cidadão pode acionar diretamente o Poder Judiciário, para que este proteja
um direito seu que esteja sendo lesado ou ameaçado de ser lesado, e isso independentemente, em regra, de
ter tomado outras medidas anteriores.

O "Princípio da Inafastabilidade do Judiciário" possui diversos desdobramentos. Caso venhamos a


aplicá-lo sob o prisma do Controle de Constitucionalidade, veremos claramente que ele é o
legitimador do controle difuso, já que através de qualquer das ações próprias, o cidadão poderá invocar o
Poder Judiciário (independente de qual órgão) e pedir a sua proteção. Incidentalmente a este
processo, o Judiciário poderá declarar inconstitucional uma lei, realizando um controle difuso. Não
podemos dizer que a "Inafastabilidade do Judiciário" é legitimadora do controle concentrado, pois
este não é uma garantia do cidadão, já que somente aqueles legitimados do art. 103 da
Constituição é que poderão tomar a iniciativa das 3 ações próprias para tal.

Gabarito: Letra C.

55. A via de exceção para o controle de constitucionalidade é própria:

(A) do controle difuso.

(B) do controle concentrado.

(C) do controle concentrado e difuso.

(D) do controle feito pelo Magistrado, ex officio.

(E) da ação popular.

Comentários:

A via de exceção é a via que se faz através de uma defesa no caso concreto, recursos, etc. Assim, ela
é típica do controle difuso (controle realizado pelos diversos órgãos do Poder Judiciário) onde se
analisa dentro do caso concreto o chamado "incidente de inconstitucionalidade", ou seja, faz-se a
analise da constitucionalidade da norma para que se alcance o resultado principal que é a
resolução do caso concreto. O controle de constitucionalidade é mero incidente, meio para se chegar à
decisão do caso, não sendo o pedido principal.

Gabarito: Letra A.

56. O controle de constitucionalidade principal e concentrado somente pode ser exercido pelo
Supremo Tribunal Federal.

Comentários:

O controle de constitucionalidade concentrado pode ser exercido pelo Supremo Tribunal Federal, em se
tratando de ofensas à Constituição Federal, mas também pelos diversos Tribunais de Justiça da
Federação quando se tratar de ofensas às Constituições Estaduais.
Gabarito: Errado

57. Sobre o controle de constitucionalidade, NÃO é espécie de controle concentrado a ação


classificada como:

a) direta de inconstitucionalidade por omissão.


b) direta de inconstitucionalidade genérica.
c) direta de inconstitucionalidade interventiva.
d) direta de constitucionalidade objetiva.
e) declaratória de constitucionalidade.

Comentários:

Nós temos 3 ações: ADI, ADC e ADPF.

A ADI se divide em Genéria, Interventiva ou Por omissão.

Logo, não existe a ação da letra "d": ação direta de constitucionalidade objetiva.

Gabarito: Letra D.

58. O controle abstrato em face da Constituição Federal da República Federativa do Brasil é


exercido:

a) concorrentemente pelo Superior Tribunal de Justiça por meio da arguição de descumprimento de


preceito fundamental.

b) exclusivamente pelo Supremo Tribunal Federal por meio de ações, dentre outras, a ação direta de
inconstitucionalidade interventiva.

c) subsidiariamente pelos Tribunais Superiores por meio de representação, dentre outras, a direta de
inconstitucionalidade por omissão.

d) suplementarmente por qualquer Tribunal ou juiz, por meio da ação declaratória de constitucionalidade.

e) privativamente pelo Ministério Público Federal, por meio de ações, entre outras, de arguição de
cumprimento de preceito constitucional.

Comentários:

Controle abstrato tendo como o objeto a Constituição Federal é de competência exclusiva do Supremo,
através do julgamento de ADI, ADC e ADPF.

Gabarito: Letra B.

59.Considere as seguintes afirmações a respeito do sistema de controle de constitucionalidade vigente


no Brasil:

I. A ação declaratória de constitucionalidade pode ser proposta contra lei ou ato normativo federal ou
estadual.

II. A arguição de descumprimento de preceito fundamental é cabível contra lei editada anteriormente à
Constituição e com ela incompatível.
III. A ação direta de inconstitucionalidade é cabível contra lei ou ato normativo federal ou estadual
anterior à Constituição e com ela incompatível.

IV. Aos juízes de primeiro grau não cabe declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo,
ainda que incidentalmente no processo, tendo em vista a cláusula de "reserva de plenário" prevista
na Constituição Federal.

Está correto SOMENTE o que se afirma em


a) II.
b) III.
c) I e II.
d) I e III.
e) III e IV.

Comentários:

I - Errado. ADC só pode veicular leis federais.

II - Correto. A ADPF é será cabível para questionar a compatibilidade de atos anteriores à Constituição,
é a única ação que poderá fazer isso em controle abstrato. A outra hipótese seria a ocorrência de um
caso concreto.

III - Errado. Só a ADPF pode questionar compatibilidades de atos anteriores à Constituição. A ADI não
pode.

IV - Errado. A Cláusula da Reserva de Plenário, que exige, como requisito para declarar a
inconstitucionalidade, o voto da maioria absoluta dos votos dos membros do pleno ou órgão especial, é
obrigatória para os "tribunais". Não se aplica para o juízo monocrático (juiz singular de primeiro grau).

Gabarito: Letra A.

60. De acordo com a teoria da recepção, decreto-lei que tenha sido editado sob a égide de
Constituição anterior, e compatível, em princípio, com a nova ordem constitucional,

a) continua válido no ordenamento jurídico e pode ser submetido ao controle de constitucionalidade


concentrado por meio de arguição de descumprimento de preceito fundamental.

b) transforma-se, por mutação constitucional, em lei ordinária e passa a incorporar a nova ordem
constitucional com uma nova numeração.

c) passa a integrar a nova ordem constitucional com hierarquia inferior à lei complementar e à lei
ordinária.

d) insere-se na nova ordem constitucional automaticamente, mas o Supremo Tribunal Federal, por meio
de Ação Direta de Inconstitucionalidade, poderá anular seus efeitos.

e) incorpora-se à nova ordem constitucional apenas se, por mutação constitucional, transformar-se em
decreto legislativo mediante aprovação do Congresso Nacional.

Comentários:

Sabemos que os decretos-lei, caso materialmente válidos, continuam vigorando em nosso ordenamento
jurídico como se leis fossem.

Desta forma, eles poderão sofrer controle de constitucionalidade? Sim!


Por via de ADI? Não, já que são atos criados anteriormente à Constituição Vigente. Logo, somente a
ADPF (no caso de controle concentrado) ou o controle difuso é que poderiam questionar a
validade do ato.

Lembro que a decisão proferida na ADPF, não será pela constitucionalidade/inconstitucionalidade do ato,
e sim pela sua recepção/revogação, já que não existe inconstitucionalidade em face de uma Constituição
posterior (inconstitucionalidade superveniente), apenas a inconstitucionalidade congênita.
Gabarito: Letra A.

61. Compete ao Tribunal de Justiça exercer o controle concentrado de leis municipais em face da
Constituição Federal eis que no artigo 5º, XXXV consta expressamente que a lei não excluirá
da apreciação do poder judiciário lesão ou ameaça à direito.

Comentários:

Controle concentrado em face da Constituição Federal é feito apenas pelo STF.

Gabarito: Errado.

62. A arguição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente da Constituição Federal, será


apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, pelo Superior Tribunal de Justiça ou pelos Tribunais Federais
de Recurso, na forma da Lei.

Comentários:

A ADPF se trata de uma ação objetiva que deve ser impetrada diretamente no STF. Outro erro é o fato de
não existirem "tribunais federais de recurso".

Gabarito: Errado.

63. Com o advento da Lei nº 9.882/99, que regulamenta a ADPF, está admitido o exame da
legitimidade do direito pré-constitucional em face da norma
constitucional superveniente.

Comentários:

O art. 1º, parágrafo único, I da lei 9882/99 que regulamenta a ADPF, dispõe que caberá ADPF quando for
relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal,
estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição. Neste caso não se trata de controle de
constitucionalidade e sim um controle de compatibilidade material para decidir se a norma foi
recepcionada ou não pelo texto constitucional superveniente.

Gabarito: Correto.

64. De acordo com a jurisprudência do STF, uma ação direta de inconstitucionalidade, tendo
como parâmetro a Constituição Federal, pode ter por objeto lei ou ato normativo municipal.

Comentários:

A ação direta de inconstitucionalidade só pode veicular leis federais e estaduais (CF, art. 102, I, a).

Gabarito: Errado.
65. Um dos pressupostos para o cabimento da ação declaratória de constitucionalidade é a comprovação
da controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da disposição que se pretende levar a julgamento.

Comentários:

Trata-se de dispositivo da lei 9868/99 (Art. 14, III) que diz que a petição inicial indicará: a
existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da disposição objeto da ação declaratória.

Gabarito: Correto.

66. Lei estadual não pode ser objeto de ação direta de inconstitucionalidade ajuizada perante o
Supremo Tribunal Federal.

Comentários:

A ADI pode veicular tanto leis federais quanto estaduais. Diferentemente da ADC que só veicula leis
federais.

Gabarito: Errado.

67. Caberá arguição de descumprimento de preceito fundamental quando for relevante o fundamento da
controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo municipal, inclusive se anterior à Constituição.

Comentários:

O art. 1º, parágrafo único, I da lei 9882/99 que regulamenta a ADPF, dispõe que caberá ADPF quando for
relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal,
estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição. Neste caso porém, não se trata de
controle de constitucionalidade e sim um controle de compatibilidade material para decidir se a norma foi
recepcionada ou não pelo texto constitucional superveniente.

Gabarito: Correto.

68. A ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade têm por objeto lei
ou ato normativo federal ou estadual impugnado em face da Constituição da República.

Comentários:

Realmente a ADI poderá veicular leis federais ou estaduais, porém, a


ADC só poderá veicular leis federais. Gabarito: Errado.

69. A ação declaratória de constitucionalidade somente será julgada se existir controvérsia judicial
relevante sobre a aplicação da lei ou do ato normativo de que trata a ação.

Comentários:

Trata-se de um requisito particular à ADC. Este dispositivo pode ser encontrado na lei 9868/99 (Art. 14,
III) que diz que a petição inicial indicará: a existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação
da disposição objeto da ação declaratória.
Gabarito: Correto.

70. Para os casos em que a falta da norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e
liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania, a CF
enumera, taxativamente, os legitimados para a propositura de ação direta de inconstitucionalidade por
omissão.

Comentários:

A questão mistura dois conceitos: a inconstitucionalidade por omissão e o mandado de injunção. Esses
dois institutos possuem diversas similaridades, mas também diversas distinções. Uma destas
diferenças se dá pelo fato de que a ADI por omissão é usada em um caso abstrato de falta de
regulamentação de uma norma constitucional, e o mandado de injunção é usado no caso concreto
onde a falta da norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais
e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania. Logo, a questão erra pois
deveria prever o uso do mandado de injunção para sanar o caso em tela e não a ADI por omissão.

Gabarito: Errado.

71. A omissão do poder público que justifica o ajuizamento da ADI por omissão é aquela
relativa às normas constitucionais de eficácia contida de caráter impositivo, em que a CF investe o
legislador na obrigação de expedir comandos normativos.

Comentários:

O correto seria dizer que se tratam das normas de eficácia limitada, onde a não edição da norma provoca a
inaplicabilidade do dispositivo constitucional.

Gabarito: Errado.

72. A supremacia da Constituição exige que todas as situações jurídicas se conformem com
os princípios e preceitos da Constituição, mas ainda não existe instrumento jurídico capaz de corrigir
omissão inconstitucional.

Comentários:

Para suprir a omissão inconstitucional está previsto o uso da ação direta de inconstitucionalidade
por omissão (ADINPO), prevista no art. 103 §2º CF.

Gabarito: Errado.

73. A ação direta de inconstitucionalidade interventiva é espécie de controle concentrado.

Comentários:

A ADI interventiva é uma subespécie de ADI. A ADI se manifesta nas suas formas: genérica, por omissão,
e interventiva. Todas elas são instrumentos para levar diretamente ao Supremo, controvérsias
constitucionais.

Gabarito: Correto.
74. Ação direta de inconstitucionalidade por omissão é espécie de controle difuso.

Comentários:

Trata-se de controle concentrado, direto. Gabarito: Errado.

75. (ESAF/AFRFB/2009) Proclamada a inconstitucionalidade do dispositivo, pelo Supremo Tribunal


Federal, julgar-se-á improcedente a ação direta de inconstitucionalidade.

Comentários:

Neste caso ela será julgada "procedente", pois o seu objetivo é justamente proclamar uma
inconstitucionalidade.

Gabarito: Errado.

76. Por meio da ação direta de inconstitucionalidade não é possível declarar a invalidade de uma lei
anterior à atual Constituição, sob o fundamento de que tal lei violara a Constituição em vigor ao tempo da
sua edição, mas é possível a declaração da inconstitucionalidade dessa mesma lei, por ser materialmente
incompatível com a nova Constituição.

Comentários:

Para que haja inconstitucionalidade de uma lei, esta lei deve “nascer” com o vício, não se admite o que
chamamos de “inconstitucionalidade superveniente”, ou seja, a lei se tornar inconstitucional no decurso
do tempo. Assim, uma lei só pode ser declarada inconstitucional perante a Constituição da época a qual
foi criada, assim, ainda que possível fazer um controle de uma norma anterior a Constituição perante a
Constituição vigente, este controle será apenas de “compatibilidade”, analisando-se se a norma foi
recepcionada ou revogada pela nova constituição, não será um controle de “constitucionalidade”.
Exemplo disto foi o julgamento da ADPF pelo STF que julgou como revogada a lei de imprensa anterior
a CF/88, veja que a decisão não foi dada como a lei sendo “inconstitucional”, mas sim como sendo
revogada.

Gabarito: Errado.

77. O direito brasileiro não conhece instrumento apto para que o Judiciário pronuncie a
inconstitucionalidade de lei anterior à Constituição em vigor, por ser tal lei infringente da
Constituição que estava em vigor quando editada.

Comentários:

Poderá ser usado o controle concreto da norma pela via difusa, o que não poderá é se usar o controle
concentrado.

Gabarito: Errado.
78. Após alteração do texto constitucional que promoveu a reforma do Poder Judiciário, são
legitimados para a propositura da ação direta de inconstitucionalidade interventiva os mesmos
legitimados para a propositura da ação direta de inconstitucionalidade por omissão.

Comentários:

Somente o PGR é legitimado a propor ADI interventiva, já a ADI por omissão pode ser proposta
pelos mesmos legitimados da ADI genérica que estão no art. 103 da CF.

Gabarito: Errado.

79. Somente caberá arguição de descumprimento de preceito fundamental em decorrência


de controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal.

Comentários:

No caso de ADPF poderá ser veiculada lei federal, estadual e até mesmo municipal. A ADC é que
só pode ser usada para leis federais.

Gabarito: Errado.

80. Leis estaduais e municipais podem ser objeto de ação declaratória de constitucionalidade
proposta pelo Presidente da República.

Comentários:

A ADC só poderá veicular leis federais (CF, art. 102, I, a). Gabarito: Errado.

81. O Poder Legislativo está autorizado a aprovar lei em cujos dispositivos se declarem nulas e de
nenhuma eficácia, por serem inconstitucionais, outras leis de sua autoria.

Comentários:

Segundo o STF, uma lei não é instrumento hábil para fazer controle de constitucionalidade, a referida lei
deveria ser submetida à controle de constitucionalidade por via de ação direta no STF, já que no Brasil
temos o sistema jurisdicional de controle de constitucionalidade.

Gabarito: Errado.

82. O Ministério Público é parte legítima para propor ação civil pública que impugna instituição
inconstitucional de tributo.

Comentários:

A ação civil pública não pode ser usada em substituição às ações do controle direto de
constitucionalidade.

Gabarito: Errado.

83. Na ação direta de inconstitucionalidade, a atividade judicante do STF está condicionada pelo pedido,
mas não pela causa de pedir, que é tida como "aberta".
Comentários:

É uma característica do controle de constitucionalidade abstrato possuir causa de pedir “aberta”, ou


seja, o STF não se vincula ao pedido do impetrante, podendo declarar a inconstitucionalidade
com base em outro dispositivo. No entanto, não ocorre dispensa da fundamentação do pedido, apenas, a
fundamentação não vincula o Supremo, que poderá achar outras razões para acatar ou não o pedido dada
a relevância da controvérsia.

Gabarito: Correto.

Quem pode propor estas ações?

Os legitimados estão dispostos taxativamente no art. 103 da CF, e se dividem em 2 grupos: os legitimados
universais e os legitimados especiais. Estes são chamados especiais pois precisam demonstrar pertinência
temática para propor a ação, ou seja, que tenham efetivo interesse na causa.

1- O Presidente da República;

2- O PGR;

3- O CONSELHO FEDERAL da OAB;

4- Partido político com representação no CN;

5- A Mesa de qualquer das Casas Legislativas;

Legitimados
Universais:
Não precisam demonstrar pertinência temática.

6- A Mesa de Assembléia Legislativa Estadual ou Câmara


Legislativa do DF;

7- O Governador de Estado/DF;

8- Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.


Legitimados Especiais: Precisam demonstrar pertinência temática.

Observações:

1- Observe que a Mesa do CN não tem legitimidade para propor ADIN e ADECON;

2- A perda da representação do partido político junto ao CN NÃO prejudica a ação já impetrada;

3- O STF reconhece, desde 2004 após rever a sua jurisprudência, a legitimidade ativa das chamadas
associação de associações para fins de ajuizamento da ADI.

84. A ação declaratória de constitucionalidade, junto ao Supremo Tribunal Federal, NÃO poderá ser
proposta
a) pela entidade de classe de âmbito nacional.
b) pela Mesa da Câmara Legislativa.
c) pelo Governador do Distrito Federal.
d) pela confederação sindical.
e) pelo Prefeito Municipal.

Comentários:

Os legitimados para propor ADC encontram-se previstos no art. 103 da Constituição. Da relação ali
presente, somente os Prefeitos Municipais não possuem a legitimidade.

Gabarito: Letra E.

85. Dentre outros, pode propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de
constitucionalidade, o Advogado-Geral da União.

Comentários:

O AGU embora participe do processo de controle de constitucionalidade defendendo a lei, não


possui legitimidade para interpor ações diretas, pois não foi elencado na relação do art. 103 da
Constituição.
Gabarito: Errado.

86. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade,


além de outros, o Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil e o Controlador-Geral da República.

Comentários:

Somente podem propor tais ações os legitimados pelo art. 103 da


Constituição, o qual não elenca os citados na assertiva. Gabarito: Errado.

87. Sobre a ação direta de inconstitucionalidade, podemos afirmar que estão legitimados para sua
propositura, dentre outros, o Procurador-Geral da República e o Conselho Federal da Ordem dos
Advogados do Brasil.

Comentários:

São legitimados presentes no art. 103 da Constituição, neste artigo podemos achar a relação de todos
os legitimados ativos para a propositura das ações diretas.

Gabarito: Correto.

88. O Prefeito Municipal está presente no rol de legitimados à propositura de Ação Declaratória de
Constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal, nos termos da Constituição Federal de 1988.

Comentários:

Este rol está presente no art.103 da Constituição e dele não consta o prefeito municipal.

Gabarito: Errado.
89. A Mesa da Câmara Legislativa do Distrito Federal é legitimada à propositura de Ação
Direta de Inconstitucionalidade.

Comentários:

Observando o rol presente no art. 103 da Constituição, que dispõe sobre os legitimados ativos do
controle direto, podemos encontrar a mesa da Câmara Legislativa do DF.

Gabarito: Correto.

90. A legitimação para propor ação direta de inconstitucionalidade é de um terço dos membros do
Senado Federal ou da Câmara dos Deputados.

Comentários:

A questão tentou confundir o candidato com a legitimidade para propor emendas constitucionais
(art. 60). Para propor ADI, deve-se observar o rol do art. 103, onde não está presente o disposto no
enunciado.

Gabarito: Errado.

91. O Advogado-Geral da União não tem legitimidade para a propositura da ação direta de
inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade.

Comentários:

Ele não foi contemplado pelo legislador constituinte como um legitimado, através do art. 103 da
Constituição Federal.

Gabarito: Correto.

92. A ação direta de inconstitucionalidade por omissão pode ser proposta pelos mesmos
legitimados à propositura da ação direta de inconstitucionalidade genérica e da ação declaratória de
constitucionalidade.

Comentários:

A ADI, a ADC e a ADPF possuem os mesmos legitimados. São aqueles que estão no art. 103 da
Constituição. A ADI, no entanto, pode ser classificada como ADI genérica, ADI por omissão ou ADI
interventiva. Somente a ADI interventiva possui a especificidade quanto à legitimação ativa, nesta espécie
de ADI, só o Procurador-Geral da República é que poderá ingressar com a ação no STF, mas nenhum
outro. Na ADI por omissão, no entanto, não há diferenças para a ADI genérica quanto aos legitimados.

Gabarito: Correto.

93. A aferição da legitimidade do partido político para a propositura de uma ação direta de
inconstitucionalidade deve ser feita no momento da propositura da ação, sendo irrelevante a
ulterior perda de representação no Congresso Nacional.
Comentários:

Segundo o STF, a perda superveniente de representação parlamentar não desqualifica o partido político
como legitimado ativo para a propositura da ação direta de inconstitucionalidade, tal aferição deve ser
feita no momento da propositura.

Gabarito: Correto.

94. O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil tem legitimidade ativa para propor ação
declaratória de constitucionalidade, nos termos da Lei n.º
9.868/1999.

Comentários:

Após a EC 45/04 os legitimados para ADI e ADC passaram a ser os mesmos, eles estão dispostos do art.
103, entre eles está o Conselho Federal da OAB.

Gabarito: Correto.

95. O Presidente da República não possui legitimidade para ajuizar ação direta de
inconstitucionalidade, haja vista poder exercer o seu poder de veto, na Constituição Federal (CF).

Comentários:

Realmente, o Presidente pode exercer o poder de veto, no caso trata- se do veto jurídico que é a
forma de o Presidente da República exercer o controle preventivo de constitucionalidade, mas
ele também poderá exercer controle repressivo de constitucionalidade e fará isso através do ajuizamento
da ação direta, e esta legitimação é conferida pelo art. 103 da Constituição.

Gabarito: Errado

96. O STF reconhece a prefeito municipal legitimidade ativa para o ajuizamento de arguição de
descumprimento de preceito fundamental, não obstante a ausência de sua legitimação para a ação
direta de inconstitucionalidade.

Comentários:

Os legitimados para propor ADPF são os mesmos legitimados para propor ADI e ADC. Eles estão
dispostos no art. 103 da Constituição e, neste rol, não encontramos a legitimidade para os prefeitos
municipais.

Gabarito: Errado

97. Não se exige, para fins de ajuizamento e conhecimento da ADI, a prova da pertinência
temática por parte das Mesas do Senado Federal, da Câmara dos Deputados, das assembleias legislativas
dos estados ou da Câmara Legislativa do DF.

Comentários:

Os legitimados do art. 103 da Constituição são divididos em 2 grupos: os universais e os


especiais. Enquanto os universais podem propor ADI sobre qualquer matéria, os especiais precisam
demonstrar que tem interesse na causa (pertinência temática). Assim temos como legitimados
universais: o Presidente da República, o PGR, o Conselho Federal da OAB, partido político com
representação no CN e, a Mesa de qualquer das Casas Legislativas. Temos como legitimados
especiais: a Mesa de Assembleia Legislativa Estadual ou Câmara Legislativa do DF, o Governador de
Estado/DF e, a confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.

Gabarito: Errado

98. O sistema de controle Judiciário de Constitucionalidade repressiva denominado reservado ou


concentrado é exercido por via de ação.

Comentários:

Para se impugnar diretamente uma norma no Supremo deve-se fazer uso das ações do controle de
constitucionalidade (ADI, ADC e ADPF), por isso ser chamado de "via de ação".

Gabarito: Correto.

99. A partir da promulgação da Constituição de 1988, o cidadão brasileiro conta com uma
multiplicidade de formas de participação política sem precedentes na história do País. É uma forma de
participação popular na esfera pública a possibilidade de qualquer cidadão propor individualmente
Ação Direta de Inconstitucionalidade junto ao Supremo Tribunal Federal.

Comentários:

A ação direta de inconstitucionalidade (ADI) só poderá ser proposta pelos legitimados do art. 103 CF, o
qual não inclui o cidadão.

Gabarito: Errado.

100. Tem legitimidade para propor ação direta de inconstitucionalidade e ação declaratória de
constitucionalidade, exceto:

a) o Governador de Estado e do Distrito Federal.

b) o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.

c) os Prefeitos.

d) o Presidente da República.

e) partido político com representação no Congresso Nacional.

Comentários:

Os legitimados para propor as ações do controle direto de constitucionalidade, seja a ADI, a ADPF ou a
ADC (pedida pelo enunciado) são aqueles dispostos no art. 103 da Constituição. O rol apresentado em tal
artigo não inclui os prefeitos.

Gabarito: Letra C.
101. O Supremo Tribunal Federal, em sede de Ação Direta de Inconstitucionalidade, exige
pertinência temática, quando a ação é proposta pelo Governador do Distrito Federal.

Comentários:

O Governador, tanto do DF quanto de qualquer Estado, deverá demonstrar a pertinência temática, ou seja,
que é efetivamente interessado na causa da ação. Caso contrário será negada a propositura.

Gabarito: Correto.

102. A Mesa do Congresso Nacional não tem legitimidade para a propositura da Ação Direta de
Inconstitucionalidade.

Comentários:

Parece algo estranho, mas é verdade. A relação do art. 103 da Constituição elencou somente as Mesas da
Câmara e do Senado, separadamente, como legitimadas à propositura. Não admitiu a Mesa do Congresso
Nacional (em conjunto).

Gabarito: Correto.

103. A perda da representação do partido político junto ao Congresso Nacional implica na perda
da capacidade postulatória, com consequente extinção, sem resolução do mérito, da Ação Direta de
Inconstitucionalidade anteriormente proposta.

Comentários:

Segundo o STF, a perda superveniente de representação parlamentar não desqualifica o partido político
como legitimado ativo para a propositura da ação direta de inconstitucionalidade, tal aferição deve ser
feita no momento da propositura.

Gabarito: Errado

104. O Supremo Tribunal Federal não reconhece a legitimidade ativa das chamadas
associação de associações para fins de ajuizamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade.

Comentários:

O STF, a partir de 2004, reviu a sua jurisprudência e passou a aceitar a legitimidade ativa da "associação
de associações".

Gabarito: Errado

105. Não tem legitimidade para propor a ação direta de inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal
Federal: O Presidente do Congresso Nacional.

Comentários:

O Presidente do Congresso não está entre os legitimados pelo art.


103 da Constituição. Apenas as Mesas do Senado e da Câmara (separadamente) e o Partido Político
com representação no Congresso é que poderão, no âmbito parlamentar federal, propor ações
diretas ao Supremo.
Gabarito: Correto.

106. A ação declaratória de constitucionalidade NÃO pode

(A) ter por objeto lei estadual.

(B) ter por objeto ato normativo federal.

(C) ser ajuizada por Governador de estado.

(D) ser ajuizada somente depois de demonstrada controvérsia judicial relevante.

(E) ser ajuizada pelo Governador do Distrito Federal.

Comentários:

A ADC tem a particularidade de só tratar de normas federais (obviamente falando da ADC em âmbito
federal). É preciso ter muita atenção à isso:

ADI – Só pode veicular (tratar sobre) leis federais ou estaduais;

ADC – Só veicula leis federais;

ADPF – Pode veicular qualquer lei: federal, estadual ou municipal.

As assertivas C e E estão de acordo com o art. 103 da Constituição, e a assertiva D traz uma requisito
particular para se propor ADC, previsto na lei 9868/99 (art. 14, III). Assim, a ADC para ser aceita deve
ter em sua petição inicial a comprovação da existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação
da disposição objeto da ação declaratória.

Gabarito: Letra A.

107. Qualquer cidadão pode propor ação direta de inconstitucionalidade perante o Supremo
Tribunal Federal, desde que demonstre interesse jurídico na solução da questão constitucional subjacente,
podendo ser condenado no décuplo das custas o autor da ação considerada temerária.

Comentários:

A ação direta de inconstitucionalidade (ADI) só poderá ser proposta pelos legitimados do art. 103 da
Constituição, e o cidadão não está incluído em tal relação.

Gabarito: Errado.

108. Não possui legitimidade para propor ação direta de inconstitucionalidade:

a) a mesa da Câmara dos Deputados.


b) a mesa do Senado Federal.
c) a mesa do Congresso Nacional.
d) a mesa da Câmara Legislativa do Distrito Federal.
e) a confederação sindical de âmbito nacional.

Comentários:

Questão bem interessante. Embora a mesa da Câmara e a mesa do Senado possam, em separado, propor a
ADI. A mesa do congresso nacional não poderá fazer esta proposta, já que ela não consta na relação do
art. 103 da Constituição.

Gabarito: Letra C.

109. Perante o Supremo Tribunal Federal, a ação direta declaratória de inconstitucionalidade de lei ou
ato normativo federal ou estadual em face da Constituição Federal pode ser proposta :

a) pelo Procurador-Geral da República, com exclusividade.

b) pelo Presidente da República, pela Mesa do Senado Federal, pela Mesa da Câmara dos Deputados
ou pelo Procurador-Geral da República.

c) pelo Presidente da República, pela Mesa do Senado Federal, pela Mesa da Câmara dos Deputados,
por Mesa de Assembleia Legislativa, por Governador do Estado, pelo Procurador-Geral da República,
pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, por partido político com representação
no Congresso Nacional, por confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.

d) pelo Procurador-Geral da República, pelo Conselho Federal da


Ordem dos Advogados do Brasil e pelo Advogado-Geral da União.

e) pela Mesa do Senado Federal, pela Mesa da Câmara dos Deputados, por Mesa de
Assembleia Legislativa, por Governador do Estado, pelo Procurador-Geral da República, pelo Conselho
Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, por partido político com representação no Congresso
Nacional, por confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional e estadual.

Comentários:

O art. 103 da Constituição Federal, após a EC 45/04 passou a trazer os legitimados tanto para a
propositura da ADI, quanto da ADC, e por força da lei 9882/99, estes também são os legitimados
para propor ADPF.

A letra A estaria correta se fosse uma "ADI interventiva". Porém, para propor a ADC temos que
observar todos aqueles do art. 103 da Constituição. Desta forma, está errado também a letra B e
D por serem muito restritas.

A letra E erra, pois excluiu o "presidente da República" e colocou como legitimada a confederação
sindical ou entidade de classe de âmbito estadual, quando somente a de "âmbito federal" é que seria a
legitimada.

Gabarito: Letra C

110. Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato
normativo, citará, previamente, o Procurador- Geral da República, que defenderá o ato ou texto
impugnado.

Comentários:

Consoante com a Constituição em seu art. 103 § 1º, o Procurador- Geral da República deverá ser
previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do
Supremo Tribunal Federal. Porém, não se pode falar que o PGR irá defender o texto impugnado. Isto é
competência do AGU e não do PGR (CF, art. 103 §3º). Aliás, a questão é a perfeita literalidade do
disposto na Constituição, art. 103 §3º.
Gabarito: Errado.

111. O Advogado-Geral da União deverá ser previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em
todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal.

Comentários:

Neste caso, não será o AGU e sim o Procurador-Geral da República (CF, art. 103 §1º).

Gabarito: Errado.

112. Quando o STF apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato


normativo, compete ao Advogado-Geral da União exercer a função de curador especial do princípio da
presunção de constitucionalidade da norma, razão pela qual não poderá, em hipótese alguma, manifestar-
se pela inconstitucionalidade do ato impugnado.

Comentários:

Na época da questão, ela já estava errada pelo uso de "hipótese alguma", já que o AGU não
precisaria fazer a defesa caso já existissem precedentes do tribunal que indiquem para a
inconstitucionalidade do ato. Atualmente, a questão continua errada, mas pelo fato de que, na atual
jurisprudência do STF (questão de ordem na ADI 3916), o entendimento é o de que o AGU
possui liberdade de agir, não estando obrigado a defender o ato impugnado em ação direta de
inconstitucionalidade.

Gabarito: Errado.

113. Nas ações declaratórias de constitucionalidade, é obrigatória a atuação


do Advogado- Geral da União no processo como curador da presunção de constitucionalidade da
lei.

Comentários:

Ele será chamado apenas no caso de apreciação da inconstitucionalidade, pois


deverá defender o dispositivo impugnado.

Gabarito: Errado.

114. É consequência da rigidez constitucional:

(A) o princípio do Estado Democrático de Direito.


(B) o princípio da Supremacia da Constituição.
(C) a inalterabilidade do texto constitucional.
(D) o controle concentrado da constituição.
(E) a presença, em seu texto, de normas fundamentais.

Comentários:

Somente em constituições formais e rígidas é que podemos verificar o fenômeno da "supremacia da


constituição", já que, em constituições materiais e flexíveis, qualquer norma que tratasse de assunto
essencialmente constitucional seria considerada Constituição.

Gabarito: Letra B.
115. Perante a Constituição brasileira em vigor, a legislação pertinente e a doutrina, o controle de
constitucionalidade no Brasil:

a) é misto, com tendência de intensificação do modelo concentrado de controle.

b) adota unicamente o modelo do "judicial review", de origem na decisão da Corte Suprema dos
EUA, proferida em 1803.

c) segue, com exclusividade, a linha do modelo kelseniano, introduzido na Constituição da Áustria,


de 1920.

d) segue o chamado modelo francês, que adota o sistema de controle jurisdicional preventivo.

e) é misto, com absoluta equivalência entre o sistemas de controle difuso e concentrado.

Comentários:

A resposta correta é a letra A. Veja que a banca não disse apenas "misto" e ponto final, mas
explicou (em outras palavras): é misto pois estamos nos referindo à vias concentradas e difusas do
controle jurisdicional, havendo predominância pela concentrada.

Gabarito: Letra A.

116. Em relação ao órgão controlador, a ocorrência em Estados onde o órgão que garante a supremacia
da Constituição sobre o ordenamento jurídico é distinto dos demais Poderes do Estado caracteriza
espécie de controle:

a) indeterminado.
b) jurídico.
c) judiciário.
d) misto.

e) político.

Comentários:

Quando o órgão responsável pelo controle é autônomo, desvinculado dos demais poderes (principalmente
do Judiciário), estamos diante do controle político, tal qual ocorre em certos países Europeus que
possuem o "Tribunal Constitucional". Gabarito: Letra E.

117. Ao estabelecer que "a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário nenhuma lesão ou ameaça
a direito", o inciso XXXV, do artigo 5º, da Constituição Federal está:

a) conferindo aos juízes em geral o poder de controle concentrado de constitucionalidade.

b) conferindo a todos os membros do Judiciário o poder de derrogar uma lei que lese ou ameace um
direito fundamental.

c) conferindo aos juízes e tribunais o controle difuso de constitucionalidade.

d) conferindo apenas aos tribunais o controle difuso de constitucionalidade.

e) conferindo tanto aos juízes de primeira instância, como aos tribunais, apenas o controle
concentrado de constitucionalidade.

Comentários:

O inciso XXXV do art. 5º nos mostra o chamado "princípio da inafastabilidade do Judiciário" que
significa que qualquer cidadão pode acionar diretamente o Poder Judiciário, para que este proteja
um direito seu que esteja sendo lesado ou ameaçado de ser lesado, e isso independentemente, em regra, de
ter tomado outras medidas anteriores.

O "Princípio da Inafastabilidade do Judiciário" possui diversos desdobramentos. Caso venhamos a


aplicá-lo sob o prisma do Controle de Constitucionalidade, veremos claramente que ele é o
legitimador do controle difuso, já que através de qualquer das ações próprias, o cidadão poderá invocar o
Poder Judiciário (independente de qual órgão) e pedir a sua proteção. Incidentalmente a este
processo, o Judiciário poderá declarar inconstitucional uma lei, realizando um controle difuso. Não
podemos dizer que a "Inafastabilidade do Judiciário" é legitimadora do controle concentrado, pois
este não é uma garantia do cidadão, já que somente aqueles legitimados do art. 103 da
Constituição é que poderão tomar a iniciativa das 3 ações próprias para tal.

Gabarito: Letra C.

118. A via de exceção para o controle de constitucionalidade é própria:

(A) do controle difuso.

(B) do controle concentrado.

(C) do controle concentrado e difuso.

(D) do controle feito pelo Magistrado, ex officio.

(E) da ação popular.

Comentários:

A via de exceção é a via que se faz através de uma defesa no caso concreto, recursos, etc. Assim, ela
é típica do controle difuso (controle realizado pelos diversos órgãos do Poder Judiciário) onde se
analisa dentro do caso concreto o chamado "incidente de inconstitucionalidade", ou seja, faz-se a
analise da constitucionalidade da norma para que se alcance o resultado principal que é a
resolução do caso concreto. O controle de constitucionalidade é mero incidente, meio para se chegar à
decisão do caso, não sendo o pedido principal.

Gabarito: Letra A.

119. Sobre o controle de constitucionalidade, NÃO é espécie de controle concentrado a ação


classificada como:

a) direta de inconstitucionalidade por omissão.


b) direta de inconstitucionalidade genérica.
c) direta de inconstitucionalidade interventiva.
d) direta de constitucionalidade objetiva.
e) declaratória de constitucionalidade.

Comentários:

Nós temos 3 ações: ADI, ADC e ADPF.

A ADI se divide em Genéria, Interventiva ou Por omissão.

Logo, não existe a ação da letra "d": ação direta de constitucionalidade objetiva.

Gabarito: Letra D.

120. O controle abstrato em face da Constituição Federal da República Federativa do Brasil é


exercido:
a) concorrentemente pelo Superior Tribunal de Justiça por meio da arguição de descumprimento de
preceito fundamental.

b) exclusivamente pelo Supremo Tribunal Federal por meio de ações, dentre outras, a ação direta de
inconstitucionalidade interventiva.

c) subsidiariamente pelos Tribunais Superiores por meio de representação, dentre outras, a direta de
inconstitucionalidade por omissão.

d) suplementarmente por qualquer Tribunal ou juiz, por meio da ação declaratória de constitucionalidade.

e) privativamente pelo Ministério Público Federal, por meio de ações, entre outras, de arguição de
cumprimento de preceito constitucional.

Comentários:

Controle abstrato tendo como o objeto a Constituição Federal é de competência exclusiva do Supremo,
através do julgamento de ADI, ADC e ADPF.

Gabarito: Letra B.

121.Considere as seguintes afirmações a respeito do sistema de controle de constitucionalidade


vigente no Brasil:

I. A ação declaratória de constitucionalidade pode ser proposta contra lei ou ato normativo federal ou
estadual.

II. A arguição de descumprimento de preceito fundamental é cabível contra lei editada anteriormente à
Constituição e com ela incompatível.

III. A ação direta de inconstitucionalidade é cabível contra lei ou ato normativo federal ou estadual
anterior à Constituição e com ela incompatível.

IV. Aos juízes de primeiro grau não cabe declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo,
ainda que incidentalmente no processo, tendo em vista a cláusula de "reserva de plenário" prevista
na Constituição Federal.

Está correto SOMENTE o que se afirma em


a) II.
b) III.
c) I e II.
d) I e III.
e) III e IV.

Comentários:

I - Errado. ADC só pode veicular leis federais.

II - Correto. A ADPF é será cabível para questionar a compatibilidade de atos anteriores à Constituição,
é a única ação que poderá fazer isso em controle abstrato. A outra hipótese seria a ocorrência de um
caso concreto.

III - Errado. Só a ADPF pode questionar compatibilidades de atos anteriores à Constituição. A ADI não
pode.
IV - Errado. A Cláusula da Reserva de Plenário, que exige, como requisito para declarar a
inconstitucionalidade, o voto da maioria absoluta dos votos dos membros do pleno ou órgão especial, é
obrigatória para os "tribunais". Não se aplica para o juízo monocrático (juiz singular de primeiro grau).

Gabarito: Letra A.

122. De acordo com a teoria da recepção, decreto-lei que tenha sido editado sob a égide de
Constituição anterior, e compatível, em princípio, com a nova ordem constitucional,

a) continua válido no ordenamento jurídico e pode ser submetido ao controle de constitucionalidade


concentrado por meio de arguição de descumprimento de preceito fundamental.

b) transforma-se, por mutação constitucional, em lei ordinária e passa a incorporar a nova ordem
constitucional com uma nova numeração.

c) passa a integrar a nova ordem constitucional com hierarquia inferior à lei complementar e à lei
ordinária.

d) insere-se na nova ordem constitucional automaticamente, mas o Supremo Tribunal Federal, por meio
de Ação Direta de Inconstitucionalidade, poderá anular seus efeitos.

e) incorpora-se à nova ordem constitucional apenas se, por mutação constitucional, transformar-se em
decreto legislativo mediante aprovação do Congresso Nacional.

Comentários:

Sabemos que os decretos-lei, caso materialmente válidos, continuam vigorando em nosso ordenamento
jurídico como se leis fossem. Desta forma, eles poderão sofrer controle de constitucionalidade? Sim!

Por via de ADI? Não, já que são atos criados anteriormente à Constituição Vigente. Logo, somente a
ADPF (no caso de controle concentrado) ou o controle difuso é que poderiam questionar a
validade do ato.

Lembro que a decisão proferida na ADPF, não será pela constitucionalidade/inconstitucionalidade do ato,
e sim pela sua recepção/revogação, já que não existe inconstitucionalidade em face de uma Constituição
posterior (inconstitucionalidade superveniente), apenas a inconstitucionalidade congênita.
Gabarito: Letra A.

123. A ação declaratória de constitucionalidade, junto ao Supremo Tribunal Federal, NÃO poderá ser
proposta

a) pela entidade de classe de âmbito nacional.


b) pela Mesa da Câmara Legislativa.
c) pelo Governador do Distrito Federal.
d) pela confederação sindical.
e) pelo Prefeito Municipal.

Comentários:

Os legitimados para propor ADC encontram-se previstos no art. 103 da Constituição. Da relação ali
presente, somente os Prefeitos Municipais não possuem a legitimidade.

Gabarito: Letra E.

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