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Impressionismo e Fotografia:
Um diálogo contemporâneo
Brasília
2015
Lucas Ribeiro Reis
Impressionismo e Fotografia:
Um diálogo contemporâneo
Brasília
2015
“[...]Ora, a forma! Ora, os mestres! Não
precisamos mais deles, meu pobre amigo!
Mudamos tudo isso.” Louis Leroy
Lucas Ribeiro Reis
Impressionismo e Fotografia:
Um diálogo contemporâneo
Branca examinadora
1. Introdução...............................................................................................................8
1.1.Objetivos...............................................................................................................9
1.1.1. Objetivo Geral....................................................................................................9
1.1.2. Objetivos específicos........................................................................................10
1.2. Justificativa.......................................................................................................10
2. Fundamentação teórica.......................................................................................13
2.1. Impressionismo...................................................................................................13
2.2. Degas..................................................................................................................14
2.3.. História da fotografias........................................................................................15
2.4.. Fotografia artística e contemporânea................................................................16
3. Metodologia..........................................................................................................18
4. Considerações finais...........................................................................................21
Apêndice
1 Introdução
8
uma pintura clássica, acadêmica. Esta é uma das principais relações estabelecidas
aqui com a fotografia. Mesmo que se faça o mesmo ângulo, na mesma hora do dia,
torna-se impossível repetir uma fotografia de maneira idêntica. A imagem
reproduzida pela câmera é uma soma da realidade de quem a tirou e a técnica
utilizada. Toda fotografia tem um contexto e uma história, não só dela, mas do
fotógrafo.
1.1 Objetivos
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reproduzir o real.” (RAPOSO, 1998/1999 p.44) tendo o real outras dimensões, mais
íntimas, ligadas ao sentimento ou experiências.
1.2 Justificativa
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Na Antiguidade, o banho era algo comum, muitas vezes ritualístico, com fins
de purificação e origens religiosas. Os egípcios banhavam-se até 3 vezes por dia em
adoração a divindades. Os babilônios introduziram os banhos coletivos no ocidente,
na Grécia havia até natação, primordial na formação do cidadão, outro motivo para
imersão em água. Em Roma, os banhos tomaram outras proporções. Os balneários
eram como spas, tinham jardins, bibliotecas e até restaurantes. As termas eram
visitadas por todo tipo de gente, de aristocratas a mendigos, filósofos e boêmios,
imperadores e crianças. Os banhos públicos diários aconteciam em veneração à
deusa Minerva.
Isso mudou aos poucos, quando o cristianismo passou a ser mais popular.
(FEIJÓ, 2007) Ninguém mais se banhava ou ficava nu em público, a nova religião
pregava a castidade e condenava o corpo, “abominável vestimenta da alma” como
proferiu Gregório I, o Grande, papa entre 590 e 604. O banho agora passa a ser
luxúria. Durante séculos foi comum tomar um banho por ano, e só voltou a ser
rotineiro após a década de 1930. Embora, já no século XVIII, detivéssemos o
conhecimento de que as doenças eram preveníveis com o banho (FEIJÓ, 2007).
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Figura 1: Gustave Caillebotte, O boulevard Figura 2: Edgar Degas, Miss La La no
visto de cima, 1888 circo Fernando, 1879
12
2 Fundamentação Teórica
2.1 Impressionismo
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Essa “nova” técnica de pintura não é mais a coisa academicista que existia,
os novos artistas agora imprimem nas telas as sensações que têm. Não é mais a
maneira que vêem e sim como vêem as coisas sob a ação daquela luz. Agora há
mais cores puras e nuances, o contorno não é mais presente, é sugerido pela luz, a
mistura de cores é feita pelo olho de quem vê e não na paleta (SERULLAZ, 1965).
2.2 Degas
Degas era muito recluso e bastante estudioso. Cada tela, por mais simples
que parecesse, era fruto de muito tempo e croquís. Degas também utilizou
fotografias como estudo para algumas telas e se apropriava de técnicas da fotografia
para suas pinturas. Ângulos oblíquos, composição de forma improvisada, com
imagens fragmentadas. Segundo Argan (2004, p106 apud FABRIS, 2009, p.457).
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Degas preferia trabalhar em seu ateliê, utilizava-se de luz artificial e temas de
seu tempo com personagens comuns, como nos exemplos da Figura 1 e 2. Aos
poucos foi perdendo a visão, o que o deixou mais difícil e isolado, morrendo em
1917 em Paris (CAPA, 2009).
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Com os contínuos aperfeiçoamentos, reduziu-se o tempo de exposição para
apenas 30 segundos, dos longos 30 minutos de antes. Mudaram-se os papéis dos
positivos, agora albuminados, o que dava um brilho característico à fotografia. E com
o papel encerado, pode-se evidenciar os rumos que a fotografia tomava. Duzentas
chapas daguerrianas pesavam 100kg e eram muito caras, 200 folhas de papel
encerado tinham o volume de um livro (SOUGEZ, 1996).
Scott Archer propõe um processo utilizando colódio, uma solução que tem a
celulose nítrica como base. Era usado como cicatrizante. Ele reduzia o tempo de
exposição para quase que instantâneo, ia de 2 a 20 segundos. Um grande passo
para a época (SOUGEZ, 1996). Agora era possível retratar uma onda ainda
quebrando, congelar alguns movimentos antes impossíveis de serem reparados,
contemplados. A percepção da imagem começa a mudar.
Logo à época começaram a surgir grupos que não estavam mais interessados
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em questões técnicas da fotografia, e sim em uma forma estética da imagem
fotográfica. Adeptos desse modo de pensar consideravam “o negativo como simples
paralelo a uma tela vazia, enquanto o trabalho que faziam no positivo era para ele a
autêntica actividade criadora” (TAUSK, apud SOUGEZ, 1996 p.).
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3 Metodologia
Por se tratar de um ambiente interno, a luz artificial foi mais utilizada. Não
houve muita alteração na luz com equipamentos de iluminação, em sua maioria as
fotos foram feitas com a iluminação original dos banheiros. Além da comparação
entre obras, fundamentou-se tal situação em um memorial teórico, realizado durante
toda a produção.
18
Durante a pesquisa demos mais enfoque a dois pintores, Monet e Degas,
porém, ao longo do estudo vimos que Degas se encaixava mais na proposta do
trabalho. Observamos algumas semelhanças com o tema, como o fato de Degas ter
sido fotógrafo e as pinturas que ele fez de mulheres tomando banho. (Figura 1 e 2
do capítulo
19
câmera e edição sem que o resultado seja muito satisfatório para o que
propusemos. Procurávamos registros mais crus, onde a textura fosse conseguida
diretamente na imagem fotografada e não houvesse a necessidade de uma
alteração mais intensa.
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4 Considerações finais
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Referências
FABRIS, Marcos. Edgar Degas e o ódio ao burguês. Baleia na rede. Vol. I n. 6. 449-
463. [online] Dez 2009. Disponível em:
http://200.145.171.5/revistas/index.php/baleianarede/article/view/1468/1293 . Acesso
em: 31 out. 2015.
FEIJÓ, Bruno Vieira. As águas do tempo: a história do banho, 2007. Disponível em:
<http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/aguas-tempo-historia-banho-
435136.shtml>. Acesso em: 26 out 2015.
NOSSA, Capa. Edgar Degas: o fascínio pelo movimento. J. Bras. Patol. Med. Lab.
[online]. 2010, vol.46, n.5, pp. 1-1. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/jbpml/v46n5/en_01.pdf. Acesso em: 10 nov. 2015.
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