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11 truques da psicologia para qualquer um

gostar de você
A jornalista científica Maggie Zhang reuniu uma série de estudos que
vão ajudá­lo a passar por simpático em quase qualquer situação
Por Ana Carolina Leonardi e Helô D'Angelo, da Superinteressante
access_time 17 ago 2016, 18h15 ­ Atualizado em 12 dez 2016, 16h19

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Sorrir: essa é uma dica óbvia para transmitir simpatia; mas há outras não tão
óbvias (Kavuto/Thinkstock)

Estar entre pessoas que gostam de você não é só uma sensação
ótima: também te torna mais persuasivo e até bem­sucedido. Claro,
ser popular pode ser um desafio, especialmente em ambientes
novos – mas fique sabendo que a psicologia já tem um monte de
“hacks” para te ajudar na missão de se tornar “mais gostável”.
A jornalista científica Maggie Zhang reuniu uma série
de estudos que te fazem passar por simpático em quase qualquer
situação, e a gente resume para você:

1. Esteja por perto

O primeiro truque não exige nada mais que a sua presença. Existe
um fenômeno chamado “efeito de mera exposição”, que explica
porque coisas familiares te dão aquele quentinho no coração.
Quanto mais você se acostuma com a presença de alguma coisa,
mais tende a gostar dela.

Um estudo da Universidade de Pittsburgh colocou quatro atrizes
para frequentar aleatoriamente algumas aulas de psicologia. Depois,
perguntaram a universitários homens com qual delas eles tinham
mais afinidade.

Detalhe: eles nunca haviam falado com nenhuma das quatro. Na
maior parte do tempo, os participantes preferiam aquela que tinha
ido a mais aulas.

A reação é completamente passiva: o fato de algo ou alguém fazer
parte da sua rotina cria interações (mesmo não verbais) constantes,
que criam uma certa intimidade e aumentam as chances de nascer
uma amizade.

Seja chato, seja legal, mas esteja lá – já é meio caminho andado
para que gostem de você.
2. Elogie para ser elogiado… mas não demais

Falar bem de alguém funciona como um bumerangue: quem escuta
um elogio passa a associar os adjetivos usados a pessoa que falou.
A transferência acontece mesmo quando o galanteio não é dos mais
sinceros.

Ou seja, quando você diz que alguém é inteligente, alegre e
animado, a pessoa do outro lado vai pensar associar você à
inteligência, alegria e animação. O contrário também é verdade: se
você sair falando mal dos outros, a impressão ruim recai sobre você.

O problema é que ninguém dá muito crédito para elogios que são
feitos toda hora. Um estudo colocou 80 universitárias para conversar
em duplas. Depois, elas eram separadas e uma podia “espiar”
enquanto a outra conversava com os pesquisadores.

Algumas meninas só fizeram comentários bons sobre a parceira,
outras só ruins e outro grupo misturava os dois tipos de avaliação.
No final das contas, as participantes ficavam mais satisfeitas quando
a dupla começava falando mal delas e terminava elogiando – nesse
caso, elas sentiam que conseguiram “conquistar” a outra durante o
papo e, daí, valorizavam mais a parte boa.

3. Descubra conexões em comum

Seja no Facebook, seja no Tinder, a quantidade de amigos em
comum sempre chama a atenção. E não é para menos: quando
duas pessoas tem um amigo em comum, a relação entre elas fica
mais próxima.

A teoria por trás desse fator é chamada de “proximidade de tríade”.
Estudantes da Universidade de British Columbia, no Canadá,
mostraram que a chance de aceitar uma pessoa nas redes sociais
era de 80% quando elas tem mais de 11 amigos em comum.

Já quando não existe essa conexão prévia, você só deixa a pessoa
fazer parte da sua rede de contatos em 20% dos casos.

4. Seja legal… e só depois mostre o quanto você é bom

A psicóloga de Harvard Amy Cuddy baseou seu livro em só dois
fatores que ajudam a determinar se alguém vai gostar ou não de
você. De acordo com ela, uma primeira impressão depende do
quanto você parece confiável e o quanto você impõe respeito.
Você passa confiança quando se mostra uma pessoa calorosa
desde o começo. Já o respeito tem a ver com demonstrar
competência e status intelectual e econômico.

Só que a ordem dessas impressões é essencial – deixe para parecer
competente apenas quando já estiver demonstrado bastante afeto.

A explicação para isso, segundo Cuddy, é evolutiva: para a nossa
sobrevivência, era crucial saber se o outro era digno de confiança
antes de descobrir, por exemplo, se ele era forte (afinal, essa força
toda podia sobrar para você).

5. Faça besteira

Falando em competência, nada faz as pessoas gostarem tanto de
alguém bem sucedido quanto vê­lo cometer um erro. Um
estudo gravou uma sala de voluntários fazendo um teste oral e
depois reproduziu o áudio para universitários e perguntou de qual
dos participantes eles gostavam mais.

Os favoritos foram os que mandaram bem na prova, mas
derrubaram café no final – as pessoas gostavam mais deles do que
dos inteligentes que não se atrapalharam.

Só que o efeito só funciona para quem passa a impressão de ser
competente. Aqueles que iam mal no teste e também derrubaram o
café não passaram uma impressão positiva. Se mostrar vulnerável
ajuda os outros a se identificarem com você, mas ninguém quer se
espalhar em alguém que faz tudo errado sempre.

6. Toque as pessoas (de um jeito respeitoso, é claro)

Sabe aquele tapinha nas costas quando você vai dar parabéns para
alguém? Ou aquele toque rápido no braço quando você entende a
piada da pessoa?

Então: se esses contatos físicos forem rápidos e respeitosos o
suficiente, você pode ganhar pontos com seu interlocutor. Em um
estudo da Universidade do Mississipi, algumas garçonetes foram
instruídas a tocar rapidamente o ombro ou as costas dos clientes
quando retornavam os trocos deles – e as que fizeram isso
conseguiram gorjetas maiores do que as que não tocavam os
clientes.
Agora, claro, tudo é jeito: tocar uma pessoa que claramente prefere
manter distância é fracasso na certa.

7. Sorria!

Quem sorri mais é mais “gostável”. Isso de acordo com um estudo
da Universidade de Wyoming, nos EUA, no qual 100 participantes
mulheres olharam fotos de várias outras moças em quatro poses
diferentes – sorrindo com uma postura corporal ‘aberta’ (coluna ereta
e braços descruzados), sorrindo em postura ‘fechada’ (braços
cruzados), rosto sério com postura aberta e não sorrindo em postura
fechada.

De todas as fotos, as mulheres que sorriam, independente da
postura corporal, foram consideradas as mais amigáveis. Outro
estudo, da Universidade de Florença, na Itália, sugere que sorrir
quando você conhece alguém faz com que elas lembrem de você
mais tarde.

Por fim, uma terceira pesquisa chegou a conclusão de que você
inconscientemente sente as emoções de quem está por perto.
Assim, estar de bom humor vai deixar todo mundo ao seu redor mais
feliz.

8. Compartilhe um segredo

A lógica é simples: se você contar para a pessoa algum segredo
sobre você, ela se sente especial – e cria uma simpatia por você.
A conclusão é de uma pesquisa da Stony Brook University, que
funcionou assim: algumas pessoas formaram pares e conversaram
por 45 minutos.

Mas não era qualquer conversa – cada dupla seguia um roteiro de
perguntas, e havia dois tipos de roteiro: um extremamente pessoal
(com perguntas como “como é sua relação com a sua mãe?”), e o
outro, com conversa de elevador (“tá frio, né?”).

No fim do processo, as duplas que perguntaram coisas pessoais
disseram já ser amigas, entquanto as outras disseram que não dava
para afirmar isso.

9. Espere coisas boas das pessoas

Se liga na magia: se você considera uma pessoa uma chata,
provavelmente vai agir de um jeito mais defensivo com ela – o que,
por sua vez, vai fazer com que essa pessoa te ache um idiota.

Aí, ela também vai querer se proteger e, no fim, a forma como ela
agir vai acabar confirmando a sua opinião ruim a respeito dela. Isso
é conhecido como o efeito Pigmaleão (ou efeito Rosenthal), e
também funciona do outro lado: se você já esperar um tratamento
amigável de alguém, provavelmente vai se abrir mais, e aí essa
pessoa vai sentir essa abertura e realmente ser mais amigável. Pelo
menos, é isso que diz um artigo publicado na Harvard Magazine.
Mas faz sentido, né?

10. Tenha senso de humor

Uma pesquisa das universidades da Califórnia e de Illinois mostra
que um bom senso de humor é a característica que as pessoas mais
procuram com os amigos, e está acima de qualquer outro traço
positivo – incluindo empatia, beleza e gostos parecidos.

Por outro lado, não ter um senso de humor (especialmente no seu
trabalho) pode ser desastroso: em um estudo da Universidade de
Washington, que analisou as relações entre 140 colegas de trabalho
entre 26 e 35 anos, fica claro que as pessoas com menos senso de
humor eram as menos populares – mesmo que elas fossem
sabidamente bons trabalhadores, éticos ou pessoas educadas.

11. Deixe a pessoa falar de si (e ouça)

Falar de si, de acordo com um estudo de Harvard, é tão
recompensador quanto ganhar dinheiro, fazer sexo ou comer. Mas
segundo Stuart Diamond, professor da Universidade da Pensilvânia,
abrir um espacinho nessa falação para ouvir o outro – nem que seja
só um pouquinho – pode dar um up na relação, mesmo que não seja
a relação mais profunda do mundo.

Uma vez, ele precisou de um favor de uma atendente do guichê de
uma companhia aérea – só que a mulher estava cansada e de mal
humor, e não parecia afim de ajudar.

Aí, Diamond chegou perto e perguntou se estava tudo bem: “Ela
sabia que eu queria um favor. Mas só eu parei 10 segundos para
perguntar como ela se sentia”, disse ele – e no fim, o pesquisador
conseguiu o favor

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