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29/10/2018 Ousadia e responsabilidade - Opinião - Estadão

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Eleições 2018

PRESIDENTE
100 %
seções apuradas

Jair Bolsonaro
PSL
55,13 %
Cupons Estadão
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Fernando Haddad
PT
Cupom Americanas 44,87 %
*informação não oficial
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ATUALIZADO EM: 29/10/2018 - 13:48:53 | FONTE: TSE

GOVERNADOR
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São Paulo 100 %
seções apuradas
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João Até
Doria
35% PSDB
de desconto em Smart TVs 51,75%

Marcio França PSB 48,25%


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ATUALIZADO EM: 28/10/2018 - 22:01:43 | FONTE: TSE

Rio de Janeiro 100 %


seções apuradas

Wilson Witzel PSC 59,87%

Eduardo Paes DEM 40,13%


ATUALIZADO EM: 28/10/2018 - 20:16:57 | FONTE: TSE

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Ousadia e responsabilidade
"Nunca a conjuntura foi tão pouco conjuntural", diz André Lara Resende. De fato, os Estados
Unidos, a Europa e o Japão, por exemplo, não retornaram ainda, passados quatro anos, ao nível de
renda real por habitante que haviam alcançado em 2007. E terão, no futuro próximo, um
crescimento ainda mais baixo do que o projetado até há pouco, dadas as consequências tanto da
crise de 2007-2008 como das respostas a ela, que levaram à expansão vertiginosa de suas dívidas
públicas.

Pedro S. Malan, O Estado de S.Paulo


11 Setembro 2011 | 00h00

A crise nos países desenvolvidos não era - como foi dito por aqui - uma "marolinha" para o resto do
mundo. Sempre me pareceu equivocada a ideia de que os países emergentes houvessem adquirido uma
https://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,ousadia-e-responsabilidade-imp-,770966 1/5
29/10/2018 Ousadia e responsabilidade - Opinião - Estadão
dinâmica própria, que lhes asseguraria a capacidade de seguir crescendo de forma sustentada, o que
quer que acontecesse no mundo desenvolvido.

Acredito que não só nos Estados Unidos, na Europa e no Japão, mas também em vários outros países,
dentre os quais o Brasil, como poucas vezes na História, a resolução dos problemas mais urgentes
nunca esteve tão dependente da perspectiva de equacionamento de problemas e desafios estruturais, de
médio e longo prazos. E quero ilustrar a observação acima com um comentário sobre a recente decisão
do nosso Banco Central (BC) de reduzir os juros. Decisão que teria sido baseada em quatro hipóteses
básicas.

Primeiro, a possibilidade de deterioração adicional das expectativas quanto à evolução da economia


mundial e maiores riscos e incertezas quanto ao comércio internacional, e aos mercados de capitais, de
dívida soberana e de intermediação financeira.

Segundo, em parte por conta disso, a possibilidade de uma desaceleração da economia brasileira mais
acentuada do que aquela que já vinha ocorrendo - e que já era maior do que a antes prevista pelo
governo para 2011-2012.

Terceiro, a hipótese de que, apesar de a inflação brasileira acumulada nos últimos 12 meses se
encontrar acima de 7%, esta, a partir do último trimestre de 2011, entraria numa trajetória declinante
(em grande parte devida aos efeitos combinados das duas hipóteses anteriores), o que permitiria uma
gradual convergência para o centro da meta de inflação (4,5%) ao final de 2012.

Quarto e último, mas não menos importante, uma avaliação positiva do BC sobre a firmeza do
compromisso da presidente e do Ministério da Fazenda com maior controle fiscal não só em 2011, como
em 2012 e 2013. Compromissos que seriam expressos em metas críveis (que o BC teria incorporado), e
não em declarações de intenções.

As duas primeiras hipóteses das quatro acima não devem ser descartadas e podem exigir, dentre outras
respostas, redução de juros que, diga-se de passagem, muitos no mercado já antecipavam, embora a
maioria para outubro. A terceira envolve percepções sobre o grau de compromisso do BC e do governo
com o regime de metas de inflação e com a convergência para o centro da meta estabelecida pelo
governo. Se ensaios de antecipação pública, pelo governo, do que deveriam ser as decisões futuras do
BC se tornarem rotina, não há dúvida de que a credibilidade do Banco Central - que existe - será
erodida. E com isso também se esvairá a credibilidade do regime de metas como mecanismo de
formação de expectativas quanto ao curso futuro da inflação.

Mas é a quarta das hipóteses acima que é a mais fundamental das apostas do BC. E a mais
problemática, a mais difícil de ser alcançada e a mais controvertida, como sabem os que se deram ao
trabalho de procurar entender a questão. A propósito, há um trabalho imperdível do ilustre ex-ministro
Delfim Netto intitulado A Agenda Fiscal, no belo livro organizado por Fabio Giambiagi e Octavio de
Barros O Brasil Pós-Crise: Agenda para a Próxima Década. Esse artigo deveria ser de leitura quase
obrigatória para aqueles que, no governo ou fora dele, acham que a resolução do problema dos juros no
Brasil depende da "estatização do Banco Central".

Aliás, desculpe-me o ilustre ex-ministro, mas, com todo o respeito, considerei uma enorme injustiça,
para dizer o mínimo, a afirmação de que, "pela primeira vez em duas décadas, o BC é efetivamente um
órgão de Estado...". Uma enorme injustiça para com servidores públicos exemplares da instituição e
para com pessoas decentes e de espírito público que lá trabalharam e não viam a instituição como outra
coisa que não um órgão de Estado.

E, como disse muito corretamente o ex-ministro no mesmo artigo, referindo-se à política monetária,
"ela é uma arte que comporta visões alternativas diante dos problemas do futuro. Como os efeitos
monetários se fazem sentir ao longo do tempo, só este é capaz de dizer a posteriori se a perspectiva
escolhida foi certa ou errada".
https://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,ousadia-e-responsabilidade-imp-,770966 2/5
29/10/2018 Ousadia e responsabilidade - Opinião - Estadão
Mas uma coisa é apoiar a decisão recente do BC. Outra, diferente, é saudar sua pretensa "estatização"
(sem a qual a decisão não teria sido tomada?). E outra, ainda mais controvertida, é afirmar desde agora
que há uma definida política fiscal de longo prazo do governo Dilma Rousseff. Pode ser que haja.
Esperemos que sim. O tempo dirá. Em breve. Mas sem responsável ousadia nessa área não será possível
assegurar o desejado declínio, sustentado ao longo do tempo, das taxas de juros na economia brasileira,
por mais "estatizado" que seja o Banco Central.

Vale concluir com o ex-ministro Delfim Netto no artigo do livro citado: "A única forma possível para
que a agenda fiscal dê uma contribuição decisiva para a política econômica (...) será o compromisso do
poder incumbente eleito em 2010 de realizar um longo, paciente, responsável e cuidadoso programa de
controle do aumento das despesas de seu custeio...". As sugestões do ex-ministro para uma nova
política previdenciária e orçamentária, bem como uma nova política de pessoal, estão reunidas em
apenas duas páginas ao final de seu artigo.

Vale lê-las. Ou relê-las.

ECONOMISTA, FOI MINISTRO DA FAZENDA NO GOVERNO FERNANDO HENRIQUE CARDOSO


E-MAIL: MALAN@ESTADAO.COM.BR

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Choque de custo ainda é fraco


Gastança e distribuição de benefícios fiscais estão entre as tolices mais fáceis e de maior
popularidade. Se começar por aí, qualquer governo estará no rumo do desastre

O Estado de S.Paulo
28 Outubro 2018 | 03h00

O Brasil chegou às eleições com o consumidor ainda poupado de grandes pressões inflacionárias,
embora o dólar, o petróleo e o minério de ferro tenham empurrado fortemente para cima os custos
industriais. Algum impacto foi observado nos preços do varejo e dos serviços, mas sem comprometer
gravemente o padrão de consumo das famílias. Medido em porta de fábrica, o Índice de Preços ao
Produtor (IPP) subiu em setembro 2,93%, praticamente o dobro da taxa anotada um ano antes, de
https://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,ousadia-e-responsabilidade-imp-,770966 3/5
29/10/2018 Ousadia e responsabilidade - Opinião - Estadão
1,48%. Como o efeito nos preços finais tem sido moderado, ainda haverá bons argumentos para manter
a taxa básica de juros em 6,50% até dezembro.

A próxima decisão deve ser anunciada na quarta-feira, depois da reunião do Copom, o Comitê de
Política Monetária do Banco Central (BC). A reunião seguinte, um mês e meio depois, ocorrerá antes da
posse do presidente da República. Adiar uma alta de juros facilitará as primeiras ações do novo
governo. Juros moderados deixarão espaço para a dinamização da economia e pouparão o Tesouro de
um aumento de seus custos financeiros.

Mas só terá sentido manter a política monetária nas condições de hoje se for muito baixo o risco de um
surto inflacionário. Isso dependerá em boa parte das expectativas do mercado financeiro, do
empresariado e dos consumidores. O presidente eleito terá um papel central na formação das
expectativas, por suas palavras, atitudes e iniciativas desde a confirmação da vitória. Mais que as
promessas de campanha, terão relevância os níveis de sensatez, de prudência, de realismo e de
responsabilidade exibidos na preparação de seu governo.

Seus passos iniciais serão mais fáceis num ambiente de preços ao consumidor moderados. Será
prudente acompanhar a formação de custos e as principais fontes de pressões. Por enquanto, a alta dos
preços por atacado tem afetado limitadamente o orçamento familiar. Mas alguns números justificam a
máxima atenção.

Os preços ao produtor, na medida mais ampla, subiram 14,02% neste ano e 18,20% nos 12 meses até
setembro. As maiores altas ocorreram nas indústrias extrativas - 41,64% e 56,90% nesses períodos. Os
preços das indústrias de transformação aumentaram 12,90% em nove meses e 16,73% nos 12
terminados em setembro.

Contrastes ficam mais claros quando se examinam as grandes categorias econômicas. Em 12 meses os
preços cresceram 18,20% na indústria geral, 14,48% na de bens de capital, 26,14% na de bens
intermediários e 6,54% na de bens de consumo. Em outras palavras, o encarecimento dos bens de
consumo na porta de fábrica foi pouco mais de um terço do contabilizado para o total dos produtos
industriais.

As famílias, portanto, têm sido poupadas duplamente. Em primeiro lugar, já na porta de fábrica os
preços dos bens destinados a seu uso têm subido menos que os demais. Em segundo, entre a fábrica e o
varejo os aumentos têm sido consideravelmente diluídos.

Em setembro, os preços medidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiram
apenas 0,09%. Parte do impacto dos aumentos anotados em porta de fábrica deve ter ocorrido neste
mês. Os números de outubro da inflação do varejo serão conhecidos nos próximos dias. O indicador
usado como prévia, o IPCA-15, subiu 0,58% no mês passado, 3,83% no ano e 4,53% em 12 meses.

O maior impacto, de 0,30 ponto porcentual na formação da taxa de 0,58%, veio dos preços dos
transportes. A segunda maior contribuição, de 0,11 ponto, foi a do custo de alimentos e bebidas. A alta
do custo da alimentação ocorre depois de um longo período de preços acomodados ou até em queda.

A inflação continua muito próxima da meta e assim deve manter-se no próximo ano, o primeiro do
novo mandato presidencial, se nenhuma catástrofe ocorrer e, principalmente, se nenhuma grande tolice
for cometida pelo governo.

Gastança e distribuição de benefícios fiscais estão entre as tolices mais fáceis e de maior popularidade.
Se começar por aí, qualquer governo estará no rumo do desastre.

https://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,ousadia-e-responsabilidade-imp-,770966 4/5
29/10/2018 Ousadia e responsabilidade - Opinião - Estadão
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Copom [Comitê de Política Monetária] Banco Central do Brasil

IPCA [Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo]

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