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kate nesbitt. uma nova agenda par a arquitetura.

cap.9
o fenômeno do lugar

dentre aqueles que contribuíram para uma valorização do lugar como superação,
do gride indiscriminado moderno, Christian Norberg-Schulz tem grande
contribuição, pois traz as fenomenologia para o âmbito da arquitetura. Ele à
aplica conciliada a conceitos da linguística, da Gestalt (psicologia da percepção).
Ele divulga suas ideias pouco antes da publicação de Complexidade e contradição
na arquitetura, situando a fenomenologia na arquitetura “como a capacidade de
dar significado ao ambiente mediante a criação de lugares específicos” pela
recuperação do conceito romano de genius loci. Os elementos construtivos,
como cercar, parede, teto são relacionados a noções como horizontes, fronteiras
e enquadramentos. Aqui o conceito de habitar adquire subjetividade jamais
pensada pelo Existenz-minimum moderno, Kenneth Frampton, Tadao Ando,
Steven Holl e outros formlizam estas questões em seus trabalhos, seja no
regionalismo crítico do primeiro, quanto nas obras dos dois últimos nos
atributos estéticos (sensoriais) dos materiais, da luz, a cor e na simbologia das
junções .
“portanto, um lugar é um fenômeno qualitativo “total”, que não pode se reduzir a
nenhuma de suas propriedades, como as relações espaciais, sem que se perca de
vista sua natureza concreta.
De certa forma, podemos dizer que a fenomenologia de Norber-Schulz traz para
termos estéticos aquilo que Colquhoun chama de circunstancial na obra de L.
Kahn.

A racionalização moderna levou a uma interpretação quantitativa do lugar, por


mais que o conceito de função seja elástico e por vezes subjetivo como na
Bauhaus, a fenomenologia supera esta visão a se ater à qualidade que define o
particular.

Norberg-Schulz define sua abordagem pela concretude do mundo em oposição à


generalização moderna que implica em abstração.
Ao abordar a paisagem o autor lança mão de um conceito totalizante de natureza,
vendo uma unidade onde o movimento moderno via uma oposição entre os
conceitos de natura naturans e natura naturata. Há somente a distinção entre
fenômenos naturais e provocados pelo homem.

“ os lugares são literalmente interiores , o que significa dizer que reúnem o que é
conhecido. Para cumprir essa função, os lugares contém aberturas através das
quais se ligam ao exterior ( abem dizer, só um interior pode possuir aberturas)”
esta afirmação aproxima Norberg-Schulz da unidade estrutural e de significado
de Kahn. Além do par exterior-interior, há em sua teoria o céu-terra, ambos
fazendo do espaço dimensão existencial e não racionalidade matemática, em
uma superação dos preceitos modernos diversa da semiótica-histórica de
Venturi, ainda baseada em uma racionalização da estética, no entanto já sobre
bases qualitativas, pessoais e específicas e não quantitativas, anônimas e
generalistas.

Estas asserções levam o autor ao conceito de genius loci, “o espírito do lugar que
os antigos reconheciam como aquele “outro” que os homens precisam aceitar
para ser capazes de habitar. O conceito de genius loci refere-se à essência do
lugar. p.449
Recorrendo ao conceito de estrutura, define a estrutura do lugar como o espaço,
entendido como a orgzanização tridimensional dos elementos que formam o
lugar, o caráter denota atmosfera geral que a propriedade mais abrangente do
lugar. De maneira arguta evita a distinção entre caráter e espaço e propõe a
noção de espaço vivido.

de acordo com paolo portoghesi e martin heidegger, o espaço é definido como


um sistema de lugares, com suas extensões e limites. Assim a paisagem com sua
extensão é definida como fundo e aquilo que se mostra limitado quase sempre é
figura. Estas relações são definidas por ritmos, direções, centros.

cabe uma explicação sobre o uso dos conceitos de fronteira e limite: antes
assinalarem um fim, referem-se ao começo de algo, para a arquitetura o chão, a
parede, o teto, para a natureza o solo, o horizonte, o céu, com ambos
compartilhando a mesma estrutura.

sobre o caráter, o autor diz ser determinado pela constituição material e formal
do lugar, disto a concretude atribuída a esta categoria “ toda presença real está
intimamente ligada ao caráter”.
Norberg-Schulz define três formas de se relacionar com a natureza. Visualização,
simbolização e reunião são aspectos do processo geral de fixar-se em um lugar, o
habitar, em seu sentido existencial, depende delas:
1. Visualização,o homem deseja fazer a estrutura natural mais exata . Isto é,
ele quer visualizar seu modo de entender a natureza, dando expressão à
base de apoio existencial que conquistou. ele constrói o que viu, onde a
natureza indica uma direção, ele faz um caminho ( comentário de
Heidegger sobre a ponte).
2. SIMBOLIZAÇÃO depois o homem precisa simbolizar seu modo de
entender a natureza . a simbolização implica em trazer/traduzir para um
outro meio um significado experimentado.
3. REUNIÃO o homem precisa reunir os significados aprendidos por
experiência a fim de criar para si mesmo uma imago mundi ou
microcosmo que dê concretude a este mundo.
O propósito existencial do construir (arquitetura) é fazer um sítio tornar-se um
lugar, isto ‘e, revelar os significados presentes de modo latente no ambiente
dado.

Norberg-Schulz atualiza o conceito romano de genius loci ao relacioná-lo com


questões contemporâneas como o turismo e a poluição e degradação ambiental. “
durante muito tempo, o homem moderno imaginou que a ciência e a tecnologia o
haviam libertado da dependência direta dos lugares. Mas essa crença logo se
revelou ilusória - de repente, surgiram, como tenebrosa nêmesis, a poluição e o
caos ambiental, devolvendo ao problema do espaço sua verdadeira relevância.”
p.455.
“denominarei de orientação e identificação as duas funções psicológicas
implicadas nessa condição. Para conquistar uma base de apoio existencial, o
homem deve ser capaz de orientar-se, saber onde está. Mas ele tem também de
saber identificar-se com o ambiente, isto é, tem de saber como está em
determinado lugar.”

ORIENTAÇAO E IDENDIFICAÇAO
“é preciso ressaltar que habitar pressupõe, antes de tudo, uma identificação com
o ambiente. Embora orientação e identificação sejam aspectos de uma
totalidade”
“ as sociedades modernas, porém concentram toda a atenção quase
exclusivamente na função “prática” de orientação, enquanto a identificação é
deixada ao acaso.” Essa alienação do habitar contemporânea, segundo o autor,
teria a ver com a compreensão insuficiente dos conceitos de identificação e
caráter.

ESQUEMAS PERCECPTUAIS:
É assim que a criança toma conhecimento do ambiente e elabora esquemas
perceptuais que determinam todas as suas experiências futuras. Os sistemas
perceptuais se compõe de estruturas universais, inter-humanas, e também de
estruturas condicionadas pela cultura e determinadas pelo lugar. É evidente que
todo ser humano precisa possuir tanto sistemas mentais de orientação como de
indetificação.

a identidade humana pressupõe a identidade do lugar.

A partir de Heidegger Norberg-Schulz faz um arco de termos do alto alemão e


inglês antigo, fazendo um paralelo entre os termos buan, bauen, be, bin,
desvelando uma sobreposição entre as noções de ser, construir, estar e habitar. “
O homem habita quando é capaz de concretizar o mundo em construções e
coisas. Já dissemos que a concretização é a função da obra de arte em oposição à
abstração da ciência.” p.458

“o significado é a necessidade humana fundamental.


Território e arquitetura – Vittorio Gregotti

Gregotti afirma tratar em sua produção teórica da memómria coletiva e


individual, bem como da história específica da disciplina, as indecisões de suas
margens e relações com outras disciplinas. Em certo sentido ele também
pesquisa expandir o campo da arquitetura, investigando seus limites e
transversalidade interdisciplinar.
“ O ambiente compõe-se dos vestígios de sua própria história . Por isso, se é na
geografia que os sinais da história se consolidam e se sobrepõem numa forma, o
projeto arquitetônico tem a missão de chamar a atenção para a essência do
contexto ambiental por meio da transformação da forma. “ p.373

Assim, na visão de Gregotti, a natureza é desprovida do caráter transcendental,


divino e imaterial para ser definida como reunião de materiais e suas relações
que cabe à arquitetura revelar, afirmando assim, uma indissociabilidade tanto da
história quanto dos materiais.

A adoção do conceito de ambiente dissociado da sociologia e da ecologia permite


encará-lo como matéria prima para o projeto de arquitetura, permitindo que
novos princípios e métodos de planejamento sejam adaptados às características
do terreno específico. Este posicionamento está em estreito diálogo com a ideia
de site specific, que vigora nas artes plásticas simultaneamente a esta.

A origem da arquitetura não é a casa de adão no paraíso de Rykwert, mas a


primeira vez em que o homem se dispôs a mensurar o mundo ao seu redor.
Afirmação que Gregotti liga à modificação, enquanto conceito chave dos novos
métodos, pois vindo de modus, está ligada à medida.
Deste ponto de vista, existem dois modos de uma pessoa se localizar em relação
em relação ao contexto , ao ambiente: a imitação mimética, assimilação orgânica
e a complexidade visível. O segundo são as medidas: distância, definição,
rotação, dentro da complexidade.
MATERIAL: não é realmente uma coisa da natureza: é mais terrestre e mais
abstrato, alude à forma do lugar, às coisasda maneira como se combinam, mas
também ao que está debaixo, o suporte geológico, à natureza historicamente
transformada, à natureza que é produto do pensamento e que, em virtude de ser
frequentada ou povoada, se tornou memória.

Arquitetura e Limites – Bernard Tschumi

B. Tschumi começa definindo obras de limte em todos os campos das artes,


afirmando o papel de destaque destas no campo da arquitetura, sejam projetos,
obras construídas e textos. No que difere a arquitetura do mero edificar.Estas
diversas expressões arquitetônicas nos informariam mais sobre o debate de seu
tempo, suas preocupações que vários dos edifícios correspondentes. Vide os
trabalhos de Piranesi e Boullée, sem também diminuir a imporância do
construído.
A divulgação destas imagens para além do campo da arquitetura, com
disseminação nos meios de comunicação de massa, levou a um reducionismo da
produção do séc. XX. Há uma versão maximalista, voltada para as questões
sociasis, culturais, políticas e programáticas, enquanto a segunda, minimalista,
volta-se para o estilo, a técnica e outros aspectos. O que implica na esclusão de
trabalhos como os de K. Melnikov e H. Poelzig em nome da preservação de
coerência estilística, sem que estes trabalhos consigam ser classificados
unicamente em alguma destas duas definições. Isto ocorre na relaçnao das
vanguardas modernas com as belas-artes, assim como com as vanguardas e seu
radicalismo, simplificadas e depurados pelo etilo internacional e a arquitetura
contemporânea reduzindo as questões do estilo internacional.
“ O pensamento arquitetônico não é uma simples questão de opor o zeitgeist ao
genius loci , de opor questões conceituais a questões alegóricas, ou alusões
históricas a uma pesquisa purista” p.175
“ a confusão atual torna-se clara tão logo se distingue, em meio às Bienais de
Veneza e de Paris uma disputa internacional entre essa visão estreita da história
da arquitetura e a pesquisa acerca da definição e natureza da disciplina” p.175
Tschumi localiza estas questões no debate contemporâneo calcado em relações
entre a arquitetura e a arte, com a primeira a invejar a liberdade da segunda e
este desejar a utilidade da primeira.

Introdução: notas para uma teoria da disjunção arquitetônica


A atenção atualmente dada à abordagem desconstrucionista de Derrida também
indica um interesse pelo trabalho que se realiza no limite: conceitos usados de
maneira mais rigorosa e interna à disciplina, mas também sua análise de um
ponto de vista externo.

da disjunção como uma ferramenta sistemática e teórica para a produção da


arquitetura: o conceito de disjunção é incompatível com uma visão estática,
autônoma e estrutural da arquitetura. Mas não é contrário à autonomia ou à
estrutura ; apenas implica operações mecânicas constantes que produzem
sistematicamente a dissociação no espaço e no tempo (para Derrida era
diferança).

Perspectivas para um Racionalismo Crítico


Frampton começa da definição de regionalismo crítico citando Paul Ricouer,
sobre o conflito decorrente de uma sociedade de massa e consumo global, que
emana de certos centros e erode a tradição onde chega. é como se a humanidade
ao ascender a uma cultura de massa ficasse estagnada numa condição de
subcultura, quando encontramos indiscriminadamente pelo globo os mesmos
lixos culturais, sejam filmes, máquinas caça-níqueis, artefatos de plástico e
alumínio, todos de baixa qualidade.

O autor faz questão de distancias o regionalismo crítico de um determinismo


vernacular do clima, da cultura geral e construtiva, do mito e do artesanato. Seu
objetivo é identificar as escolas locais que atendem as populações específicas.

diante da afirmação do filósofo Ricouer de que há a possibilidade de uma cultura


mundial a partir da fertilização recíproca com as culturas locais. De modo que
este processo é impuro como visto na obra de A. Siza, onde as colagens de A.
Aalto para a forma construtiva parte de tipologias normativas inspiradas nos
racionalistas italianos.
Frampton afirma não ser o regionalismo crítico uma volta ao ethos da cultura
popular.

REGIONALISMO CRITICO: seria uma expressão dialética. Busca intencionalmente


desconstruir o modernismo universal a partir de imagens e valores localmente
cultivados e, o mesmo tempo, deturpar esses elementos autóctones, com o uso
de paradigmas originários de fontes alienígenas. Seguindo a abordagem cultural
disjuntiva de Adolf Loos, o regionalismo crítico reconhece que não há outra
tradição viva disponível ao homem moderno senão os procedimentos sutis da
contradição sintética.

Como contraste entre estas duas possibilidades de regionalismo, Frampton cita


os trabalhos de J. A. Coderch e Oriol Bohigas (paseo Nacional e Escola Thau),
onde prevalecem a linguagem moderna, a afirmação de uma tradição catalã e
mediterrânea, em contraste com as obras de Ricardo Boffil em seus projetos para
o conjunto de Xanadu e Walden 7, onde a potência da cultura local se insinua
mas não se realiza.

Alinhado com os primeiros, Frampton cita o trabalho de Álvaro Siza nas piscinas
da Quinta de Conceição. Estas e outras obras de Siza são marcadas por respostas
rigorosas ao tecido urbano, com conformação a uma determinada topografia,
especificidades do contexto local, sensibilidade aos materiais, por vezes ao
trabalho artesanal e filtragem e penetração da luz.
Cita também Raimund Abraham com ênfase na topografia sem deixar de trazer
uma interpretação onírica do local, lembrando Magritte.

Barragan: estacia colonial, mexicana que Frampton julga referenciadas somente


a distância em sua obra. espaçoes fechados, controle da luz, , com cursos d’água
que remetem ao vilarejo natal , cores saturadas. valorização da memória na
formação do aparato perceptual, como falado Norberg-Schulz.
São citados como exemplos deste regionalismo crítico os trabalhos dos
arquitetos do novo mundo como o. niemeyer, a. reidy, amancio williams, carlos
raoul villanueva, neutra e outros.

Tadao Ando:

escolhi aplicar o vocabulário e as técnicas desenvolvidos por um modernismo


aberto e universalista ao domínio fechado dos estilos de vida individuais e da
diferenciação regional. mas me parece difícil tentar exprimir as sensibilidades, os
costumes, a consciência estética, a cultura peculiar e as tradições sociais de uma
determinada raça por meio de um vocabulário modernista, aberto,
internacionalista.
resgate da tríade homem- natureza-cultura
embora a importância da luz esteja presente nos textos teóricos de Kanh e
Corbusier, Ando percebe o paradoxo de uma limpidez espacial emergindo da luz
como perculiarmente ligado ao caráter japonês. Assim defende como elementos
modernos podem ser desenvolvidos como modalidades locais.

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