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ESPECIALIZAÇÃO EM ESTRUTURAS METÁLICAS
Projeto e Detalhes Construtivos
Cálculo das Ações em um Galpão Industrial

(Com base na NBR 8681:2003 e NBR 8800:2008)
Prof. Marcos Alberto Ferreira da Silva
São Paulo, 2015

GALPÃO INDUSTRIAL EM ESTRUTURA METÁLICA
1. CARACTERÍSTICAS DO GALPÃO
• Telhado em duas águas com inclinação de 10°.
• Vão transversal: 20m (distância entre eixos de colunas).
• Comprimento do galpão: 48m (distância entre eixos de colunas).
• Pé-direito: 6m.
• Altura do galpão (na cumeeira): 7,76m.
• Espaçamento entre pórticos: 6m.
• Cobertura e tapamentos (frontais e laterais): em chapa zincada trapezoidal.
• Portas: o edifício possui duas portas, uma em cada fachada frontal com 5m de
largura por 4m de altura.
2. SISTEMA ESTRUTURAL E DIMENSÕES

• Transversal: Formado por pórticos bi-rotulados (colunas com as bases rotuladas
nas fundações), com vigas e colunas em alma cheia.
• Longitudinal: Pela colocação de contraventamentos verticais e horizontais.
10°
A B
6,00m
PORTA
20,00m
SEÇÃO TRANSVERSAL - FACHADA FRONTAL

Sistema Estrutural – Plano das Bases

1 2 3 4 5 6 7 8 9
6000 6000 6000 6000 6000 6000 6000 6000
A
20000
PLANO DE BASE
Sistema Estrutural – Plano da Cobertura
1 2 3 4 5 6 7 8 9
8 x 6,00m = 48,00m
Contravent. Tirantes Terças
(tipico)
A
20,00m
B
PLANO DE COBERTURA
Sistema Estrutural – Contraventamento Vertical
1 2 3 4 5 6 7 8 9
CONTRAVENTAMENTO VERTICAL
Sistema Estrutural – Seção Transversal Principal
m
10360 m 2590
2590
2590
2590
3000
6000 mm
2800
20400 mm
3. MATERIAIS
 Aço estrutural ASTM A36 para chapas e perfis.
 Aço tipo SAE 1020 para chumbadores e tirantes.
 Parafuso comum ASTM A307 para terças e longarinas.
 Parafuso de alta resistência ASTM A325 para ligações principais.
 Eletrodos segundo AWS (classe 60 ou 70).
4. NORMAS ADOTADAS
 NBR 6123:1988 – Forças devidas ao vento em edificações.
 NBR 8681:2003 – Ações e segurança nas estruturas – Procedimento.
 NBR 8800:2008 – Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e
concreto de edifícios.
 NBR 6120:1980 – Cargas para o cálculo de estruturas de edificações.
5. AÇÕES ATUANTES
5.1. Carga Permanente (CP)
A ser estimada para cada parte da estrutura.
5.2. Carga Acidental (CA)
Sobrecarga na cobertura: igual a 0,25kN/m² (em projeção
horizontal), de acordo com a NBR 8800:2008.
5.3. Vento (CV)
De acordo com a NBR 6123:1980. O cálculo será feito
utilizando o programa de computador VisualVentos:
• Velocidade básica do vento (V0):

Cidade de Ribeirão Preto-SP  V0 = 45m/s
• Velocidade característica do vento (Vk):

Fator topográfico (S1): Terreno plano  S1 = 1,00
Fator de Rugosidade (S2): Cat. IV; Classe B  S2 = 0,81
Fator Estático (S3): Grupo 3  S3 = 0,95
Vk = V0 · S1 · S2 · S3  Vk = 34,50m/s
• Pressão Estática do vento:

q = 0,613 · (Vk)²  q = 0,613 · 34,50² = 0,73 kN/m²
Coeficientes de pressão externa (para paredes)
Cpe médio = -1,00
Vento 0° Vento 90°

Coeficientes de pressão externa (para cobertura)
Vento 0° Vento 90° Cpe médio

Coeficientes de pressão interna
Admitindo que nas quatro faces da edificação existem

aberturas (portas e janelas) cujas áreas são da mesma
ordem de grandeza, pode-se adotar o caso de quatro
faces igualmente permeáveis:
Cpi = -0,30 ou Cpi = 0,00 (o que for mais nocivo)

Composição dos coeficientes de pressão
Vento 0°
Com Cpi = -0,30 Com Cpi = 0,00
Crítico
Composição dos coeficientes de pressão
Vento 90°
Com Cpi = -0,30 Com Cpi = 0,00
Crítico
Ações distribuídas nas barras do pórtico

Carregamentos resultantes
Vento 0°
Crítico
Carregamentos resultantes
Vento 90°
Crítico
Carregamentos críticos
Vento I (Vento 0° com Cpi = 0,00)

Carregamentos críticos
Vento II (Vento 90° com Cpi = 0,00)

6. CARREGAMENTOS DO PÓRTICO
6.1. Carregamento relativo à carga permanente (CP)
• Tapamento lateral
Peso próprio da telha: 50 N/m² (valor adotado)
Peso próprio longarinas + tirantes: 50 N/m² (valor estimado)
Total: 100 N/m² (10kgf/m²)
• Cobertura

Peso próprio terças + tirantes: 70 N/m² (valor estimado)
Total: 120 N/m² (12kgf/m²)
• Perfil da coluna
No caso de galpão sem ponte rolante, a altura (d) da seção
transversal da coluna varia de 1/20 a 1/30 da altura (H) da coluna.
Adotando d = H / 20:
d = 600cm / 20 = 30cm  Será adotado o perfil VS 300 x 33 (peso
igual a 32,9 kgf/m).
• Perfil da viga
No caso de galpão sem ponte rolante, a altura (d) da seção
transversal da viga varia de 1/50 a 1/70 do vão transversal (L).
Será adotado o mesmo perfil adotado para a coluna (VS 300 x 33).
• Carregamento resultante
O peso próprio do tapamento lateral e o peso próprio da
coluna serão considerados como carga concentrada no topo da
coluna.
O peso próprio da cobertura e o peso próprio da viga
serão considerados como cargas distribuídas ao longo da viga.
 Carga no topo da coluna: (0,10 · 6 · 6) + (0,329 · 6) = 5,6 kN

 Carga distribuída na viga: (0,12 · 6) + 0,329 = 1,05 kN/m
Carregamento relativo à carga permanente

1,05 kN/m
5,6 kN 5,6 kN
7,76m
6,00m
20,00m
PESO PRÓPRIO
6.2. Carregamento relativo à carga acidental (CA)

É considerado como uma carga distribuída na viga.
 Carga distribuída na viga: 0,25 · 6 = 1,50 kN/m
1,50 kN/m
7,76m
6,00m
20,00m
SOBRECARGA
6.2. Carregamento relativo ao vento (CV)

Foi obtido anteriormente. Serão considerados dois
carregamentos críticos. É importante lembrar que dois ou mais
carregamentos relativos ao vento não agem simultaneamente:
/m 3,50 kN
3,50 kN /m
3,50 kN/m
3,50 kN/m
HIPÓTESE 1 – Vento I (Vento 0°)
VENTO I
/m 1,75 kN
5,25 kN /m
3,06 kN/m
2,19 kN/m
HIPÓTESE 2: Vento II (Vento 90°)
VENTO II
7. CÁLCULO DOS ESFORÇOS SOLICITANTES NO PÓRTICO

O cálculo dos esforços solicitantes nas colunas e vigas do
pórtico será feito utilizando o programa Ftool – software livre
desenvolvido na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
(PUC-Rio). A seguir apresentam-se as reações de apoio e os
diagramas de esforços solicitantes fornecidos por este programa,
para os quatro carregamentos indicados no item anterior (carga
permanente, carga acidental, vento I, vento II).
7.1. Esforços solicitantes relativos à carga permanente (CP)
Diagrama de força normal (N) – unidade: kN

Diagrama de força cortante (V) – unidade: kN

Diagrama de momento fletor (M) – unidade: kN∙m

7.2. Esforços solicitantes relativos à carga acidental (CA)



7.3. Esforços solicitantes relativos ao vento – Hipótese 1 (CVI)
Hipótese 1 (Vento I – CVI)



7.4. Esforços solicitantes relativos ao vento – Hipótese 2 (CVII)
Hipótese 2 (Vento II – CVII)



7.5. Valores de cálculo dos esforços solicitantes

Os valores de cálculo dos esforços solicitantes nas barras
do pórtico serão obtidos considerando as seguintes combinações
de ações:
 Combinação 1: γg  CP + γq1  CA  (1,25  CP) + (1,50  CA)

 Combinação 2: γg  CP + γq2  CVI  (1,00  CP) + (1,40  CVI)
 Combinação 3: γg  CP + γq3  CVII  (1,00  CP) + (1,40  CVII)
Tabela 1 – Combinações de ações (forças em kN; momentos em kNm)
Barra Nó Esforço CP CA CVI CVII 1,25CP 1,00CP 1,00CP

Solicitante + + +
1,50CA 1,40CVI 1,40CVII
1 1 N -16,3 -15,2 35,0 46,4 -43,2 32,7 48,7
Coluna V -4,6 6,6 3,5 29,0 4,2 0,3 36,0
M zero zero zero zero zero zero zero
3 N -16,3 -15,2 35,0 46,4 -43,2 32,7 48,7
V -4,6 6,6 24,5 10,6 4,2 29,7 10,2
M -27,7 -39,5 84,2 118,8 -93,9 90,2 138,6
2 3 N -6,4 -9,1 30,2 18,5 -21,7 35,9 19,5
Viga V 9,7 13,9 -30,2 -43,8 33,0 -32,6 -51,6
M -27,7 -39,5 84,2 118,8 -93,9 90,2 138,6
5 N -4,5 -6,5 30,2 18,5 -15,4 37,8 21,4
V -0,8 -1,1 5,3 9,5 -2,7 6,6 12,5
M 17,5 25,0 -42,3 -55,4 59,4 -41,7 -60,1
Tabela 1 – Combinações de ações (forças em kN; momentos em kNm)
Barra Nó Esforço CP CA CVI CVII 1,25CP 1,00CP 1,00CP

Solicitante + + +
1,50CA 1,40CVI 1,40CVII
3 2 N -16,3 -15,2 35,0 23,6 -43,2 32,7 16,7
Coluna V 4,6 6,6 -3,5 -3,6 15,7 -0,3 -0,4
M zero zero zero zero zero zero zero
4 N -16,3 -15,2 35,0 23,6 -43,2 32,7 16,7
V 4,6 6,6 -24,5 -16,8 15,7 -29,7 -18,9
M 27,7 39,5 -84,2 -61,3 93,9 -90,2 -58,1
4 4 N -6,4 -9,1 30,2 20,6 -21,7 35,9 22,4
Viga V -9,7 -13,9 30,2 20,4 -33,0 32,6 18,9
M -27,7 -39,5 84,2 61,3 -93,9 90,2 58,1
5 N -4,5 -6,5 30,2 20,6 -15,4 37,8 24,3
V 0,8 1,1 -5,3 2,6 2,7 -6,6 4,4
M 17,5 25,0 -42,3 -55,4 59,4 -41,7 -60,1
Valor de cálculo dos Esforços solicitantes
Os esforços solicitantes a serem utilizados no cálculo são:
 Esforços solicitantes de cálculo para as colunas do pórtico:

Hipótese 1: Nd = -43,2 kN (compressão); Vd = 15,7 kN; Md = 93,9 kNm
Hipótese 2: Nd = 48,7 kN (tração); Vd = 10,2 kN; Md = 138,6 kNm
 Esforços solicitantes de cálculo para as vigas do pórtico:

Hipótese 1: Nd = -21,7 kN (compressão); Vd = 33,0 kN; Md = -93,9 kNm
Hipótese 2: Nd = 19,5 kN (tração); Vd = -51,6 kN; Md = 138,6 kNm
8. ESFORÇOS SOLICITANTES E FLECHA NAS TERÇAS

• Ações atuantes
a) Carga permanente (CP)
Peso próprio terças + tirantes: 70 N/m² (valor estimado)
Total: 120 N/m² (0,12 kN/m²)
0,12 kN/m²
telha
terça
10°
b) Carga acidental (CA)

Sobrecarga na cobertura: 0,25 kN/m²
0,25 kN/m²
telha
terça
10°
c) Vento (CV)
Será utilizado o vento 90° com cpi = 0, pois essa situação
conduz ao maior valor de carga relativa ao vento em uma das
águas da cobertura:
Carga de vento: pressão dinâmica do vento · (cpe - cpi)

Carga de vento: -0,73 · 1,20 = -0,88 kN/m² (o sinal negativo indica sucção)
telha
, 88 kN/m²
0
terça
10°
• Carregamento das terças

Espaçamento entre terças: 2590 mm, conforme a figura abaixo.
m
10360 m 2590
2590
2590
2590
Carregamento permanente (CP): 0,12  2,59 = 0,311 kN/m

Carregamento acidental (CA): 0,25  2,59 = 0,648 kN/m
Carregamento de vento (CV): -0,88  2,59 = -2,279 kN/m
20400 mm
A carga permanente e a acidental são verticais e terão que ser

decompostas nas direções x e y, paralela e perpendicular ao plano da
cobertura, respectivamente. A carga de vento, por sua vez, é
perpendicular ao plano da cobertura. A terça trata-se de um elemento
submetido à flexão oblíqua (flexão em dois planos perpendiculares
entre si).
CV
10° CP y
CA
CV
10° CP y
CA
 CPx = CP  sen10° = 0,311  sen10° = 0,054 kN/m  valor da carga na direção x

 CPy = CP  cos10° = 0,311  cos10° = 0,306 kN/m  valor da carga na direção y
 CAx = CA  sen10° = 0,648  sen10° = 0,113 kN/m  valor da carga na direção x

 CAy = CA  cos10° = 0,648  cos10° = 0,638 kN/m  valor da carga na direção y
 CV = - 2,279 kN/m  valor da carga, perpendicular ao plano da cobertura

 Combinação de ações
Combinação 1: γg  CP + γq1  CA  (1,25  CP) + (1,50  CA)
Combinação 2: γg  CP + γq2  CV  (1,00  CP) + (1,40  CV)
Combinação 1 (na direção x): 1,25  0,054 + 1,50  0,113 = 0,237 kN/m
Combinação 1 (na direção y): 1,25  0,306 + 1,50  0,638 = 1,340 kN/m
Combinação 2 (na direção x): 1,00  0,054 = 0,054 kN/m

Combinação 2 (na direção y): 1,00  0,306 - 1,40  2,279 = - 2,885 kN/m
 Esforços solicitantes de cálculo

A terça será travada lateralmente, na direção do eixo x, por um
tirante colocado no meio do vão. Nessa direção, então, a terça será
considerada contínua com dois vãos iguais a 3m. Na direção do eixo y,
por sua vez, a terça será considerada biapoiada sobre as vigas de dois
pórticos adjacentes, com vão de 6m. O cálculo dos esforços solicitantes
será feito utilizando o programa de computador Ftool.
 Combinação 1 – carregamento na direção x:
Esquema estático na direção x
Reações de apoio – unidade: kN

Diagrama de força cortante (Vdy) – unidade: kN
Diagrama de momento fletor (Mdy) – unidade: kNm

 Combinação 1 – carregamento na direção y:
Esquema estático na direção y

Diagrama de força cortante (Vdx) – unidade: kN
Diagrama de momento fletor (Mdx) – unidade: kNm


Diagrama de força cortante (Vdy) – unidade: kN
Diagrama de momento fletor (Mdy) – unidade: kNm


Diagrama de força cortante (Vdx) – unidade: kN
Diagrama de momento fletor (Mdx) – unidade: kNm

Com base nos diagramas de esforços solicitantes, pode-se

observar que a combinação 2 é critica. Assim, os esforços
solicitantes de cálculo a serem considerados para o
dimensionamento das terças são: Vd = 8,7 kN; Mdx = 13,0 kNm;
Mdy = 0,1 kNm.
y
1 3,0 kN.m
Mdx =
x
= 0 , 1 kN.m
Mdy
 Verificação da flecha
 Cargas atuantes na terça:
CPy = 0,306 kN/m  carga permanente, na direção y da terça
CAy = 0,638 kN/m  carga acidental, na direção y da terça
CV = -2,279 kN/m  carga de vento, na direção y da terça
 Perfil da terça:
No caso de galpão industrial, a altura (d) da seção transversal da
terça varia de 1/40 a 1/60 do vão da terça (L). Será adotado o
perfil U 152 x 15,6 (laminado), cujo momento de inércia em
relação ao eixo x é:
I x  632,0 cm 4
 Cálculo da flecha:
1° caso: carga permanente + acidental  combinação rara de serviço
5  P  L4 5  (0,00306  0,00638)  600 4
flecha  δ    1,26cm
384  E  I x 384  20000  632
L 600
flecha limite  δ lim    3,33cm
180 180
δ  1,26cm  δ lim  3,33cm  OK!
2° caso: carga de vento (vento de sucção)

5  P  L4 5  (0,02279)  600 4
flecha  δ    3,04cm
384  E  I x 384  20000  632
L 600
120 120
δ  3,04cm  δ lim  5,00cm  OK!
9. ESFORÇOS SOLICITANTES NOS TIRANTES DA COBER.

Os tirantes são calculados como barras redondas com
extremidades rosqueadas, submetidas à tração.
 Carga permanente (CP): 0,12 kN/m² (foi obtido anteriormente)
0,12 kN/m²
telha
terça
10°
 Carga acidental (CA): 0,25 kN/m² (foi obtido anteriormente)
0,25 kN/m²
telha
terça
10°
Estas cargas são verticais e devem ser decompostas na

direção x, paralela ao plano da cobertura:
y
x
CPx
CAx
10° CP
CA
 CPx = CP  sen10° = 0,12  sen10° = 0,021 kN/m²

 CAx = CA  sen10° = 0,25  sen10° = 0,044 kN/m²
y
x
CPx
CAx
10° CP
CA
 Combinação de ações
Combinação: γg  CPx + γq1  CAx  (1,25  CPx) + (1,50  CAx)
Combinação: (1,25  0,021) + (1,50  0,044) = 0,092 kN/m²
 Área de influência dos tirantes

Conforme figuras mostradas a seguir.
cumeeira
2590
T1
2590
T2
m terças
10360 m
10360 mm
2590
2590
2590
2590
viga
viga
2590
cumeeira
viga
2590
coluna
coluna 3000 coluna
6000 mm
 Esforço solicitante de cálculo no tirante T1

Nd Nd 3,00 m
 
2,59 m
 6 m
3,9
F/2 0,092  3  10,36 3,96

Nd     2,19 kN
cosα 2 2,59
 Esforço solicitante de cálculo no tirante T2
N d  0,092  3  7,77  2,15 kN

10. ESFORÇOS NOS ELEMENTOS DO TAPAMENTO LATERAL
As longarinas do tapamento lateral serão em chapa

dobrada (perfis formados a frio) e de seção U enrijecido. Serão
previstos tirantes para travavamento das longarinas na direção
paralela ao plano do tapamento lateral (x). Nessa direção, então,
as longarinas serão consideradas contínuas com dois vãos iguais
a 3m. Na direção perpendicular ao plano do tapamento lateral
(y), por sua vez, as longarinas serão consideradas biapoiadas
nos pilares de dois pórticos adjacentes, com vão de 6m.
 Espaçamento entre longarinas

Conforme indicado na figura abaixo.
m
10360 m 2590
2590
2590
2590
3000
6000 mm
2800
20400 mm
 Ações atuantes
a) Carga permanente (CP)

Total: 100 N/m² (0,10 kN/m²)
b) Vento (CV)
Será utilizado o vento 90° com cpi = -0,30, pois essa
situação conduz ao maior valor de carga relativa ao vento em uma
da laterais do galpão:

Carga de vento: 0,73 · (0,70 + 0,30) = 0,73 kN/m²
 Carregamento das longarinas

 Carregamento permanente (CP): 0,10  3,00 = 0,30 kN/m
 Carregamento de vento (CV): 0,73  3,00 = 2,19 kN/m
telha
x
y
(Vento 90°) CV
CP

 Na direção x:
CP = 0,30 kN/m
CP = 0,30 kN/m
L = 3,00 m L = 3,00 m
L = 3,00 m L = 3,00 m
My = 0,34 kN·m
My = 0,34 kN·m
_ _
_ _
CP  L2 0,30  32
+ My  +   0,34 kN  m
+ +
8 8
Diagrama de momento fletor

 Na direção y: CV = 2,19 kN/m
CV = 2,19 kN/m
L = 6,00 m

L = 6,00 m + +
Mx = 9,86 kN·m
CV  L2 2,19  6 2
+ + Mx    9,86 kN  m
8 8
Mx = 9,86 kN·m
Diagrama de momento fletor

 Verificação da flecha
 Cargas atuantes na longarina:
CP = 0,30 kN/m  carga permanente, na direção x da longarina (já foi obtido)
CV = 2,19 kN/m  carga de vento, na direção y da longarina (já foi obtido)
 Perfil da longarinas:
Assim como as terças da cobertura, geralmente as longarinas são predimensionadas
de forma que a altura (d) da seção transversal varie de 1/40 a 1/60 do vão (distância
entre colunas). Assim, a altura do perfil da longarina deve variar entre:
L L 6000 6000
d   100mm  d   150mm
60 40 60 40
Será adotado o perfil Ue 150 x 60 x 20 x 4,76 (U enrijecido),

cujos momentos de inércia são:
I x  423,0 cm e I y  57,0 cm 4
4
4,76 mm
150 mm
20 mm
60 mm
Ue 150 x 60 x 20 x 4,76 (perfil formado a frio – chapa dobrada)

 Cálculo da flecha:
Na direção x, com a carga permanente
5  CP  L4 5  0,003  300 4
flecha  δ x    0,28cm
384  E  I y 384  20000  57
L 300
180 180
δ x  0,28cm  δ lim  1,67cm  OK!
Na direção y, com a carga de vento
5  CV  L4 5  0,0219  600 4
flecha  δ y    4,37cm
384  E  I x 384  20000  423
L 600
120 120
δ y  4,37cm  δ lim  5,00cm  OK!
 Tirantes do tapamento lateral

Na figura abaixo mostra-se o esquema geral do tapamento lateral.
3000
T1
6000 mm
longarinas
2800
coluna
coluna
T2
6000 mm
Os esforços solicitantes nos tirantes do tapamento lateral são

calculados da mesma maneira que foi mostrada para os tirantes da
cobertura.
11. ESFORÇOS NOS ELEMENTOS DO TAPAMENTO FRONTAL
a) Longarinas e tirantes do tapamento frontal

Os esforços solicitantes nas longarinas e tirantes do tapamento
frontal são calculados da mesma maneira que foi mostrada para os
elementos do tapamento lateral.
b) Colunas do tapamento frontal

Na figura abaixo mostra-se um esquema geral do tapamento
frontal, indicando as longarinas e as colunas (C1 e C2).
C2
C1
C2
6880 mm
7760 mm
4 x 5000 = 20000 mm
 Ações atuantes
 Tapamento frontal:

Total: 100 N/m² (0,10 kN/m²)
Peso próprio da coluna: será considerado um perfil de peso igual a

0,30 kN/m
 Carga de vento: Será utilizado o vento 0° com cpi = -0,30 (sucção

interna), pois essa situação conduz ao maior valor de carga relativa ao
vento no tapamento frontal:
Coeficientes de pressão externos (cpe) para as paredes – Vento 0°

cpi = -0,3
Coeficiente de pressão interno (cpi)

Carga de vento: 0,73 · (0,70 + 0,30) = 0,73 kN/m²
 Carregamento da coluna C1
O peso próprio do tapamento frontal e o peso próprio da
coluna serão considerados como carga concentrada no topo da
coluna. O carregamento relativo ao vento, por sua vez, é considerado
como uma carga distribuída ao longo da coluna. Dessa maneira:
 Carga concentrada no topo da coluna: (0,10 · 5 · 7,76) + (0,30 · 7,76) = 6,21 kN

 Carga distribuída na coluna: 0,73 · 5 = 3,65 kN/m
6,21 kN 6,21 kN
R3 = 14,16 kN
3,65 · 7,76 = 28,32 kN

3,65 kN/m
L = 7760 mm
R2 = 14,16 kN
Esquema estático R1 = 6,21 kN
Reações de apoio
14,16 kN
6,21 kN
27,47 kN·m
Força Cortante
Momento fletor
Força Normal
-
Diagramas de esforços
solicitantes da coluna C1
+
+
6,21 kN
14,16 kN

Nd = -1,25 · 6,21 = -7,76 kN (compressão)
Vd = 1,4 · 14,16 = 19,83 kN
Md = 1,40 · 27,47 = 38,46 kNm

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ESPECIALIZAÇÃO EM ESTRUTURAS METÁLICAS

Projeto e Detalhes Construtivos

Cálculo das Ações em um Galpão Industrial

Prof. Marcos Alberto Ferreira da Silva

São Paulo, 2015

GALPÃO INDUSTRIAL EM ESTRUTURA METÁLICA

2. SISTEMA ESTRUTURAL E DIMENSÕES

SEÇÃO TRANSVERSAL - FACHADA FRONTAL

Sistema Estrutural – Plano das Bases

Sistema Estrutural – Plano da Cobertura

Sistema Estrutural – Contraventamento Vertical

Sistema Estrutural – Seção Transversal Principal

• Velocidade básica do vento (V0):

• Velocidade característica do vento (Vk):

• Pressão Estática do vento:

Coeficientes de pressão externa (para paredes)

Cpe médio = -1,00

Vento 0° Vento 90°

Coeficientes de pressão externa (para cobertura)

Vento 0° Vento 90° Cpe médio

Coeficientes de pressão interna

Admitindo que nas quatro faces da edificação existem

Cpi = -0,30 ou Cpi = 0,00 (o que for mais nocivo)

Composição dos coeficientes de pressão

Composição dos coeficientes de pressão

Ações distribuídas nas barras do pórtico

Vento I (Vento 0° com Cpi = 0,00)

Vento II (Vento 90° com Cpi = 0,00)

Peso próprio da telha: 50 N/m² (valor adotado)

Peso próprio longarinas + tirantes: 50 N/m² (valor estimado)

Total: 100 N/m² (10kgf/m²)

Peso próprio da telha: 50 N/m² (valor adotado)

 Carga no topo da coluna: (0,10 · 6 · 6) + (0,329 · 6) = 5,6 kN

Carregamento relativo à carga permanente

6.2. Carregamento relativo à carga acidental (CA)

6.2. Carregamento relativo ao vento (CV)

7. CÁLCULO DOS ESFORÇOS SOLICITANTES NO PÓRTICO

7.1. Esforços solicitantes relativos à carga permanente (CP)

Diagrama de força normal (N) – unidade: kN

7.1. Esforços solicitantes relativos à carga permanente (CP)

Diagrama de força cortante (V) – unidade: kN

7.1. Esforços solicitantes relativos à carga permanente (CP)

Diagrama de momento fletor (M) – unidade: kN∙m

7.2. Esforços solicitantes relativos à carga acidental (CA)

Diagrama de força normal (N) – unidade: kN

7.2. Esforços solicitantes relativos à carga acidental (CA)

Diagrama de força cortante (V) – unidade: kN

7.2. Esforços solicitantes relativos à carga acidental (CA)

Diagrama de momento fletor (M) – unidade: kN∙m

7.3. Esforços solicitantes relativos ao vento – Hipótese 1 (CVI)

Hipótese 1 (Vento I – CVI)

Diagrama de força normal (N) – unidade: kN

7.3. Esforços solicitantes relativos ao vento – Hipótese 1 (CVI)

Hipótese 1 (Vento I – CVI)

Diagrama de força cortante (V) – unidade: kN

7.3. Esforços solicitantes relativos ao vento – Hipótese 1 (CVI)

Hipótese 1 (Vento I – CVI)

Diagrama de momento fletor (M) – unidade: kN∙m

7.4. Esforços solicitantes relativos ao vento – Hipótese 2 (CVII)

Hipótese 2 (Vento II – CVII)

Diagrama de força normal (N) – unidade: kN

7.4. Esforços solicitantes relativos ao vento – Hipótese 2 (CVII)

Hipótese 2 (Vento II – CVII)