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Efeito psicológico: uma obra é percebida, sentida e apreciada pelo seu receptor
A arte dá ao ser humano a capacidade de entrar em contato com Deus, o universo e consigo
mesmo
Três momento do processo artístico: fazer, conhecer e exprimir. Arte é um conjunto de atos
pelos quais se muda a forma, se transforma a matéria oferecida pela natureza e pela cultura. É
produção, logo, trabalho.
A arte comove a alma (trabalho intelectual: música, poesia, teatro) e une o útil ao belo
(trabalho manual: artesanato, cerâmica, ourivesaria). Essa distinção hierárquica arte >
artesanato caiu por terra na modernidade. Todos são artistas.
Como o jogo, a obra de arte conhece um momento de invenção, que libera as potencialidades
da memória, da percepção, fantasia. E como no jogo, a invenção de novos conjuntos requer
uma atenção rigorosa às leis particulares de sintaxe que correspondem ao novo esquema
imaginário a ser realizado. A liberdade da criação exige e cria uma norma interna. O fazer do
artista é tal que, enquanto opera, inventa o que deve fazer e o modo de fazê-lo.
Na gênese de uma produção artística há uma fusão de movimentos internos e externos que
geram o que Dante chamou de “grande mar do ser”.
Platão: Da observação externa vem a mimese, criadora a partir da analogia a certos perfis de
experiência.
A arte não é pura imitação da natureza das coisas. Desde os tempos primitivos até o fim da
Idade Média o artista buscava extrair os elementos constantes e constituíveis da natureza,
com o objetivo de garantir uma perpetuidade, uma beleza eterna. Isso num mundo de
imprevisibilidades era a aspiração de quietude e garantia das coisas. Essa arte, essa procura
por abstração, traria o fôlego para suportar a vida no do caos e no inesperado da morte por
meio da fixação de modelos. A mimeses era o desenho da estrutura profunda da natureza e
dos homens.