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NOÇÕES GERAIS

1) RELAÇÃO DTO E ECONOMIA


INTERDISCIPLINARIDADE: Direito e economia se afetam concomitantemente. E é, justamente,
essa vocação interdisciplinar que dificulta o estudo.
TEORIA DA RESERVA DO POSSÍVEL: É traduzida no Brasil em termos, meramente,
matemáticos. Representa, basicamente, uma forma de limitar a atuação do Estado no âmbito
de efetivação de direitos sociais e fundamentais.
CONCEITO DE DIREITO ECONÔMICO: Estudo das relações entre os Entes Públicos e os
sujeitos privados, na perspectiva da intervenção do Estado na vida econômica.
DIREITO PÚBLICO VS DIREITO PRIVADO: Direito Econômico é um ramo do Direito Público,
conclui-se isto por conta das finalidades, objetivos de concretização da Ordem Econômica
através da força cogente Estatal. Porém, normas de Dto privado têm papel relevante.
Interpenetração.

EVOLUÇÃO HISTÓRICA

Século XX, pós 1a guerra mundial. Estado com papel de regulação das economias de
mercado, para disciplinar e orientar, direta ou indiretamente, o exercício da atividade
econômica.
Adam Smith (auto-regulado) - Mercado atomizado de concentração de empresas,
emergência de verdadeiros poderes econômicos privados (hetero-regulação).
Passagem da mão invisível da economia atomizada para as mãos visíveis de agentes
privados que buscam maximizar suas margens lucro.
Revolução Industrial: Pôs em xeque a Teoria de Adam Smith, devido as suas proporções
monumentais. Houve desequilíbrio na busca pelo lucro (trabalho sem condições mínimas,
ofensas do direito de concorrência, etc.).
Em decorrência disto, a economia sofre uma crise profunda (século XX), por conta desses
distúrbios (abuso de poder econômico privado), dando origem ao Estado de Bem-Estar Social
(intervencionista, orientando, disciplinando a atividade econômica – ate agindo como agente
econômico).
- Estado intervencionista: atendimento dos interesses gerais da coletividade.
- Neoliberalismo= privatizações.
- Dto Econômico> formas diferentes de regulação. Movimentos de internacionalização das
economias nacionais e os processos regionais de integração econômica.
- 3 pressupostos: leis de mercado ñ bastam; imbricação das esferas pública e privada;
democracia econômica.
INTERVENÇÃO

Conceito: Cabral de Moncada: fomentar, corrigir, controlar e conformar o funcionamento


espontâneo da decisão econômica privada, livre e descentralizada, para possibilitar o
mercado. Fenômeno mutável.

Classificação da Abordagem Estatal – Eros Grau.


Direta: O Estado atua como agente econômico, isto é, como empresário (exemplo: art. 173,
da CF1).
a) Por Absorção: O Estado assume por completo a exploração da atividade econômica
– monopólio (Correios; Angra 1, 2, 3).
b) Por Participação: O Estado desempenha a atividade econômico em paralelo à
particulares (Banco do Brasil; Caixa Econômica Federal).
Indireta: O Estado adota a disciplina jurídica como meio interventivo.
a) Por Direção: O Estado edita normas cogentes para regular determinadas atividades
econômicas – mecanismo normativo de pressão (Tributos).
b) Por Indução: O Estado induz comportamentos por meio da chamada Sanção Premial
(Norberto Bobbio) de modo que, se o destinatário se submeter a ela ele é agraciado
com as prerrogativas/benefícios (Zona Franca de Manaus).
 Atua na economia quando tiver relevante interesse coletivo e segurança nacional.

PROGRAMA NACIONAL DE DESESTATIZAÇÃO – LEI 9491/97


FERNANDO COLLOR DE MELLO

Objetivos: Art. 1º, o Programa Nacional de Desestatização – PND, tem como objetivos
fundamentais:
I. Reordenar a posição estratégica do Estado na economia.
II. Contribuir para a reestruturação econômica do setor público.
III. Permitir a retomada de investimentos nas empresas privatizadas;
IV. Contribuir para a reestruturação econômica do setor privado.
V. Permitir que a Administração Pública concentre seus esforços nas atividades em que a
presença do Estado seja fundamental.

1 Art. 173, da CF: Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade
econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a
relevante interesse coletivo.
PLANO DIRETOR DA REFORMA DO ESTADO
BRESSER PEREIRA

Objetivos: Prega a redução da atuação Estatal no domínio econômico por meio da


privatização polissêmica, com ênfase ao papel regulador do Estado.
Medidas Liberalizadoras:

 Desmonopolização= atividades que antes era de competência exclusiva do estado e


passam a ser permitidas por particulares (Ex: Emcomendas, era exclusivo dos correios,
hj tem várias empresas)
 Desregulação = não é o fim da regulação, mas uma regulação soft (menor).

REGIME JURÍDICO DAS AGÊNCIAS REGULADORAS:


AUTARQUIAS EM REGIME ESPECIAL

Noções Gerais
Conceito Legal: Art. 5º, Decreto Lei 200/67, considera-se Autarquia o serviço autônomo,
criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar
atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento,
gestão administrativa e financeira descentralizada.
Regime Especial: Maior grau de independência/autonomia em relação à Administração
Pública Direta, conforme lei reguladora.

1) natureza jurídica compatível e apta aos objetivos das Agências Reguladoras: grau elevado
de independência (desvinculação da Administração Direta).

Principais diferenças em relação à clássica:

a) Independência. Administrativa = ausência de vínculo hierárquico formal: essencial para


cumprimento de objetivos, de maneira imparcial e técnica, sem sofrer ingerências externas.
Poder decisório (quase-jurisdicional) = ausência de recurso a Administração Direta.
Autonomia Financeira: dotações orçamentárias gerais e fontes de receitas próprias (taxas;
multas, emolumentos etc).
b) Estabilidade dos administradores: não vinculados a Administração Direta. Nomeação,
fixação de mandato; exoneração apenas motivada nas hipóteses legais (renúncia,
condenação transitada em julgado, decisão em PAD; ato de improbidade Administrativa,
violação de regras de incompatibilidade, prática de atos lesivos aos interesses ou patrimônio
da agência) e conforme requisitos procedimentais.

 PASSA POR SABATINA NO LEGISLATIVO

c) Órgãos colegiados. Regime de incompatibilidade. Quarentena de 12 meses. Impedimento


de representação de interesses de outrens, tráfico de influência.

d) Controle das AR: nomeação, T. contas; controle jurisdicional e controle social (ouvidorias;
audiências públicas; Conselho Consultivo, contratos de gestão). Lei 9784/99 (processo
administrativo)

Regime jurídico das Agências Reguladoras (AR): autarquias em regime especial

PODER NORMATIVO DAS AGÊNCIAS REGULADORAS BRASILEIRAS


 NÃO LEGISLAM

- Forte polêmica/discussão: constitucionalidade face aos princípios da separação dos poderes,


da legalidade, da reserva de lei. Noção implícita de atuação regulatória.
- EUA: delegação de poderes pelo Legislativo. Limites: standards. Não transportar para BR.
CF/88: ñ veda express. del. de poderes. Ved. implícita: pp da sep. poderes; representação
política, supr. da Constituição e devido processo legal. Art.25 do ADCT. Exceções expres. na
CF.
- características da delegação: precária e excepcional; controle constante do delegante>
Inviável no Br tese da delegação de poderes para justificar a atribuição de poder normativo às
agências.

Competência Regulamentar: - fiel execução das leis. art. 84, IV, e 87, II da CF: Presidente
da República e Ministros: caráter não exclusivo (rol não exaustivo). AP. Escopo nas Agências:
desempenho eficiente de atribuições. ADIn 1668: Lei 9472: manifestação de cunho
regulamentar não autônoma. Regul. autônomos: maioria doutrinária contrária (separação de
poderes e da legalidade). Alguns favoráveis c/ limites: ñ inovar na ordem jurídica; não contra
legem; respeito pp tipicidade; ñ restringir dtos e garantias fundamentais; sem efeito retroativo
(em princípio); respeito repartição de competências na Federação; e controle pelo Poder
Judiciário.

QUESTÕES DA PROVA
1) Relacione, de forma fundamentada, a natureza mutável da intervenção do Estado
conforme classificação do Ministro Eros Grau e a passagem do Estado
Intervencionista ao Estado Regulador.

A intervenção do Estado na economia tende a ser dinâmica e variável, tendo em vista as


mudanças naturais do mercado.
Outrora, a teoria de Adam Smith sustentou a desnecessidade de regulação do mercado, pois
a mão invisível o regularia, pela ação de seus próprios agentes, todavia, o decurso do tempo
mostrou a ineficácia da teoria, dada a concentração de poder econômico em pequena parcela
dos agentes, cominando na crise do capitalismo, exigindo, assim, a regulação do mercado
pelo Estado.
Outro fator importante que marcou a transição do Estado intervencionista para o Estado
regulador foi a crise fiscal do final do século XX. A concentração da prestação de serviços
públicos na figura do ente estatal cominou em uma crescente incapacidade de recurso para a
manutenção da prestação destes serviços, o que gerou a necessidade de transferir o que era
antes monopólio do Estado aos particulares (privatizações), para melhor atender as
necessidades públicas, todavia, sem se desvincular totalmente do controle da atividade,
atuando como regulador da atividade.
Segundo a classificação de Eros Grau, a intervenção pode-se dar de 2 formas, direta e
indireta. Na direta o Estado atua como um agente econômico, presente no mercado,
operando-se por absorção, figurando como detentor do monopólio da atividade ou por
participação, quando atua em conjunto com outros agentes econômicos.
Já a intervenção indireta caracteriza-se pela não participação do Estado como agente
econômico, mas sim como ente indutor da conduta dos agentes, realizando-se de duas
maneiras, por direção, editando normas para modular o mercado, ou por indução, que
estimula agentes oferecendo benefícios caso ajam conforme as diretrizes estabelecidas.
As modalidades de intervenção são mutáveis, e devem oportunamente serem utilizadas a
depender do momento econômico, que indicará ao Estado a conveniência de sua aplicação.
2) As agências reguladoras brasileiras editam leis? Responda de maneira
fundamentada e ainda trate das discussões doutrinárias e jurisprudenciais sobre
o tema.

Em que pese as agências reguladoras gozem de certa independência em relação ao poder


público, elas não editam Leis, o que de fato fazem é editar normas regulamentares, daí o
entendimento de que as agências reguladoras possuem o poder regulamentar, que é exercido
nos limites constitucionais e legais, pois não configuram-se atos primários.
Dada a importância do tema e a preocupação com a natureza jurídica dos atos das agências
reguladoras editou-se o art. 25 da ADCT que revogou todos os dispositivos anteriores à
Constituição de 88 que não se submeteram a votação no congresso.
Não é outro o entendimento jurisprudencial que entende que, em decorrência do princípio
constitucional da separação dos poderes, tendo em vista que as agências reguladoras se
vinculam ao poder executivo, seus atos não possuem força legiferante. Ademais, as exceções
para edição de atos com força legislativa pelo executivo são somente a MP e lei delegada, o
que não compreende as funções das agências reguladoras.
Portanto, é cediço o entendimento de que os atos das agências reguladoras não constituem
lei.

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