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COLEGIO ULBRA CRISTO REDENTOR

Curso técnico em eletrônica

Mauricio de Freitas Araújo

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

CANOAS
2018

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Mauricio de Freitas Araújo

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Relatório de Estágio apresentado à Escola


Ulbra Cristo Redentor, como requisito
obrigatório para cumprimento da disciplina
Estágio Supervisionado Obrigatório.

Monitor do Estágio: Cristian Teixeira

CANOAS
2018

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EPIGRAFE

“Posso não ter um centavo no bolso, mas


tenho um sorriso no rosto e isso vale mais
que todo dinheiro do mundo”
(Seu Madruga)

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RESUMO

Neste relatório descrevo as atividades em que trabalho e os serviços que


realizo na empresa PRIME TELECOMUNICAÇOES no período de estagio, mas que
já realizo antes mesmo de estudar eletrônica na escola Cristo Redentor.
Vou abordar também, como alguns equipamentos utilizados em provedores
de internet funcionam e como deve ser o seu manuseio.
Não só com os conhecimentos obtidos no curso técnico em eletrônica, mas
com os vários anos trabalhando nessa área de telecomunicações.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Logo da Tubaron ......................................................................................... 9


Figura 2 - Logo Prime Telecomunicações ................................................................... 9
Figura 3 - Cabo Ethernet ........................................................................................... 14
Figura 4 - Adaptador POE ......................................................................................... 14
Figura 5 - Padrão T568A ........................................................................................... 15
Figura 6 - Padrão T568B ........................................................................................... 15
Figura 7 - Cortando 1,5cm com a guilhotina do crimpador ........................................ 16
Figura 8 - Menu WOM5000 ....................................................................................... 18
Figura 9 - Trajetória da luz na fibra ........................................................................... 21
Figura 10 - Padrão de cores de fibras ópticas ........................................................... 21
Figura 11 - Padrão de cores tubos loose .................................................................. 22
Figura 12 - Fio de kevlar (em laranja) para a decapagem ......................................... 23
Figura 13 - CTO ........................................................................................................ 24
Figura 14 - Retirando o acrilato da fibra .................................................................... 25
Figura 15 - Tela da máquina de fusão....................................................................... 26
Figura 16 - Exemplo de fibra não clivada .................................................................. 26
Figura 17 - Fonte retirada de um POP ...................................................................... 27
Figura 18 - Diagrama em bloco fonte linear .............................................................. 28
Figura 19 - Diagrama em bloco fonte chaveada........................................................ 29
Figura 20 - Componentes soldados na placa ............................................................ 32
Figura 21 - Placa POE soldada no lugar ................................................................... 32

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SUMARIO

1. APRESENTAÇÃO .......................................................................................... 6
2. HISTÓRICO PRIME TELECOMUNICAÇÕES ................................................ 7
2.1. Missão da Empresa ...................................................................................... 10
2.2. Visão da Empresa ........................................................................................ 10
2.3. Serviços oferecidos ...................................................................................... 11
3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS DURANTE O ESTÁGIO: ......................... 12
3.1. Configuração, instalação e manutenção em WOM5000............................... 13
3.2. Fibra Óptica .................................................................................................. 20
3.3. Manutenção em fontes chaveada ................................................................. 27
3.4. Montagem de placas POE em switch e instalação de switch metro ............. 31
3.5. Manutenção em POP’s (Point of Presence) ................................................. 33
4. CONCLUSÃO ............................................................................................... 34
5. REFERÊNCIAS ............................................................................................ 35

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1. APRESENTAÇÃO

O presente relatório refere-se às atividades desenvolvidas durante o Estágio


Curricular Supervisionado realizado na PRIME TELECOMUNICAÇÕES - EIRELI,
localizado na cidade de Canoas, no Estado do Rio Grande do Sul.
O estágio obrigatório foi realizado no período de 31 de julho a 17 de outubro
de 2018, totalizando às 400 horas. Sob a supervisão de Jeferson Cavalheiro,
Analista de Telecomunicações, efetuaram-se diversas atividades, as quais estão
descritas no decorrer deste trabalho.
O Curso de Técnico em Eletrônica desenvolve no profissional o conhecimento
necessário no dia a dia de uma empresa de telecomunicações, e o estágio é a
melhor maneira de colocar em prática boa parte daquilo que nos foi oferecido. Neste
relatório estão contidas as informações de como se desenvolveram essas atividades
práticas, que possibilitaram um amplo conhecimento por unir a teoria com a prática.
É através do estágio que se pode colocar em prática tudo ou pelo menos boa
parte do que aprendemos em sala de aula. O estágio testa o aprendizado e
preenche o abismo existente entre a prática e a teoria.
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2. HISTÓRICO PRIME TELECOMUNICAÇÕES

A PRIME TELECOMUNICAÇÕES (figura – 2) é uma empresa voltada para


fornecer serviço de acesso à internet, TV e telefone. Iniciou suas atividades em
2007, com intuito de prover acesso à internet no município de Canoas, uma vez que
na época a prestação deste tipo de serviço restringia-se a poucas operadoras como
a OI, GVT e NET.
Em 2007 a empresa iniciou o serviço ofertando planos com 250Kbps e
500Kbps, utilizando tecnologia a rádio, operando na frequência de 2.4GHz. Foi
montada uma retransmissora que recebia o link dedicado de internet com 6Mbps, e
antenas setoriais de 17dbi para retransmissão.
Nos clientes era utilizado uma antena de grade 2.4GHz, cabo coaxial e uma
placa PCI instalada no computador do cliente. Nesta época era comum ter um único
computador na residência e não haviam smartfones.
Em 2008 e 2009 a empresa seguiu aumentando a carteira de clientes com a
instalação de duas novas retransmissoras.
O link principal foi aumentado para 15M. Nesta época os clientes começaram
a ter notebooks, de modo que não tinha como inserir placa de rádio, então a
empresa passou a utilizar cartão USB, que podia ser utilizado tanto em notebooks
quanto em PCs.
Em 2010 surgiu a necessidade de conectar mais de um computador a
internet, foi então que surgiram as primeiras CPEs (Customer Premises Equipment)
roteadas.
Tratava-se de um roteador wifi 2.4GHz com firmware adaptado para operar
em modo cliente wireless, desta maneira os dados de internet chegavam ao
aparelho pela antena wireless, estes roteadores eram acomodados em caixas
herméticas improvisadas.
Começou-se a comercializar planos de 1Mbps. Em 2011, começou a surgir as
primeiras CPEs industrializadas, importadas, da marca Ubiquiti, foi uma revolução na
comunicação wireless, equipamentos projetados especificamente para comunicação
outdoor, com maior sensibilidade e potência de transmissão.

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Em 2012 e 2013 foi o auge da expansão da banda larga via rádio, com
tecnologia madura e mais acessível por conta do aumento da demanda o link
principal havia sido ampliado para 100Mbps.
Em 2014 o espectro de frequência em 2.4GHz começou a ficar saturado com
o enorme número de clientes. Surgiu então os primeiros equipamentos em 5.8GHz,
com maior largura de banda e com espectro de frequência enxuto, passou-se a
ofertar planos de 3Mbps.
Em 2015 passou-se a ofertar planos de 5Mbps, e o link foi ampliado para
250Mbps nesta época entraram outros concorrentes no mercado, o que provocou
certa instabilidade nos sistemas 2.4Ghz devido a interferências, e ainda competindo
com os roteadores wifi de uso doméstico a carteira de clientes começou a ser toda
migrada para 5.8GHz.
Em 2016 com a concorrência saturando o espectro de 5.8Ghz, foi necessário
fazer um estudo de canalização para melhor utilizar o espectro e tentar fugir das
interferências causadas por outras empresas, uma vez que a quantidade de canais
em 5.8Ghz era pequena.
Surgiu a necessidade de partir para outra tecnologia que propiciasse maior
largura de banda e menor interferência, iniciaram-se os estudos sobre Fibra ótica o
link principal nesta ocasião já estava em 500Mbps.
Em 2017 foi implantada rede de fibra ótica interligando os POPs (Point of
Presence) da empresa, para aumentar a capacidade de oferta. No segundo
semestre foi implantada uma rede híbrida de fibra ótica e cabeamento metálico,
conhecida como Rede Metro, nesta nova infraestrutura passaram a ser ofertados
planos de 10, 15 e 20Mbps, o link foi ampliado para 750Mbps.
Em 2018 com a concorrência batendo à porta de nossos clientes, passamos a
ofertar planos de 20 e 30 Mbps, com ticket inferior a R$ 100,00 foi implantada em
um bairro uma rede 100% em fibra ótica, com tecnologia GPON (Gigabit Passive
Optical Network), na qual permite a oferta de serviços de Internet, TV e Telefonia,
atualmente contamos com 1Gbps de link com tráfego de pico na faixa dos 950Mbps.
Nesta mesma data a PRIME TELECOMUNICAÇÕES se tornou franquiada da
operadora TUBARON de Pântano Grande (uma cidade do interior do estado do RS)
isso possibilitou a PRIME TELECOMUNICAÇÕES oferecer serviços de TV, Internet
e telefonia por FTTH (Fiber to the Home).

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A TUBARON Tecnologias (figura - 1), fundada em 2005, vem há mais de 10


anos inovando no segmento de TV por assinatura. Sendo referência em IPTV
(Internet Protocol Television) no mercado brasileiro, a primeira operação digital em
IPTV em escala comercial no Brasil com tecnologias 100% própria.

Figura 1 - Logo da Tubaron

Fonte: www.tubaron.com.br (2018)

Figura 2 - Logo Prime Telecomunicações

Fonte: www.primeinternet.com.br (2018)

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2.1. Missão da Empresa

A PRIME TELECOMUNICAÇÕES trabalha há mais de 10 anos procurando


inovar na área de Telecomunicações, a fim de garantir qualidade aos clientes,
contando com o apoio de profissionais capacitados para operar, incorporar, inovar e
acompanhar as tendências tecnológicas.
A empresa conta com uma completa infraestrutura de última geração
composta por modernos equipamentos em transmissão de dados via fibra óptica
para atuar no provimento de Tv, internet e telefonia. Somos uma empresa
devidamente autorizada pela Anatel para fornecer serviço de internet em todo
território nacional.
Nos próximos anos, o desafio é modernizar ainda mais nossa rede e levar o
conteúdo de nossas programadoras especialmente para nossos assinantes. Tudo
isso respeitando a sociedade, nossos colaboradores e o meio ambiente.

2.2. Visão da Empresa

A empresa PRIME TELECOMUNICAÇÕES tem como visão ser uma empresa


de referência, reconhecida como a melhor opção por clientes, colaboradores,
comunidade, fornecedores e investidores, pela qualidade de nossos produtos,
serviços e relacionamento.
Ser reconhecido no mercado como o melhor provedor de soluções para
transmissão e gerenciamento de voz, dados e imagem e mudar o mundo através da
tecnologia.

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2.3. Serviços oferecidos

A PRIME TELECOMUNICAÇÕES oferece serviços de telefonia fixa com


identificador de chamadas, suporte local 24h e bloqueio de ligações não desejadas.
Além disso, pode continuar com o número do telefone por conta da
portabilidade numérica caso o cliente possua outra operadora já contratada, mas,
isto leva aproximadamente 4 dias uteis para ocorrer, pois quem faz a portabilidade é
a Anatel.
Possui pacotes de TV por assinatura contendo 290 canais de TV e 101 canais
de áudio sendo 150 canais em HD tornando a maior operadora do país em número
de canais em HD, para se ter uma ideia a segunda colocada nesse ranking é a VIVO
tendo 113 canais em HD.
E também possui pacotes de Internet sendo oferecidos serviços por rádio
para áreas mais remotas com velocidades de até 5Mbps de download e 1Mbps de
upload.
Por cabo metálico saindo com melhor custo benefício onde o gasto com a
instalação é baixo e se pode atingir velocidades de até 30Mbps de download em
média, mas o cliente deve residir próximo a uma caixa de atendimento.
Por FTTH utilizando a tecnologia GPON sendo a melhor tecnologia existente
no mercado atualmente a mais utilizada nos países mais desenvolvidos levando a
fibra ótica até a casa do cliente podendo atender com velocidade de mais de 1Gbps
de download e upload.

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3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS DURANTE O ESTÁGIO:

• Configuração, instalação e manutenção em CPE (Customer Premises


Equipment) WOM5000
• Instalação de CTO (Caixa de Terminação Óptica)
• Fusões em cabos de fibra ótica
• Manutenção em fontes chaveadas
• Instalação de Switch Metro
• Montagem de placa POE (Power Over Ethernet) em switch
• Manutenção em POP’s (Point of Presence)

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3.1. Configuração, instalação e manutenção em WOM5000

A sigla CPE é um termo técnico muito utilizado por operadoras de


telecomunicações e fornecedores de serviços de comunicação. É uma sigla em
inglês quer dizer Customer Premises Equipment ou Customer Provided Equipment
que significa "equipamento dentro das instalações do cliente".
CPE é um termo genérico que está relacionado à tecnologia e depende do
contexto aonde é utilizado.
Por exemplo, para uma operadora de serviços celular o CPE é o telefone
celular, para uma empresa de telefonia o CPE pode ser o aparelho de telefone (para
serviços de voz) ou o modem ADSL (para serviços de dados). Outros exemplos de
CPEs: roteadores, cable modem, receptor de WiMAX.
Qualquer equipamento que seja necessário para um cliente receber o serviço
de comunicação é um CPE.
Vamos abordar nesse trabalho sobre a CPE WOM5000 que é o equipamento
mais utilizado nos clientes a rádio da PRIME TELECOMUNICAÇÕES e é o
equipamento que utilizei em meu estagio fazendo a sua instalação em clientes.
O WOM 5000 é uma CPE outdoor desenvolvida para assinantes de
provedores de internet sem fio (WISP) em uma aplicação ponto-multiponto. Também
pode ser utilizado para pequenos enlaces ponto a ponto (enlace é conectar o rádio a
outro radio mais distante).
Trabalha na faixa de frequência de 5,1 a 5,8 GHz com velocidade de até 150
Mbps e é compatível com o padrão 802.11a/n, além de possuir antena integrada
com ganho de 12 dBi e potência de transmissão de até 28 dBm ou 630 mW, possui
firmware e guia de instalação em português, oferece auxílio via software e LEDs
externos indicadores de tráfego e nível de sinal, possui porta Ethernet blindada, que
protege o equipamento contra intempéries, e protetor anti-surto contra descargas
atmosféricas de até 4.000 V, que evita prejuízos com a queima da CPE.
Este equipamento é energizado por uma fonte POE (power over ethernet) que
permite a transmissão da energia elétrica através do cabo ethernet que também
transmite os dados de internet, isto é possível porque os cabos de rede (que são os
cabos ethernet ou UTP) possuem 4 pares de fios (figura – 3) dentro do cabo, 2

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destes pares são utilizados para Tx e Rx, que é o par 1-2 para Tx e o par 3-6 para
Rx sobrando o par 4-5 que levam o positivo da fonte e o par 7-8 para o negativo da
fonte, isso evita que tenhamos de passar outro cabo para a alimentação do
equipamento.
Para colocar a fonte de energia no cabo é instalado um adaptador POE
conforme figura - 4.
Figura 3 - Cabo Ethernet

Fonte: www.netcampro.com (2018)

Figura 4 - Adaptador POE

Fonte: www.nadiel.com.br (2018)

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Com o cabo passado, existem duas maneiras de fazermos os conectores


8P8C popularmente chamado de RJ45 em um cabo de rede, elas devem seguir a
norma EIA/TIA-568 essa norma estabelece duas maneiras de fazermos as
conectorizações que são da maneira T568A (figura – 5) e a T568B (figura – 6).

Figura 5 - Padrão T568A

Fonte: pt.wikipedia.org (2018)

Figura 6 - Padrão T568B

Fonte: pt.wikipedia.org (2018)

Para conectarmos o cabo de rede no conector devemos decapar


aproximadamente de 3cm a 5cm da capa do cabo utilizando um decapador de
cabos, após feito isto, desenrolar e deixar reto os 4 pares de fios e organiza-los de
uma maneira que eles fiquem todos em paralelo seguindo o padrão de cores T568A
ou T568B uma maneira fácil de fazer é ir separando os cabos e segura-los com os
dedos indicador e o polegar.
Em seguida utilizamos um alicate crimpador, este alicate possui uma espécie
de guilhotina para cortarmos de forma reta todos os pares ao mesmo tempo.

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Deve ser cortado aproximadamente 1,5cm de comprimento (figura – 7) em


relação a capa para que quando inserirmos ele dentro do conector ele encaixe
perfeitamente, verificamos se os cabos chegam até o fim do conector olhando pelo
lado dos pinos do RJ45 para que se tenha uma boa conexão.

Figura 7 - Cortando 1,5cm com a guilhotina do crimpador

Fonte: 4.bp.blogspot.com (2018)

Após a verificação, inserimos o conector no crimpador no local específico


para isto, e fechamos o alicate.
O alicate possui 8 “dentes” que pressionam os 8 pinos no conector fazendo
com que esses pinos cravem nos fios dando contato entre o fio e pino do conector.
Para instalarmos o CPE no cliente a primeira coisa a ser feita é fazer a
verificação da visada (linha imaginária que une dois objetos sem interceptar
obstáculos de modo que uma pessoa na posição de um dos objetos possa ver o
outro) entre o cliente e a torre de retransmissão da internet (POP) devendo ter
visada plena e sem obstrução, caso houver obstrução a instalação não é realizada
por não termos como garantir a qualidade do serviço porque a frequência utilizada
no equipamento é na faixa dos 5GHz e esta faixa não consegue atravessar ou

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refletir-se em paredes e arvores, diferente da frequência de ondas curtas e medias


como o AM, FM, VHF e UHF essa faixa de frequência se reflete sem dificuldades e
por causa disso alcança grandes distancias, mas não podemos utiliza-las pois além
de transmitir pouca velocidade de informações e ter inúmeras transmissões nessa
faixa, devemos seguir a regulamentação da ANATEL (Agência Nacional de
Telecomunicações) que é o órgão fiscal e regulamentador de todo espectro de
frequência.
Mas caso haja visada com o POP, que é feita subindo no telhado do cliente, é
instalado uma haste de 1” de diâmetro preso em um suporte no telhado e amarrado
por 3 arames em “Y”, o tamanho da haste será conforme a necessidade de livrar
pequenas obstruções, caso não tiver nenhuma, a haste é curta com menos de 1m,
mas caso for abstruída e tem a possibilidade de ser instalada uma haste alta para o
sinal passar por cima da obstrução, é instalado uma haste de até 6m preso por 6
arames.
Após a instalação, é feita a configuração do CPE que é feita conectando-a ao
computador e acessando o equipamento digitando no navegador o IP 10.0.0.1, o
equipamento pede um usuário que é “admin” e senha que é “admin”, o menu do
equipamento possui várias abas de configuração como vemos na figura - 8.
Na primeira aba status temos a informação da versão do firmware, o tempo
que o equipamento está ligado, o modo em que ele está operando se é em modo
cliente provedor ou modo AP, temos a informação da largura do canal, o canal
(frequência) que está operando, o endereço MAC (Media Access Control) do
equipamento, a velocidade do link ethernet, o endereço IP do cliente e do
equipamento, a velocidade do link wifi, o nível de sinal que é o mais importante para
termos uma boa conexão, e outras informações do funcionamento do equipamento
que são verificadas caso haja necessidade.

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Figura 8 - Menu WOM5000

Fonte: https://i.ytimg.com (2018)

Na segunda aba de configuração temos a opção de assistente que,


basicamente, é um guia de instalação rápida, não utilizo esse assistente pois nele só
podemos fazer algumas configurações básicas, não podendo fazer as configurações
mais avançadas que utilizamos.
Na terceira aba fica as opções de rede, nela configuramos o modo de
operação do equipamento, se ele será em modo AP (access point), este modo não
utilizamos, ele serve para que a interface ethernet seja a wan e a interface wifi seja a
lan, modo CLIENTE que é o modo utilizado quando instalamos no cliente e em modo
BRIDGE que faz uma ponte da interface ethernet com a interface wifi, este é o modo
utilizado nos POP’S.
Ainda nesta aba nós configuramos o endereço IP do equipamento que na
prime alteramos para 192.168.2.1, o login do cliente que é fornecido na OS (Ordem
de Serviço) da instalação, e três endereços de DNS (Domain Name System).
Na aba wireless também configuramos o modo de operação se será AP ou
cliente, em modo AP caso for utilizado no POP e em modo cliente quando utilizado
no cliente.
Configuramos o modo de operação IEEE (Instituto de Engenheiros Eletricistas
e Eletrônicos) do wifi que no caso da prime telecomunicações é utilizado o 11n, a
largura de banda do canal (largura de banda é a largura, medida em hertz, da faixa

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de frequência para a qual a Transformada de Fourier do sinal é diferente de zero)


em que vai depender da velocidade do link, para alguns enlaces utilizamos 40MHz,
mas geralmente nos clientes, é utilizado 20MHz quanto menos a largura de banda
do canal, menos propenso a interferências o sinal fica, mas, menor é a velocidade
de transferência do link.
Configuramos a senha do wifi, o tipo de criptografia e várias outras
configurações de pouca importância e que não abordarei para o texto não ficar longo
e cansativo.
Nas abas cadastro de clientes, firewall, serviços, qos e clientes conectados
não alteramos nenhuma configuração.
Em site survey, o rádio faz uma varredura dos sinais de wifi que ele “enxerga”,
utilizamos ela para rastrearmos a retransmissora e conectarmos nela, devendo ter
um sinal de no mínimo -65dBm, para uma boa conexão o sinal deve estar entre -
50dBm e -60dBm.
Em sistema aplicamos as configurações realizadas e alteramos a senha de
acesso do equipamento para uma senha que só a empresa possui.
Nesse instante ligo para a empresa para que eles façam o cadastro do cliente
no sistema, o cadastro do cliente só é passado para o sistema quando é possível
fazer a instalação, a partir daí a conexão com a internet já está funcionando, é feito
um teste de velocidade se estiver tudo ok o cliente assina a OS, é repassado
algumas informações para o cliente sobre a sua conexão e o contrato, e está pronta
a instalação.

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3.2. Fibra Óptica

É um filamento de vidro (ou de materiais poliméricos, mas nunca vi) com


capacidade de transmitir luz. Tal filamento pode apresentar diâmetros variáveis,
dependendo da aplicação, tendo geralmente o diâmetro externo de 250µm (mais
finos que um fio de cabelo) contando com as três camadas que vem na maioria das
vezes. O vidro é o material mais utilizado na fabricação das fibras pois ele absorve
menos as ondas eletromagnéticas.
Foi inventada pelo físico indiano Narinder Singh Kapany em 1952. Em seus
estudos Kapany verificou que a luz poderia descrever uma trajetória curva dentro de
um material (no experimento de Tyndall em 1870, esse material era a água).
O princípio fundamental que rege o seu funcionamento é o fenômeno físico
denominado reflexão total da luz. A transmissão da luz pela fibra segue um princípio
único, independentemente do material usado ou da aplicação. É lançado um feixe de
luz numa extremidade da fibra e, pelas características ópticas do meio (fibra), esse
feixe percorre a fibra por meio de reflexões sucessivas.
Há dois tipos de fibra ótica (figura – 9), os quais possuem características
próprias. Uma delas é a fibra óptica monomodo, esta apresenta um único caminho
possível de propagação da luz e é a mais utilizada em transmissão a longas
distâncias (devido a menor atenuação por km). Já a fibra multimodo permite a
propagação da luz em diversos modos e é a mais utilizada em redes locais (LAN),
devido ao seu custo moderado.
A fibra possui no mínimo duas camadas: o núcleo feito de sílica com alto grau
de pureza e a camada chamada casca ou cladding (também de sílica) com índice de
refração mais baixo. No núcleo, ocorre a transmissão da luz propriamente dita, a
transmissão da luz dentro da fibra é possível graças a uma diferença de índice de
refração entre a casca e o núcleo, sendo que o núcleo possui sempre um índice de
refração mais elevado, característica que aliada ao ângulo de incidência do feixe de
luz, possibilita o fenômeno da reflexão total. Ou seja, a luz é mantida no núcleo
através de reflexão interna total.
Geralmente as fibras possuem uma terceira camada que é o revestimento ou
buffer, ele serve para proteção da fibra.

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Figura 9 - Trajetória da luz na fibra

Fonte: www.condufibra.com.br (2018)

Os cabos de fibra óptica são vendidos em diversos formatos e aplicações


podendo chegar com até 144 fibras dentro, são separadas por tubos de diferentes
cores contendo até 12 fibras por tubo, cada fibra possui uma cor essas cores segue
um padrão, existem dois padrões em cabos ópticos, que é o padrão internacional
que segue a norma EIA598-A e o padrão Brasileiro ou ABNT (Associação Brasileira
de Normas Técnicas), a diferença entre esses padrões é a ordem sequencial de
cores como vemos na figura 10.

Figura 10 - Padrão de cores de fibras ópticas

Fonte: www.ispblog.com.br (2018)

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Os tubos que protegem as fibras são chamados de tubos loose, dentro deles
vem um gel hidrofóbico que protege a fibra contra umidade caso a capa protetora
seja rompida já que os cabos ficam no tempo e protege contra roedores pois possui
um “gosto” ruim para eles.
Esse gel tem que ser retirado na hora de utilizar a fibra, ele é retirado com
estopa e álcool isopropílico ou thinner mas é muito difícil retirar todo o gel, existem
cabos em que os tubos loose são preenchidos com um pó hidrofóbico em que não é
necessária a limpeza da fibra o que torna o serviço mais limpo, fácil e rápido.
Os tubos loose também seguem um padrão de cores, como mostra a figura
11, eu já trabalhei com várias marcas de cabos, mas só vi uma vez um cabo com o
padrão ABNT nos tubos loose, o que acontece na realidade é os fabricantes
seguirem a tabela da figura 9 nos tubos loose também pois o padrão brasileiro para
os tubos loose é muito ruim devido a somente 2 tubos virem com cores de
identificação.
Os cabos importados sem homologação da Anatel seguirão o padrão EIA598.

Figura 11 - Padrão de cores tubos loose

Fonte: www.ispblog.com.br

A passagem dos cabos de fibra óptica nos postes de energia para a


construção da rede, é chamado de “lançamento”, que na prime telecomunicações
esse serviço é terceirizado, salvo em rompimentos onde quem faz o conserto sou eu
mesmo.
Na rede de backbone (rede principal) é utilizado cabos de 12 vias (fibras) da
marca Furukawa e nas derivações que fazem as ligações até as CTO’s (Caixa de
Terminação Óptica) é utilizado um cabo drop de 1 via também da marca Furukawa.

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Em meu estagio realizei a instalação de caixas de terminação óptica (CTO)


também chamadas de caixa de atendimento óptico.
Essas caixas são instaladas nos postes de energia elétrica da RGE SUL em
locais estratégicos para a instalação de cliente de TV, telefone e internet, quem
define onde serão instaladas é o projetista conforme demanda ou falta de outros
provedores na área.
Quando chego no local de instalação da CTO verifico onde ficou a sobra do
cabo de fibra óptica, coloco a escada no poste de energia e desço a sobra,
geralmente essa sobra tem em torno de 20m de comprimento ficando enrolada e
presa por arames no alto do poste, quem deixa essa sobra é o pessoal do
lançamento.
Após descer o cabo, faço a sua decapagem, este procedimento se faz
puxando uma corda de kevlar que vem dentro do cabo (figura – 12), esta corda vai
rasgando a capa do cabo, é decapado aproximadamente 180cm.

Figura 12 - Fio de kevlar (em laranja) para a decapagem

Fonte: Autor (2018)

Dentro do cabo temos ainda dois “ossos” de kevlar com resina que serve para
a sustentação do cabo e sua resistência mecânica a tração pois o cabo fica
suspenso entre os vãos dos postes.
Esses “ossos” são cortados com 10cm em relação a capa, ele vai preso em
um orifício que se fecha com um parafuso para manter o cabo fixo na caixa.

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O passo seguinte é a acomodação do tubo loose dentro da caixa, nela temos


uma guia que prende o tubo loose no fundo da caixa e o guia para dentro da
bandeja de fusão como pode ser visto na figura - 13.

Figura 13 - CTO

Fonte: Autor (2018)

O tubo loose faz essa volta porque a fibra óptica não pode fazer curvas muito
pequenas pois haveria uma perda muito grande no sinal e os tubos loose são feitos
de um plástico em que se fizer uma curva acentuada ele quebra, quebrando as
fibras dentro dele.
Dentro da caixa a um spliter óptico, esse spliter divide a luz da fibra em 8
saídas, fazendo dessa caixa ter a possibilidade de ter até 8 clientes, pode ser
colocado spliter de até 32 clientes por caixa, mas isso vai depender do projeto,
geralmente se coloca caixas assim em condomínios residenciais ou prédios.

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O passo seguinte é a fusão da fibra óptica no spliter, isso é feito decapando o


acrilato da fibra óptica que é o revestimento que da cor a fibra, ele é retirado com um
alicate específico para isto visto na figura - 14, onde se tem um orifício do tamanho
exato da fibra óptica que é de 250µm passando somente a fibra e retirando todo
o acrilato, após é feita a limpeza da fibra com um papel e álcool isopropílico, o
papel tem que ser um que não solte partículas, se não, a fusão fica imperfeita
tendo grande perda no sinal.

Figura 14 - Retirando o acrilato da fibra

Fonte: Autor (2018)

Feita a limpeza devemos “clivar” a fibra com o clivador, esta ferramenta


possui um disco de diamante que faz o corte da fibra em um ângulo de 90º como
vemos na figura 15, é crucial que esse corte fique perfeito, sem ele fica impossível
de fazer a fusão como vemos na figura 16.
Esse procedimento é feito nas duas pontas da fibra, tanto na fibra que chega
quanto na fibra do spliter, e aí coloca-se as duas pontas da fibra dentro da máquina
de fusão.
A máquina de fusão é a ferramenta mais cara que utilizo custando em torno
de R$15.000, esta máquina possui dois “carrinhos” um para cada fibra, eles se
movimentam nas coordenadas X e Y, fazendo o alinhamento das fibras pelo núcleo
delas, ela também possui duas câmeras macro que focaliza os ângulos X e Y da
fibra e é pela câmera que os “carrinhos” fazem o alinhamento.

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No encontro das fibras a máquina produz um arco voltaico derretendo a ponta


das fibras e nesse instante ela aproxima as duas pontas fazendo elas se fusionarem.
Figura 15 - Tela da máquina de fusão

Fonte: Autor (2018)

Figura 16 - Exemplo de fibra não clivada

Fonte: Autor (2018)


Após a fusão é colocado um termo retrátil específico para fusões, ele serve
para proteger o ponto de fusão e possui um arame interno que da resistência
mecânica para que o ponto fusionado não se dobre causando a quebra da fusão.
É colocada a caixa no poste a aproximadamente 4m do chão para evitar
vandalização e está finalizada a instalação da CTO.

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3.3. Manutenção em fontes chaveada

De todas as atividades desenvolvidas essa é uma das que mais envolve


eletrônica que é o reparo de fontes.
Um dos muitos problemas de um provedor de internet é a queima de
equipamentos, seja por descargas atmosféricas ou por oscilações na rede elétrica,
porque os clientes mesmo em temporais nunca desligam os equipamentos de
internet, não querem se desconectar em nenhum momento e como são inúmeros
clientes temos muitas fontes que dão esse tipo de problema.
As retransmissoras também sofrem desse problema, principalmente
descargas atmosféricas, mas outro dos problemas é a poeira, as caixas onde fica os
equipamentos de internet dos POP’s, ficam no tempo e em quase todos os POP’s
elas ficam acima do telhado do local onde é instalado a retransmissora e nisso
adentra muito pó e algumas vezes água, que causa mais problemas.
Na figura 17 temos uma fonte que foi retirada em meu estagio que parou de
funcionar, nesta fonte em questão, é uma fonte nobreak de 24V que alimentava o
POP 113 e parou de funcionar de madrugada sem motivo aparente pois não havia
chovido aquela noite.

Figura 17 - Fonte retirada de um POP

Fonte: Autor (2018)

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Mas antes de explicar como verifico essas fontes vou explica como uma fonte
de alimentação funciona, porque para arrumar um equipamento precisamos saber
primeiramente como ele funciona.
Existem dois tipos básicos de fontes de alimentação: as lineares e as
chaveadas.
As fontes de alimentação lineares pegam os 127 V ou 220 V da rede elétrica
e, injeta no primário de um transformador, os transformadores são dispositivos que
funcionam através da indução de corrente de acordo com os princípios do
eletromagnetismo, ou seja, ele funciona baseado nos princípios eletromagnéticos da
Lei de Faraday-Neumann-Lenz e da Lei de Lenz, onde se afirma que é possível criar
uma corrente elétrica em um circuito uma vez que esse seja submetido a um campo
magnético variável, quanto maior ou mais rápido for a variação do campo magnético,
maior é a tensão induzida no secundário e é por necessitar dessa variação no fluxo
magnético que os transformadores só funcionam em corrente alternada. Eles
reduzem ou elevam a tensão, como por exemplo, 12 V. Esta tensão reduzida, que
ainda é alternada, passa então por um circuito retificador que é feita por diodos,
transformando esta tensão alternada em tensão continua pulsante. O próximo passo
é a filtragem, que é feito por capacitores eletrolíticos que transforma esta tensão
pulsante em quase contínua. Como a tensão contínua obtida após o capacitor oscila
um pouco (esta oscilação é chamada ripple), é colocado um circuito regulador de
tensão, pode ser feito por um diodo zener ou por um circuito integrado regulador de
tensão. Após estes estágios como mostro em blocos na figura - 18 a saída é
praticamente contínua (não existe fonte de alimentação 100% continua sempre
haverá um ripple)

Figura 18 - Diagrama em bloco fonte linear

Fonte: www.faiscas.com.br (2018)

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O tamanho do transformador e a capacitância (o tamanho) do capacitor


eletrolítico são inversamente proporcionais à frequência da tensão alternada na
entrada da fonte: quanto menor a frequência da tensão alternada maior o tamanho
dos componentes e vice-versa. Como fontes de alimentação lineares ainda usam os
60 Hz (ou 50 Hz, dependendo do país) da frequência da rede elétrica – que é uma
frequência muito baixa –, o transformador e o capacitor são muito grandes.
Em fontes de alimentação chaveadas a tensão de entrada é primeiramente
retificada e tem sua frequência aumentada por um circuito oscilador (PWM - Pulse
Width Modulation) antes de ir para o transformador (tipicamente na faixa de kHz).
Com a frequência da tensão de entrada aumentada, o transformador e os
capacitores eletrolíticos podem ser bem menores devido a rápida variação no fluxo
magnético. Este é o tipo de fonte de alimentação usada em muitos equipamentos
eletrônicos. Tenha em mente que “chaveada” é uma forma reduzida de se falar
“chaveamento em alta frequência”, não tendo nada a ver se a fonte tem ou não uma
chave liga/desliga.
O transformador utilizado nestas fontes não são de ferromagnético como nas
fontes lineares, são feitos de um material chamado Ferrite, existem vários tipos de
ferrite que vai depender da frequência utilizada, eles são feitos desse material
devido à alta frequência utilizada e esses transformadores são comumente
chamados de transformador chopper.
Na figura – 19 vemos o diagrama em blocos das fontes chaveadas, veja que o
circuito oscilador esta sempre verificando o estado da saída, caso a tensão baixe por
causa de uma carga, o circuito oscila mais para corrigir a tensão de saída, e caso a
tensão suba, quando se retira a carga, o circuito diminui a oscilação para baixa a
tensão.
Figura 19 - Diagrama em bloco fonte chaveada

Fonte: www.hardware.com.br (2018)

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Tendo isso em mente, de como uma fonte chaveada funciona, posso analisar
qual o problema da fonte e a primeira coisa a ser feita nesse caso é a limpeza da
placa. A limpeza foi feita com um pincel e thinner, pode ser usado álcool ou até
mesmo água, mas o thinner limpa bem melhor, após a limpeza faço uma inspeção
visual e nessa inspeção, verifiquei que o fusível de entrada estava aberto e o
capacitor c15 de 150µ por 400V estava estufado, retiro esses componentes da placa
e faço uma verificação, com o multímetro, dos componentes que fazem a retificação
da tensão de entrada que nessa fonte usa uma ponte retificadora, para verificar uma
ponte retificadora deve-se colocar o multímetro em escala de diodo, a ponte possui
quatro terminais dois deles tem o sinal “~ ~” e os outros dois tem o sinal de “+ e –“,
colocando a ponta preta do multímetro e um dos “~” e com a ponta vermelha no “+”,
só vamos ter passagem de corrente para o “+” e nada para o “-“ da ponte, quando se
inverte as ponteiras, com a ponta vermelha no “~” só temos passagem de corrente
para o “-“ da ponte retificadora e nada para o “+”.
Verifiquei os varistores, pois a queima do fusível pode ser causada pelo
varistor pois o VDR (varistor) protege o equipamento desviando a sobretensão, ou
sobrecorrente que possa vir pela rede elétrica para o terra, pois comporta-se como
um curto-circuito submetido a altas tensões. No caso de picos de tensão de maior
duração, a alta corrente que circula pelo componente faz com que o dispositivo de
proteção, o fusível, “queime”, desconectando o circuito da fonte de alimentação.
Visto que esses componentes não apresentaram problemas, liguei a fonte na
tomada com uma lâmpada em série, a lâmpada em série serve de proteção caso a
fonte estivesse em curto, mas como não estava em curto, liguei direto na tomada.
Ao ligar a fonte vi que o CI (Circuito Integrado) 1M0765r não estava oscilando,
este CI possui dentro dele todo o circuito oscilador PWM, proteção contra
sobretensão, proteção contra excesso de temperatura, o controle da tensão de saída
usando um optoacoplador e o próprio MOSFET (Metal Oxide Semiconductor Field
Effect Transistor) de potência que faz o chaveamento no transformador chopper.
Como este problema ocorre seguidamente, na empresa já possuímos este CI
em estoque, após fazer a substituição, a fonte voltou a funcionar perfeitamente.

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3.4. Montagem de placas POE em switch e instalação de switch metro

No atendimento a cabo de par metálico, é utilizado a tecnologia METRO


Ethernet, essa tecnologia é usada pela prime telecomunicações em locais de grande
densidade de clientes e com baixo poder aquisitivo, mais precisamente no final do
bairro Mathias Velho, onde temos várias casas em um mesmo pátio sendo
geralmente terras invadidas por sem teto.
Essas placas metro possuem 8 ou 16 portas ethernet POE para a instalação
de clientes por cabo metálico de 4 pares e possuem também 2 portas SPF FIBRA, é
instalado essa tecnologia nesses locais, devido a facilidade de instalação das caixas
de atendimento.
Para fazer a instalação é lançado um único cabo de fibra óptica chamado de
DROP, este cabo possui uma única fibra dentro, que é feita a conectorização
diretamente na placa metro em uma porta SPF sem a necessidade de fazer fusão, a
outra saída SPF vai conectada na próxima caixa metro por meio de outro cabo drop
e assim sucessivamente podendo ser instaladas quantas caixas necessitar.
A vantagem disso é que podemos instalar inúmeros clientes em uma única
fibra, diferente do GPON que só pode ser instalado no máximo 64 clientes por fibra,
então os cabos para GPON tem que ter várias vias para poder instalar mais que 64
clientes, e isto torna este cabo bem mais caro em relação ao cabo drop e caso
necessite ampliar a rede no futuro deve-se passar outro cabo ou substituir o que já
estava passado, mas, com mais vias, e fazer isso em uma área invadida por sem
tetos torna-se um investimento muito arriscado.
A desvantagem dessa tecnologia é que o cliente deve residir próximo a caixa
de atendimento a no máximo 100m de distância, a velocidade máxima oferecida é
de 30mbps, outro fator é que essas caixas são energizadas pelas fontes colocadas
nas casas dos clientes e isto é um problema em dias de temporais onde acontecem
os mesmos problemas que ocorrem nas fontes que relatei anteriormente, e
infiltração de água dentro da caixa o que causa a queima da placa.
Quando se tem um cliente (ou mais) um pouco mais longe que 100m, em um
beco por exemplo, é instalado uma caixa com um switch POE, esse switch modelo
SF800VLAN tem a possibilidade se serem instaladas portas POE, colocando uma
placa específica para isto dentro dele.

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Esse switch possui 8 portas em que 1 delas é usada para ligar na placa
METRO através de cabo metálico, essa porta possui saída POE, que alimenta a
caixa metro, as outras 7 portas são as entradas para instalar os clientes.
Para transformar essas 7 entradas em POE, monto uma placa que “envia” a
tensão de entrada para o pino de alimentação do switch, essa placa possui 7 diodos
e 2 varistores em SMD todos sendo soldados manualmente.

Figura 20 - Componentes soldados na placa

Fonte: Autor

Essa placa é panelizada (Figura – 20) podendo ser instalada em até 10


switch’s, para instalar no switch é necessário destacar uma das placas e solda-las
no local como mostra a figura 21.

Figura 21 - Placa POE soldada no lugar

Fonte: Autor

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3.5. Manutenção em POP’s (Point of Presence)

O POP é o local onde o ISP (Internet Service Provider) mantém o


equipamento de telecomunicações necessário para permitir o acesso local dos seus
clientes à Internet. Sendo um ponto de acesso à Internet, o point of presence é uma
localização física, escolhido pelo ISP em função da população ao redor. A PRIME
TELECOMUNICAÇÕES possui vários POPs que, geralmente, ficam em cima de
casas de dois ou três pisos, onde é instalado uma haste de 4” de diâmetro e com 6m
de altura preso por 6 cabos de aço.
Na ponta desta haste são colocados 4 rádios NanoStation M5 configurados
em modo AP, na base da haste é colocada uma caixa hermética em que é
colocados um disjuntor, um DPS (Dispositivo de Proteção contra Surtos),
equipamento de gerencia das conexões dos clientes (na maioria se usa uma
RB450G), monitor de falta de energia, régua de alimentação POE para os rádios, e
uma fonte Nobreak de 24V.
É necessário que se faça manutenções periódicas nesses equipamentos,
verificando infiltrações de água dentro da caixa e nos cabos, oxidações nos
conectores, se as ventoinhas não estão travadas, as tensões das baterias do
nobreak, se a fonte nobreak está carregando corretamente as baterias, o estado de
conservação dos cabos de aço, etc.

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4. CONCLUSÃO

Ao desenvolver este trabalho foi possível verificar o conhecimento adquirido


em sala de aula e seu uso no ambiente de trabalho realizando reparos,
manutenções e instalações de equipamentos, onde o conhecimento adquirido foi
empregado com êxito e aprimorado o conhecimento da mesma.
Com base nas abordagens vimos a importância de uma pessoa com
conhecimento mais técnico em uma empresa de telecomunicações, como também
em outras demais organizações que necessitam de um profissional com um maior
entendimento em sua área de atuação, pois a muitos afazeres que envolve
eletrônica e outras atividades abordadas durante o curso técnico em eletrônica, que
foram posto em pratica no período de estagio e foi de suma importância para o
aprendizado.

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5. REFERÊNCIAS

INTELBRAS. Intelbras: Especificaçoes técnicas. Intelbras, 2018. Disponivel


em: <http://www.intelbras.com.br/sites/default/files/datasheet_wisp_wom_5000i.pdf>.
Acesso em: 05 out. 2018.

MEHL, E. L. M. Departamento de Engenharia Elétrica. UFP, 2018. Disponivel


em: <http://www.eletrica.ufpr.br/mehl/downloads/FontesChaveadas.pdf>. Acesso
em: 09 nov. 2018.

PRADO, P. A. UniSALESIANO. UniSALESIANO, 2018. Disponivel em:


<http://www.unisalesiano.edu.br/salaEstudo/materiais/p292927d7120/material1.pdf>.
Acesso em: 20 out. 2018.

TUBARON. Tubaron Corporativo. Tubaron, 2018. Disponivel em:


<https://www.tubaron.com.br/index.php/corporativo>. Acesso em: 05 out. 2018.

WIKIPEDIA. Customer Premises Equipment. Wikipedia, 2018. Disponivel em:


<https://pt.wikipedia.org/wiki/Customer_Premises_Equipment>. Acesso em: 05 out.
2018.

WIKIPEDIA. EIA/TIA-568. Wikipedia, 2018. Disponivel em:


<https://pt.wikipedia.org/wiki/EIA/TIA-568>. Acesso em:0 5 out. 2018.

WIKIPEDIA. Fibra óptica. Wikipedia, 2018. Disponivel em:


<https://pt.wikipedia.org/wiki/Fibra_%C3%B3ptica>. Acesso em: 25 out. 2018.

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