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PATOLOGIA DAS FUNDAÇÕES

Elenilde Araujo de Oliveira


nidyaraujo@hotmil.com
Luiz Marcelo Bento
bentomarcelo@yahoo.com.br
Marcelly Titonelli
marcellyotitonelli2009@hotmail.com
Mauricio de Freitas Ferreira
mauriciodefreitasferreira@yahoo.com.br

Niander Aguiar Cerqueira, M.Sc.


Orientador
prniander@gmail.com

RESUMO
Identificar as patologias das fundações nem sempre é possível no momento do projeto, devido
a falhas diversificadas que vão desde a investigação do subsolo ao uso de material inadequado
àquele tipo de edificação. Porém, a identificação destas
patologias precedente a execução das fundações é fundamental para o seu desempenho,
segurança e durabilidade da edificação que está interagindo com a fundação. As situações em
que aparecem as patologias das fundações evidenciam a falta de controle, falhas diversificadas
e projetos e investigações inadequadas.Com isto, se observou a necessidade de maior
atenção nesta fase da construção devido às situações de risco que podem submeter às
edificações e ao alto custo de manutenção corretiva.
Os trabalhos nessa area ainda são muito restritos e confidenciais, pois geralmente são ligados
a falhas construtivas, portanto tem-se o receio de divulgá-los. Este trabalho tem por objetivo
demonstrar as principais causas relacionadas às patologias de fundações, assim como
demonstrar como podem ser evitadas, reduzindo o custo final da obra e aumentando sua
confiabilidade.
Palavras chave: PATOLOGIA, FUNDAÇÃO, FALHA.

ABSTRACT
Identify pathologies of foundations is not always possible at the time of the project due to failure
varied ranging from the investigation of the use of subsoil
materialinappropriate for the type of building. However, identifying these conditions inadvance
to the implementation of the foundations is critical to the performance, safety and durability of
the building that is interacting with the foundation. Situations that appear in the foundations
pathologies show that the lack of control failures, diverse projects and investigations are
inadequate. Because of this, is noted that there is a need of a higher attention in the phase of
construction due to the risk situations that may refer to buildings and high cost of corrective
maintenance. The works in this area are very restricted and confidential because they generally
are linked to construction faults, so there is the precaution to not turn them public. This paper
aims to demonstrate the main causes of the pathologies in the foundations, aswell as
demonstrate how they can be avoided by reducing the final cost of the work and increasing their
reliability.
Keywords: PATHOLOGIE, FOUNDATION, FAILURE
1 INTRODUÇÃO

A história da técnica das fundações está ligada a cultura do homem desde a pré-
história, formando seus conceitos como síntese de toda uma vasta e milenar
experiência construtiva. Nos antigos impérios, os terrenos que recebiam as
construções maiores e mais pesadas em geral cediam e as construções ruíam ou
eram demolidas. Entre as prováveis causas de patologias em fundações podemos
relacionar como exemplo, a ausência, insuficiência ou má qualidade das investigações
geotécnicas; má interpretação dos resultados da investigação geotécnica; avaliação
errada dos valores dos esforços provenientes da estrutura; adoção inadequada da
tensão admissível do solo ou da cota de apoio da fundação; modelos inconvenientes
de cálculo das fundações; má execução por imperícia ou má fé do construtor ou mão-
de-obra, seqüência construtiva inadequada, má qualidade dos materiais empregados;
influências externas como, por exemplo, escavações e deslizamentos imprevisíveis,
agressividade ambiental, enchentes ou construções vizinhas; modificação do
carregamento devido a mudanças no tipo de utilização da estrutura, como no caso de
transformação para armazenamento denso de produtos pesados; ampliações de áreas
ou acréscimos de pavimentos, ocasionando sobrecargas. Quando há um mau
desempenho de uma fundação, aparecem manifestações decorrentes deste fato
através de danos que podem ser verificados nas próprias peças de fundação, pela
deterioração do material que as compõem, com a conseqüente perda de resistência.
Outra forma de manifestação é na obra como um todo, pelos recalques e desaprumos.
O diagnóstico do problema é fundamental para permitir uma diretriz adequada na
decisão da necessidade ou não da aplicação de reforços. Este diagnóstico visa
conhecer o mecanismo e as causas dos danos ocorridos, resultando daí a definição da
técnica e do dimensionamento do reforço a ser empregado.
Por se tratar de trabalhos muitas vezes perigosos, sempre delicados, em geral
onerosos e causadores de transtornos aos usuários da obra, são necessário que se
realizem estudos e orçamentos cuidadosos para uma avaliação adequada da
viabilidade e conveniência de tais serviços.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Para combater o jargão popular de que a sondagem é cara existe uma frase bastante
famosa no meio geotécnico:

“Todas as sondagens são caras mas as mais caras são aquelas que não foram feitas”
– G. Lahuec (Dragages et Geologie).

Essa frase reflete a importância da execução das sondagens, e basicamente é o que


acaba se observando na prática. Visando “economizar”, o empreendedor acaba
abrindo mão da execução das sondagens, isso provavelmente irá acarretar numa
escolha ineficiente da fundação, desse modo, a residência no futuro poderá apresentar
problemas estruturais que para serem sanados necessitarão de estudos de
investigação do subsolo mais elaborados e finalmente um sistema de reforço de
fundação. Ao atingir essa etapa o empreendedor terá gasto aproximadamente 20% a
40% do valor total final do imóvel somente para sanar os problemas acarretados pela
não execução das sondagens.

São diversos, todos associados a deformações do subsolo ocasionadas por fatores


não contemplados devido a não investigação do subsolo, tais como:
a- Recalques diferenciais causando o aparecimento de trincas;
b- Recalques uniformes causando o afundamento da edificação;
c- Ruptura de tubulações (água/esgoto);
d- Problemas de afundamento de piso;
e- Entre outros.

Ainda é importante frisar que as informações extraídas dos perfis de sondagem


possibilitam ao projetista de fundações ou engenheiro uma escolha “racional” da
fundação, que melhor se adapte ao subsolo, em função de informações geotécnicas
encontradas.
Portanto, por mais simples e modesta a edificação a ser elaborada, esta requer uma
sondagem, pois possibilitará ao profissional informação indispensável, o que
acarretará na escolha de uma fundação segura e econômica, evitando um
superdimensionamento das mesmas em função de informações geotécnicas
insuficientes.
Ao escolher a empresa que executará os seus serviços, procure conhecer seu corpo
técnico, pois a segurança de sua obra é fundamental. Não corra riscos
desnecessários.
“Todas as sondagens são caras mas as mais caras são aquelas que não foram feitas”
– G. Lahuec (Dragages et Geologie).

Frases que certamente ouviremos e que nos levarão a uma possível falha na
avaliação da necessidade de investigação

01. O terreno é bom.


02. Não precisa fazer sondagem.
03. O meu vizinho fez estacas de 6 m.
04. Meu pedreiro disse que tem trinta anos de janela!
05. Se fizer estacas Strauss não precisa de sondagem.
06. A construção é leve! Precisa de estacas?
07. Acho que aqui as estacas devem chegar a 4 m!
08. Meu responsável técnico só assinou a planta, não fez o cálculo de estrutura.
09. Na outra casa que eu fiz eu coloquei quatro brocas por pilar.

2.1 ORIGEM

Considerando que a fundação é um elemento de transição entre a estrutura e o solo,


seu comportamento está intimamente ligado ao que acontece com o solo, quando
submetido a carregamento através dos elementos estruturais das fundações (Milititsky,
2008).

O conhecimento de todas as possibilidades de patologias deve permitir uma ação mais


qualificada dos diferentes atuantes na vida das fundações, desde os
profissionais participantes das etapas de investigação, projeto, contratação,fornecimen
to de materiais, execução e fiscalização do trabalho, até os envolvidos
com atividades pós- construção, utilizando a boa prática, normalização vigente,
empresas qualificadas, evitando assim o surgimento de problemas. A análise de um
problema de fundações ocorre a partir da determinação das solicitações ou cargas de
projeto e da adoção de um modelo de subsolo, obtido através de investigação
geotécnica. Essas informações são interpretadas pelo
conhecimento estabelecido sobre o comportamento do solo sob carga, outransmissão
de esforços à massa solo. Erros na determinação das cargas (como a
desconsideração de momentos fletores e/ou cargas horizontais) podem acarretar a
ruptura de fundações (Velloso et al. 1998)
Na definição da solução aos problemas de fundação, são considerados vários fatores,
como adoção de valores típicos para projeto, normas vigentes, uso da experiência,
uso de mesma solução em situações consideradas idênticas e uso de correlações
empíricas. Ultrapassada esta etapa, o elemento de fundações é dimensionado
estruturalmente, sendo então elaborada planta executiva.
Dentre os problemas que poderão ocorrer nesta fase, poderão ser classificados como:
relativos ao solo, relativos a mecanismos, relativos ao desconhecimento do
comportamento real das fundações, relativos à estrutura de fundação, relativos às
especificações construtivas ou sua ausência, intrínsecos ao projeto de fundação em
aterros, relativas à execução das fundações, relativa a degradação dos materiais.

3 CAUSAS

Como orientação dos tópicos de causas, referentes as etapas do projeto que serão
descritas, segue figura 1 abaixo:

Figura 1 – Fluxograma das etapas do projeto e possíveis causas de patologia (Milititsky, 2008).
3.1 – CAUSAS RELATIVAS AO SOLO

Como causas de patologias relativas ao solo, podemos citar:-

- identificação incorreta ou não identificação dos movimentos do solo, tais


quais recalques totais, recalques diferenciais, rotações relativas, distorçõesangulares,
etc.-

- ausência de investigação do subsolo, comum em obras de pequeno e médio porte;-


investigações insuficientes, sendo casos típicos deste grupo:

a) número insuficiente de sondagens ou ensaios para áreas extensas ou de subsolo


variado;

b) profundidade de investigação insuficiente, não caracterizando camadas de


comportamento distinto;

c) propriedades de comportamento não determinadas por necessitar ensaios


especiais;

d) situações com grande variação de propriedades, ocorrência localizada e anomalia


ou situação não identificada;

e) investigação com falhas (erro na localização do sítio da obra; localização


incompleta; adoção de procedimentos indevidos ou ensaio não padronizado; uso de
equipamento com defeito ou fora de especificação; falta de nivelamento dos furo sem
relação à referência bem identificada e permanente, etc.)

f) interpretação inadequada dos dados do programa de investigação;- casos


especiais: influência da vegetação existente, por interferência física das raízes e/ou
modificação no teor de umidade do solo; colapsibilidade do solo. O colapso ocorre por
um rearranjo nas partículas do solo, causado pelo aumento do grau de saturação do
solo, sendo dependente das seguintes condições (Bardn et al., 1973), a estrutura do
solo parcialmente saturado; tensões existentes para desenvolver o colapso;
rompimento dos agentes cimentantes

O potencial de colapso pode ser calculado a partir de resultados de adensamento pela


relação:

PC =∆e / 1 + e ο

Onde PC é o potencial de colapso, ∆ e é a variação de índice de vazios com a


inundação e ο é o índice de vazios anterior à inundação.
Segundo Jennings e Knight (1975) o potencial de colapso, associado ao grau de
patologia pode ser classificado em:

Tabela 1 – Potencial de colapso do solo

3.2 – CAUSAS RELATIVAS À INVESTIGAÇÃO DO SUB-SOLO

 Número insuficiente de sondagem ou de ensaios para áreas extensas ou de


subsolos variados.
 Profundidade de investigação insuficiente;
 80% dos casos de mau desempenho de obras pequenas e médias
 Erro na localização do sítio (local)
 Procedimentos indevidos ou ensaio não padronizado
 Equipamento com defeito ou fora de especificação
 Procedimentos fraudulentos
 Ensaios de campo-labotarório - representatividade
 Interpretação inadequada dos dados de investigação
 Adoção de valores não representativos ou ausência de identificação de
problemas podem provocar desempenho inadequado das fundações
 Ocorrência de Matacões – matacões são blocos de rocha ainda não
decompostos alojados no solo. Sua presença pode gerar: Interpretação
errônea da sondagem, pois pode ser confundido com perfil de rocha contínua e
Interferência nos processos construtivos de fundações.
Figura 2 – Área não investigada (Milititsky, 2008).

Figura 3 – Mudança do tipo de solo não detectado na sondagem (Miguel Golik,2010)


Figura 4 – Ocorrência de matacão apoiando a estaca de forma insegura (Milititsky, 2008).

3.3 – CAUSAS RELATIVAS A MECANISMOS

 Esforços sobrepostos – Na própria obra ou devido a obras posteriormente


edificadas.
 Projeto de estacas para pilares adjacentes resultando em estacas muito
próximas;
 Desconsideração da ocorrência do efeito de atrito negativo em estacas;
 Grupo de estacas apoiadas sobre camadas pouco espessas, sobrepostas a
camadas argilosas moles, podem romper quando não se considera esta
camada mole.
Figura 5 – Esforços sobrepostos (Milititsky, 2008).

Figura 6 – Estacas apoiadas em solo pouco resistente (Milititsky, 2008).

3.4– CAUSAS RELATIVAS AO DESCONHECIMENTO DO


COMPORTAMENTO REAL DAS FUNDAÇÕES
 Adoção de sistemas de fundações diferentes na mesma estrutura, não
separados por junta;
 Adoção de fundações profundas, com presença de aterro compactado sobre
camada compressível, com elementos apoiados diretamente sobre o piso.
 Níveis muito desiguais de carregamento numa mesma estrutura, sem junta de
comportamento ou com pilares da junta apoiados na mesma fundação.
Figura 7 – Niveis desiguais sem junta de dilatação

3.5 – CAUSAS RELATIVAS ESTRUTURA DA FUNDAÇÃO

 Erro na determinação das cargas atuantes nas fundações.


 Fundação projetada apenas para a carga final atuante (ex. pré-moldadas
podem ocorrer esforços críticos na montagem).
 Erros decorrentes da indicação apenas de cargas máximas em casos de
fundações em estacas com solicitações de compressão e momentos atuantes
(ex. reservatório metálico cheio -vazio).
 Erros de dimensionamento de elementos estruturais das fundações como vigas
de equilíbrio, estacas com cargas horizontais, etc).
 Armaduras de estacas tracionadas calculadas sem verificar a fissuração.
 Uso de emendas padrões em estacas metálicas sem verificar a tração.
 Adoção de solução estrutural na qual os esforços horizontais não são
equilibrados pelas fundações.
 Uso de armaduras muito densas causando dificuldades construtivas
(recobrimento e integridade).
 Ausência de exame da situação - como construído -(excentricidades, etc)
3.6 – CAUSAS RELATIVAS ENVOLVENDO O COMPORTAMENTO
DOS SOLOS

 Adoção de perfil de projeto otimista (superest1mativa do comportamento


(camadas resistentes).
 Representação inadequada do comportamento do solo pelo uso de
correlações empíricas não aplicáveis a situação
 Erro de estimativa das propriedades de comportamento do solo pela
 Extrapolação indevida
 Existência de aterro assimétrico sobre camadas subsuperficiais de solos
moles - solicitações horizontais nas estacas.
 Uso de modelos simplificados indevidos (ex. arrancamento de fundações
superficiais ou profundas).
 Falta de travamento em duas direções no topo de estacas isoladas esbeltas,
em presença de solos da baixa resistência.
 Utilização de cargas de trabalho nominais sem verificação de flambagem de
estacas muito esbeltas em solos moles (ex. trilhos).

3.7 – CAUSAS RELATIVAS ÀS ESPECIFICAÇÕES CONSTRUTIVAS

 Fundações diretas - pela ausência de indicação precisa:


-Cota de assentamento.
-Tipo e característica do solo a ser encontrado.
- Ordem de execução (cotas diferentes).
Tensões admissíveis adotadas sem a devida identificação das condições a
serem satisfeitas pelo material da base:
- características do concreto.
- recobrimento das armaduras.
- fundações profundas - pela ausência de indicação
- profundidade mínima de projeto.
- peso mínimo ou característica do martelo de cravação.
- tensões características dos materiais das estacas.
- detalhamento de emendas.
- exigência do controle de comportamento de estacas (levant.).
- proteção contra a erosão.
- Execução-falhas
- Fundações superficiais
- Envolvendo o solo
 Fundações assentes em solos de diferentes comportamentos.
-amolgamento do solo (fundo da vala).
- sobre escavação e reaterro mal executados.
- substituição do solo por material não apropriado e sem compactação.
- sapatas executadas em cotas diferentes.
- sapatas em cotas superiores a canalizações (escavações e
vazamentos)

3.8 – CAUSAS RELATIVAS A DEFORMAÇÃO DO CORPOS DO


ATERRO DEVIDO AO PESO PRÓPRIO

Ocorrem normalmente nos seguintes casos:- material disposto sem compactação ou


vibração; disposição de solo por aterros hidráulicos; execução de aterros com
compactação deficiente; execução de aterros com materiais inadequados (deve-se
evitar uso de solos com materiais orgânicos – raízes, turfas, argilas - em sua
composição); execução de aterros com materiais heterogêneos

3.9 – CAUSAS RELATIVAS AO ASSENTAMENTO DO ATERRO


SOBRE LIXOES OU ATERROS SANITARIOS

 Deformação do corpo do aterro por causa do seu peso próprio:


 Execução sem compactação ou sem vibração;
 Disposição do solo por aterros hidráulicos;
 Execução de aterros com compactação deficiente (camada espessa,
equipamentos com energia insuficiente);
 Uso de materiais inadequados para aterro (solo com raízes, argilas
expansivas, turfas);
 Uso de materiais heterogêneos (solo misturado com restos de construção).
 Aterro sobre solos moles – Quando um carregamento é aplicado a uma massa
de solo compressível, saturada, de baixa permeabilidade, o carregamento é, no
início, suportado pela água. O excesso de carregamento vai sendo dissipado e
as tensões vão sendo gradativamente transferidas ao solo, ocasionando um
acréscimo de tensão efetiva. Esse fenômeno é observado na medida em que
as variações volumétricas produzem recalques.
 O uso de fundações superficiais é limitado a estruturas provisórias que podem
tolerar recalques diferenciais, devendo o aterro superior do solo ser o mais
espesso possível.
 Estruturas permanentes exigem fundações profundas, que requer:
 Análise do atrito negativo;
 Garantia da integridade da estaca na sua execução;
 Avaliação do impacto de substâncias líquidas deletéreas (cloretos, ácidos e
sulfatos) formadas pela decomposição dos materiais existentes no aterro/lixão.

3.10 – CAUSAS RELATIVAS A EXECUÇÃO DAS FUNDAÇÕES

 Sapatas executadas em cotas diferentes com desmoronamento ou alívio da


fundação apoiada no nível superior;
 Sapatas executadas em cota superior a canalizações em projeto ou já
existentes;
 Problemas envolvendo elementos estruturais da fundação:
 Qualidade inadequada do concreto;
 Ausência de regularização com concreto magro do fundo da cava de
fundação;
 Execução de elementos de fundação com dimensão e geometria incorretas;
 Presença de água na cava durante a concretagem;
 Adensamento deficiente e vibração inadequada do concreto;
 Armaduras mal posicionadas ou insuficientes;
 Junta de dilatação mal executada;
 Estrangulamento de seção de pilares enterrados em razão da armadura
densa, estribos mal posicionados, concreto com trabalhabilidade inadequada
ou falta de limpeza interna da forma.
 Erros de locação (estacas fora da posição de projeto);
 Erros ou desvios de execução (matacões, etc.);
 Erros de diâmetros ou lado das estacas (seção inferior ao projetado);
 Substituição no canteiro da estaca projetada por elementos equivalentes;
 Características inadequadas do concreto (estacas moldadas in situ);
 Falta de limpeza adequada da cabeça da estaca para vinculação ao bloco;
 Falta de energia de cravação, peso insuficiente do martelo ou baixa energia do
sistema de cravação em relação à estaca cravada;
 Excesso de energia de cravação (martelos mais pesados, altura de queda
excessiva);
 Levantamento de elementos já cravados devido a execução de novos
elementos;
Figura 8 – Estaca danificada durante a cravação (Milititsky, 2008).

Figura 9 – Concreto com baixa trabalhabilidade causou a descontinuidade da seção em estaca


Strauss (Milititsky, 2008).

3.11 – CAUSAS RELATIVAS À DEGRADAÇÃO DOS MATERIAIS

3.11.1 Estacas de Concreto


 Concreto menos poroso e impermeável resiste mais a ataque químicos;
 Maior concentração de sulfatos no solo ou na água maior será a agressividade;
 Agentes agressivos: Sulfatos
 Nível de água e sua variação;
 Fluxo de água subterrânea e porosidade do solo;
 Forma de construção;
 Qualidade do concreto
3.11.2 Estacas de Aço
 Estacas cravadas em solos naturais com a presença de água e ar podem
apresentar corrosão;
 Agentes agressivos: Cloretos
 Trechos desinterrados deverão possuir proteção catódica, pintura ou
envelopamento;
 Taxa média de corrosão em solos naturais: 0,035mm / face / ano;
 Taxa de corrosão em áreas de marés: 0,1 a 0,25 mm / face / ano.
3.11.3 Estacas de Madeira
 Uso bastante difundido em estruturas de cais e ancoradouros;
 Agentes Agressivos: Biológicos (Besouros, cupins e moluscos), mudança de
coloração, amolecimento, variação de densidade.
 Variação do nível de água provoca degradação diferenciada em várias seções .

Figura 10 – Exemplo de estaca de concreto com degradação relacionada a ataque de


sulfatos (Site UFSC)
Adota-se uma taxa de corrosão de 0,035mm/face/ano em caso de exposição a
condições atmosféricas. Taxas de corrosão utilizadas estão dispostas nas tabelas 2 e
3, onde estão expostas médias de dados coletados em diversas obras, com valores
em mm/face/ano.

Tabela 2 – Corrosão (mm) de estacas metálicas em solos, acima e abaixo do lençol freático
(European Standard EM 1993-5,2003)
Tabela 3 – Corrosão (mm) de estacas metálicas em água doce e água do mar (European
Standard EM 1993-5,2003)
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As patologias das fundações têm sido detectadas desde as grandes construções


antigas, onde eram verificados recalques devido ao peso excessivo dos materiais
empregados naquela época. Com ao avanço da tecnologia e com o
acúmulo de fatos empíricos foram descobertos que, dependendo do tipo de
construção poderia ser feito ou não em certo tipo de terreno. Atualmente, não é
prudente executar qualquer tipo de edificação sem o estudo preliminar do solo com
empresa idônea, no qual presta um serviço confiável e de qualidade. Mesmo com a
sondagem adequada do subsolo, podem ocorrer interferências de diversos tipos,
dependendo da profundidade da sondagem executada e locais de perfuração.
Infelizmente, ainda existem empresas que não prestam este serviço em
conformidade com as normas ou entregam relatórios não-confiáveis, além de também
existirem profissionais que apostam na própria experiência e dispensa este
tipo de serviço, fato imprudente e que há de se causar diversos transtornos e prejuízos
inestimáveis. Outrossim, as execuções das fundações devem ter controle de qualidade
adequado, acompanhamento de profissional qualificado, atendimento às normas
vigentes e mão-de-obra qualificada para a execução das mesmas. No projeto, deve-
se prever também a interação solo-estrutura, pois este conjunto determina o
comportamento real da fundação empregada. Embora necessário na construção civil
ainda não é possível englobar todos estes itens, ocorrendo falhas executivas de
diversas naturezas, que podem ser detectadas através de ensaios pós- execução que
estão disponíveis hoje no mercado. Com a conclusão deste trabalho nos remete a crer
que, embora existam empresas idôneas, que prestam serviços de qualidade, de
acordo com as normas vigentes e profissionais qualificados bem como há
método de execução de fundações bem diversificados, um controle de qualidade ideal
e efetivo aumenta muito o custo de execução da obra, em muitas vezes inviabilizando
a execução de alguns tipos de obras em determinadas regiões, mas não devemos
abrir mão de um controle mínimo para minimizar os efeitos que uma determinação
empírica pode acarretar.
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABNT (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS). NBR 6122 (2009)


Projeto e execução de fundações . Rio de Janeiro, 2009

CAPELLO, AnÍlson; ROCHA, Erick Leonardo Barros; SOUZA, Ivo Felipe;


PEREIRA,Rafael M.; SCARELLI, Sabrina Rodrigues Gonçalves Garcia.Patologia das
Fundações.Jundiaí-Curso de Engenharia Civil. Faculdade Anhanguera deJundiaí,
2010. 116 p. Trabalho de Conclusão de Curso.

EUROPEAN STANDARD EN. 1993-5. Eurocode 3: Design of steel structures.2003.


Part 5: Piling, p. 10

LOPES, F.R.; VELLOSO, D.; Capítulo 6. Concepção de Obras de Fundações.


Fundações Teoria e Prática. São Paulo, Editora Pini, v.2, p.212-214, 1998.

MILITITSKY, JARBAS; CONSOLI, NILO C.; SCHNAID, FERNANDO – Patologia das


Fundações . Editora Oficina de Textos. São Paulo, 2008.

Tatiani M. Soares, Fernando S. Brum, Paulo Obregon do Carmo, PATOLOGIAS EM


FUNDAÇÕES

http://geotecniaefundacoes.blogspot.com

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