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RESUMO
INTRODUÇÃO
da criança pequena passa a ser reivindicada como um dever do Estado, que até
então não havia se comprometido legalmente com essa função. Em 1888, devido à
grande pressão dos movimentos feministas e dos movimentos sociais, a
Constituição reconhece a educação em creches e pré-escolas como um direito da
criança e um dever do Estado.
Nos anos 90, ocorreu uma ampliação sobre a concepção de criança.
Agora se procura entender a criança como um ser sócio histórica, onde a
aprendizagem se dá pelas interações entre a criança e seu entorno social. Essa
perspectiva sócia interacionista tem como principal teórico Vigotsky, que enfatiza a
criança como sujeito social, que faz parte de uma cultura concreta (OLIVEIRA,2002).
Há um fortalecimento da nova concepção de infância, garantindo em
lei os direitos da criança enquanto cidadã. Cria-se o ECA (Estatuto da Criança e do
Adolescente); a nova LDB, Lei nº9394/96, incorpora a Educação Infantil como
primeiro nível da Educação Básica, e formaliza a municipalização dessa etapa de
ensino.
Em 1998, é criado RCNEI (Referencial Curricular Nacional para
Educação Infantil), um documento que procura nortear o trabalho realizado com
crianças de 0 à 6 anos de idade. Ele representa um avanço na busca de se
estruturar melhor o papel da Educação Infantil, trazendo uma proposta que integra o
cuidar e o educar, o que é hoje um dos maiores desafios da Educação Infantil. É
preciso afirmar que as propostas trazidas pelo RCN só podem se concretizar na
medida em que todos os envolvidos no processo busquem a efetiva implantação das
novas propostas, se não ele vai se tornar apenas um conjunto de normas que não
saem do papel.
humanidade nem sempre viu a criança como um ser em particular, e por muito
tempo a tratou como um adulto em miniatura.
De um ser sem importância, quase imperceptível, a criança num
processo secular ocupa um maior destaque na sociedade, e a humanidade lhe lança
um novo olhar. Para entender melhor essa questão é preciso fazer um levantamento
histórico sobre o sentimento de infância, procurar defini-lo, registrar o seu
surgimento e a sua evolução. Segundo Áries: o sentimento de infância não significa
o mesmo que afeição pelas crianças corresponde à consciência da particularidade
infantil, essa particularidade que distingue essencialmente a criança do adulto,
mesmo jovem (Áries, 1978 : 99).
Nessa perspectiva o sentimento de infância é algo que caracteriza a
criança, a sua essência enquanto ser, o seu modo de agir e pensar, que se
diferencia da do adulto, e, portanto merece um olhar mais específico.
Na Idade Média não havia clareza em relação ao período que
caracterizava a infância, muitos se baseavam pela questão física e determinava a
infância como o período que vai do nascimento dos dentes até os sete anos de
idade, como mostra a citação da descrição feita por Le Grand Propriétaire (Ariès,
1978: 6):
A primeira idade é a infância que planta os dentes, e essa idade
começa quando a criança nasce e dura até os sete anos, e nessa idade aquilo que
nasce é chamado de enfant (criança), que quer dizer não-falante, pois nessa idade a
pessoa não pode falar bem nem tomar perfeitamente as palavras, pois ainda não
tem seus dentes bem ordenados nem firmes...
Até o século XVII a sociedade não dava muita atenção às crianças.
Devido às más condições sanitárias, a mortalidade infantil alcançava níveis
alarmantes, por isso a criança era vista como um ser ao qual não se podia apegar,
pois a qualquer momento ela poderia deixar de existir. Muitas não conseguiam
ultrapassar a primeira infância. O índice de natalidade também era alto, o que
ocasionava uma espécie de substituição das crianças mortas. A perda era vista
como algo natural e que não merecia ser lamentada por muito tempo, como pode
ser constatado no comentário de Áries “... as pessoas não podiam se apegar muito a
algo que era considerado uma perda eventual...” (1978: 22).
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3.4.1 – Procedimentos
3.5 – RESULTADO
3.5.1 - Percepção:
3.6.1 – Percepção
Através do questionário foi perceptível a contradição entre a
realidade em sala e as respostas colocadas pela educadora. Percebendo assim:
- que não se mudou a denominação de creche para Centro de
Educação Infantil no falar e no escrever;
- vê o direito da vaga na instituição ainda como sendo da mãe e não
como direito da criança;
- dentro do Centro de Educação Infantil há profissionais que não
respeitam o direito da criança pela vaga, vendo este direito apenas para aquelas que
têm baixa renda excluindo as demais do aprendizado e da convivência com seus
pares, e;
- precisa-se de capacitação e conscientização destes profissionais
que ainda não estão dentro do contexto da Educação Infantil na idade
contemporânea se orientando pelas diretrizes curriculares nacionais para a
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3.7 – COMENTÁRIOS
prevalece a ideia na população em geral e ate dentro das escolas de que os centros
de educação infantil são para a população carente vendo neste apenas um lugar
para os filhos da população de baixa renda onde os pais que precisam trabalhar
para obter seu sustento levam seus filhos para serem cuidado, não dando o
verdadeiro sentido que os centros de educação infantil devem ser o do cuidar e o de
educar.
Em minhas visitas domiciliares enquanto líder da pastoral da criança
ao ensinar as mães a estimularem seus filhos para que esses alcançassem maiores
índice de desenvolvimento eu pude constatar os grandes avanços de que uma
criança é capaz dentro de seus indicadores de oportunidades e conquistas. Nestas
visitas também observava as crianças de classes mais abastadas e que não
conviviam com outras crianças o quanto a criança se desfigurava do sentido de ser
aquilo que deveria ser: criança, transformando-se às vezes em um pequeno ser sem
vontade e apático ao mundo infantil. Muitos destes também cheios de vontades,
birras excessivas transformando-se em pequenos ditadores no mundo adulto, pois
tiraram dele o ser e estar com outras crianças perdendo assim sua identidade e o
direito dele conviver e vir a ser criança.
A proposta é um novo paradigma para a educação infantil na idade
contemporânea sem distinção de raça, cor ou classe social olhar a educação com
um novo olhar e saber respeitar a diversidade seja ela cultural ou social dando
aqueles o que é de direito, sendo ela a criança a educação infantil acabando assim
com a desigualdade existente entre classes deixando com que vivam de fato o que
vem a ser infância onde possam gozar com liberdade de direito a convivência com
seus paras o que e de direito para todos que passam pela fase da infância em nosso
pais.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
criança dá explicações pouco lógicas. Por isso tudo que uma criança é capaz se for
divida mente estimulada e ter garantida todo o seu direito de aprender e participar da
sociedade de forma prazerosa e qualificada em todas as suas especificidades.
Considerar que a criança vive um momento específico de sua existência significa
dizer quão a infância é um dos períodos a qual caracteriza a vida humana e, como
tal, tem especificidades que precisam ser conhecidas e respeitadas, tanto no olhar
ao sujeito que vive este período como à sociedade que culturalmente lhe dá
significado. Devemos lutar para que a criança não tenha seu direito violado na
educação infantil.
Na educação infantil, o desenvolvimento e a aprendizagem da
criança ocorrem principalmente no momento em que ela é colocada em contato com
pessoas de diferentes faixas etárias tendo seu meio de convivência ampliado. Na
teoria Vigotskyana no seu referencial histórico cultural enfatiza a construção do
conhecimento como interação mediada por varias relações, a interação que é
considerada um fator determinante para o desenvolvimento infantil é tratada no
contexto educativo como geradora de oportunidades de construção de
conhecimento, de procedimento e atitudes fundamentais à vida em coletividade, com
colaboração, solidariedade e respeito.
Neste sentido o espaço educativo deve disponibilizar para as
crianças espaço com gramados, casinha, parquinho, caixa de areia, piscina e muitos
animaizinhos que propiciam estímulos para o desenvolvimento corporal. Sendo
assim a criança aprende a usar os músculos, adquirem domínio voluntário do corpo,
exercitam a criatividade, explora os espaços, dramatizam situações da vida real,
aprende a tomar decisões com confiança e autoestima. Essa rede de relações que
vai auxiliando a criança a inserir-se no mundo caracteriza-se de duas diferentes
formas: pela relação que estabelece com os adultos e pela integração com outras
crianças.
A relação que a criança estabelece com os adultos (adulto-criança)
lhe possibilita, com o auxílio destes, ter o mundo significado, sendo estimulada no
desenvolvimento da linguagem, na exploração do ambiente, na conquista do andar,
entre outros. Já, na integração com outras crianças (criança-criança), através do
contato mútuo, aprendem a expressar e controlar suas emoções.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
criança, trabalhei nesta pastoral durante oito anos, inclusive como coordenadora
paroquial. Durante todo esse tempo de trabalho acompanhávamos quatrocentas e
oitenta e cinco crianças todos os meses, neste município.
Desta contribuição voluntária tive muitos aprendizados inclusive com
respeito às crianças de zero a seis anos. Durante este tempo na pastoral fazíamos
visitas nos domicílios todos os meses e acompanhávamos o desenvolvimento das
crianças desde o ventre materno e eu tive acompanhei varias destas crianças. O
que mais nos causava preocupação como lideres da pastoral da criança além da
alimentação e a saúde das crianças era a falta de vagas para as crianças nos
centros de educação infantil. Quantas vezes durante as visitas domiciliares víamos
as crianças com falta de espaço para brincar, mães estressadas, atarefadas sem
tempo para dar atenção a criança ou com graves problemas de saúde tendo que
cuidar de seus filhos em condições precárias. Por varias vezes atendemos crianças
com graves problemas de atrofias nos membros inferiores devido à falta de espaço
ou cuidado da mãe para com a criança. Visitávamos um menino desde o nascimento
cujo maior sonho era o de ir à escola com seus dois anos e meio de idade. Todas as
vezes que eu chegava a sua casa ele estava brincando com uma mochila nas
costas e dizia que ia a escola. Mas sua mãe não conseguia vaga no centro de
educação infantil por não ser mãe trabalhadora, e também não conseguia trabalho
por se tratar de uma cidade pequena e com vagas limitadas para emprego. Esta
família era excluída duas vezes da sociedade pela falta de emprego e pela falta de
vaga para o estudo de seu filho na educação infantil. Como percebíamos as coisas
se complicavam mais pela falta de dinheiro e pelas agressões verbais e físicas
vividas nesta família. Esse menino cresceu vendo os pais brigarem por diversos
motivos e tristemente de um menino saudável, bonito ao entrar na pré-escola teve
graves problemas de relacionamento com seus amiguinhos e inclusive de
autoflagelação.
Cury (2002) esclarece que declarar um direito é retirar do
esquecimento e proclamar aos que não sabem, ou esqueceram que eles continuam
existindo. Portanto, necessária se faz a cobrança desse direito quando ele não é
respeitado. Logo, é essencial que haja um Conselho ativo e responsável para
condução das políticas públicas de educação básica.
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REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICAS
efetivacao-do-direito-afirma-maria-malhttp://revistaescola.abril.com.br\creche pré-
escola
SALTO para o futuro in: TV escola, enciclopédia livre. 2012. Disponivel em:
<http://tvescola.mec.gov.br/index.php?option=com_zoo&view=item&item_id=1245
Acesso em 12/05/2012.