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Geometria I

Nesta aula estudaremos tópicos de geometria plana.

A geometria plana é a parte da Matemática que estuda as figuras geo-


métricas bidimensionais, ou seja, figuras que podem ser observadas em um
plano. Iniciaremos nossos estudos a partir dos triângulos.

Triângulos
O estudo de triângulos é um dos assuntos mais importantes na Geome-
tria Plana, abrangendo interações com outras figuras geométricas, possibili-
tando relações importantes, além de serem elementos básicos constituintes
de figuras poligonais com mais do que três lados.

Observe a definição de triângulo:

Triângulo é qualquer polígono composto por exatamente três lados.

B C

Elementos principais de um triângulo


Os principais elementos de um triângulo são os lados, os vértices e os
ângulos internos.

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Geometria I

B B Ĉ C

Considerando o triângulo ABC acima, temos:

Lados: são os segmentos AB , AC e BC .

Vértices: são os pontos: A, B e C.


 , B e C
Ângulos internos: são os ângulos A .

Soma dos ângulos internos de um triângulo


É importante relembrar de uma propriedade que relaciona os ângulos
internos de um triângulo. Observe o triângulo a seguir:

Â
Ĉ B
A

B C

Se, pelo vértice A, traçarmos, uma reta paralela a BC , obteremos ângulos


congruentes aos ângulos B e C  . Os três ângulos destacados no vértice A,
juntos, correspondem a um ângulo de 180°. Logo, podemos concluir que:
 = 180°
 + B + C
A

Portanto, em qualquer triângulo, a soma dos ângulos internos é sempre


igual a 180°.

Esta relação é conhecida como teorema angular de Tales.

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Geometria I

Congruência e semelhança de figuras planas


As formas geométricas que observamos na natureza, nas obras de arte e até
em telhados de casas são, muitas vezes, representadas por figuras semelhantes.

Para ilustrar, observe o desenho, no qual os segmentos AM e BN são


respectivamente paralelos aos segmentos PN e PM :

M N

A B
P

Nessa ilustração, é possível observar cinco triângulos: ∆ABC, ∆APM,


∆PBN, ∆MNC e ∆PMN.

Todos eles são semelhantes entre si, pois os ângulos correspondentes têm
a mesma medida. Entretanto, apenas um dos triângulos não é congruente
com os outros.

O triângulo ABC, apesar de ser semelhante, não é congruente com os


demais, porque as medidas dos seus lados são diferentes das medidas dos
lados correspondentes dos outros triângulos.

A partir dessas ideias, podemos formalizar o conceito de semelhança.

Triângulos semelhantes
Dado o triângulo ABC a seguir, vamos traçar uma reta r, paralela ao lado
AB determinando o segmento DE e destacando o triângulo DEC.

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C C

D E
r D E

A B

 e CDE
Se AB é paralelo a DE , os ângulos CAB  são congruentes. Pela
 e DEC
mesma razão, também serão os ângulos ABC  .

Como o ângulo BCA  é comum aos triângulos ABC e DEC, conclui-se que
tais triângulos são semelhantes, pois apresentam os três ângulos respecti-
vamente congruentes. Devido à semelhança, escrevemos ∆ABC ≈ ∆DEC, e
estabelecemos uma proporção entre as medidas dos lados homólogos:

AB AC BC
= = =k
DE DC EC

O valor de k é a constante de proporcionalidade.

Existem algumas situações em que é possível identificar triângulos seme-


lhantes. A mais comum consiste em se avaliar se um dos triângulos possui
dois ângulos que têm a mesma medida que dois ângulos em um segundo
triângulo. Como a soma das medidas dos três ângulos internos de qualquer
triângulo deve ser igual a 180°, os terceiros ângulos de cada triângulo terão
as mesmas medidas, o que garante a validade da semelhança.

Teorema de Tales
O geômetra grego conhecido como Tales de Mileto deixou importantes
resultados na geometria plana. Vamos estudar um de seus mais conhecidos
teoremas.

Considere um feixe de retas paralelas, r, s e t, cortadas por duas transver-


sais, u e v, aleatoriamente traçadas.

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Geometria I

u v

A D r
a a’
B E s
b b’
C F t

AB = a , BC = b , DE = a’ , EF = b’

Pelos pontos A e B são traçadas as retas v1 e v2, paralelas à reta v, desta-


cando os pontos E’, F’ e F’’:

u v

A D r
a a’ a’
B E’ E s
b b’ b’ b’
C F t
F’’ F’

v2 v1

Os triângulos ABE’, BCF’’ e ACF’ são semelhantes entre si, pois os ângulos
correspondentes são iguais. Logo, podemos escrever:

a b a+b
= =
a ’ b ’ a ’+ b ’

Esse resultado caracteriza o que se denomina Teorema de Tales:

Um feixe de retas paralelas intersectado por duas transversais determi-


na sobre essas transversais segmentos proporcionais.
Exemplo:

Na ilustração, as retas r, s, t, u, v são paralelas.

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Quais são as medidas x, y, z e w?

90

87

75
120
x r
w 108 s
z t
80 u
v

Como as retas r, s, t, u e v são paralelas, podemos utilizar o Teorema de


Tales:

120 x 108 z 80
= = = =
90 87 y 75 w

Então, particularizando as proporções, temos:

120 x 4 x
= → = → 3x = 348 → x = 116m
90 87 3 87

120 108 4 108


= → = → 4 y = 324 → y = 81m
90 y 3 y

120 z 4 z
= → = → 3z = 300 → z = 100m
90 75 3 75

120 80 4 80
= → = → 4 w = 240 → w = 60m
90 w 3 w

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Geometria I

Triângulo retângulo
Vamos estudar agora um tipo de triângulo que se destaca na resolução
de problemas geométricos: o triângulo retângulo.

Definição: triângulo retângulo é todo triângulo que apresenta um ângulo


reto, ou seja, um ângulo de 90°.

Vamos iniciar considerando um triângulo ABC, retângulo em A  . Nesse


triângulo, traçamos a altura AD, relativa à hipotenusa BC, e destacamos
os triângulos ACD e ABD que, assim como ABC, também são triângulos
retângulos.

b c
h

C B
m D n

Elementos importantes:

 BC: hipotenusa;

 AC e AB: catetos;

 AD: altura relativa à hipotenusa;

 CD e BD: projeções dos catetos sobre a hipotenusa.

Os triângulos ABC, DCA e DBA são triângulos retângulos. Logo, como


a soma dos ângulos internos de um triângulo é sempre 180° e um dos ân-
gulos é reto (90°), concluímos que cada um deles tem um par de ângulos
complementares. Consequentemente, os triângulos ABC, DCA e DBA são
semelhantes entre si:

β α
b c
h
α β
C B
m D n

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Geometria I

Triângulo ABC: Triângulo DCA: Triângulo BDA:

A
D D
b c h h n
m
C B C A A B
a b c

Da semelhança existente entre os três triângulos, podemos obter rela-


ções importantes entre as medidas de seus lados, observe:

 ∆ABC ≈ ∆DCA:

b a
= → b2 = a.m
m b

A medida de um cateto ao quadrado é igual ao produto da medida


da hipotenusa pela medida da projeção desse cateto sobre a hipotenusa.
E ainda:

a c
= → b.c = a.h
b h

O produto das medidas dos catetos é igual ao produto da medida da hi-


potenusa pela medida da altura relativa a essa hipotenusa.

 ∆ABC ≈ ∆BDA:

c a
= → c2 = a.n
n c

A medida de um cateto ao quadrado é igual ao produto da medida da


hipotenusa pela medida da projeção desse cateto sobre a hipotenusa

 ∆DCA ≈ ∆BDA:

m h
= → h2 = m.n
h n

A medida da altura relativa à hipotenusa, ao quadrado, é igual ao produto


das medidas das projeções dos catetos sobre a hipotenusa.

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Geometria I

Há ainda uma relação que pode ser obtida a partir de duas dessas equa-
ções, observe:

b2 = a . m

c2 = a . m

Adicionando membro a membro, temos:

b2 + c2 = a . m + a . n

b2 + c2 = a . (m + n)

b2 + c2 = a . a

b2 + c2 = a2

Esse resultado destaca a validade do teorema de Pitágoras em qualquer


triângulo retângulo:

O quadrado da hipotenusa é igual à soma das medidas dos quadrados dos


dois catetos.

Circunferência e círculo
Preste atenção ao conceito de circunferência:

Circunferência é o conjunto dos pontos de um plano cuja distância a um


ponto dado desse plano é fixa. O ponto dado é chamado de centro e a distância
fixa é o raio da circunferência.

P
R O: centro da circunferência
OP: raio da circunferência (R)
O
circunferência

Pela definição, a circunferência é o lugar geométrico constituído apenas


pela linha formada pelos pontos que estão a mesma distância R do centro O.

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Geometria I

Comprimento da circunferência
Uma relação bastante útil na geometria é a que permite avaliar o compri-
mento de uma circunferência apenas a partir da medida do próprio raio.

A medida do comprimento de uma circunferência de raio de medida R,


representada por C, é dada por:

C = 2πR

em que π vale aproximadamente 3,14.

A B P A B P A B

P B A P

C = 2πR

Além da circunferência, outro conceito importante é o de círculo:

Círculo é o conjunto dos pontos de um plano pertencentes a uma circunfe-


rência e interiores a ela.

Círculo de raio R
R e centro em O

Área do círculo
É possível provar que a medida da área de um círculo de raio R, represen-
tada por S, é dada por:

S = πR2

Elementos da circunferência
Além do raio, existem outros elementos importantes em uma circun-
ferência, tais como diâmetro, corda e arco. Observe alguns conceitos
importantes:
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Reta secante a uma circunferência é toda reta que corta a circunferência


em dois pontos distintos.

Reta tangente a uma circunferência é toda reta que toca a circunferência


num único ponto.

Arco de uma circunferência é uma parte da circunferência delimitada por


dois pontos pertencentes à circunferência.

Corda de uma circunferência é qualquer segmento de reta que tenha ex-


tremidades na circunferência.

Na figura a seguir, o segmento AB é o diâmetro da circunferência, sendo,


portanto, uma das cordas de maior medida possível nessa circunferência.

A B
O

Observe na figura a seguir que a reta s é secante à circunferência nos


pontos C e D, e a reta t é tangente à circunferência no ponto P. Os  dois
 
pontos distintos C e D determinam a corda CD e os arcos CAD e CPD .
A
C
D
s (secante)

t (tangente)
P

O ponto P é chamado de ponto de tangência ou ponto de contato da reta


t com a circunferência. Pelas ilustrações, podemos concluir que qualquer
reta secante a uma circunferência determina na circunferência uma corda e
dois arcos.

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Elementos do círculo
Existem dois elementos importantes a serem considerados em um cír-
culo: o setor circular e o segmento circular. Para melhor compreender esses
conceitos, é importante relembrar o conceito de ângulo central.

Ângulo central é todo ângulo com vértice no centro de um círculo.

α ângulo central
O α
AÔB tem medida α

Não é difícil perceber que todo ângulo central corresponde a um arco e,


reciprocamente, a todo arco, um ângulo central.

Setor circular

Setor circular é a região de um círculo delimitada por um ângulo central.

R
α setor circular
O
de ângulo α
R

A área de um setor circular pode ser obtida por meio de uma propor-
ção relacionando o ângulo de 360°, referente à totalidade do círculo, com
o ângulo do setor especificamente. Assim, sendo α o ângulo central de um
setor circular de área Sset, pertencente a um círculo de raio R, temos:

ângulo área
360° → πR2
α → Sset

Um setor circular também pode ser identificado pelo comprimento do


arco correspondente.

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Geometria I

A
R

O α l ldoéarco
o comprimento
ÂB
R
B

Nesse caso, a área também pode ser obtida por meio de uma proporção
relacionando as medidas das áreas e dos comprimentos. Sendo l a medida
do comprimento de um arco de um setor circular pertencente a um círculo
de raio R, temos:

área comprimento
πR2 → 2πR
Sset → l

Segmento circular
Segmento circular é a parte de um setor circular compreendida entre a
corda e o arco relativos ao setor.

A
R
segmento circular
O α l relativo à corda AB
R
B

A área de um segmento circular, representada por Sseg, pode ser obtida


pela diferença entre as áreas do setor circular correspondente e do triângulo
isósceles AOB, que tem R como dois de seus lados e a corda AB como ter-
ceiro lado. Assim, temos:

Sseg = Sset – Striângulo

Ângulo inscrito em uma circunferência


Ângulo inscrito é a denominação dada a todo ângulo cujo vértice perten-
ça a uma circunferência e cujos lados sejam secantes a ela.

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Geometria I

Exemplo:

V AVB é um ângulo inscrito na


circunferência

Existem duas propriedades importantes relacionadas a um ângulo inscri-


to de uma circunferência.

Propriedade 1
A medida de um ângulo inscrito é igual à metade da medida do ângulo
central correspondente.

Exemplo:

Na ilustração, a medida do ângulo inscrito APB é igual à metade da
 :
medida do ângulo central AOB
P

α
O  )
m(AOB
B  )=
m(APB

2

Propriedade 2
Ângulos inscritos em uma mesma circunferência, que são relativos a um
mesmo arco, têm medidas iguais.

α
α
Os ângulos inscritos “enxergam” o
α arco ÂB segundo o mesmo ângulo α
B

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Geometria I

Observe, na figura, que os três ângulos inscritos são relativos ao mesmo



arco AB . Logo, de acordo com a propriedade 1, todos são relativos ao mesmo
ângulo central de medida 2α, e, portanto, têm a mesma medida α.

Uma consequência importante da propriedade 1 anterior é a que quando


os extremos de um arco são os extremos de um diâmetro AB , cada um dos
arcos é uma semicircunferência e a medida de cada um dos arcos é igual a
180°.

Assim, se considerarmos um ponto qualquer P sobre uma das semicir-


cunferências, podemos concluir que o ângulo APB mede 90°. Observe:
P
α

A B

180º

180
Pela propriedade anterior, α = → α = 90.
2
Dessa forma, qualquer triângulo inscrito numa circunferência, que tenha
um dos lados coincidindo com o diâmetro da circunferência, certamente
será retângulo.
P
α

A B Se o lado AB é diâmetro, o triângulo


O APB é retângulo em P

Propriedades complementares
1. Dada uma reta t tangente a uma circunferência num ponto P, o raio com
extremidade em P será sempre perpendicular à reta t.

P
R
PO t

O
t

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2. De um ponto P externo a uma circunferência, é possível traçar duas retas


tangentes à circunferência. Se os pontos de tangência forem A e B, os
segmentos PA e PB têm medidas iguais.
P

B PA = PB

Polígonos regulares
Fique atento à seguinte definição:

Polígonos regulares são aqueles que apresentam todos os lados con-


gruentes e todos os ângulos congruentes.

Dessa forma, por exemplo, o triângulo regular é o triângulo equilátero e o


quadrilátero regular é o quadrado.

Todos os polígonos regulares são inscritíveis, ou seja, admitem uma cir-


cunferência que passa pelos seus vértices. Essa circunferência é denominada
circunferência circunscrita.

Observe estas figuras:

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Todos os polígonos regulares são circunscritíveis, ou seja, admitem uma


circunferência que tangencia os lados do polígono nos respectivos pontos
médios. Essa circunferência é denominada circunferência inscrita.

Exemplos:

Quadrado Pentágono regular Hexágono regular


circunscrito circunscrito circunscrito

O raio da circunferência inscrita em um polígono é denominado apóte-


ma do polígono.

r é o apótema

Embora existam infinitos polígonos regulares, destacaremos o estudo do


triângulo equilátero, do quadrado e do hexágono regular.

Triângulo equilátero
O triângulo equilátero é o único polígono regular composto por exata-
mente três lados congruentes possuindo, portanto, três ângulos internos de
mesma medida.

Observe um triângulo equilátero de lado medindo l, altura medindo h


cujas circunferências inscrita e circunscrita possuem raios medindo r e R,
respectivamente.

l h
R l
r

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Se a soma dos ângulos internos é igual a 180° e todos os ângulos são con-
gruentes, então cada um dos ângulos internos mede 60°.

Além disso, a bissetriz de qualquer ângulo interno passa pelo centro coin-
cidente das circunferências inscrita e circunscrita, dividindo o ângulo interno
em dois ângulos de 30°.

l h
l
R
r
60º 30º

A medida da altura do triângulo retângulo pode ser obtida utilizando


razões trigonométricas:

h
sen 60 =
l

3 h l 3
= → h=
2 l 2

A medida do raio da circunferência inscrita também pode ser obtida por


meio de razões trigonométricas:

r
tg 30 =
l
2

l 3 1 l 3 1
. =r = . → r = .h
2 3 3 2 3

Por outro lado, também é possível escrever:

r
sen 30 =
R

1 r 2
= → R = 2r → r = . h
2 R 3

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A área de um triângulo qualquer é igual ao semiproduto das medidas da


base e da altura correspondentes.

base . altura
S=
2

No caso do triângulo equilátero de lado l e altura h, temos:

l.h
S=
2
l 3
Se a medida da altura é igual a h = , então:
2
l l 3
S= .
2 2

Portanto, a medida da área de um triângulo equilátero é dada por:

l2 3
S=
4

Quadrado
O quadrado é o quadrilátero composto por quatro lados congruentes
possuindo quatro ângulos retos.

Na próxima ilustração pode-se observar um quadrado de lado medin-


do l, diagonal d e as circunferências inscrita e circunscrita de raios r e R,
respectivamente.

R l
r

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Geometria I

A medida da área de um quadrado de lado l é igual ao produto das me-


didas de dois quaisquer de seus lados, ou seja:

S=l.l

S = l2

A medida da diagonal pode ser obtida por meio do teorema de


Pitágoras:
D C

d
l
45º
A l B

d2 = l2 + l2 → d2 = 2l2 →

d = 2l 2 → d=l 2

Observe que a medida do raio da circunferência inscrita é igual à metade


da medida de um lado, ou seja:

l
r=
2

A medida do raio da circunferência circunscrita é igual à metade da


medida de uma diagonal:

d l 2
R= ou R =
2 2

Hexágono regular
O hexágono regular é um polígono regular composto por seis lados con-
gruentes e seis ângulos internos iguais.

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Na figura a seguir vemos um hexágono regular de lado l e as circunferên-


cias inscrita e circunscrita de raios r e R, respectivamente.
l

l l
r
α

Como todos os lados têm a mesma medida l, os seis arcos, determina-


dos pelas cordas correspondentes aos lados, são congruentes. Portanto, a
360°
medida do ângulo central α é dada por = 60° . Os lados adjacentes ao
6
ângulo α são congruentes e, portanto, os outros dois ângulos do triângulo
também o são.

Logo, os triângulos componentes do hexágono regular são triângulos


equiláteros de modo que a medida da área do hexágono regular é igual a
seis vezes a medida da área de um triângulo equilátero, ou seja:

l2 3
S=6.
4

Para encontrar a medida do apótema, observe a ilustração:


l

l l
R r R

A medida do raio da circunferência inscrita é igual à medida da altura de


um dos seis triângulos equiláteros componentes do hexágono regular:

l 3
r=
2

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A medida do raio da circunferência circunscrita pode ser encontrada de


forma imediata, pois se os triângulos são equiláteros, os lados congruentes,
ou seja:

R=l

Resolução de questões
1. (Funrio) Na figura abaixo, ABCD é um quadrado. Se EF = 12cm e a altura
do triângulo EFG, relativa ao lado EF, mede 6cm, a medida da área do
quadrado ABCD, em cm2, é igual a:
G

D C

E F
A B

a) 25.

b) 20.

c) 16.

d) 12.

e) 14.

2. (Esaf ) O raio do círculo A é 30% menor do que o raio do círculo B. Desse


modo, em termos percentuais, a área do círculo A é menor do que a área
do círculo B em:

a) 51%.

b) 49%.

c) 30%.

d) 70%.

e) 90%.
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3. (Esaf ) Em um polígono de n lados, o número de diagonais determinadas


a partir de um de seus vértices é igual ao número de diagonais de um
hexágono. Desse modo, n é igual a:

a) 11.

b) 12.

c) 10.

d) 15.

e) 18.

4. (Esaf ) Em um triângulo ABC qualquer, um dos lados mede 2cm e um


outro mede 2cm. Se o ângulo formado por esses dois lados mede 45°,
então a área do triângulo, em cm2, é igual a:

a) 3-/3.

b) 2/2.

c) 2-/2.
3
d) 3 .

e) 1.

5. (Esaf ) Fernando, João Guilherme e Bruno encontram-se perdidos, uns dos


outros, no meio da floresta. Cada um está parado em um ponto, gritando
o mais alto possível, para que os outros possam localizá-lo. Há um único
ponto em que é possível ouvir simultaneamente Fernando e Bruno, um
outro único ponto (diferente daquele) em que é possível ouvir simulta-
neamente Bruno e João Guilherme, e há ainda um outro único ponto (di-
ferente dos outros dois) em que é possível ouvir simultaneamente João
Guilherme e Fernando. Bruno encontra-se, em linha reta, a 650 metros
do ponto onde se encontra Fernando. Fernando, por sua vez, está a 350
metros, também em linha reta, do ponto onde está João Guilherme. Fer-
nando grita o suficiente para que seja possível ouvi-lo em qualquer pon-
to até uma distância de 250 metros de onde ele se encontra. Portanto, a
distância em linha reta, em metros, entre os pontos em que se encontram
Bruno e João Guilherme é:

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a) 650.

b) 600.

c) 500.

d) 700.

e) 720.

6. (Esaf ) Um quadro retangular cobre exatamente 25% da área de uma pa-


rede, também retangular, que mede 3 metros de altura por 2 metros de
largura. Sabe-se que as dimensões do quadro estão na mesma razão que
as da parede, isto é, que sua altura está para sua largura assim como 3 está
para 2. Assim, se quiséssemos que o quadro cobrisse exatamente toda a
superfície da parede, deveríamos multiplicar a sua altura e a sua largura
por:

a) 2.

b) 3.

c) 4.

d) 5.

e) 6.

7. (Esaf ) Um feixe de quatro retas paralelas determina sobre uma reta trans-
versal, A, segmentos que medem 2cm, 10cm e 18cm, respectivamente.
Esse mesmo feixe de retas paralelas determina sobre uma reta transver-
sal, B, outros três segmentos. Sabe-se que o segmento da transversal B,
compreendido entre a primeira e a quarta paralela, mede 90cm. Desse
modo, as medidas, em centímetros, dos segmentos sobre a transversal B
são iguais a:

a) 6, 30 e 54.

b) 6, 34 e 50.

c) 10, 30 e 50.

d) 14, 26 e 50.

e) 14, 20 e 56.

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8. (Esaf ) Um trapézio ABCD possui base maior igual a 20cm, base menor
igual a 8cm e altura igual a 15cm. Assim, a altura, em cm, do triângulo
limitado pela base menor e o prolongamento dos lados não paralelos do
trapézio é igual a:

a) 10.

b) 5.

c) 7.

d) 17.

e) 12.

9. (Esaf )As rodas de um automóvel têm 40cm de raio. Sabendo-se que cada
roda deu 20 000 voltas, então a distância percorrida pelo automóvel, em
quilômetros (km), foi de:

a) 16km.

b) 16πkm.

c) 16π2km.

d) 1,6 . 103πkm.

e) 1,6 . 103π2km.

10. (Esaf ) Um hexágono é regular quando, unindo-se seu centro a cada um


de seus vértices, obtém-se seis triângulos equiláteros. Desse modo, se o
lado de um dos triângulos assim obtidos é igual a 3 m, então a área, em
metros, do hexágono é igual a: 2

9 3
a) .
4
7
b) .
3
c) 2 3 .

d) 3 3 .

e) 3 .
3

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Geometria I

Dica de estudo
O bom desempenho em Geometria plana exige a resolução de muitos
exercícios para que o raciocínio visual se desenvolva. Assim, embora algumas
pessoas tenham mais facilidade que outras, a habilidade na resolução de pro-
blemas geométricos é obtida progressivamente. Estude bem os triângulos e
o círculo. Com eles, outras figuras poderão ser mais bem compreendidas.

Referências
BOYER, Carl B. História da Matemática. 12. ed. São Paulo: Edgard Blücher Ltda.,
1996.

GAERTNER, Rosinete (Org.). Tópicos de Matemática para o Ensino Médio. Blu-


menau: FURB. (Coleção Aritthmos 2.)

LIMA, Elon Lages. Meu Professor de Matemática e outras Histórias. Rio de Janei-
ro: Sociedade Brasileira de Matemática. (Coleção do Professor de Matemática.)

LIMA, Elon Lages et al. A Matemática do Ensino Médio. Rio de Janeiro: Socieda-
de Brasileira de Matemática, 2001. v. 1.

LINTZ, Rubens G. História da Matemática. Blumenau: FURB, 1999. v. 1.

TAHAN, Malba. O Homem que Calculava. 40. ed. Rio de Janeiro: Record, 1995.

Gabarito
 e CDG
1. Os triângulos EFG e DCG são semelhantes, pois os ângulos FEG 
 
são congruentes, bem como os ângulos EFG e DCG .
G

6- l
D l C

l l

E
A B F
12

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Geometria I

Logo, podemos escrever:

12 6
=
l 6−l

6l = 12 . ( 6 − l ) → 6l = 72 − 12l →

6l + 12l = 72 → 18l = 72 → l = 4

Assim, a medida da área do quadrado é dada por:

S = l2

S = 42

S = 16cm2

Resposta: C

2. Sejam Ra e Rb as medidas dos raios dos círculos A e B, respectivamente. Se


a medida de Ra é 30% menor que a medida de Rb, então:

Ra = (1- 0,30) . Rb

Ra = 0,70 . Rb

A medida da área do círculo A é dada por:

Sa = π.(Ra)2

Sa =π. (0,70. Rb)2

Sa = (0,70)2. π. (Rb)2

Sa = 0,49 . Sb

O resultado indica que a área do círculo A é 49% da área do círculo B.


Logo, o circulo A possui área 51% menor que a do círculo B.

Resposta: A

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Geometria I

3. Se um polígono convexo possui n lados, então também possui n vértices.


De cada vértice podem ser traçadas diagonais para todos os demais vér-
tices, com exceção do próprio vértice e dos dois vértices vizinhos. Assim,
de cada vértice podem ser traçadas exatamente (n – 3) diagonais.

Raciocinando dessa forma, é possível obter a quantidade de diagonais de


um polígono convexo de n vértices. Se de cada um dos n vértices podem
ser traçadas (n – 3) diagonais, então a quantidade de diagonais seria dada
pelo produto do número de vértices pela quantidade de diagonais que
poderiam ser traçadas de cada um deles:

n . (n – 3)

Entretanto, a diagonal traçada do vértice A para o vértice C, por exemplo,


é a mesma que a diagonal traçada do vértice C para o vértice A. Por esse
motivo, para encontrar a quantidade de diagonais, é necessário dividir
por dois o produto do número de vértices pelo número de diagonais que
podem ser traçadas de cada vértice, pois não se deve contar duas vezes a
mesma diagonal.

Portanto, a quantidade de diagonais de um polígono convexo de n lados,


representada por D, é dada por:

n . (n − 3)
D=
2

Logo, se um hexágono possui n = 6 vértices, o número de diagonais é


dada por:

6 . ( 6 − 3)
D= =9
2

Se o polígono que se deseja encontrar possui nove diagonais partindo


de cada um dos próprios vértices, então o polígono deve possuir uma
quantidade de lados n tal que:

n–3=9

n = 12

Resposta: B

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Geometria I

4. Observe a figura:

2
h
45º
2

Utilizando a razão seno no ângulo de 45° do triângulo destacado, temos:

h
sen 45 =
2

2
h = 2 . sen 45 → h = 2 . → h = 1cm
2

A área do triângulo, representada por S, pode ser calculada pelo semipro-


duto das medidas da base pela altura, ou seja:

2.h
S=
2

S=h

Substituindo-se h = 1cm, temos:

S = 1cm2

Resposta: E

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Geometria I

5. Observe a figura na qual estão destacadas pelos pontos F, J e B as posi-


ções de Fernando, João Guilherme e Bruno, respectivamente.

100
J
100

400
250

B 400 250 F

Observe que os círculos com centros nos pontos F, J e B correspondem às


regiões em que é possível ouvir os gritos de Fernando, João Guilherme e
Bruno, respectivamente. Esses três círculos são tangentes externamente
dois a dois, pois existe um único ponto em que é possível ouvir simulta-
neamente duas dessas pessoas.

Logo, a distância entre Bruno e João Guilherme é dada por:

BJ = 400 + 100

BJ = 500m

Resposta: C

6. Sejam a e b as medidas da altura e da largura do quadro, em metros, res-


pectivamente. Então:

a 3
=
b 2

a
= 1, 5
b

a = 1,5 . b

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Geometria I

A área da parede retangular, representada por Sp, é igual ao produto das


medidas da altura pela largura:

Sp = 3 . 2

Sp = 6m2

Se o quadro cobre exatamente 25% da área da parede, então a área do


quadro, representada por Sq, é dada por:

Sq = 0,25 . 6

Sq = 1,5m2

Por outro lado, a área do quadro é igual ao produto das medidas da altura
pela largura:

Sq = a . b

1,5 = a . b

Substituindo a = 1,5 . b, temos:

1,5 = 1,5 . b . b

1 = b2

Como a medida b não pode ser negativa, conclui-se que:

b = 1m

Então, a altura do quadro é dada por:

a = 1,5 . b

a = 1,5 . 1

a = 1,5m

Logo, se multiplicássemos por x, x > 0, as medidas da altura e da largura


do quadro, as dimensões seriam iguais a 1,5x (altura) e 1x (largura). Para
que a área do quadro, após multiplicarmos a altura e a largura por um
determinado número x seja igual à área da parede deveríamos ter:

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Geometria I

1,5x .1x = 6

1,5x 2 = 6

6
x2 =
1, 5

x2 = 4

x=2

Resposta: A

Outra forma de solucionar essa questão seria considerar a semelhança


existente entre as figuras retangulares constituídas pela parede e pelo
quadro:

2 2 2 2
Sp  3  2  Sp  3  2 
=  =  → =  =  →
Sq  a   b  0 , 25 . Sp  a   b 

2 2
 3  2  3 2
4=  =  → 2= = → a = 1,5 e b = 1
 a  b a b

Assim, se multiplicarmos por dois cada uma das dimensões do quadro,


teremos as dimensões da parede:

1,5 . 2 = 3m (altura) e 1 . 2 = 2m (largura)

A resposta é a da alternativa (A).

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Geometria I

7. Observe a ilustração em que estão destacadas as medidas das transver-


sais na reta A e as medidas a serem determinadas x, y e z, na reta B:

A B

2 x

90
10 y

18 z

Utilizando o teorema de Tales, temos:

x y z
= =
2 10 18
Utilizando propriedades das proporções e, ainda, observando que
x + y + z = 90, temos:

x y z x+y+z 90
= = = = =3
2 10 18 2 + 10 + 18 30

Particularizando as proporções, temos:

x
= 3 → x = 2 . 3 = 6m
2

y
= 3 → y = 10 . 3 = 30m
10

z
= 3 → z = 18 . 3 = 54m
18
Resposta: A

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Geometria I

8. Observe a figura na qual estão destacados o trapézio ABCD, a correspon-


dente medida da altura, GF, o triângulo CDE, e a respectiva altura EG,
todas as medidas em cm:

h
D C
G 8
15

A B
F 20
^ ^
Os triângulos ABE e DCE são semelhantes, pois os ângulos EAB e ED C são
^ ^
congruentes, bem como os ângulos ABE e DC E, uma vez que as bases de
qualquer trapézio situam-se em retas paralelas. Logo, pode-se escrever:

AB EF
= →
DC EG

20 15 + h 5 15 + h
= → = →
8 h 2 h

5h = 2 . (15 + h) → 5h = 30 + 2h →

5h - 2h = 30 → 3h = 30 →

30
h= → h = 10cm
3

Resposta: A

9. A medida do comprimento de uma circunferência de raio R é dada por:

C = 2πR

Considerando-se que as rodas do automóvel são perfeitamente circula-


res, em 20 000 voltas a distância percorrida pelo automóvel é dada por:

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Geometria I

D = 20 000 . C

D = 20 000 . 2πR

Substituindo-se a medida do raio, temos:

D = 40 000 . π . 40

D = 1 600 000π cm

Observando-se que 1km = 100 000cm, temos:

1600 000 π
D= km
100 000

D = 16πkm

Resposta: B

10. Observe a ilustração na qual um hexágono regular é composto por seis


triângulos equiláteros, cada um deles com medida do lado l, em metros:

l l
l
l
l
l l
l
l
l

l l

A área de um dos triângulos equiláteros que compõem o hexágono regu-


lar é dada por:

l2 3
ST =
4

Logo, a área do hexágono é dada por:

l2 3
SH = 6 .
4

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Geometria I

3
Substituindo a medida do lado por , temos:
2
2
6  3
SH = .  . 3
4  2 

3 3
SH = . . 3
2 2

9 3
SH = cm2
4

Resposta: A

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