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4.1.

Interação social
Na vida quotidiana os indivíduos relacionam-se uns com os outros, com
os seus familiares, amigos, colegas de emprego, etc. Mas tampem se
estabelece outro tipo de relacionamentos mais esporádicos (ex: no cinema).

Deste modo, os indivíduos estão constantemente a agir e reagir com


aqueles que nos rodeiam. Este processo de relacionamento dos indivíduos uns
com os outros, designa-se por interação social.

Na sua vida quotidiana, os indivíduos estão sempre em interação uns


com os outros, expressando as suas reações por palavras ou através de
formas não verbais.

Muitas vezes, essas rotinas de quotidiano, com situações de interação


muito semelhantes, tipificam formas de relacionamento, ou seja, padrões de
interação.

Os indivíduos estão, assim, envolvidos em padrões de interação no


decurso da vida quotidiana, que se desenrolam em vários espaços – habitação,
escola, rua, etc.

Estes padrões de interação constituem a base de estruturação da


sociedade, pois a vida, organiza-se em torno da repetição das interações.

Mas, por outro lado, estas interações também contribuem para a


construção social da realidade, na medida em que os indivíduos, agindo e
tomando decisões de forma criativa, podem contribuir para transformar a
realidade social.

Os relacionamentos que os indivíduos estabelecem não são todos do


mesmo tipo, correspondendo a situações de interação diferentes.

Com efeito, a interação social tanto pode implicar um envolvimento


direto dos indivíduos, como também se pode desenrolar entre pessoas que,
estando no mesmo local não estabelecem comunicação direta.

Por outro lado, os espaços onde ocorrem as interações também podem


ser diferentes. Assim, podemos travar conhecimento com outras pessoas em
situação de caráter:

 Formal – ex: sala de aula ou local de trabalho


 Informal – ex. transportes públicos ou num espetáculo

A interação no tempo e no espaço

A interação social ocorre sempre num determinado espaço e tem uma


duração específica de tempo.
4.2. Grupos Sociais
Os indivíduos estão constantemente a agir e a reagir com aqueles que
os rodeiam, mas apenas alguns deles interagem de forma contínua.

Grupo social – conjunto de indivíduos que pelo facto de partilharem


entre si objetivos e interesses, interagem de uma forma regular e duradoura.
Essa vivência em comum leva a que o grupo construa uma estrutura e
identidades próprias e a que os seus membros desenvolvam um sentimento de
pertença ao grupo.

A identidade do grupo é, muitas vezes, expressa pelas atitudes e


condutas semelhantes partilhadas pelos seus membros, ou seja, os membros
de um grupo tem uma certa unidade na forma de pensar, de agir e de reagir.

A estrutura de um grupo, nalguns casos, pode levar à criação de regras


próprias e de sanções (pressões psicológicas) para os seus membros que
violem as regras estabelecidas.

Características de grupos sociais:

 Objetivos comuns
 Identificação
 Normas e valores
 Relações mútuas
 Estrutura
 Diferenciação de papéis
 Duração

Grupo de pertença e grupo de referência

Critérios Categorias
Grupo de Pertença
Posição do indivíduo
face ao grupo Grupo de Referência

Natureza de Grupo Primário


relacionamento entre
os membros do grupo Grupo Secundário
Classificação dos
Grupos Sociais Família
Função social
desempenhada Empresa

Partido Político

Clube Desportivo
Igreja
Nas sociedades atuais encontramos uma grande diversidade de grupos,
o que significa que os indivíduos no decurso da sua vida social, participam em
grupos sociais de diferentes tipos e dimensões – família, escola, grupos de
amigos, empresa, etc. – e alguns deles em simultâneo

Grupos de pertença – grupos em que os indivíduos efetivamente


pertencem

Grupo de referência – grupos com os quais os indivíduos se tentam


identificar, de uma maneira consciente ou inconsciente

Os indivíduos podem ser influenciados pelas características de grupos a


que não pertencem, nomeadamente porque consideram que estes defendem
valores que gostariam de partilhar ou porque associam os seus membros a
uma posição social superior à sua.

Por vezes o grupo de referência pode ser o grupo de pertença do próprio


indivíduo.

Os grupos sociais e o processo de socialização

Os grupos sociais a que os indivíduos pertencem desempenham um


papel fundamental no processo de socialização, na medida em que os
indivíduos vão aprendendo os valores, as atitudes e as regras de conduta que
lhe estão associados.

No entanto, os indivíduos podem também ser socializados por


intermédio dos grupos de referência, identificando-se com os padrões que
associam a estes grupos. Neste caso, estão a realizar uma forma antecipada, a
integração nos grupos a que aspiram vir a pertencer, ou seja estão a realizar
uma socialização por antecipação, ou seja, é um processo de
autossocialização, em que o ator social interioriza os valores e assume os
comportamentos próprios de um grupo social a que ambiciona pertencer.

4.3 Papel e estatuto social


Os indivíduos, ao longo da vida, pertencem a diferentes grupos,
desempenhando neles funções diferentes.

A essas funções estão associados determinados tipos de


comportamentos que devem ser seguidos por todos aqueles que
desempenham essa função, podendo assim falar-se de um modo de
comportamento associado a uma função, independentemente dos indivíduos
que a desempenham no concreto.

Papel social – comportamento que a sociedade espera por parte de um


individuo, que ocupa uma determinada função.
Os papéis sociais, isto é, as expectativas de comportamento, são
socialmente definidos. Deste modo, é através do processo de socialização que
os indivíduos aprendem os modos de comportamento esperados, associados a
uma determinada função.

Os papéis sociais são múltiplos e estão associados a funções que


correspondem a posições sociais diferenciadas.

Estatuto social – posição social que um individuo ocupa num


determinado grupo social.

O estatuto social compreende, assim um conjunto de direitos e deveres


associados a uma determinada posição social. Como é evidente, os indivíduos
ocupam posições diferentes nos grupos sociais a que pertencem, às quais
correspondem direitos e deveres próprios, ou seja, estatutos diferenciados.

Por outro lado, ao longo da sua vida os indivíduos vão alterando os seus
estatutos.

Os indivíduos ocupam, assim, em simultâneo, vários estatutos


resultantes das diferentes posições que ocupam. O conjunto destas posições
sociais ocupadas pelos indivíduos confere-lhe um estatuto social geral, do qual
ocorre a sua avaliação social.

Estatuto atribuído e estatuto adquirido

Estatuto atribuído – posições ocupadas independentemente da


vontade dos indivíduos, que lhe são impostas.

Estatuto adquirido – posições ocupadas por opção individual

O processo de interação social pode ser analisado como um jogo entre


papéis e estatutos sociais, pois os estatutos que os indivíduos ocupam
condicionam os seus comportamentos e a forma como interagem uns com os
outros.

No desempenho de um papel social são esperados determinados tipos


de comportamentos e, por sua vez, o ator social que o desempenha possui um
conjunto de direitos e deveres, ou seja, um estatuto social, que espera ver
respeitado.

Neste sentido, os indivíduos aprendem as condutas mais apropriadas


para expressar as relações existentes entre pessoas que ocupam diferentes
posições sociais.

Na vida quotidiana, a interação social assenta neste jogo de


expectativas socialmente construídas relativamente aos papéis
desempenhados e aos estatutos sociais que ocupamos.

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