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Introdução

Informações sobre o autor:


Alcorão Sagrado, versão traduzida por Samir El Hayek; Otto Pierre
Editores.
Por se tratar de um livro sagrado, não existe um autor específico, porém para sua
tradução Samir El Hayek recorreu a várias fontes, consultando várias
interpretações antigas e modernas.
Exemplos:
ARRAZI, Abreu Bakr; As máximas do Alcorão.
ALKURTUBI, Abu Abd Dilah; Coletânea de máximas do Alcorão.
UAJDI, Mohamed Farid, O Alcorão explicado.

A Religião – Islamismo
A palavra religião vem do latim: religio. A religião é um vínculo, onde o mundo
profano e o mundo sagrado são as partes vinculadas.
Esse vínculo, na religião judaica, aparece quando Jeová indica ao povo o lugar
onde deve habitar - a Terra Prometida - e o espaço onde o templo deverá ser
edificado, para nele ser colocada a Arca da Aliança, símbolo do vínculo que une o
povo e seu Deus. No cristianismo, a religio é explicitada por um gesto de união.
O espaço sagrado é criado pela religião através de sacralização e consagração.
Os céus o monte Olimpo (na Grécia), as montanhas do deserto (em Israel),
templos e igrejas são santuários ou morada dos deuses.
A religião não transmuta apenas com o espaço. Também qualifica o tempo,
dando-lhe a marca do sagrado. A narrativa sagrada é a história sagrada que os
gregos chamavam de mito, ou seja, é uma maneira pela qual uma sociedade
narra para si mesma seu começo e o de toda a sua realidade, inclusive o começo
do nascimento dos próprios deuses (teogonias).
A história sagrada ou mito narra como e por que a ordem do mundo existe, e
como e por que foi doada aos humanos pelos deuses.

RITOS
Os ritos são criados para explicar porque a religião liga humanos e divindade,
porque organiza o espaço e o tempo, os seres humanos precisam garantir que a
ligação e a organização se mantenham e sejam sempre propícias.
Uma vez fixada a simbologia de um ritual, sua eficácia dependerá da repetição
minuciosa e perfeita. O rito é uma cerimônia na qual é possível adquirir o poder
misterioso de presente: fixar o laço entre humanos e a divindade.

OS OBJETOS SIMBÓLICOS
A religião não sacraliza apenas o espaço e o tempo, mas também seres e objetos
do mundo que se tornam símbolos de algum fato religioso. Sobre esse ser ou
objeto recai a noção de tabu: é um interdito, ou seja, não pode ser tocado nem
manipulado por ninguém que não esteja religiosamente autorizado para isso. No
judaísmo e no islamismo a carne de porco é tabu (é impura), pois o tabu também
pode se referir a seres impuros que devem permanecer afastados dos deuses e
humanos.

MANIFESTAÇÕES E REVELAÇÃO
Os deuses podem se manifestar através da iluminação, ou seja, é dado a um
humano a capacidade de ver o que um ser humano comum não pode. E através
da revelação, onde o homem consegue ver a vontade de Deus, com visões e
sonhos.
No caso do islamismo, a visão é dada pela revelação.
A vontade divina pode tornar-se parcialmente conhecida dos humanos, sob a
forma de leis. Ela pode se manifestar diretamente ou por intermediários

MAOMÉ
O nome Maomé (570 - 632) é uma alteração hispânica de Muhammad, que
significa digno de louvor. O Profeta nasce em Meca, numa família de mercadores.
Começa sua pregação aos 40 anos, quando, segundo a tradição, tem uma visão
do arcanjo Gabriel, que lhe revela a existência de um Deus único. Na época, as
religiões da península Arábica são o cristianismo bizantino, o judaísmo e uma
forma de politeísmo que venera vários deuses tribais. Maomé passa a pregar sua
mensagem monoteísta e encontra grande oposição. Perseguido em Meca, é
obrigado a emigrar para Medina, em 622. Esse fato, chamado Hégira, é o marco
inicial do calendário muçulmano. Em Medina, ele é reconhecido como profeta e
legislador, assume a autoridade espiritual e temporal, vence a oposição judaica e
estabelece a paz entre as tribos árabes. Quase dez anos depois, Maomé e seu
exército ocupam Meca, sede de Caaba, centro de peregrinação dos muçulmanos.
Maomé morre em 632 como líder de uma religião em expansão e de um Estado
árabe em via de se organizar politicamente.

PRECEITOS RELIGIOSOS
A vida religiosa do muçulmano tem práticas bastante rigorosas. Ele deve cumprir
os chamados pilares da religião. O primeiro é a shadada ou profissão de fé: Não
há deus e sim Deus. Maomé é o profeta de Deus. Ela deve ser recitada pelo
menos uma vez na vida, em voz alta, com pleno entendimento de seu significado.
O segundo pilar são as cinco orações diárias comunitárias (slãts), durante as
quais o fiel deve ficar ajoelhado e curvado em direção a Meca. Às sextas-feiras
realiza-se um sermão a partir de um verso do Alcorão, de conteúdo moral, social
ou político. O terceiro pilar é uma taxa chamada zakat. Único tributo permanente
ditado pelo Alcorão é pago anualmente em grãos, gado ou dinheiro. Deve ser
empregado para auxiliar os pobres, mas também para o pagamento de resgate de
muçulmanos presos em guerras.
O quarto pilar consiste no jejum completo feito durante todo o mês do Ramadã,
do amanhecer ao pôr-do-sol. Nesse período, em que se celebra a revelação do
Alcorão a Maomé, o fiel não pode comer, beber, fumar ou manter relações
sexuais. O quinto pilar é o hajj ou a peregrinação a Meca, que precisa ser feita
pelo menos uma vez na vida por todo muçulmano com condições físicas e
econômicas para tal.
A esses cinco pilares, a seita khawarij adicionou o jihad. Traduzido comumente
como guerra santa, significa batalha com a qual se atinge um dos objetivos do
islamismo: reformar o mundo. É permitido o uso dos Exércitos nacionais como
meio de difundir os princípios do islã. Segundo a doutrina muçulmana, as guerras,
porém, não podem visar a expansão territorial nem a conversão forçada de
pessoas. Por isso, o jihad não é aceito por toda a comunidade islâmica.

FESTAS RELIGIOSAS
As principais são Eid el Fitr, Eid el Adha, ano de Hégira e a comemoração do
nascimento de Maomé. Elas acontecem nessa ordem ao longo do ano e são
definidas segundo o calendário lunar, por isso têm datas móveis. Na Eid el Fitr é
comemorado o fim do Ramadã, com orações coletivas. Eid el Adha rememora o
dia em que Abraão aceita a ordem divina de sacrificar um carneiro em lugar de
seu filho, Ismael. Na época de Eid el Adha também acontece a peregrinação a
Meca. O ano de Hégira é o Ano-Novo islâmico, comemorado no dia 1º do mês
Muharram. O ano (1998/1999) foi o 1.419º da Hérgia. O marco inicial é o ano de
622, quando Maomé deixa Meca.

DIVISÕES DO ISLAMISMO
Os muçulmanos se dividem em dois grandes grupos, os sunitas e os xiitas. Os
sunitas subdividem-se em quatro grupos menores: hanafitas, malequitas, chafeitas
e hambanitas. São os seguidores da tradição do Profeta, continuada por All-
Abbas, seu tio. Calcula-se que 83% dos muçulmanos sejam sunitas. Para eles, a
autoridade espiritual pertence à comunidade como um todo. Os xiitas (16% dos
muçulmanos) são partidários de Ali, marido de Fátima, filha de Maomé. Seus
descendentes teriam a chave para interpretar os ensinamentos do Islã. São
líderes da comunidade e continuadores da missão espiritual de Maomé. A
rivalidade com os sunitas é exacerbada com a revolução iraniana liderada por
Ruhollah Khomeini.

Irã – O fanatismo islâmico


Com catorze anos de existência, o Irã é um dos países que mais levou a sério o
fundamentalismo islâmico. Esse fenômeno tem pouco mais de duas décadas e
sua forma é uma guerra santa cujo projeto é tomar o poder, varrer a influencia
ocidental e estabelecer o reino de Alá na Terra. Muitos fiéis aderiram a esse
movimento.
Esse fanatismo todo teve seu auge em 1979, com a criação da primeira república
islâmica. De lá para cá foi surgindo uma nova geração, moderada e moderna, a
qual tenta dar uma face humana ao regime dos aiatolás. O sistema islâmico aplica
a lei do Alcorão a todos os aspectos da vida do povo, sendo que os aiatolás se
firmaram no papel de donos do aparelho de Estado, dos tribunais e dos canh ões.
Mas, finalmente, começam a perder a luta pela alma do povo iraniano.
Mais de 70 milhões de iranianos estão fartos do clero que manda no país e em
cada detalhe de suas vidas.
Antigamente, o Irã era uma nação de costumes medievais, opressão política e
furor místico de meter medo até na superpotência americana. Agora é a
contraprova de que o fanatismo islâmico está perdendo fôlego.
Dois em cada três iranianos querem restabelecer a supremacia da lei civil sobre o
direito canônico. Restaurar direitos triviais do cotidiano como namorar, vestir
gravata e usar saia curta. Trata-se de um conceito aceito universalmente, mas
para o clero iraniano é mais que subversivo, beira a heresia.
Num estado islâmico perfeito, a única lei é a de Alá e daqueles que governam em
seu nome. A liberdade do homem pode ser vista como uma afronta à única lei
legítima, a de Deus.
O mundo muçulmano adora fingir unidade, mas é um mundo onde se misturam
povos e culturas totalmente diferentes uns dos outros. O momento é contraditório,
pois o fundamentalismo armado, como a fé e a cultura, passa por um vibrante
processo de renascimento. A noção de que a religião deve ter um papel
importante na vida pública tem raízes profundas e não pode ser ignorada pelos
governantes dos países de população muçulmana.
O Irã é absolutamente teocrático, ou seja, é dirigido pelo clero muçulmano a partir
não de leis votadas em parlamento, e sim de regras citadas no Alcorão. Boa parte
dos 23 países árabes é governada por presidentes com a preocupação religiosa
apenas formal.
Guardiã dos lugares santos, a Família Real Saudita inventou a polícia da
moralidade, que ajuda para que as leis sejam obedecidas: mulher que sai de casa
sem véu apanha de chicote.
Por invocarem os Versos da Espada, os islâmicos fundamentalistas estão
perdendo poder, ou seja, eles interpretam o Alcorão com apelo à Guerra Santa.
O fracasso da única teocracia deu impulso a novas formulações sobre o Estado
islâmico moderno. Muitas das discussões mais profundas dentro do islamismo
estão ocorrendo nos jornais, tribunas e salas de aula iranianas.
Intelectuais estão colocando em dúvida as bases do pensamento religioso sobre a
qual construíram a República Islâmica. A atual geração está tentando devolver o
poder político ao povo, sem precisar jogar Alá pela janela.

Alcorão
De acordo com a história da Península Arábica, a idolatria era a religião
dominante ente os árabes.
A vida social da Península sofria com os vários costumes que a razão e a
consciência repugnavam.
Os judeus e cristãos, apesar de várias tentativas não conseguiram unir os árabes
em uma só nação.
Diante desse caos, surge Maomé com o Alcorão pregando a adoração de um só
Deus, com um guia para os costumes, para o comportamento e para o car áter da
sociedade.
A união do Islã e o Alcorão contribuíram para que os árabes construíssem uma
nação. Os versículos do Alcorão prendem a leitura, incitam a cultura e incentivam
a pesquisa e a especulação. O livro é base da lei e dos ritos islâmicos. O Alcorão
era e continua sendo o centro da cultura islâmica, dos movimentos filosóficos e de
todas as suas atividades intelectuais.
A palavra Alcorão literalmente significa “leitura por excelência ou recitação”.
O livro é dirigido a toda a humanidade sem distinção de raça, cor, religião ou
tempo. Ainda mais, ele procura guiar a humanidade em todas as sendas da vida:
espirituais, materiais, individuais e coletivas.
Ele busca principalmente desenvolver a personalidade do indivíduo. Para tal
propósito, o Alcorão não somente fornece ordens, porém tenta ainda convencer.
O Alcorão não é um livro de censo comum, é a coleção das palavras de Deus,
reveladas de tempos em tempos, durante 23 anos.

Conclusão
A religião está presente em todas as sociedades e tem grande influência na
cultura dos povos.
Apesar dele se dirigir ao intelecto das pessoas, não é explicado pela filosofia, nem
pela ciência. A religião atinge as emoções, origina a fé na lei divina, é um
sentimento tão forte que pode ser a base de toda uma cultura. Os pensamentos
se renovam e as culturas se proliferam; a vida evolui e a colheita intelectual da
humanidade aumenta a cada dia. E quanto mais a humanidade evolui, mais unida
e mesclada fica. Os veículos de comunicação em muito ajudaram, como se
quisessem colaborar com as palavras do Alcorão.
“Ó humanos, em verdade, nós nos criamos homens e mulheres e nos
dividimos em poucas tribos para que vos reconhecêsseis uns aos
outros.”

Sunismo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Série

Islão

História do islão
Cinco pilares

Profissão de fé
Oração · Tributo · Jejum
Peregrinação
Figuras centrais

Maomé
Companheiros de Maomé
Casa de Maomé
Profetas do islão
Textos e lei

Alcorão · Suna · Hadith


Biografias de Maomé
Xariá · Fatwa
Jurisprudência
Ramos do Islão

Sunitas · Xiitas
Kharijitas
Cidades sagradas
Meca · Medina ·
Jerusalém

Najaf · Karbala · Qom


Mashhad
Aspectos sócio-culturais

Arte · Arquitetura
Calendário · Ciência ·
Filosofia
Fundamentalismo islâmico
Jihad ·Sufismo
Ver também

Vocabulário do islão
Cronologia do islão
Expansão islâmica
Índice de artigos sobre o
islão

Os sunitas (ّ‫ )سننة‬formam o maior ramo do Islão, ao qual no ano de 2006 pertenciam 84%[1]
do total dos muçulmanos. A maioria dos sunitas acredita que o nome deriva da palavra Suna
(Sunna), que se refere aos preceitos estabelecidos no século VIII baseados nos
ensinamentos de Maomé e dos quatro califas ortodoxos. Alguns afirmam, porém, que o
termo deriva de uma palavra que significa "um caminho moderado", referindo-se à ideia de
que o sunismo toma uma posição mais neutra do que aquelas que têm sido percebidas como
mais extremadas, como é o caso dos xiitas e dos caridjitas.
Índice
 1 História
 2 Base para a Teologia
 3 Visão de outros grupos
 4 Ligações externas

 5 Referências

História

No Islão, o desacordo político manifestou-se muitas vezes pelo desacordo religioso. O


exemplo mais antigo disto foi que 30 anos após a morte de Maomé (Muhammad), a
comunidade islâmica mergulhou numa guerra civil que deu origem a três grupos. Uma
causa próxima desta guerra civil foi que os muçulmanos do Iraque e do Egipto ressentiram-
se do poder do terceiro califa e dos seus governadores; outra causa foi a de rivalidades
comerciais entre facções da aristocracia mercantil.

Após o assassinato do califa, a guerra eclodiu entre grupos diferentes, todos eles lutando
pelo poder. A guerra terminou com a instauração de uma nova dinastia de califas que
governavam desde Damasco.

Um dos grupos que surgiram desta disputa foi o dos sunitas. Eles tomam-se como os
seguidores da sunna ("práctica") do profeta Maomé tal como relatada pelos seus
companheiros (a sahaba). Os Sunitas também acreditam que a comunidade islâmica
(ummah) se manterá unida. Eles desejavam reconhecer a autoridade dos califas, que
mantinham o governo pela lei e persuasão. Os sunitas tornaram-se o maior grupo do Islão.

Dois outros grupos menores surgiram também deste cisma: Os xiitas e os kharijitas,
também conhecidos por "dissidentes". Os xiitas acreditavam que a única liderança legítima
era a que vinha da linhagem do primo e genro de Maomé, Ali. Os xiitas acreditavam que o
resto da comunidade cometera um erro grave ao eleger Abu Bakr e seus dois sucessores
como líderes. Já os kharijitas inicialmente apoiaram a posição dos xiitas de que Ali era o
único sucessor legítimo de Maomé, e ficaram decepcionados quando Ali não declarou a
guerra no momento em que Abu Bakr tomou a posição de califa, crendo que isto era uma
traição ao seu legado por Deus. Ali foi mais tarde assassinado pelos kharijitas com uma
espada envenenada.

Base para a Teologia

Os sunitas baseiam a sua religião no Alcorão e na Suna, como está registrada nos livros de
hadith. As coleções hadith de Sahih Bukhari e Sahih Muslim são consideradas pelos sunitas
como as coleções mais importantes. Para além destes dois livros, os sunitas reconhecem
quatro outros livros hadith de autenticidade credível (apesar de não tão alta como os de
Bukhari e de Muslim), todos juntos eles constituem os chamados "Seis Livros" ou também
referenciados como Kutubi-Sittah.
Visão de outros grupos

Os sunitas não são unânimes quanto às suas visões dos xiitas. No entanto, os sunitas não
consideram as diferenças entre xiitas e sunitas comparáveis às diferenças entre os diferentes
mazahib do Fiqh (direito islâmico) sunita. Uma pequena minoria acredita que os xiitas
(especificamente os Jafaryia ou Os dos doze) podem ser considerados como uma "quinta
madhab" do Islão.

Um decreto da prestigiosa Universidade Al-Azhar no Egipto, apoiando este último ponto de


vista foi amplamente condenado por académicos sunitas em todo o mundo. Geralmente, a
maioria dos sunitas considera o xiismo como um grupo herege, rebelde, mas dentro do
Islão.

No entanto, todas as três tendências estabelecidas dentro do sunismo, os Berailvi, os


Deobandi e os Wahhabi consideram os xiitas como apóstatas (desertores) do Islão.

Por outro lado, grupos como a Nação do Islão, Ahmadiyya, e Ismailis são considerados
como hereges pela maioria dos sunitas e por isso estão fora do Islão.

Na Rússia do século XIX (no Tartaristão e na Ásia Central), uma nova teologia do sunismo
surgiu, conhecida como o Jadidismo ou Euroislão. A sua principal qualidade foi a tolerância
para com outras religiões.

Ligações externas

Em português:

 Sunitas e Xiitas

Em inglês:

 Beliefs of the Ahl us Sunnah

Referências
1. ↑ Almanaque Abril 2007, p. 285

Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Sunismo"
Categoria: Islão
Xiismo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Ver também

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Cronologia do islão
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Índice de artigos sobre o
islão

Os xiitas (em árabe ّ‫العربية‬, Shiat Ali, "partido de Ali") são o segundo maior ramo de crentes
do Islão, constituindo 16% do total dos muçulmanos (o maior ramo é o dos muçulmanos
sunitas, que são 84% da totalidade dos muçulmanos).[1]

Os xiitas consideram Ali, o genro e primo do profeta Maomé, como o seu sucessor e olham
com indiferença os restantes três dos quatro califas que o sucederam.

Índice
 1 Origem histórica do xiismo
 2 Dispersão geográfica
 3 Seitas dentro do xiismo
 4 O Imã oculto
 5 O ritual da Ashura
 6 Os 12 Imãs dos islã xiita
 7 Referências
 8 Ver também

 9 Ligações externas

Origem histórica do xiismo

Depois da morte de Maomé, em 632, muitos acreditavam que ele havia escolhido como seu
herdeiro e sucessor o seu genro e primo Ali ibn Abu Talib, logo após o falecimento a
escolha do novo califa foi organizada, mas enquanto Ali e sua família aprontavam o enterro
de Maomé, alguns sahaba, companheiros do Profeta, elegiam o novo governante da
comunidade islâmica, sendo assim, Abu Bakr foi designando o novo califa.

Antes de morrer Abu Bakr designou seu sucessor, Umar, que foi assassinado em 644, dez
anos mais tarde. Após ele, Uthman, da dinastia omíada, ocupou o califado até 656, ano em
que foi assassinado. Finalmente Ali assumiu o poder.

Os kharijitas têm origem na Batalha do Camelo, onde o governador do Sham, Muáwiya,


junto com a viúva de Maomé, Aisha, uniram suas forças para tirar Ali do poder. Porém,
quando viram que suas tropas seriam derrotadas, colocaram páginas do Corão nas pontas
das lanças, sabendo que Ali não iria atacá-los dessa forma. Entretanto, um pequeno grupo
não aceitou o recuo do exército do califa, defendendo que deveriam batalhar mesmo assim.
Dessa situação nascem os kharijitas, que quer dizer "os que saíram".
Com a morte de Ali, este foi sucedido por seu filho Hassan, porém, o novo califa foi
obrigado a renunciar em prol do corrupto Muáwiya, que subornara seus amigos,
corrompera seu governo, tornando-se impossível sua governabilidade.

A divisão entre sunitas e xiitas nasce da questão sucessória dessa época.

Dispersão geográfica

Os muçulmanos xiitas estão espalhados por todas as partes do mundo, mas alguns países
têm uma concentração particularmente forte: o Irão é quase totalmente xiita, e no Iraque,
um país onde cerca de 95% da população é muçulmana, cerca de dois terços são xiitas. Eles
eram oprimidos pelo partido Baath de Saddam Hussein composto sobretudo por sunitas.

Encontram-se também grandes populações de xiitas no Paquistão (20%), na província


oriental da Arábia Saudita (15%), no Bahrain (70%), em Oman (75%), no Líbano (40%),
no Azerbaijão (70%), no Iêmen (50%) na Síria, na Turquia. Entre as comunidades islâmicas
que residem no Ocidente também é possível encontrar minorias xiitas.

Seitas dentro do xiismo

O Islão xiita contemporâneo pode ser subdividido em três ramos principais: os xiitas dos
Doze Imãs, os ismaelitas e os zaiditas. Todos estes grupos estão de acordo em relação à
legitimidade dos quatro primeiros Imãs. Porém, discordam em relação ao quinto: a maioria
do xiitas acredita que o neto de Hussein, Muhammad al-Baquir era o imã legítimo,
enquanto que outros seguem o irmão de al-Baquir, Zayd, sendo por isso conhecidos como
zaiditas. O xiismo zaidita (ou dos partidários do quinto imã) foi sempre minoritário e
encontra-se hoje praticamente limitado ao Iémen.

Os xiitas que não reconheceram Zayd como Imã permaneceram unidos durante algum
tempo. O sexto imã, Jafar al-Sadiq, foi um grande erudito que é tido em consideração pelos
teólogos sunitas. A principal escola xiita de lei religiosa recebe o nome de "Jafari" por sua
causa.

Após a morte de Jafar al-Sadiq, em 765, ocorre uma cisão no grupo: uns reconheciam como
imã o filho mais velho de al-Sadiq, Ismail (morto em 765), enquanto que para outros o imã
era o filho mais novo, Musa (morto em 799). O último grupo continuou a seguir uma cadeia
de imãs até ao décimo segundo, Muhammad al-Mahdi (falecido em 874). Ficaram
conhecidos como os xiita dos Doze, enquanto que os primeiros como ismailitas; o termo
xiita é geralmente usado hoje em dia como sinónimo dos xiitas dos Doze (ou
duodecimâmicos), uma vez que são os xiitas maioritários.

Para os ismailitas, Ismail nomeou o seu filho Muhammad ibn Ismael como seu sucessor,
tendo a linha sucessória dos imãs continuado com ele e com os seus descendentes. Os
ismailitas tornaram-se poderosos no século X no Norte de África, onde fundam na Tunísia a
dinastia dos fatímidas (909-1171) que em 969 conquista o Egipto (onde fundam a
Universidade de Al-Azhar) e a Síria. O persa Muhammad al-Darazi declarou que o quarto
califa fatímida, al-Hákim, era Deus, dando origem à religião drusa.

O ismailismo dividiu-se ainda em outros grupos, que orbitavam em torno de dois irmãos,
Nizar (m. 1095) e al-Mustacli (m. 1101). Os governantes fatímidas apoiam al-Mustacli e os
seguidores de Nizar foram obrigados a fugir, fixando-se nas montanhas da Síria e da Pérsia.
Os partidários da causa nizari organizam-se num movimento conhecido como Fidáiyya ("a
gente do sacrifício") ou ainda Ta´limiyya ("da doutrinação"), a que os seus inimigos (entre
os quais se encontravam os Cruzados) deram o nome de Hashishiyya ("assassinos"), devido
ao facto dos seus membros serem consumidores de haxixe. Os Hashishiyya ficaram
conhecidos por uma série de assassinatos políticos. No século XIX, o rei da Pérsia deu o
título de Aga Khan ao imã de uma das subseitas dos ismailitas nizaris, os Qasimshahitas.
Actualmente, a maioria dos ismailitas encontra-se neste grupo.

No século XIX Siyyid Ali Muhammad provoca uma divisão no seio da comunidade xiita
dos Dozes Imãs, ao proclamar-se como manifestação de Deus, tomando o nome de Báb,
"Porta", porque acreditava ter contacto directo com o décimo segundo imã que tinha
desaparecido em 874. Fuzilado em 1850, um dos seus discípulos, conhecido como
Bahá'u'lláh, fundou a Fé Bahá'í, hoje em dia considerada uma religião independente do
islão.

De acordo com os xiitas dos Dozes Imãs, os doze descendentes de Ali detêm um estatuto
especial; eles são inferiores ao profeta, mas superiores ao comum dos mortais. Eles são
vistos como sucessores directos corporais e espirituais do profeta, infalíveis, inspirados
divinamente e escolhidos por Deus.

O Imã oculto

Mausoléu de Hussein, filho de Ali, em Karbala, Iraque.

Os xiitas dos Doze Imãs acreditam que Muhammad al-Mahdi encontra-se escondido e que
regressará no fim do mundo. Este Imã oculto (escondido) é capaz de enviar mensagens aos
fiéis. Alguns xiitas iranianos acreditavam que o falecido Aiatolá Khomeini (não confundir
com Aiatolá Khamenei, o actual aiatolá supremo do Irã) teria recebido inspiração do 12º e
último Imã.

Os crentes divergem quanto ao que irá acontecer ao último Imã quando regressar (apesar de
algumas seitas reservarem esse título para Isa). Acredita-se normalmente que o último Imã
será acompanhado pelo profeta Jesus e que irá revelar a mensagem do Islão à humanidade.
No islão xiita é obrigação de cada muçulmano seguir um Marja vivo. Há vários Marjas
xiitas vivos hoje, com: Aiatolá Khamenei, Aiatolá Ali al-Sistani, Aiatolá Fazil Linkarani,
Aiatolá Sadiq Sherazi, Aiatolá Fadlullah etc.

O ritual da Ashura

A lembrança da Ashura é quando os muçulmanos xiitas lembram o martírio de Hussein,


neto de Maomé em Karbala, onde tal massacre, que teve mulheres e crianças massacradas,
foi perpetuado pelas mãos de Yiazid, o filho de Muawya, aquele que havia lutado contra Ali
e usurpado o califado de Hassan.

No Iraque, em certas regiões, a Ashura tomou uma visão grotesca, com autoflagelações e
situações anti-islâmicas.

A autoflagelação é proibida dentro do Islão, e esta atitude é realizada por uma ínfima
minoria dentro do xiismo, mas muitos acreditam que é um ponto comum entre todos os
muçulmanos xiitas. Grandes sábios desaprovam e se opõem vigorosamente contra a auto-
flagelação, chamando-a de bidah ("inovação"). No Irão por exemplo, Khamenei coloca
tropas nas ruas para proibir tal barbaridade, no Líbano o Hezbollah não permite que seus
membros realizem esse tipo de horror, assim como Fadlullah, Sistani, enfim, todos os
sábios xiitas, não o ratificam.

Os 12 Imãs dos islã xiita


1. Imam Ali ibn Abi Talib, "O Príncipe dos Crentes"
2. Imam Al-Hassan Ibn Ali, "Al-Mujtaba"
3. Imam Al-Hussein Ibn Ali, "Senhor dos Mártires"
4. Imam Ali Ibn Al-Hussein, "Formosura dos Devotos"
5. Imám Mohammad Ibn Ali, "O Erudito"
6. Imam Jaafar Ibn Mohammad, "O Verídico"
7. Imam Mussa Ibn Jaafar, "O Silencioso"
8. Imam Ali Ibn Mussa, "A Aprovação"
9. Imam Mohammad Ibn Ali, "O Generoso"
10. Imam Ali Ibn Mohammad, "O Orientador"
11. Imam Al-Hassan Ibn Ali, "Nascido em Ascar"
12. Imam Mohammad Ibn Al-Hassan, "O Guia ou Al-Mahdi"

Referências
1. ↑ Almanaque Abril 2007, p.285

Ver também
 Karbala,
 Jafari,
 Imam,
 Fatímidas,
 Ismaelita,
 Islão Sunita,
 Zaiditas

Ligações externas
 (em inglês) Marja and concept of Shia Leadership
 (em inglês) Fundamentals of Islam

Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Xiismo"
Categorias: Islão | Islão xiita

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