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III Encontro da ANPPAS

23 a 26 de maio de 2006
Brasília-DF

A Situação do Esgotamento Sanitário na Ocupação


Periférica de Baixa Renda em Áreas de Mananciais:
Conseqüências Ambientais no Meio Urbano

Regina Tortorella Reani


Renata Segalla

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS


Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Urbana

Resumo

O presente trabalho permeia a interface entre as áreas de saneamento ambiental e urbanização,


no sentido de evidenciar problemas atuais relacionados a condições de moradia, no contexto
brasileiro. Trata-se de identificar um dos grandes desafios do saneamento, que perpassa o
atendimento de serviços à população de menor renda, concentradas em moradias precárias,
dispersa em áreas de mananciais nas periferias urbanas, em que se visualiza a significativa
carência de saneamento, favorecendo o risco à saúde humana, a degradação ambiental, bem
como os decorrentes impactos ao meio urbano. Reconhece-se que a urbanização acelerada
proporciona que a população de menor renda ocupe as áreas de mananciais, por serem na
maior parte de uso público e sem valor imobiliário, nessas áreas, muitas vezes, não há
saneamento básico. No Brasil, inúmeras razões possibilitam compreender essa situação, fato
que o agravamento de desigualdades sociais de distribuição espacial da renda, criam o
afunilamento entre a expansão urbana e a carência de infra-estrutura de saneamento.
1. Introdução

O Brasil, como a maioria dos países periféricos, tem passado por um acelerado
processo de industrialização/urbanização, aumentando rapidamente o número de habitantes
nas cidades. Esse processo de crescimento e expansão das cidades ocorreu sem que houvesse
um planejamento urbano adequado levando a uma crise urbana sem precedentes, onde
dezenas de milhões de pessoas não tem acesso ao solo urbano e a moradia, senão através de
formas ilegais, tendo como principal característica à ocupação de áreas impróprias, como
mananciais, APPs, encostas e fundos de vales.

Esta crise urbana está relacionada principalmente com a contaminação de mananciais


superficiais e subterrâneos em razão do inadequado atendimento de serviços de saneamento,
as inundações urbanas devido à ocupação de área de risco e desenvolvimento da drenagem
urbana totalmente imprópria, ampliando os problemas e gastando os recursos de forma a
agravar a situação, além da inapropriada disposição do material sólido.

Um dos principais problemas detectados nessas áreas de ocupação de mananciais por


população de baixa renda, é a falta de esgotamento sanitário, o que gera vários impactos no
ambiente urbano, entre eles, a poluição das águas, a propagação de doenças e vetores, tendo
conseqüências na saúde e no abastecimento de água para população.

2. A Urbanização Brasileira: Ocupação de Mananciais e Degradação Ambiental

No Brasil o processo de industrialização e urbanização é um tanto quanto recente e


ocorreu de forma diferenciada em relação aos países desenvolvidos. “Os países
desenvolvidos, que passaram pela Revolução Industrial, tiveram seu processo de urbanização
ocorrendo entre cem e duzentos anos. No Brasil, o processo durou cerca de cinqüenta anos,
ocorrendo concomitantemente com seu processo de industrialização, e não como
conseqüência dele, como no caso dos países desenvolvidos” (LIMA, 1998:4).
Este fato levou o Brasil, a partir da segunda metade do século XX, a passar por um
aumento no número e tamanho das cidades como nunca ocorreu antes. Segundo dados do
IBGE (2000), a taxa de urbanização no país em 1950 era de 36%, em 2000 ela chega a 81%.
A figura 1 mostra a evolução das taxas médias anuais de crescimento da população
urbana no Brasil, onde é possível visualizar o elevado crescimento da população urbana nas
décadas de 50, 60 e 70. Como coloca Heller e Nascimento (2005:38), “tão elevadas taxas de
crescimento da urbanização, agravadas pelos problemas de distribuição de riqueza no país,
resultaram em grave carência de infra-estrutura urbana”.

FIGURA 1 – Taxa anual de crescimento da população total e da população urbana no Brasil

(Fonte: IBGE, 2000)

Segundo Braga (2003: 2),


No início da década de 1960, o Brasil ainda era um país agrário. De lá para cá, mais
de 100 milhões de pessoas passaram a viver em cidades. Mas o que deve chamar a
atenção não é só o volume, mas a qualidade do processo, que se deu de forma
desordenada, levando a uma crise urbana sem precedentes.

O autor coloca ainda, que os principais pontos, que caracterizam a atual crise urbana,
são: concentração da população nas regiões metropolitanas; grande dinamismo das cidades
médias; grande déficit habitacional; esvaziamento das áreas centrais das cidades grandes e
médias; expansão desordenada das periferias; segregação sócio-espacial; violência urbana
crescente; falta de saneamento e queda na qualidade ambiental (BRAGA, 2003:2).

Conforme o Ministério das Cidades (2004: 39),


(...) o modelo de desenvolvimento sócio-econômico que comandou a urbanização
acelerada no Brasil produziu cidades fortemente marcadas pela presença das
chamadas “periferias”. Dezenas de milhões de brasileiros não tem tido acesso ao
solo urbano e à moradia senão através de processos e mecanismos ilegais (...) bem
como nas ocupações de áreas públicas, encostas, áreas de preservação, beiras de
reservatórios e rios. Todo esse processo foi o resultado de séculos de dominação e
apropriação privada das terras/áreas públicas (...).

No uso da terra, os conflitos de interesses são crescentes, tais como habitação,


especulação imobiliária, áreas de proteção ambiental, entre outros e se refletem na
disponibilidade de infra-estrutura básica.

Como aponta Carvalho (2001:24),


um dos mecanismos do processo de urbanização é o fenômeno da especulação
imobiliária, principalmente sobre o solo urbano e urbanizável (...) Deste modo, a
produção do espaço urbano nas cidades brasileiras, isto é, a abertura de novos
loteamentos, não atende apenas à necessidade de abrigar gente em suas várias
atividades, mas, também, e, principalmente, serve como instrumento de
apropriação/ redistribuição da riqueza social. Busca-se, não a satisfação de uma
necessidade da comunidade, mas o lucro, independente dos seus custos para o
conjunto da população.

Neste processo, de crescimento e expansão urbana das cidades, a população de menor


renda é a mais prejudicada, pois vê na periferia da cidade a possibilidade de moradia a um
menor custo, através dos loteamentos produzidos para famílias de baixa renda. Muitas vezes
esses loteamentos são irregulares; desprovidos de qualquer infra-estrutura, localizando-se em
áreas impróprias para o estabelecimento humano, tais como mananciais, áreas de proteção
ambiental, e, áreas de risco como encostas e várzeas.

Nessas áreas o agravamento da degradação ambiental, também é preocupante. A


urbanização desordenada provoca uma ruptura do funcionamento equilibrado do ambiente
natural.

Assim, podemos afirmar, que a ocupação periférica de baixa renda em áreas de


mananciais, vem trazendo grande impacto ambiental para as cidades, uma vez que muitas
dessas ocupações não oferecem água encanada, serviço de rede de esgoto e coleta de lixo. No
crescimento desordenado das áreas pobres, a ampliação das áreas impermeabilizadas, devido
ao crescimento urbano, afeta a capacidade de infiltração das águas no solo. Tal fator favorece
o escoamento superficial, a concentração de enxurradas e cheias. Há ainda a degradação dos
recursos hídricos a partir da destruição dos rios agravada pelo assoreamento dos mesmos e
desmatamento das áreas de nascentes e dos pontos de infiltração, interferindo em toda a rede
hidrológica local e contribuindo na desorganização da rede regional. A alteração climática,
local e regional, com o alto índice de desmatamento, interferindo no conforto térmico,
também são problemas comuns às periferias (MARCONDES, 1999).

FIGURA 2 – Favela em área de manancial – Esgoto a céu aberto– Parada de Lucas - RJ

(Fonte: www.jocumplucas.org)

Esses problemas ambientais e socioeconômicos existentes nas periferias pobres


atingem não só a população local que vive em um meio ambiente degradado e não
compartilha qualquer qualidade de vida, como também atinge toda a sociedade, uma vez que
sendo o meio ambiente sistêmico, a degradação local pode interferir em uma escala maior.

Nesse sentido, a urbanização acelerada que ocorre no país tem trazido conseqüências
drásticas ao ambiente urbano, sendo uma das principais, a ocupação periférica de baixa renda
em áreas de mananciais, onde a infra-estrutura é precária, refletindo em problemas graves de
esgotamento sanitário, o qual polui os corpos d’água trazendo riscos à saúde e ao
abastecimento, prejudicando as condições de vida da população.

3. Esgotamento sanitário no Brasil

As questões relativas aos resíduos gerados pelas cidades têm se avolumado e se


agravado, a ponto de se constituírem, atualmente, num dos principais desafios da
sociedade em geral, e de gestores urbanos em particular. Os resíduos sólidos (o
“lixo”) representam uma parte importante desse problema, ao lado dos resíduos
líquidos (o “esgoto”) e das emissões atmosféricas (a “fumaça” ou o “mau cheiro”).
Reduzir os impactos desses resíduos, sobre o ambiente e sobre as próprias
comunidades, é tarefa que exige, ao lado de conhecimentos técnicos adequados,
decisão política e empenho coletivo (TEIXEIRA, 2001:77)

As atividades humanas têm gerado quantidades cada vez maiores de resíduos que são
dispostos diariamente no meio ambiente. Dado que, a aplicação de tratamento que minimize
os impactos dessas ações antrópicas, tornando algo ‘saudável’, faz parte do ato de sanear.
Definições de saneamento, como a da Organização Mundial de Saúde, afirmam que o
“controle de todos os fatores do meio físico do homem que exercem ou podem exercer efeitos
deletérios sobre seu bem estar físico, mental ou social”, permeiam as ações de saneamento.

Como ato de saneamento, o sistema de esgotamento sanitário envolve a remoção da


água que foi utilizada para uma estação de tratamento ou mesmo o seu lançamento direto ao
ambiente. Tenta-se afastar a água utilizada, na tentativa de evitar a propagação de doenças e
vetores e, conseqüentemente, garantir a saúde pública.

Diante desse impacto, cresce a preocupação com o planejamento, a implantação e a


manutenção do sistema; isto por que, a água não é mais considerada um bem renovável,
abundante. Nesse sentido, um dos grandes desafios do saneamento é atender a população de
menor renda, concentradas em moradias precárias, dispersa em periferias urbanas, onde
dificilmente se encontra saneamento básico adequado.

A discussão a partir dos dados de saneamento demonstra que no Brasil, inúmeras


razões possibilitam compreender tal fato, dado o agravamento de desigualdades sociais de
distribuição espacial da renda, que criam o estreitamento entre o crescimento urbano
acelerado e a implantação de infra-estrutura.

A carência de infra-estrutura de saneamento é nítida quando se busca qualificar o tipo


de serviço e a sua abrangência entre as regiões brasileiras. A discrepância regional com
relação à disponibilidade de serviços de saneamento é ilustrada por meio da figura 3.

FIGURA 3 – Proporção de municípios sem serviços de saneamento básico, por tipo de serviço, segundo as
grandes regiões – 2000.
(FONTE: IBGE, 2000)

Esta fragmentação territorial agrava-se ao comparar a disponibilidade do serviço em


função da renda das populações atendidas; trata-se de pontuar o elevado crescimento
populacional e o descompasso de distribuição de riqueza no país. A relação entre renda, e a
cobertura de sistemas de abastecimento de água e de serviço de esgotamento sanitário é
mostrada na figura 4.

FIGURA 4 – Cobertura de serviços de abastecimento de água por rede geral e esgotamento sanitário, por

rede coletora, em percentual de população atendida, por faixa de renda .

(FONTE:COSTA, 2003. Adaptado por SEGALLA, 2005)


O lançamento indevido de esgoto sanitário, sem tratamento ou com tratamento
insuficiente nos sistemas de drenagem pluvial, ou mesmo, diretamente nos meios receptores,
repercute sobre o uso da água, impondo restrições e riscos à população. Tais riscos têm por
origem tanto as ligações clandestinas, quanto carências em infra-estrutura para a coleta e o
tratamento do esgoto sanitário. A figura 5 traz informações sobre a infra-estrutura de
esgotamento sanitário nas regiões brasileiras, com respeito à rede coletora, à fossa séptica, à
fossa rudimentar e à disposição nos corpos d’água.

FIGURA 5 – Proporção de domicílios particulares permanentes, por tipo de esgotamento sanitário,


segundo as grandes regiões Brasil - 2000.

(FONTE: IBGE, 2000)

Do esgoto produzido, uma parcela muito pequena tem destino adequado, a maior parte
é lançado nos meios receptores sem qualquer forma de tratamento. A relação entre a
existência ou não de rede de esgotamento sanitário é mostrada por intermédio da figura 6, em
que se pode, também, destacar a densidade demográfica e o expressivo número de municípios
sem rede de esgoto, pontuados exatamente nas zonas de saturação populacional.

FIGURA 6 – Municípios com acesso à rede de esgotamento sanitário – 2000.


Rede de esgotamento Densidade demográfica
sanitário segundo distrito segundo setor censitário

Até 0,9
Existência
1,0 a 4,9
5,0 a 9,9
10,0 a 24,9
Inexistência
25,0 a 99,9

(FONTE: IBGE, 2000)

A crescente urbanização dos municípios brasileiros expressa as contradições espaciais


na paisagem, na justaposição de pobreza e riqueza, agravada pela insuficiência de técnicos e
de recursos humanos e financeiros, que conduz ao aumento da população de menor renda; as
quais acabam ocupando áreas desvalorizadas ou mais desprotegidas contra a invasão como as
áreas de mananciais. Trata-se de um agravamento da questão ambiental, em função da
ausência de instrumentos capazes de fiscalizar e implementar o ordenamento do uso do solo
urbano.
4. Principais Impactos Ambientais da Falta de Esgotamento Sanitário nas Áreas de
Mananciais

O saneamento básico está diretamente associado à saúde e, segundo as palavras de


Mota (1997) onde existe adequados sistemas de saneamento há saúde. Onde as condições de
saneamento são precárias proliferam as doenças.

A carência de infra-estrutura de esgotamento sanitário, além de trazer danos a saúde,


representa fonte de poluição concentrada que podem resultar em redução da disponibilidade
hídrica por deterioração de qualidade de água dos meios receptores, trazendo problemas em
relação ao abastecimento de água.

O precário serviço de esgotamento sanitário existente na maioria das cidades brasileira


está fortemente relacionado com a ocupação ilegal de terras pela população de baixa renda.
Como coloca Maricato (2000:163), “há uma correspondência direta entre a rede hídrica e a
localização das favelas no ambiente urbano”. Na maioria dessas ocupações não há
esgotamento sanitário o que traz impactos distintos de natureza física, química e biológica
sobre os meios receptores, no contexto da própria área urbana e a jusante dela.

Segundo Heller e Nascimento (2005: 41),


Os impactos físicos de maior monta estão relacionados com aumentos em volumes
e velocidades de escoamento e com reduções de recarga de aqüíferos decorrentes da
impermeabilização de superfícies (...) Os impactos de natureza química e biológica
têm origem em poluição difusa, causada, sobretudo, por lançamentos indevidos de
esgotos sanitários no sistema de drenagem pluvial.

Como coloca Maricato (2000:163),


O confinamento dos córregos devido à ocupação de suas margens promove uma
seqüência de graves problemas: entupimentos constantes dos córregos com lixo,
dificuldade de acesso de máquinas e caminhões para a necessária limpeza,
enchentes decorrentes dos entupimentos e finalmente a disseminação da
leptospirose e outras moléstias, devido às enchentes que transportam para o interior
das favelas material contaminado pela urina dos ratos e pelos esgotos (...) As áreas
ambientalmente frágeis – beira de córregos, rios e reservatórios, encostas íngremes,
mangues, áreas alagáveis, fundos de vale – que, por essa condição, merecem
legislação específica e não interessam , ao mercado legal, são as que sobram para a
moradia de grande parte da população. As conseqüências são muitas: poluição dos
recursos hídricos e dos mananciais, banalização de mortes por desmoronamentos,
enchentes, epidemias, etc.

A disseminação de doenças conseqüentes da falta de esgotamento sanitário nas


moradias de população de baixa renda é um dos principais problemas no país, agravando-se
nas regiões mais carentes, acentuando o índice de mortalidade nessas áreas, a figura 7 mostra
a disseminação da leptospirose no Brasil e o elevado número casos conforme as regiões de
governo, onde ás áreas urbanizadas são as mais afetadas.

FIGURA 7 – Disseminação da leptospirose no Brasil

(FONTE: IBGE, 2000))

Os impactos da falta de esgotamento sanitário repercutem sobre os usos da água,


impondo restrições e riscos ou majorando custos ao abastecimento de água potável, à
piscicultura, ao turismo, ao lazer, à saúde, entre outros, e assim, ocasionando o desequilíbrio
do meio ambiente urbano e queda na qualidade de vida da população, atingido a cidade como
um todo, perpassando pela escala local a regional.

5. Conclusão
Um dos grandes desafios do saneamento é atender a população de menor renda,
concentradas em moradias precárias, dispersa nas periferias, em que se visualiza a
significativa carência de infra-estrutura de saneamento. Essa situação é agravada no Brasil,
devido à acentuada desigualdade existente, que cria o afunilamento entre a expansão urbana e
a carência de infra-estrutura de saneamento. O processo de crescimento e expansão das
cidades ocorreu sem que houvesse um planejamento urbano adequado, levando a uma crise
urbana sem precedentes, tendo como principal característica a ocupação de áreas impróprias,
como mananciais, APPs, encostas, fundos de vales, onde dezenas de milhões de pessoas não
tem acesso ao solo urbano e a moradia, senão através de forma ilegais.

A crescente urbanização dos municípios brasileiros expressa as contradições espaciais


na paisagem, agravada pela insuficiência de técnicos e de recursos humanos e financeiros, que
conduz ao aumento da população de menor renda; as quais acabam ocupando áreas
desvalorizadas ou mais desprotegidas contra a invasão das favelas e loteamentos irregulares,
como as áreas de mananciais. Esses impactos repercutem sobre os usos da água, impondo
restrições e riscos ao abastecimento de água potável, à piscicultura, ao turismo, ao lazer, à
saúde, entre outros fatores que levam ao desequilíbrio do meio ambiente urbano e na queda na
qualidade de vida da população.

A carência de infra-estrutura de saneamento é nítida quando se busca qualificar o tipo


de serviço e a sua abrangência entre as regiões brasileiras. Do esgoto produzido, uma parcela
muito pequena tem destino adequado, a maior parte é lançado nos meios receptores sem
qualquer forma de tratamento provocando a degradação ambiental no meio urbano, com
drásticas repercussões sobre as condições de vida e bem estar da população.

Desta forma, é preciso analisar a crise urbana que estamos vivenciando, pois estamos
diante de um paradigma onde a forma que se desenvolve a urbanização e a organização das
cidades parece ter ficado insustentável para o bom desenvolvimento das mesmas.

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