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EMERGÊNCIA E

TRAUMATOLOGIA
NORMAS GERAIS DE FLUIDOTERAPIA

Indicações da Hidratação Endovenosa


- desidratação de 2° e/ou 3° graus francos
- sepsis, coma, comprometimento do estado geral
- íleo paralítico
- crise convulsiva
- vômitos incoercíveis
- diarréia profusa
- insucesso na tentativa de reidratação oral
- acidose metabólica grave ( pH £ 7.10 ou HCO3 £ 7 mEq/l )

Avaliação do Grau da Desidratação:


- estimado clinicam/e ou através da perda de peso, qdo houver
dados.

Lactentes Cças Maiores


D. Grau I  peso de 2,5 a 5% idem até 3%
D. Grau II  peso de 6 - 10% 4 - 6%
D. Grau III  peso de 11 - 15% (ou +) 7 - 9%

FASE DE REPARAÇÃO

Deve ser realizada de preferência em 4 horas. Se o volume infundido


foi insuficiente, por erro na avaliação inicial ou por perdas
abundantes durante essa fase, e a criança estiver desidratada no
máximo de 1º grau, prolongar a reparação por mais 2 horas,
passando 3 a 5% de volume, totalizando 6 horas. Se o grau da
desidratação for maior, o volume deverá ser reajustado, bem como o
tempo de infusão.
1. Soluções a serem utilizadas:
- 1/2 SF : 1/2 SG5% (77 mEq/l NaCl): desidratação isonatrêmica
(crianças bem nutridas até 2 anos de idade e crianças abaixo dos dois
meses de idade, independente do estado nutricional)
- 2/3 SF : 1/3 SG5% (100 mEq/lNaCl): desidratação hiponatrêmica,
desidratação de crianças desnutridas > 2 meses, desidratação de
crianças > 2 anos, independente do estado nutricional.

Observação:
Em crianças desidratadas, apresentando sinais e sintomas
compatíveis com hiponatremia (crise convulsiva, edema cerebral,
movimentos de descerebração, irritabilidade ou apatia extremas,
alteração do ritmo cardio-respiratório), corrigir sódio pela fórmula :

(Na desejado - Na atual) x 0,6 x peso = mEq de Na+


Utilizando para o Na desejado, valores entre 125 e 130 mEq/l,
dependendo do valor do Na atual (a diferença deve ser ao redor de
10 mEq/l).

Administrar 50% do total calculado, utilizando solução de NaCl a 20%


(1 ml = 3,4 mEq Na = 22 ml SF), diluída em 5 partes de SG5%,
durante aproximadamente 30 minutos. Tomar a precaução de
infundir essa solução em veia mais ou menos calibrosa, cuidando
para que não haja extravazamento, dada sua alta osmolaridade
(igual cuidado deve ser tomado com a infusão de sais de cálcio "em
bolo"). O soro de reparação programado (2/3 SF : 1/3 SG5%) deve
ser administrado ao mesmo tempo, em outra veia.
2. Correção da Acidose Metabólica
O critério p/ utilização de NaHCO3 qdo em hidratação EV é o achado
de HCO3 £ 13 mEq/l. Corrigir pela fórmula BE x 0,3 x peso, não
ultrapassando 6 mEq/kg por período de 4 a 6 horas. Não esquecer de
descontar o teor de sódio do SF, substituindo-o por SG5%.
NaHCO3 8,4% - (1 ml = 1 mEq Na + 1 mEq HCO3 » 6,6 ml SF)
Na impossibilidade de coleta de sangue para gasometria, e em
vigência de sinais clínicos evidentes de acidose metabólica, pode-se
administrar até 6 mEq de HCO3/kg na fase de reparação.

3. Indicação do Uso do Potássio na Reparação.


Sempre que o K+ estiver £ 4,5 mEq/l, em vigência ou não de acidose
metabólica, colocar K+ na reparação. A quantidade recomendada é de
1-2 ml da solução de KCl 19,1% / 100 cal metabolizadas / 24 horas
(1 ml = 2,5 mEq), corrigindo-se esse valor para o número de horas
em que foi programada a reparação. A concentração final da solução
não deve ultrapassar 50-60 mEq/l. ATENÇÃO: ñ acrescentar K + em
soros já instalados, a menos que isso tenha ocorrido a curto espaço
de tempo. Orientar sempre p/ que solução seja bem homogeneizada.

4. Uso de Sais de Cálcio na Fase de Reparação


Dado a possibilidade de ocorrência de hipocalcemia durante a
correção da acidose metabólica em crianças desidratadas (principal-
mente naquelas de baixa idade, em pacientes com quadro infeccioso
grave, em crianças muito desnutridas ou mesmo quando a acidose
for muito intensa), pode-se administrar 1 ml/kg de gluconato de
cálcio 10% (ou 0,25 ml/kg de CaCl2 10%), diluído em igual volume
de SG5%, sob ausculta cardíaca, no meio ou no final da reparação,
para prevenir o aparecimento de sinais clínicos de hipocalcemia. Igual
procedimento é indicado naqueles pacientes que apresentam
sintomatologia.
ATENÇÃO: sais de cálcio precipitam em solução contendo
bicarbonato!
Não administrar cálcio em bolo em pacientes com hipopotassemia!

FASE DE MANUTENÇÃO

Não iniciar a manutenção se não houver DIURESE !!!!!

NECESSIDADES BASAIS

1. Água
A necessidade hídrica diária durante a fase de manutenção é
calculada de acordo com a regra de Darrow, a qual estabelece que
para cada 100 calorias metabolizadas, há consumo de 150 ml de
água, assim distribuída:

Perda insensível = 30 - 40 ml/100 cal.


Sudorese = 10 - 20 ml/100 cal.
Urina = 60 - 80 ml/100 cal.
Fezes = 10 - 20 ml/100 cal.
-----------------------------
110 - 150 ml/100 cal.

O gasto calórico ou metabolismo basal, varia com a atividade física,


idade, “stress” e febre, entre outros. Em lactentes internados, é
estimado que o gasto calórico médio oscila entre 60 a 80 cal/kg/dia,
diminuindo com o crescimento, chegando a 20 a 30 cal kg/ dia no
adulto (vide tabela a seguir).
Gasto Calórico Diário
Peso em kg Cal. / kg
RN 45 - 50
3 – 10 60 - 80
11 – 15 45 - 65
16 – 25 40 - 50
26 – 35 35 - 40
35 – 60 30 - 35
> 61 25 - 30

Para crianças maiores, com peso acima dos 10 kg, também pode ser
utilizada a regra de Holliday, que é uma adaptação da de Darrow:

até 10 kg - 100 ml / kg
11 - 20 kg - 1000 ml + 50 ml/kg acima de 10 kg
21 - 30 Kg - 1500 ml + 20 ml/kg acima de 20 kg

2. Sódio e Cloro
A necessidade diária de sódio e cloro é de aproximadamente 3 a 5
mEq / 100 cal. metabolizadas, que é fornecida com a seguinte
solução (para todas as idades):
- 1/4 SF : 3/4 SG5% ou SG10%

3. Potássio
1 a 2,5 ml / 100 cal. metab./ dia da solução de KCl 19,1% (1 ml =
2,5 mEq)

4. Cálcio
1 a 2 ml / kg /dia da solução da CaCl2 10% (1 ml = 27 mg) ou
4 a 8 ml / kg /dia da solução de Gluconato Ca 10% (1 ml = 9 mg )
(máximo basal: 20 ml CaCl2 10% ou 80 ml Gluconato Ca 10% /
dia)
5. Magnésio
0,5 a 1 ml / kg /dia da solução de MgSO4 6% (1 ml = 1,0 mEq)
(máximo basal: 20 ml / dia)

6. Fósforo
1 a 2 ml /kg /dia da solução de KH2PO4 13,6% (1 ml = 1 mEq K e
1mMol PO4)
(máximo basal: 20 ml/dia)

Atenção: sais de magnésio devem ser utilizados rotineiramente em


crianças desidratadas abaixo dos 2 meses (promove maior retenção
de Na+ e K+), em crianças desnutridas e em todo paciente que
necessite de hidratação parenteral por tempo mais prolongado.

Necessidades Anormais ou de Reposição


São calculadas de acordo com o tipo e intensidade das perdas, em
ml/kg/dia. Em se tratando de diarréia e/ou vômito, as perdas variam
de 20 a 100 (ou mais) ml/kg/dia. A composição da solução deve ser
1/2 SF : 1/2 SG5% (77 mEq /l de NaCl) . Em casos de diarréia muito
profusa (acima de 70 - 80 ml /kg /dia) ou quando haja queda da
natremia, utilizar solução 2/3 SF : 1/3 SG5%, com exceção das
crianças menores que 2 meses de idade. Quando se tratar de perdas
insensíveis, como taqui ou hiperpnéia ou febre, acrescentar volume
de líquido com composição semelhante à do soro de manutenção
utilizado (1/4 SF : 3/4 SG5%).
CRIANÇAS COM HIPONATREMIA (Na < 130) NA MANUTENÇÃO

A. Sem sintomatologia clínica


A correção deve ser lenta, alterando-se apenas a composição do soro
de reposição para 2/3 SF : 1/3 SG5%, se Na até 125 mEq/l. Se
abaixo desse valor, alterar a composição final do soro (manutenção +
reposição) para 1/2 SF : 1/2 SG5% ou mesmo 2/3 SF : 1/3 SG5%,
programada para 12 ou 24 horas, dependendo da natremia
encontrada.

B. Com sintomatologia clínica


Proceder como descrito na fase de reparação, com correção rápida do
sódio em aproximadamente 30 minutos, e em seguida, proceder
como acima.

CORREÇÃO DA ACIDOSE METABÓLICA DURANTE A MANUTENÇÃO

- Se HCO3 < 13 mEq/l, continuar correção com bicarbonato EV. Como


há limite de volume e de sódio a ser fornecido nessa fase, consegue-
se passar apenas 3 a 4 mEq/ kg de NaHCO3 em 6 horas. O que se
faz geralmente é calcular o soro de manutenção na base de 80 cal /
kg, acrescentando-se 30 a 40 ml / kg perdas, tornando a composição
final do soro 1/2 SF : 1/2 SG5% nesse período.

- Caso o bicarbonato continue < 13 mEq/l após 6 horas, pode-se


repetir esse mesmo esquema mais uma vez, observando apenas se a
criança não está edemaciada, quando então as perdas devem ser
revistas. Nesta eventualidade, dependendo da avaliação clínica de
cada caso, talvez seja necessário passar cálcio "em bolo".
- Se HCO3 ³ 13 mEq/l, tentar correção com NaHCO 3 por via oral,
calculando-se a dose necessária pelo BE e fracionando-a em 4 a 6
tomadas. Em lactentes menores que 3 meses, naquelas crianças com
desnutrição acentuada ou naquelas que apresentem diarréia profusa,
pode ser utilizado maior quantidade de NaHCO3, como 1.5 a 2 vezes
o BE. Sempre diluir o NaHCO 3 com água, para diminuir a
osmolaridade da solução.

- Como regra geral, com HCO3 ³ 16 mEq/L, não é mais necessário


utilizar NaHCO3 por via oral, com exceção dos casos onde a perda
fecal é profusa ou em lactentes pequenos.

TRATAMENTO DA DESIDRATAÇÃO HIPERNATRÊMICA

Caracteriza-se pela riqueza de sinais neurológicos (irritabilidade


extrema, sede intensa, febre alta, convulsões, sinais meníngeos,
hipertonia de membros) e escassos sinais de desidratação do
compartimento extracelular, que podem se tornar evidentes somente
a partir de um segundo grau avançado e/ou terceiro grau, o que é
bastante raro. Por isso o tratamento difere dos demais tipos de
desidratação, principalmente no que diz respeito à fase de reparação,
já que na maioria das vezes não há urgência em se repor
rapidamente a volemia.

A. Ausência de sinais de hipovolemia


Calcular o volume hídrico para 24 horas, computando-se juntos os
volumes referentes à reparação e manutenção + reposição. A
composição dessa solução deve ser 1/4 SF : 3/4 SG5%.
B. Presença de sinais de hipovolemia ou choque
Infundir 10 - 20 ml/kg peso de SF durante a primeira hora e a
seguir, proceder como acima. Sendo necessário o uso de bicarbonato,
pode-se utilizar 1 mEq/Kg nessa primeira fase.

- Após restabelecida a diurese, acrescentar potássio e cálcio ao soro


programado, de acordo com as necessidades, corrigindo-se para o
número de horas.

- A correção da acidose metabólica é feita de modo mais lento que


nos outros tipos de desidratação, pois a oferta de sódio no soro
programado para 24 horas, é menor.

Em casos de hipernatremia sem sintomatologia clínica, com dosagem


laboratorial repetida e confirmada, com sinais apenas de desidratação
do extracelular, utilizar solução 1/2 SF : 1/2 SG5%, prolongando a
reparação para 6 horas.
HIDRATAÇÃO ORAL

Deve ser a via de escolha para reidratação, desde que se respeite as


contra-indicações:
- desidratação grau II franca ou grau III
- alterações da consciência
- vômitos incontroláveis
- infecções graves
- distensão abdominal com íleo
- acidose metabólica grave ( pH £ 7,1 ou HCO3 £ 7 mEq/l )

A solução recomendada para a fase de reparação é a preconizada


pela OMS, que contém quantidades isosmolares de sódio e glicose, o
que favorece a absorção de água e sódio.
Na fase de manutenção também deve ser utilizada a SH-OMS,
tomando-se como parâmetro para a quantidade de solução a ser
fornecida, a intensidade da perda fecal (vide tabela). Como
alternativa, em casos de diarréia leve ou mesmo moderada, podem
ser utilizadas soluções com menores teores de sódio (Pedialyte 45®)
que contêm de 45 a 60 mEq/l de Na.
Todas as soluções hidratantes orais contêm lactato ou citrato como
agentes alcalinizantes, com concentração semelhante,
aproximadamente 30 mEq/l de bicarbonato. Devido a isso, como
regra, não se deve fornecer bicarbonato de sódio adicional.

Observação: Está absolutamente contra-indicado o uso de sucos,


chás, refrigerantes e água como soluções alternativas para a
reidratação. Também não deve ser estimulado o uso do soro caseiro.
ROTEIRO PARA REIDRATAÇÃO ORAL

FASE DE REPARAÇÃO
Grau da Desidratação Volume SH-OMS Tempo
1º (2,5 a 5%) 25-50 ml/kg + 50% * 4 a 6 horas
2º (6 a 8%) 60-80 ml/kg + 50% * 6 horas
* permitindo-se acréscimos a depender da intensidade da diarréia.

FASE DE MANUTENÇÃO + REPOSIÇÃO


Intensidade da Diarréia Volume (SH - OMS/ Leite) Tempo
Leve (até 5 x/dia) ** 150 ml / kg (100/50) 24 horas
Moderada (6 - 10 x /dia) 200 ml / kg (150/50) 24 horas
Grave (+ 10 x /dia) 250 ml / kg (200/50) 24 horas
* Levar em conta ñ só o nº como também o volume das evacuações.

Esse planejamento é válido para as primeiras 24 horas de


manutenção, nos dias subsequentes, deve-se ir aumentando o leite e
diminuindo a SH, de acordo com critérios clínicos. Na fase de
manutenção, nas diarréias leves ou moderadas, podem ser utilizadas
SHO contendo 45 a 60 mEq/l de sódio.

OBS: O volume de 200 ml/kg/dia aplica-se apenas a lactentes até


aproximadamente 8 Kg. Acima desse peso, deve-se calcular a
necessidade ao redor de 120 a 150 ml/kg/dia, aumentando-se esse
valor de acordo com a intensidade da diarréia ( ao redor de 2000 a
2400 ml/dia).

Lembrar também que uma criança maior deve receber no máximo


1000 a 1200 ml de leite por dia, em condições ideais, daí quando em
vigência de diarréia essa quantidade deve ser reduzida.
TRATAMENTO DA CETOACIDOSE DIABÉTICA NA INFÂNCIA

A cetoacidose diabética (CAD) é definida pela presença de glicemia


acima de 250 mg%, pH £ 7,25, HCO3 £ 15 mEq/l, cetonúria e
glicosúria. Alguns autores classifiicam a CAD em graus, sendo
considerada grave quando pH £ 7,1 e HCO3 £ 10 mEq/l. Lembrar que
em alguns casos a glicemia pode estar abixo de 250 mg%.
Virtualmente, todos os pacientes com CAD apresentam certo grau de
desidratação, devido a perdas hidroeletrolíticas secundárias à diurese
osmótica, hiperventilação, vômitos e, mais raramente, à diarréia.
Como geralmente são crianças maiores, os sinais clássicos de
desidratação são mais difíceis de serem observados. Lembrar que a
perda de peso, referida pelos pais, geralmente acentuada, se deve
não só à perda hídrica, como também à perda tecidual. Devido ao
efeito osmótico da hiperglicemia, ocorre passagem de água do
compartimento intra para o extracelular, dificultando ainda mais o
diagnóstico de desidratação.
Basicamente, o tratamento da CAD visa a reposição hidroeletrolítica e
a administração de insulina, sendo o uso de bicarbonato mais
restrito.
LÍQUIDOS
O grau da desidratação deverá ser estimado clinicamente,
considerando-se 2,5 a 12% para os lactentes e 3 a 9% para as
crianças maiores, programando-se a infusão de líquidos para 6 horas,
devido ao componente de hipertonicidade e desidratação celular.
Apenas no caso de sinais de hipovolemia ou má-perfusão periférica,
pode-se infundir 10 ml/kg da solução programada na primeira hora e
a seguir, o volume restante nas próximas 5 horas.
A composição da solução deve ser a seguinte:
NaCL 0.9% (SF) : Água Destilada (2:1)
Se o sódio corrigido for ≤ 130 mEq/L iniciar a reidratação com SF.
A maioria das crianças com CAD apresenta níveis de sódio séricos
baixos ou no limite inferior da normalidade, devido ao efeito osmótico
da hiperglicemia, associado ao aumento da lipemia
("pseudohiponatremia"). Como regra geral, aceita-se que para cada
aumento de 100 mg% na glicemia, ocorre queda na natremia de 1,6
mEq/l. Com a correção da CAD, os níveis de sódio devem se elevar, e
por isso não deve ser feita a correção rápida dessa
"pseudohiponatremia". A elevação da natremia (corrigida para o valor
da glicemia) no curso do tratamento da CAD é considerada sinal de
bom prognóstico. Se não houver aumento da natremia, mudar a
solução de reparação para SF.

Quando a glicemia estiver ao redor de 250 mg%, deve-se acrescentar


glicose ao soro que está sendo infundido.

Se a criança ainda estiver desidratada, apenas substituir a água


destilada por SG5%, ou então acrescentar glicose na base de 2,5%,
computando-se o volume de soro restante. Se a criança já estiver
hidratada, iniciar soro de manutenção conforme esquema utilizado no
Serviço de Hidratação (1/4 SF : 3/4 SG5%).

POTÁSSIO
Administrar potássio precocemente, já no início da reparação, a
menos que a dosagem sérica seja superior a 6 mEq/l. Nessa
eventualidade, acrescentá-lo posteriormente, na segunda ou terceira
horas do início do tratamento. A quantidade recomendada é de 1 -
2,5 ml/100 cal/d (1,5 a 3,0 mEq/kg/d), corrigindo-se para o número
de horas, devendo ser feito controle laboratorial periódico. Deve-se
respeitar a concentração de 50 a 60 mEq/l no soro infundido.
BICARBONATO DE SÓDIO
Administrar bicarbonato de sódio, apenas se o nível plasmático
estiver £ 7,0 mEq/l. Nessa condição, utilizar dose equivalente a 50%
do déficit (BE x 0,3 x peso), não ultrapassando 4 mEq/kg durante a
fase de reparação (6 horas). Colher a gasometria pelo menos a cada
2 horas, e quando HCO3 ³ 10 mEq/l, descontinuar a infusão do
mesmo, substituindo o soro. Esse cuidado deve ser tomado, porque
com a administração de insulina, ocorre regeneração do bicarbonato
consumido no tamponamento dos cetoácidos, e portanto, pode-se
precipitar uma alcalose metabólica (lembrar que a fisiopatologia da
acidose metabólica no diabetes é diferente da que ocorre na
desidratação e diarréia, onde o bicarbonato é perdido para o meio
externo).

INSULINA
Administrar 0,1 U/kg de insulina simples IM.

A seguir, aplicar 0,1 U/kg de insulina simples, IM, de hora em hora,


com controles de dextro horários e de glicemia a cada 2-3 horas pelo
menos.

Podem ocorrer as seguintes situações:

1) correção parcial da acidose metabólica (pH ≥ 7,25 e HCO3 ≥ 15


mEq/l) e nível de glicemia próximo a 250 mg%: aplicar mais uma
dose de insulina simples IM, 0,1 U/kg, acrescentar SG5% ao soro de
reparação ou manutenção e espaçar a insulina para cada 4 a 6 horas,
passando para a via SC, já iniciando VO, se não houver contra-
indicação.
2) não correção da acidose ( pH £ 7,25 e/ou HCO3 £ 15 mEq/l ) e
glicemia ao redor de 250 mg% : continuar com a dose de insulina
horária, IM, e acrescentar glicose ao soro, na base de 2,5%, 5% ou
até mesmo 10%, até que haja correção da acidose (essa condição
ocorre geralmente quando há processo infeccioso concomitante).
Quando isto ocorrer, proceder como em 1.

3) correção parcial da acidose e glicemia acima de 300 mg% : aplicar


mais uma dose de insulina IM, 0,1 U/kg, e espaçar a aplicação da
mesma para cada 4 a 6 horas, via SC, iniciando VO, como indicado
em 1.

Uma vez satisfeitas as condições acima, com a melhora parcial da


acidose e níveis de glicemia próximos de 250 mg%, e com a criança
hidratada, consciente e sem vômitos, iniciar líquidos VO (sucos e leite
sem açúcar), e espaçar a aplicação da insulina para cada 4 a 6 horas,
utilizando a via SC.
Procura-se o mais rápido possível iniciar dieta sólida e com isso a
insulina passa a ser aplicada 30 minutos antes das principais
refeições, mais ou menos a cada 6 horas, na dosagem de 0,1 a 0,3
U/kg, de acordo com os resultados de glicemia ou glico-ceto.

Como regra prática:

dextro ou G £ 150 mg% = 0,1 U/kg


dextro ou G > 150 e £ 250 mg% = 0,2 U/kg
dextro ou G > 250 mg% = 0,3 U/kg
Após 2 a 3 dias, se tudo estiver bem, passar para a insulina NPH, via
SC, utilizando como cálculo para a dose diária o total de insulina
simples utilizada no dia anterior. Iniciar com duas doses de NPH,
sendo 2/3 pela manhã e 1/3 à tarde, antes do jantar.
Concomitantemente, aplicar uma dose de insulina simples pela
manhã, conforme os resultados de glicemia (ou glico-ceto descritos
acima, em crianças maiores).
Continua-se com glico-ceto antes das principais refeições (em
lactentes que não controlam a urina, isso se torna impossível! [faz-
se dextro], e em crianças maiores, solicitar sempre uma 2ª amostra
de urina) e inicia-se a coleta de urina de 24 horas, diariamente, para
quantificação da glicosúria fracionada, ajustando-se a dose de NPH.
Quando as condições da criança estiverem mais ou menos
estabilizadas, pode-se também traçar um perfil glicêmico (antes das
refeições principais, antes das doses de insulina, às 23 e às 2 horas).
De preferência, quando em uso de NPH, só utilizar insulina simples
quando houver dextro acima de 350-400 mg%. Deve-se evitar alterar
as doses de insulina NPH diariamente, para uma melhor observação e
evitar superposição de efeitos, e quando necessário a dose deve ser
ajustada com variações de 10 a 20%, no máximo.
Geralmente o controle da criança diabética é feito com 0,5 a 1,0
U/kg/dia de insulina NPH.

SITUAÇÕES ESPECIAIS
- No caso de descompensação, com hiperglicemia, glicosúria e
cetonúria, porém sem acidose, estando ou não a criança hidratada,
pode-se iniciar esquema de manutenção de insulina simples, via SC,
30 minutos antes das principais refeições, conforme citado acima.
- Se a criança fez uso de NPH no dia da descompensação, deve-se
complementar com insulina simples, conforme esquema, cuidando
apenas para não haver superposição do pico de ação das mesmas.
- As infecções causam descompensação na criança diabética pelo
aumento relativo da insulina devido ao "stress" e/ou aumento dos
hormônios contrareguladores. Por outro lado, a anorexia, náusea
e/ou vômitos, diminuindo a ingestão, levam à hipoglicemia, podendo
então ocorrer efeitos opostos. Dependendo da situação dominante,
podem-se tomar as seguintes condutas:
* manter a dose diária de NPH, complementando com IR, S/N.
* ↓ a dose diária de NPH de 10 a 20%, complementando com IR,
S/N.
* suspender a insulina NPH e passar para IR, de 6 em em 6 horas.

DIETA
A base para o cálculo da dieta é a seguinte:

até 10 kg = 100 cal/kg


10 a 20 kg = 1000 cal + 50 cal/kg acima de 10 kg
20 a 30 kg = 1500 cal + 20 cal/kg acima de 20 kg

A dieta deve ser fracionada em 6 refeições, sendo 3 principais e 3


lanches. É importante salientar que o cálculo acima é teórico,
devendo-se adequar a dieta à idade e aos hábitos da criança, no que
diz respeito à qualidade e quantidade dos alimentos, sendo
fundamental que o pediatra examine a dieta, verifique se a criança
está satisfeita, e, se necessário, entre em contato com a
nutricionista, para auxiliá-lo, principalmente em se tratando de
lactentes.
Também é importante orientar os pais sobre a possibilidade de trocar
um alimento por outro do mesmo tipo, usando-se uma tabela de
equivalência dos alimentos, o que vai possibilitar grande variação no
cardápio, que pode ser adaptado a diferentes situações.

Distribuição das Calorias (6 refeições)


25% Café / 25% Almoço / 30% Jantar / 20% Lanches
Artigo I. Monitorização Laboratorial
Devem ser solicitados à admissão: glicemia, eletrólitos, gasometria,
hemograma, uréia e creatinina, cetonemia, glicosúria e cetonúria. Se
necessário, exames radiológicos e culturas.
Durante a correção da cetoacidose, o dextro deve ser realizado de
hora em hora, e a glicemia a cada 2 horas, juntamente com a
gasometria, eletrólitos e osmolalidade plasmática. Determinações
mais ou menos frequentes ficam a critério clínico.
Lembrar que a creatinina sérica, dependendo do método utilizado,
pode estar anormalmente elevada, devido à presença do ácido aceto-
acético. Também deve ser lembrado que a cetonúria pode até se
intensificar durante a correção da cetoacidose, não sendo portanto
um exame útil para avaliar a eficácia do tratamento. Isso porque com
a correção da cetoacidose, o ácido betahidroxibutírico transforma-se
em ácidoaceto-acético e acetona, os quais são detectados pelo
nitroprussiato, enquanto o primeiro não.

ATENÇÃO: O edema cerebral é uma complicação rara (1 a 2%),


porém muito grave e potencialmente fatal, da CAD. Ocorre
principalmente em crianças, na maioria das vezes com diabetes
recém-diagnosticado, e geralmente nas primeiras horas do
tratamento, quando aparentemente as condições clínicas e
bioquímicas do paciente estão melhorando. Os sinais neurológicos
mais precoces são cefaléia, sonolência excessiva, e pupilas dilatadas,
fixas e não responsivas à luz, convulsões, bradicardia e alterações da
temperatura, entre outros. Deve-se imediatamente utilizar manitol
(0,5-1 g/kg peso iv, rápido), elevar a cabeceira da cama, restringir
líquidos e se necessário, iniciar hiperventilação, não muito agressiva.
Pode ser utilizado também salina hipertônica.
Várias teorias têm sido propostas para explicar o edema cerebral : -
velocidade de reidratação, quantidade e tonicidade dos líquidos
infundidos, variações bruscas na glicemia, utilização de bicarbonato,
excessiva secreção de hormônio antidiurético - porém até o momento
nenhuma delas isoladamente parece justificar satisfatoriamente os
casos relatados. Alguns autores referem que certo grau de edema
cerebral provavelmente ocorre durante o tratamento da CAD em
todos os pacientes, porém só raramente ele se torna clinicamente
significante. Alguns fatores devem ser considerados para identificar
os pacientes com maior risco de desenvolverem edema cerebral,
embora a prevenção da CAD continue sendo a arma mais importante
para evitar as compliações intracerebrais: história prolongada (vários
dias) de descompensação (hiperosmolaridade "crônica", com provável
adaptação osmoprotetora), geralmente primeiro episódio, acidemia
moderada a grave (pH < 7.2), valor de sódio plasmático corrigido em
nível hipernatrêmico, durante tratamento, queda da natremia ou não
aumento em relação à queda da glicemia, queixa de cefaléia durante
o tratamento.

Tratamento
- Manitol: 0,25-1,0 g/kg em 30 minutos (pode ser repetido em 2
horas se não houver resposta inicial).
- NaCl 3%: 5-10 ml/kg em 30 min (em associação ao manitol)
- Intubação e ventilação não agressiva

GLICEMIA IDEAL
HbA1c Pré-prand Pós-prandial
lactentes, pré escolares < 8,5 100-180 <200
escolares <8 80-150 <200
adolescentes < 7,5 70-140 <180
Glicosúria fracionada: < 1g/kg/dia até no máximo 30 g/dia
SEDAÇÃO E ANALGESIA

1) HIDRATO DE CLORAL
- sedativo, hipnótico.
- risco de depressão respiratória.
- início de ação em 20 min, meia vida 8 – 12 horas.
Solução oral a 16%: DOSE 1 mL para cada 4 kg (SOMENTE VO)
(160 mg/ml) (40 mg/kg)

2) MIDAZOLAM (DORMONID)
- benzodiazepínico, sedativo, hipnótico, ansiolítico, amnésia
anterógrada.
- risco de depressão respiratória e hipotensão arterial.
- pico de ação: EV 3 – 5 min; intranasal: 10 min; retal: 20 – 30 min.
- meia vida: 2 – 4 horas.
- apresentações: ampolas 3 ml/ 15 mg (5 mg/ml)
10 ml/ 50 mg (5 mg/ml)
5 ml/ 5 mg (1 mg/ml)
- dose máxima 10 mg
DOSE EV: 0,1 mg/kg (de 0,05 a 0,3 mg/kg) fazer lento em 2 a 3 min.
(dica: das soluções de 5mg/ml: diluir 1 ml para 5 ml e fazer 0,1
ml/kg = 0,1 mg/kg)
DOSE INTRANASAL: 0,2 – 0,4 mg/kg
(preferencialmente puro, pegar na seringa de 1ml = 100 unidades,
sem agulha)
DOSE RETAL: 0,4 – 1 mg/kg
(pode diluir em 5ml de solução fisiológica)

ANTAGONISTA: FLUMAZENIL (ampola 0,5mg/5ml = 0,1 mg/ml)


Dose 0,01 mg/kg (máximo 1mg)
Meia vida curta (manter observação e monitorização)
3) FENTANIL
- opióide, analgésico, sedativo e hipnótico em doses maiores.
- risco de depressão respiratória, rigidez torácica (bolus), hipotensão
arterial.
- início de ação: 1 min
- duração: 30 – 60 min
- apresentação 50 mcg/ml (ampolas com 2 - 5 - 10 ml)
DOSE (SOMENTE EV): 1 )g/kg (de 0,5 a 2 >g/kg) fazer lento em 3
min.
(dica: diluir 1 ml para 5 ml e fazer 0,1 ml/kg = 1 >g/kg)

ANTAGONISTA: NALOXONE (NARCAN®)


(ampola 0,4mg/1ml ou ampola neonatal 0,02 mg/1ml)
Dose 0,1 mg/kg (reversão total) e 0,01 mg/kg (reversão parcial),
máximo 2mg/dose.
Meia vida curta, podendo ser necessário repetir.
Cuidado com abstinência em uso crônico.

4) CETAMINA (KETAMINA, KETALAR)


- sedativo, analgésico, amnésico.
- associar midazolam para evitar sintomas psicológicos (delírios e
alucinações).
- risco de hipertensão arterial e intracraniana (não usar em TCE e
cardiopatas).
- útil em broncoespasmo, por ter ação broncodilatadora.
- início de ação EV: 30 segundos; IM: 4 minutos.
- duraçãoEV: 5 – 10 minutos; IM: 12 – 25 minutos.
- apresentação: frasco 10 ml (50 mg/ml)
DOSE EV: 0,5 – 2 mg/kg (diluir 1 ml para 5 ml e fazer 0,05 – 0,2
ml/kg, lento)
DOSE IM: 2 – 6 mg/kg
5) TIOPENTAL
- barbitúrico, sedativo, anestésico.
- risco de depressão respiratória, cardiovascular, hipotensão,
hipotermia.
- não usar em asma (liberação de histamina) e choque.
- útil em TCE, hipertensão intracraniana (reduz metabolismo
cerebral).
- início de ação: 30 segundos / duração: 10 – 15 minutos/
apresentação: frasco 1000 mg.
DOSE EV: 0,5 – 3 mg/kg (diluir 1 frasco para 10 ml, pegar 1 ml e
rediluir para 10 ml =
concentração de 10 mg/ml e fazer 0,05 – 0,3 ml/kg em 2 a 10
minutos).

BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES

- fazer somente após sedação e analgesia para intubação difícil ou na


seqüência rápida em TCE, asma, HIC, hipertensão pulmonar.
- a succinilcolina (Quelicin) é o único agente despolarizante, sendo
contra-indicada em politrauma, queimados, miopatias, lesões
oculares; risco de hipertermia maligna, hiperpotassemia, elevação da
PIC, arritmias.

NÃO DESPOLARIZANTES

1) VECURÔNIO
- início de ação: 2- 4 min.
- duração: 25 – 40 min (pode ser maior em neonatos e lactentes).
- efeitos hemodinâmicos mínimos.
- apresentação: frasco 10 mg.
DOSE EV: 0,1 mg/kg (diluir 1 frasco para 10 ml, e fazer 0,1 ml/kg).
2) ROCURÔNIO (ESMERON)
- início de ação: 1 min.
- duração: 15 – 45 min.
- taquicardia, hipertensão, liberação histamínica (urticária,
broncoespasmo, hipotensão).
- apresentação: ampola 5 ml (10 mg/ml).
DOSE EV: 0,6 – 1,2 mg/kg (diluir 1 ml para 10 ml, e fazer 0,6 – 1,2
ml/kg).

3) PANCURÔNIO (PAVULON)
- início de ação: 4 – 6 min.
- duração: 2 – 3 horas.
- taquicardia, hipertensão, liberação histamínica (urticária,
broncoespasmo, hipotensão).
- apresentação: 2 mg/ml (ampolas com 2 – 5 – 10 ml) .
DOSE EV: 0,1 mg/kg (fazer 0,05 ml/kg).

ESQUEMAS DE INFUSÃO ENDOVENOSA PARA SEDAÇÃO

Droga “Bolus” (mcg/kg) Manutenção (mcg/kg/min)


Alfentanil 10-25 0.25-1
Fentanil 1-3 0.01-0.03
Sufentanil 0.1-0.3 0.01-0.05
Midazolam 25-100 0.25-1
Propofol 250-1000 10-50

TAMANHO E FIXAÇÃO DE COT

Tamanho da Cânula = idade + 4


4
Fixação da Cânula = idade + 12
2
DROGAS DE INFUSÃO CONTÍNUA

(ii) APRESEN DOSE IV OBSERVAÇÃO


(i) DROGA
TAÇÃO

1) DOBUTA Dobutrex 5 a 15 Inotrópico;


MINA 12,5mg/ml mcg/Kg/min. vasodilatador
Inotrópico;vasodilat
ador renal e
5 a 15 esplâncnico em
DOPAMINA Revivan 5mg/ml
mcg/Kg/min. baixas doses,
vasopressor em
altas doses.
Inotrópico; vasodi-
a. EPIN Adrenalina 0,1 a 1,0 latador em baixas
EFRI 1mg/ml mcg/Kg/min. doses e em doses
NA altas vasopressor
Utilizar bloqueador
1a5 neuromuscular em
FENTANIL 50 mcg/ml
mcg/Kg/hora. caso de rigidez
torácica.
1a2 Associar
KETAMINA Ketalar 50mg/ml
mg/Kg/hora midazolan
Xylocaína 2% 20 a 50 Inotropismo
LIDOCAINA
20mg/ml mcg/Kg/min. negativo leve
Dormonid 0,1 a 0,3 Mal convulsivo = 1 a
MIDAZOLAN
5mg/ ml mg/Kg/hora 18 mcg/Kg/ min.
Ataque
50 mcg/Kg
Primacor Inotrópico;
MILRINONA Manutenção
1mg/ml vasodilatador
0,5 a 0,75
mcg/Kg/min.
Diluir em SG.
NITROPRUSSIATO Nipride 0,5 a 8
Necessita foto-
DE SÓDIO 25mg/ml mcg/Kg/min.
proteção
1mg/ml 0,1 a 2,0
NOREPINEFRINA Vasopressor
mcg/Kg/min.
Esmeron 6 a 10
ROCURÔNIO Associar sedação
10mg/ml mcg/Kg/min.
Monitorizar apnéia,
PROSTAGLANDINA Prostin 0,05 a 0,1 hipotensão,
E 500mg / ml mcg/Kg/min. hipoglicemia e
sangramento.
Stilamin 3,5 a 5,0 Monitorizar pressão
SOMASTOSTATINA
3mg / ml mcg/kg/hora arterial e glicemia.
TERBUTALINA/ Bricanyl / Aerolin 0,1 a 4,0 Monitorizar ritmo
SALBUTAMOL 0,5 mg/ml mcg/kg/min. cardíaco e K sérico.
TIOPENTAL Thionembutal 10 a 100 Monitorização
Frasco de 0,5 a mcg/Kg/min. hemodinâmica
1,0g

DROGAS NA EMERGÊNCIA

Seção I.2 DRO


APRESENTAÇÃO DOSE IV OBSERVAÇÃO
GA
Max.= 12mg/ bolo
1) ADENOSI 0,1 – 0,2 mg/ rápido e 3 a 5ml de
Adenocard 3mg/ml
NA Kg SF após a infusão
da droga
AMIODARONA Ancoron 50mg/ml 5mg/Kg
Min.= 0,1mg
0,01 a 0,02 Max.= 0,5mg
ATROPINA 0,25mg/ ml
mg/kg criança e 1,0mg
adolescente
BICARBONATO DE 3% - 3ml/1mEq Diluição 1:1 com
1mEq / Kg
SÓDIO 8,4% - 1ml/1mEq AD
0,2 –
DIAZEPAN Valium Max.= 10 mg/ dose
0,5mg/Kg
Adrenalina 0,01 mg/Kg =
ET = 0,1mg/Kg
EPINEFRINA 1:1000 – 1mg/ml 0,1ml/Kg
0,1ml/Kg (1:1000)
1:10000-0,1mg/ml (1:10000)
15 – 20
Max.= 1500mg
mg/Kg
FENITOÍNA Hidantal 50 mg/ml Não diluir em
V.Max.:
glicose
1mg/Kg/min.
FENOBARBITAL 15 – 20
200mg / 2ml Max.= 800mg
SÓDICO mg/Kg
Max.= 0,2mg/dose
FLUMAZENIL Lanexat 0,1 mg/ml 0,01 mg/Kg
até 1 mg
10% - 100mg/ml 10% - 5 a 10ml/kg
GLICOSE 0.5 – 1,0g/Kg
25% - 250mg/ml 25% - 2 a 4 ml/kg
0,6 – 1,0 ml/Kg
GLUCONATO DE 10% - 1ml = 60 –
diluição 1:1 com
CÁLCIO 100mg 100mg/kg
AD
Xylocaína 2%
LIDOCAÍNA 1 mg/Kg Max.= 300mg
20mg/ml
0,5 – 1,0g/ Infusão lenta (20 a
MANITOL 20% - 200ml
Kg 30min.)
0,1 – 0,2mg/
MORFINA Dimorf 0,2mg/ml Max.= 15mg
Kg
Max.= 2mg
NALOXONA Narcan 0,4mg/ml 0,01mg/Kg Também SC, IM ou
ET
Procamide Infusão lenta (20 a
PROCAINAMIDA 15mg/Kg
100mg/ml 30 min)
SULFATO DE 10% - 100mg/ml 25 – 50
Max.= 2g
MAGNÉSIO 20% - 200mg/ml mg/Kg
TERBUTALINA/ Bricanyl / Aerolin 10 mcg/Kg Infusão lenta (10 –
SALBUTAMOL 0,5mg/ml (ataque) 30 min.)
Thionenbutal
TIOPENTAL 3 – 5 mg/Kg
(0,5 e 1,0g)

GENERALIDADES EM URGÊNCIAS

FR
Recém nascido 30-60
1-3 anos 25-40
3-12 anos 20-30
> 12 anos 12-20

FC
Recém nascido 80-200
< 2 anos 80-180
2-10 anos 60-150
> 10 anos 60-100

Limite inferior da PA
Recém nascido 60
< 1 ano 70
1-10 anos 70 + 2 X idade
> 10 anos 90

ESCOLHA DA COT

Tamanho COT sem Cuff = idade + 4


4
Tamanho COT com Cuff = idade + 3
4

Inserção da COT= tamanho da COT x 3


Posição no Rx= 1-2 cm acima da Carina (nível T2-T3)
COTs com Cuff podem ser usadas em qualquer idade quando há
redução da complacência pulmonar.
ESCOLHA DO LARINGO

Lamina reta = Miller (“pinça” a Epiglote)


Lamina curva = Macintosh (coloca na valécula)

Tamanho da lâmina:
- RNPT: 0
- RNAT: 1
- Lactente: 1
- 3-10 anos: 2
- 10 anos: 3

INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA

1. Hipoxêmica
PO2 em AA < 60 e relação PO2 /FiO2 anormal (normal=450)
Fisiopatologia :
a. Alteração da relação ventilação- perfusão
- Shunt – perfunde, mas não ventila
- Espaço morto – ventila, mas não perfunde
b. Hipoventilação alveolar
c. Distúrbios na difusão do O2
d. Altas altitudes

Em condições normais, Hb está 90% saturada em PAO2 de 60 mmHg.

2. Hipercapnéica
PCO2 > 50 com pH < 7,36
Fisiopatologia : Hipoventilação alveolar + Aumento no espaço morto

3. Mista
SARA
A. Aguda (até 5 dias)
- Influxo de líquido no espaço aéreo por perda de continuidade da
membrana alvéolo capilar secundária a injúria do endotélio capilar e
do epitélio alveolar. Com isso, há lesão das células epiteliais
alveolares tipo 2, produtoras de surfactante. A liberação de citocinas
amplifica a resposta inflamatória. As regiões edemaciadas colapsam
levando a atelectasias e redução na complacência pulmonar. A
hipoxemia resulta em distúrbio da relação ventilação perfusão devido
ao shunt intra pulmonar

B. Subaguda ou fibroproliferativa (5-10 dias)


- Fibroblastos e pré colágeno no espaço alveolar produzindo fibrose e
consequente hipercapnia e alteração da complacência pulmonar.

C. Crônica (após 10 dias)


Diagnóstico: Início agudo, velamento alveolar bilateral com ou sem
efusão pleural, sem evidencia de insuficiência cardíaca de base,
PO2/FiO2 '< ou =' 200, injúria pulmonar aguda PO2/FiO2 > 200 e '<
ou =' 300.

SRIS

- Presença de pelo menos 2 dos seguintes, sendo um deles febre ou


leucocitose:
– Temperatura central > 38,5 ou < 36º C
– Taquicardia ou bradicardia
- Na ausência de estímulo externo, dor ou drogas
– Taquipnéia
– Leucocitose (GB>17.500) ou leucopenia (GB<5.0000)
- Sepse = SRIS desencadeada por infecção
- Choque séptico=sepse + sinais de redução da perfusão tecidual.
PRESSÃO DE PERFUSÃO CEREBRAL

PPC=PAM-PIC
Aceitável:
Adulto: 60-70 mmHg
Crianças: 50-60mmHg
Lactentes: 40-50mmHg

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA SEC. À VENTILAÇÃO MECÂNICA

A pressão positiva intra torácica reduz o retorno venoso e


consequentemente o débito cardíaco

Medidas :
- Adequar a volemia
- Reduzir o Tins
- Reduzir o volume corrente
- Reduzir o PEEP
ESCALA DE GLASGOW MODIFICADA PARA CRIANÇAS

Lactente Criança Adulto Pontos


Abertura Espontânea Espontânea Espontânea 4
Responde a voz Responde a voz Responde a voz 3
ocular
Responde a dor Responde a dor Responde a dor 2
Nenhuma Nenhuma Nenhuma 1
Reposta Balbucia e Orientado, Orientado 5
verbal sussura adequado
Irritável, chora Confuso Confuso 4
Choro em Palavras Palavras 3
resposta a dor Inapropriadas Inapropriadas
Gemidos em Palavras Sons 2
resposta a dor incompreen- incompreen-
síveis ou sons síveis
inespecíficos
Nenhuma Nenhuma Nenhuma 1
Resposta Move-se Obedece a Obedece a 6
motora espontânea- comandos comandos
mente
Retirada em Localiza o Localiza o 5
resposta ao estímulo estímulo
toque doloroso doloroso

Retirada em Retirada em Retirada em 4


resposta a dor resposta a dor resposta a dor
Flexão em Flexão em Flexão em 3
resposta a dor resposta a dor resposta a dor
(Decortica)
Extensão em Extensão em Extensão em 2
resposta a dor resposta a dor resposta a dor
(Descerebra)
Nenhuma Nenhuma Nenhuma 1
MANEJO DO TCE LEVE EM CRIANÇAS

TCE Leve ECG = 14-15


Moderado = 9-13
Grave = ≤ 8

Alto risco:
• rebaixamento do nível de consciência ou alteração neurológica focal
• perda de consciência >1min
• convulsão
• fratura ou sinais de afundamento de crânio ou fratura de base
• abaulamento de fontanela
• irritabilidade inconsolável
• vômitos persistentes (>6horas)
Conduta: CT de crânio

Risco intermediário:
• perda de consciência < 1min, alteração de comportamento, letargia
ou irritabilidade ou trauma não testemunhado.
• fratura identificada após 24h de trauma
• vômitos esporádicos
• quedas de mais de 1 m sobre superfície dura
• mecanismo de trauma envolvendo grande energia cinética
• hematoma subgaleal
Conduta: observação por 6 horas ou CT de crânio. Se hematoma
subgaleal RX de crânio.

Baixo risco:
• Paciente assintomático, maiores de 12 meses
• Baixa energia cinética (quedas <1metro), > 2 horas do acidente
Conduta: dispensar com orientação de observação.
CHOQUE

Choque Frio: redução no débito cardíaco e aumento da resistência


vascular periférica → aumento da FC, pulsos finos, pele mosqueada e
perfusão periférica lenta.

Choque Quente: aumento no débito cardíaco e redução da


resistência vascular periférica → aumento da FC, pulsos amplos,
enchimento capilar rápido, extremidades quentes e PA divergente.

COMPENSADO DESCOMPENSADO
NEURO Ansioso, agitado Sonolência, estupor, coma
PA Normal ou aumentada Diminuída
FC Aumentada Aumentada ou diminuída
FR Aumentada Aumentada ou diminuída
TRAB. RESP. Levemente aumentada Muito aumentada, dispnéia
PELE Normal, pálida Fria, marmórea, cianótica
RENAL Normal/discreta oligúria Oligúria,anúria

Choque DC RVS PA PVC


HIPOVOLÊMICO  Normal ou  
CARDIOGÊNICO  Normal ou 
OBSTRUTIVO  Normal ou 
DISTRIBUTIVO  Normal ou  Normal ou 
Choque Séptico = hipovolêmico + distributivo+ cardiogênico

PARTICULARIDADES DO CHOQUE EM CRIANÇAS:


- Apresentação inicial é sutil: apenas taquicardia e taquipnéia.
- Crianças tendem a aumentar muito a RVS por isso têm mais choque
frio (80% das vezes).
- A hipotensão é um evento pré terminal.
MANEJO DO CHOQUE

1. Oxigênio a 100% SEMPRE!


2. Reposição volêmica: 20ml/kg/vez de solução ISOTÔNICA o mais
rápido possível.
a. Suspeita de choque cardiogênico: alíquotas menores (5-
10ml/kg) em maior tempo (15 min)
b. Recém nascidos: alíquotas de 10ml/kg/vez.
3. Transfundir se Hb<10
4. Monitorar hipoglicemia principalmente em lactentes e crianças
pequenas. Em RN monitorar e tratar hipoglicemia e hipocalcemia
5. Corrigir a hiperglicemia:
- < 150 em crianças pequenas
- <100-120 nas crianças maiores

AMINAS VASOATIVAS

Receptor 1 1 2 D
Dopamina Vasocontrição Inotrópico e Discreta va- Vasodila-
 RVS e RVP cronotrópico sodilatação tação
periférica renal
Dobutamina ---- Inotrópico ---- ----
Epinefrina Vasocontrição Inotrópico e Vasodilata- ----
 RVS e RVP cronotrópico ção
Norepinefrina Vasocontrição Inotrópico ---- ----
 RVS e RVP (pouco)

Dopamina:
- Dose alta (10-20 mcg/kg/min): efeito α1
- Dose intermediária (5-10 mcg/kg/min)efeito β1 e β2
- Dose baixo (2,5-5 mcg/kg/min): efeito dopaminérgico (apenas
vasodilatação renal)
DROGAS VASOATIVAS
DOSE DOSE
DROGA COMENTÁRIOS
INOTRÓPICA VASOPRESSORA
Dopamina 2-15 >12 g/kg/min Primeira linha no
g/kg/min choque séptico,
crianças pequenas
podem ser
insensíveis devido a
depleção nos
estoques miocárdicos
de noradrenalina
Dobutamina 2,5-20 --- Problema: a FC e 
g/kg/min a RVS causando
hipotensão
Epinefrina 0,05-0,5 0,1-1,0 Problema: a FC e o
g/kg/min g/kg/min consumo de O2 no
miocárdio
Norepinefrina ---- 0,05-1,0 Vantagem: a RVS
g/kg/min sem efeito na PA
Vasopressina ---- 0,3-2,0
mlU/kg/min
Milrinone 0,25-0,75 ---- Ação não mediada
g/kg/min por receptores:
inotrópica e
vasodilatadora
1mg=1000g
1ml dopa=5.000g
1ml dobuta=12.500g
1ml epinefrina=1.000g
1ml norepinefrina=1.000g
1ml milrinone=1.000g

CHOQUE SÉPTICO REFRATÁRIO A CATECOLAMINAS

Lembrar sempre da possibilidade de Insuficiência Adrenal


principalmente se hipoglicemia, hiponatremia e hiperpotassemia.
Fatores de Risco
- Choques de evolução rápida com rash petequial ou purpurico
- Uso sistêmico de corticoide no último ano
- Historia de panhipopituitarismo

Tratamento
Hidrocortisona ataque 2mg/kg
manutenção 1-2 mg/kg/dose de 6/6h

Prevenção em pacientes com risco


Hidrocortisona 1-2mg/kg

Conduta no HC
Hidrocortisona ataque 10mg/kg
manutenção 100mg/m2/dia
REPOSIÇÃO DE ELETRÓLITOS

COMPOSIÇÃO INTRA E EXTRACELULAR


Intracelular (mEq/L) Extracelular (mEq/L)
Na 20 135 – 145
K 150 3–5
Cl - 98-110
Venoso: 25 – 29
HCO3 10
Arterial: 21 – 28
PO4 110-115 5

DISTÚRBIOS DO SÓDIO

Hiponatremia: crise convulsiva, edema cerebral, movimentos de


descerebração, irritabilidade ou apatia extremas, alteração do ritmo
cardiorespiratório, náuseas, vômitos, confusão mental e coma.
► Corrigir só se sintomática ou NaCl <120mEq/L.

(Na esperado-Na encontrado)x 0,6 x Peso = ml de NaCl 3%


2

Preparação do NaCl3%: dividir o volume por 6,7-7 = volume de NaCl


20% e completar com AD → 89 ml de SF 0,9% + 11 ml de NaCl 20%
= 100 ml de NaCl 3%.
Não aumentar o sódio mais do que 12 mEqL nas primeiras 24h.

Na esperado Velocidade de infusão


Hiponatremia Aguda 130 mEq/L 10ml/kg/hora
Hiponatremia Crônica 120 mEq/L 5ml/kg/hora
DISTÚRBIOS DO POTÁSSIO

Hipopotassemia: fraqueza muscular, íleo paralítico, hipotensão e


arritmias (ECG=depressão ST, achatamento ou inversão onda T, onda
U, extra-sístoles ventriculares e atriais).
Hipopotassemia leve K = 2,5-3,5 mEq/L / Grave K < 2,5 mEq/L

► Reposição EV: deve-se corrigir EV se K < 2,5 mq/L com ou sem


sintomas, lembrando sempre de monitorar ECG.

0,3-0,5 mEq/kg/hora em 3-5 horas

Não ultrapassar 80 mEq/L em veia central e 40 mEq/L veia periférica.


Cada queda de 0,1 no pH aumenta 0,2-0,4 mEq/L no K.
Se hipo K refratária investigar hipomagnesemia.
Se houver hipocalcemia associada fazer reposição do cálcio pelo risco
de tetania após a correção do K.

Lembrando que: KCl 19,1% 1ml = 2,5 mEq de K


KH2PO4 13,6% 1ml = 1mEq de K

► Reposição VO: se K = 2,5 - 3,5 e assintomático repor VO 3-5 mEq/


kg/dia.

Lembrando que: KCl Xarope 6% 1ml=0,8 mEq


KCl Xarope 20% 1ml=2,66 mEq
KCl 1cp=500mg=7mEq
Slow K 1cp=600mg de KCla=8 mEq
DISTÚRBIOS DO CÁLCIO

Hipocalcemia:estridor laríngeo, hipertonia muscular, tremores,


clônus, irritabilidade, crise convulsiva, hipotensão,
bradicardia,bloqueios e arritmias. Tetania, Sinais de Trousseau
(espasmo do carpo induzido por compressão da artéria braquial com
manguito de PA) e Chevostek (contrações dos músculos faciais á
percussão da região pré auricular).
Na desnutrição cada redução de 1g na albumina leva a queda de
0,8mg/dl no Ca total.

► Reposição EV: 1- 2ml/kg de GluCa 10% (ou 0,25-0,5 ml/kg de


CaCl 10%), diluído em igual volume de SG 5% sob ausculta cardíaca
Infundir lento, não ultrapassar 50mg/kg/min.
Suspender de FC cair abaixo de 80 bpm. Monitorar Mg e fósforo.

Lembrando que: GluCa 10% 1ml=9mg=0,45 mEq


CaCl 10% 1ml=27,2mg=1,36mEq

► Reposição VO: 300-500mg/kg/dia de Ca elementar.

GluCa10% 10ml=93mg de Ca elementar


CaCl 10% 10ml=272mg de Ca elementar
CaCO3= Cada 1g do sal tem 400mg de Ca elementar (20 mEq de Ca)

DISTÚRBIOS DE GLICOSE

Devemos corrigir a glicemia em casos de hipoglicemia sintomática,


sem disponibilidade da via oral (desmaio, covulsão, entre outros).

Peso x 2 = Volume total de SG10% (em 10 minutos)


Dividir o valor por 5. Pegar 1 parte de SG50% e 4 partes de AD
DISTÚRBIOS DO MAGNÉSIO

Magnésio sérico = 1,4-2,3 mEq/L.


Usar em: crianças abaixo dos 2 meses (promove maior retenção de
Na e K), crianças desnutridas e manutenção EV prolongada (> 3
dias).

Hipomagnesemia = náuseas, vômitos, letargia, fraqueza,


espasticidde, hiperrreflexia, tetania, manifestações neurológicas
(depressão, psicose, confusão, apnéia, coma) e arritmias (Torsades
de pointes).
ECG: prolongamento PR e QT, T achatada e invertida, depressão ST,
alargamento QRS.

► Reposição EV ou IM: se sintomático

0,25mEq/Kg IM a cada 6h ou 1 mEq/kg EV em 24 horas


Se arritmias 0,2-0,4 mEq/kg em 30min

MgSO4 6% 1ml= 0,5 mEq MgSO4 10% 1ml= 0,8 mEq


MgSO4 20% 1ml= 1,6 mEq MgSO4 50% 1ml= 4 mEq

► Reposição VO: 2 mEq/kg/dia

Pidolato de Mg 1ml = 150mg = 1mEq


Cada 500mg de MgSO4 = 49,3mg de Mg elementar = 4,1 mEq
Hidróxido de Mg 5ml = 166mg = 13,8mEq de Mg

DISTÚRBIOS DO ZINCO
Sérico = 50-120 mcg%
Sulfato de zinco 1% =4mg/ml → Dose: 2mg/kg/dia
DISTÚRBIOS DO BICARBONATO

Corrigir EV quando bicarbonato < 13.


Corrigir VO quando bicarbonato entre 13 – 16.
Bicarbonato > 16 só corrigir se perdas profusas.

0,3 x Peso x BE = mEq de Bicarbonato de Sódio

Não ultrapassar 6 mEq/L. Se VO multiplicar por 1,5.

Bic Na 8,4% 1ml= 1mEq de Na e 1 mEq de Bic


1ml Bic Na 8,4%=6,6ml de SF 0,9%

Bic Na 3% 1ml=0,36 mEq de Bic e 0,36 mEq de Na


Bic Na 10% 1ml=1,2 mEq de Bic e 1,2 mEq de Na
Bic Na 1g=12 mEq

DISTÚRBIOS DO FÓSFORO

Sérico RN= 4,2-9,0 mg/dL


Até 1 ano= 3,8-6,2 mg/dL
De 2-5 anos =3,5-7,0 mg/dL

Hipofosfatemia = fraqueza muscular, dificuldade no desmame da VM.

Aporte basal = 0,5- 1,1 mmol/kg/dia.


Reposição Terapêutica = 1,0-2,2 mmol/kg em 6-8 horas.

Fosfato Tribásico de Ca 1ml = 0,2mmol de PO4 e 390 mg da Ca


elementar/g (0,65mEq) de Ca
HIPERNATREMIA

Normalmente é causada por um déficit de água livre (aporte baixo ou


perdas anormais) ou aporte excessivo de sódio. Casos graves e/ou
sintomáticos ou na impossibilidade de se repor água livre oral,
calcula-se o déficit de água livre.

Deficit de água livre (em litros) = Peso x 0,6 x [(Na – 140)/140]


ATENÇÃO: não reduzir Na em mais do que 0,5 – 1,0 mEq/L por hora!

Definimos hipernatremia crônica quando o tempo de instalação é >


48 horas. Se não souber o tempo de instalação, considerar crônica.

Sintomas: fraqueza muscular, insônia, letargia, coma.

Pode ocorrer crises convulsivas, principalmente quando ocorre


correção rápida do sódio. Coma saída de água do intracelular, há uma
tração mecânica sobre os vasos que pode causar danos ao endotélio
com hemorragia subaracnóidea, subdural e parenquimatosa. Quando
a hipernatremia é crônica ocorre a produção de osmóis idiogênicos
pelas células nervosas que não desaparecem na mesma velocidade
de correção de sódio (quando rápida), causando intoxicacao hídrica
(edema intracelular) nestes casos.
Se o paciente está normovolêmico, pode-se acrescentar o déficit de
água livre ao soro de manutenção na forma de SG 5, com
concentrações de sódio entre 20-30 mEq/L.
Se há choque (hipovolenmia), priorizar reposição de volume, que
pode ser feita com 40 ml/Kg de SF 0,9% (hipotônico em relação ao
paciente) em 1 hora. Após correção inicialmente rápida, passa-se a
uma solução glicofisiológica 1:1 (0,45%) até controle total da
volemia.
HIPERPOTASSEMIA

CLASSIFICAÇÃO
Leve: K < 6 mEq/L com ECG normal ou apenas onda T apiculada.
Moderada: K entre 6 – 8 mEq/L e ECG com onda T apiculada.
Grave: K > 8 mEq/L ou ECG com onda P ausente, QRS alargado ou
arritmias.

TRATAMENTO
Nos casos graves, deve-se:
(1) corrigir fatores causais.
(2) antagonizar os efeitos neuromusculares com gluconato de Ca +2
10%, 0,5 – 1,0 ml/Kg,EV, em 15 minutos.
(3) redistribuir o K internamente através do uso de bicarbonato de
sódio 1 – 2 mEq/Kg EV (efeito por aproximadamente 2 horas).
(4) redistribuir o K internamente através do uso de
glicoinsulinoterapia: glicose 0,5 – 1,0 g/Kg + 1 UI de insulina para
cada 4g de glicose, EV em 60 minutos. Isso reduz o K em 1–2 mEq/L
em 30 a 60 minutos e o efeito persiste por 4 a 6 horas.
(5) aumentar a eliminação do K: furosemida 0,5 – 1 mg/Kg EV.
(6) resinas de troca: 0,5 – 1 g/Kg de 6/6 horas ou de 4/4 horas,
diluído com água ou sorbitol (3 ml/g de resina), de preferencia por
via oral ou SNG (utilizar a via retal em caso de vômitos).
HIPERNATREMIA

Normalmente é causada por um déficit de água livre (aporte baixo ou


perdas anormais) ou aporte excessivo de sódio. Casos graves e/ou
sintomáticos ou na impossibilidade de se repor água livre oral,
calcula-se o déficit de água livre.

Deficit de água livre (em litros) = Peso x 0,6 x [(Na – 140)/140]


ATENÇÃO: não reduzir Na em mais do que 0,5 – 1,0 mEq/L por hora!

Definimos hipernatremia crônica quando o tempo de instalação é >


48 horas. Se não souber o tempo de instalação, considerar crônica.

Sintomas: fraqueza muscular, insônia, letargia, coma.

Pode ocorrer crises convulsivas, principalmente quando ocorre


correção rápida do sódio. Coma saída de água do intracelular, há uma
tração mecânica sobre os vasos que pode causar danos ao endotélio
com hemorragia subaracnóidea, subdural e parenquimatosa. Quando
a hipernatremia é crônica ocorre a produção de osmóis idiogênicos
pelas células nervosas que não desaparecem na mesma velocidade
de correção de sódio (quando rápida), causando intoxicacao hídrica
(edema intracelular) nestes casos.
Se o paciente está normovolêmico, pode-se acrescentar o déficit de
água livre ao soro de manutenção na forma de SG 5, com
concentrações de sódio entre 20-30 mEq/L.
Se há choque (hipovolenmia), priorizar reposição de volume, que
pode ser feita com 40 ml/Kg de SF 0,9% (hipotônico em relação ao
paciente) em 1 hora. Após correção inicialmente rápida, passa-se a
uma solução glicofisiológica 1:1 (0,45%) até controle total da
volemia.
HIPERPOTASSEMIA

CLASSIFICAÇÃO
Leve: K < 6 mEq/L com ECG normal ou apenas onda T apiculada.
Moderada: K entre 6 – 8 mEq/L e ECG com onda T apiculada.
Grave: K > 8 mEq/L ou ECG com onda P ausente, QRS alargado ou
arritmias.

TRATAMENTO
Nos casos graves, deve-se:
(1) corrigir fatores causais.
(2) antagonizar os efeitos neuromusculares com gluconato de Ca +2
10%, 0,5 – 1,0 ml/Kg,EV, em 15 minutos.
(3) redistribuir o K internamente através do uso de bicarbonato de
sódio 1 – 2 mEq/Kg EV (efeito por aproximadamente 2 horas).
(4) redistribuir o K internamente através do uso de
glicoinsulinoterapia: glicose 0,5 – 1,0 g/Kg + 1 UI de insulina para
cada 4g de glicose, EV em 60 minutos. Isso reduz o K em 1–2 mEq/L
em 30 a 60 minutos e o efeito persiste por 4 a 6 horas.
(5) aumentar a eliminação do K: furosemida 0,5 – 1 mg/Kg EV.
(6) resinas de troca: 0,5 – 1 g/Kg de 6/6 horas ou de 4/4 horas,
diluído com água ou sorbitol (3 ml/g de resina), de preferencia por
via oral ou SNG (utilizar a via retal em caso de vômitos).
QUEIMADURAS

REPOSIÇÃO HIDRO-ELETROLÍTICA
Fórmula de Parkland: 4 ml/kg de peso corporal/% superfície corporal
queimada. Deve ser usado ringer lactato. Programar para que
metade deste volume seja infundida nas primeiras 8 horas após a
queimadura. Deve-se observar diurese a partir da primeira hora, e
controlar a hidratação para que se obtenha 0,5 ml/kg/h ou 30-50 ml
em adultos e 1 ml/kg/h em crianças.

CLASSIFICAÇÃO DA GRAVIDADE DE QUEIMADURAS

PEQUENO QUEIMADO
- Queimaduras de 1º grau em qualquer extensão, em qualquer idade.
- 2º grau com área corporal atingida até 5% em crianças < 12 anos.
- 2º grau com área corporal atingida até 10% em > 12 anos.

MÉDIO QUEIMADO
- Queimaduras de 2º grau com área corporal atingida entre 5% a
15% em menores de 12 anos.
- 2º grau com área corporal atingida entre 10% a 20% em > 12
anos.
- Qualquer queimadura de segundo grau envolvendo mão, pé, face,
pescoço, axila ou grande articulação (axila ou cotovelo ou punho ou
coxofemoral ou joelho ou tornozelo), em qualquer idade.
- Queimaduras de terceiro grau que não envolva face, mão, períneo
ou pé, com até 5% da área corporal atingida em crianças até 12
anos, ou até 10% da área corporal atingida em maiores de 12 anos.
GRANDE QUEIMADO
- Queimaduras de 2º grau com área corporal atingida maior do que
15% em menores de 12 anos.
- 2º grau com área corporal atingida > 20% em crianças > 12 anos.
- 3º grau com área corporal atingida maior do que 5% em < 12 anos.
- 3º grau c/ área corporal atingida maior do que 10% em > 12 anos.
- 2º ou 3º grau atingindo o períneo, em qualquer idade.
- 3º grau atingindo mão ou pé ou face ou pescoço ou axila, em
qualquer idade.
- Queimaduras por corrente elétrica.

São considerados também grandes queimados todos os pacientes


vítimas de queimaduras de qualquer extensão que tenha associada
uma ou mais das seguintes situações: lesão inalatória, politrauma,
fratura óssea em qualquer localização, trauma craniano, choque de
qualquer origem, insuficiência renal, insuficiência cardíaca,
insuficiência hepática, diabetes, IAM, embolia pulmonar, distúrbios da
coagulação e hemostasia, quadros infecciosos graves decorrentes ou
não da queimadura e que necessitem antibioticoterapia venosa,
síndrome compartimental ou do túnel do carpo, associada ou não à
queimadura, doenças consuptivas ou qualquer outra afecção que
possa ser fator de complicação à lesão ou ao quadro clínico da
queimadura.
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ENDOCRINOLOGIA
SSIHAD

- O Hormônio Anti-Diurético (HAD) é normalmente liberado pelo


hipotálamo em resposta a hipovolemia, aumento da osmolaridade
plasmática e/ou hipotensão
- Quadro Clínico:
- Redução do Débito Urinário
- Volume intra-vascular normal ou aumentado
- Aumento do Sódio urinário
- Hiponatremia sérica (dilucional)
- Hiposmolaridade sérica
- Função excretora renal normal
- Causas de SSIHAD:
I - Distúrbios do SNC: meningites, encefalites, tumores do SNC,
trauma crânio encefálico, malformações do SNC, encefalopatia
hipóxico isquêmica, PO de Neurocirurgia, hemorragias intracranianas.
II- Distúrbios torácicos (a diminuição do enchimento atrial estimula
receptores de volume atriais levando à secreção do HAD): PNM,
asma, derrames pleurais, pneumotórax, atelectasias, VM, pericardite.
III- Uso de drogas que estimulam a liberação de HAD: vincristina,
morfina, barbitúricos, diuréticos, carbamazepina.
IV- Outros: ansiedade, dor, estresse, neoplasias, doença de Addison.
- Tratamento:
- Restrição de volume a 50% das necessidades
- Se hiponatremia sintomática corrigir sódio
- Se necessário utilizar diuréticos

Salina a 3% (0,5mEq/ml)
Dose 5ml/kg em 30 minutos
Divide o volume encontrado por 7= 1 parte de NaCl 20% + 6 partes
de AD
DIABETES INSIPIDUS

- Poliúria
- Hipernatremia
- Densidade urinária < 1.005
- Osmolaridade urinária < 200 mOsm/L
- Osmolaridade plasmática ≥ 295 mOsm/L

Tratamento
- Reposição de água livre e DDAVP
- Déficit de água livre (em litros) = Peso X 0,6 X (Na encontrado - Na
esperado/ Na esperado)

Volemia Débito Na Na urinário UOsm POsm UOsm/


urinário sérico POsm
SSIHAD Normal ↓ ↓ Aumentado >500 < >1
ou ↑ > 30m 280
Eq/L
Síndrome ↓ Normal ↓ Muito ↑ ↓ >1
perdedora ou ↑ aumentado
de sal >100
mEq/L
Diabetes ↓ ↑ ↑ ↓ Reduzida > < 1,5
insipidus (±100) 300

Intoxicação hídrica
- Sódio corporal total normal
- Sódio sérico reduzido
- Sódio urinário variável
- UOsm reduzida

Intoxicação salina
- Volemia aumentada
- Sódio urinário > 20 mEq/l
- UOsm > 300 mOsm/kg
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GASTRO
NUTRIÇÃO PARENTERAL

Necessidade para 100 cal/dia


Água = 100 ml
Na = 3 mEq
K = 2,5mEq
Glicose = 8g

1. Aporte Hídrico
RNAT iniciar com 60 ml/kg/dia e aumentar 10-20 ml/kg/dia até
atingir 120-150 ml/kg/dia no 7º ddv
Crianças maiores de 3 meses usar o Holliday

2. Aporte calórico
1g glicose= 4 cal
1g proteína= 4 cal
1g gordura= 9 cal

3. Carboidratos
30-50% do aporte
Concentração máxima 12,5% veia periférica e 25% veia central
% glicose=glic (g/kg/dia) X 100/vol total

Começar com 2-4g/kg/dia (em RN 6-8g/kg/dia) e aumentar conforme


o dextro. Usar SG50% 100ml = 50g portanto 1ml=0,5g
Vol de SG50% = gramas x peso x 2
Conversão TIG (mg/kg/min) para g/kg/dia multiplica por 1,44

Dxt < 120 aumentar


Dxt 120-180 manter se glicosúria negativa
Dxt >180 diminuir
4. Lipídeos
30-40% do aporte
Iniciar com 0,5g/kg/dia e aumentar conforme TGs no máximo de
3g/kg/dia
TG < 150 aumentar
TG 150-200 manter
TG >200 suspender
Cuidado com: sepse, plaquetopenia, acidose, colestase e
hiperbilirrubinemia
Usar IL 20% 100 ml = 20g, portanto 1 ml=0,2g
Vol de IL 20%= gramas x peso x 5

5. Proteínas
10-20% do aporte
Iniciar com 0,5g/kg/dia e aumentar até o máximo de 2,5-3,5g/kg/dia
Na insuficiência renal não ultrapassar 2g/kg/dia
Usar AA 10% 100 ml=10g, portanto 1ml=0,1 g
Vol de AA 10%= gramas x peso x 10

6. Sódio
Aporte 2-4 mEq/kg/dia
NaCl 20% 1ml=3,4 mEq SF 0,9% 1ml=0,154 mEq
1ml NaCl 20%=22 ml de SF 0,9%
Glicerofosfato de sódio 1ml= 2 mEq de Na
Concentração final 35-140 mEq/L

7. Potássio
Aporte 2-3 mEq/kg/dia
KCl 19,1% 1ml=2,5 mEq KH2PO4 13,6% 1ml=1mEq de K
Não ultrapassar a concentração final 80 mEq/L em veia central e 40
mEq/L veia periférica.
8. Cálcio
2-4 ml/kg/dia de GluCa 10% no máximo 80 ml/dia
GluCa 10% 1ml=9mg=0,45 mEq
CaCl 10% 1ml=27,2mg=1,36mEq
Cálcio + magnésio não podem ultrapassar 16 mEq/L

9. Magnésio
Aporte 0,25-0,5 mEq/kg/dia
MgSO4 6% 1ml= 0,5 mEq MgSO4 10% 1ml= 0,8 mEq
MgSO4 20% 1ml= 1,6 mEq MgSO4 50% 1ml= 4 mEq

10. Fósforo
Aporte 0,5-2mEq/kg/dia=0,5-2 mmol/kg/dia
Fosfato monobásico de K 13,6% 1 ml=1 mmol de PO4 e 1 mEq de K
Max 20ml/dia
Glicerofosfato de sódio 1 ml=1 mmol de PO4 e 2 mEq de Na
Fósforo orgânico 1 ml=0,33 mmol
Para evitar precipitação para cada 100 ml de NPT cabem 3 ml de
GluCa 10% e 1 ml de KH2PO4 13,6%

11. Vitaminas
Polivitamínico 3-5 ml/dia
Vitamina K se jejum prolongado
0,1-0,3 ml/semana IM (Kanakion 1 ml=10mg)
Ácido fólico 0,5ml 15/15 dias IM (Leucovorin 1 ml=1mg)
Vit B12 100 mcg 15/15 dias IM

12. Oligoelementos
Aporte 0,1-0,2 ml/kg/dia Maximo 4 ml/dia
13. Zinco
200 mcg/kg/dia se <14 dias e 400mcg/kg/dia se >14 dias
Max 1000 mcg/dia
Descontar do OE (0,1ml=100mcg)
Não usar se Bilirrubina>2 ou Insuficiência renal grave

14. Osmolaridade
Via periférica Max 900 mOsm/L

Osmolaridade AA = % solução x 100


Osmolaridade glicose= % solução x 50
Lipídeos = 1,7 mOsm/g
Na e K = 2 mOsm/mEq
Ca = 1,4 mOsm/mEq
Mg = 1,0 mOsm/mEq

15. Controles laboratoriais

Diário Semanal Quinzenal


Balanço hídrico Estatura Gaso venosa
Peso Na,K,Cl após PT e albumina
Dextro estabilização HMG
Glicosúria Ca,Po4.Mg U/Cr
Eletrólitos –fase Lipidograma Função hepática
inicial, paciente
instável
ENCEFALOPATIA HEPÁTICA

Estágio Manifestações Clínicas Alterações EEG


Grau I Confusão, alteração de humor Mínimas
Grau II Sonolência, comportamento Lentificação
inapropriado generalizada do ritmo
Grau III Maior sonolência mas obedece Lentificação anormal
a ordens simples ou pode ser grosseira
despertado
Grau IV Coma, responde a estímulos Ondas delta, amplitude
A dolorosos diminuída
Grau IV Coma profundo, não responde Ondas delta, amplitude
B a estímulos diminuída

TRATAMENTO

1. Jejum até descartar doença metabólica. Passar SNG.


2. Restrição protéica 1g/kg/dia.
3. Restrição hídrica 75% das necessidades.
4. Monitorar hipoglicemia e hiponatremia.
5. Corrigir distúrbios hidroeletrolíticos e acido base.
6. Suspender quaisquer medicamentos desnecessários.
7. Prevenção da Hemorragia digestiva (Ranitidina ou Omeprazol).
8. Em caso de sangramento administrar plasma fresco.
9. Vitamina K EV lactentes 1mg, cças 5mg, cças maiores 10mg.
10. Lactulose 1-2ml/kg/dose de 3-4 vezes ao dia.
11. Neomicina 50-100mg/kg/dia de 6/6h.
12. Flumazenil pode reverter temporariamente os efeitos da
encefalopatia, sua administração é seguida por um período de
despertar de minutos a horas.
13. Monitorização neurológica (risco de edema cerebral).
14. Manter Hb > 10g/L.
CONSTIPAÇÃO INTESTINAL
Enemas Esvaziatórios
Fazer durante 3 a 5 dias. Suspendê-los quando o paciente eliminar
fezes amolecidas, 1-2 vezes ao dia.

a. Fleet enema® (fosfato de sódio dibásico 0,06 g + fosfato de sódio


monobásico 0,16 g/mL frasco 130 mL). Não usar antes dos 2 anos,
na insuficiência renal ou na Doença de Hirschsprung.
- Dose=6 mL/Kg (máximo de 1 frasco).

b. Minilax® (lauril sulfato de sódio 0,05 g + sorbitol 70% 4,64 g


bisnaga 6,5 g).
- Dose=1 bisnaga/vez, pode ser repetida uma vez se necessário.

c. Solução Glicerinada (disponível comercialmente em solução a 12%,


ou pode ser preparada com 10% de glicerina anidra + 90% de SF
0,9% ou água morna).
- Dose= 10-20 ml/Kg/vez em gotejam/o lento no máximo de 250 ml.

d. Clister caseiro: 1 porção óleo de cozinha e 2 de soro fisiológico ou


água fervida morna com uma pitada de sal = 20ml/kg até o máximo
de 250ml.

Tratamento de Manutenção

a. Óleo Mineral: contra indicado para < 2 anos e crianças com refluxo
gastro esofágico acentuado ou problemas neurológicos pelo alto risco
de pneumonia lipoídica.
- Dose = 1-3 ml/kg/dia em 1-3 vezes, longe das refeições.
- 5-11 anos: 5-10 ml/dia em 1-3X
- >12 anos 15-45 ml/dose
b. Leite de Magnésia (Hidróxido de Magnésio 400mg/5ml): evitar em
menores de 1 ano e pacientes com insuficiência renal
- Dose=1-3 ml/kg/dia em 1-2 tomadas
- <2 anos: 0,5ml/kg/ dia
- 2-5 anos: 5-15ml/dia
- 6-12 anos: 15-30ml
- >12 anos: 30-60ml/dia

c. Lactulose (Lactulona® 667 mg/mL)


- 1 a 3 ml/kg/dia distribuída em 1 ou 2 tomadas.
- < 1 ano: 5 ml/dia
- 1-5 anos: 5-10 ml/dia
- 6-12 anos: 10-15 ml/dia
- >12 anos: 15-30 ml/dia

PRÓ-CINÉTICOS E ANTI-EMÉTICOS – DOSES

INTERVALO
DROGA DOSE APRESENTAÇÕES
ENTRE DOSES
Bromoprida 0,5-1mg/kg/dia Gotas 4mg/ml
(dose máx: (3-6 gotas/kg/dia) Solução 1mg/ml
8/8h
10-20 EV: 1cp=10mg
mg/dose) 0,03mg/kg/dose 1amp=10mg/2ml
Domperidona 0,25mg/kg/dose 8/8h 1ml/1mg
> 2 anos: 10-
Granisetrona 1amp=1ml
20mg/kg/dose
<4 anos:
0,15mg/kg/dose 1cp=4 ou 8mg
Ondasetrona 8/8h
4-11a: 4mg/dose 1amp=4 ou 8mg
>12a:8mg/dose
ANTIÁCIDOS – DOSES

DROGA DOSE INTERVALO DOSE MÁX. APRESENTAÇÕES


Ranitidina RN: 2-4 De 8/8h ou 150mg/dose 15mg/ml
VO mg/kg/dia 12/12h 1cp=150 mg
Lactentes e
crianças:4-5
mg/kg/dia
Ranitidina RN :2 De 6/6 ou 50mg/dose 1amp=
EV mg/kg/dia 8/8h 50mg/2ml
Lactentes e
crianças:2-4
mg/kg/dia
Famotidina 1-1,2 1x/dia ou 40mg/dia 1cp=20 ou 40mg
mg/kg/dia 12/12h
Cimetidina Lactentes: 6/6h ou 400mg/dose 1cp=200, 300,
10-20 12/12h 400 ou 800mg
mg/kg/dia
Crianças: 20-
40 mg/kg/dia
Omeprazol 0,6-0,7 1x/dia ou 40mg/dose 1cp=10 ou 20mg
mg/kg/dose de 12/12h 1amp=40mg
(0,3-3,3
mg/kg/dia)
Lanzoprazol 0,8 1x/dia ou 30mg/dose 1cp=15 ou 30mg
mg/kg/dose de 12/12h
Pantoprazol 6-13 anos: 1x/dia 40mg/dia 1cp=20 ou 40mg
0,5-1mg/kg/ 1 amp=40mg
dia ou 20
mg/dose
Maiores: 20-
40mg/dose
Sucralfato 40-80 6/6h 1g/dose 1g/5ml
mg/kg/dia 1cp=1g
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INFECTOLOGIA
PRECAUÇÕES PADRÃO

1. Higiene das Mãos.


2 Luvas de procedimento: contato com sangue ou fluidos biológicos.
3. Avental de manga longa, máscara e protetor ocular.
4. Limpeza e desinfecção de equipamentos/superfícies contaminados.
5. Cuidados com perfuro cortantes

PRECAUÇÕES DE CONTATO

1. Quarto privativo ou coorte.


2. Luvas de procedimento.
3. Aventais de manga longa: exclusivo para cada paciente
4. Equipamentos de uso exclusivo para cada paciente: POX, esteto,
termômetro
5. Reduzir o transporte de pacientes e manter as precauções durante
o transporte
6. Limpeza diária e desinfecção dos itens e superfícies que o paciente
tem contato com álcool 70%.

PRECAUÇÕES PARA GOTÍCULAS

1. Quarto privativo ou coorte de pacientes com a mesma condição:


distância mínima de 1 metro.
2. Máscara cirúrgica.
3. Transporte de pcte: limitar ao mínimo possível e máscara comum.

PRECAUÇÕES PARA AEROSSÓIS

1. Quarto privativo: PORTAS SEMPRE FECHADAS.


2. Máscara N95
3. Transporte de pcts: apenas qdo necessário c/ máscara comum.
INDICAÇÕES DE PRECAUÇÕES DE CONTATO

Abscesso e feridas extensas com grande drenagem não contida


Impetigo e furunculose
Escabiose e Pediculose
Diarréia infecciosa em incontinentes
Hepatite A
Herpes neonatal
Herpes mucocutâneo severo
Varicela e Herpes Zoster*
Rubéola congênita
Infecção ou colonização por germes MDR
Vírus Respiratórios

INDICAÇÕES DE PRECAUÇÕES PARA GOTÍCULAS

Influenza até 7º dia sintomas


Adenovírus
Coqueluche até 5 dias do tratamento
Rubéola
Caxumba
Meningite por meningococo e Hib até 24h de tratamento
Escarlatina - até 24h do tratamento

INDICAÇÕES DE PRECAUÇÕES PARA AEROSSÓIS

Tuberculose pulmonar bacilífera


Sarampo
Varicela***
Herpes zoster em imunossuprimidos
MEDIDAS DE CONTROLE DE IH PELO VSR

A. Colocar todos os pacientes c/ quadro clínico sugestivo de infecção


pelo VSR, ou seja, bronquiolite / PNM viral, em precauções de
contato:
- Higienizar as mão antes e após cada contato com o paciente,
inclusive após retirar as luvas.
- Usar luvas de procedimento e aventais em qualquer contato com o
paciente ou c/ o ambiente ao seu redor. O avental é de uso exclusivo
para cada paciente e deve ser retirado após prestar os cuidados.
- Máscaras e óculos de proteção devem ser usados apenas para a
realização de procedimentos que possam gerar respingos de
secreções respiratórias (precauções padrão).
- Limitar a movimentação dos pacientes p/ fora do quarto apenas qdo
necessário e manter as precauções de contato durante o transporte.

B. Colocar os pacientes infectados sempre que possível em quartos


privativos ou compartilhando o quarto com outros pacientes também
infectados pelo VSR. Estabelecer grupos diferentes de profissionais de
saúde para cuidar dos pacientes infectados e dos não infectados.

C. Evitar que os profissionais com sintomas respiratórios cuidem de


pacientes de maior risco, como os recém nascidos prematuros e os
portadores de doenças cardíacas e pulmonares e solicitar que os
mesmos utilizem máscaras ao cuidar dos demais pacientes.

D. NÃO compartilhar equipamentos de assistência ou brinquedos


entre os pacientes. Quando não for possível realizar desinfecção com
álcool 70% entre os usos.

E. Manter estas precauções por toda a hospitalização para todos os


pacientes com VSR confirmado.
MEDIDAS DE CONTROLE DE IH PELA BORDETELLA PERTUSSIS

- A Coqueluche é transmitida por via áerea, através de gotículas de


secreção respiratória e pode ocorrer até o 5º dia do tto antibiótico.
- Lembrar que grande parte da população adulta, inclusive nós
profissionais de saúde, é suscetível à coqueluche pois a imunidade
adquirida pela vacinação ou infecção prévia é perdida com o tempo.
- Lactentes abaixo de 6 meses com infecção por vírus respiratórios
podem apresentar um quadro de Sd coqueluchóide, muitas vezes
difícil de diferenciar de um episódio de coqueluche. Além disso é
possível que a cça esteja infectada pelos 2 agentes ao mesmo tempo.
- Enqto que nas infecções pelo VSR ñ há indicação de uso de máscara
cirúrgica, nos casos suspeitos de coqueluche a mesma está indicada.

A. Todos os casos suspeitos de coqueluche devem ser colocados em


isolamento respiratório para gotículas:
- Quarto privativo
- Uso de máscaras cirúrgicas por todos que adentrarem ao quarto
- Limitar a movimentação dos pacientes para fora do quarto apenas
qdo necessário e utilizem máscaras cirúrgicas durante o transporte.

B. O isolamento respiratório deve ser mantido por 5 dias após o inicio


do tto específico com Eritromicina, Azitromicina ou Claritromicina

Definição de caso suspeito de Coqueluche:


- Todo indivíduo (independente de idade / estado vacinal) que tenha
tosse seca associada a um ou mais dos seguintes sintomas: tosse
paroxística (súbita incontrolável c/ tossidas rápidas e curtas, ou seja,
5 a 10 em uma única expiração); guincho inspirat; vômitos pós-
tosse.
- Todo indivíduo (independente da idade / estado vacinal), que tenha
tosse seca e história de contato c/ caso suspeito/confirmado.
COQUELUCHE

Infecção respiratória aguda do trato respiratório inferior causada pela


Bordetella pertussis
Fisiopatologia: A B.pertussis adere ao epitélio respiratório e produz
toxinas que levam à destruição do mesmo e disfunção ciliar, com
acúmulo de uma secreção viscosa que obstrui os brônquios menores
e bronquíolos. A tentativa de eliminar estas secreções origina os
paroxismos de tosse típicos da doença.
Epidemiologia: Acomete principalmente os lactentes abaixo de 4
meses ainda não imunizados. Cerca de 25% dos casos ocorrem em
adolescentes e adultos jovens, que têm um papel importante na
cadeia de transmissão da doença, funcionando como fonte de
infecção para as crianças pequenas. Neste grupo a infecção
comumente é subclínica ou atípica, levando a atraso do diagnóstico e
instituição das medidas de controle. A imunidade adquirida por
vacinação ou por infecção prévia decresce com o tempo (5-10 anos).
Período de Incubação: Em média de 5 a 10 dias, podendo variar
entre 1 a 3 semanas e raramente chegando a 42 dias.
Período de Transmissibilidade :Estende-se de 5 dias após o contato
com um doente até 3 semanas após o início da fase paroxística,
sendo maior na fase catarral. Em lactentes menores de 6 meses não
tratados, a transmissibilidade pode prolongar-se por ate 4 a 6
semanas após o inicio da tosse.

FASE CATARRAL: Com duração de 1 ou 2 semanas. Inicia-se com


febre baixa, mal-estar geral, coriza e tosse seca, seguidos pela
instalação gradual dos acessos de tosse que vão se tornando cada
vez mais intensos e frequentes, até que passam a ocorrer de forma
paroxística. Os lactentes menores de 6 meses podem apresentar uma
fase catarral curta, que muitas vezes passa despercebida.
FASE PAROXÍSTICA: Geralmente é afebril (a presença de febre
sugere uma infecção bacteriana secundária). A manifestação típica
são os paroxismos de tosse seca, durante os quais o paciente não
consegue inspirar e apresenta protrusão da língua, congestão facial e,
eventualmente, cianose. O acesso de tosse termina com uma
inspiração forçada e prolongada, o guincho, e pode ou não ser
seguido de vômitos. Os episódios de tosse paroxística aumentam em
frequência e intensidade nas duas primeiras semanas desta fase e
depois diminuem gradativamente. Nos intervalos dos paroxismos o
paciente passa bem. Essa fase dura de 2 a 6 semanas.

FASE DE CONVALESCENÇA: Os paroxismos de tosse desaparecem


dando lugar a episódios de tosse comum. Esta fase persiste por mais
2 a 3 semanas porém, em alguns casos, pode se prolongar por até 3
meses nos lactentes menores de 6 meses.
Infecções respiratórias de outra natureza, que se instalam durante a
fase de convalescença, podem provocar o reaparecimento dos
paroxismos de tosse.

ATENÇÃO!! Indivíduos vacinados há mais de 5 anos podem


apresentar formas atípicas da doença, com tosse persistente, porém
sem o guincho característico. Nos lactentes menores de 6 meses a
doença pode cursar com apneia, cianose e ausência de guincho.

Complicações:
Pneumonia bacteriana secundária, pneumotórax, atelectasias,
convulsões, encefalopatia, hemorragia conjuntival, surgimento de
hérnias, prolapso retal e desnutrição.
DEFINIÇÃO DE CASO SUSPEITO
Em decorrência do aumento do número de casos da doença, esta
definição foi atualizada na Nota Informativa nº 08, de 2014
DEVIT/SVS/MS. Anteriormente era considerado o período de tosse há
14 dias ou mais em todas as idades.
A. Menor de seis meses de idade: Toda criança, independente do
estado vacinal, que apresente tosse de qualquer tipo há 10 dias ou
mais, associada a um ou mais dos seguintes sinais e sintomas:
- Tosse paroxística – tosse súbita incontrolável, com tossidas rápidas
e curtas (5 a 10), em uma única expiração.
- Guincho inspiratório
- Vômitos pós-tosse
- Cianose, apneia
- Engasgos
B. Idade ³ 6 meses: Todo indivíduo, independente da idade e
situação vacinal, que apresente tosse de qualquer tipo há 14 dias ou
mais, associada a um ou mais dos seguintes sinais e sintomas:
- Tosse paroxística
- Guincho inspiratório
- Vômitos pós-tosse
- Cianose
- Apneia
- Engasgos

C. Todo indivíduo com tosse por qualquer período e história de


contato íntimo com um caso confirmado de coqueluche.

ALTERAÇÕES LABORATORIAIS
Ao final da fase catarral o número total de leucócitos é maior do que
20 mil, podendo elevar-se para 30-40 mil/mm3 no período
paroxístico, com linfocitose de 60% a 80%.
Os lactentes jovens e aqueles pacientes parcialmente imunizados
podem não apresentar uma linfocitose significativa.
O Raio X de tórax apresenta a característica a imagem de “coração
borrado” ou “franjado”, onde as bordas da imagem cardíaca não são
nítidas, devido aos infiltrados pulmonares.

CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA
Coleta de secreção de nasofaringe para cultura e PCR para
B.pertussis. Colher de preferência no início dos sintomas e antes da
antibioticoterapia (no máximo 3 dias após o início)
Requer um swab de algodão alginato ou Dracon e um tubo com meio
de transporte com antibiótico - Regan-Lowe (RL). Enviar ao Instituto
Adolfo Lutz.
Tratamento: Recomendações Nota Informativa nº 08, de 2014
DEVIT/SVS/MS

ATENÇÃO!!!
O tratamento antimicrobiano em geral não modifica o curso da
doença, quando iniciado após a fase catarral, mas é essencial para
erradicar a B. pertussis.

1a Escolha Azitromicina
Idade Posologia
< 6 meses 10mg/kg 1x/dia por 5 dias
≥ 6 meses 10mg/kg (máximo 500mg) no primeiro dia e após 5
mg/kg (máximo 250mg) 1x/dia por mais 4 dias
Adultos 500mg no 1º dia e após 250mg 1x/dia por mais 4 dias

2a Escolha Claritromicina
Idade Posologia
< 1mês Não recomendado
1-24 meses ≤ 8kg 7,5mg/kg/dose de 12/12 h por 7 dias
> 8kg 62,5 mg/dose de 12/12 h por 7 dias
3-6 anos 125 mg/dose de 12/12 h por 7 dias
7-9 anos 187,5 mg/dose de 12/12 h por 7 dias
≥ 10 anos 250 mg/dose de 12/12 h por 7 dias
Adultos 500 mg/dose de 12/12 h por 7 dias

Eritromicina
Idade Posologia
< 1mês Não recomendado
1-24 meses 125 mg/dose de 6/6h por 7-14 dias
2-8 anos 250 mg/dose de 6/6h por 7-14 dias
> 8 anos 250-500 mg/dose de 6/6h por 7-14 dias
Adultos 500 mg/dose de 6/6h por 7-14 dias
SMX-TMP (apenas em caso de alergia ou intolerância aos
macrolídeos)
Idade Posologia
< 2 meses Contraindicado
2-5 meses 100mg de SMX/20mg de TMP de 12/12h por 7 dias
≥6 meses - 5 a 200mg de SMX/40mg de TMP de 12/12h por 7 dias
6-12 anos 400mg de SMX/80mg de TMP de 12/12h por 7 dias
Adultos 800mg de SMX/160mg de TMP de 12/12h por 7 dias

INDICAÇÕES DE INTERNAÇÃO
- Desconforto respiratório e/ou taquipnéia
- Pneumonia bacteriana secundária
- Incapacidade de alimentação
- Cianose ou apneia
- Convulsões

CRITÉRIOS DE ALTA
- A criança é capaz de tolerar os acessos de tosse sem ficar com
hipóxia ou bradicárdica
- Capacidade de se alimentar
- Cuidadores confiáveis e seguros
- Garantia de seguimento clínico

TRATAMENTO ADJUVANTE
- Suporte clínico e monitoramento (FC, FR, Sat O2)
- Prevenção e tratamento das complicações
- Podem ser necessárias hidratação EV ou alimentação por SNE
(lembrar que a sonda pode estimular o reflexo de tosse em algumas
crianças)
- Nenhuma medicação é comprovadamente eficaz no controle da
tosse. O uso de aerossóis pode precipitar e piorar os acessos de
tosse.
SINAIS DE ALARME
- Taquipnéia com FR acima de 60 irpm
- Frequência Cardíaca abaixo de 50 bpm
- Hipóxia persistente após paroxismos
- Contagem de leucócitos acima de 50.000 células/mm3

QUIMIOPROFILAXIA DOS CONTACTANTES


- Objetivo: evitar o surgimento de casos secundários da doença.
- São usadas as mesmas medicações e doses recomendadas para tto.
- Deve ser indicada em situações muito especiais.

Para decidir sobre sua indicação devemos considerar:


- Contagiosidade do paciente índice
- Intensidade da exposição
- Potenciais consequências da coqueluche no contactante
- Possibilidade de exposição secundária a indivíduos de alto risco
- Os comunicantes íntimos, < de 7 anos inadequadamente vacinados
deverão receber assim que possível uma dose de vacina contra a
coqueluche e orientação para completar o esquema de vacinal.

A quimioprofilaxia está indicada para os seguintes comunicantes*:


- Crianças < 1 ano que tenham tido contato íntimo com um caso de
coqueluche independente da situação vacinal.
- Crianças entre 1-7 anos ñ vacinadas ou c/ esquema vacinal incom-
pleto (< 4 doses) que tiveram contato íntimo c/ caso de coqueluche.
- Comunicantes adultos que trabalhem em profissões que envolvam o
contato direto e frequente com < 1 ano ou imunodeprimidos (estes
devem ser afastados de suas atividades, por 5 dias após o início do
uso do antimicrobiano).
- Comunicantes adultos que residam com crianças < 1 ano de idade.
- Comunicantes que são imunodeprimidos.
* Definição de Comunicante:
Qualquer pessoa que tenha tido contato íntimo** com um caso de
coqueluche, entre o início da fase catarral até 3 semanas após o início
da fase paroxística da doença (período de transmissibilidade).

** Definição de Contato Íntimo:


- Moradores do mesmo domicílio
- Crianças que frequentem a mesma sala na creche.
- Compartilhar ambiente fechado c/ pcte sintomático por ³ 1 hora.
- Contato direto com secreções respiratórias ou orais (tosse, espirro,
compartilhar talheres) de um paciente sintomático.

IMPORTANTE!!! A quimioprofilaxia apresenta maior eficácia quando


instituída dentro de 21 dias do início da fase paroxística no caso
índice. Caso a exposição tenha ocorrido após 21 dias ou mais do
início da tosse no caso índice, a quimioprofilaxia deve ser considerada
para aqueles indivíduos com contatos de alto risco.***

***Contatos com alto risco:


- Lactentes menores de 1 ano.
- Gestantes no terceiro trimestre.
- Pessoas com imunodeficiência.
- Portadores de doenças pulmonares crônicas.
- Pessoas que trabalham em serviços de saúde ou diretam/e c/ cças.

CONTROLE DA FONTE DE INFECÇÃO:


- Pacientes hospitalizados: Isolamento em quarto privativo com
precauções respiratórias para gotículas até o 5o dia de tratamento
- Pacientes não hospitalizados: afastamento das atividades escolares
ou de trabalho por 5 dias após o início do tratamento ou por 21 dias
após o início da fase paroxística para aqueles não tratados.
TRATAMENTO DAS INFECÇÕES POR CANDIDA SP

Quando pensar em Candidemia?


Febre não responsiva a antibioticoterapia de amplo espectro +
hospitalização prolongada + exposição a múltiplos fatores de risco.

O diagnóstico pode ser baseado em Escores Diagnósticos, contudo


nenhum eles está validado para uso em pacientes pediátricos.

Escore de Leon (Cândida Score)


Critério Pontos Valores % de Candidemia
Sepse grave 2 <3 2,3
Cirurgia 1 3 8,5
NPT 1 4 16,8
Colonização multifocal 1 5 23,6

TERAPIA ANTIFÚNGICA EMPÍRICA


ESCOLHA ALTERNATIVA COMENTÁRIOS
Pacientes NÃO Fluconazol ou Anfo-D ou Iniciar baseado
NEUTROPÊNICOS Equinocandina Anfo- L em fatores de
risco com ou sem
colonização de
sítios não estéreis
Pacientes Anfo- L ou Fluconazol ou Considerar uso a
NEUTROPÊNICOS Caspofungina Itraconazol partir de 4 dias de
ou Voriconazol febre a despeito
de
antibioticoterapia
de amplo espectro
TRATAMENTO DAS INFECÇÕES GENITO-URINÁRIAS POR CANDIDA
Primeira Escolha Alternativa Tempo de
tratamento
Candidúria Tratamento ñ é indicado de rotina, Eliminar os
Assintomática apenas antes de cirurgia urológica fatores
(mesma dose de pielonefrite). Em predisponentes
pacientes de alto risco (ex: SVD, ATB)
(neutropênicos e RNPT de EBPN)
investigar candidíase disseminada.
Cistite Fluconazol: 200 Anfo-D: 0,3- Eliminar os
sintomática mg (3 mg/kg/dia 0,6 mg/kg/dia fatores
em crianças) por por 1-7 dias predisponentes
7-14 dias
Pielonefrite Fluconazol: 200– Anfo-D: 0,5-
400 mg (3–6 0,7 mg/kg/dia
mg/kg/dia em por 14 dias
cças) - 14 dias
Bola fúngica Idem pielonefrite idem Remoção cirúrgi-
urinária pielonefrite ca fortem/e
recomendada
CANDIDEMIA NEONATAL

ESCORE DIAGNÓSTICO DE CANDIDEMIA NEONATAL


PONTOS
Plaquetas ≥ 150.000 0
<150.000 2
Uso de Cefalosporinas de 3a geração ou Sim 1
Não 0
carbapenens nos últimos 7 dias
Idade gestacional ≥ 28 sem 0
25-27 sem 1
< 25 sem 2

PROFILAXIA DA CANDIDEMIA NEONATAL


Devido à elevada incidência e morbimortalidade, muitos autores
recomendam a profilaxia das infecções fúngicas invasivas para os
recém nascidos de elevado risco como peso ao nascer <1000g e pelo
menos 2 dos seguintes:
- Jejum prolongado
- Cirurgia abdominal
- Nutrição parenteral
- Uso de antimicrobianos de amplo espectro
- Corticoterapia prolongada

A droga recomendada é o Fluconazol na dose de 3-6mg/kg/dose IV


ou VO 2 vezes por semana. A profilaxia deve ser suspensa assim que
os fatores de risco deixarem de existir ou ser mantida por no máximo
2 semanas.
CRITÉRIOS DE DUKE MODIFICADOS – ENDOCARDITE
INFECCIOSA

Caso confirmado = 2 critérios maiores OU 1 critério maior e 3 critérios


menores OU 5 critérios menores.
Caso possível = 1 critério maior e 1 critério menor OU 3 critérios menores.
Caso descartado = alternativa diagnóstica concreta OU resolução do quadro
com antibioticoterapia por tempo ≤ 4 dias OU nenhuma evidencia patológica
de endocardite em necropsia ou cirurgia com tempo de ATB < 4 dias OU
não preenchimento dos critérios acima.

Critérios Maiores

1. Hemocultura Positiva
A. Crescimento de germes tipicamente causadores de Endocardite
infecciosa em 2 ou mais HMC colhidas separadamente (Estreptococo
do Grupo viridans, S. bovis, Grupo HACEK, Staphylococcus aureus,
Enterococos (na ausência de foco primário de infecção). OU
B. Hemocultura persistentemente positiva OU
C. Isolamento por cultura de Coxiella burnetii ou anticorpos IgG com
títulos ≥ 1:800

Grupo HACEK: Haemophilus spp,. Actinobacillus actinomycete


comitants, Cardiobacterium hominis, Eikenella spp, e Kingella kingae

2. Evidencia de envolvimento cardíaco


A. Alterações no Ecocardiograma: presença de vegetação em valva
ou material protético (sem uma explicação anatômica) ou abscesso
perivalvar ou nova deiscência parcial de prótese OU
B. Nova regurgitação valvar: aparecimento de sopro ou mudança das
características de um sopro pré-existente.
CRITÉRIOS DE DUKE MODIFICADOS – ENDOCARDITE
INFECCIOSA

Critérios Menores

1. Fator predisponente: valvopatia prévia ou uso de drogas EV.


2. Febre.
3. Fenômenos imunológicos:
- Fator reumatóide positivo
- Glomerulonefrite
- Nódulos de Osler
- Manchas de Roth
4. Fenômenos vasculares:
- Êmbolos sépticos
- Infarto pulmonar séptico
- Aneurisma micótico
- Hemorragia intracraniana
- Hemorragia conjuntival
- Lesões de Janeway
5. Evidência microbiológica:
- Hemocultura positiva sem preencher os critérios maiores ou
evidência sorológica de infecção ativa com microrganismo
compatível com endocardite infecciosa.
ENDOCARDITE INFECCIOSA

Aguda: sintomas com duração de dias até 1-2 semanas


- Toxemia e complicações embólicas. Fenômenos imunológicos
são menos comuns. Valvas previamente normais
- Principais agentes: S. aureus, S.pyogenes
Subaguda: tempo de doença > 6 semanas
- Apresentação insidiosa
- Principais agentes: Estreptococos e Enterococos

AGENTES
Valva Nativa
Idade Estreptococos Enterococo S. SCoN BGN Cultura
aureus negativa
RN 15-20% 0% 40- 10% 10% 4%
50%
2 meses 40-50% 4% 25% 5% 5% 0-15%
-15 anos
>15 anos 45-65% 5-8% 30- 3- 4- 3-10%
40% 5% 8%

Valva Protética
Tempo pós Estreptococos Enterococo S. SCoN BGN Fungo
cirurgia aureus
<2 meses 1% 8% 20- 30- 10- 5-
40% 35% 15% 10%
2-12 meses 7-10% 12% 10- 30- 2-4% 10-
15% 35% 15%
>12 meses 30-33% 11% 15- 10- 4-7% 1%
20% 12%

Tratamento:
Endocardite Aguda: iniciar antibioticoterapia empírica logo após
coleta de 2-3 pares de hemocultura (intervalo de 30 min-1 hora).
Endocardite Subaguda: colher hemoculturas seriadas num período de
24-72h e iniciar antibioticoterapia somente após os resultados das
hemoculturas.
TRATAMENTO EMPÍRICO

Valva Nativa
Tratamento Empírico
Inicial
Endocardite Aguda Não usuário de Oxacilina + Gentamicina
Drogas EV

Usuário de Drogas EV Vancomicina +


Gentamicina
Endocardite Subaguda Penicilina ou Ampicilina +
Gentamicina

Valva Protética
Tempo após a cirurgia Tratamento Empírico Inicial
< 12 meses Vancomicina + Gentamicina

> 12 meses Oxacilina+ Ampicilina + Gentamicina

ENDOCARDITE RELACIONADA A CVC

Principais agentes: S. aureus, Estafilococos coagulase negativos,


Candida e Enterococo
Fazer ECO dos pacientes com ICS relacionada a CVC se:
- Portadores de válvula protética, marca passo ou desfibrilador
implantado
- Bacteremia ou fungemia persistentes e/ou febre após 72h de
antibioticoterapia efetiva para o agente isolado + retirada do CVC
- ICS por S. aureus quando se planeja tratamento por 14 dias
Idealmente este Eco deve ser realizado pelo menos 1 semana após o
início da bacteremia (maior sensibilidade)
Considerar repetir Eco naqueles pacientes nos quais o primeiro
exame foi negativo mas a suspeita permanece alta.
TRATAMENTO POR AGENTE ISOLADO

Agente Tratamento
S.bovis ou MIC Penicilina por 4 semanas ou
S.viridans Penicilina ≤ Penicilina + Gentamicina por 2 semanas*
0,1 ou
Ceftriaxone por 4 semanas (alérgicos não
hipersensibilidade tipo I)
Alérgicos: Vancomicina 4 semanas
MIC Penicilina por 4 semanas + Gentamicina
Penicilina por 2 semanas ou
0,1-0,5 Ceftriaxone por 4 semanas + Gentamicina
por 2 semanas (alérgicos não
hipersensibilidade tipo I)

MIC Vancomicina+ Gentamicina por 4-6


Penicilina semanas
≥0,5
Enterococo Ampi S Ampicilina ou Penicilina + Gentamicina por
Genta S 4 semanas**
(6 semanas para pacientes com sintomas
há mais de 3 meses ou endocardite de
válvula protética)
Alérgicos: Vancomicina + Gentamicina por
6 semanas
Ampi S Ampicilina ou Penicilina + Estreptomicina
Genta R por 4 semanas***
(6 semanas para pacientes com sintomas
há mais de 3 meses ou endocardite de
válvula protética)
Alérgicos: Vancomicina + Estreptomicina
por 6 semanas
Ampi R Vancomicina + Gentamicina por 6 semanas
Genta S
S. aureus MSSA Oxacilina por 6 semanas**** com ou sem
Gentamicina nos primeiros 3-5 dias
Alérgicos não hipersensibilidade tipo I:
Cefalotina
MRSA Vancomicina por 6 semanas*****
SCoN Vancomicina por 6 semanas
Bacilos Gram negativos Cefalosporina de 3a ou 4a geração +
Amicacina por 6 semanas
HACEK Ceftriaxone por 4 semanas
Candida Anfo Deoxicolato 0,6-1mg/kg ou Anfo
Lipossomal 3mg/kg ou Equinocandina por
pelo menos 6 semanas
NOTAS
* Tratamentos curtos só podem ser realizados em pacientes sem
evidência de complicações intra ou extra cardíacas
** Pode-se suspender a Gentamicina após 2 semanas de uso nos
pacientes que desenvolvem toxicidade renal
*** Caso a cepa seja sensível a Estreptomicina, do contrário utilizar
monoterapia com Ampicilina ou Penicilina
**** Endocardite estafilocócica de câmaras esquerdas e todas a
endocardites estafilocócicas em crianças devem ser tratadas por 6
semanas. É mínimo o benefício clínico da associação de um
Aminoglicosídeo à Oxacilina ou Vancomicina no tratamento de
endocardite estafilocócica de câmaras esquerdas. Endocardites de
câmaras direitas não complicadas em adultos podem ser tratadas por
2 semanas utilizando a combinação Oxacilina + Gentamicina
***** Não está indicada a associação de gentamicina à vancomicina
no tratamento da endocardite por MSSA ou MRSA em válvula nativa,
apenas em válvula protética mantendo a gentamicina por 2 semanas

DOSES
Penicilina Cristalina:
S.bovis ou S.viridans com MIC £ 0,1: 200.000Ui/kg/dia (máximo 12-
18 milhões UI/dia) de 4/4 ou 6/6h
S.bovis ou S.viridans com MIC 0,1-0,5 e MIC ≥ 0,5 ou Enterococos
sensíveis: 300.000Ui/kg/dia de 4/4 ou 6/6h (máx. 24 milhões UI/dia)
Ampicilina: 300mg/kg/dia de 4/4 ou 6/6h (máximo 12g/dia)
Oxacilina: 200mg/kg/dia de 4/4 ou 6/6h (máximo 12g/dia)
Gentamicina: 3mg/kg/dia de 8/8h
Estreptomicina: 15mg/kg/dia de 12/12h
Vancomicina: 40mg/kg/dia de 12/12h ou 8/8h
Ceftriaxone: 100mg/kg/dia de 24/24h (máximo 2g/dia)
INDICAÇÕES CIRÚRGICAS EM ENDOCARDITE INFECCIOSA

Endocardite Infecciosa de valva nativa


- Regurgitação aórtica ou mitral relacionadas a IC classe funcional III
ou IV.
- Regurgitação aórtica aguda com taquicardia e fechamento precoce
de valva mitral.
- Endocardite fúngica.
- Evidências de abscesso anular ou aórtico, ou aneurisma/pseudo-
aneurisma do seio Valsalva ou aórtico.
- Evidências de disfunção valvar e bacteremia persistente por mais
de 10 dias.

Endocardite Infecciosa de valva protética


- EI de valva protética precoce com menos de 2 meses de troca
valvar.
- Disfunção da prótese valvar com IC.
- Endocardite fúngica.
- Endocardite estafilocócica não responsiva ao tto .
- Endocardite por Gram negativos.
- Evidências de leak paravalvar, ou abscesso anular ou aórtico, ou
aneurisma/pseudo-aneurisma do seio Valsalva ou aórtico, ou
formação de fístulas intra-cardíacas, ou distúrbio novo de condução
intraventricular.
INFLUENZA

SÍNDROME GRIPAL
Indivíduo que apresente febre de início súbito, mesmo que referida,
acompanhada de tosse ou dor de garganta e pelo menos um dos
seguintes: cefaléia, mialgia ou artralgia, na ausência de outro
diagnóstico específico. Em crianças < 2 anos de idade, considera-se
também como caso de síndrome gripal: febre de início súbito (mesmo
que referida) e sintomas respiratórios (tosse, coriza e obstrução
nasal), na ausência de outro diagnóstico específico.

SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE (SRAG)


Indivíduo de qualquer idade, com Síndrome Gripal e que apresente
dispnéia ou os seguintes sinais de gravidade: (1) Saturação de SPO2
≤95% em ar ambiente; (2) Sinais de desconforto respiratório ou
aumento da frequência respiratória avaliada de acordo com idade; (3)
Piora nas condições clínicas de doença de base; (4) Hipotensão em
relação à PA habitual do paciente; (5) Em cças: observar também:
BAN, cianose, tiragem intercostal, desidratação e inapetência.

FATORES DE RISCO PARA COMPLICAÇÕES

- Grávidas e puérperas até 2 hematológicas, distúrbios meta-


semanas pós parto (incluindo as bólicos (DM), transtornos neuro-
que tiveram aborto / perda fetal). lógicos que podem comprometer
- Cças < 2 anos ou > 60 anos. a função respiratória ou ↑ o risco
- População indígena aldeada. de aspiração, imunossupressão
- Indivíduos que apresentem: (medicamentos, neoplasias, HIV/
pneumopatias (asma), cardiovas- Aids ou outros, obesidade, < 19
culopatias (excluindo HAS), ne- anos em uso prolongado de AAS.
fropatias, hepatopatias, doenças
MANEJO DE INFLUENZA

A. Síndrome Gripal em pctes com fatores de risco para complicações


- Indicado Oseltamivir empírico independente da situação vacinal.
- NÃO AGUARDAR CONFIRMAÇÃO LABORATORIAL.

B. Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG)


- Internação e terapia de suporte, incluindo hidratação venosa e O 2.
- Indicado Oseltamivir após a suspeita clínica, independentemente da
coleta de material para exame laboratorial.
- Na possibilidade de coleta de amostras para exame laboratorial,
esta deve ser realizada preferencialmente antes do início do
tratamento e em pacientes com até 7 dias de início dos sintomas.
- O quadro clínico pode ou ñ ser acompanhado de alterações labora-
toriais (leucocitose, leucopenia ou neutrofilia) e radiológicas (infiltra-
do intersticial localizado/difuso ou presença de área de condensação).

C. Síndrome Gripal em pctes sem fatores de risco para complicações


- Não iniciar medicação antiviral rotineiramente.
- Todos os pctes de sd. gripal em seguimento ambulatorial devem ser
orientados para retornar ao serviço de saúde em caso de piora.
- Sinais de agravamento: (1) aparecimento de dispneia ou taquipnéia
ou SpO2 < 95%; (2) persistência ou ↑ da febre por mais de 3 dias
(pode indicar pneumonite primária pelo vírus influenza ou secundária
a infecção bacteriana); (3) exacerbação de dça pré-existente (DPOC,
cardiopatia ou outras doenças com repercussão sistêmica); (4)
disfunções orgânicas graves; (5) alteração do sensório; (6) exacerba-
ção dos sintomas gastrointestinais em cças; (7) desidratação.
- Todos os pacientes que apresentarem sinais de agravamento devem
também receber de imediato o tratamento com o antiviral.
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DE INFLUENZA

DROGA FAIXA ETÁRIA TRATAMENTO


Fostato de Adulto 75 mg, 12/12h, 5 dias
Idade > 1 ano ≤ 15 kg 30 mg, 12/12h, 5 dias
Oseltamivir
15 – 23 kg 45 mg, 12/12h, 5 dias
(Tamiflu®) 23 – 40 kg 60 mg, 12/12h, 5 dias
> 40 kg 75 mg, 12/12h, 5 dias
Idade < 1 ano < 3 meses 12 mg, 12/12h, 5 dias
3 – 5 meses 20 mg, 12/12h, 5 dias
6 – 11 meses 25 mg, 12/12h, 5 dias

QUIMIOPROFILAXIA PARA INFLUENZA

DROGA FAIXA ETÁRIA TRATAMENTO


Fostato de Adulto 75 mg/dia, 10 dias
Idade > 1 ano ≤ 15 kg 30 mg/dia, 10 dias
Oseltamivir
15 – 23 kg 45 mg/dia, 10 dias
(Tamiflu®) 23 – 40 kg 60 mg/dia, 10 dias
> 40 kg 75 mg/dia, 10 dias
Idade < 1 ano < 3 meses Sub juízo clínico
3 – 5 meses 20 mg/dia, 10 dias
6 – 11 meses 20 mg/dia, 10 dias

- Crianças com menos de 3 meses - Não é recomendado a menos que


a situação seja julgada crítica.
- Crianças de 3 meses - 1 ano (3 mg/kg, uma vez ao dia).
INDICAÇÕES DE QUIMIOPROFILAXIA PARA INFLUENZA

- Após exposição a caso suspeito ou confirmado de influenza se:


→ Pessoas com risco elevado de complicações, não vacinadas ou
vacinadas há < 2 semanas.
→ Crianças < 9 anos de idade, primovacinadas, no intervalo entre a
1ª e a 2ª dose ou há menos de 2 semanas após a 2ª dose, caso
tenham fatores de risco ou idade < 2 anos.
→ Pessoas com graves deficiências imunológicas (medicamentos
imunossupressores; AIDS com imunodepressão avançada) ou outros
fatores que possam interferir na resposta à vacinação.
→ Profissionais de laboratório, não vacinados ou vacinados a menos
de 15 dias, que tenham manipulado amostras clínicas de origem
respiratória contendo o vírus influenza sem uso adequado de EPI.
→ Trabalhadores de saúde, não vacinados ou vacinados há < 15 dias,
e que estiveram envolvidos na realização de procedimentos invasivos
geradores de aerossóis ou na manipulação de secreções de caso
suspeito ou confirmado de influenza, sem o uso adequado de EPI.
→ Residentes de alto risco em instituições fechadas e hospitais de
longa permanência, durante surtos na instituição.

- A quimioprofilaxia não é recomendada se o intervalo após a última


exposição a uma pessoa com infecção pelo vírus for maior que 48h.

- Para que a quimioprofilaxia seja efetiva, o antiviral deve ser


administrado durante a potencial exposição à pessoa com influenza e
continuar por 7 dias após a última exposição conhecida.
SUPERINFESTAÇÃO POR ÁSCARIS

1. Solicitar: RX abdome simples e ortostático, eletrólitos e


gasometria.
2. Jejum.
3. Hidratação endovenosa (reparação ou manutenção mais perdas).
4. Sonda naso-gástrica em drenagem.
5. Óleo mineral (passar por SNG):
- Crianças até 2 anos: 50 ml 2X com intervalo de 30 min entre doses.
- Crianças maiores: 50 ml 3X com intervalo de 30 min entre as
doses.
6. Anti-helmíntico de amplo espectro (após eliminar o óleo pelo ânus)
- Crianças < 2 anos: Mebendazol 100 mg de 12/12h por 3 dias.
- Crianças > 2 anos: Albendazol 400mg dose única ou Mebendazol
Importante: cuidado na administração do óleo mineral pelo risco de
aspiração e pneumonia lipóide. Administrar preferencialmente por
sonda naso entérica. Não usar em crianças menores de um ano e
naquelas com distúrbios de deglutição.

NEUROCISTICERCOSE

Praziquantel 50-100 mg/kg/dia de 8/8h por 15-30 dias ou


Albendazol 15-25 mg/kg/dia de 12/12h por 8 dias (máx 800mg/dia)
Cursos mais longos são necessários para lesões múltiplas ou de
localização subaracnóidea.
Atenção: Associar Dexametasona 0,6mg/kg/dia (adultos 12-15mg)
antes do inicio do Anti-helmíntico para reduzir a resposta inflamatória
conseqüente à morte dos cisticercos, manter por 3-5 dias.
Associar anticonvulsivante profilático (Fenitoína).
TRATAMENTO EMPÍRICO – MENINGITE BACTERIANA

IDADE PATÓGENO PROVÁVEL ANTIBIÓTICO


Recém- S agalactiae, E. coli, Ampicilina + Cefalosporina
nascido K pneumoniae, Enterococo, de terceira geração -
L monocytogenes Cefotaxima ou Ceftriaxone
1-3 Os mesmos da infecção Ampicilina + Cefotaxima ou
meses neonatal precoce + Ceftriaxone
S pneumoniae
N meningitidis
H influenzae
3 meses- S pneumoniae Ceftriaxone OU Cefotaxima
5 anos N meningitidis
H influenzae
> 5 anos S pneumoniae Penicilina Cristalina OU
N meningitidis Cefotaxima OU Ceftriaxone

Recomenda-se o emprego de Cefalosporinas de Terceira Geração


(Cefotaxima ou Ceftriaxone) nas meningites bacterianas em crianças
abaixo de 5 anos de idade pois, além desta faixa etária ser a mais
acometida pelo Pneumococo este grupo de crianças tem um risco
maior de apresentar infecção por cepas de Pneumococo resistente à
penicilina pois frequentam creches e fazem uso mais frequente de
antibióticos.

USO DE CORTICÓIDES NA MENINGITE

A Academia Americana de Pediatria recomenda avaliar com cautela


seu uso na meningite pneumocócica pois a redução da inflamação no
LCR reduzirá a penetração do antibiótico.
Idealmente a Dexametasona deve ser feita dentro de 15-30 minutos
antes do antibiótico ou no máximo concomitante a primeira dose do
antibiótico. Não apresenta mais benefício quando administrada após
1h ou mais da primeira dose do ATB.

Dose de Dexametasona= 0,15 mg/kg/dose de 6/6h por 2-4 dias


TRATAMENTO DE MENINGITE BACTERIANA POR AGENTE

AGENTE ISOLADO 1ª ESCOLHA ALTERNATIVA


N meningitidis Pen. Cristalina Ampicilina
H influenzae B Cefotaxima ou Cloranfenicol
Ceftriaxone
S. pneumoniae
Sensível à penicilina (MIC Penicilina Cristalina ou Ampicilina
≤ 0,06)
Penicilina Resistente Cefotaxima ou Ceftriaxone
(MIC ≥ 0,12) Cefalosporina
Sensível (MIC ≤ 0,5)
Penicilina Resistente Cefotaxima ou Ceftriaxone
Cefalosporina Intermediário + Vancomicina
(MIC >0,5 e <2,0) ou Considerar associação de Rifampicina
Cefalosporina Resistente
(MIC ≥2,0)
S. Aureus Oxa Sensível Oxacilina
S. Aureus Oxa Resistente Vancomicina
Acrescentar Rifampicina? Linezolida?
L monocytogenes Ampicilina + SMX/TMP
Gentamicina (1º
s 3 dias)
S agalactiae Pen. Cristalina + Ampicilina +
Gentamicina (1º Gentamicina
s 3 dias) (1º s 3 dias)
Enterococos Ampicilina + AG Vancomicina + AG
Enterobactérias (E. coli, Cefotaxima ou Cefepime ou
Klebsiella). Ceftriaxone ± AG Ciprofloxacina ou
Meropenem ± AG
P aeruginosa Ceftazidima + Meropenem± AG
AG Cefepime± Ciprofloxacina
AG
AG = Aminoglicosídeo

TEMPO DE TRATAMENTO DE ACORDO COM A ETIOLOGIA:


- S pneumoniae: 10-14 dias N meningitidis: 5-7 dias
- H influenzae B: 7-10 dias - S agalactiae: 14-21 dias
- S. aureus: no mínimo 14 dias
- L monocytogenes e Bacilos Gram negativos: ≥ 21 dias
- Cultura inicial do LCR negativa: basear-se na evolução clínica para
decidir a suspensão
MENINGITE - DROGAS E DOSES

Droga Dose mg/kg/dia Intervalo Dose máxima


Ampicilina 400 4/4 ou 6/6h 10-12g/dia
Cefotaxima 300 6/6 ou 8/8h 12g/dia
Ceftazidima 150 8/8h 6g/dia
Ceftriaxone 100 12/12h 4g/dia
Cloranfenicol 100 6/6h 6 g/dia
Gentamicina 7,5 1x/dia
Pen. cristalina 400.000 U 4/4 ou 6/6h 24 milhões
U/dia
Oxacilina 200 4/4 ou 6/6h 12g/dia
Meropenem 120 8/8h 6g/dia
Vancomicina 60 6/6h 4g/dia

INDICAÇÕES DE CT DE CRÂNIO DURANTE O TRATAMENTO

- Aparecimento de sinais neurológicos focais.


- Aumento do perímetro craniano.
- Persistência de rebaixamento do nível de consciência, irritabilidade
ou convulsões após 72 horas de tratamento.
- Manutenção de neutrofilia (mais de 30-40%) no LCR após termino
do tratamento.
- Meningites recorrentes.
INDICAÇÕES DE COLETA DE LCR CONTROLE

- Meningite por Bacilos Gram Negativos (vide abaixo)


- Meningite neonatal
- Crescimento de Pneumococo resistente no LCR
- Pouca resposta clinica após 48h de tratamento principalmente se o
MIC do Pneumococo para Penicilina e Ceftriaxone for ≥2 μg/mL
- Febre persistente ou recorrente (que não seja devida à suspensão
da Dexametasona)
Nos casos de meningites por bacilos Gram negativos ou nas
meningites neonatais, recomenda-se colher um novo LCR após 2-3
dias do início do antibiótico e outro antes do término da
antibioticoterapia (21º dia).
Caso a cultura do LCR colhido no 2º - 3º dia seja negativa deve-se
suspender o Aminoglicosídeo no sétimo dia mantendo-se apenas o
betalactâmico.
Os critérios para suspensão da antibioticoterapia ao final do
tratamento são neutrófilos <30% e glicose > 20mg/dL, caso contrário
manter a antibioticoterapia por mais alguns dias.

MENINGITE - PREVENÇÃO

- Isolamento respiratório por gotículas por 24 horas após o início do


antibiótico nos casos de meningite por Meningococo ou Hib. O
isolamento não é necessário na meningite pneumocócica
- Vacinas Conjugadas (Pneumocócica 10 valente, Meningo C e Hib).
Quimioprofilaxia dos Contactantes: deve ser iniciada preferencial-
mente nas primeiras 24 horas após o diagnóstico do caso-índice,
porém, a vigilância epidemiológica recomenda a administração da
mesma dentro de até 30 dias após o contato.
- Na meningite por Pneumococo: não há indicação de
quimioprofilaxia.
QUIMIOPROFILAXIA DE DOENÇA MENINGOCÓCICA

Indicada para as pessoas que tiveram contato com o caso-índice nas


seguintes situações:
a) Contactantes Domiciliares.*
b) Indivíduos que compartilham o mesmo dormitório em quartéis ou
orfanatos.
c) Contactantes de Creche ou Pré-escola que frequentem a mesma
sala e período.
d) Pessoas que tenham tido relação íntima com o paciente, com
possível exposição a secreções orais (ex: beijos).
e) Profissional de saúde SOMENTE nos casos em que houve
respiração boca a boca, intubação ou aspiração de vias aéreas sem o
uso de máscara.
f) Pacientes tratados com Penicilina também devem receber a
quimioprofilaxia antes da alta hospitalar.
OBS: a indicação da quimioprofilaxia na doença meningocócica
INDEPENDE do estado vacinal do contactantes.

Rifampicina
- Crianças de 1 mês – 10 anos: 10mg/kg/dose de 12/12h por 2 dias
(máximo 600mg por dose).
- Recém-nascidos: 5 mg/kg/dose de 12/12h por 2 dias.
- Adultos: 600mg/dose de 12/12h por 2 dias.

* Contato Domiciliar: pessoa que resida no mesmo domicílio ou que


tenha estado por mais de 4 horas/dia com o caso índice por pelos
menos 5 dias na semana que antecedeu o diagnóstico e meningite.
QUIMIOPROFILAXIA – MENINGITE H. INFLUENZAE TIPO B

Somente está indicada para:


a) Contactantes Domiciliares* DESDE QUE haja no mesmo domicílio
uma outra criança menos de 5 anos além do caso índice.
b) Contactantes Domiciliares* de criança imunodeprimida
independente da idade e estado vacinal da mesma.
c) Creche ou Pré-escola: quando houver comunicantes próximos < 2
anos apenas após um segundo caso confirmado dentro de um período
de 60 dias.
d) Profissional de saúde SOMENTE nos casos em que houve
respiração boca a boca, intubação ou aspiração de vias aéreas sem o
uso de máscara e o mesmo tenha em casa uma criança menor de 5
anos.
e) Pacientes tratados com Ampicilina, Penicilina ou Cloranfenicol caso
sejam menores de 2 anos de idade ou tenham em casa uma outra
criança menor de 5 anos também devem receber quimioprofilaxia
antes da alta hospitalar.

Rifampicina
- Crianças de 1 mês – 10 anos: 20mg/kg/dose 1x/dia por 4 dias
(máximo 600mg por dose)
- Recém-nascidos: 10 mg/kg/dose 1x/dia por 4 dias
- Adultos: 600mg/dose 1x/dia por 4 dias

Em pacientes com CONTRA INDICAÇÃO do uso da Rifampicina podem


ser usados Ceftriaxone ou Ciprofloxacina na quimioprofilaxia.

Lembrar que a quimioprofilaxia está indicada inclusive p/ o caso


índice quando o tto foi realizado com Penicilina ou Ampicilina e/ou
Cloranfenicol, pois estas drogas ñ erradicam bactéria da nasofaringe.
VALORES DO LCR EM DIFERENTES PATOLOGIAS

MENINGITE MENINGITE MENINGITE MENINGITE NEUROCIS-


NORMAL
BACTERIANA VIRAL TUBERCULOSE FÚNGICA TICERCOSE
Límpido e
Geral-
Opalescen- incolor ou
Aspecto e Límpido e Límpido e Límpido ou mente
te, turvo ou ligeira-
cor incolor incolor opalescente Límpido e
purulento mente
incolor
turvo
0-6 céls
em geralmente <250-500 10-1000
Celularida- 1
crianças >1000 céls2 céls 100-500 céls 1-100
de
0-5 céls no
adulto
Predomíni
Predomínio Predomínio
Predomínio o de
de Predomínio Predomínio de linfócitos
Diferencial de linfócitos
neutrófilos de linfócitos de linfócitos ou
linfócitos 2-7%
>80%3 eosinófilos
eosinófilos
Glicose normal ou
45-100 <40 Normal <40 >40
mg/dl baixa
Relação
glicose >0,6 <0,6 >0,6 <0,6 >0,6 >0,6
LCR/soro
50-200
50-100 50-200
100-500 Discreta-
Proteínas (normal ou Discreta-
15-40 100-500 geralmente mente
mg/dl ligeira- mente
>250 aumenta-
mente ↑) aumentada
da
Cloreto 700-750 Diminuído Normal Diminuído Normal Normal
<3,8
Lactato >3,8 mg/dL <3,8 mg/dL
mg/dL
Normal ou
Pressão discreta-
5-20 20-75 15-75 Aumentada normal
(cmH2O) mente
aumentada
ANTIBIOTICOTERAPIA INTRAVENTRICULAR

Indicações:
- Falha do antibiótico parenteral em esterilizar o LCR
- Germes MDR só sensíveis a drogas com baixa penetração no SNC
- Quando a derivação não pode ser removida (reservatório de
Ommaya)
Antibiótico Dose
Vancomicina 5-20 mg/dia
A maioria dos estudos recomenda 10-20mg/dia
Teicoplanina 5-40 mg/dia
Gentamicina 1-2 mg/dia em crianças
4-8 mg/dia para adultos
Tobramicina 5-20mg/dia
Amicacina 5-50 mg/dia (em geral 30mg/dia)
Polimixina B* 20-25.000 U/dia em crianças < 2anos
50.000 U/dia para crianças > 2 anos e adultos
Colistina 10mg 1x/dia ou 5mg de 12/12h
Quinoprustin-Dalfoprustin 2-5mg/dia
Anfotericina** 0,1-0,5 mg/dia
Observação: Este procedimento deve ser realizado apenas pelo
neurocirurgião. Após sua reconstituição de maneira estéril o
antimicrobiano é administrado lentamente sendo diluído no próprio
LCR.
* Polimixina: fazer por 3-4 dias e após em dias alternados por pelo
menos 2 semanas.
** Anfotericina: iniciar com 0,025 a 0,1 mg diluída em 5 mL de
solução glicosada a 10%, até atingir 0,5 a 1 mg duas a três vezes por
semana dependendo da tolerância do paciente e da evolução da
doença.
OSTEOMIELITE – PRINCIPAIS AGENTES

Idade Agente
RN até 3 meses de S.aureus
idade Estrepto grupo B
Enterobactérias
Crianças S.aureus
S. pyogenes
Kingella kingae
Se Imunodeprimidos ou não vacinados:
H. influenzae B
Situações especiais
Secundária a Fratura S.aureus, enterobactérias, anaeróbios,
exposta Pseudomonas e Aeromonas
Colocação de próteses S. epidermidis, S. aureus,
Propionibacterium sp,Enterobactérias,
Pseudomonas
Ferimento perfurante P.aeruginosa
de calcâneo S. aureus
Pós-mordida de animal Pasteurella multocida
Eikenella corrodens
Doença falciforme Os mesmos mais: Salmonella sp.,
Pneumococo
Usuários de drogas S. aureus, P. aeruginosa
injetáveis

OSTEOMIELITE - TRATAMENTO

Imobilização do membro afetado alivia dor e previne fraturas


patológicas.
Iniciar antibioticoterapia empírica em todas as crianças com quadro
clínico e radiológico sugestivos e naquelas com clínica compatível e
Rx normal enquanto se aguarda outro exame de imagem.
A escolha empírica do antibiótico baseada em critérios
epidemiológicos como idade da criança, coexistência de doenças de
base e perfil de resistência na comunidade tem taxa de sucesso >
95%.
OSTEOMIELITE - ANTIBIÓTICO EMPÍRICO INICIAL

Idade Germes prováveis Tratamento inicial


RN até 3 meses de S. aureus Oxacilina +
idade Estrepto do grupo B Cefotaxima ou
Bacilos gram Gentamicina
negativos Internação em
UTI=Risco de MRSA:
substituir Oxacilina
por Vancomicina
Crianças Maiores S. aureus Oxacilina ou
S. pyogenes Clindamicina
Kingella kingae
Imunossuprimidos Os mesmos mais H. Oxacilina +
influenzae B Ceftriaxone
Secundária a S.aureus, Oxacilina +
Fratura exposta enterobactérias, Ceftazidima
anaeróbios, Risco de MRSA:
Pseudomonas e Vancomicina
Aeromonas
Colocação de S. aureus Vancomicina +
próteses Estafilo coagulase Ceftriaxone
negativos
Enterobactérias
Doença falciforme Os mesmos mais Oxacilina +
Salmonella sp Ceftriaxone
Usuários de drogas S. aureus Oxacilina +
injetáveis P. aeruginosa Ceftazidima
Ferimento P. aeruginosa Ceftazidima ±
perfurante de Amicacina
calcâneo Ou Ciprofloxacina

INDICAÇÕES DE DESBRIDAMENTO CIRÚRGICO

- Abscesso subperiostal e de partes moles.


- Coleção purulenta intra-medular.
- Sequestro ósseo.
- Focos infecciosos contíguos.
- Ausência de melhora com antibioticoterapia adequada.
TRATAMENTO OSTEOMIELITE APÓS RESULTADO DA CULTURA

- S.aureus Oxa sensível: manter Oxacilina


- S.aureus Oxa resistente: Vancomicina ou Teicoplanina
- S.pyogenes: Penicilina Cristalina
- Estreptococo grupo B: Ampicilina ou Penicilina Cristalina
- Salmonella sp: Cefalosporina de terceira geração (Ceftriaxone,
Cefotaxima) ou Cloranfenicol
- Pseudomonas: Ceftazidima com ou sem Aminoglicosídeo ou
Ciprofloxacina
- Kingella: Oxacilina ou Cefalosporinas

Monitorar VHS, PCR e hemograma a cada 5-7 dias.


Pacientes com cultura inicial negativa e que não melhoram com o ATB
empírico devem ser investigados para TB, fungos (Pb micose),
Brucella sp, Coxiella burnetii e Doença da Arranhadura do Gato.
Após 7-10 dias de ATB pode-se considerar transição para via oral e
alta hospitalar com retornos semanais.
Opções VO: Cefalexina ou Clindamicina. Em casos de osteomielite por
germes gram negativos: Ciprofloxacina.
Tempo total de tratamento: até resolução do quadro clínico e
normalização do VHS, em geral 4-6 semanas são suficientes.

CRITÉRIOS PARA ALTA

- Paciente afebril há 48-72H


- Melhora importante dos sinais locais
- Boa aceitação do ATB por via oral
- Normalização da leucocitose
- Queda >50% do PCR
- Queda >20% no valor do VHS
- Cuidadores confiáveis
PROFILAXIA DE INFECÇÃO EM FRATURAS EXPOSTAS

CLASSIFICAÇÃO POR GUSTILO E ANDERSON


Tipo I Tipo II Tipo III
Ferimento < 1 cm 1 a 10 cm > 10 cm
Contaminação Limpa Moderada Grande
Lesão partes moles Pouca Moderada Grave
Simples (traço
Pequena Cominuitiva
Fratura transverso/
cominuição ou segmentar
oblíquo)

O tipo III é subdividido em 3 tipos:


- III A É possível recobrir o osso fraturado.
- III B Não é possível recobrir o osso com partes moles viáveis.
- III C Lesão arterial que precisa ser reparada.

Classificação Droga de Dose máxima Duração


escolha/dose
Fratura exposta Cefalotina Cefalotina 2g de 48h
grau I 100mg/kg/dia EV 6/6h
de 6/6h
Fratura exposta Cefalotina Cefalotina 2g de 48h
grau II 100mg/kg/dia EV 6/6h
de 6/6h Gentamicina
+ Gentamicina 240mg/dia
3mg/kg/dia 1x/dia
Fratura exposta Cefalotina Cefalotina 2g de 5a7
grau III 100mg/kg/dia EV 6/6h dias
de 6/6h Gentamicina
+ Gentamicina 240mg/dia
3mg/kg/dia 1x/dia
Em caso de Metronidazol Metronidazol 500
contaminação por 7,5mg/kg/dose EV mg de 8/8h
terra ou água não de 8/8h
tratada

Iniciar a antibioticoprofilaxia ainda na sala de trauma!


ÁREAS DRENADAS POR LINFONODOS

Grupo de Linfonodos Área de Drenagem


Pré auricular Couro cabeludo anterior e temporal, face
Cabeça

média, nariz, conjuntiva lateral, conduto


auditivo externo anterior e pavilhão auricular
anterior
Pós Auricular Couro cabeludo temporal e parietal, parede
posterior do conduto auditivo externo,
metade superior do pavilhão auricular
Parotídeo Couro cabeludo frontal e temporal, face
média, base do nariz, conduto auditivo
externo, ouvido médio, gengivas e glândula
parótida
Occipital Couro cabeludo posterior, pele da região
cervical posterior
Tonsilar Língua, tonsilas, parótidas
(Jugulodigástrico)
Facial Pálpebras, conjuntivas, pele e mucosa do
nariz e bochecha e nasofaringe
Pescoço

Submentoniano Centro do lábio inferior, assoalho da boca,


ponta da língua e pele do queixo
Submandibular Comissura palpebral medial, lateral do nariz,
lábio superior e lateral do lábio inferior,
lateral anterior da língua,dentes, glândulas
submandibulares e mucosa da bochecha
Cervical Anterior: pele anteriore do pescoço, tireóide,
superficial laringe inferior e traqueia.
Posterior: conduto auditivo externo inferior e
parótida
Cervical profundo Amígdalas, adenóides, parte posterior do
superior couro cabeludo e pescoço, língua, laringe,
nasofaringe, tireóide, palato, nariz, esôfago,
seios paranasais e nasofaringe
Todos os linfonodos da cabeça e pescoço
exceto cervical profundo inferior
Cervical profundo Couro cabeludo dorsal e pescoço, porção
inferior superior do braço e tronco, laringe, traqueia,
(supraclavicular) tireóide e linfonodos cervicais profundos
superiores
Esquerdo: lobo superior esquerdo e abdome
Direito: pulmão direito, lobo inferior pulmão
esquerdo, lingula e pleura
LINFADENOPATIAS – PRINCIPAIS CAUSAS

Grupo de Linfonodos Causas de Aumento


Occipital Comum: infecções do couro cabeludo (tínea,
piolho...), picadas de inseto, seborréia e Roséola
(HHV6)
Menos comum: Rubéola, LLA
Pós Auricular Infecção local,otite externa, Rubéola, Roséola
(HHV6)
Pré Auricular Comum: infecções oculares ou conjuntivais
Menos comum: Doença da Arranhadura do Gato,
Tularemia
Submandibular Infecções da língua, lábios, gengiva e mucosa oral
Infecções dentárias e cáries.
Cervical Anterior:
Comum: IVAS virais, infecções da orofaringe,
cavidade oral, cabeça e pescoço e adenite
bacteriana
EBV, CMV, Doença da Arranhadura do Gato,
Tuberculose e Micobactérias atípicas
Menos comum: Doença de Kawasaki, Tularemia,
Toxoplasmose, causas não infecciosas (linfoma de
Hodgkin, sarcoidose)
Posterior: Toxoplasmose, EBV, Rubéola,
Tuberculose
Supraclavicular Linfomas ou doenças metastáticas

Causas de linfadenopatia generalizada = EBV, CMV, HIV,


histoplasmose, sífilis e paracoccidioidomicose.
FARINGOAMIGDALITES

Antibiótico Crianças Adultos Via Tempo


50 mg/kg/dia de 500 mg de 8/8h ou
Amoxicilina VO 10 dias
8/8h 875mg de 12/12h
500 mg no 1º dia e
Azitromicina 12mg/kg/dia 1x/dia após 250 mg 1x/dia VO 5 dias
por mais 4 dias
30mg/kg/dia de
Cefadroxil 500mg de 12/12h VO 10 dias
12/12h
25-50mg/kg/dia de
Cefalexina 500 mg de 6/6h VO 10 dias
6/6h
15mg/kg/dia de
Claritromicina 250mg de 12/12h VO 10 dias
12/12 h
20-30 mg/kg/dia de
Clindamicina 450-600mg de 8/8h VO 10 dias
8/8h
30-50mg/kg/dia de
Eritromicina 500 mg de 6/6h VO 10 dias
6/6h
Lincomicina 10mg/kg/dia 1x/dia 600mg 1x/dia IM 10 dias
Penicilina ≤27kg: 600.00UI Dose
1.200.000UI IM
Benzatina > 27kg: 1.200.00UI única
25-50 mg/kg/dia de 500 mg de 12/12h
Penicilina V VO 10 dias
6/6h ou 250mg de 6/6h

MASTOIDITE

Antibiótico Dose Intervalo


Cefotaxima 150mg/kg/dia 6/6h ou 8/8h
Ceftriaxone 100mg/kg/dia 12/12h
Ceftazidima 150mg/kg/dia 8/8h
Clindamicina 40mg/kg/dia 8/8h
Oxacilina 200mg/kg/dia 6/6h

ABSCESSO PERIAMIGDALIANO

Antibiótico Crianças Adultos Via


Amoxicilina
80-90mg/kg/dia de 8/8h 1g de 8/8h EV/VO
Clavulanato
Ampicilina 50mg/kg/dose de 6/6h 3g de 6/6h EV
Sulbactan
15mg/kg/dose de 8/8h 600mg de 6/6h ou 8/8h EV
Clindamicina 300-450mg/dose de
15mg/kg/dose de 8/8h VO
6/6h
15mg/kg de dose de
1 g de dose de ataque e
Metronidazol ataque e após 7,5mg/kg EV
após 500mg de 6/6h
de 6/6h
Penicilina 400.000UI/kg/dia de 24 milhões UI/dia de 4/4
EV
cristalina 4/4 ou 6/6h ou 6/6h

SINUSITE AGUDA

Antibiótico Dose Intervalo


Azitromicina 10mg/kg no primeiro 1x/dia
dia e após 5mg/kg/
dia por mais 4 dias.
Amoxicilina ou Amoxicilina 50mg/kg/dia 8/8h
Clavulanato dose habitual
Amoxicilina ou Amoxicilina 80-90 mg/kg/dia 8/8h
Clavulanato dose “dobrada”
Cefuroxima 30mg/kg/dia 12/12h
Ceftriaxona 100mg/kg/dia 1x/dia ou 12/12h
Claritromicina 15mg/kg/dia 12/12h
Sulfametoxazol/Trimetoprim 8-10mg/kg/dia TMP 12/12h
CELULITES PERIORBITÁRIAS

Síndrome Tratamento de Alternativa Tempo de


escolha tratamento
Celulite Pré Cefalotina 80-100 Tratamento ambulatorial: 7-10 dias ou
septal mg/ kg/dia EV de Cefalexina 50-100 até a
Secundária a 6/6h ou mg/kg/dia VO de 6/6h resolução
lesões Oxacilina 100-150 Alérgicos á penicilina: da
cutâneas mg/ kg/dia EV de Eritromicina 50mg/kg/dia hiperemia
6/6h VO de 6/6h ou
Clindamicina 20-30 mg/
kg/dia VO de 8/8h
Secundária a Clindamicina 30 Amoxicilina/Clavulanato 10-14 dias
Foco dentário mg/ kg/ dia VO ou 50-90mg/kg/dia VO ou
EV de 8/8h EV de 8/8h
Celulite Pós Sempre iniciar com Quadros menos graves Pode-se
septal ATB EV podem ser tratados com trocar para
Oxacilina 200 Amoxicilina/Clavulanato via oral
mg/kg/dia de 6/6h 80-90mg/kg/dia EV de assim que o
mais Ceftriaxone 8/8h ou Cefuroxima 100- paciente
80-100 mg/ kg/dia 150mg/ kg/ dia EV de estiver
EV de 12/12h ou 8/8h ou 30mg/kg/dia VO afebril e
Cefotaxima 100- de 12/12h houver
150 mg/kg / dia melhora da
EV de 8/8h ou hiperemia e
Cloranfenicol edema
100mg/kg/ dia EV cutâneos
de 6/6h Tempo total
de
tratamento
2-3
semanas
Celulite por Ceftriaxone 80-100 Cefuroxima 150mg/ kg/ 7-10 dias
via mg/ kg/ dia EV de dia EV de 8/8h
hematogênica 12/12h ou
Lactentes Cefotaxima 100-
jovens 150 mg/kg / dia
EV de 8/8h ou
Ampicilina
200mg/kg/dia EV
de 6/6h +
Cloranfenicol
100mg/kg/ dia EV
de 6/6h
OTITE MÉDIA AGUDA

Idade Diagnóstico de certeza Diagnóstico duvidoso


< 6 meses Antibioticoterapia Antibioticoterapia
6 meses – Antibioticoterapia Antibioticoterapia se quadro
2 anos clínico severo. Observar se o
quadro clínico leve a
moderado
≥ 2 anos Antibioticoterapia se quadro Observar
clínico severo. Observar se
o quadro clínico leve a
moderado

TEMPO DE TRATAMENTO

- Cças pequenas, quadros severos ou história de OMA recorrente: 10 dias


- Crianças ≥ 6 anos com quadro leve a moderado: 5 -7 dias
- Azitromicina e Claritromicina sempre 5 dias

Quadro clínico leve Quadro clínico


a moderado severo
Idade < 2 anos 10 dias 10 dias
Idade ≥ 2 anos 5-7 dias 10 dias
Histórico de OMA 10 dias independente da idade ou da
recorrente, perfuração da gravidade dos sintomas
MT ou falha terapêutica

Opção de ATB em vigência de falha


- Amoxicilina Clavulanato dose dobrada
- Cefuroxima
- Cefprozil
- Clindamicina
- Cloranfenicol
- Ceftriaxone
INFECÇÕES DE TRATO URINÁRIO
INFECÇÃO URINÁRIA BAIXA = CISTITE
- Infecção limitada à bexiga
- Febre baixa ou ausente sem queda do estado geral
* Cistite Não Complicada: crianças(quase sempre meninas) maiores
de 2 anos de idade sem anormalidades do trato urinário.
* Cistite Complicada:associada a malformações do trato urinário,
distúrbios miccionais ou bexiga neurogênica.Costuma ser recorrente.

INFECÇÃO URINÁRIA ALTA


- Infecção atinge o parênquima renal
- Quadro clínico sugestivo de pielonefrite, com febre, toxemia, dor
lombar e/ou abdominal
- Qualquer episódio de ITU em recém-nascidos e lactentes < 2 anos
de idade de qualquer sexo
* ITU Alta Não Complicada: sem antecedente de malformações do
trato urinário.
* ITU Alta Complicada: associação com malformação do trato urinário
ou urolitíase.

TRATAMENTO VO: indicado em todos os casos de Infecção Urinária


Baixa. Pode ser empregado em casos de ITU alta em crianças e
lactentes > 2 meses de idade desde que não estejam toxemiados
nem apresentando vômitos. Neste caso, oferecer a 1ª dose intra-
hospitalar para testar a aceitação. Também pode ser usado
sequencialmente ao ATB EV após o paciente apresentar melhora
clínica e estar afebril há pelo menos 24 horas.

TRATAMENTO EV: indicado nas seguintes situações: Idade < 2


meses, presença de toxemia e/ou urosepsis ou vômitos ou
impossibilidade de aceitação oral.
INFECÇÃO DE TRATO URINÁRIO

Quando pensar em ITU em crianças < 2 anos?


- História prévia de ITU
- Febre ≥ 39º C e toxemia
- Dor supra púbica
- Malformação do trato urinário
- Febre há mais de 24h sem outro foco aparente

Indicações de Internação
- Idade < 2 meses
- Sinais de bacteremia ou urosepsis
- Imunodeprimidos
- Vômitos ou incapacidade de ingesta oral
- Intolerância á medicação por via oral
- Dificuldade de seguimento adequado
- Falha no tratamento ambulatorial
INFECÇÃO DE TRATO URINÁRIO

TÉCNICA DE COLETA DE URINA


INFECÇÃO DE TRATO URINÁRIO

VIA ORAL
Antimicrobiano Dose Intervalo Observações
mg/kg/dia doses
Acido Nalídixico 55 6/6h Não usar em crianças abaixo
de 6 meses nem em pacientes
com insuficiência renal
Acido Pipemídico 25-40 12/12h Não usar em pacientes com
insuficiência renal
Amoxicilina/ 20 - 40 8/8h Deve ser reservada para os
Clavulanato casos de ITU alta. Não utilizar
rotineiramente em caso de
cistite.
Cefalexina 25-50 6/6h Em algumas regiões a
resistência bacteriana é
elevada
Cefuroxima 20-30 12/12h
Ciprofloxacina 20-30 12/12h Reservar para infecções por
Pseudomonas aeruginosa ou
outro germe resistente
Nitrofurantoína 5–7 6/6h Não deve ser usada em
crianças abaixo de 6 meses
Sufametoxazol - 6 – 12 de 12/12h Não deve ser usado em
Trimetoprim TMP crianças abaixo de 2 meses

VIA PARENTERAL
Antimicrobiano Dose Intervalo Observações
mg/kg/dia doses
Amicacina 15 1x/dia
Amoxicilina/ 40 8/8h
Clavulanato
Ampicilina 100 6/6h Apenas em ITU por
Enterococo sensível
Cefalotina 80-100 6/6h Em algumas regiões a
resistência bacteriana é
elevada
Cefuroxima 50-100 8/8h
Ceftriaxona 75 24/24h
Cefotaxima 150 8/8h
Ceftazidima 100-150 8/8h Reservar para infecções por
Pseudomonas aeruginosa ou
outro germe resistente
Ciprofloxacina 10-20 12/12h Reservar para infecções por
Pseudomonas aeruginosa ou
outro germe resistente
Gentamicina 3-5 1x/dia
ITU – RESPOSTA AO TRATAMENTO

APÓS RESULTADO DA CULTURA

TEMPO DE TRATAMENTO

- ITU complicada: 10-14 dias


- ITU não complicada: 5-7 dias
ESCORE DE YALE – AVALIAÇÃO DE TOXEMIA

Normal Pouco alterado Muito


1 3 alterado
5
Tipo de Forte com Choramingando ou Choro débil ou
Choro timbre normal soluçando estridente
ou criança ativa
sem choro
Reação aos Choro breve e Chora, pára e chora Choro contínuo ou
estímulos consolável e, se de novo. Fecha os pouca resposta.
dos pais acordado, está olhos e acorda de Difícil de acordar
alerta. novo ou só acorda
Permanece com estímulo longo
acordado ou
desperta
rapidamente
Cor Corado Palidez de Pálido ou
extremidades ou cianótico; pele
acrocianose acinzentada ou
marmórea
Estado de Hidratado Mucosas secas Desidratado:
hidratação mucosas secas,
subcutâneo
pastoso, olhos
encovados
Resposta Sorridente ou Sorriso breve e fica Não sorri, fácies
social alerta alerta por períodos inexpressiva,
breves desinteressado e
pouco alerta

INTERPRETAÇÃO DA ESCALA DE YALE

- ≥16 = doença grave


- Entre 10 a 16 = requer investigação laboratorial
- ≤10 = baixa probabilidade de DBG
OBS: Não se aplica a crianças menores que 3 meses.
HEPATITES VIRAIS
VARICELA NOSOCOMIAL

- Período de Contagiosidade: 1-2 dias antes do início do exantema


até que todas as lesões estejam na fase de crosta.
- Período de Incubação: 10-21 dias (pode ser mais curto em
imunossuprimidos).
- Exposição Significativa: compartilhar quarto ou permanecer por
período > ou = 1 hora em ambiente fechado com paciente com
varicela.

A. Paciente que interna com diagnóstico de Varicela


Deve ser mantido em Precauções Respiratórias para Aerossóis +
Precauções de Contato até que todas as lesões estejam na fase de
crosta.

B. Paciente que desenvolve quadro de Varicela durante a internação


1. Retirar o caso índice da enfermaria e mantê-lo em Precauções
Respiratórias para Aerossóis + Precauções de Contato até que todas
as lesões estejam em crosta
2. Avaliar todos os contactantes (outros pacientes e seus
acompanhantes e profissionais de saúde) com exposição significativa
quanto à susceptibilidade a varicela.
Os expostos sabidamente imunes a varicela não precisam ficar
isolados
3. Dar alta precoce para os expostos suscetíveis sempre que possível
4. Manter os contactantes suscetíveis em Precauções Respiratórias
para Aerossóis do 8° ao 21° dia a partir da exposição (ou até o 28°
caso tenham recebido VIZIG). Não internar novos pacientes neste
quarto até o término do período de isolamento
* Não é necessário iniciar o isolamento logo após o contato, pois caso
o paciente venha a se infectar a transmissão só ocorre a partir do 8º
dia.
5. Os profissionais de saúde expostos e suscetíveis a varicela devem,
se possível, ser afastados do contato direto com os pacientes do 8º
ao 21º dia ou caso não seja possível devem usar máscara cirúrgica
6. Quando não houver contra indicação vacinar os suscetíveis até o
5º dia após o contato.
7. Nas situações em que a vacina é contra indicada e o paciente
tenha risco de desenvolver uma forma grave da doença, indicar VZIG
nas primeiras 96 horas do contato para:
- Menores de 1 ano de idade (a vacina Varilix (laboratório GSK) pode
ser utilizada em crianças a partir do 9 meses)
- Gestantes suscetíveis
- Imunodeprimidos (deficiência de imunidade celular, infecção pelo
HIV, uso de imunossupressores ou corticóides na dose >2mg/kg de
prednisona ou equivalente)
- História de anafilaxia com gelatina ou neomicina

Vacina = 0,5 ml via SC Até 120 horas do contato


VZIG = 125U/10 kg, sendo o mínimo 125U e o máximo 625U, via IM
Até 96 horas após a exposição
Duração do efeito = 3 semanas

A. Paciente com Herpes Zoster


a. Imunocompetente com Zoster localizado: Precauções Padrão.
b. Imunocompetente com Zoster disseminado e Imunodeprimido em
todos os casos: Precauções Respiratórias para Aerossóis + Contato

B. RN de mães que desenvolveram varicela 5 dias antes até 48 h


após o parto:
a. Indicar VZIG o mais breve possível
b. Caso o RN permaneça internado o mesmo deve ser mantido em
Precauções Respiratórias até o 28º dia de vida
INDICAÇÕES DA IGHVAZ

Depende do atendimento de três condições:

1. Que o comunicante seja suscetível:


a) Pessoas imunocompetentes e imunodeprimidos sem história bem-
definida da doença e/ou de vacinação anterior;
b) Pessoas com imunossupressão celular grave, independentemente
de história anterior.

2. Que tenha havido contato significativo com o vírus varicela zoster:


a) Contato domiciliar contínuo: permanência junto com o doente
durante pelo menos uma hora em ambiente fechado;
b) Contato hospitalar: pessoas internadas no mesmo quarto do
doente ou que tenham mantido contato face a face com ele ou
convivido no mesmo ambiente fechado por pelo menos uma hora.

3. Que o suscetível seja pessoa com risco especial de varicela grave:


a) Crianças ou adultos imunodeprimidos
b) Mulheres grávidas
c) Recém-nascidos de mães nas quais a varicela apareceu nos cinco
últimos dias de gestação ou até 48 horas depois do parto
d) Recém-nascidos prematuros, com 28 ou mais semanas de
gestação, cuja mãe nunca teve varicela
e) Recém-nascidos prematuros, com menos de 28 semanas de
gestação (ou com menos de 1.000g ao nascimento), independen-
temente de história materna de varicela.
FEBRE SEM SINAIS LOCALIZATÓRIOS

CRIANÇAS TOXEMIADAS
- Independente da idade a criança deve ser internada e realizar
investigação completa para sepse: Hemograma, Hemocultura, Urina
Rotina, Urocultura, LCR e Rx Tórax se sintomas respiratórios.
- Iniciar antibioticoterapia empírica para sepse ou meningite

OPÇÕES DE ATB
- Suspeita de infecção por Pneumococo (dose para SNC na
possibilidade de meningite): Penicilina Cristalina.
- Possível foco urinário: Amoxicilina Clavulanato, Ceftriaxone ou
Aminoglicosídeo.
- Possível foco intestinal: Gentamicina ou Ceftriaxone com ou sem
Metronidazol.
- Portas de entrada de pele: associar Oxacilina.
ANÁLISE DE LÍQUIDO SINOVIAL

Patologia Celularidade %PMN Outros


Artrite séptica 50.000-300.000 >75% Glicose baixa
Bactérias no gram
Artrite 10000-20000 50-60% Coloração de Zhiel
tuberculosa nilsen
traumática <2000 <25%
ARJ 2.000-50.000 >70%
Febre reumática 2.000-50.000 10-50%
LES 5.000 10% Céls LE

ARTRITE SÉPTICA – TRATAMENTO EMPÍRICO

Idade Droga de escolha Alternativa


Nascimento aos 3 Oxacilina + RN internados na UTI
meses Cefotaxima ou neonatal substituir
Gentamicina Oxacilina por
Vancomicina

>3 meses Oxacilina Cefalotina


Clindamicina
Situações especiais
Crianças< 2 anos não Oxacilina +
vacinados ou Ceftriaxone ou
imunodeprimidos Cefuroxima
Doença falciforme Oxacilina +
Ceftriaxone
Suspeita de artrite Ceftriaxone
gonocócica
ARTRITE SÉPTICA – TRATAMENTO APÓS CULTURA

Agente ATB EV ATB oral


S. aureus Oxacilina sensível Oxacilina Cefalexina
Cefalotina Clindamicina
S. aureus Oxacilina resistente Vancomicina Clindamicina
Clindamicina sensível Clindamicina
S. aureus Oxacilina resistente Vancomicina Linezolida
Clindamicina resistente Linezolida
Daptomicina

S. agalactiae Penicilina Não indicado VO em


recém-nascidos
S. pyogenes Penicilina Amoxicilina
Ampicilina
Pneumococo penicilina Penicilina Amoxicilina
sensível Ampicilina
Pneumococo penicilina Cefotaxima Clindamicina
resistente Ceftriaxone Linezolida
Clindamicina
Linezolida
Kingella kingae Oxacilina Cefalexina
Cefalotina Amoxicilina
Ampicilina
H. influenzae B Cefotaxima Amoxicilina clavulanato
Ceftriaxone Cefuroxima
Cefuroxima Cefixime
Cloranfenicol Cloranfenicol
P aeruginosa Ceftazidima Ciprofloxacina
ESCORE DE WESTLEY PARA CRUPE (2002)

PONTOS
ESTRIDOR
Ausente 0
Com agitação 1
Em repouso 2
RETRAÇÕES
Ausentes 0

Leves 1
Moderadas 2
Intensas 3
ENTRADA DE AR
Normal 0
Levemente diminuída 1
Bastante diminuída 2
CIANOSE
Ausente 0
Com agitação 4
Em repouso 5
NÍVEL DE CONSCIÊNCIA
Normal 0
Deprimido 5

< 3 pontos= leve


3-6 pontos=moderado
> 6 pontos=grave

Dexametasona na laringite aguda= 0,6mg/kg em dose única


Dexametasona no estridor pós extubação= 0,5-2 mg/kg/dia de 6/6
horas
PROFILAXIA APÓS MORDEDURAS DE ANIMAIS

Animal Incidência Bactérias mais envolvidas


de infecção
Cão 15-20% Pasteurellamultocida 25 a 50%
Estafilococos e estreptococos 40%
Capnocytophagacanimorsus
Anaeróbios* 50%
Gato Mais de 50% Pasteurellamultocida 70 a 90%
Estafilococos e estreptococos 40%
Anaeróbios* 65%
Humana 15-20% Streptococosviridans 80%
S. aureus, S. pyogenes
Hemófilos
Eikenellacorrodens
Anaeróbios* 60%
Répteis e Enterobactérias e anaeróbios
ofídios

Cada infecção pode apresentar em média 5 tipos de bactérias


diferentes.

INDICAÇÃO DE ANTIBIOTICOPROFILAXIA
- Lesões profundas mod – grave, com edema e esmagamento
- Puntiformes acometendo ossos, cartilagens, tendões ou articulações
- Mordeduras em face, mãos, pés ou genitais
- Indivíduos asplênicos, imunodeprimidos, diabéticos ou usuários
crônicos de corticoide independente do local ou gravidade da lesão.
- Mordeduras humanas independente do aspecto e da localização.

Iniciar ATB nas primeiras 8 horas após o acidente e manter por 3-5
dias. Além da profilaxia com ATB são importantes: limpeza da lesão,
desbridamento cirúrgico quando necessário, avaliação da situação
vacinal para tétano, raiva e hepatite B, esta última apenas em caso
de mordedura humana. Quando já houver sinais de infecção
estabelecida no momento do atendimento iniciar tratamento por 5-10
dias com as mesmas drogas recomendadas para profilaxia.
OPÇÕES DE ANTIBIÓTICOS PARA MORDEDURAS

ANTIMICROBIANO DE ESCOLHA
Cão e Gato

Amoxicilina-Clavulanato
Alternativas para alérgicos á penicilina
Crianças: Sulfametoxazol-Trimetoprim + Clindamicina*
Adultos: Ciprofloxacina + Clindamicina* ou Doxiciclina
Quando não se tratar de Hipersensibilidade tipo I pode-se usar
Cefuroxima + Clindamicina*
Humana

Amoxicilina-Clavulanato
Alternativas para alérgicos á penicilina
Crianças: Sulfametoxazol-Trimetoprim + Clindamicina*
Adultos:Ciprofloxacina + Clindamicina*
Quando não se tratar de Hipersensibilidade tipo I pode-se usar
Cefuroxima + Clindamicina*
Clindamicina* + Ciprofloxacina
Répteis e Ofídios

Crianças: Clindamicina + Ceftriaxone


Casos leves: Amoxicilina-Clavulanato ou Cefuroxima +
Clindamicina *
Alternativas para alérgicos á penicilina
Clindamicina * + Cloranfenicol ou
Clindamicina * + Ciprofloxacina
Quando não se tratar de Hipersensibilidade tipo I pode-se usar
Ceftriaxone + Clindamicina*

Em todas as situações a Clindamicina pode ser substituída por


Metronidazol
LINFADENITES CERVICAIS NA INFÂNCIA

Grupo de Linfonodos

Cervical Superior Profundo


Agente

Submaxilar

Cervical Anterior
Pré-auricular

Pós-auricular

Cervical Posterior

Supra-clavicular
Occipital

Tonsilar
BACTÉRIA
Staphylococcus - - ++ ++ ++++ +++ - +++ +
aureus
Streptococcus - - ++ ++ ++++ +++ - +++ +
pyogenes
Anaeróbios - - - ++++ ++ ++ - - -
Mycoplasma - - - ++ ++ ++ ++ - -
pneumoniae
Francisella ++ - - ++ + ++ ++ + -
tularensis
Mycobacterium - - - +++ +++ - - - +++
tuberculosis
Mycobacterium ++ - - +++ +++ - - + -
não tuberculose
Bartonella ++++ - - + +++ +++ ++ + +
henselae
Nocardia - - - ++++ + - - - -
brasiliensis
VÍRUS
Herpes simplex - - - +++ +++ + + + -
Rubéola - ++ ++ - - - - - -
HHV 6 - ++ ++ - - ++ ++ - -
Epstein-Barr - - ++ ++ ++ ++ ++ + -
Ceratoconjuntivite ++++ - - - - - - - -
Febre ± - - - - ++ ++ - -
faringoconjuntival
Parvovirus B19 ++ - - + + + - + -
PROTOZOÁRIOS
Toxoplasma - - - - - +++ - -
gondii
FUNGOS
Tinea capitis - + ++++ - - - + - -
Histoplasma - - - - - ++ - + +++
capsulatum
Coccidioides - - - - - - - - +++
immitis
++++ característico; +++, frequentemente associado; ++ ocasionalmente
associado; + raramente associado; - não associado.
LINFADENITES CERVICAIS NA INFÂNCIA

Grupo de Linfonodos Área de Drenagem


Pré auricular Couro cabeludo anterior e temporal, face média, nariz,
Cabeça

conjuntiva lateral, conduto auditivo externo anterior e


pavilhão auricular anterior
Pós Auricular Couro cabeludo temporal e parietal, parede posterior do
conduto auditivo externo, metade superior do pavilhão
auricular
Parotídeo Couro cabeludo frontal e temporal, face média, base do
nariz, conduto auditivo externo, ouvido médio, gengivas e
glândula parótida
Occipital Couro cabeludo posterior, pele da região cervical posterior
Tonsilar Língua, tonsilas, parótidas
Facial Pálpebras, conjuntivas, pele e mucosa do nariz e
bochecha e nasofaringe
Submentoniano Centro do lábio inferior, assoalho da boca, ponta da
Pescoço

língua e pele do queixo


Submandibular Comissura palpebral medial, lateral do nariz, lábio
superior e lateral do lábio inferior, lateral anterior da
língua,dentes, glândulas submandibulares e mucosa da
bochecha
Cervical Anterior: pele anteriore do pescoço, tireóide, laringe
superficial inferior e traqueia.
Posterior: conduto auditivo externo inferior e parótida
Cervical profundo Amígdalas, adenóides, parte posterior do couro cabeludo
superior e pescoço, língua, laringe, nasofaringe, tireóide, palato,
nariz, esôfago, seios paranasais e nasofaringe
Todos os linfonodos da cabeça e pescoço exceto cervical
profundo inferior
Cervical profundo Couro cabeludo dorsal e pescoço, porção superior do
inferior braço e tronco, laringe, traqueia, tireóide e linfonodos
(supraclavicular) cervicais profundos superiores
Esquerdo: lobo superior esquerdo e abdome
Direito: pulmão direito, lobo inferior pulmão esquerdo,
lingula e pleura
PRINCIPAIS CAUSAS DE LINFADENITES NA INFÂNCIA

Linfonodos Causas de Aumento


Occipital Comum: infecções do couro cabeludo (tínea,
piolho...), picadas de inseto, seborréia e Roséola
(HHV6)
Menos comum: Rubéola, LLA
Pós Auricular Infecção local, otite externa, Rubéola, Roséola
(HHV6)
Pré Auricular Comum: infecções oculares ou conjuntivais
Menos comum: Doença da Arranhadura do Gato,
Tularemia
Submandibular Infecções da língua, lábios, gengiva e mucosa oral
Infecções dentárias e cáries.
Cervical Anterior:
Comum: IVAS virais, infecções da orofaringe,
cavidade oral, cabeça e pescoço e adenite bacteriana
EBV, CMV, Doença da Arranhadura do Gato,
Tuberculose e Micobactérias atípicas
Menos comum: Doença de Kawasaki, Tularemia,
Toxoplasmose, causas não infecciosas (linfoma de
Hodgkin, sarcoidose)
Posterior: Toxoplasmose, EBV, Rubéola, Tuberculose
Supraclavicular Linfomas ou doenças metastáticas

Causas de linfadenopatia generalizada = histoplasmose, EBV, CMV,


HIV, sífilis e paracoccidioidomicose.
USO DE ANTIMICROBIANOS DURANTE A AMAMENTAÇÃO

ANTIBIÓTICOS
Uso compatível com a amamentação
Acido Pipemídico Claritromicina Ofloxacina
Amicacina Clindamicina Oxacilina
Amoxicilina Eritromicina Penicilina
Amoxicilina/Clavulanato Ertapenem Piperacilina/Tazobactan
Ampicilina Fosfomicina Polimixina B
Ampicilina/Sulbactan Gentamicina Roxitromicina
Azitromicina Imipenem Teicoplanina
Aztreonam Lincomicima Ticarcilina
Carbenicilina Moxifloxacina Vancomicina
Cefalosporinas
Uso criterioso durante a amamentação. Comentários
Acido Nalidíxico Observar anemia hemolítica e icterícia no lactente, sobretudo se
portador de deficiência de G6PD.
Ciprofloxacina Excretada para o leite materno em quantidades elevadas. Relato de
colite pseudomembranosa em um lactente
Daptomicina Sem dados sobre segurança na lactação. Excreção para o leite
materno improvável
Doxiciclina Meia-vida longa. Possibilidade de manchas nos dentes
Levofloxacina Sem dados sobre segurança na lactação. Observar diarréia no
lactente Evitar amamentação 4-6 h após a dose
Lomefloxacina Sem dados sobre segurança na lactação.
Meropenem Sem dados sobre segurança na lactação. Excreção para o leite
materno provável pelo baixo peso molecular
Metronidazol A maioria dos estudos não relatou efeitos colaterais nos lactentes.
Observar perda de apetite, vômitos e diarréia. Quando administrado na dose única
de 2g VO, recomenda-se suspender a amamentação por 24 horas.
Minociclina Uso por período <3 semanas compatível com o aleitamento, pois níveis
da droga no leite materno são baixos e a absorção é inibida pelo cálcio do leite
Nitrofurantoína. Uso criterioso durante a amamentação de crianças pré-termo, <
1 mês, com hiperbilirrubinemia e/ou deficiência de G6PD
Norfloxacina Excretada para o leite em pequenas quantidades. Observar diarréia
no lactente
Quinupristina-dalfopristina Sem dados sobre segurança na lactação. Excreção
para o leite materno improvável.
Sulfadiazina Sem dados sobre segurança na lactação.
Sulfametoxazol/ Trimetoprim Compatível com a amamentação em crianças
nascidas a termo com mais de 1 mês de vida. Evitar em mães de RN com
hiperbilirrubinemia, prematuros ou lactentes com deficiência de G-6-PD. Observar
hemólise e icterícia no lactente.
Tetraciclinas Uso por curto período (até 10 dias) compatível com o aleitamento
porque os níveis da droga no leite materno são baixos e a absorção pelo lactente é
inibida pelo cálcio do leite
Tigeciclina Sem dados sobre segurança na lactação.
Tobramicina Não há dados sobre transferência para o leite materno, mas a
excreção deve ser insignificante como os demais aminoglicosídeos
Totalmente Contra indicados
Cloranfenicol A droga é secretada no leite materno, apesar da sua concentração
no leite não ser suficiente para causar a síndrome do bebe cinzento podem ocorrer:
vômitos, distensão abdominal e letargia em lactentes amamentados. Teoricamente
há risco de depressão de medula óssea, mas essa condição nunca foi relatada
associada à ingestão da droga por meio do leite materno. Observar discrasias
sanguíneas, anemia aplástica e icterícia no lactente Evitar principalmente em mães
de recém-nascidos.
Linezolida Não há dados sobre segurança para uso durante o período da lactação.
Relato de mielossupressão em animais e trombocitopenia em adultos

TUBERCULOSTÁTICOS
Uso compatível com a amamentação
Etambutol Rifampicina
Uso criterioso durante a amamentação. Comentários
Estreptomicina Observar exantema e diarréia no lactente.
Isoniazida. Excretada no leite materno em quantidades significativas. Observar
sinais e sintomas de neurite periférica e hepatite no lactente
Pirazinamida Observar icterícia no lactente
ANTIFÚNGICOS
Uso compatível com a amamentação
Anfotericina B Fluconazol Griseofulvina
Nistatina

Uso criterioso durante a amamentação. Comentários


Anidulafungina Sem dados sobre segurança na lactação.
Caspofungina Sem dados sobre segurança na lactação.
Cetoconazol Uso criterioso durante a amamentação. Potencial toxicidade hepática
Itraconazol Absorção pelo lactente é improvável.
Posaconazol Sem dados sobre segurança na lactação.
Terbinafina Sem dados sobre segurança na lactação. Observar icterícia e
toxicidade hepática no lactente
Voriconazol Sem dados sobre segurança na lactação. Usar com critério
5Flucitosina Sem dados sobre segurança na lactação. Risco de depressão medular
ANTIVIRAIS

Uso compatível com a amamentação


Aciclovir Lamivudina Valaciclovir
Fanciclovir Oseltamivir

Uso criterioso durante a amamentação. Comentários


Amantadina Possível bloqueio da produção de prolactina. Observar volume de leite.
Cidofovir Sem dados sobre segurança na lactação.
Fanciclovir Efeitos colaterais mínimos. Preferir Aciclovir
Ribavirina. Efeitos mínimos quando usada por períodos curtos.

Totalmente Contra indicados


Foscarnet Não há dados sobre segurança para uso durante o período da lactação.
Estudos em animais mostram níveis no leite três vezes maiores que no plasma.
Observar toxicidade renal, convulsões e deposição nos ossos e dentes no lactente
Ganciclovir Não há dados sobre segurança para uso durante o período da Lactação.
Efeito carcinogênico e mutagênico em ratos
ANTIPARASITÁRIOS E ANTI-HELMÍNTICOS
Uso compatível com a amamentação
Albendazol Mebendazol Praziquantel
Espiramicina Pamoato de pirvínio Niclosamida
Levamisol Piperazina Tinidazol
Uso criterioso durante a amamentação. Comentários
Ivermectina: Não há efeitos adversos relatados em lactentes. Pico de
concentração no leite materno entre 4 e 6 horas após o uso
Secnidazol Sem dados sobre segurança na lactação.
Tiabendazol Sem dados sobre segurança na lactação.

Sempre que possível escolher aqueles que apresentam menor


passagem para o leite materno ou aqueles que passam para o leite,
mas não afetam o lactente quando usados em doses terapêuticas.
No caso dos antibióticos, a principal preocupação é a alteração da
flora intestinal da criança, levando à diarreia e monilíase além da
interferir na interpretação dos resultados de culturas do lactente.
ANÁLISE DO LÍQUIDO PLEURAL

EXAMES A SEREM SOLICITADOS


- Líquido pleural
- Cultura
- pH
- Celularidade
- Proteína, glicose, LDH
- Contraimunoeletroforese (CIE) para bactérias
- Sangue: glicemia e LDH para comparação

INDICAÇÕES DE DRENAGEM (CRITÉRIOS DE LIGHT)


- Todos os derrames purulentos
- Derrames citrinos de grande volume que necessitem de repetidas
punções
- Derrames citrinos cuja cultura foi positiva.
- Derrames citrinos que preencham 3 ou + dos seguintes critérios:
- pH < 7,2
- Celularidade > 10.000 células/mm³
- Glicose ≤ 40 mg/dL
- Proteína > 3,5 g/dL ou proteína do líquido pleural/sérica > 0,5
- LDH > 1.000 U.I./L ou LDH do líquido pleural/sérica > 0,6

EVOLUÇÃO DO DERRAME PLEURAL


Fase Exsudativa 1-3 dias
Fluído, sem fibrina e sem loculações
Fase Fibrinopurulenta 4-14 dias
Com fibrina, septos e loculações
Fase de Organização > 14 dias
Invasão de fibroblastos, encarceramento pulmonar, diminuição da
expansibilidade
DIAGNOSTICO DE TUBERCULOSE NA CRIANÇA

Os achados radiográficos mais sugestivos da tuberculose pulmonar


em crianças são: adenomegalias hilares e/ou paratraqueais (gânglios
mediastinais aumentados de volume); pneumonias com qualquer
aspecto radiológico, de evolução lenta, às vezes associadas a
adenomegalias mediastinais, ou que cavitam durante a evolução;
infiltrado nodular difuso (padrão miliar).

O PPD pode ser interpretada como sugestiva de infecção por


M.tuberculosis quando igual ou superior a 5 mm em:
- crianças não vacinadas com BCG
- crianças vacinadas há mais de 2 anos
- crianças com qualquer condição imunodepressora
- indígenas independente da idade ou situação vacinal

Prova tuberculínica igual ou superior a 10 mm:


- crianças vacinadas há menos de 2 anos
Pode apresentar resultados negativos nos indivíduos anérgicos,
pacientes em fase terminal, pacientes com tuberculose disseminada,
na desnutrição grave e nos pacientes com AIDS.

ESQUEMA BÁSICO DE TRATAMENTO PARA CRIANÇAS


MENORES DE 10 ANOS DE IDADE

<20kg 20-35kg 36-50kg >50kg Tempo de uso


Rifampicina 10mg/kg 300mg 450mg 600mg 6 meses
Isoniazida 10mg/kg 200mg 300mg 400mg 6 meses
Pirazinamida 35mg/kg 1g 1,5g 2g 2 meses
TUBERCULOSE – APRESENTAÇÕES MEDICAMENTOS

- Rifampicina: 1cp=300mg ou solução 5ml/100mg


- Isoniazida: 1cp=100mg
- Pirazinamida: 1cp=500mg
- Isoniazida + Rifampicina: Comprimido 100 mg + 150 mg ou
Cápsula 200 mg + 300 mg

Tempo de Tratamento: 2 meses deR+I+P seguidos de mais 4 meses


de R+I , totalizando 6 meses de tratamento.

Meningo TB: 2 meses deR+I+Pseguido de mais 7 meses de R+I,


totalizando 9 meses de tratamento.

Associar Prednisona 1-2 mg/kg/dia(máximo 30mg/dia)por 1-4 meses.


Diagnóstico de tuberculose pulmonar em crianças e adolescentes negativos a baciloscopia
pelo sistema de pontuação:

- > ou = 40 pontos:
diagnóstico muito provável.
Permite iniciar o tratamento
do paciente.

- 30-35 pontos: diagnóstico


possível

- < ou = 25 pontos:
diagnóstico pouco provável
TB - CONTROLE DE CONTATOS

Definição de Contato: toda pessoa que convive no mesmo ambiente


com o caso índice no momento do diagnóstico da TB. Esse convívio
pode se dar em casa e/ou em ambientesde trabalho, instituições de
longa permanência, escola ou pré-escola. A avaliação do grau
deexposição do contato deve ser individualizada considerando-se a
forma da doença, o ambiente e otempo de exposição.

Contatos menores de 5 anos, pessoas vivendo com HIV-AIDS e


portadores de condiçõesconsideradas de alto risco devem são
considerados prioridade na avaliação.

CONTACTANTES SINTOMÁTICOS
- Sejam eles crianças ou adultos, deverão ter sua investigação
diagnóstica ampliada com radiografia de tórax, baciloscopia de
escarro e/ou outros exames de acordo com o caso.

CONTACTANTES ASSINTOMÁTICOS
- Adultos devem realizar inicialmente apenas o PPD. Caso o PPD seja
> 5mm, fazer um Rx tórax para descartar doença ativa. Se este Rx
tórax for normal, tratarcomo infecção latente. Se o PPD for < 5mm,
deve ser repetido entre 5 e 8 semanas para verificar possível
conversão por infecção recente. Será considerada conversão do PPD
quando houver um incremento ≥ 10 mm em relação ao PPD anterior.
- Crianças devem realizar o PPD e Radiografia de tórax na primeira
consulta. Se PPD ≥ 5mm (em crianças não vacinadas ou vacinadas
há > 2 anos ou portadora de qualquer condição imunossupressora);
ou ≥ 10 mm em criançasvacinadas com BCG há menos de 2 anos,
tratar como infecção latente. Se o PPD não preencher os
critériosacima, repeti-la em 8 semanas e tratar ILTB em caso de
conversão.
QUIMIOPROFILAXIA – TUBERCULOSE

QUIMIOPROFILAXIA PRIMÁRIA
O recém-nascido coabitante de caso índice bacilífero não deverá ser
vacinado ao nascer. Iniciar Isoniazida por três meses. Após esse
período, faz-se o PPD.
- Se o PPD for ≥ 5 mm manter a Isoniazida por mais 3 meses.
- Se o PPD for < 5 mm: suspender a Isoniazida e vacinar com BCG.

QUIMIOPROFILAXIA SECUNDÁRIA OU TRATAMENTO DE TB LATENTE


Adultos: PPD inicial ≥ 5mm OU conversão do PPD (incremento de pelo
menos 10 mm em relação ao PPD anterior).

Crianças: PPD ≥ 5mm (em cças não vacinadas ou vacinadas há mais


de 2 anos ou portadora de qualquer condição imunossupressora) OU
PPD ≥ 10 mm em crianças vacinadas com BCG há < 2 anos OU
conversão do PPD (incremento ≥ 10 mm em relação ao PPD anterior).

Pacientes com HIV / AIDS


- Radiografia de tórax normal E:
- PPD ≥ 5 mm OU contatos intradomiciliares ou institucionais de
pacientes bacilíferos independentemente da PPD OU PPD < 5 mm
com registro documental de ter tido PPD ≥ 5 mm e não submetido a
tratamento ou quimioprofilaxia na ocasião OU radiografia de tórax
com presença de cicatriz radiológica de TB, sem tratamento anterior
para TB (afastada possibilidade de TB ativa através de exames de
escarro, radiografias anteriores e se necessário, TC de tórax),
independentemente do resultado da PPD.

O medicamento atualmente indicado é a Isoniazida na dose de 5-10


mg/kg de peso até 300 mg/dia por 6 meses.
MENINGITE TUBERCULOSA

O curso da doença não tratada é dividido em três estágios:

Estágio I – em geral, tem duração de 1 a 2 semanas, caracterizando-


se pela inespecificidade dos sintomas. Pode ocorrer febre, mialgias,
sonolência, apatia, irritabilidade, cefaleia, anorexia, vômitos, dor
abdominal e mudanças súbitas do humor. Nessa fase, o paciente
pode encontrar-se lúcido e o diagnóstico geralmente é estabelecido
pelos achados liquóricos.

Estágio II – caracteriza-se pela persistência dos sintomas sistêmicos


e pelo surgimento de evidências de dano cerebral (sinais de lesão de
nervos cranianos, exteriorizando-se por paresias, plegias, estrabismo,
ptose palpebral, irritação meníngea e hipertensão intracraniana).
Nessa fase, alguns pacientes apresentam manifestações de
encefalite, com tremores periféricos, distúrbios da fala, trejeitos e
movimentos atetóides.

Estágio III ou período terminal – ocorre quando surge o déficit


neurológico focal, opistótono, rigidez de nuca, alterações do ritmo
cardíaco e da respiração e graus variados de perturbação da
consciência, incluindo o coma.

OBSERVAÇÕES:
- Convulsões focais ou generalizadas podem ser observadas em
qualquer estágio clinico da doença.
- Na maioria dos casos de meningite tuberculosa observa-se
alterações radiológicas pulmonares associadas.
- O teste tuberculínico pode ou não ser reator.
USO DE ANTIMICROBIANOS NA DOENÇA HEPÁTICA

Permitidos Corrigir dose Totalmente contra indicado


Amicacina Clindamicina Minociclina
Amoxicilina Cloranfenicol Sulfadiazina
Clavulin Lincomicima Bactrim
Ampicilina Metronidazol Griseofulvina
Azitromicina Itraconazo l
Aztreonam Voriconazol
Cefadroxil Caspofungina
Cefalexina Rifampicina
Cefalotina Isoniazida
Cefazolina Pirazinamida
Cefaclor Ivermectina
Cefoxitina
Cefuroxima
Cefotaxima
Ceftazidima
Ceftriaxona
Cefepime
Ciprofloxacina
Claritromicina
Daptomicina
Doxiciclina
Ertapenem
Gentamicina
Imipenem
Levofloxacina
Linezolida
Meropenem
Neomicina
Oxacilina
Penicilinas
Polimixina B
Teicoplamina
Tianfenicol
Tobramicina
Vancomicina
Fluconazol
5 Flucitosina
Anidulafungina
Etambutol
VITIMIZAÇÃO SEXUAL

Avaliação Laboratorial
- Hepatite B: HBsAg, anti-HBsAg
- Hepatite C: Anti-HCV
- Sífilis: VDRL
- HIV: Elisa Anti-HIV

INDICAÇÕES DE PROFILAXIA CONTRA DSTS


- Contato com secreções genitais.
- Em casos crônicos de exposição ao mesmo agressor não realizar
profilaxia para nenhuma DST.

A. Profilaxia de Clamídia e Cancro Mole:


- Criança: Azitromicina – 20mg/kg dose única (máx 1g/dia)
- Adulto (ou > 45kg) e Gestante: Azitromicina 1g VO (dose única)

B. Profilaxia de Gonorréia:
- Criança: Ceftriaxona – 125mg IM (DU)
- Adulto (ou > 45kg): Ciprofloxacina 500mg ou Ofloxacina 400mg
DU.
- Gestante: Ceftriaxona – 250mg IM (DU)

C. Profilaxia de Sífilis:
- Criança: Ceftriaxona 125mg IM DU
- Adulto (ou > 45kg) e Gestante: Ceftriaxona 250mg IM DU

D. Profilaxia de Tricomoníase:
- Criança: Metronidazol 15mg/kg/dia de 8/8 horas por 7 dias (máx
2g)
- Desnecessário em meninos
- Adulto (ou > 45kg): Metronidazol 2g VO (dose única)
- Gestante: Metronidazol 250mg 8/8 horas por 7 dias (não usar no
primeiro trimestre de gestação)
E. Profilaxia de Hepatite B:
- Vacinação: completar o esquema vacinal quando incompleto ou não
vacinado
- Imunoglobulina: aplicar naqueles sem esquema vacinal completo ou
com confirmação de ausência de soroconversão (Anti HbsAg
negativo)
- Dose: 0,06ml/kg IM DU (máx. 5ml) – grupo muscular diferente da
vacina se aplicado no mesmo dia
- Pode ser aplicada em até 14 dias após o evento (ideal nas primeiras
48h). Naqueles vacinados, aguardar o resultado do anti-HBsAg
colhido no primeiro atendimento para avaliar a indicação

F. Profilaxia de HIV:
Estimar o risco do agressor ser HIV+:
- Tipo de exposição (vaginal, anal)
- Ejaculação em mucosa (maior risco do que pele íntegra)
- Múltiplos agressores
- Presença de lesão em mucosa
Indicação da Profilaxia Antiretroviral:
- Penetração vaginal ou anal
- Exposição há menos de 72 horas
- Manter por 4 semanas (28 dias)
- Indicado em caso de Sexo Oral/ Contato com secreções
genitais em mucosa.
Esquema: AZT + 3TC + LPV/RTV
Esquema alternativo: AZT + 3TC

G. Profilaxia do Tétano:
De acordo com estado vacinal e ferimento
H. Anticoncepção de Emergência
- Ideal: nas primeiras 72 hs após o coito suspeito – fazer o mais
rápido possível
- Não realizar em caso de abusos repetidos
- Dose recomendada: Levonogestrel 0,75mg, via oral, 2cp em DU ou
1 cp de 12x12h
Método de Yuzpe: cps combinados
- 50mg etinilestradiol e 250mg de levonogestrel/ cp – 2cp 12x12h 1d
ou 4cp DU
- 30mg etinilestradiol e 150mg de levonogestrel/cp – 4cp 12x12h 1d
ou 8cp DU
OBS: quando associada a profilaxia de HIV com uso de Ritonavir, não
deve-se usar o método de Yuzpe.

EXAME Inicial 6 semanas 3 meses 6 meses


VDRL X X X X
ELISA Anti-HIV X X X X
ELISA HBsAg1 X X1 X1
ELISA Anti HBsAg2 X X3
Anti-HCV X X X

1- Solicitar no início e repetir somente se AntiHBsAg negativo.


2- Especificar Vitimização no pedido. Se paciente Anti-HBsAg
negativo, verificar vacinação – se completa e mais de 5 anos da
última dose, fazer 1 dose de vacina e repetir Anti-HBsAg; se
incompleta, completar o esquema e repetir Anti-HBsAg pelo menos 2
meses da última dose; se menos de 5 anos da úlltima dose, repetir o
esquema vacinal completo e repetir Anti-HBsAg após pelo menos 2
meses da última dose.
3- HBsAg negativo inicial
ANTIFÚNGICOS – ESPECTRO DE AÇÃO

Antifúngico Espectro Não age


Anfotericina B Candida spp * C. lusitaneae
Cryptococcus neoformans C. guillermondii
Blastomyces dermatidis Aspergillus terreus
Histoplasma capsulatum Pseudallescheria boydii
Coccidioides immitis Trichosporum beigelli
Paracoccidioides brasiliensis Agentes da Cromomicose
Aspergillus spp.* Paracoccidioides loboi
Espécies de Rhizopus
Espécies de Mucor
Sporotrix schenkii
Leismania sp
Cetoconazol Candida albicans Candida não albicans
Cryptococcus neoformans Aspergillus sp
Blastomyces dermatidis Acremonium
Histoplasma capsulatum Zigomicoses
Coccidioides immitis (Mucor,Rhizopus,Absidia)
Paracoccidioides brasiliensis
Pseudallescheria boydii
Malassezia furfur
Dermatófitos
Fluconazol Candida spp * C.krusei sempre resistente
Cryptococcus neoformans C. glabrata (variável)
Histoplasma capsulatum Aspergillus spp
Coccidioides immitis Zigomicoses
Paracoccidioides brasiliensis (Mucor,Rhizopus,Absidia)
Dermatófitos Sporotrix schenckii**
Malassezia furfur Fusarium spp
Itraconazol Candida spp * C.glabrata **
Cryptococcus neoformans C. tropicalis **
Histoplasma capsulatum Pseudallescheria boydii
Coccidioides immitis Fusarium spp
Blastomyces dermatidis Zigomicoses
Pb micose (Mucor,Rhizopus,Absidia)
Dermatófitos
Aspergillus sp.*
Sporotrichum schenckii
Pseudallescheria boydii
Agentes da Feofomicose
Voriconazol Candida spp Pbmicose Sporotrix schenckii
Aspergillus spp Zigomicoses
Fusarium spp (Mucor,Rhizopus,Absidia)
Pseudallescheria boydii
Penicillium
Cryptococcus neoformans
Blastomyces dermatidis
Histoplasma capsulatum
Coccidioides immitis
Posaconazol Candida spp
Aspergillus spp
Cryptococcus neoformans
Zigomicoses
(Mucor,Rhizopus,Absidia)
Pseudallescheria boydii
Fusarium spp
Histoplasma capsulatum
Coccidioides immitis
Equinocandinas Candida spp * C. parapsilosis tem MIC
Aspergillus spp.** mais elevado
Histoplasma capsulatum Zigomicoses
Pneumocystis jiroveci (Mucor,Rhizopus,Absidia)
Cryptococcus neoformans
Fusarium spp**
Paracoccidioides
brasiliensis
Fluorocitosina Candida spp Blastomyces dermatidis
Cryptococcus neoformans Histoplasma capsulatum
Coccidioides immitis
Pseudallescheria boydii
Paracoccidioides
brasiliensis
Griseofulvina Dermatófitos Histoplasma capsulatum
Sporotrichum schenckii Cromomicose
Outras micoses profundas
Terbinafina Dermatófitos
(Epidermophyton e
Tricophyton)
Blastomyces dermatidis
Histoplasma capsulatum
Sporotrichum schenckii
Candida spp
Malassezia furfur
CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS

Limpas Cirurgias realizadas em tecidos Artroplastias


limpos, passíveis de Cirurgias ortopédicas
descontaminação. eletivas
Não penetra os tratos Cirurgias cardíacas
respiratório, gastrointestinal e Neurocirurgias
geniturinário. Herniorrafias de todos os
Sem evidência de inflamação tipos
local Mastectomia
Técnicas assépticas respeitadas Mastoplastia
As feridas limpas são fechadas Vagotomia superseletiva
por primeira intenção e drenadas Cirurgia vascular
por drenagem fechada quando Cirurgias de ovário
necessário Enxertos cutâneos
São cirurgias eletivas e não- Esplenectomia
traumáticas.
Risco de Infecção de 1 a 2%
Potencialment Realizadas em tecidos Histerectomia abdominal
e colonizados por flora microbiana Cesárea
contaminadas pouco numerosa Cirurgias ginecológicas
Cirurgia que intervém nos tratos Cirurgia eletiva do
gastrointestinal, geniturinário, intestino delgado
respiratório e orofaringe com Cirurgia gástrica e
extravasamento mínimo do seu duodenal
conteúdo. Cirurgia das vias biliares
Sem evidência de inflamação e Cirurgia intra nasal
técnica asséptica adequada. Cirurgias orais e de
Feridas traumáticas recentes. orofaringe
Risco de Infecção até 2-4 % Feridas traumáticas limpas
– até 10 horas do trauma
Contaminadas Cirurgia em tecidos com flora Apendicectomia sem
abundante e de difícil supuração
descontaminação ou quando é Cirurgia colorretal eletiva
encontrada Inflamação aguda Cirurgias orais
não purulenta Cirurgia de vias biliares na
Quebra de técnica asséptica com presença de bile
extravasamento grosseiro do contaminada
conteúdo de víscera oca exceto Feridas traumáticas com
cólon. atendimento após 10
Risco de Infecção de 7-10% horas
Infectadas Cirurgias realizadas em qquer Nefrectomia com infecção
tecido ou órgão com presença de Cirurgia abdominal com
processo infeccioso, tecido presença de pus ou
necrótico e corpos estranhos. conteúdo do cólon
Extravasamento de pus ou Cirurgia de reto ou anus
conteúdo do cólon. Lacerações com pus
por mordedura humana ou de Fraturas expostas há mais
animais. Feridas traumáticas de 6 horas
antigas c/ tecido Desvitalizado
Risco de Infecção de 10-40%
PROFILAXIA CIRÚRGICA

Cirurgias Potencialmente Contaminadas:


Realizar em TODAS.

Cirurgias Contaminadas:
Realizar em TODAS EXCETO AS ORIFICIAIS.

Cirurgias Limpas se:


- Grande porte.
- Implante de próteses ou outros corpos estranhos.
- Pacientes de Risco.
- Situações de Emergência.

Nas cirurgias infectadas o uso é terapêutico e não profilático!!

REPIQUE - INDICAÇÃO

- Quando o tempo cirúrgico ultrapassar duas meias-vidas do


antibiótico.
- Sangramento > 1 litro em adultos.
REAÇÕES ADVERSAS DA ANFOTERICINA B

1. Nefrotoxicidade:
Incidência 5-80% com as formulações convencionais
Em geral reversível após a suspensão da droga, mas pode haver dano
permanente quando a DA >4g em 44% dos pacientes.
Maior com a associação de diuréticos e drogas nefrotóxicas
Espectro:
– Insuficiência renal
– Perda urinária de K+ e hipocalemia
– Perda urinária de Mg2+ e hipomagnesemia
– Acidose metabólica devido a acidose tubular renal distal
– Poliúria devido a DI nefrogênico
Mecanismo:
– Vasoconstrição arteríola aferente com redução do FPR
– Lesão tubular com aumento da permeabilidade tubular
Fatores de risco
– Idade > 60 anos
– ClCr <60
– ClCr 40-59 com outra droga nefrotóxica associada
– Hipovolemia
– Uso de diuréticos
– Exposição a múltiplas drogas nefrotóxicas
Prevenção
– Hidratação: 500 ml (10-15ml/kg em crianças) de SF0,9% antes e
após a infusão reduz nefrotoxicidade. Indicado sempre que não
houver necessidade de restrição de volume
– Evitar diuréticos e outras drogas nefrotóxicas.
2. Reações à infusão:
– Febre
– Calafrios
– Náuseas e vômitos
– Cefaléia
– Mal estar
– Hipotensão
– Arritmias
– Hipercalemia na infusão rápida (Desvio do K+ do IC para o EC)
Pré medicação é indicada para pacientes que apresentaram reação a
infusão:
– Dipirona 1g EV (10-15mg/kg em crianças) +
– Antihistamínico: Dexclorfeniramina 5mg EV (0,08mg/kg em
crianças)
Reduz febre, mal estar e calafrios
Fazer 30 min antes da infusão da Anfotericina
Em caso de calafrios administrar 25-50mg (0,5-1,0 mg/kg em
crianças) de Meperidina

3. Tromboflebites:
– Prevenção: pré medicação com Hidrocortisona 25-50mg EV
(0,7mg/kg em crianças) ou acrescentar heparina 1UI/ml na solução
de Anfotericina

4. Anemia
– Por inibição da produção de eritropoietina

5. Neurotoxicidade
– Rara
– Confusão mental, delírio, convulsões, psicose, alteração de
comportamento, visão turva e perda auditiva.
FORMULAÇÕES DA ANFOTERICINA B

Formulação / Descrição Reações Toxicidade


Nome Infusionais Renal
comercial
Deoxicolato Comuns Comum
AmB-D Podem ser Reduzida com
Fungison® controladas com pré hidratação
antitérmicos e com SF 0,9%
anti-H1
Lipossomal Encapsulada em Bem menos Menor do que
L-AmB vesículas de frequente do que com a AmB-D
Ambissome® fosfolipídeo de com a AmB-D
camada dupla
Complexo Combinada a 2 fitas Um pouco menos Menor do que
lipídico lipídicas duplas frequente do que com a AmB-D
ABLC com a AmB-D
Abelcet®
Dispersão Complexo estável Comuns (tanto Semelhante a
Coloidal com sulfato de como com a AmB-D
ABCD colesteril sódico AmB-D)
Amphocil®

FORMULAÇÕES LIPÍDICAS DA ANFOTERICINA B

– Lipossomal- L-AmB=AmBissome® (Encapsulada em vesículas de


fosfolipídeo de camada dupla)
– Complexo Lipídico-ABLC=Abelcet® (Combinada a 2 fitas lipídicas
duplas)
– Dispersão Coloidal-ABCD=Amphocil® (Complexo estável com
sulfato de colesteril sódico)
USO DE ANFOTERICINA B LIPÍDICA NO HCFMRP-USP

I. Toxicidade da Anfotericina B Desoxicolato

A. Nefrotoxicidade:
– Elevação progressiva, acima dos valores normais, dos níveis de U e
Cr e/ou do K sérico durante terapia com Anf B-D nas doses iniciais ou
com a dose de manutenção de 1 mg/Kg/dia, e
– Persistência de níveis séricos de Cr > 2,5mg/dL e/ou K > 6,0
mEq/L em duas dosagens feitas 96 horas após a redução da dose
para 0,5mg/Kg/dia, com tendência ao aumento desses níveis se
continuado o esquema de dose reduzida
– A manutenção com este esquema de Anf B-D pode seguir até o
final do tratamento se houver melhora e estabilização da função renal

B. Anemia:
– Redução progressiva do Ht além de 8% em relação ao valor pré-
terapia com a dose de 1mg/Kg/dia de Anf B-D, associada a
manifestações clinicas que necessitem transfusão

C. Reações imediatas a infusão:


– Efeitos adversos graves que se repetem a cada infusão da droga
nem se atenuam com a continuação de terapia
– Não preveniveis com a redução da velocidade da infusão diária nem
com a pré-adminstração de bloqueadores da síntese de
prostaglandinas, anti-histamínicos, meperidina ou corticosteróides
– Duas ou mais das seguintes manifestações durante a infusão
podem indicar a substituição por Anf B Lipídica:
(a) Temperatura > 39,0o C; (b) Freqüência cardíaca >120/min; (c)
Pressão arterial >160 x 100mmhg; (d) Arritmia cardíaca; (e)
Freqüência respiratória > 30/min.; (f) Broncoespasmo.
Observações:
a) Nos casos de toxicidade da Anf B-D, a sua substituição por Anf B-L
será feita em dose diária equivalente, ou seja, 1mg/Kg/dia
b) Excepcionalmente, em pacientes com infecção fúngica grave, a Anf
B-L poderá ser prescrita na dose de 3mg/Kg/dia
c) Em ambos os casos, a dose total acumulada no tratamento devera
ser igual à dose total anteriormente prevista para Anf B-D

II. Ineficácia aparente da Anfotericina B-D


Pacientes com infecção fúngica grave que já tenham recebido dose
acumulada mínima de 400 mg (± 7 mg/kg) de Anfo B-D, e
apresentem
a. Persistência ou agravamento do quadro infeccioso ou
b. Surgimento de complicações, com risco de morte em curto prazo

Observações:
a) A prescrição de Anf B lipídica em casos de aparente falha da Anf B-
D deve ser feita em dose de 3mg/Kg/dia
b) A dose total a ser administrada deve ser a mesma prevista para
Anf B-D, salvo exceções a serem justificadas.
HIV EM CRIANÇAS – CATEGORIAS CLÍNICAS

Categoria N - Assintomática:
Ausência de sinais e/ou sintomas ou com apenas uma das condições
da categoria A.

Categoria A - Sinais e/ou sintomas leves:


Presença de 2 ou mais das condições abaixo, porém sem nenhuma
das condições das categorias B e C:
1. linfadenopatia (maior que 0,5 cm em mais de 2 cadeias diferentes)
2. hepatomegalia
3. esplenomegalia
4. parotidite
5. IVAS persistentes ou recorrentes (otite média ou sinusite)

Categoria B - Sinais e/ou sintomas moderados:


1. Anemia (<8g/dl), neutropenia (<1.000/mm3) ou trombocitopenia
(< 100.000/mm3), por mais de 30 dias
2. Meningite bacteriana, pneumonia ou sepse - 1 episódio
3. TB pulmonar
4. Candidíase oral persistindo por mais de 2 meses
5. Varicela disseminada ou complicada
6. Herpes zoster, com 2 episódios ou mais de um dermátomo
7. Pneumonia intersticial linfocítica (LIP)
8. Infecção por citomegalovírus (CMV), antes de 1 mês de vida
9. Toxoplasmose antes de 1 mês de vida
10. Pneumonite / esofagite por HSV, c/ início antes de 1 mês de vida
11. Diarréia recorrente ou crônica
12. Hepatite
13. Estomatite por HSV recorrente (mais do que 2 episódios/ano)
14. Miocardiopatia 15. Nefropatia
16. Nocardiose 17. Febre persistente (> 1 mês)
Categoria C - Sinais e/ou sintomas graves
1. Infecções bacterianas graves, múltiplas ou recorrentes
(confirmadas por cultura, 2 episódios em intervalo de 1 ano): sepse,
pneumonia, meningite, infecções osteoarticulares, abscessos de
órgãos internos
2. Pneumonia por Pneumocystis jiroveci
3. Histoplasmose disseminada
4. Coccidioidomicose disseminada
5. Criptococose extra-pulmonar
6. Candidíase esofágica ou pulmonar
8. Toxoplasmose cerebral com início após o 1º mês de vida
9. CMV em locais além do fígado, baço ou linfonodos, a partir de 1
mês de vida
10. Encefalopatia pelo HIV (achados que persistem por mais de 2
meses), definida por:
A) déficit do desenvolvimento neuropsicomotor
B) evidência de déficit do crescimento cerebral ou microcefalia
adquirida identificada por medidas de PC ou atrofia cortical mantida
em CT ou RM sucessivas de crânio; e
C) déficit motor simétrico com 2 ou mais dos seguintes
achados: paresias, reflexos patológicos, ataxia e outros
11. Mycobacterium tuberculosis disseminada ou extra pulmonar
12. Mycobacterium avium ou M. Kansasii disseminados
13. Mycobacterium, outras espécies ou não identificadas,
disseminadas
14. Infecção por HSV, úlceras mucocutâneas com duração maior do
que 1 mês ou pneumonite ou esofagite (crianças > 1 mês de vida)
15. Salmonelose disseminada recorrente
16. Criptosporidíase ou isosporíase com diarréia (> 1 mês)
17. Síndrome da caquexia, manifestada por:
A) perda de peso > 10% do peso anterior; ou
B) queda de dois ou mais percentis nas tabelas de peso para a
idade; ou
C) peso abaixo do percentil 5, em duas medidas sucessivas; e
D) diarréia crônica (duração maior que 30 dias); ou
E) febre por 30 dias ou mais, documentada.
16. Leucoencefalopatia multifocal progressiva
17. Sarcoma de kaposi;
18. Linfoma primário do cérebro ou outros linfomas

CATEGORIAS IMUNOLÓGICAS

Alteração Contagem de Linfócitos T


Porcentagem
imunológica CD4
Idade
< 12 1-5 6-12
meses anos anos
Ausente 1 ≥1500 ≥1000 ≥ 500 >25%
Moderada 2 750-1499 500-999 200-499 15-24%
Grave 3 < 750 <500 <200 <15%
TERAPIA DE SELO DE CATETER

INDICAÇÃO: infecções não complicadas em cateteres tunelizados ou


totalmente implantados inseridos 14 dias ou mais e causadas por
Estafilococos coagulase negativos, enterococo, bacilos Gram
negativos exceto P.aeruginosa.

A terapia de selo deve sempre estar associada ao ATB sistêmico.

A única situação em que pode ser empregada isoladamente é em


caso de colonização do cateter por SCN ou BGN sem infecção
concomitante da corrente sanguínea. Estes casos caracterizam-se por
múltiplas HMC do cateter positivas porém HMC periféricas negativas e
ausência de sinais clínicos de infecção da corrente sanguínea

Como realizar a terapia de selo:


- Preparar a solução diluindo o ATB em soro fisiológico no volume
necessário para preencher o cateter, em geral 2-5 ml são suficientes.
- Sempre que possível preferir selo com adição de heparina exceto
se: incompatibilidade concentração dependente com alguns
antibióticos, risco de sangramento, trombocitopenia induzida por
heparina.
- Quando a heparina estiver contra indicada, apenas os antibióticos
estáveis em uso isolado podem ser usados.
- Ao final do tempo programado para permanência do selo, a solução
deve ser drenada e desprezada e jamais infundida no paciente.

Cancelar a terapia e remover imediatamente o cateter se:


- Deterioração clínica durante o tratamento.
- Não houver resolução da bacteremia após 72 horas de tratamento
com antibiótico para o qual o germe é sensível.
- Recorrência da infecção.
SOLUÇÕES DE ANTIBIÓTICOS SEM ANTICOAGULANTE

Antibiótico e concentração Estabilidade (hs)


Amicacina 1 mg/mL 48
Aztreonam 83.3 mg/mL 12
Cefepime 1 mg/mL 48
Cefepime 10 mg/mL 48
Ceftazidima 5 mg/mL 48
Ceftriaxone 83.3 mg/mL 12
Ciprofloxacina 5 mg/mL 48
Daptomicina 5 mg/mL 72
Gentamicina 13.3 mg/mL 12
Rifampicina 5 mg/mL 48
Teicoplanina 10 mg/mL 48
Tigeciclina 2 mg/mL 4
Vancomicina 5 mg/mL 72
Daptomicina 2 mg/mL e Rifampicina 2 mg/mL 4
Linezolida 2 mg/mL e Rifampicina 2 mg/mL 4
Tigeciclina 2 mg/mL e Rifampicina 2 mg/mL 4
Vancomicina 2 mg/mL e Rifampicina 2 mg/mL 4
Observação: Betalactâmicos inativam Aminoglicosídeos in vitro e
estes não devem ser misturados na mesma solução.
SOLUÇÕES DE ANTIBIÓTICOS COM ANTICOAGULANTE

Antibiótico e Concentração Concentração de


Heparina (UI/mL)
Ampicilina 10mg/ml 10 ou 5000
Cefazolina 5 mg/mL 2500 ou 5000
Ceftazidima 0,5mg/ml 100
Ciprofloxacina 125 μg/ml 100
Gentamicina 1 mg/mL 2500
Vancomicina 2 mg/mL 10
Vancomicina 2,5 mg/mL 2500 ou 5000
Vancomicina 5 mg/mL 5000
Cefazolina 10 mg/mL e Genta 5 mg/mL 5000
Vancomicina 10 mg/mL e Genta 5 mg/mL 5000

SELO DE ANFOTERICINA B

- Deve sempre último recurso pois os cateteres infectados por


Candida devem ser sempre retirados.
- Preparar uma solução com a seguinte concentração: Anfotericina
5mg/ml + Heparina 100 Ui/ml de solução glicosada 5% (nunca
SF0,9%).
- Deixar durante 6 horas no cateter e desprezar após.
- Fazer por 14 dias associado ao tratamento sistêmico.
SELO DE ETANOL

Diluir 7 ml etanol absoluto (formulação/ medicamentosa) + 3 ml AD

SELO PROFILÁTICO
- Instilar 2-3 ml da solução em todas as vias do cateter e deixar agir
por no mínimo uma hora.
- Após esse período, infundir 10-20ml de SF0,9% para “lavar” o
cateter antes de ser usado. Repetir diariamente, enquanto o paciente
estiver hospitalizado.

SELO TERAPÊUTICO
- Instilar 2-3ml da solução em todas as vias do cateter deixando-a
agir por 12 horas. Após esse período, a solução deverá ser aspirada
do cateter por e desprezada.
- Imediatamente após a remoção do etanol, o cateter deverá ser
“lavado” com 40ml de SF0,9%, antes da infusão da nova solução de
etanol. Esse processo deverá ser repetido a cada 12 horas, por 7
dias.
- O uso concomitante de antibióticos sistêmicos deverá ser feito
quando houver febre e outros sinais clínicos de infecção mesmo
quando o cateter não estiver sendo usado. Caso os sintomas só
apareçam durante o uso do cateter, a terapia sistêmica é
desnecessária.
Repetir a hemocultura após o término da terapia intra-luminal, para
confirmação da erradicação do agente infeccioso.
SELO DE ETANOL

Vantagens: atividade no Biofilme, não promove resistência


bacteriana, não produz trombose nem obstrução do cateter.

Desvantagens: efeitos adversos relacionados à infusão (depressão do


SNC, arritmias, irritação local e enrubescimento), possíveis danos ao
material do cateter (?).

Pode ser usado com a finalidade terapêutica desde que associado ao


antibiótico sistêmico (um estudo mostrou 88% de sucesso) ou como
medida de prevenção de infecções naqueles pacientes que
apresentam infecções repetidas e cujas opções de novos acessos
venosos são limitadas

Preparo da solução: com uma seringa aspirar 1 ml de álcool absoluto


estéril e acrescentar 0,4 ml de SF0,9% = 1,4 ml de álcool a 70%
Ou então pegar 7 ml de álcool absoluto diluído em 3 ml de AD=10 ml
de álcool 70%).

Uso Terapêutico:
- Lavar o cateter com 10 ml de solução salina p/ testar sua patência.
- Infundir o etanol a 70%, fechar o cateter e deixar por 12-24 horas.
- Ao final aspirar e desprezar a solução.
- Fazer durante 5 dias consecutivos.

Uso Profilático:
- Infundir a parenteral em 20 horas.
- Em seguida infundir SG 5% por 2 horas.
- Infundir o etanol no cateter e deixar por 2 horas.
- Ao final infundir o etanol e lavar o cateter com SF 0,9%.
ORIENTAÇÕES PARA O ATENDIMENTO DE CRIANÇAS
EXPOSTAS A ACIDENTES COM MATERIAIS BIOLÓGICOS

A. Tipos de Exposições
As exposições que podem trazer risco de transmissão do HIV e das
Hepatites B e C são definidas como:
- Percutâneas: lesões provocadas por instrumentos perfurantes e
cortantes (agulhas, lâminas...)
- Mucosas: respingos nos olhos, nariz ou boca
- Cutâneas: contato com pele não íntegra (ex: dermatites ou feridas
abertas)
- Por mordeduras humanas: são consideradas exposição de risco
quando houver presença de sangue. Nesta situação devem ser
avaliados tanto o individuo que mordeu quanto aquele que foi
mordido

B. Definições
- Exposição percutânea leve: lesão superficial, ausência de sangue
visível no dispositivo, agulha sem lúmen (ex: de sutura).
- Exposição percutânea grave: lesão profunda, sangue visível no
dispositivo, agulhas com lúmen e de grosso calibre
- Exposição cutaneomucosa leve: pouca quantidade de material
biológico, tempo de contato curto
- Exposição cutaneomucosa grave: grande quantidade de material
biológico, contato prolongado
Vírus Tempo de Risco de infecção após Incidência de infecção
sobrevivência do exposição percutânea após exposição
vírus no ambiente de fonte sabidamente percutânea de fonte
positiva sabidamente positiva
HIV Curto 3:1000 0,3%
HBV Até 7 dias 3:10 6-40%
HCV 16-23 horas 3:100 0,5-1,8%

IMPORTANTE!!! Em crianças a GRANDE maioria dos acidentes com


pérfuro cortante ocorre com agulhas que já estavam no ambiente há
bastante tempo o que torna o risco de infecção muitíssimo baixo!

C. Cuidados imediatos com a área exposta


- Nas exposições percutâneas ou cutâneas: lavagem exaustiva da
área exposta com água e sabão.
- Nas exposições de mucosas: lavagem exaustiva com água ou soro
fisiológico

D. Avaliação do paciente vítima do acidente


- Checar no cartão as vacinas contra Hepatite B e Tétano
- Colher Elisa HIV, Anti-HCV e Anti-HBsAg

ATENÇÃO!!! Do paciente vítima do acidente o que importa é saber se


o mesmo possui anticorpos protetores contra HBV para indicação ou
não da IG específica por isso colher o Anti- HBsAg e não o HBsAg.

E. Avaliação da Fonte quando conhecida


- Solicitar anti-HIV, HBsAg e anti-HCV - caso a fonte seja sabida-
mente HCV positiva, solicitar HCV-RNA (qualitativo).
- Recomenda-se o uso de testes rápidos para HIV - caso a fonte seja
sabidamente HIV positiva checar última carga viral e o TARV em uso.
F. Fonte Desconhecida
Avaliar a probabilidade de risco para infecção:
- Prevalência da infecção naquela população
- Local em que o material perfurante foi encontrado (ex: regiões
frequentadas por usuários de drogas)
- Presença ou não de sangue no dispositivo
- Tempo em que o dispositivo deveria estar naquele local.

G. Indicação das Profilaxias


a) Tétano: caso a ultima dose de DPT ou DT tenha sido há mais de 5
anos indicar um reforço da vacina antitetânica

b) HIV: quando indicada, a profilaxia pós exposição (PPE) deverá ser


iniciada o mais rapidamente possível, de preferência nas primeiras 2
horas após o acidente. A PPE não está indicada para acidentes que
tenham ocorrido há mais de 72 horas. A duração recomendada da
quimioprofilaxia é de 28 dias. Quando a fonte é desconhecida, o uso
de PPE deve ser avaliado individualmente, considerando o tipo de
exposição e a probabilidade epidemiológica de infecção pelo HIV.
Caso estas considerações indiquem possibilidade de infecção pelo
HIV, recomenda-se a PPE com o esquema básico

ESQUEMAS DE PROFILAXIA PÓS EXPOSIÇÃO


- Esquema Básico: Indicado como escolha para a maioria das
exposições.
- Zidovudina (AZT) + Lamivudina (3TC)
- Esquema Expandido: Recomendado só em acidentes de alto risco.
- 2 ITRN + 1 IP (AZT + 3TC + Lopinavir/RTV) ou
- 3 ITRN (AZT + 3TC + TDF)
Fonte Fonte Fonte Fonte
conhecida conhecida conhecida desconhe-
HIV+ HIV- sorologia cida
desconhecida
Percutâneo Indicar PPE
leve expandido
Percutâneo Indicar PPE
grave expandido
Exposição Não Em geral não Em geral não
cutaneo Considerar* recomendado recomendada** recomendada
mucosa PPE básico Realizar teste ***
leve rápido do
Exposição paciente fonte
cutaneo Indicar PPE
mucosa expandido
grave
* Considerar: indica que a PPE é opcional e deve ser baseada na análise
individualizada da exposição.
** Quando optar por indicar a PPE, iniciar com o esquema básico até que os
resultados dos exames laboratoriais da fonte sejam conhecidos
*** Quando o paciente-fonte é desconhecido, o uso de PPE deve ser decidido
individualmente, considerando-se o tipo de exposição e a possibilidade
epidemiológica de infecção pelo HIV

Doses dos Antirretrovirais:


Zidovudina: 7,5mg/kg/dose ou 180mg/m2/dose de 12/12 horas
Máximo 300 mg/dose
Apresentação: 1ml=10mg ou 1cp=100mg
Lamivudina: 4mg/kg/dose de 12/12 horas
Máximo 150 mg/dose
Apresentação: 1ml=10mg ou 1cp=150mg
Biovir 1cp=300mg de AZT+150mg de 3TC
Crianças entre 18-20 kg ½ cp de 12/12h
Crianças a partir de 37,5kg 1cp de 12/12h
Lopinavir/RTV (Kaletra®): 230 m de LPV/m2/dose de 12/12h
Máximo 400 mg/dose de 12/12h
Apresentação: 1ml= 80mgLPV/200mgRTV
1cp= 200mgLPV/50mgRTV ou 1cp= 100mgLPV/25mgRTV
Tenofovir: 2-8 anos 8mg/kg dose única diária
> 8 anos 210mg/m2/dose única diária
Máximo 300mg/dia
Apresentação 1cp=300mg

Cálculo da superfície corpórea = 4 x Peso + 7


Peso + 90

IMPORTANTE!! Lembrar que a TARV não é isenta de riscos e podem


ocorrer efeitos adversos significativos, portanto avaliar
cuidadosamente sua indicação nos acidentes de fonte desconhecida!

c) Hepatite B
Situação Fonte HBsAg Fonte Fonte
vacinal da positivo HBsAg desconhecido
criança negativo **
Não vacinado IGHAHB + iniciar Iniciar vacinação
vacinação
Vacinação IGHAHB + Completar vacinação
Incompleta Completar
vacinação
Vacinação Colher Anti- Colher Anti- HbsAg*
Completa HbsAg* - Anti- HbsAg ≥ 10 mUI/mL:
- Anti- HbsAg ≥ 10 nenhuma medida
mUI/mL: nenhuma - Anti- HbsAg < 10 mUI/mL:
medida iniciar 2ª série de vacinação
- Anti- HbsAg < 10
mUI/mL: IGHAHB
+ iniciar 2ª serie
de vacinação
* Como a IGHAHB pode ser administrada em até 7 dias pode-se
aguardar o resultado do Anti- HbsAg para sua indicação.
** Avaliar a probabilidade do dispositivo estar contaminado pelo VHB
(prevalência da infecção naquela população, local onde o material
perfurante foi encontrado, procedimento ao qual ele esteve associado
e presença ou não de sangue no dispositivo).
Dose da IGHAHB:
- 0,06 mL/kg de peso corporal. Mínimo 0,5 ml e máximo 5 ml.
- Quando indicada, fazer idealmente nas primeiras 24 horas após o
acidente e no máximo em 7 dias. A vacina e a IGHAHB devem ser
aplicadas em sítios anatômicos diferentes.

d) Hepatite C
- Não existe nenhuma medida especifica eficaz para a redução do
risco de infecção pelo vírus da hepatite C após a exposição
- Recomenda-se o acompanhamento clínico e laboratorial de todo
paciente exposto ao HCV

H. Acompanhamento do paciente exposto


- Quando houver indicação de PPE, fornecer a receita de ARV (2 vias)
juntamente com o formulário de dispensação (Siclom)
- Encaminhar ao CRIE para vacina e/ou IGHAHB quando indicado
- Marcar retorno no Ambulatório de Moléstias Infecciosas Infantis
(AMII), balcão 5-azul, na primeira quinta feira pela manha

HBsAg HBeAg Anti- Anti- Anti Anti


HBc HBc HBe HBs
IgM IgG
Suscetível - - - - - -
Incubação + - - - - -
Infecção aguda + + + + - -
pelo HBV
Infecção cronica + + ou - - + - ou -
pelo HBV +
Imunidade por - - - + - +
infecção passada
Imunidade - - - - - +
produzida por
vacina
EXAMES PARA SEGUIMENTO DO PACIENTE

Momento
2ª 4-6 12
Situação do 3 meses 6 meses
semana semanas meses
acidente
Eventual-
Investiga- Elisa HIV mente
Elisa HIV Elisa HIV Elisa HIV
ção do HIV ELISA
HIV
HMG,
HMG, TGO, TGO, TGP
TGP Uréia Uréia e
Monitorizar e Cr se PPE Cr se PPE
efeitos básica. básica.
adversos Acrescentar Acrescen-
TARV glicemia se tar
PPE glicemia
extendida se PPE
extendida
Vacinados:
anti-HBs Não
Não vacinados:
Investiga-
vacinados: anti-HBs,
ção do
anti-HBs, anti-HBc
HBV*
anti-HBc total,
total, HBsAg
HBsAg
TGO/TGP Eventual-
TGO/TGP
Investiga- Anti-HCV Anti-HCV mente
TGO/TGP Anti-HCV
ção do HCV TGO/TGP HCV- Anti-HCV
RNA

Os pacientes de acidente de fonte desconhecida devem ter


acompanhamento para investigação de HIV, HCV e HBV. Aqueles
vítimas de acidente com fonte conhecida devem ser acompanhados
apenas para a exposições conhecidas.
* O acompanhamento para Hepatite B só precisa ser feito naqueles
pacientes suscetíveis a infecção (não vacinados, esquema vacinal
incompleto ou vacinados não respondedores). O período de incubação
da hepatite B é de 70 dias em média, variando entre 30 e 180 dias.
Quando ocorre soroconversão, o HBsAg é primeiro marcador
detectável, o que ocorre dentro de 1 a 10 semanas após a exposição
e de 1 a 6 semanas antes do surgimento de sintomas clínicos. O anti-
HBC total surge aproximadamente um mês após o HBsAg.
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO AS VITIMAS DE VIOLÊNCIA
SEXUAL NO AMBULATÓRIO DE PEDIATRIA DA UE
(Dra Fernanda Sturzbecher)

Atendimento
- História e exame físico devem ser cuidadosamente descritos no
prontuário

Exame Físico
- Procurar por lesões que sejam sugestivas de agressão física
- Observar queixas urinárias e gastrointestinais
- Avaliar região genital e anal junto com o perito
- Adolescente sexualmente ativa: avaliação da GO

Sem indicação de profilaxia


- Casos crônicos: fazer sorologias para PESQUISA DIAGNÓSTICA
- Casos que envolvem 2 crianças

Indicações de profilaxia
- Casos agudos com contato com secreções genitais

HIV Indicação:
- Sexo Vaginal
- Sexo Anal
- Sexo Oral: sem evidências sobre o risco de transmissão – não
indicar se seguramente não ocorreu ejaculação intrabucal
- Exposição há menos de 72hs

Demais DSTs exceto Hepatite Indicação:


- Ideal nos primeiros 5 dias após o abuso; prazo máximo: 1 semana
após o abuso.
Atenção:

- Em casos de abuso crônico a situação de risco para DST pode ser


aguda – é importante avaliar cada caso individualmente (ex: Houve a
tentativa de realização de sexo anal ou genital no contato recente,
tendo ocorrido anteriormente só a manipulação ou insinuação).

- Casos que envolvem pré-adolescentes (até 15 anos) devem ser


analisados quanto aos fatores de risco do agressor – uso de drogas,
atividade sexual, ou falta de informações podem caracterizar risco ao
pacientes, portanto é importante a realização de profilaxias.

Todos os casos de vitimização aguda (£ 1 semana) devem ser


encaminhados a unidade de emergência. Encaminhar também casos
de vitimização crônica que apresentem lesões que precisem de
avaliação.

OBS: Os casos crônicos (> 1 semana) sem lesões atuais podem ser
avaliados ambulatorialmente com encaminhamento ao SEAVIDAS,
sem necessidade de atendimento de Emergência – orientar fazer Guia
de Referência, registrar o pedido de vaga na Regulação Médica e
encaminhar ao Seavidas (contato: 36102282) – Endereço: Rua Eliseu
Guilherme, 892. De seg – sex das 7 as 18h ligar no serviço e a noite
ou nos finais de semana e feriados encaminhar o cuidador com a Guia
de Referência no próximo dia útil ao serviço.
MENINO – AGUDO
- Profilaxia de Clamídia e Cancro Mole:
- Azitromicina – 20mg/kg dose única (máx 1g/dia);
- > 45kg - 1gr em dose única
- Profilaxia de Gonorréia (genital e faríngea) + Sífilis:
- Ceftriaxona – 125mg IM (dose única)
- >45kg – Ceftriaxona 250mg (dose única)
- Profilaxia HIV (se exposição <72h): AZT+3TC+LPV/RtV
- Profilaxia Hepatite B: de acordo com estado vacinal
- Profilaxia Tétano: de acordo com estado vacinal e ferimento

MENINA - AGUDO
- Profilaxia de Clamídia e Cancro Mole:
- Azitromicina – 20mg/kg dose única (máx 1g/dia);
- > 45kg ou gestante - 1gr em dose única
- Profilaxia de Gonorréia (genital e faríngea) + Sífilis:
- Ceftriaxona – 125mg IM (dose única)
- > 45kg ou gestante – Ceftriaxona 250mg (dose única)
- Profilaxia de Tricomoníase:
- Metronidazol 40mg/kg dose única (máx 2g)
- >45kg: Metronidazol 2g VO (dose única)
- Gestante: Metronidazol 2g dose única (não usar no primeiro
trimestre de gestação)
- Profilaxia HIV (se exposição <72h): AZT+3TC+LPV/RtV
- Profilaxia Hepatite B: de acordo com estado vacinal
- Profilaxia Tétano: de acordo com estado vacinal e ferimento
- Anticoncepção de Emergência
CASOS CRÔNICOS
Procurar Sinais e sintomas de DST e realizar TRATAMENTO; avaliação
com a GO ou proctologia.

HEPATITE B
Vacinação: completar o esquema quando incompleto ou quando não
tiver vacinado.
Imunoglobulina: aplicar naqueles sem esquema vacinal completo ou
com confirmação de ausência de soroconversão (Anti HbsAg neg)
Dose: 0,06ml/kg IM DU (máx. 5ml) – grupo muscular diferente da
vacina se aplicado no mesmo dia
Obs: Como a imunoglobulina na violência sexual pode ser aplicada
até 14 dias após o evento, deve-se colher anti-HBsAg do paciente e
se possível aguardar resultado para avaliar indicação.

HIV
Quimioprofilaxia antiretroviral:
- Manter por 4 semanas (28 dias);
- Orientar ingerir com alimentos, pois diminui o desconforto GI
- Esquema: AZT + 3TC + LPV/RTV

Maiores de 12 anos ou 40Kg:


- AZT 300 + 3TC 150: 1 comprimido de 12 em 12 horas
- LPV 200/ RTV 50: 2 cp ou 5 ml da solução (80/20mg) de 12 em 12
horas

Menores de 12 anos ou 40 Kg:


- AZT 360mg/m2/dia (12x12hs)
- 3TC: 4mg/kg/dose (12x12hs)
- LPV/RTV: 240mg/m2/dose (12x12hs)
TÉTANO

ANTICONCEPÇÃO DE EMERGÊNCIA
- Ideal: primeiras 72h após o coito suspeito – fazer o mais rápido
possível; efeito até 5 dias do abuso
- Não realizar em caso de abusos repetidos
- Dose recomendada: Levonogestrel 0,75mg, via oral, 2cp em DU ou
1 cp de 12x12h OU Levonogestrel 1,5mg, via oral em DU
- Método de Yuzpe: cp combinados
- 50mg etinilestradiol e 250mg de levonogestrel/ cp – 2cp 12x12h 1d
ou 4cp DU
- 30mg etinilestradiol e 150mg de levonogestrel/cp – 4cp 12x12h 1d
ou 8cp DU
- Obs: quando associada a profilaxia de HIV com uso de Ritonavir,
não deve-se usar o método de Yuzpe.

Avaliação Laboratorial
- Hepatite B: HBsAg, Anti HBcAg, Anti-HBsAg (especificar no
diagnóstico: Abuso Sexual)
- Hepatite C: Anti-HCV
- Sífilis: VDRL
- HIV: Elisa Anti-HIV
ROTINAS DE AVALIAÇÃO

Notas:
1- Solicitar no início e repetir somente se AntiHBsAg negativo.
2- Especificar Vitimização no pedido. Se paciente Anti-HBsAg
negativo, verificar vacinação – se completa e mais de 5 anos da
última dose, fazer 1 dose de vacina e repetir Anti-HBsAg; se
incompleta, completar o esquema e repetir Anti-HBsAg pelo menos 2
meses da última dose; se menos de 5 anos da úlltima dose, repetir o
esquema vacinal completo e repetir Anti-HBsAg após pelo menos 2
meses da última dose.
3- HBsAg negativo inicial.

CONDUTA FINAL
Casos leves e sem risco de re-vitimização (agressor incontrolável e
família incapaz de proteger):
- Alta do serviço e retorno para moradia
- Agendar retorno no AMII (5ª-feira; 8hs; B6) na próxima semana.
Casos graves ou com risco de re-vitimização:
- Hospitalização até resolução do caso (relatório completo da equipe
médica que atendeu a criança e da assistente social).
- Acionar CT e Vara da Infância e Juventude.

Atenção: Preencher NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA (Intranet –


Dowloads – Ficha de Notificação de Violência Doméstica (SEAVIDAS))
SULFAMETOXAZOL-TRIMETOPRIM PROFILÁTICO

Indicação de Profilaxia para Pneumocistis em Indivíduos não HIV:


- Uso de Corticoides em dose ≥ 20mg/dia de Prednisona ou
equivalente por um mês ou mais associado a outra causa de
imunodepressão
- Combinação de drogas imunossupressoras como inibidores de TNFα
com corticoide em alta dose ou outro tipo de imunossupressão
- Tratamento de polimiosite/dermatomiosite com fibrose pulmonar
intersticial com corticoide
- Algumas imunodeficiências primárias: SCID, linfocitopenia CD4
idiopática, síndrome de hiper IgM
- Pacientes com doença reumatológicas recebendo ≥ 20mg/dia de
Prednisona ou equivalente por um mês ou mais associado a uma
segunda droga imunossupressora
- Pacientes com Granulomatose de Wegener recebendo Metotrexate
em combinação com alta dose de corticoides
- Leucemia Linfóide Aguda
- Após TMO Autólogo ou Alogênico (por 6 meses após o transplante
ou mais de 6 meses caso haja manutenção do uso de
imunossupressores ou GVHD)
- Receptores de Tx de órgãos sólidos em uso de medicações anti
rejeição
- Tratamento com análogos da purina (Fludarabina) ou outro agente
depletor de células T
- Uso concomitante de Temozolomida e radioterapia
- Uso de Alemtuzumab (anticorpo monoclonal anti CD52)
- Desnutrição grave, especialmente proteica

Observação: inibidores TNF- Alfa: Adalimumabe, Etanercepte e


Infliximabe
SULFAMETOXAZOL-TRIMETOPRIM PROFILÁTICO

Indicação Dose de TMP Intervalo Periodi- Conduta na


cidade vigência de
infecção
bacteriana
Pneumocistose 150mg/m2/dia 12/12h 2a , 4a Não
Aproximada- e 6a s Suspende
mente feiras
5mg/kg/dia
0,3ml/kg/dose
ITU 2mg/kg/dose 1x/dia Diário Suspende
0,25ml/kg/dose
Pneumopatia 4mg/kg/dose 1x/dia Diário Suspende
Crônica 0,5 ml/kg/dose
(indicação
controversa)
Doença 5mg/kg/dia 12/12h Diário Suspende
Granulomatosa 0,3ml/kg/dose
Crônica
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL - SÍNDROMES MONO-LIKE

Etiologia % Características Clínicas Testes


Casos Diagnósticos
EBV 50- Linfadenopatia inguinal, axilar e Anticorpos
90% retroauricular moderadamente Heterófilos (Paul
dolorosa e simétrica, mais intensa na Bunnel)
primeira semana. Petéquias no pálato EBV anti –VCA
em 25%. Aumento das tonsilas com IgM e IgG
exsudato acinzentado.
Esplenomegalia.
Edema bilateral de pálpebras
superiores. Rash urticariforme ou
maculopapular é incomum mas chega
a >90% após uso de antibiótico
HHV-6 9% Linfadenopatia cervical anterior e Anti HHV-6 IgM
posterior bilateral indolor durando até (demonstrar
3 meses elevação títulos)
PCR HHV-6 no
sangue
CMV 5-7% Hepatite anictérica (aumento Anti CMV IgM
transaminases 5X/normal em 92%) (demonstrar
Febre prolongada elevação títulos)
Linfadenopatia cervical leve
Hiperemia orofaringe e esplenomegalia
menos intensas do que com EBV
Contato com crianças < 2 anos
HSV-1 6% Gengivoestomatite Diagnóstico
Exsudato tonsilar com odinofagia Clínico
intensa
S. pyogenes 3-4% Início súbito de febre alta Cultura
Hiperemia de tonsilas e faringe Teste rápido SGA
Linfadenopatia cervical anterior
dolorosa e assimétrica
Ausência de hepato e esplenomegalia
Toxo- ≤3% Pequenos linfonodos cervicais e Sorologia IgM e
plasmose occipitais simétricos e indolores IgG
Sintomas constitucionais leves
HIV ≤2% Início súbito de sintomas durando até Elisa + Western
Síndrome 2 semanas Blot
Retroviral Dor de garganta, mialgia, artralgia, Carga viral
Aguda cefaleia e mal estar
Úlceras mucocutâneas dolorosas
Linfadenopatia axilar, cervical e
occipital indolor
Exantema macular ou maculopapular
não pruriginoso na face, tronco e
extremidades incluindo palmas e
plantas
Adenovírus ≤1% Febre alta Pesquisa vírus na
Coriza e Conjuntivite associadas secreção de
Hiperemia de tonsilas e faringe nasofaringe
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL - SÍNDROMES MONO-LIKE

Achados Clínicos EBV CMV Toxoplasmose

Fadiga +++ + ±

Mal estar ++ + -

Dor de garganta + + ±

Exantema maculopapular ± - -
precoce
Edema pálpebras superiores ± - -
bilateral
Adenopatia localizada - - +
unilateral
Adenopatia cervical + + -
posterior bilateral
Hepatomegalia dolorosa ± ± -

Esplenomegalia + ± ±

Elevação enzimas hepáticas + ++ ±


Linfócitos atípicos ≥ 10% + + -

Plaquetopenia ± ± -
PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO

VARICELA
A transmissão ocorre por disseminação aérea de partículas virais
(aerossóis) ou contato direto com as lesões de pele.
O período de maior transmissibilidade inicia-se 2 dias antes do
aparecimento das vesículas e perdura enquanto houver vesículas.
Considerar:
- Contato significativo
- Susceptibilidade do indivíduo exposto à varicela
- Condição especial de risco do indivíduo exposto

Contato Significativo:
Varicela = permanência por mais de 1 hora em ambiente fechado
(ex: mesmo quarto de internação) ou convívio domiciliar
Herpes Zoster = tocar ou abraçar paciente com lesões ativas.
Pacientes imunodeprimidos ou com zoster disseminado (dois ou mais
dermátomos) considerar como varicela.

INDICAÇÕES DE PROFILAXIA PÓS EXPOSIÇÃO:

A. VZIG:
Independente do Local da exposição (comunitária ou hospitalar):
- Imunocomprometidos suscetíveis à Varicela
- Gestantes suscetíveis à Varicela
- RN de mãe que desenvolveu Varicela entre 5 dias antes até 2 dias
depois do parto
- RN PT ³ 28 semanas cuja mãe não teve Varicela
- RN PT < 28 semanas (ou<1 kg) independente da história materna
de Varicela
Apenas na exposição intra-hospitalar:
- Menores de 1 ano * suscetíveis à Varicela.
VZIG
Dose: 125U/10 kg Via IM
-Mínimo 125 U
-Máximo 625 U (5 frascos)
Deve ser feita idealmente em até 96 horas (4 dias)
- Proteção dura 3 semanas

B. VACINA
- Deve ser feita idealmente em até 72 horas (3 dias)
- Mas pode ser feita até 120 h do contato (5 dias)
Na exposição intra-hospitalar:
- Todos os indivíduos maiores de 1 ano* de idade (pacientes,
acompanhantes e profissionais de saúde), suscetíveis à
Varicela, desde que sejamimunocompetentes e não gestantes
Na exposição em creches e pré escolas:
- A partir da ocorrência do primeiro caso, até no máximo 4
semanas após o último caso.
- Todas Serão as crianças na faixa etária de 1 ano* a 5 anos 11
meses e 29 dias idade, suscetíveis para varicela desde que não
apresentem contraindicações
* Caso esteja disponível, avacina da GSK (Varilix®) pode ser feita em
crianças a partir de 9 anos)

C. Na indisponibilidade da VZIG:
- Aciclovir 20mg/kg/dose 4 vezes ao dia por 7 dias (máximo
3,2g/dia)
- Iniciar entre o 7o e 10o dia pós exposição
- Pode também ser indicado quando foi ultrapassado o tempo hábil
para aplicação da VZIG (96 horas).
Indicação da vacina pré exposição:
- Profissionais de saúde, imunocompetentes, que trabalham em
setores hospitalares com pacientes imunodeprimidos.
- Pessoas que residem ou cuidam depacientes imunocomprometidos
- Imunocompetentes > 1 ano no momento de internação em
enfermaria onde haja caso de varicela

Observação:
- Não se preconiza o uso de VZIG para os pacientes de grupos de
risco, contactantesde pessoas vacinadas que apresentarem vesículas
(ocorrem em menos de 5% dos vacinados-2 a 5 vesículas de curta
duração - 1 a 2 dias), pois a possibilidade de transmissão do vírus
vacinal é insignificante.
HEPATITE A

Indicações - Red Book 2012:


Após exposição a caso confirmado de Hepatite A em:
- Contatos domiciliares não imunizados
- Crianças pequenas sem controle esfincteriano que frequentam
creche após o 1º caso secundário.

Tempo Idade do Paciente Exposto Profilaxia


decorrido desde indicada
a exposição
≤ 2semanas < 12 meses Ig
≥ 12 meses Vacina
Imunodeprimidos e Portadores de Ig + vacina
Doença Hepática Crônica (caso seja >
independente da idade 1ano)
> 2 semanas independente da idade Nenhuma*
*Considerar vacinação caso haja possibilidade de exposição futura.

VACINA
- É tão eficaz quanto a Imunoglobulina quando administrada em até
14 dias da exposição com a vantagem de oferecer proteção
duradoura
Imunoglobulina
- Não existe Imunoglobulina Específica sendo utilizada a
Imunoglobulina Standard
- Dose:0,02 ml/kg via IM profundo
- Eficácia > 85% com duração da proteção de 3 meses. Sua eficácia
não está estabelecida após 2 semanas da exposição e não deve ser
indicada.
HEPATITE B

A. Prevenção da INFECÇÃO PERINATAL pelo HBV


- RNs de mães HBsAg positivas: Vacina+ Ig Específica (IGHAHB)
- Vacinar nas primeiras 12 horasde vida (independente do peso de
nascimento)
- IGHAHBidealmente nas primeiras 12 horasde vida, mas pode ser
aplicada em até 7 dias após o parto
- A eficácia da associação Vacina + IGHAHB é maior de 95% quando
realizada nas primeiras 24h de vida
- RNsde mãe com sorologia desconhecida podem receber apenas a
vacinaque é altamente eficaz quando aplicada nas primeiras 12horas.
- Os lactentes filhos de mães HBsAg positivas devem ser testados
para HbsAg e Anti- HbsAg entre 9 e 18 meses de idade.
- Caso o Anti- HbsAg seja negativo (e o HbsAg negativo) repetir
esquema vacinal.
- Caso sejam HbsAg positivos significa que foram infectados apesar
das medidas de profilaxia.

B. Vítimas de ABUSO SEXUAL


- Não vacinada/esquema vacinal incompleto:Vacina + IGHAHB
- Vacina: o quanto antes
- IGHAHB: assim que possível
- Vacinados: colher Anti- HbsAg:
- Anti- HbsAg ≥10: nenhuma medida específica
- Anti- HbsAg<10: fazerIGHAHB e reiniciar esquema vacinal
- A Ig pode ser aplicada até 14 dias após o evento, portanto pode-se
aguardar o resultado do AntiHbsAg
C. Vítimas de acidentes com material biológico positivo ou fortemente
suspeito de HBV
Situação vacinal Fonte HBsAg Fonte Fonte
e sorológica do positivo HBsAg desconhecida***
exposto negativo
Não vacinado IGHAHB + Iniciar vacinação
iniciar
vacinação
Vacinação IGHAHB + Completar vacinação
Incompleta Completar
vacinação
Vacinação Testar o Testar o exposto quanto à
Completa com exposto quanto resposta vacinal:
resposta vacinal à resposta - Adequada: nenhuma medida
desconhecida vacinal: - Inadequada: iniciar 2ª série
- Adequada: de vacinação
nenhuma
medida
- Inadequada:
IGHAHB +
iniciar 2ª serie
de vacinação
Vacinação Nenhuma medida especifica
completa com
resposta
ADEQUADA
AntiHBsAg ≥10
mUI/mL
Resposta vacinal Uma dose de Iniciar nova serie de vacinação
INADEQUADA IGHAHB + (3 doses)
após 3 doses da iniciar nova
vacina serie de
vacinação (3
doses)
Resposta vacinal Duas doses de Nenhuma medida especifica
INADEQUADA IGHAHB com
após segunda intervalo de 30
série de 3 doses dias entre elas
de vacina
*** Avaliar aprobabilidade de que o dispositivo esteja contaminado
pelo VHB (prevalência da infecção naquela população, local onde o
material perfurante foi encontrado, procedimento ao qual ele esteve
associado e presença ou não de sangue no dispositivo).
Em crianças a maioria dos acidentes com pérfuro ocorre com agulhas
que já estavam no ambiente há bastante tempo o que torna o risco
de infecção muitíssimo baixo.

D. Imunodeprimidos após exposições de risco devem sempre receber


IGHAHB mesmo que previamente vacinados.

IGHAHB:
Dose: 0,06 ml/kg via IM
- Dose única
- Mínimo 0,5 ml
- Máximo 5 ml
- Aplicar em grupo muscular diferente da vacina
- Proteção dura 3-6 meses

Tempo entre a exposição e a imunoprofilaxia

Tipo de exposição Vacina Imunoglobulina*


Ideal Máximo
Perinatal Até 12h 12h 7 dias
Percutânea Até 24h 24h 7 dias
Sexual Assim que possível 14 dias
* A eficácia da imunoglobulina diminui com o passar do tempo
decorrido da exposição.
TÉTANO

Imunoglobulina antitetânica (IGHAT)


- Obtida a partir do plasma de doadores selecionados
- Neutraliza toxina do C.tetani
Indicações da IGHAT:
- Ferimentos Contaminados em pessoas sem esquema vacinal
completo
- Recém-nascidos em situações de risco para tétano cujas mães
sejam desconhecidas ou não tenham sido adequadamente vacinadas
- Recém-nascidos prematuros com lesões potencialmente
tetanogênicas, independentemente da história vacinal da mãe.
- Indivíduos imunodeprimidos com ferimentos contaminados
independente da história vacinal.

Situação Vacinal Ferimento Ferimento


Limpo Contaminado
Vacina Ig Vacina Ig
Vacinação desconhecida ou < 3 sim não sim sim
doses
≥ 3 doses última há menos 5 não não não não
anos
≥ 3 doses última entre 5 e 10 não não sim não
anos
≥ 3 doses última há mais de 10 sim não sim não
anos

IGHAT
Dose: 250 UI Via IM
- Independente de peso ou idade.
- Aplicar em grupo muscular local diferente da vacina.
RAIVA

Na maioria das situações em que está indicada a soro vacinação


contra a raiva, a imunização passiva é feita com o soro heterólogo e a
Imunoglobulina reservada para situações especiais.

Imunoglobulina Antirrábica (IGHAR)


- Imunidade passiva transitória
- Obtida através do plasma de doadores selecionados
- Ao contrario do soro heterólogo, não requer pré-medicação
- Aplicar em local anatômico diferente da vacina
- Indicada nas situações em que é contraindicado o soro heterólogo:
- Hipersensibilidade prévia a algum tipo de soro heterólogo
- Indivíduos que não completaram esquema antirrábico por eventos
adversos à vacina
- Indivíduos imunodeprimidos

IGHAR
- Dose única: 20UI/kg (1 ml=150UI)
- Não tem dose máxima. Não precisa pré medicação!

Indicações da IGHAR SMS RP 2009:


- Quadros anteriores de hipersensibilidade grave quando da utilização
anterior de outros soros heterólogos específicos: (antiescorpiônico,
antirrábico, antiofídico, etc.).
- Histórico de contato frequente com cavalos, mulas, pôneis, etc. por
trabalho ou lazer.
- Gestantes, imunodeprimidos, diabéticos graves, menores de 2 anos,
portadores de doenças autoimunes, obesos mórbidos com
complicações cardíacas, pulmonares, etc.
SÍFILIS CONGÊNITA

- Fazer VDRL de de todo RN filho de mães que apresentaram VDRL


(+) na gestação/parto ou que tenham clínica sugestiva de sífilis
congênita.
- Fazer HMG, LCR e Rx de osso longos de todo RN com VDRL (+), ou
filhos de mães não tratadas ou com quadro clínico sugestivo.

QUADRO CLÍNICO SUGESTIVO: prematuridade, baixo peso ao nascer,


hepatomegalia com ou sem esplenomegalia, lesões cutâneas (pênfigo
palmo-plantar, condiloma plano), periostite, osteíte ou osteocondrite,
pseudoparalisia dos membros, rinite serosanguinolenta, icterícia,
linfadenopatia generalizada, petéquias e púrpuras.
Alterações laboratoriais: anemia, plaquetopenia, leucocitose
(inclusive reação leucemóide), linfocitose e monocitose ou
leucopenia.
Alterações Radiológicas: envolvimento da metáfise e diáfise dos ossos
longos.

TRATAMENTO MATERNO ADEQUADO


- Todo tratamento completo, adequado ao estágio da doença, feito
com Penicilina e finalizado pelo menos 30 dias antes do parto tendo
sido o parceiro tratado concomitantemente

TRATAMENTO MATERNO INADEQUADO


- É todo tratamento realizado com outra droga que não a penicilina
- Tratamento incompleto mesmo se feito com penicilina
- Tratamento inadequado para a fase clínica da doença
- Tratamento realizado menos de 30 dias antes do parto
- Ausência de queda dos títulos de VDRL após tratamento
- Parceiro não tratado, inadequadamente tratado ou sem informação
DOSES
Penicilina Cristalina: 50.000 UI/kg/dose nos seguintes intervalos:
- de 12/12 horas nos primeiros 7 dias de vida
- de 8/8 horas de 7-28 dias de vida
- de 4/4 horas após 28 dias de vida
Penicilina Procaína 50.000 UI/kg/dose 1x/dia IM – após 28 dias de
vida de 12/12h. Penicilina Benzatina 50.000 UI/kg/dose IM.

Seguimento Clínico Laboratorial


- VDRL com 1, 3, 6, 12 e 18 meses.
- Parar seguimento qdo houver 2 sorologias consecutivas negativas.
- FTAbs após 18 meses.
- Caso se observe elevação dos títulos do VDRL ou sua não
negativação aos 18 meses, reinvestigar e tratar novamente.
- Pctes c/ LCR alterado: repetir a cada 6 meses até normalização.
PATOLOGIAS E ESQUEMAS VACINAIS INDICADOS

Doença Vacina Observações


Hepatopatias Influenza A partir dos 6 meses de idade
Crônicas Dose anual durante a campanha
Hepatite A A partir dos 12 meses de idade
Duas doses com intervalo de 6 meses
Hepatite B Esquema padrão para a idade
realizar sorologia após
Pneumocócica Menores de 2 anos: calend. normal
Conjugada Entre 2-5 anos ainda não vacinadas 2
10V doses com intervalo de 2 meses
Maiores de 5 anos: não faz
Pneumocócica A partir dos 2 anos de idade
23V 2 doses com intervalo de 5 anos
Cardiopatia DPTa Para crianças < 2 anos com risco de
e/ou descompensação da doença em
Pneumopatia vigência de febre
s Crônicas* Em substituição à DPT dentro do
(exceto calendário básico
Pneumocócica Menores de 2 anos: calendário
Asma)
Conjugada normal
Asma
10V Entre 2-5 anos ainda não vacinadas 2
moderada/grav
doses com intervalo de 2 meses
e em uso de
Maiores de 5 anos: não faz
corticoide em
Pneumocócica A partir dos 2 anos de idade
dose
23V 2 doses com intervalo de 5 anos
imunossupress Influenza A partir dos 6 meses de idade
ora fazer como Dose anual durante a campanha
Pneumopatia Haemophilus < 1 ano: Esquema padrão

Crônica influenzae B 1-18 anos: dose única


Asma Influenza A partir dos 6 meses de idade
Dose anual durante campanha
Diabetes mellitus Influenza A partir dos 6 meses de idade
Dose anual durante campanha
Haemophilus Menores de 1 ano: Esquema
influenzae B padrão para a idade
1-18 anos: dose única
Pneumocócica Menores de 2 anos: calendário
Conjugada normal
10V Entre 2-5 anos ainda não
vacinadas 2 doses com
intervalo de 2 meses
Maiores de 5 anos: não faz
Pneumocócica A partir dos 2 anos de idade
23V 2 doses com intervalo de 5
anos
Coagulopatias Hepatite A A partir dos 12 meses de
idade
Duas doses com intervalo de 6
meses
Hepatite B Esquema padrão para a idade
Hepatite A A partir dos 12 meses de
idade
Duas doses com intervalo de 6
meses
Hepatite A A partir dos 12 meses de
idade
Duas doses com intervalo de 6
meses
Neoplasias Pneumocócica Menores de 2 anos: calend. normal
ou uso de Conjugada Entre 2-5 anos não vacinadas
imunossu- 10V anteriormente 2 doses com
pressores intervalo de 2 meses
Maiores de 5 anos: não faz
Pneumocócica A partir dos 2 anos de idade
23V 2 doses com intervalo de 5 anos
Influenza A partir dos 6 meses de idade
Dose anual durante campanha
Haemophilus Menores de 1 ano: Esquema padrão
influenzae B para a idade
1 -18 anos: 2 doses com intervalo
de 2 meses
Hepatite A A partir dos 12 meses de idade
Duas doses com intervalo de 6
meses
Hepatite B 4 doses (0,1, 2 e 6) com dose
dobrada
realizar sorologia após
VIP Segui o calendário para a Idade
Em substituição à VOP
Hepatite B Esquema padrão para a idade
Usuários Influenza A partir dos 6 meses de idade
Crônicos de Dose anual durante campanha
Varicela Esquema padrão para a idade
AAS
Para aqueles que não tiveram a
doença
Suspender a medicação por 6 meses
após a vacina
Doença Influenza A partir dos 6 meses de idade
Renal Dose anual durante campanha
Hepatite B 4 doses (0,1, 2 e 6) com dose dobrada
Crônica
realizar sorologia após
Síndrome
Pneumocócica Menores de 2 anos: calendário normal
nefrótica
Conjugada 10V Entre 2-5 anos ainda não vacinadas 2
doses com intervalo de 2 meses
Maiores de 5 anos: não faz
Pneumocócica A partir dos 2 anos de idade
23V 2 doses com intervalo de 5 anos
Haemophilus Menores de 1 ano: Esquema padrão
influenzae B para a idade
1 -18 anos: dose única
Varicela Esquema padrão para a idade
Para aqueles que não tiveram a doença
e que não estejam imunossuprimidos
Fístula Pneumocócica Menores de 2 anos: calendário normal
Liquórica Conjugada 10V Entre 2-5 anos ainda não vacinadas: 2
doses com intervalo de 2 meses
Maiores de 5 anos: não faz
Pneumocócica A partir dos 2 anos de idade
23V 2 doses com intervalo de 5 anos
Haemophilus Menores de 1 ano: Esquema padrão
influenzae B para a idade
1-18 anos: dose única
Maiores de 18 anos: não faz
Asplenia Pneumocócica Menores de 2 anos: calendário
Anatômica e Conjugada normal
funcional 10V Entre 2-5 anos não vacinadas
Nos casos de anteriormente 2 doses com
esplenectomia intervalo de 2 meses
eletiva, a vacina Maiores de 5 anos: não faz
Pneumocócica A partir dos 2 anos de idade
deve ser aplicada
23V 2 doses com intervalo de 5
pelo menos 2
anos
semanas antes da
Meningo C Menores de 1 ano: Esquema
cirurgia
padrão para a idade
Nos casos de
Maiores de 1 ano: 2 doses
esplenectomia de
com intervalo de 2 meses
urgencia aguardar Haemophilus Menores de 1 ano: Esquema
pelo menos 14 dias influenzae B padrão para a idade
para vacinar 1 -5 anos: 2 doses com
intervalo de 2 meses
5-18 anos: dose única
Influenza A partir dos 6 meses de idade
Dose anual durante campanha
Varicela Esquema padrão para a idade
Para aqueles que não tiveram
a doença
Hepatite B Esquema padrão para a idade
Doenças Pneumocócica Menores de 2 anos: calendário normal
de Conjugada Entre 2-5 anos ainda não vacinadas 2
Depósito* 10V doses com intervalo de 2 meses
* Maiores de 5 anos: não faz
Pneumocócica A partir dos 2 anos de idade
23V 2 doses com intervalo de 5 anos
Haemophilus Menores de 1 ano: Esquema padrão
influenzae B para a idade
1-18 anos: dose única
Hepatite A A partir dos 12 meses de idade
Duas doses com intervalo de 6 meses
Hepatite B Esquema padrão para a idade
Meningo C Esquema padrão para a idade
Influenza A partir dos 6 meses de idade
Dose anual durante campanha
Fibrose Hepatite A A partir dos 12 meses de idade
Cística Duas doses com intervalo de 6 meses
Hepatite B Esquema padrão para a idade
Influenza A partir dos 6 meses de idade
Dose anual durante campanha
Pneumocócica Menores de 2 anos: calendário normal
Conjugada Entre 2-5 anos ainda não vacinadas 2
10V doses com intervalo de 2 meses
Maiores de 5 anos: não faz
Pneumocócica A partir dos 2 anos de idade
23V 2 doses com intervalo de 5 anos
Haemophilus Menores de 1 ano: Esquema padrão
influenzae B para a idade
1-18 anos: dose única
Doença Pneumocócica Menores de 2 anos: calendário
neurológica Conjugada normal Entre 2-5 anos ainda
crônica 10V não vacinadas 2 doses com
incapacitante intervalo de 2 meses
Maiores de 5 anos: não faz
Pneumocócica A partir dos 2 anos de idade
23V 2 doses com intervalo de 5
anos
Influenza A partir dos 6 meses de idade
Dose anual durante campanha
DPTa Em substituição à DPT dentro
do calendário básico
Crianças até 6 anos de idade
Doença DPTa Em substituição à DPT dentro
Convulsiva do calendário básico
Crônica na Crianças até 6 anos de idade
Infância
Doenças Varicela Esquema padrão para a idade
dermatológicas Para aqueles que não tiveram a
graves*** doença
Influenza Dose anual durante campanha
Pneumocócica A partir dos 2 anos de idade
Implante de
23V 2 doses com intervalo de 5
Cóclea
anos
Meningo C Dose única
Trissomias Pneumocócica Menores de 2 anos: calendário
Conjugada normal
10V Entre 2-5 anos ainda não
vacinadas 2 doses com
intervalo de 2 meses
Maiores de 5 anos: não faz
Pneumocócica A partir dos 2 anos de idade
23V 2 doses com intervalo de 5 anos
Influenza A partir dos 6 meses de idade
Dose anual durante campanha
Haemophilus Menores de 1 ano: Esquema
influenzae B padrão para a idade
1-18 anos: dose única
Hepatite A A partir dos 12 meses de idade
Duas doses com intervalo de 6
meses
Varicela Esquema padrão para a idade
Para aqueles que não tiveram a
doença
Imunodefi VIP Casos de ID Humoral e Celular
-ciências Menores de 1 ano: calendário normal
Primárias Maiores de 1 ano: 3 doses na falta de
Nas IDs de esquema básico
Pneumocócica Menores de 2 anos: calendário normal
imunidade
Conjugada Entre 2-5 anos ainda não vacinadas 2
Humoral
10V doses com intervalo de 2 meses
grave ou
Maiores de 5 anos: não faz
Combinada
Pneumocócica A partir dos 2 anos de idade
a resposta à
23V 2 doses com intervalo de 5 anos
vacina é Meningo C Casos de ID humoral, do complemento
prejudicada e da lecitina fixadora de manose
Menores de 1 ano: Esquema padrão
para a idade
Maiores de 1 ano: Dose única
Influenza A partir dos 6 meses de idade
Dose anual durante campanha
Haemophilus Casos de ID Humoral ou complemento
influenzae B Menores de 1 ano: Esquema padrão
para a idade
1 -5 anos: 2 doses com intervalo de 2
meses
5-18 anos: dose única
Varicela Esquema padrão para a idade
Para aqueles que não tiveram a doença
Não fazer em caso de ID Humoral ou
celular
Transplantados de VIP Início 6 meses- 1 ano após o
Medula Óssea TMO
3 doses com intervalo de 2
meses
Independente da idade
Hepatite A Início 6 meses- 1 ano após o
TMO
Duas doses com intervalo de 6
meses
Hepatite B Início 6 meses- 1 ano após o
TMO
4 doses (0,1, 2 e 6) com dose
dobrada
realizar sorologia após
Haemophilus Início 6 meses- 1 ano após o
influenzae B TMO
2 doses com intervalo de 2
meses para qualquer idade
Influenza Início 6 meses- 1 ano após o
TMO
Dose anual durante campanha
Pneumocócica Início 6 meses- 1 ano após o
Conjugada TMO
10V Entre 2-5 anos: 2 doses com
intervalo de 2 meses
Maiores de 5 anos: não faz
Pneumocócica Início 6 meses- 1 ano após o
23V TMO
A partir dos 2 anos de idade
2 doses com intervalo de 5
anos
SCR Início 12-24 meses após o
TMO
2 doses com intervalo de 1 mês
Na ausência de
imunossupressão
Varicela Início 12-24 meses após o
TMO
2 doses com intervalo de 1 mês
Na ausência de
imunossupressão

Transplantados de VIP Apenas para os não vacinados


órgãos Sólidos previamente
Iniciar quando o nível 3 doses com intervalo de 2
de imunossupressão meses
Hepatite A Duas doses com intervalo de 6
for reduzido ao
meses
menor possível,
Naqueles com sorologia
geralmente após 6
negativa
meses
Hepatite B Naqueles com sorologia
negativa
4 doses (0,1, 2 e 6) com dose
dobrada na vigência de
imunossupressão
Pneumocócica Menores de 2 anos: calendário
Conjugada normal
10V Entre 2-5 anos ainda não
vacinadas 2 doses com
intervalo de 2 meses
Maiores de 5 anos: não faz
Pneumocócica A partir dos 2 anos de idade
23V 2 doses com intervalo de 5
anos
Influenza Dose anual durante campanha
*Doença pulmonar crônica da prematuridade, Pneumonite alveolar,
Bronquiectasias, Asma persistente moderada ou grave em uso de
corticóide em dose imunossupressora
**Gaucher, Nieman Pick, Mucopolissacaridoses tipo I e II,
Glicogenoses
***Epidermólise bolhosa, psoríase, dermatite atópica grave, ictiose e
outras, assemelhadas
DPTa
Hepatite B

HiB
Hepatite A

VIP
Influenza

Varicela
Pneumo

Meningo
Hepatopatias Crônicas X X X X
Pneumopatia e Cardiopatias X X X X
Crônicas
Asma X
Neoplasias ou X X X X X X
Imunodepressão terapêutica
Coagulopatias X X
Usuários Crônicos de AAS X X
Doença Renal Crônica X X X X X
Asplenias X X X X X X
Diabetes Mellitus X X X
Doenças Dermatológicas X
Graves
Doenças de Depósito X X X X X X
Fibrose Cística X X X X X
Trissomias X X X X X
Doenças Neurológicas X X X
Crônicas Incapacitantes
Doença Convulsiva Crônica X
Fístula Liquórica X X
Implante de Cóclea X X X
Imunodeficiências X X X X X X
Primárias
Após TMO X X X X X X X
Após Tx órgão Sólidos X X X X X
Hemoglobinopatias X
Intervalo entre Imunoglobulinas, Sangue ou Hemoderivados X
Vacinas contra Sarampo (MMR) e Varicela

Dose IG Intervalo
Meses
IG Antitetânica 250 U independente 3
do peso
IG anti rábica 20U/kg 4
HBIG (Hepatite B) 0,06ml/kg 3
VZIG (Varicela) 125U/10kg 5
IG Standard como profilaxia 0,02ml/kg 3
Hepatite A
Anticorpo Monoclonal VSR 15mg/kg nenhum
(Palivizumab)
Concentrado hemácias lavado --- nenhum
Concentrado de hemácias --- 5
Sangue total --- 6
Plasma ou plaquetas --- 7
Ig em dose de reposição para 300-400mg/kg 8
imunodeficiências
IGEV para PTI 1g/kg 10
IGEV para PTI ou Kawasaki 1,6-2g/kg 11

Evitar administrar imunoglobulinas durante os primeiros 14 dias após


a aplicação das vacinas contra o sarampo ou tríplice viral, ou por 21
dias da vacina contra a varicela. Caso não seja possível, a vacina
deve ser reaplicada após transcorrido o intervalo conforme a tabela
acima. Não há interferência entre IGs e hemoderivados e as demais
vacinas de vírus vivo como Febre Amarela e Sabin, nem com as
demais vacinas inativadas ou de toxóides.
PREVENÇÃO DA INFECÇÃO HOSPITALAR PELO VÍRUS
SINCICIAL RESPIRATÓRIO

- O VSR é o principal patógeno respiratório na 1ª infância, causando


a grande maioria dos casos de bronquiolite e pneumonia viral em
crianças < 2 anos. A transmissão aérea do VSR é insignificante.
- É transmitido por CONTATO DIRETO com as secreções respiratórias
dos indivíduos infectados ou por CONTATO INDIRETO a partir das
MÃOS ou OBJETOS contaminados por estas secreções.
- O VSR sobrevive na pele por 30 minutos, por 1 hora em superfícies
porosas, por 7 horas em superfícies não porosas, por 2h em luvas de
látex e por 15-60 min em tecidos
- A Infecção Hospitalar pelo VSR aumenta a duração da
hospitalização e seu quadro clínico é especialmente grave em RN
prematuros e crianças com doenças cardíacas e pulmonares de base
- As cças hospitalizadas com VSR são as maiores fontes de infecção
para os demais pacientes e profissionais de saúde, pois eliminam gde
qtde de vírus nas secreções respiratórias por tempo prolongado
- Quando as medidas de controle de infecção não são seguidas a taxa
de transmissão hospitalar do VSR pode chegar a 45%.

MEDIDAS DE CONTROLE DE IH PELO VSR

A. Colocar todos os pacientes com quadro clínico sugestivo de


infecção pelo VSR, ou seja, BRONQUIOLITE e PNEUMONIA VIRAL, em
PRECAUÇÕES DE CONTATO:
- Higienizar as mão antes e após cada contato com o paciente,
inclusive após retirar as luvas.
- Usar luvas de procedimento e aventais em qualquer contato com o
paciente ou com o ambiente ao seu redor. O avental é de uso
exclusivo para cada paciente e deve ser retirado após prestar os
cuidados.
- Máscaras e óculos de proteção devem ser usados apenas para a
realização de procedimentos que possam gerar respingos de
secreções respiratórias – Precauções Padrão
- Limitar a movimentação dos pacientes para fora do quarto apenas
quando necessário e manter as precauções de contato durante o
transporte

B. Colocar sempre que possível os pacientes infectados em quartos


privativos ou compartilhando o mesmo quarto com outros pacientes
também infectados pelo VSR
- Estabelecer grupos diferentes de profissionais de saúde para cuidar
dos pacientes infectados e dos não infectados.

C. Evitar que os profissionais com sintomas respiratórios cuidem de


pacientes de maior risco, como os recém nascidos prematuros e
aqueles portadores de doenças cardíacas e pulmonares além de
solicitar que os mesmos utilizem máscaras ao cuidar dos demais
pacientes

D. NÃO compartilhar equipamentos de assistência ou brinquedos


entre os pacientes. Quando não for possível realizar desinfecção com
álcool 70% entre os usos.

E. O CDC recomenda manter as precauções POR TODA A


HOSPITALIZAÇÃO para os pacientes com VSR confirmado. A exceção
viral dura em média 1 semana, mas em lactentes jovens, bebês
prematuros e imunodeprimidos pode chegar a 3-4 semanas, sendo
intermitente no final deste período. Para pacientes que permanecem
hospitalizados por muito tempo pode-se colher uma nova pesquisa de
VSR após 3 semanas de internação e repeti-la com intervalo de 1
semana. Caso as duas pesquisas sejam negativas retirar o
isolamento.
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NEONATOLOGIA
PESO PARA IDADE GESTACIONAL

IG
Percentis
(semanas)
5 10 50 90 95
20 249 275 412 772 912
21 280 314 433 790 957
22 330 376 496 826 1023
23 385 440 582 882 1107
24 435 498 674 977 1223
25 480 558 779 1138 1397
26 529 625 899 1362 1640
27 591 702 1035 1635 1927
28 670 798 1196 1977 2237
29 772 925 1394 2361 2553
30 910 1085 1637 2710 2847
31 1088 1278 1918 2986 3108
32 1294 1495 2203 3200 3338
33 1513 1725 2458 3370 3536
34 1735 1950 2667 3502 3697
35 1950 2159 2831 3596 3812
36 2156 2354 2974 3668 3888
37 2357 2541 3117 3755 3956
38 2543 2714 3263 3867 4027
39 2685 2852 3400 3980 4107
40 2761 2929 3495 4060 4185
41 2777 2948 3527 4094 4217
42 2764 2935 3522 4098 4213
43 2741 2907 3505 4096 4178
44 2724 2885 3491 4096 4122
REANIMAÇÃO NEONATAL

MEDICAÇÕES USADAS NA REANIMAÇÃO NEONATAL


Adrenalina EV Adrenalina Endotraqueal Expansores de Volume
1:10.000 1:10.000 SF 0,9%
1 ml de adrenalina 1 ml de adrenalina Ringer lactato
1:1000 em 9 ml de SF 1:1000 em 9 ml de SF Sangue Total
1 ml 5 ml 2 seringas de 20 ml
0,1 – 0,3 ml/kg 0,5 – 0,1 ml/kg 10 ml/kg EV
Infundir rápido na veia Infundir diretamente na Infundir o expansor de
umbilical e, a seguir, cânula traqueal e ventilar volume na veia umbilical
infundir 0,5 ml – 1,0 ml a seguir. Uso único. Lentamente em 5 a 10
de SF 0,9% minutos.
BOLETIM DE SILVERMAN ANDERSEN

0 1 2

Movimento
do tórax

Retração
intercostal

Retração
xifóide

Batimento
de aletas

Gemidos
expiratórios

Somatória de notas inferior a 5 indica dificuldade respiratória leve, e


quando é igual a 10 corresponde ao grau máximo de dispnéia.
Valores de Boletim de Silverman Andersen de 4 a 6, em pacientes já
em uso de oxigenoterapia (FiO2 ≥ 60%), são indicativos de algum
suporte ventilatório com pressão positiva (CPAP nasal ou intubação
traqueal).
ICTERÍCIA

ZONAS DE KRAMER BT (mg/dl)

I) Cabeça e pescoço 5,9 a 7,0

II) Tronco até umbigo 8,9 a 12,2

III) Hipogástrio até coxas 11,8 a 16,5

IV) Joelhos, cotovelos até


15 a 18,3
punhos e tornozelos.

V) Mãos e pés >15,0

NÍVEIS DE BILIRRUBINA TOTAL EM PERCENTIS DE ACORDO


COM TEMPO DE VIDA E GRAU DE RISCO DO RNT (> 35 SEM)
VALORES DE BT PARA A INDICAÇÃO DE FOTOTERAPIA E
EXSANGUÍNEOTRANSFUSÃO EM RN < 34 SEMANAS

Bilirrubina (mg/dl)
Peso ao Nascimento
Fototerapia Exsanguineotransfusão
1.001 a 1.500g 6a8 11 a 13
1.501 a 2.000g 8 a 10 13 a 15
2.001 a 2.500g 10 a 12 15 a 17

- Diminuir em 2 mg/dl o nível de indicação de fototerapia ou


exsanguineotransfusão se presença de fatores de risco.
- Se houver indicação de exsanguineotransfusão, enquanto ocorre o
preparo colocar o RN em fototerapia de alta intensidade, repetindo a
BT em 2 a 3 horas para reavaliar a indicação do procedimento.
- A exsanguineotransfusão deve ser realizada imediatamente se
houver sinais de encefalopatia bilirrubinica ou se a BT estiver 5 mg/dl
acima dos níveis referidos.

ISOIMUNIZAÇÃO RH - INDICAÇÕES PRECOCES EXSANGUÍNEO

- RN hidrópico ou com anemia grave, após correção da anemia e


estabilização clínica.
- BT (sangue do cordão) > 4 mg/dl;
- Hb (sangue do cordão) < 12 mg/dl;
- Velocidade de hemólise > 0,5 mg/dl/h (níveis de bilirrubina) nas
primeiras 24 horas de vida.
CONVULSÕES NO PERÍODO NEONATAL
TESTE DO CORAÇÃOZINHO
SEPSE NEONATAL

* Avaliação diagnósti-ca
completa = HMG + HMC
+ LCR + RX tórax
** Avaliação limitada =
HMG + HMC
*** Profilaxia na ges-
tante: cultura + para
EGB até 5 sem do parto;
presença de fatores de
risco: IG < 37 sem; T >
38ºC; BR ≥ 18h;
bacteriúria pelo EGB na
gestação e história de
RN prévio com doença
invasiva para EGB
**** Alguns especia-
listas recomendam HMG
e PCR com 6 a 12h e
36h de vida.
SEPSE NEONATAL TARDIA – ESCORE DE RODWELL

1. leucopenia (≤ 5.000 leucócitos/mm³) ou leucocitose (≥


25.000/mm³ ao nascimento, ≥ 30.000/mm³ entre 12 e 24 horas de
vida e 2 21.000/mm³ após 48 horas de vida);
2. neutropenia ou neutrofilia;
3. aumento de neutrófilos imaturos;
4. índice neutrofílico aumentado;
5. razão dos neutrófilos imaturos sobre segmentados ≥ 0,3;
6. alterações degenerativas nos neutrófilos com vacuolização e
granulação tóxica;
7. plaquetopenia (≤150.000/mm³).

Quando os valores do escore são ≥ a 3 confere sensibilidade de 96%


e especificidade de 78%, enquanto valores < 3 apresentam valor
preditivo negativo de 99% para sepse neonatal.

VALORES DE NEUTRÓFILOS (POR MM³) EM RECÉM-NASCIDOS

Neutropenia Neutrofilia ↑N
↑ I/T
PN < 1,5 kg PN > 1,5 kg PN < 1,5 kg PN > 1,5 kg imaturos
Nascimento < 500 < 1.800 > 6.300 > 5.400 > 1.100 > 0,16
12h < 1.800 < 7.800 > 12.400 >14.500 > 1.500 > 0,16
24h < 2.200 < 7.000 > 14.000 > 12.600 > 1.280 > 0,15
36h < 1.800 < 5.400 > 11.600 > 10.600 > 1.100 > 0,13
48h < 1.100 < 3.600 > 9.000 > 8.500 > 850 > 0,13
60h < 1.100 < 3.000 > 6.000 > 7.200 > 600 > 0,13
72h < 1.100 < 1.800 > 6.000 > 7.000 > 550 > 0,13
120h < 1.100 < 1.800 > 6.000 > 5.400 > 500 > 0,12
4 - 28º dia < 1.100 < 1.800 > 6.000 > 5.400 > 500 > 0,12
RISCO INFECCIOSO

Pelo menos 1 dos critérios abaixo:


Bolsa Rota ≥ 18 horas
Trabalho de parto prematuro <37 semanas
ITU ou BA não tratadas ou com tratamento < 72h ou sem melhora
com o tratamento, independente do agente
Mãe colonizada pelo SGB
Mãe com ITU na gestação atual pelo SGB mesmo que tratada
Mãe com filho anterior com doença pelo SGB
Febre materna de origem desconhecida
Sinais de Corioamnionite
Pelo menos 3 dos seguintes: febre pré parto, taquicardia materna
(>100), taquicardia fetal (>160), sensibilidade dolorosa no fundo
uterino, LA fétido, turvo ou quente, leucocitose materna (>15000)
ou desvio a esquerda (>9%)

 Colher HMG, PCR e HMC com 6h de vida


 Colher HMG e PCR com 24 h de vida
 Aplicar escores

Iniciar Ampi e Genta independente do Escore se:


 RN com sinais clínicos de sepse
 Mãe com corioamnionite confirmada (3 ou + critérios)

Iniciar Ampi e Genta só se Escore ≥ 2 se:


 Mãe colonizada pelo SGB sem profilaxia E BR ≥ 18 horas OU
TPP <37 semanas
 Mãe com colonização desconhecida E BR ≥ 18 horas OU TPP
<37 semanas
 Mãe com ITU sem tratamento
 Coriamnionite suspeita (1 ou 2 critérios apenas)

Observar por 48h sem antibiótico se:


 Mãe não colonizada pelo SGB
 Mãe colonizada pelo SGB mas com profilaxia adequada (pelo
menos 4 h antes do parto)
 Mãe colonizada mas com idade gestacional ≥ 37 semanas E
Bolsa rota< 18 horas
RISCO INFECCIOSO

Escore de Gerdes e Polin (1998)


Pontos
Neutrófilos < 1.750 1
GB <7.500 ou > 40.000 1
I/T≥ 0,20 1
I/M≥ 0,40 2
PCR alterado 1

Reavaliação em 72 horas:
Rápida melhora clínica E Escore <2 E Culturas negativas: suspender
antibiótico e reavaliar por 48 horas
Quadro clínico persiste OU Escore ≥ 2 OU Culturas positivas: manter
7-10 dias

SINAIS CLÍNICOS DE SEPSE NEONATAL

Presença de 2 ou mais dos seguintes:


Taquipnéia
Dispneia (gemência, BAN, tiragem)
Cianose central
Apnéia
Instabilidade térmica
Alterações hemodinâmicas (perfusão lentificada, hipotensão)
Digestivo: Vômitos, distensão abdominal, má aceitação da dieta
Hipo ou hiperglicemia
Neuro: Letargia, convulsão, irritabilidade
DROGAS VASOATIVAS EM NEONATOS

DROGA DOSE AÇÃO


Dopamina Inicial: Ação nos receptores ß1 adrenérgicos.
5 a 10 Liberação de noradrenalina e recapta-
μg/kg/min ção nas terminações pré- sinápticas.
Efeito inotrópico e cronotrópico.
Altas: Ação nos receptores α1 adrenérgicos.
10 a 20 Vasoconstrição.
μg/kg/min Afinidade importante por receptores ß1
e ß2 adrenérgicos.
Efeitos ß1: Potente inotrópico com
efeito cronotrópico discreto.
Dobutamina 5 – 20 Discreta vasodilatação (até 15 μg/kg/
μg/kg/min min) consumo miocárdico de oxigênio.
Pode ocorrer tolerância.
Principal neurotransmissor endógeno
liberado.
Potente α1 agonista c/ modesta ativi-
dade ß agonista vasoconstrição
Noradrenalina 0,05 a 2 PA sistólica e diastólica com mínimo
μ/kg/min impacto no débito cardíaco.
Efeito cronotrópico discreto fluxo
coronariano.
Catecolamina endógena com alta
afinidade por receptores α1, ß1 e ß2.

Adrenalina 0,05 a 2 Efeitos ß: mais pronunciados em doses


μ/kg/min mais baixas
Efeitos α: doses altas pressão
pulmonar arterial e venosa.
Tóxico em doses ↑ e uso prolongado.

FÓRMULAS INFANTIS
Fórmula NAN I Pré-NAN Aptamil Aptamil Pré Enfamil
Energia, cal. 67 70 66 80 75
Carboidratos,g 7,5 8,0 7,5 7,7 8,4
Proteínas, g 1,2 2,0 1,5 2,4 1,6
Gorduras, g 3,6 3,4 3,3 4,4 4,0
Cálcio, mg 41 70 56 100 58
Ferro, mg 0,8 1,1 0,8 0,9 1,3
Sódio, mg 15 26 18 40 20
Potássio, mg 66 75 61 90 81
Fósforo, mg 21 45 28 53 32
Magnésio, mg 4,6 7,7 5,0 10 6,0
Relação Ca/P 1,95 1,55 2,0 2,0 1,81

Fórmula Similac Alfaré Pregomin Neocate Infatrini


Energia, cal. 68 70 66 71 100
Carboidratos,g 7,3 7,7 6,8 8,1 10,3
Proteínas, g 1,4 2,1 1,8 1,95 2,6
Gorduras, g 3,7 3,6 3,5 3,45 5,4
Cálcio, mg 54 50 49
Ferro, mg 0,84 0,8 1,05
Sódio, mg 18 35 18 18 25
Potássio, mg 79 88 65 63 93
Fósforo, mg 36 28 35
Magnésio, mg 8,4 6 5,1
Relação Ca/P 1,5 1,8 1,4
CAPURRO SOMÁTICO

Mamilo Mamilo Mamilo Mamilo


pouco nítido; puntiforme puntiforme
visível aréola lisa aréola de aréola de
Formação
sem diâmetro borda não borda
mamilo
aréola < 0,75 cm elevada elevada
> 0,75 cm > 0,75 cm
0 5 10 15
Algo mais Grossa, Grossa,
Fina, grossa, com com sulcos aperga-
gelatinosa Fina e lisa discreta superficiais, minhada
Textura
descamação descamação com
da pele
Superficial de mãos e sulcos
pés profundos
0 5 20 15 20
Pavilhão
Chata, Pavilhão Pavilhão
parcialmente
disforme parcialmente totalmente
encurvado
Forma da pavilhão encurvado encurvado
em toda
orelha não na borda
borda
encurvado
superior
0 8 24
16
Ausência Diâmetro
Tamanho
de Diâmetro 5 mm a 10 Diâmetro
da
Tecido < 5 mm mm > 10 mm
glândula
mamário
mamária
0 5 10 15
Marcas mal Marcas bem Sulcos na Sulcos
definidas na definidas na metade em mais
metade metade anterior da da
Sulcos
Ausentes anterior da anterior e planta metade
plantares
planta no terço anterior
anterior da planta
0 5 10 15 20

Somatório dos pontos + 204 /7 = Número de semanas de IG


ANTIBIÓTICOS EM NEONATOLOGIA

Penicilina G

25.000 A 50.000 U/Kg/dose


75.000 a 100.000 U/Kg/dose (Meningite)

IG corrigida Idade pós-natal Intervalo entre as doses


≤ 29 semanas 0 a 28 dias 12 horas
> 28 dias 8 horas
30 a 36 semanas 0 a 14 dias 12 horas
> 14 dias 8 horas
37 a 44 semanas 0 a 7 dias 12 horas
> 7 dias 8 horas
≥ 45 semanas Todas 6 horas
Infundir em 30 minutos, concentração máx p/ infusão 100.000 UI/ml

Ampicilina

25 - 50 mg/Kg/dose
50 - 100 mg/Kg/dose (Meningite e infecções pelo Estrepto grupo B)

IG corrigida Idade pós-natal Intervalo entre as doses


≤ 29 semanas 0 a 28 dias 12 horas
> 28 dias 8 horas
30 a 36 semanas 0 a 14 dias 12 horas
> 14 dias 8 horas
37 a 44 semanas 0 a 7 dias 12 horas
> 7 dias 8 horas
> 45 semanas Todas 6 horas
Infundir em bolus, concentração de 100mg/ml

Oxacilina

25 mg/Kg/dose
50 mg/kg/dose (Meningite)

IG corrigida Idade pós-natal Intervalo entre as doses


≤ 29 semanas 0 a 28 dias 12 horas
> 28 dias 8 horas
30 a 36 semanas 0 a 14 dias 12 horas
> 14 dias 8 horas
37 a 44 semanas 0 a 7 dias 12 horas
> 7 dias 8 horas
≥ 45 semanas Todas 6 horas
Infundir em 10 minutos, concentração 50 mg/ml
Ampicilina-Sulbactam

Dose mg/kg/dia Intervalo entre as doses


RN < 7 ddv (PT ou AT) 75 12 horas
RN de 8 a 30 ddv 150 8 horas
Após 30 ddv 100-300 6 horas

Piperacilina-Tazobactan

50 a 100 mg/Kg/dose

IG corrigida Idade pós-natal Intervalo entre as doses


≤ 29 semanas 0 a 28 dias 12 horas
> 28 dias 8 horas
30 a 36 semanas 0 a 14 dias 12 horas
> 14 dias 8 horas
37 a 44 semanas 0 a 7 dias 12 horas
> 7 dias 8 horas
≥ 45 semanas Todas 8 horas
Infundir em 30 minutos, concentração 20 mg/ml

Cefalotina

20mg/kg/dose

IG corrigida Idade pós-natal Intervalo entre as doses


≤ 29 semanas 0 a 28 dias 12 horas
> 28 dias 12 horas
30 a 36 semanas 0 - 7 dias 12 horas
> 7 dias 8 horas
37 a 44 semanas 0 a 7 dias 8 horas
> 7 dias 6 horas
≥ 45 semanas Todas 6 horas

Cefazolina

25mg/kg/dose

IG corrigida Idade pós-natal Intervalo entre as doses


≤ 29 semanas 0 a 28 dias 12 horas
> 28 dias 8 horas
30 a 36 semanas 0 -14 dias 12 horas
> 14 dias 8 horas
37 a 44 semanas 0 a 7 dias 12 horas
> 7 dias 8 horas
≥ 45 semanas Todas 6
Cefuroxima

50 mg/kg/dose

Idade Intervalo entre as doses


RN PT ≤ 7 dias de vida 12 horas
RN > 7 dias de vida, a termo ou PT 8 horas

Cefoxitina

25 a 33mg/kg/dose

IG corrigida Idade pós-natal Intervalo entre as doses


≤ 29 semanas 0 a 28 dias 12 horas
> 28 dias 8 horas
30 a 36 semanas 0 -14 dias 12 horas
> 14 dias 8 horas
37 a 44 semanas 0 a 7 dias 12 horas
> 7 dias 8 horas
≥ 45 semanas Todas 6 horas

Cefotaxima

50 mg/kg/dose

IG corrigida Idade pós-natal Intervalo entre as doses


≤ 29 semanas 0 a 28 dias 12 horas
> 28 dias 8 horas
30 a 36 semanas 0 -14 dias 12 horas
> 14 dias 8 horas
37 a 44 semanas 0 a 7 dias 12 horas
> 7 dias 8 horas
≥ 45 semanas Todas 6 horas

Cefepime

Idade Dose Intervalo entre as


doses
RN ≤ 28 dias de vida, 30 mg/Kg/dose 12 horas
a termo ou pré-termo
RN > 28 dias de vida, 50 mg/Kg/dose 12 horas
a termo ou pré-termo

Meningite ou sepse por Pseudomonas aeruginosa ou Enterobacter: 50


mg/Kg/dose, de 12/12 horas (independente da idade).
Ceftriaxona

“Não deve ser utilizado em RN com hiperbilirrubinemia nem naqueles


que estejam recebendo soro com cálcio com 48h de intervalo antes
ou após”

Infecção sistêmica por gonococo: 50 mg/kg/dose a cada 24 h


Meningite: 100mg/kg dose inicial e depois 80mg/kg/dose a cada 24 h
Infecção gonocócica oftálmica: 50mg/kg (máx 125 mg) em dose
única

Vancomicina

10 mg/kg/dose
15 mg/kg/dose (Meningite)

IG corrigida Idade pós-natal Intervalo entre as doses


≤ 29 semanas 0 a 14 dias 18 horas
> 14 dias 12 horas
30 a 36 semanas 0 a 14 dias 12 horas
> 14 dias 8 horas
37 a 44 semanas 0 a 7 dias 12 horas
> 7 dias 8 horas
≥ 45 semanas Todas 6 horas
Infundir em 60 minutos, concentração máxima 5 mg/ml
Nível sérico terapêutico: Pico=30-40 mcg/ml e Vale= 5-10 mcg/ml

Ceftazidima

30mg/kg/dose

IG corrigida Idade pós-natal Intervalo entre as doses


≤ 29 semanas 0 a 28 dias 12 horas
> 28 dias 8 horas
30 a 36 semanas 0 -14 dias 12 horas
> 14 dias 8 horas
37 a 44 semanas 0 a 7 dias 12 horas
> 7 dias 8 horas
≥ 45 semanas Todas 8 horas

Teicoplanina

Dose de ataque: 16 mg/kg no primeiro dia


Dose de Manutenção: 8 mg/kg 1x/dia
Infundir em 30 minutos
Meropenem

20mg/kg/dose a cada 12 horas


Meningite ou infecções por Pseudomonas: 40mg/kg/dose 8/8 horas

Linezolida

10mg/kg/dose

IG corrigida Idade pós-natal Intervalo entre as doses


≤ 29 semanas 0 a 7 dias 12 horas
> 7 dias 8 horas
30 a 34 semanas 0 a 7 dias 12 horas
> 7 dias 8 horas
≥ 35 semanas Todas 8 horas

Amicacina

IG corrigida Idade pós-natal Dose Intervalo doses


≤ 29* semanas 0 a 7 dias 18 mg/kg 48 horas
8 a 28 dias 15 mg/kg 36 horas
≥ 29 dias 15 mg/kg 24 horas
30 a 34 semanas 0 a 7 dias 18 mg/kg 36 horas
≥ 8 dias 15 mg/kg 24 horas
≥ 35 semanas todas 15 mg/kg 24 horas
* Usar esta dose em RN com asfixia grave, PCA ou uso de
indometacina
Infundir em 30 minutos, concentração máxima 5mg/ml
Nível sérico terapêutico: Pico =20-30 mcg/ml e Vale= 2-5 mcg/ml

Ciprofloxacina

IG corrigida Dose (mg/kg/dia) Intervalo entre as doses


30 a 34 semanas 10-20 24 horas
≥ 35 semanas 20-30 12 horas

Potenciais indicações da Ciprofloxacina:


Infecções graves Gram negativos - após falha ou intolerância a outras
drogas, exacerbação de doença crônica, ITU complicada por
Pseudomonas ou outro germe multi-R, osteomielite por
Pseudomonas.

Polimixina-B

15.000-25.000 UI/kg/dia a cada 12 h


Só a partir de 45 semanas de IG corrigida
RN com função renal normal podem receber até 40.0000 UI/kg/dia
sem efeitos adversos.
Gentamicina ou Tobramicina

IG corrigida Idade pós-natal Dose Intervalo doses


≤ 29* semanas 0 a 7 dias 5 mg/kg 48 horas
8 a 28 dias 4 mg/kg 36 horas
≥ 29 dias 4 mg/kg 24 horas
30 a 34 semanas 0 a 7 dias 4,5 mg/kg 36 horas
≥ 8 dias 4 mg/kg 24 horas
≥ 35 semanas Todas 4 mg/kg 24 horas
*Usar esta dose em RN com asfixia grave, PCA ou uso de
indometacina.
Infundir em 30 minutos, concentração máxima 10mg/ml.
Nível sérico terapêutico: Pico =5-12 mcg/ml e Vale= 0,5-1,0 mcg/ml.

Clindamicina

5 a 7,5 mg/kg/dose

IG corrigida Idade pós-natal Intervalo entre as doses


≤ 29 semanas 0 a 28 dias 12 horas
> 28 dias 8 horas
30 a 36 semanas 0 -14 dias 12 horas
> 14 dias 8 horas
37 a 44 semanas 0 a 7 dias 12 horas
> 7 dias 8 horas
≥ 45 semanas Todas 6 horas
Infundir em 30 minutos, concentração máxima 18mg/ml

Metronidazol

Dose de Ataque: 15mg/kg/dose


Dose de Manutenção: 7,5 mg/kg/dose

IG corrigida Idade pós-natal Intervalo entre as doses


≤ 29 semanas 0 a 28 dias 48 horas
> 28 dias 24 horas
30 a 36 semanas 0 a 14 dias 24 horas
> 14 dias 12 horas
37 a 44 semanas 0 a 7 dias 24 horas
> 7 dias 12 horas
≥ 45 semanas Todas dias 8 horas
Infundir em 1 hora, concentração 15mg/ml
ANTIFÚNGICOS EM NEONATOLOGIA

Anfotericina B

0,5 a 1 mg/Kg a cada 24 h


Diluir em soro glicosado, concentração final máxima 0,1 mg/ml.
Infundir em 4- 6 horas.
Nos casos de insuficiência renal com creatinina > 0,4mg/dL aumentar
o intervalo entre as doses para 2- 5 dias.

Anfotericina B Lipossomal

3-5 mg/Kg a cada 24 h.


Infundir em 2 horas.
Diluir em soro glicosado, concentração final < 2 mg/ml.

Caspofungina

Não liberado para esta faixa etária.


Existem apenas relatos de uso.

Micafungina

10-12mg/kg/dose 1x/dia

Fluconazol

Candidemia e candidíase disseminada: 12 mg/kg/dose.


Candidíase Orofaríngea: 6mg/kg no primeiro dia e 3mg/kg/dia após.
ITU fúngica: cistite 3 mg/kg/dia, pielonefrite 3-6mg/kg/dia.

IG corrigida Idade pós-natal Intervalo entre as doses


≤ 29 semanas 0 a 14 dias 72 horas
> 14 dias 48 horas
30 a 36 semanas 0 a 14 dias 48 horas
> 14 dias 24 horas
37 a 44 semanas 0 a 7 dias 48 horas
> 7 dias 24 horas
≥ 45 semanas Todas 24 horas

Infundir em 30 minutos, concentração 10mg/ml


APÊNDICE - ANTIBIÓTICOS EM NEONATOLOGIA

Monitorização Amicacina

Colher nível sérico 24h após a primeira dose.

Nível sérico no vale Intervalo entre as doses


≤ 5 mcg/ml 24h
5,1-8,0 mcg/ml 36h
8,1-10,5 mcg/ml 48h
≥ 10,6 mcg/ml Ñ fazer a medicação e repetir dosagem em 24h

Monitorização Gentamicina e Tobramicina

Colher nível sérico 24h após a primeira dose

Nível sérico no vale Intervalo entre as doses


≤ 1 mcg/ml 24h
1,1-2,3 mcg/ml 36h
2,4-3,2 mcg/ml 48h
≥ 3,3 mcg/ml Ñ fazer a medicação e repetir dosagem em 24h

ANTIFÚNGICOS EM NEONATOLOGIA

Fluconazol Profilático

3mg/kg/dose
Considerar profilaxia com Fluconazol para todos os RN <1kg em
unidades com alta incidência de Candidemia.
Em unidades com baixa incidência de candidemia (<2%) a profilaxia
deve ser considerada naqueles RNs <1kg com fatores de risco
adicionais, por exemplo:
- Jejum prolongado
- Nutrição parenteral
- Cirurgia gastrointestinal ou CVC
- Uso de Cefalosporinas de 3a ou 4a geração ou Carbapenêmicos
- Colonização por candida)

Idade Pós natal Intervalo entre as doses


1a e 2a semanas de vida 72/72h
3a e 4a semanas de vida 48/48h
A partir da 5a semana de vida 24/24h

Deve ser mantida por no máximo 2 semanas ou suspensa assim que


os fatores de risco deixarem de existir.
ANTIVIRAIS EM NEONATOLOGIA

Ganciclovir

6mg/kg/dose de 12/12h
Infundir em 1 hora, concentração final < 10mg/ml

Aciclovir

20mg/kg/dose
Infundir em 1 hora, concentração final < 7mg/ml

IG corrigida Idade pós-natal Intervalo entre as doses


≤ 29 semanas 0 a 28 dias 24 horas
> 28 dias 12 horas
30 a 36 semanas 0 a 14 dias 24 horas
> 14 dias 12 horas
≥ 37 semanas Todas 8 horas

Tempo de tratamento:
Herpes localizado: 14 dias
Herpes disseminado ou envolvimento do SNC: 21 dias

Zidovudina

1,5 mg/kg/dose

IG corrigida Idade pós-natal Intervalo entre as doses


≤ 29 semanas 0 a 28 dias 12 horas
> 28 dias 8 horas
30 a 34 semanas 0 a 14 dias 12 horas
> 14 dias 8 horas
≥ 35 semanas Todas 6 horas
Via oral 4mg/kg/dose de 12/12h (solução 1ml=10mg)

Nevirapina

Apenas para RNs de mães que não receberam antirretroviral na


gestação, que tenham idade gestacional ≥ 35 semanas e com
possibilidade de receber a medicação por via oral ou enteral.

Peso de Nasc Dose Intervalo entre as doses


1,5-2kg 8 mg = 0,8 ml da 1a dose nas primeiras 48h de
solução vida / 2a dose 48h após a
> 2kg 12 mg = 1,2 ml da primeira dose / 3a dose 96h
solução após a segunda dose
ANEMIA FERROPRIVA

Níveis de Hb abaixo dos quais se considera anemia (OMS 2001)


Idade Hb (g/dL) Ht (%)
6-59 meses 11 33
5-11 anos 11,5 34
12-14 anos 12 36
>15 anos F 12 36
>15 anos M 13 39
Grávidas 11 33

Idade VCM HCM CHCM


12-24 meses 70 23 30
2-6 anos 75 24 31
6-12 anos 77 25 31
12-18 anos 78 25 31

RDW: normal de 11,5-14,5%. Quando > 14,5% sugere ferropriva.


Ferritina: normal de 10-16 mcg/L.
TIBC: 250-390 mcg/dL. Saturação > 16%.
Def. de Ferro: ↓ Ferritina, ↓ Fe sérico, ↑ UIBC, ↓ Sat transferrina.

MARCADORES DE DEFICIÊNCIA DE FERRO

Depleção de Depleção de
Depleção das
Ferro sem Ferro com
reservas
anemia anemia
Hb Normal Normal Diminuído
VCM Normal Normal Diminuído
HCM Normal Normal Diminuído
RDW Normal Normal Aumentado
Fé sérico Normal Diminuído Diminuído
Ferritina Diminuído Diminuído Diminuído
TIBC Normal Aumentado Aumentado
Protoporfirina
eritrocitária Normal Normal Aumentado
livre

Tratamento = 3-5mg/kg/dia de Fe elementar por 3-6 meses.

Resposta ao tratamento:
- Aumento > 0,1g/dL na Hb a partir do 4o dia.
- Pico reticulócitos 5º -10º dia.
RECOMENDAÇÕES DE SUPLEMENTAÇÃO DE FERRO SBP

SITUAÇÃO RECOMENDAÇÃO
RN a termo peso adequado para 1mg/kg/dia de Fe elementar a
a IG em aleitamento materno. partir do 6º mês (ou da introdução
de outro alimentos) até os 2 anos
de idade.
RN a termo peso adequado para Não recomendado
a IG em uso de pelo menos
500ml/dia de fórmula infantil.
RN PRÉ termo ou RN de baixo 2mg/kg/dia de Fe elementar
peso (até 1,5kg) a partir do 30º durante 1 ano
dia de vida. Após 1mg/kg/dia por mais 1 ano
RN PRÉ termo com peso entre 3mg/kg/dia de Fe elementar
1,5-1,0 kg durante 1 ano
Após 1mg/kg/dia por mais 1 ano
RN PRÉ termo com peso < 1,0kg 4mg/kg/dia de Fe elementar
durante 1 ano
Após 1mg/kg/dia por mais 1 ano

Anemia Fisiológica do Recém-nascido:

RNAT: 6-8semanas de vida


Hb=9-11g/dL

RNPT: 3-6 semanas de vida


Hb=7-9 g/dL
CRITÉRIOS DE ROCHESTER - LACTENTES < 60 DIAS

EXCLUI
- Prematuros
- Portadores de anomalias congênitas
- Imunocomprometidos
- Antecedente de doenças bacterianas graves

CRITÉRIOS QUE DEFINEM BAIXO RISCO


- Ser previamente saudável
- Aparentando estar bem/Sem aparência toxemiada
- Ter nascido a termo
- Não ter ficado hospitalizado no período perinatal ou após
- Não ter usado nem estar usando antibiótico
- Sem evidência de infecção em pele, partes moles, ossos,
articulações ou ouvido
- Exames laboratoriais:
- leucócitos entre 5.000 -15.000 cél/mm³
- bastões < 1.500/ mm3
- UR ≤10 leucócitos
- ≤ 5 leucócitos pc nas fezes se diarréia

São necessários TODOS OS CRITÉRIOS para definir o lactente como


de baixo risco!!
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HEMATOLOGIA E
ONCOLOGIA
INDUTORES DE HEMÓLISE EM INDIVÍDUOS COM DEF DE G6PD

ANALGÉSICOS / ANTIPIRÉTICOS DROGAS CARDIOVASCULARES


Acetanilida Procainamida
Acetominofen Quinidina
Acetofenetidina
Amidopirina MISCELÂNIAS
Antipirina Ácido acetilsalicílico
Aspirina Ácido ascórbico
Dipirona Ácido para aminobenzóico
Fenacetina Alfa-metildopa
Probenicida Aminopirina
Piramidona Antazolina
Paracetamol Antipirina
Azul de metileno
ANTIMALÁRICOS Azul de toluidina
Cloroquina Colchicina
Hidroxicloroquina Difenidramina
Mepacrina Dimercaprol
Pamaquina Fenilbutazona
Pentaquina Fenitoína
Primaquina Hidralazina
Quinina Isoniazida
Quinocida Mestranol
Naftaleno
SULFONAMIDAS / SULFONAS Niridazol
Dapsona Piridium
Sulfacetamida Probenicid
Sulfametoxipirimidina Pirimetamina
Sulfanilamida Quinina
Sulfapiridina Streptomicina
Sulfasalazina Sulfadiazina
Sulfisoxazole Sulfacitina
Sulfaguanidina
CITOTÓXICOS/ANTIBACTERIANOS Sulfamerazina
Ácido nalidíxico Sulfametoxipiridazina
Ácido para-aminosalicílico Sulfisoxazole
Cloranfenicol Trimetropim
Co-trimoxazol Trinitrotolueno
Furazolidona Tripelenamine
Furmetonol Urato oxidase
Neoarsfenamina Vitamina K (hidrossolúvel)
Nitrofurantoína Feijão fava
Nitrofurazona Vinho tinto
Água tônica
INDICAÇÕES DE TRANSFUSÃO DE CONCENTRADO DE
HEMÁCIAS EM MAIORES DE 4 MESES

1. Cirurgia de emergência com anemia pré-operatória significante.


2. Anemia pré-operatória quando outras terapias não estão
disponíveis.
3. Perda sanguínea intraoperatória ≥ 15% do volume sanguíneo total.
4. Perda aguda de sangue com hipovolemia não responsiva a outras
terapias.
5. Hb < 7 g/dl: anemia aplástica sintomáticos.
6. Hb < 8 g/dl: durante o perioperatório, com sinais e sintomas de
anemia, durante a quimio/radioterapia ou anemia sintomática,
congênita ou adquirida.
7. Hb < 13 g/dl com: dç. pulmonar grave; oxigenação extracorpórea.
8. Doença falciforme: AVC, Sindrome Torácica Aguda, seqüestro
esplênico, priapismo recorrente, pré-operatório com anestesia geral
(Hb=10).
9. Transfusão crônica: talassemias e a síndrome de Blackfan-
Diamond não responsiva à terapia.

HEMOCOMPONENTES IRRADIADOS - INDICAÇÕES

– Prevenção da doença do enxerto x hospedeiro pós transfusional


(febre,exantema maculo-papular, diarréia,lesão hepatocelular e
pancitopenia de 10-12 dias após a transfusão)
– Imunodeficiências congênitas de imunidade celular
– Pacientes onco-hematológicos em QT ou RxT
– Transplantados
– Recém nascidos prematuros
– EST e transfusão intrauterina
– Anemia aplástica
– Receptores de sangue de doadores relacionados (pai, mãe, irmão).
CONCENTRADO DE HEMÁCIAS LAVADO - INDICAÇÕES

– Pacientes renais crônicos (sobrecarga de potássio)


– Pacientes com antecedente de reação alérgica
– Paciente com deficiência de IgA
– Não é mais indicado na prevenção de RFNH

HEMOCOMPONENTES LEUCORREDUZIDOS - INDICAÇÕES

– Prevenir recorrência de reações febris não hemolíticas (após 2º


episódio)
– Reduzir risco de aloimunização pelo HLA em pacientes que
necessitarão de várias transfusões
- Candidatos a TMO, receptores TMO e órgãos sólidos
- Anemia aplástica
– Prevenir infecção pelo CMV
- Imunodeficiências congênitas ou SIDA
- Recém nascidos prematuros
- Pacientes onco-hematológicos em QT
- Gestantes CMV negativo ou desconhecido

INDICAÇÕES DE TRANSFUSÃO DE PLAQUETAS

- Crianças: Plaquetas 5-10.000/mm3 por falta de produção.


- Recém Nascidos: Plaquetas < 30.000/mm3 por falta de produção.
- Prematuros estáveis com < 50.000/mm3 se: sangramento ativo ou
procedimentos invasivos e com falta de produção.
- Prematuros doentes com < 100.000 se: sangramento ativo ou
procedimentos invasivos em pacientes com CIVD.
- Sangramento/cirurgia SNC: Manter plaquetas > 100.000/mm3.
- Sangramento ou cirurgia: Manter plaquetas > 50.000/mm3.
HEMOCOMPONENTES

Componente Volume Incremento Tempo infusão


estimado
Hemácias 10-15 2-3 g/dl 1-2 horas, máximo
ml/kg 4h
Plaquetas 5-10 ml/kg 50- Pinça aberta
>10kg: 100000/mm3
1U/10kg
Granulócitos 15 ml/kg até resposta 1-2 horas
clínica
PFC 10-15ml/kg 15-20% 1-2 horas, máximo
atividade de 4h
fator
Crioprecipitado 1-2U/10 kg 60-100 mg/dl de Pinça aberta
fibrinogênio

COAGULOPATIAS

Tempo
Distúrbio Plaquetas TP TTPA
sangramento
Plaquetopenia   Normal Normal
Alt qualitativa Normais ou
 Normal Normal
plaquetas 
Vascular Normais  Normal Normal
Fatores
Normais Normal Prolongado Prolongado
coagulação
CIVD    
Hepatopatia Normal Normal  

TP avalia a via extrínseca e comum (fatores V, VII, X, protrombina e


fibrinogênio).
TTPA avalia a via intrínseca e comum (fatores V, VIII, IX, X, XI, XII,
protrombina, fibrinogênio, pré calicreina e cininogênio de alto peso
molecular).
ANTICOAGULAÇÃO

Heparina
Ataque: 50-75 unidades/kg EV em bolus (10 minutos)
Manutenção inicial: 20 unidades/kg /hora EV
Objetivo: manter TTPA entre 60-85 segundos

TTPA Bolus Suspensão % mudança Repetir


(segundos) (U/kg) (min) TTPA
< 50 50 0 + 10% 4h
50-59 0 0 + 10% 4h
60-85 0 0 0 Dia seguinte
86-95 0 0 - 10% 4h
96-120 0 30 - 10% 4h
>120 0 60 - 15% 4h

Quando TTPA estiver em nível terapêutico colher controle diário


Dose profilática = 100Ui/kg/dose, máximo 5000 U/dose

Reversão da Heparinização

Tempo desde a últi- Dose de Protamina


ma dose de heparina
<30 min 1,0 mg/100 UI de heparina recebida
30-60 min 0,5-0,75 mg/100 UI de heparina recebida
60-120 min 0,375—0,5 mg/100 UI de heparina recebida
>120 min 0,25- 0,375 mg/100 UI de heparina recebida

Sulfato de Protamina 1amp (10mg/ml) = 5ml


Neutraliza 100 Unidades de heparina

Cloridrato de Protamina
1 ml (10mg) neutraliza 1000 unidades de heparina

Infundir a 5mg/min (0,5ml/min)


Dose máxima 50 mg
Reação adversa: hipersensibilidade

Enoxaparina (Clexane) - Ampola 30mg/0,3ml

Dose 0,5-1mg/kg/dose SC de 12/12h. Máximo 40mg.


Controle: dosagem de anti-fator Xa=0,5-1,0 unidades/ml 4-6h após a
dose. Manter por no mínimo 5 dias e então associar o anticoagulante
oral suspendendo quando INR=2-3
Dose profilática 0,5mg/kg
ANTICOAGULAÇÃO ORAL

Iniciar 5-10 dias após a heparina.


Manter os dois juntos por 4-6 dias e então suspender a heparina.
Objetivo manter INR entre 2 e 3.
Dia 1 = 0,2mg/kg
Varfarina 1cp = 5mg

DIAS 2-4
INR Ação
1,1-1,3 Repetir dose de ataque inicial
1,4-1,9 50% da dose de ataque inicial
2,0-3,0 50% da dose de ataque inicial
3,1-3,5 25% da dose de ataque inicial
>3,5 Suspender até INR < 3,5 e depois reiniciar com 50% da
última dose.

MANUTENÇÃO
INR Ação
1,1-1,4 Aumentar em 20% a dose
1,5-1,9 Aumentar em 10 % a dose
2,0-3,0 Manter
3,1-3,5 Reduzir em 10% a dose
>3,5 Suspender até INR < 3,5 e depois reiniciar com 20%
menos do que a última dose

Manter por pelo menos 3 meses na TVP associada a acesso vascular.


HEMOFILIAS

Sangramento Hemofilia A (Deficiência de F VIII) Hemofilia B (Deficiência de F IX)


20 a 30 % 40 a 50% 80 a 100% 20 a 30% 40 a 50% 80 a 100%
(10 a 15 ( 20- 30 (40-50 UI/kg) (20-30 ( 40-50 UI/kg) ( 80-
UI/kg) UI/kg) UI/kg) 100UI/kg)
Equimose - - - - - -
Hematoma Se - - Se - -
superficial necessário necessário
Hematoma 1 x dia/ por - - 1 vez ao - -
muscular leve 2a5d dia por 2 a
5d
Hematoma - Elevar a 50% Elevar a - Elevar a 50% Elevar a
muscular grave a cada 12 h 100% na 1ª a cada 24h 100% na 1°
por 3 a 7 dias infusão por 3/7 d infusão
Epistaxe ou 1x/dia Se - 1 x/dia Se necessário -
gengivorragia necessário
Hemartrose (tto 1x/dia por 1 - - 1 x/dia, - -
precoce ou de a 2 dias por 1 a 2
pequeno volume) dias
Hemartrose (tto - 1 a 2 x/dia, - - 1 x/dia por 3 a -
tardio ou por 3 a 5 dias 5 dias
volumoso; quadril
ou ombro)
Hematúria 1x/dia por 1 - - 1 x/dia por - -
a 5 dias 1 a 3 dias
Hemorragia - - 1 a 2 x/dia, - - 1 ou 2 x/dia
digestiva( alta e por 7dias por 7 dias
baixa)
Ferimento corto Se 1x/dia por 3 - Se 1x/dia por 3 -
contuso necessário dias necessário dias
HIC sem sinais - Após 1° Elevar a - Após 1° Elevar a
neurológicos infusão 1 100% na infusão 1 x/dia 100% na
x/dia por 14 primeira por 14 dias primeira
dias infusão infusão
HIC com sinais - Após 1° Elevar a - Após 1° Elevar a
neurológicos infusão, 100% na infusão, 100% na
elevar a 50% primeira elevar a 50% primeira
a cada 12 infusão a cada 12 infusão
horas por 7 horas por 7
dias e depois dias e depois
a cada 24h a cada 24h
até o 14° dia até o 14° dia
Hemorragia por - - De 12/12h - - De 12/12h
grandes por 7 dias , por 7 dias ,
traumatismos após 1 x/dias após 1
por 7 dias x/dias por 7
dias
Hemorragia em - No 1° dia - - No 1° dia -
pescoço, assoalho 12/12h, após 12/12h, após
da língua ou face 1x/dia por 7 a 1x/dia por 7 a
14 dias 14 dias
Hemorragia - Duas vezes Na primeira - 2 vezes ao dia Na primeira
retroperitoneal ao dia infusão infusão
PTI

Quadro Clínico: inicia-se 10 dias a 3 semanas após uma infecção


viral. Na PTI o exame físico é todo normal, exceto pelo sinais de
sangramento. Não há fígado, baço ou gânglios palpáveis. No
hemograma a única alteração é o número de plaquetas geralmente <
50.000, às vezes são observadas megaplaquetas. O risco de
sangramento aumenta muito na presença de trauma e na vigência
de febre. Risco de sangramento do SNC 1/1000, sendo maior nos
primeiros dias. O número de plaquetas não é fator preditivo para
sangramento do SNC mas sim a coexistência de outros sangramentos
concomitantes (púrpura molhada)
Investigação: pesquisar as infecções virais: CMV, EBV, HIV e
parvovírus. Pedir também FAN. Fazer MO se história atípica, ou
presença de outras alterações exceto púrpura ou alteração de outras
linhagens celulares no HMG ou quando se vai iniciar corticóide.
Evolução natural na criança: 80% resolve-se em 3 meses sem tto.
- PTI Crônica: Considerar se > 6 meses duração. (10-20%)
- Maior risco de cronificar se: idade < 10 anos, sexo masculino, início
insidioso, presença de outros auto-anticorpos.
Tratamento: orientações gerais, evitar traumas e aspirina.
Indicação de corticoide: sangramentos ativos importantes de
mucosas (epistaxe, gengivorragia, hematúria, TGI). A presença de
sangramentos cutâneos isoladamente (petéquias, equimoses) não é
indicação de tratamento independente da contagem de plaquetas.
- Dose: Prednisona 1-2 mg/kg/dia dividido em 12/12 h por 4
semanas e depois suspender.
- Indicação de IG: presença de sangramentos importantes (ex SNC).
Dose 2g/kg uma vez ou 1g/kg por 2 dias
- Só transfundir plaquetas se sangramento ativo com iminente risco
de vida.
ROTEIRO DE ONCOLOGIA

1. Fórmula de superfície corporal:


(Peso x 4) + 7
Peso + 90

2. Transfusões:
Pré-medicação EV: Raniditina 2 mg/kg/dose
Dexclorfeniramina 0,08 mg/kg/dose
Hidrocortisona 5-10 mg/kg/dose
Concentrado de hemácias irradiadas e leucorreduzidas: 10-15 ml/kg
correr em 3 horas (pedir 40 ml a mais quando com filtro).
Concentrado de plaquetas irradiadas e leucorreduzidas: 1 unidade
para cada 7 kg, correr pinça aberta (sempre arredondar para mais).

3. Antibióticos:
EV: Cefepime 50 mg/kg/dose – (Max 2 g/dose) de 8/8 h neut. febril
Vancomicina 10 mg/kg/dose – (Max 500 mg/dose) de 6/6 horas
Imipenem 60-100 mg/kg/dia – 6/6 horas

VO: Cefaclor 20-30 mg/kg/dia – 8/8 horas


Cefalexina 50 mg/kg/dia – 6/6 horas
Bactrim 0,5 ml/kg/dose – 12/12 horas

4. Antifúngicos:
EV: Anfotericina B 0,5-1,0 mg/kg/dia – diluir SG5% 0,1 mg/ml
VO: Fluconazol 3-12 mg/kg/dia – 1 vez ao dia

5. Antiparasitários:
Albendazol 400 mg/dia – 3 dias
Metronidazol 30 mg/kg/dia de 8/8 horas – 5 dias
6. Preparo para início da quimioterapia:
Alopurinol 300 mg/m²/dia de 8/8 horas (Max 1 cp de 8/8 horas)
Antiparasitários: albendazol + metronidazol
Soro de hiperidratação ½ SF : ½ SG5%
Volume: 2-3 L/m²
NaHCO3: 33 mEq/m²
Descontar 1 mEq NaHCO3 = 6,6 ml SF
Sem eletrólitos

7. Analgésicos:
Tramadol 5 mg/kg/dia – 8/8 horas
Morfina 0,1 mg/kg/dose até de 2/2 h ou 20 mcg/kg/hora contínuo.
Fentanil 1 mcg/kg/dose ou 1 mcg/kg/hora
Midazolan 0,1 mg/kg/dose ou 0,1 mg/kg/hora

8. Diurese estimada:
Volume urinário: aproximadamente 75% do volume infundido (150-
350 ml/m²/ hora – Evitar IRA e tubulopatia)

9. Anti-eméticos:
Ondansetrona 0,15 mg/kg/dose de 8/8 horas (Max 4 mg/dose) –
diluição 0,08 mg/ml – 4 mg para 50 ml de SF ou SG5%
Granisetrona 40-60 mcg/kg/dose de 8/8 horas (Max 3 mg/dose)
Omeprazol 1 mg/kg/dia (Max 20 mg/dia)
Ranitidina 2 mg/kg/dose de 12/12 horas
Dexametasona – ataque 10 mg/m²
manutenção 5 mg/m²/dose de 6/6 horas
vômitos 2 mg/m²

10. Aciclovir:
250 mg/m²/dose de 4/4 horas, exceto dose da madrugada – 5 x/dia
11. Anticonvulsivantes:
Diazepam 0,06 ml/kg/dose – cuidado ao repetir mais de 2 vezes
Fenitoína 20 mg/kg/dose – ataque
5 mg/kg/dose de 12/12 horas – manutenção
Fenobarbital 5-20 mg/kg/dose – ataque
5 mg/kg/dia de 12/12 horas – manutenção

12. Granuloquinase:
Filgrastima – 10 mcg/kg/dia – SC

13. Transfusão de plaquetas:


Plaquetas < 20.000 – transfundir se febre e/ou sangramentos

14. Transfusão de sangue:


Hb menor que 7,0: transfundir.
Hb entre 7,0 e 7,5: transfundir se neutropênico febril ou em QTX.
Hb entre 7,5 e 8,0: discutir transfusão.
ESQUEMA PARA INFUSÃO DE CISPLATINA

1. Hidratação EV em 2 horas (300 ml/m²/hora)


SG 5% 300 ml/m²
SF 0,9% 300 ml/m²
KCl 19,1% 10 ml/L
GluCa 10% 10 ml/L
MgSO4 10% 10 ml/L

2. EV em 15 minutos
SG 5% 50 ml/m²
SF 0,9% 50 ml/m²
Manitol 20% 30 ml/m²

3. EV em 4 horas (300 ml/m²/hora)


SG 5% 600 ml/m²
SF 0,9% 600 ml/m²
Cisplatina xx mg/m²
Manitol 20% 35 ml/m²

4. EV em 2 horas (300 ml/m²/hora)


SG 5% 300 ml/m²
SF 0,9% 300 ml/m²
KCl 19,1% 10 ml/L
GluCa 10% 10 ml/L
MgSO4 10% 10 ml/L

5. Manter hidratação total de 4000 ml/m²/dia. Subtrair do total


administrado durante o dia. Não esquercer antieméticos de horário.
Administrar dexametasona EV 5 mg/m²/dose, 6/6 horas, se vômitos
intensos.
CONDUTA FRENTE A NEUTROPENIA FEBRIL

Paciente liga avisando que está com febre e realizou quimioterapia


recentemente. Orientar fazer medicação anti-térmica, vir ao hospital,
pedir o registro para solicitar o prontuário. Fazer anamnse com idade,
diagnóstico, data da última quimioterapia e drogas utilizadas. Quando
o paciente chegar, realizar exame físico completo (com oro e
otoscopia, avaliar região perianal), procurando foco infeccioso.
Coletar hemograma, hemocultura e, se o exame físico for sugestico
de alguma patologia, pedir exames específicos.

Se exame físico normal e neutropenia ao hemograma:


- Internar
- Prescrever medicações usadas pelo paciente
- Prescrever cefepime 50 mg/kg/dose – 8/8 hs (Max 2 g/dose)
- Prescrever anti-térmico
- Avaliar necessidade de transfusão de hemácias e plaquetas

Em geral, deve-se transfundir papa de hemácias IRRADIADAS e


LEUCORREDUZIDAS, quando Hb < 7,0. A transfusão de plaquetas é
reservadas para aqueles paciente com sangramento ativo e/ou risco
de sangramento de SNC.

Se alteração no exame físico e neutropenia:


- Internar
- Prescrever medicações usadas pelo paciente
- Discutir antibioticoterapia com R3/R4

Se exame físico e hemograma normais:


- Discutir antibioticoterapia com R3/R4
- Orientar paciente
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OUTROS TÓPICOS
CORTICOTERAPIA

Dose fisiológica = 6-8 mg/m2/dia de hidrocortisona via EV ou


5mg/m2/dia de prednisona.

Dose antiinflamatória = 1-2 mg/kg/dia de prednisona ou equivalente.

Dose imunossupressora = ≥ 2mg/kg/dia de prednisona ou


equivalente (para crianças abaixo de 10 kg) ou maior do que 20-40
mg/dia de prednisona/dia em adultos.

Meia vida biológica ou duração da supressão do ACTH:


Curta: < 36 horas
Intermediária: 36-48 horas
Longa: mais de 48 horas

Potência e equivalência dos corticóides e ação mineralocorticóide

Ação Ação Dose Meia vida


antiinfla- mineralo- Equiva- biológica
matória corticóide lente mg
Cortisol 1 1 20 C
Cortisona 0,8 0,8 25 C
Hidrocortisona 1 1 20 C
Prednisona 4 0,8 5 I
Prednisolona 4 0,8 5 I
Metilprednisolona 5 0,5 4 I
Betametasona 25 0 0,6 L
Dexametasona 30 0 0,75 L
Deflazacort 3-4 0 6-7,5 C
Triancinolona 5 0 4 I
Fludrocortisona 10 125 -- C

Contraindicações relativas

- Infecções sistêmicas, hipertensão, depressão, úlceras pépticas,


diabetes, tuberculose em atividade, osteoporose, glaucoma e
gravidez.
DESMAME DO CORTICÓIDE

Substituir o corticóide de ação prolongada por de ação intermediária


e após por de ação curta. Modificar a posologia de doses diárias
divididas para dose única matinal.

Até duas semanas de uso = retirada abrupta


Após duas semanas de uso = retirada gradual

Esquemas de Retirada

Dose de prednisolona ou
Retirada
equivalente
Reduzir ¼ da dose inicial a cada 4
20mg/dia (1mg/kg/dia)
dias.
Reduzir 2,5mg a cada semana
10-20mg/dia (0,5-1mg/kg/dia)
(0,125mg/kg)
Reduzir 2,5mg a cada 2 semanas
<10mg/dia (<0,5 mg/kg/dia)
(0,125mg/kg)

OU

Retirar de 2,5 a 5 mg de prednisona a cada 3 a 7 dias até atingir a


dose fisiológica. Após duas semanas colher Cortisol basal e suspender
se > 10,0 µg/dL.

INSUFICIÊNCIA ADRENAL

- Anorexia, náuseas e vômitos


- Dor abdominal
- Fadiga, perda de peso
- Mialgia e artralgia
- Apatia
- Confusão
- Hipotensão
- Febre
- Pericardite
- Hipoglicemia e hiponatremia
- Intolerância ao estresse
SUPLEMENTAÇÃO DE CORTICÓIDES (SITUAÇÕES DE
ESTRESSE)

Intensidade Exemplos de situação de estresse Dose suplementar de


do estresse Clinico Cirúrgico corticóide
Mínimo Imunização, tosse, Manter dose
resfriado sem febre fisiológica=10-12
mg/m2/dia de
hidrocortisona,
(VO, IM, 6/6 horas); ou
dose equivalente de
outro corticóide
(VO, 12/12 horas)
enquanto durar o
estresse (24-48 horas).
Depois retornar ao
corticóide em uso na
sua dose habitual.
Leve Vômitos e diarréia Extração 30-50 mg/m2/dia de
leve, processo febril dentária hidrocortisona, (VO,
agudo, simples, IM, EV, 6/6 horas); ou
traumatismos leves pequenas dose equivalente de
suturas, outro corticóide (VO,
cirurgia sob 12/12 horas) enquanto
anestesia durar o estresse (24-48
local horas). Depois retornar
ao corticóide em uso na
sua dose habitual.
Moderado Vômitos e diarréia Extrações 50-75 mg/m2/dia de
importantes, dentárias hidrocortisona, (IM, EV,
redução da ingestão múltiplas, 6/6 horas); ou dose
oral, infecções herniorrafia equivalente de outro
sistêmicas, umbilical corticóide (IM, EV,
temperatura > 39 12/12 horas) enquanto
ºC, fratura, parto durar o estresse (24-48
horas). Depois retornar
ao corticóide em uso na
sua dose habitual
Grave Choque séptico, Cirurgia 100-150 mg/m2/dia de
politraumatismo ou cardíaca, hidrocortisona, (EV,
queimadura grave, cirurgias de 6/6 horas, ou em
múltiplas fraturas, grande porte infusão venosa
infecções sistêmicas de outros contínua) enquanto
graves órgãos e durar o estresse
sistemas (24-72 horas). Depois
retornar ao corticóide
em uso na sua dose
habitual, reduzindo a
dose de estresse 50%
a cada dia.
Doses equivalentes a 50 mg/m2/dia (aproximadamente quatro vezes a dose de
manutenção) de hidrocortisona são: dexametasona (1,5 mg/m2/dia),
metilpredinisolona (10 mg/m2/dia), prednisolona (12,5 mg/m2/dia).
POTÊNCIA DE CORTICOSTERÓIDES TÓPICOS

Grupo I - Super potentes


Propionato de clobetasol 0,05% (creme e pomada)

Grupo II - Potente
Dipropionato de betametasona 0,05% (pomada)
Valerato de betametasona 0,1% (pomada)
Halcinonida 0,1% (pomada)
Valerato de Diflucortolona (creme e pomada)

Grupo III - Potente


Dipropionato de betametasona 0,05% (creme)
Valerato de betametasona 0,1% (creme)
Halcinonida 0,1% (creme)
Acetonido de triancinolona (pomada)

Grupo IV - Potência Média


Furoato de mometasona 0,1% (pomada)
Acetonido de Fluocinolona (pomada)
Prednicarbato (pomada)
Acetonido de triancinolona (creme)
Desonida (pomada)
Acetonato de metilprednisolona (creme)

Grupo V - Potência Média


Furoato de mometasona 0,1% (creme)
Acetonido de fluocinolona (creme)
Prednicarbato (creme)
Desonida (creme)
Acetonato de metilprednisolona (creme)

Grupo VI - Potência Leve


Fluorandrenolide (creme ou pomada)
Hidrocortisona (pomada)
Pivalato de flumetasona (creme ou pomada)

Grupo VII - Leve


Hidrocortisona (creme)
Dexametasona
Prednisolona
Metilprednisolona
FARMACODERMIAS

DOENÇA DO SORO LIKE


Febre, prurido, urticária e artralgia de 1-3 semanas após exposição à
droga. O rash evolui com centro fosco.
Drogas: cefaclor,cipro,macrolídeos, penicilina, sulfas, tetraciclina e
rifampicina

ERITEMA POLIMORFO
Lesões papulares simétricas nas extremidades em forma de alvo (3
zonas de diferentes cores com vesícula central) 12-24h após a
exposição. Pode ser precedido por um pródromo leve.
Envolvimento mucoso apenas oral
Evolução benigna e auto-limitada
Causas:Herpes simples, Mycoplasma e Histoplasmose. 0-10%
secundário a medicações

SÍNDROME DE STEVENS-JOHNSON
Início com 1-3 semanas
Lesões cutâneas disseminadas: máculas eritematosas ou lesões em
alvo . Envolvimento de pelo menos 2 sítios de mucosa.
Envolve: olhos>boca>via respiratória> TGI.
Pródromo intenso com febre, artralgia, mal estar, cefaléia, vômitos,
diarréia e mialgia
Drogas: Anticonvulsivantes, sulfas, penicilinas, AINES
NECROSE EPIDERMÓIDE TÓXICA (NET)
Erupção morbiliforme que se inicia logo após a administração da
droga
Grandes áreas de pele eritematosa e dolorosa que rapidamente
progride para bolhas com esfoliação e descolamento da epiderme
(Sinal de Nikolski positivo) e erosão mucosa extensa
>30% da superfície cutânea envolvida
Pródromo de náusea, vômitos, dor de garganta, febre alta, mal estar
diarréia e pele dolorosa
Morbimortalidade elevada
Drogas; as mesmas da SSJ

SÍNDROMES DE HIPERSENSIBILIDADE À DROGA


Eosinofilia + sintomas sistêmicos
De 1-6 semanas após o início da droga
Inicia-se com febre, erupção exantematosa, linfadenopatia e
eosinofilia
Evolui para eritema macular que começa na face, tronco superior e
raiz dos membros. Rash papular vermelho fosco e confluente que é
pruriginoso e pode descamar
Artalgia é incomum
Hepatite é comum 50%
Envolvimento mucoso é raro
Drogas:fenitoína, fenobarbital, carbamazepina, minociclina e SMX
ACIDENTES OFÍDICOS

IDENTIFICAÇÃO DAS SERPENTES


FOSSETA LOREAL PRESENTE
Cauda com chocalho Crotalus (Cascavel)
Cauda com escamas lisas Bothrops (Jararaca)
Cauda com escamas eriçadas Lachesis (Surucucu)

SE O PACIENTE NÃO TROUXER A SERPENTE


1. Sem dor e edema, com parestesia local e fácies neurotóxica (ptose
bipalpebral e oftalmoplegia): suspeita de Micrurus e, se associado
mialgias, urina escura, oligúria/anúria, suspeitar de Crotalus.
2. Com dor e edema local ou ultrapassando a região anatômica
picada, com ou sem sangramento, com ou sem bolhas, e sem fácies
neurotóxica: suspeitar de Bothrops e Lachesis.

PRIMEIROS SOCORROS
1. Decúbito dorsal; evitar deambulação;
2. Manter o paciente aquecido;
3. Transporte imediato para receber o SAV;
4. Limpeza local apenas com água ou água e sabão;
5. Oferecer água, se a pessoa não estiver vomitando;
6. Levar a cobra para identificação, se possível.

PRIMEIRO ATENDIMENTO
1. Limpeza local e regional com água e sabão ou SF;
2. Não romper bolhas, não suturar ferimento, não aplicar SAV ou
outro medicamento ao redor da picada;
3. Elevar passivam/e o membro (extensão de todas as articulações);
4. Analgesia, se necessário;
5. Hidratação e controle da diurese;
6. Iniciar rotina para aplicação do SAV
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS ACIDENTES OFÍDICOS
SERPENTE
Característica Bothrops Lachesis Crotalus Micrurus
Fosseta loreal + + + -
Cauda Lisa Escamas eriçadas Com chocalho Anéis coloridos
Epidemiologia Todo o Brasil Amazônia Brasil exceto Norte Todo o Brasil
Ações do veneno C/H/P C/H/P/N C/M/N N
Alterações +++ +++ - ou discretas - ou discretas
locais/dor
Incidência 85% Poucos casos 10% 0,5%
Manifestações * Locais: dor, Confunde-se com o * Locais: ausentes * Locais: ausentes;
precoces (<6h) edema, calor, rubor, acidente botrópico, ou edema discreto, * Sistêmicas:
sangramento; pois há grande parestesia; náuseas, vômitos,
* Sistêmicas: superposição de * Sistêmicas: sudorese, ptose
náuseas, vômitos, sinais e sintomas. A náuseas, vômitos, palpebral,
sudorese, gravidade é sudorese, secura da oftalmoplegia,
hipotermia, avaliada pela dor e boca, sonolência, fácies miastênica;
hemorragias sinais locais ptose palpebral, * Laboratório: não
(gengiva, nariz, acrescidos de oftalmoplegia, específico.
digestiva, etc.), manifestações diplopia, turvação
CIVD; vagais, tais como visual, gengivor-
* Laboratório: bradicardia, ragia, mialgia;
pode ocorrer: hipotensão e * Laboratório: TC
TC diarréia. normal ou ,
(incoagulável), TP CPK, LDH,
e TTPA e TGO,
fibrinogênio, mioglobina sérica
proteinúria e proteinúria e
hematúria mioglobinúria
(urina
vermelha/marrom),
mionecrose.
Manifestações * Locais: - * Locais: ausentes; * Locais: ausentes;
tardias equimoses, bolhas e * Sistêmicas: * Sistêmicas: saliva
necrose; oligúria, anúria; espessa, dificuldade
* Sistêmicas: * Laboratório: de deglutição,
hipotensão, Creatinina, dispnéia, apnéia,
oligúria, anúria; Uréia, paralisia muscular:
* Laboratório: Ácido úrico, venopalatina,
Creatinina, K (se IRA). respiratória, MMII.
Uréia, K ,
smolaridade
urinária (se IRA),
VHS, culturas
positivas.
Complicações * Locais: abcesso, * Locais: bolhas, * Locais: ausentes; * Locais: ausentes;
sd. compartimental, necrose , sd. * Sistêmicas: IRA , * Sistêmicas: I.
gangrena; compartimental, I. Resp. Aguda Resp. Aguda.
* Sistêmicas: abcessos; (raro);
choque e IRA. * Sistêmicas: * Laboratório: IRA
choque e IRA. hipercatabólica.
C = coagulante, H = hemorrágica, P = proteolítica, N = neurotóxica,
M = miotóxica.
GRAVIDADE DOS ACIDENTES OFÍDICOS

ACIDENTE
Serpente LEVE MODERADO GRAVE
Bothrops1,2 * dor e edema * dor e edema mais * dor intensa;
discretos; evidentes, que * edema local e endurado,
* sangramento local ultrapassam o intenso, ultrapassando o
discreto ou segmento anatômico segmento anatômico
ausente; picado; picado;
* TC normal ou * pode ocorrer * pode ocorrer sangramento
alterado. sangramento local local e/ou sistêmico;
e/ou sistêmico * bolhas, necroses;
(gengivorragias, * oligúria, anúria, IRA;
epistaxes, hematúria); * TC normal ou alterado;
* TC normal ou * choque.
alterado.
Lachesis - * dor, edema e * dor, edema, hemorragia,
hemorragia locais; bolhas e necrose locais;
* edema ascendente; * edema intenso que
* sintomas vagais: ultrapassa o segmento
diarréia, dor anatômico picado;
abdominal (cólicas), * pode ocorrer choque
bradicardia; hipovolêmico;
* TC normal ou * sintomas vagais: dor
alterado. abdominal, bradicardia,
diarréia, hipotensão,
choque;
* TC alterado.
Crotalus * sinais e sintomas * sem dor ou edema * sem dor ou edema locais;
neurotóxicos locais; * prostração, sonolência;
discretos e de * parestesia local; * vômitos;
aparecimento * fácies miastênica; * mialgia intensa e
tardio; * mialgia discreta ou generalizada;
* ausência de ausente; * secura da boca;
alteração da cor * urina pode ter cor * fácies miastênica evidente
da urina; escura; (ptose palpebral, diplopia
* ausência de * ausência de oligúria oftalmoplegia, visão
mialgia; ou anúria; escura);
* TC normal ou * TC normal ou * urina cor-de-café;
alterado. aumentado. * oligúria, anúria, IRA;
* TC normal ou aumentado.
Micrurus - - * sem dor, edema locais;
* parestesia local;
* vômitos;
* fraqueza muscular
progressiva;
* dificuldade de deambular;
* mialgia;
* fácies miastênica;
* dificuldade de deglutir;
* insuf. respiratória precoce;
* apnéia.
SOROTERAPIA NOS ACIDENTES OFÍDICOS

ACIDENTE Bothrops Lachesis Crotalus Micrurus


(SAB,SABC,SABL) (SABL, SAL) (SAC, SABC) (SAE)
LEVE 4 ampolas EV - 5 ampolas EV -
MODERADO 8 ampolas EV 10 ampolas EV 10 ampolas EV -
GRAVE 12 ampolas EV 20 ampolas EV 20 ampolas EV 10 ampolas EV

SAB = Soro Anti-Botrópico; SABC = Soro Anti-Botrópico-Crotálico;


SABL = Soro Anti-Botrópico-Laquético; SAL = Soro Anti-Laquético;
SAC = Soro Anti-Crotálico; SAE = Soro Anti-Elapídico.

* No caso de mioglobinúria, impõe-se hidratação adequada e


alcalinização da urina, no sentido de prevenir a precipitação
intratubular de mioglobina e uma possível NTA mioglobinúrica.
* Quando da admissão do paciente, pode-se administrar soro de
reparação de 3 a 5% do peso corporal, 2/3 SF0,9%:1/3 SG5%, com
3 mEq/kg de bicarbonato de sódio, para correr em 4 a 6 horas, com
controle gasométrico.
* Uma vez instalada, a NTA é de natureza hipercatabólica, com
aumentos rápidos dos níveis séricos de Ur, Cr, K e fósforo, o que às
vezes indica a necessidade de métodos dialíticos precoces.

ROTINA DE APLICAÇÃO DO SORO ANTI-VENENO


Fazer dessensibilização 15 minutos antes da aplicação do SAV, com
ranitidina (2 mg/kg), dextroclorofeniramina (0,08mg/kg),
hidrocortisona (10mg/kg).
Após o preparo, administrar o SAV por via EV, sem diluição, gota a
gota, durante 15 a 30 minutos, sob VIGILÂNCIA CONTÍNUA DA
EQUIPE MÉDICA. Usar doses iguais em adultos e crianças. Devem
estar preparadas para uso imediato, se necessário: solução aquosa
milesimal de adrenalina, aminofilina, oxigênio, soluções salinas e
material de intubação.
ACIDENTES POR ESCORPIÕES
PRINCIPAIS ESPÉCIES DE INTERESSE MÉDICO
Espécie Características Distribuição
Tityus * tronco marrom escuro Bahia, Espírito
serrulatus * pedipalpos e patas amarelados; Santo, Goiás,
(responsável * cauda amarelada com serrilha Minas Gerais,
pelos dorsal nos 2 últimos segmentos; Paraná, Rio de
acidentes * mancha escura no lado ventral da Janeiro e São
mais graves) vesícula; Paulo.
* comprimento: 6-7 cm;
Tityus * tronco marrom escuro; Goiás, SP, MS,
bahiensis * patas com manchas escuras; MG, Paraná, RS e
* pedipalpos com manchas escuras Santa Catarina.
nos fêmures e nas tíbias;
* comprimento: 6-7 cm;
Tityus * tronco amarelo escuro, Estados da região
stigmurus apresentando um triângulo negro Nordeste do
no cefalotórax, uma faixa escura Brasil.
longitudinal mediana e manchas
laterais escuras nos tergitos;
* comprimento: 6-7 cm;

AÇÕES DO VENENO
A toxina escorpiônica atua em sítios específicos dos canais de sódio,
causando despolarização das membranas das células excitáveis do
organismo, desencadeando liberação maciça de catecolaminas e
acetilcolina dos sistemas simpático e parassimpático, bem como pela
medula da supra-renal. Como efeitos reflexos do veneno sobre o
sistema parassimpático, observam-se arritmias respiratórias.

ACIDENTES POR ESCORPIÕES - CLASSIFICAÇÃO


LEVE: dor e parestesia local, de intensidade variável, às vezes
taquicardia e agitação, ligadas à dor, vômitos ocasionais.
Combate à dor: analgésicos e/ou anestésicos locais.

MODERADO: sintomas locais associados a manifestações sistêmicas


discretas, isoladas ou não: agitação, sudorese, sialorréia,
lacrimejamento, taquicardia e/ou bradicardia, hipertensão, priapismo,
taquipnéia, podendo ocorrer náuseas e alguns vômitos. Combate à
dor: analgésicos e/ou anestésicos locais. Em crianças < 7 anos, está
indicado SAE (ou SAA): 4 ampolas EV.

GRAVE: sintomatologia caracterizada por alterações do ritmo cardíaco


e respiratório, acompanhada de náuseas e vômitos profusos, além de
intensificação dos sinais e sintomas descritos acima. Pode evoluir
para insuficiência cardíaca, edema pulmonar e choque. Os sintomas
locais são mascarados pelo quadro sistêmico. Combate à dor:
analgésicos e/ou anestésicos locais. Combate aos vômitos. Cuidados
de UTI. 8 ampolas EV de SAE (ou SAA)
SAE = soro antiescorpiônico; SAA = soro antiaracnídico.

* Todos os pacientes devem permanecer em observação, em


ambiente hospitalar, se possível, nas primeiras 4 a 6 horas após a
picada, mesmo nos casos benignos, principalmente as crianças.
Devem ser observados pressão arterial, temperatura, ausculta
cardíaca e funções vitais.

Em todos os casos de soroterapia deverá ser feita a pré-medicação


conforme esquema do SAV.
ACIDENTES POR ESCORPIÕES

EXAMES COMPLEMENTARES
Exame Alteração esperada
Glicemia Hiperglicemia nas formas moderadas e graves, nas
primeiras horas após a picada (adrenalina).
Amilase Pode estar elevada nos casos moderados e graves
(acetilcolina).
Hemograma Leucocitose com neutrofilia presente nas formas
moderadas e graves (adrenalina).
Potássio (K) Hipopotassemia (adrenalina).
CPK e CK-MB Elevadas em porcentagens significativas dos casos graves
(comprometimento cardíaco).
Urina rotina Glicosúria.
ECG Taquicardia ou bradicardia sinusal, extrassístoles
ventriculares, distúrbios da repolarização ventricular
como inversão da onda T em várias derivações, presença
de ondas U proeminentes, alterações semelhantes às
observadas no infarto agudo do miocárdio (presença de
ondas Q e supra ou infra-desnivelamento do segmento
ST) e bloqueio da condução átrio-ventricular ou intra-
ventricular do estímulo. Estas alterações desaparecem
em 3 dias na grande maioria dos casos, mas podem
persistir por 7 ou mais dias.
Radiografia de Pode evidenciar aumento da área cardíaca e sinais de
Tórax edema pulmonar agudo, eventualmente unilateral.
ECO Tem demonstrado, nas formas graves, hipocinesia ou
acinesia transitória do septo interventricular e da parede
posterior do ventrículo esquerdo, às vezes associada
à regurgitação mitral.

ACIDENTES POR ESCORPIÕES

PRINCIPAIS MEDICAMENTOS UTILIZADOS


Medicação Utilização
Analgésico Dipirona 10mg/kg de 6/6h e/ou anestésico local.
Anestésicos Podem ser utilizados a Lidocaína a 2% ou a
locais Bupivacaína a 0,5%, injetados no local da picada ou
sob a forma de bloqueio, na dose de 3-4ml para
adultos e 1-2 ml para crianças, podendo ser repetidos
até 3 vezes com intervalos de 40-60 minutos.
Analgésico Caso a dor não ceda após as medidas supracitadas, e
narcótico não havendo manifestações sistêmicas, pode-se usar
analgésicos mais potentes, tipo Meperidina, por via IM
ou EV, 1mg/kg/dose na criança e 50-100mg no adulto.
Antieméticos Metoclopramida EV, quando houver vômitos intensos,
além de hidratação parenteral, na dose de 0,2mg/kg na
criança e 10mg no adulto.
Anticolinérgico Na bradicardia sinusal associada a baixo débito
cardíaco e bloqueio AV total, usar Atropina na dose de
0,01-0,02mg/kg.
Anti- Na hipertensão arterial persistente, associada ou não a
hipertensivos edema agudo do pulmão, pode-se usar Nifedipina SL na
dose de 0,5mg/kg.
Catecolaminas Pode-se utilizar, nos casos de hipotensão e choque não
exógenas associados à hipovolemia, com o objetivo de manter
pressão de perfusão adequada aos órgãos vitais.
ACIDENTES POR ARANHAS

ESPÉCIES DE INTERESSE MÉDICO


Gênero Características Distribuição Ação do Veneno
Loxosceles * mede 1 cm de São Paulo e Atividades hemolítica
corpo, sem as região Sul. e dermonecrótica,
pernas; que parecem ser
* aranha-marrom; causadas pela
* encontradas nas esfingomielinase D
roupas, sapatos e (fosfolipase D), que
atrás de móveis; atuaria sobre a
esfingomielina de
membranas de células
endoteliais, plaquetas
e hemáceas.
Phoneutria * mede 3-4 cm de Todas as O veneno atua sobre
corpo, sem as regiões, os canais de sódio
pernas; menos no causando
* é pouco peluda e Nordeste. despolarização das
conhecida como terminações nervosas
armadeira; motoras e do SNA,
* é agressiva, ataca ocasionando liberação
pulando sobre a de adrenalina,
vítima; noradrenalina e
* encontrada em acetilcolina.
gramados,
bananeiras, etc.;
* são responsáveis
pela maior parte dos
acidentes em SP;

ACIDENTES POR ARANHAS – GÊNERO LOXOSCELES


CUTÂNEO
- Quadro clínico: dor e edema local, eritema, vesícula, bolha,
necrose, placa marmórea, febre, mal estar geral, exantema.
- Laboratório: HMG (leucocitose e neutrofilia).
- Tratamento: analgésicos, anti-histamínicos e 5 ampolas EV de SAL
ou SAA.

CUTÂNEO-VISCERAL
- Quadro clínico: anemia aguda, hemoglobinúria (urina escura),
oligoanúria, sangramentos, podendo ou não estar presentes as
manifestações cutâneas.
- Laboratório: controle da função renal e dos parâmetros sanguíneos,
HMG (anemia aguda, plaquetopenia, reticulocitose), aumento de
biliruibina indireta), aumento de K, diminuição de haptoglobulina,
uréia, creatinina e coagulograma (alterados).
- Tratamento: corticóides sistêmicos, 10 ampolas EV de SAL ou SAA.

SAL = Soro Antiloxoscélico; SAA = Soro Antiaracnídico

Se houver evidências de hemólise intravascular, impõe-se hidratação


adequada e alcalinização da urina, no sentido de prevenir a
precipitação intratubular de hemoglobina e uma possível NTA
hemoglobinúrica, além de controle rigoroso da hemoglobina e
hematócrito. Pode-se fazer aplicação de compressas de gelo e uso de
antissépticos (ex: permanganato de potássio) no local da picada. Em
caso de lesão necrótica, proceder ao debridamento cirúrgico.
ACIDENTES POR ARANHAS – GÊNERO PHONEUTRIA

LEVE
- Quadro clínico: apenas dor local, na maioria dos casos,
eventualmente, agitação e aumento da FC.
- Tratamento: combate à dor com analgésicos e/ou anestésicos
locais, observar crianças e idosos por 6-12 horas.

MODERADO
- Quadro clínico: além da sintomatologia local, presentes algumas
manifestações sistêmicas isoladas: sudorese, sialorréia, taquicardia
ou taquipnéia leve.
- Tratamento: combate à dor com analgésicos e/ou anestésicos
locais, observar crianças e idosos por 6-12 horas. Em crianças <7
anos indicado SAA: 4 ampolas EV

GRAVE
- Quadro clínico: vômitos intensos, convulsão, coma, bradicardia,
insuficiência cardíaca, choque, edema agudo de pulmão;
- Tratamento: combate à dor com analgésicos e/ou anestésicos
locais, observar crianças e idosos por 6-12 horas. Combate aos
vômitos, cuidados de UTI, 8 ampolas EV de SAA.
- Laboratório: HMG (leucocitose e neutrofilia), glicose (hiperglicemia),
gasometria (acidose metabólica), ECG (taquicardia sinusal);

MEDICAMENTOS UTILIZADOS
Do mesmo modo como descrito para o escorpionismo, o tratamento
visa combater os sintomas do envenenamento, neutralizar o veneno
circulante e dar suporte às condições do paciente. O combate à dor
deve ser sempre realizado, podendo ser utilizados analgésicos por via
oral ou parenteral e/ou anestésicos locais (vide tratamento para o
escorpionismo).
INTOXICAÇÕES EXÓGENAS

LAVAGEM GÁSTRICA
Eficaz se realizada em até 1 hora após a ingestão
- Passar SNG calibrosa (16 ou 18fr)
- Colocar criança em decúbito lateral esquerdo
- Infundir SF 0,9% 10 ml/kg/vez, no máximo de 200 ml/vez
- Abrir a sonda em seguida
- Repetir até o retorno de líquido claro
CONTRA INDICADA EM: ingestão de cáusticos ou hidrocarbonetos e
rebaixamento do nível de consciência.

CARVÃO ATIVADO
- Dose 1g/kg/dose no máximo 50-100g para adultos
- Diluir a 10% (em SF, SG 5%...)
- Na maioria das vezes uma dose única é suficiente (vide abaixo)
CONTRA INDICADO EM: obstrução intestinal, rebaixamento do nível
de consciência, ingestão de cáusticos, hidrocarbonetos, ferro, lítio ou
álcool.

Indicação de carvão ativado doses múltiplas: intoxicações severas por


salicilatos, teofilina, aminofilina, carbamazepina, fenobarbital,
fenitoína, benzodiazepínicos, antidepressivos tricíclicos,
fenotiazídicos, digoxina e medicações de liberação lenta. Após a dose
inicial, fazer 0,5g/kg a cada 4-6 horas.

ATENÇÃO!!! Em caso de intoxicação “crônica” fazer carvão se:


Carbamazepina, Fenobarbital, Dapsonae Teofilina, pois absorve a
droga na circulação entero-hepática.
METEMOGLOBINEMIA

Ocorre quando a Hb é oxidada em uma velocidade maior do que a


capacidade enzimática de redução. A metemoglobina é incapaz de
ligar-se e transportar O2. O Fe do heme é oxidado do estado ferroso
(Fe2+) para o férrico (Fe3+).

AGENTES: anestésicos tópicos, antimaláricos, sulfonamidas, dapsona,


nitratos e nitritos, benzeno, naftalina, solventes, fenacetina,
fenazopiridina.

QUADRO CLÍNICO: cianose cinza arroxeada + palidez + taquicardia


A cianose é refratária à administração de O2 e ocorre na ausência de
doença cardíaca ou pulmonar

EXAMES: gasometria mostra PAO2 normal

NÍVEL DE METEMOGLOBINA QUADRO CLÍNICO


0-3 % Assintomático
3-5% Apenas cianose
15-20% Cianose e sangue achocolatado
20-50% Dispneia, cefaleia, fadiga,
vertigem e síncope.
50-70% Convulsão, choque, arritmia e
coma.
>70% Óbito

Tratamento:
O2 a 100% + azul de metileno 1%: 1-2 mg/kg EV em 30 minutos.
A melhora clínica ocorre em 20 minutos. Contra indicado em
pacientes com deficiência de G6PD. Na intoxicação por Dapsona
passar carvão ativado por SNG. Em casos muito graves pode ser
repetido 1mg/kg após 30-60 min.
Azul de Metileno 1%: 1 amp=10ml
Azul de Metileno 4%: 1 amp=5ml
TOXISÍNDROMES

Síndrome Sinais e sintomas Principais agentes


Sd Rubor de face, mucosas Atropina, anti-histamínicos,
Anticolinérgica secas, hipertermia, antiparkinsonianos,
taquicardia, hipertensão antidepressivos tricíclicos,
moderada, midríase, antiespasmódicos,
retenção urinária, midriáticos, cogumelos, erva
agitação psicomotora, do diabo, plantas da família
alucinações e delírios Solanaceae
Sd Colinérgica Sudorese, Inseticidas organofosforados,
lacrimejamento, inseticidas carbamatos,
salivação, aumento das fisostigmina, algumas
secreções brônquicas, espécies de cogumelos
miose, bradicardia,
fasciculações musculares,
diarréia
Sd Narcótica Depressão respiratória, Opiáceos, elixir paregórico,
depressão neurológica, difenoxilato, loperamida
miose, bradicardia,
hipotermia, hipotensão,
hiporreflexia
Sd Depressiva Depressão neurológica, Barbitúricos,
depressão respiratória, benzodiazepínicos, etanol
cianose, hiporreflexia,
hipotensão
Sd Adrenérgica Midríase, hiperreflexia, Cocaína, anfetamínicos,
distúrbios psíquicos descongestionantes nasais
(ansiedade, agitação), (efedrina, pseudoefedrina),
convulsões, hipertensão, cafeína, teofilina
taquicardia, piloereção,
hipertermia, sudorese
Sd Distúrbios do equilíbrio, Fenotiazídicos, butirofenonas,
extrapiramidal da movimentação, fenciclidina, lítio
hipertonia, distonia facial,
mioclonias, trismo,
opistótonos,
parkinsonismo
Sd Cianose de pele e Acetanilida, azul de metileno,
Metemoglobi- mucosas, palidez, dapsona, doxrubicina,
nêmica confusão mental, fenazopiridina, furazolidona,
depressão neurológica nitratos, nitritos,
nitrofurantoína,piridina,
sulfametoxazol
Ataxia Benzodiazepínicos, álcool,
anticonvulsivantes (Fenitoína,
Carbamazepina, fenobarbital
ou primidona), mercúrio,
chumbo
EDEMA CEREBRAL NA CAD

MAIOR RISCO SE
- Idade < 3 anos
- Infusão de volume > 4L/m²/dia nas primeiras 24h
- Administração de bicarbonato
- Hiperosmolaridade plasmática à admissão (>375mOsm/kg)
- Queda acentuada da glicemia >100mg/dL/hora
- Queda da osmolaridade plasmática para valores < 272mOsm/kg
- Hiperglicemia acentuada à admissão (>800mg/dl)
- Hipernatremia relativa à admissão (Na>145)
- Hiponatremia relativa à admissão (Na<130)
- Baixa PCO2 à admissão
- Ureia elevada à admissão

Osmolaridade= 2X (Na + K) + glicose + ureia


8 6

Pseudohiponatremia devido a hiperglicemia e hipertrigliceridemia


Sódio corrigido: para cada aumento de 100mg/dL da glicemia acima
de 100 há queda de 1,6 no valor do sódio
Sinais/sintomas: cefaléia, redução abrupta na FC, hipertensão
arterial, alteração no nível de consciência, alterações pupilares,
papiledema, alucinações.

MANEJO
- Cabeceira elevada
- O2
- Monitorização de FC, PA e nível de consciência
- Manitol= 0,2-1g/kg em 30 minutos
- Ou NaCl3% 5-10ml/kg em 30 min
- Não há indicação de furosemida nem dexametasona
SINAIS DE ALERTA PARA IMUNODEFICIÊNCIA PRIMÁRIA

A presença de mais de um sinal indica a necessidade de se investigar


ID primária:
1. Duas ou mais Pneumonias no último ano
2. Quatro ou mais novas Otites no último ano.
3. Estomatites de repetição ou Monilíase por mais de dois meses.
4. Abscessos de repetição ou ectima.
5. Um episódio de infecção sistêmica grave (meningite, osteoartrite,
septicemia)
6. Infecções intestinais de repetição / diarréia crônica / giardíase
7. Asma grave, doença do colágeno ou doença auto-imune
8. Efeito adverso ao BCG e/ou infecção por Micobactéria
9. Fenótipo clínico sugestivo de síndrome associada à imunodef.
10. História familiar de imunodeficiência.

SUBCLASSES DE IGG
- IgG1 e IgG3 antígenos proteicos estimulam
- IgG1 e IgG2 antígenos polissacarídeos
- IgG1 e IgG3
- Timo-dependentes e direcionados a antígenos protéicos
- Atingem níveis semelhantes aos do adulto por volta dos 2
anos de idade
- IgG1 60-70% da IgG sérica total
- IgG3 4-8% da IgG sérica total
- IgG2
- Timo-independentes com participação importante na resposta
humoral contra antígenos da parede bacteriana (carboidratos e
polissacárides)
- Atingem níveis semelhantes aos do adulto na adolescência
- IgG2 14 a 30% dos níveis de IgG total.
SÍNDROME NEFRÓTICA

Diagnóstico: síndrome clínica caracterizada por proteinúria maciça e


hipoalbuminemia, geralmente acompanhadas por edema e
hipercolesterolemia.

PROTEINÚRIA
Proteinúria Criança (mg/kg/dia) Adulto (g/dia)
Fisiológica <4 0.15
Leve 4 – 20 0.15 – 1.0
Moderada 20 – 50 1 – 3.5
Maciça > 50 > 3.5

Relação proteina creatinina na urina: dificuldade de coleta de urina de


24 horas em crianças.

Idade (meses) Proteina/creatinina Proteina/creatinina na


na urina (mg/mg) urina (mg/mmol)
1a6 0.55 – 0.70 -
6 a 24 0.20 – 0.50 < 50
> 24 £ 0.20 < 20 – 25
Proteinúria nefrótica > 2.00 200 – 250

HIPOALBUMINEMIA E HIPOPROTEINEMIA
Criança Adulto
Albumina sérica (g/dL) £ 2.5 £ 3.0
Proteinas totais (g/dL) £ 5.0 £ 6.0
CLASSIFICAÇÃO DA SÍNDROME NEFRÓTICA
- Primária ou idiopática: síndrome nefrótica não associada com
doença sistêmica identificável. Compreende grupo de pacientes sem
inflamação glomerular na avaliação histológica.
- Secundária: síndrome nefrótica associada com doença sistêmica
identificável, infecções, uso de drogas ou neoplasias.

SÍNDROME NEFRÓTICA IDIOPÁTICA NA POPULAÇÃO PEDIÁTRICA


Características usuais Características atípicas
Idade entre 1 e 11 anos < 1 ano, maior de 11 anos
Pressão arterial normal Hipertensão arterial
Função renal normal Comprometim/o da função renal
C/ ou s/ hematúria microscópica Hematúria macroscópica

SÍNDROME NEFRÓTICA PURA (SEM COMPONENTES NEFRÍTICOS)


- SN sem hematúria macroscópica
- SN sem hipertensão arterial mantida
- SN sem insuficiência renal parenquimatosa

A principal causa de SN pura na criança entre 1 e 11 anos de idade é


a SN idiopática da infância, também conhecida por Nefrose.

NEFROSE

Resposta da síndrome nefrótica idiopática ao tratamento com


prednisona
- Córtico-sensibilidade (SNCS): negativação da proteinúria.
- Córtico- resistência (SNCR): manutenção da SN ou da proteinúria
maciça.
HISTOLOGIA
- Lesão glomerular mínima (LGM)
- Glomerulosclerose segmentar e focal (GESF)
- Proliferação mesangial difusa (PMD)
- Embora as variantes histológicas tenham certo valor prognóstico,
elas não podem ser consideradas como entidades distintas.

A classificação mais apropriada com relação à evolução em longo


prazo tem como base a resposta ao tratamento com corticosteroide.
- SNCS: 80% LGM e 20% GESF
- SNCR: 75% GESF e 20% LGM
Por isso não se faz biopsia renal em crianças com SN idiopática que
responde ao corticoide. Ela está indicada nos casos de resistência ao
tratamento com prednisona.

INVESTIGAÇÃO LABORATORIAL NA APRESENTAÇÃO DO QUADRO


- Sangue: creatinina, albumina, proteinas totais e lipidograma
- Urina: urina tipo 1 e proteinúria de 24 horas ou relação proteina/
creatinina em amostra de urina
Se a apresentação clínica for atípica ou sugerir SN secundária pedir
também
- C3 e C4
- FAN / anti DNA nativo
- Sorologias: hepatites B e C, HIV, lues e toxoplasmose.

MANEJO DA CRIANÇA COM SÍNDROME NEFRÓTICA

REPOUSO
- Contraindicado, pois pode favorecer fenômenos tromboembólicos.
- Nas crianças com anasarca, restrita ao leito, orientar mudança
horária de decúbito e fisioterapia passiva.
DIETA
- Dieta com quantidades normais de proteinas e calorias (DRI)
- Não acrescentar sal aos alimentos durante a fase ativa de síndrome
nefrótica (proteinúria maciça e hipoalbuminemia) e durante a fase de
tratamento diário com prednisona.
- Oferecer água para sede. Não oferecer suco, chá ou refrigerantes.
- Oferecer 1 a 2 copos de leite por dia

ESTADO DE HIDRATAÇÃO
- Avaliar cuidadosamente o estado hemodinâmico. Checar sinais e
sintomas que podem indicar
- Hipovolemia importante: dor abdominal, extremidades frias,
taquicardia, pulso fino e pressão arterial baixa.
- Hipervolemia: crepitação em bases pulmonares, desconforto
respiratório e hipertensão arterial.

USO DE DIURÉTICOS
- Diuréticos não são utilizados de rotina
- Quando necessário, usar com cautela, pois pode precipitar ou
agravar a hipovolemia.
- Nos pacientes com grandes edemas, a furosemida pode ser usada
para aumentar a diurese. Nessa situação, principalmente se albumina
sérica < 1.5 g/dl, associa-se a infusão de albumina 20 – 25% (0.5 –
1.0 g/kg) à furosemida (1 – 2 mg/kg/dose). Utilizar com cuidado,
pois pode desencadear sobrecarga cardiovascular e edema pulmonar.
Monitorar diurese e pressão arterial.
- Algumas evidências sugerem que o uso de albumina pode retardar a
resposta ao corticoide provavelmente por indução de dano epitelial
glomerular mais grave.
- Hidroclortiazida: 1 – 2 mg/kg/dia
- Espironolactona: 2 mg/kg/dia
ALBUMINA
- Não é utilizada de rotina
Nos pacientes com hipovolemia importante ou pré-choque,
administrar albumina 20 – 25%, IV, na dose de 0.5 – 1.0 g/kg, em 1
hora. Nesse caso não administrar diurético.
- Nos pacientes com grandes edemas e diurese reduzida, a albumina
pode ser associada com furosemida (ver acima) para aumento do
fluxo urinário.

MANEJO DAS COMPLICAÇÕES DA SÍNDROME NEFRÓTICA

HIPOVOLEMIA
- Características clínicas: dor abdominal, extremidades frias, pulso
fino, hipotensão arterial e hemoconcentração.
- Tratamento: albumina 20 – 25%, IV, na dose de 0.5 – 1.0 g/kg, em
1 hora. Se albumina não estiver disponível, utilizar outros expansores
semelhantes à albumina ou plasma.

INFECÇÕES
- Nível sérico diminuído de Ig G por perda urinária.
- Função anormal do linfócito T
- Níveis diminuídos dos fatores B (proativador de C3) e D (via
alternativa do C – diminuição da opsonização de bactérias
encapsuladas como o Streptococcus pneumoniae)
- Uso de esteroides e outros imunossupressores
- Infecções mais comuns: peritonite, celulite, sepse, meningite e
pneumonia.
- Agentes infecciosos mais comuns: S. pneumoniae (peritonite),
Staphylococcus (celulite), Escherichia coli e Hemophilus influenzae.
TROMBOEMBOLISMO
- O risco de fenômenos tromboembólicos é de 1.8 – 5 %
- Anormalidades da cascata de coagulação
o Aumento da síntese hepática de fatores de coagulação: I, II, V, VII,
VIII, X e XIII
o Perda urinária de inibidores da coagulação como antitrombina III
- Agregabilidade plaquetária aumentada e às vezes trombocitose
- Hiperviscosidade do sangue (aumento do fibrinogênio, hiperlipemia,
imobilização prolongada e uso de diuréticos).
- Geralmente trombose venosa (veias profundas das pernas, íleo-
femorais e cava inferior).
- Trombose de veia renal: hematúria macroscópica com ou sem
insuficiência renal aguda.

VACINAÇÃO
Indicar imunização contra pneumococo, varicela e gripe.
- Vacina contra gripe, para o paciente e os familiares residentes no
mesmo domicilio, deve ser feita anualmente.
- Adie a vacinação até a prednisona alcançar uma dose de menor que
1 mg/kg/dia (< 20 mg/dia) ou 2 mg/kg em dias alternados (< 40 mg
em dias alternados).

TRATAMENTO DA SINDROME NEFROTICA COM PREDNISONA

PRIMEIRO TRATAMENTO
- Fase I: prednisona 60 mg/m2/dia, máximo de 60 mg, por 4 a 6
semanas.
- Fase II: prednisona 60 mg/m2 em dias alternados, por 8 semanas
- Fase III: diminuição de 10 mg/m2, em dias alternados, a cada 15
dias (50 – 40 – 30, total = 45 dias).
- Fase IV: 20 mg/m2 em dias alternados por 3 meses.
- Fase V: < 20 mg/m2, em dias alternados(diminuição da dose para
10 mg/m2 em dias alternados por 3 meses e depois para 5 mg/m2)
- Fase VI: suspensão da prednisona
- Tratamento longo: 12 meses
- Avaliação do comportamento – nível de dependência da prednisona

PULSO DE METIL PREDNISOLONA


- Ausência de resposta após 4 – 6 semanas de prednisona na dose de
60 mg/m2/dia
- Dose: 1 g/1.73 m2 ou 10 – 20 mg/kg, 3 - 6 doses

SUBSTITUTOS DO CORTICOIDE EM PACIENTES COM SN


CÓRTICO-DEPENDENTES EM NÍVEL ALTO

AGENTES ALQUILANTES
- Ciclofosfamida ou clorambucil (utilizados desde década de 1960)
- Efeitos colaterais: supressão da medula óssea com leucopenia,
cistite hemorrágica e toxicidade gonadal. Mais raramente queda ou
afinamento dos cabelos.

CICLOFOSFAMIDA VO
- Dose: 2 mg/kg/dia, máximo de 12 semanas (dose cumulativa
máxima = 168 mg/kg)
- Alguns serviços: 3 mg/kg, por 8 semanas
- A ciclofosfamida deve ser iniciada após o paciente entrar em
remissão com prednisona
- Drágea de 50 mg e frasco ampola de 1g
- Controle com hemograma (Hb, GB e plaquetas) a cada 15 dias e
urina tipo 1 (hematúria)
- Suspender temporariamente se HB < 10, GB < 4.000, N < 2000, L
< 500 e plaquetas < 100.000
- Não utilizar um segundo tratamento com ciclofosfamida.
CICLOFOSFAMIDA IV
- Dose: 500 - 750 mg/m2, 1 vez por mês, por 6 meses
- Diluir a dose em 100 ml de SG 5% e correr em 1 hora

CLORAMBUCIL
- Dose: 0.15 – 0.2 mg/kg/dia, por 8 – 12 semanas (dose cumulativa
máxima = 11.2 mg/kg), como alternativa para a ciclofosfamida

LEVAMISOLE
- Modo de ação não está claro, embora seja atribuído a seu efeito
imuno-modulador.
- Geralmente utilizado nos casos de SN córtico-sensível com recidivas
associadas a infecções.
- 2 - 2.5 mg/kg, em dias alternados, por pelo menos 12 meses
- Dose máxima = 150 – 160 mg
- Efeitos colaterais leves: neutropenia, erupção, vasculite e sintomas
gastrintestinais.

INIBIDORES DA CALCINEURINA
- Ciclosporina ou tacrolimo
- Inibem a ativação da célula T direcionada dependente da IL-2
- Drogas eficazes no tratamento de SN dependente de doses altas de
prednisona
- Desvantagem: necessidade de uso prolongado

TACROLIMO
- Tacrolimo: 0.1 mg/kg/dia, dividida em 2 tomadas (efeitos
cosméticos da CsA forem inaceitáveis).
- Menos estudos do que com CsA, maior risco de desenvolvimento de
diabetes.
- Nível sérico alvo: (?). Tempo de administração: pelo menos 1 ano
CICLOSPORINA
- Ciclosporina: 4 – 5 mg/kg/dia (150 mg/m2), dividida em 2 tomadas
- Nível sérico (vale): 50 – 100 ng/ml. Nos casos de recidivas durante
o uso de ciclosporina, alguns pesquisadores recomendam a
manutenção de níveis séricos mais elevados como nos transplantados
renais.
- Desenvolvimento de dependência de ciclosporina
- Uso prolongado: nefrotoxicidade, hipertensão arterial e efeitos
cosméticos (hipertricose e hiperplasia gengival)
- Alterações histológicas leves a moderadas (fibrose intersticial): mais
de 5 anos de uso ou uso em combinação com IECA ou ARA II

OPÇÕES DE TTO PARA A SÍNDROME NEFRÓTICA CORTICO-SENSÍVEL


Droga Vantagem Desvantagem Comentário
Levamisole Toxicidade baixa Menos eficaz em Primeira opção
casos de SNCDNA. para os casos
Disponibilidade. menos graves
Ciclofosfamida Tratamento curto Toxicidade com Parece ser menos
(clorambucil) pode induzir uso prolongado eficaz em
remissão (infertilidade). pacientes mais
prolongada velhos e do sexo
feminino. Não
repetir tratamento.
Ácido Ausência de Dependência ao Alternativa aos
micofenólico nefrotoxicidade AMF. Menos eficaz inibidores da
(AMF) que os ICa. calcineurina.
Proporção que Monitoramento da
alcança remissão dose terapêutica
prolongada não pode não ter efeito
está clara. sobre a resistência
ao corticoide.
Ciclosporina Eficaz em casos de Dependência à Utilizar a menor
córtico- CsA. dose possível.
dependência em Efeitos colaterais
nível alto
Tacrolimo Eficaz em casos de Dependência ao Utilizar a menor
córtico- Tac. Efeito pelo dose possível.
dependência em uso prolongado
nível alto ainda incerto
Rituximab Eficaz em casos de Efeitos em longo Proporção de
córtico- prazo ainda pacientes em
dependência em desconhecidos remissão
nível alto prolongada e livre
de droga é
desconhecida.
CONVULSÃO FEBRIL

Convulsão Febril Simples:


- Crise única tônico-clônica generalizada
- Duração < 15min (geralmente 5 minutos)
- Sem recorrência dentro de 24h.
- Exame neurológico normal a final do período pós ictal
- Ausência de infecção do SNC, dç neurológica ou crise afebril prévia.

Convulsão Febril Complexa - um ou mais dos seguintes:


- Crise focal
- Duração maior que 15 minutos
- Recorrência em menos de 24 horas
- Manifestações neurológicas pós-ictais

INDICAÇÕES DE PUNÇÃO LCR NA CONVULSÃO FEBRIL

Todo lactente menor de 6 meses com crise convulsiva na vigência de


febre deve ser puncionado (não é considerado CC febril).

Meningite bacteriana é extremamente rara na ausência de sinais


como irritabilidade, letargia ou abaulamento de fontanela, mesmo no
grupo de crianças abaixo de 1 ano. Diante disto, atualmente, não se
justifica a punção liquórica rotineira após convulsão febril simples nos
lactentes acima de 6 meses, quando a criança não apresenta quadro
clínico sugestivo de meningite.

Crianças que apresentem uma crise febril complicada devem ser


avaliadas individualmente.
TRATAMENTO DE KAWASAKI

Dose AAS:
Dose antiinflamatória: 80-100 mg/kg/dia de 6/6h (máximo 4g/dia)
até ficar afebril por 48-72h.
Dose antiagregante: 3-5mg/kg/dia por no mínimo 6-8 semanas ou té
normalizar plaquetas e PCR naqueles sem alterações coronárias.
DIAGNÓSTICO KAWASAKI ATÍPICO

Sugere outra doença que não Kawasaki:


- Conjuntivite Exsudativa - Faringite exsudativa
- Lesões intraorais distintas - Rash bolhoso ou vesicular
- Adenopatia generalizada

Critérios laboratoriais suplementares:


- Albumina £ 3.0g/Dl - Anemia
- Elevação da TGP - GB ³ 15.000/mm3
- Plaquetas após o 7º dia > 450.000/mm³
- Urina ³ 10 leucócitos (campo de grande aumento)
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DE KAWASAKI
DOSES DOS ANTIHISTAMÍNICOS

Antihistamínico Dose Intervalo Apresentação


Cetirizina 2-6 anos: 2,5 ml de 12/12h Xarope
6-12 anos: 5 ml de 12/12h 1mg/ml
Acima de 12 anos: 10ml ou 1cp Gotas 10
1x/dia mg/ml
1cp=10mg
Desloratadina 6-11 meses: 2ml/dose 1x/dia 1cp=5mg
1-5 anos: 2,5ml dose Xarope
6-11 anos: 5 ml/ dose 0,5mg/ml
Acima de 12 anos:
10ml ou 1cp/dose
Dexclorfeniramina 0,15mg/kg/dia 12/12 h Xarope
ou 8/8h 2mg/5ml
Gotas
1gota/0,1mg
1cp=2mg
1cp=6mg
ampola
1ml=5mg
Fexofenadina Rinite Alérgica: 1cp=60mg
2-11 anos: 5ml de 12/12h 1cp=120mg
>12 anos: 10ml de 12/12h ou 1 1cp=180mg
cp de120mg 1x/dia Xarope
Urticária: 6mg/ml
6meses-2 anos: 2,5ml de 12/12h
2-11 anos: 5ml de 12/12h
>12 anos: 10ml de 12/12h ou 1
cp de180mg 1x/dia
Hidroxizine 0,7mg/kg/dose 8/8h Xarope
2mg/ml
1cp=25mg
Loratadina 2-6 anos: 5mg/dose 1x/dia Xarope
> 6 anos: 10 mg/dose 1mg/ml
1cp=10mg
PROTOCOLO PARA DENGUE

Colher se NS1 ou ELISA positivo:


Hemograma PCR TGO TGP
Albumina CK-MB CPK Pró-BNP
ECG ECO Troponina

PROFILAXIA DE RAIVA HUMANA

PRÉ MEDICAÇÃO:
Ranitidina 2 mg/kg
Hidrocortisona 10 mg/kg
Dexclorfeniramina 0,08 mg/kg

SORO HETERÓLOGO:
Ampola 5 ml = 1000 UI
Dose: 40 UI/Kg - 0,2 ml/kg - máximo = 15 ml

SORO HOMÓLOGO (NÃO PRECISA DE PRÉ MEDICAÇÃO):


Ampola 2 ml = 300 UI
Dose: 20 UI/kg
Imunoglobulina anti-rábica humana
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PROCEDIMENTOS
PUNÇÃO LOMBAR

A. Indicações: diagnóstico de patologias do SNC (infecções,


sangramentos ou neoplasias)
Situações onde se deve solicitar CT de crânio antes da punção:
– Rebaixamento do nível de consciência
– Sinais focais motores ou de pares cranianos (exceto VI e VII pares)
– Papiledema
– Crise convulsiva inédita na última semana
– História prévia de doença do SNC (massa, AVC ou abscesso)
– Historia recente de trauma ou neurocirurgia
– Deficiência de imunidade celular (HIV, imunossupressores, TMO)
– Risco para abscesso de SNC (imunocomprometidos ou cardiopatia
com shunt D para E)

B. Cuidados na Punção: escolha da agulha, correto posicionamento,


contenção eficaz do paciente, evitar flexão exagerada, segurar
firmemente a pele, introduzir a agulha sem hesitação.

Pacientes com suspeita de abscesso cerebral não devem ser


submetidos a punção, pois a sensibilidade da análise microbiológica
do LCR é muito baixa para justificar o risco de herniação. Na maioria
das vezes CT não é necessário e atrasa a punção e o tratamento em
até 2 horas.

C. Contra Indicações:
As seguintes alterações no CT contraindicam a realização da punção:
– Desvio da linha média
– Apagamento das cisternas supra-quiasmática e basilar
– Obliteração do 4º ventrículo
– Obliteração das cisternas cerebelar e placa quadrigeminal
Mesmo com CT normal, pacientes com sinais de herniação iminente
(rebaixamento do nível de consciência - Glasgow <11, sinais de
acometimento do tronco cerebral como respiração irregular,
alterações pupilares, postura de descerebração ou decorticação)
devem ter sua punção adiada.

Outras contra indicações da punção liquórica:


– Infecção de pele no local da punção
– Abscesso espinhal epidural
– Distúrbios hemorrágicos (plaquetas < 30.000 ou INR > 1,4 ou
CIVD)
– Instabilidade hemodinâmica

Quando a punção é contra indicada ou precisa ser adiada mas há


forte suspeita de meningite bacteriana, deve-se colher hemoculturas
e iniciar antibioticoterapia empírica e dexametasona até que o
paciente tenha condições de ser puncionado.

D. Material Necessário: luvas estéreis, gaze, antisséptico em


formulação alcoólica (Clorexedine ou PVPI), tubos para exames
(inclusive ágar chocolate para cultura), lamparina para flambar tubo
de ensaio, esparadrapo, agulha para LCR com mandril nos tamanhos:
Bebês: 25 G X 25 mm (laranja)
Crianças menores de 2 anos: 22 G X 40 mm (preta pequena)
Crianças de 2-12 anos: 22 G X 70 mm (preta grande)

Exame Tubo Volume Laboratório


Celularidade e Tubo de tampa alaranjada 2 ml Urgência
Bioquímica e transparente (especial
(Proteína, Glicose para LCR)
e Cloro)
Cultura Tubo de ensaio com meio 1 ml Microbio
de cultura (Agar chocolate)
Virologia Tubinho eppendorf 0,5 ml Virologia
Sorologias (CIE) Tubo tampa amarela 2 ml Sorologia
ATENÇÃO: Após coleta levar todos os tubos IMEDIATAMENTE ao
laboratório!!!

E. Preparação:
- Monitorização cardíaca e respiratória contínua
- Posicionar a criança em decúbito lateral com flexão dos joelhos,
quadril e pescoço para obter máxima flexão da coluna vertebral
- Para crianças maiores que colaboram há a opção de punção sentada
no leito com flexão do pescoço e coluna torácica apoiando os
cotovelos nos joelhos
- Sedação e analgesia: BOM SENSO!!!

EMLA aplicar no local com 60 minutos de antecedência


Hidrato de Cloral: 40mg/kg/dose (= 1ml/4kg da formulação a 16%)
Midazolam: 0,1 mg/kg/dose -repetir no máximo 1 vez
Fentanyl: 1µg/kg/dose - não repetir

Local da punção: entre os intercostais L3-L4 ou L4-L5 ou L5-S1

F. Técnica:
1. Posicionar a criança em decúbito lateral, flexão dos joelhos em
direção ao tórax
2. Realizar antissepsia na região de L3-L5 até as cristas ilíacas, de
dentro para fora.
3. Traçar linha imaginária entre as cristas ilíacas. O ponto de
intersecção com a coluna corresponde ao 4º disco vertebral. O local
da punção é entre L3-L4 em crianças maiores e L4-L5 em bebês
4. Marcar o local de punção pressionando a unha sobre a pele.
5. Introduzir a agulha entre os processos espinhosos das vértebras,
direcionada para cicatriz umbilical
6. Caso sinta uma resistência inicial, tracione a agulha sem retirar da
pele e redirecione ligeiramente o ângulo.
7. Retirar o mandril após sentir a resistência da dura-mater (2,5 cm
no lactente, 5 cm de 3-5 anos e 7 cm adolescente)
8. Se o LCR não fluir girar a agulha 90o ou introduzi-la um pouco
mais.
9. Flambar a borda do tubo de cultura antes da coleta e não tocar a
tampa nem as bordas do tubo.
10. Retirar a agulha com o mandril em movimento rápido e ocluir
com esparadrapo.

G. Complicações:
- Cefaléia pós punção
- Tumor epidermóide (quando o paciente é puncionado sem o mandril
pode haver implantação de tecido epidérmico no canal espinhal)
- Herniação cerebral
- Infecção- meningite
- Dor lombar
- Hipóxia ou reflexo vagal
- Hemorragia subaracnóidea
PARACENTESE

A. Indicações:
- Diagn. de peritonite bacteriana e tratamento de ascite volumosa

B. Material Necessário:
- Luva estéril, gaze, antisséptico, campo fenestrado
- Seringa de 3 ml para anestesia + lidocaína 2%
- Agulha para punção com mandril (ex: de LCR 22Gx38mm)
- Seringa de 20 ml para aspirar o líquido e tubos p/ coleta de exames

C. Preparação:
Esvaziar a bexiga previamente. Posicionar a criança (semi-sentada ou
decúbito lateral. Local de punção: quadrante inferior esquerdo na
linha que une a crista ilíaca esquerda a cicatriz umbilical, no ponto
que divide o 1/3 médio do 1/3 distal da linha.

D. Técnica:
(1) Realizar antissepsia de todo abdome inferior, colocar campo
estéril e infiltrar pele com anestésico.
(2) Puncionar com agulha com mandril, em um ângulo de 45º
segurando firmemente a parede abdominal.
(3) Após penetrar a cavidade retirar o mandril e aspirar o líquido
Obs: Pode-se conectar a agulha a um equipo de soro e este a um
frasco que deve ser deixado em posição inferior ao abdome
permitindo a drenagem espontânea do líquido.

E. Complicações: perfuração de alças intestinais\ou da bexiga,


peritonite, pneumoperitônio.

Importante: Não retire grande quantidade de líquido rapidamente


pelo risco do hipovolemia e hipotensão.
PUNÇÃO SUPRA-PÚBICA

A. Indicações:
- Diagnóstico de ITU qdo a possibilidade de contaminação por outro
método for muito grande ou tto de obstrução do fluxo urinário
uretral.
Contra Indicação: bexiga não palpável ou não percutível (vazia)!

B. Material Necessário:
- Luva estéril, solução antisséptica, gaze estéril, tubo para cultura,
seringa de 10 ou 20 ml, agulha 25 x 0,8 (verde) ou 25 x 0,7 (preta).

C. Preparação:
- Posicionar a criança em decúbito dorsal com as pernas entreabertas
e ligeiramente flexionadas.
Local da punção: 2 cm acima da sínfise púbica, na linha média.

D. Técnica:
1. A criança ñ deve ter urinado dentro de uma hora do procedimento.
2. Realizar antissepsia da pele.
3. Palpar e percutir o abdome para identificar o nível da bexiga e
confirmar que está cheia.
4. Palpar sínfise púbica para determinar o local da punção e introduzir
a agulha perpendicularmente a pele.
5. Após sentir mudança da resistência, inclinar suavemente a seringa
em direção a sínfise púbica mantendo suave pressão (-) na seringa.
6. Se houver insucesso, retornar à pele e reintroduzir a agulha mais
direcionada a pelve.
7. Após remover a agulha limpar a pele novamente com antisséptico
e cobrir com esparadrapo.
E. Complicação: hematúria transitória (rara) e hematoma no local da
punção
PUNÇÃO PLEURAL

A. Indicações:
- Diagnóstica: diferenciar tipo de derrame: exsudato X transudato,
pesquisar a etiologia do derrame.
- Terapêutica: aspiração de grande quantidade de líquido para
melhora da função ventilatória.

B. Contra Indicações: coagulopatias, infecção de pele no local da


punção (relativa), pneumatocele gigante

C. Material Necessário:
- Luva estéril, gaze estéril, campo fenestrado
- Antisséptico: PVPI ou Clorexedina Alcoólica
- Seringa de 3 ml para anestesia
- Agulha para anestesia local
- Lidocaína 1 ou 2% sem vasoconstritor
- Duas ou mais seringas de 20 ml para aspirar ao líquido
- Scalp número 19 ou Abocath número 18 ou 20 com torneirinha de 3
vias (crianças maiores e/ou obesas)
- Soro fisiológico para preencher o scalp
- Tubos para coleta de exames
* Se for puncionar com scalp preenchê-lo com soro fisiológico e
conectá-lo na seringa.
* Se puncionar c/ Abocath conectá-lo na torneirinha e esta na
seringa.

D. Preparação:
- Realizar semiologia torácica para demarcar o derrame
- Monitorização cardíaca e respiratória contínua
- Posicionar a criança em decúbito dorsal com elevação do tronco de
600 com apoio ou sentado sem apoio. Levantar o membro superior
do local a ser puncionado colocando o antebraço ao nível da cabeça.
- Sedação e analgesia: usar bom senso!

Midazolam: 0,1 mg/kg/dose -repetir no máximo 1 vez


Fentanyl: 1µg/kg/dose - não repetir

Local da punção: 50 ou 60 espaços intercostais na linha axilar média

E. Técnica:
1. Antissepsia de todo o hemitórax a ser puncionado e do esterno.
2. Colocar campo estéril
3. Anestesiar o local a ser puncionado atingindo e pele, subcutâneo
musculatura intercostal e pleura.
4. Introduzir a agulha a 90o da pele rente a borda superior da costela
inferior.
5. Ao atingir o espaço intercostal inclinar lentamente a agulha no
sentido oblíquo e superior para evitar lesão visceral.
6. Aspirar o liquido pleural separando logo o material para os exames
e esvaziando o restante.
7. Dobrar o scalp ou fechar a torneirinha sempre que precisar trocar
a seringa.
8. Retirar a agulha, se possível no final da inspiração, e ocluir com
esparadrapo.
9. Pedir RX tórax controle

F. Complicações:
- Pneumotórax
- Lesão parênquima pulmonar
- Lesão diafragma e vísceras abdominais
- Oscilação rápida do mediastino com instabilidade cardiovascular
- Ruptura de pneumatocele
PUNÇÃO INTRA-ÓSSEA

A. Indicação:
- Obtenção de acesso para infusão de líquidos e/ou drogas na parada
cardio respiratória ou choque descompensado após 3 tentativas de
acesso venoso sem sucesso.

B. Material Necessário:
- Agulha própria para punção intra-óssea
- Opção: agulha para punção de MO ou agulha de LCR com mandril
(ruim, pois é flexível) ou agulhas de calibre 14 a 18
- Antisséptico, gaze estéril

C. Locais de Punção:
- Tíbia Proximal: 1 - 3 cm (mais ou menos 1 dedo) abaixo da
tuberosidade da tíbia na superfície antero-medial (este local é
palpável como uma superfície plana e lisa logo abaixo da pele, abaixo
e medialmente à tuberosidade)
- Fêmur distal: na superfície anterolateral 3 cm acima do condilo
lateral
- Tíbia Distal: na linha média, 1 cm acima do maléolo medial
- Espinha ilíaca antero-superior

D. Técnica:
Inserção na tíbia proximal:
1. Antissepsia do local a ser puncionado.
2. Apoiar a perna em uma superfície firme com o joelho fletido à 60º.
3. Identificar o local da punção por palpação (1-3 cm abaixo da
tuberosidade da tíbia na superfície antero-medial).
4. Verificar se o bisel e o mandril da agulha estão alinhados.
5. De frente para a perna, segurar as bordas medial e lateral da tíbia
com a mão não dominante (polegar de um lado, indicador e médio do
outro). Não deixar a mão por detrás da perna!
6. Inserir a agulha através da pele e com um movimento de torção
suave, porém firme, introduzir a agulha perpendicular (ou
ligeiramente caudal) ao eixo longo do osso.
7. Parar de introduzir a agulha quando sentir uma diminuição súbita
da resistência
8. Desparafuse o topo, remova o mandril e tente aspirar medula (se
não for bem sucedida não necessariamente indica insucesso). Se esta
aspiração for bem sucedida desconecte a seringa e conecte um
sistema de infusão
9. Caso não tenha havido retorno na aspiração, injete 10 ml de
SF0,9% e verifique se há resistência, infiltração local ou aumento na
circunferência da perna
10. Se a injeção de prova não foi bem sucedida remova a agulha e
tente em outro osso
11. Obs: quando for introduzir em outro osso que não a tíbia, aponte
a agulha ligeiramente para longe do espaço articular mais próximo

Sinais de que a agulha está bem inserida:


- Está firmemente posicionada no osso
- Houve retorno de medula óssea na aspiração de prova
- Não há resistência á infusão
- Após a infusão de prova não houve infiltração local nem aumento no
diâmetro da perna.
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PUERICULTURA
AVALIAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL

TAMANHO DO MANGUITO
Denominação do Circunferência Largura do Comprimento
manguito máxima do manguito da bolsa(cm)
Braço (cm) (cm)
Recém-nascido 10 4 8
Criança 15 6 12
Infantil 22 9 18
Adulto pequeno 26 10 24
Adulto 34 13 30
Adulto grande 44 16 38
Manguito de Coxa 52 20 42

CLASSIFICAÇÃO DA PA PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES


Classificação Percentil para PAS e PAD
Normal PA < percentil 90
Limítrofe PA entre P90 a P95 ou se PA exceder 120/80
mmHg sempre < P90 até < P95
Hipertensão estágio 1 PA > percentil 95 até 5 mmHg acima do P99

Hipertensão estágio 2 PA > percentil 99 mais 5 mmHg

PAM=(2x PAD) + PAS


3

Valores de pressão arterial referentes aos percentis 90, 95 e 99 de pressão arterial para meninas de 1 a 17 anos de
idade, de acordo com o percentil de estatura.
Idade Percentil PA sistólica (mmHg) por percentil de estatura PA diastólica (mmHg) por percentil de estatura
5% 10% 25% 50% 75% 90% 95% 5% 10% 25% 50% 75% 90% 95%
1 90 97 97 98 100 101 102 103 52 53 53 54 55 55 56
95 100 101 102 104 105 106 107 56 57 57 58 59 59 60
99 108 108 109 111 112 113 114 64 64 65 65 66 67 67
2 90 98 99 100 101 103 104 105 57 58 58 59 60 61 61
95 102 103 104 105 107 108 109 61 62 62 63 64 65 65
99 109 110 111 112 114 115 116 69 69 70 70 71 72 72
3 90 100 100 102 103 104 106 106 61 62 62 63 64 64 65
95 104 104 105 107 108 109 110 65 66 66 67 68 68 69
99 111 111 113 114 115 116 117 73 73 74 74 75 76 76
4 90 101 102 103 104 106 107 108 64 64 65 66 67 67 68
95 105 106 107 108 110 111 112 68 68 69 70 71 71 72
99 112 113 114 115 117 118 119 76 76 76 77 78 79 79
5 90 103 103 105 106 107 109 109 66 67 67 68 69 69 70
95 107 107 108 110 111 112 113 70 71 71 72 73 73 74
99 114 114 116 117 118 120 120 78 78 79 79 80 81 81
6 90 104 105 106 108 109 110 111 68 68 69 70 70 71 72
95 108 109 110 111 113 114 115 72 72 73 74 74 75 76
99 115 116 117 119 120 121 122 80 80 80 81 82 83 83
7 90 106 107 108 109 111 112 113 69 70 70 71 72 72 73
95 110 111 112 113 115 116 116 73 74 74 75 76 76 77
99 117 118 119 120 122 123 124 81 81 82 82 83 84 84
8 90 108 109 110 111 113 114 114 71 71 71 72 73 74 74
95 112 112 114 115 116 118 118 75 75 75 76 77 78 78
99 119 120 121 122 123 125 125 82 82 83 83 84 85 86
9 90 110 110 112 113 114 116 116 72 72 72 73 74 75 75
95 114 114 115 117 118 119 120 76 76 76 77 78 79 79
99 121 121 123 124 125 127 127 83 83 84 84 85 86 87
10 90 112 112 114 115 116 118 118 73 73 73 74 75 76 76
95 116 116 117 119 120 121 122 77 77 77 78 79 80 80
99 123 123 125 126 127 129 129 84 84 85 86 86 87 88
11 90 114 114 116 117 118 119 120 74 74 74 75 76 77 77
95 118 118 119 121 122 123 124 78 78 78 79 80 81 81
99 125 125 126 128 129 130 131 85 85 86 87 87 88 89
12 90 116 116 117 119 120 121 122 75 75 75 76 77 78 78
95 119 120 121 123 124 125 126 79 79 79 80 81 82 82
99 127 127 128 130 131 132 133 86 86 87 88 88 89 90
13 90 117 118 119 121 122 123 124 76 76 76 77 78 79 79
95 121 122 123 124 126 127 128 80 80 80 81 82 83 83
99 128 129 130 132 133 134 135 87 87 88 89 89 90 91
14 90 119 120 121 122 124 125 125 77 77 77 78 79 80 80
95 123 123 125 126 127 129 129 81 81 81 82 83 84 84
99 130 131 132 133 135 136 136 88 88 89 90 90 91 92
15 90 120 121 122 123 125 126 127 78 78 78 79 80 81 81
95 124 125 126 127 129 130 131 82 82 82 83 84 85 85
99 131 132 133 134 136 137 138 89 89 90 91 91 92 93
16 90 121 122 123 124 126 127 128 78 78 79 80 81 81 82
95 125 126 127 128 130 131 132 82 82 83 84 85 85 86
99 132 133 134 135 137 138 139 90 90 90 91 92 93 93
17 90 122 122 123 125 126 127 128 78 79 79 80 81 81 82
95 125 126 127 129 130 131 132 82 83 83 84 85 85 86
99 133 133 134 136 137 138 139 90 90 91 91 92 93 93

Valores de pressão arterial referentes aos percentis 90, 95 e 99 de pressão arterial para meninos de 1 a 17 anos de
idade, de acordo com o percentil de estatura.
Idade Percentil PA sistólica (mmHg) por percentil de estatura PA diastólica (mmHg) por percentil de estatura
5% 10% 25% 50% 75% 90% 95% 5% 10% 25% 50% 75% 90% 95%
1 90 94 95 97 99 100 102 103 49 50 51 52 53 53 54
95 98 99 101 103 104 106 106 54 54 55 56 57 58 58
99 105 106 108 110 112 113 114 61 62 63 64 65 66 66
2 90 97 99 100 102 104 105 106 54 55 56 57 58 58 59
95 101 102 104 106 108 109 110 59 59 60 61 62 63 63
99 109 110 111 113 115 117 117 66 67 68 69 70 71 71
3 90 100 101 103 105 107 108 109 59 59 60 61 62 63 63
95 104 105 107 109 110 112 113 63 63 64 65 66 67 67
99 111 112 114 116 118 119 120 71 71 72 73 74 75 75
4 90 102 103 105 107 109 110 111 62 63 64 65 66 66 67
95 106 107 109 111 112 114 115 66 67 68 69 70 71 71
99 113 114 116 118 120 121 122 74 75 76 77 78 78 79
5 90 104 105 106 108 110 111 112 65 66 67 68 69 69 70
95 108 109 110 112 114 115 116 69 70 71 72 73 74 74
99 115 116 118 120 121 123 123 77 78 79 80 81 81 82
6 90 105 106 108 110 111 113 113 68 68 69 70 71 72 72
95 109 110 112 114 115 117 117 72 72 73 74 75 76 76
99 116 117 119 121 123 124 125 80 80 81 82 83 84 84
7 90 106 107 109 111 113 114 115 70 70 71 72 73 74 74
95 110 111 113 115 117 118 119 74 74 75 76 77 78 78
99 117 118 120 122 124 125 126 82 82 83 84 85 86 86
8 90 107 109 110 112 114 115 116 71 72 72 73 74 75 76
95 111 112 114 116 118 119 120 75 76 77 78 79 79 80
99 119 120 122 123 125 127 127 83 84 85 86 87 87 88
9 90 109 110 112 114 115 117 118 72 73 74 75 76 76 77
95 113 114 116 118 119 121 121 76 77 78 79 80 81 81
99 120 121 123 125 127 128 129 84 85 86 87 88 88 89
10 90 111 112 114 115 117 119 119 73 73 74 75 76 77 78
95 115 116 117 119 121 122 123 77 78 79 80 81 81 82
99 122 123 125 127 128 130 130 85 86 86 88 88 89 90
11 90 113 114 115 117 119 120 121 74 74 75 76 77 78 78
95 117 118 119 121 123 124 125 78 78 79 80 81 82 82
99 124 125 127 129 130 132 132 86 86 87 88 89 90 90
12 90 115 116 118 120 121 123 123 74 75 75 76 77 78 79
95 119 120 122 123 125 127 127 78 79 80 81 82 82 83
99 126 127 129 131 133 134 135 86 87 88 89 90 90 91
13 90 117 118 120 122 124 125 126 75 75 76 77 78 79 79
95 121 122 124 126 128 129 130 79 79 80 81 82 83 83
99 128 130 131 133 135 136 137 87 87 88 89 90 91 91
14 90 120 121 123 125 126 128 128 75 76 77 78 79 79 80
95 124 125 127 128 130 132 132 80 80 81 82 83 84 84
99 131 132 134 136 138 139 140 87 88 89 90 91 92 92
15 90 122 124 125 127 129 130 131 76 77 78 79 80 80 81
95 126 127 129 131 133 134 135 81 81 82 83 84 85 85
99 134 135 136 138 140 142 142 88 89 90 91 92 93 93
16 90 125 126 128 130 131 133 134 78 78 79 80 81 82 82
95 129 130 132 134 135 137 137 82 83 83 84 85 86 87
99 136 137 139 141 143 144 145 90 90 91 92 93 94 94
17 90 127 128 130 132 134 135 136 80 80 81 82 83 84 84
95 131 132 134 136 138 139 140 84 85 86 87 87 88 89
99 139 140 141 143 145 146 147 92 93 93 94 95 96 97
ESTADIAMENTO PUBERAL MASCULINO - TANNER
ESTADIAMENTO PUBERAL MASCULINO - TANNER
ESTADIAMENTO PUBERAL FEMININO - TANNER
ESTADIAMENTO PUBERAL FEMININO - TANNER
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DOSES DE MEDICAÇÕES
DOSES DE ANTIBIÓTICOS EM CRIANÇAS
Dose Via Apresentação Observações
Acido Nalidíxico 55 mg/kg/dia de 6/6h VO 5ml=250mg Não usar em crianças < 6
Adultos: 500 mg -1g/dose 1cp=500mg meses
Não usar em pacientes com
insuficiência renal

Profilaxia da ITU: 15 a 20
mg/kg/ dose 1x/dia
Acido 25-40 mg/kg/dia de 12/12h VO 1cp= 400mg Não usar em pacientes com
Pipemídico Adultos: 400 mg/dose 5ml=200mg insuficiência renal
Amicacina Dose Única Diária (DUD): EV 1fr= 100mg, 250mg Preferir DUD exceto nas
15mg/kg 1x/dia IM ou 500 mg contraindicações abaixo
Máximo 1,5g/dia
Se ITU:10mg/kg máximo 500mg/dia Ver ajuste da dose para
Fibrose Cística: 20-30mg/kg indivíduos obesos abaixo
Dose Tradicional:
15-22,5 mg/kg/dia de 8/8h
Fibrose Cística: 10mg/kg/dose de 8/8h
Amoxicilina Dose habitual: 45-50 mg/kg/dia de 8/8h VO 5ml=125 ou 250mg Profilaxia da infecção
Adultos: 250 - 500 mg/dose 1cp= 500mg pneumocócica em asplênicos:
Pneumococo de resistência 20mg/kg 1x/dia
intermediária: 80-90 mg/kg/dia
Adultos: 1g/dose
Amoxicilina/ Dose habitual: 45-50 mg/kg/dia de 8/8h a VO Injetável 5:1 → 1fr=500mg Amoxi /100mg Clav
Clavulanato “normal” e de 12/12h a BD EV ou 1g Amoxi/200mg Clav
Adultos: 250 - 500 mg/dose da “normal” e Normal 4:1 → 5ml=250mg Amoxi/62,5mg Clav ou
875 mg/dose da BD 5ml=125mg Amoxi/31,25mg Clav
Pneumococo de resistência 1cp =500mg Amoxi/125mg Clav
intermediária: 80-90 mg/kg/dia BD 7:1 → 1cp=875mg Amoxi/125mg Clav
Adultos: 1g/dose 5ml=200mg Amoxi/28,5mg Clav ou 5ml=400mg
Amoxi/57mg Clav
ITU: 20-40mg/kg/dia de 8/8h ES 14:1 → 5ml=600mg Amoxi /42,9mg Clav
Ampicilina 100-200 mg/kg/dia de 6/6h EV 1fr=500mg ou 1g
Adultos: 500 mg- 1g/dose
Meningite: 400 mg/kg/dia de 4/4 ou 6/6h
Adultos: 2g/dose
50-100 mg/kg/dia de 6/6h VO 1cp= 500 mg
Adultos: 250mg -1g /dose 5ml=250 mg
Ampicilina/ 100-200 mg/kg/dia de 6/6h EV 1fr =1,5g (1g de
Sulbactam Infecções graves ou meningite: Ampi/ 500mg Sulb)
200-400 mg/kg/dia de 6/6h 1fr = 3g (2g de
Adultos: 1,5- 3g/dose Ampi/1g Sulb)
25-50 mg/kg/dia de 12/12h VO 5ml=250mg Também conhecida por
Adultos: 375 - 750 mg/dose 1cp = 375 mg Sultamicilina
Azitromicina 10-12 mg/kg/dia 1x/ dia VO 5ml=200mg Conteúdo total de um frasco
Adultos: 500mg/dose 1cp=250 ou 500 mg de suspensão: 600mg, 900
Amigdalite: 12mg/kg 1x/dia por 5 dias mg ou 1500 mg
Otite/sinusite:10 mg/kg no 1º dia e 5
mg/kg 1x/dia (máx 250mg) por mais 4 dias
Infecção por Clamídia: 20 mg/kg dose
única (máx 1g)
Aztreonam 90 mg/kg/dia de 8/8h EV 1fr=500mg ou 1g
Adultos: 1g/dose IM
Infecções graves ou por Pseudomonas:
120mg/kg/dia de 6/6 ou 8/8h
Adultos: 2g/dose de 8/8h
Cefadroxil 30mg/kg/dia de 12/12h VO 5ml=250mg
1a Geração Adultos: 500mg-1g/dose 1cp= 500mg ou 1g
Cefalexina Infecções leves: 25-50 mg/kg/dia de 6/6h VO 5ml= 250mg
1a Geração Infecções moderadas: 75-100 mg/kg/dia de 1cp = 500mg
6/6h
Adultos: 500mg- 1g/dose
Cefalotina 80-100 mg/kg/dia de 6/6h EV 1fr = 1g
1a Geração Adultos: 500mg- 1g/dose
Infecções graves: até 160 mg/kg/dia de
6/6h ou de 4/4h Adultos: até 2g/dose
Cefazolina 50-150 mg/kg/dia de 8/8h EV 1fr=1g
1a Geração Adultos: 500mg - 1g/dose IM
Se >80kg: 2g/dose
Cefaclor 20-40 mg/kg/dia de 8/8 ou 12/12h VO 5ml=125, 250 ou 375mg
2a Geração Adultos: 250-500mg/dose de 8/8h 1cp= 250 ou 500 mg
Cefoxitina 80-160 mg/kg/dia de 6/6h EV 1fr=1 ou 2g É na verdade uma Cefamicina
Adultos: 1-2g/dose de 6/6 ou 8/8h IM
Cefuroxima 75-150 mg/kg/dia de 8/8h EV 1fr=750 mg
2a Geração Adultos: 750 mg - 1,5g/ dose IM
20-30 mg/kg/dia de 12/12h VO 5ml = 125 ou Apresentação sache: 125, 250
Adultos: 250 - 500mg/ dose 250mg ou 500 mg
1cp = 250 ou
500mg
Cefotaxima 50-200 mg/kg/dia de 6/6 ou 8/8h EV 1fr=500 mg ou
3a Geração Adultos: 1-2g/dose de 6/6 ou 8/8h 1g
Meningite: 225-300 mg/kg/dia de 4/4 ou
de 6/6h Adultos: 2g/dose 4/4 ou 6/6h
Ceftazidima 75-150 mg/kg/dia de 8/8h EV 1fr =1g
3a Geração Adultos:1-2g/dose de 8/8h
Fibrose Cística: 200mg/kg/dia 6/6h
Ceftriaxona 50-100 mg/kg/dia de 12/12h ou 1x/dia EV EV 1fr=500mg Para fazer IM diluir 1g em 3,5 ml
3a Geração Adultos: 1g/dose 1x/dia IM ou 1g de lidocaína 1%
Meningite: 100 mg/kg/dia de 12/12h IM 1fr=250,
Adultos: 2g/dose de 12/12h 500mg ou 1g Oftalmia neonatal: 25-50mg/kg
Gonorréia não complicada: 125mg IM (máx 125mg) IM dose única
dose única
Cefepime 100-150 mg/kg/dia de 8/8 ou 12/12h EV IM 1fr= 1g ou 2g
4a Geração Adultos: 1-2g/dose
Infecções graves, neutropenia febril,
meningite ou Fibrose cística:
150mg/kg/dia de 8/8h
Adultos: 2g de 8/8h
ITU: 50mg/kg/dose de 12/12h
Adultos: 500mg-1g de 12/12h
Ciprofloxacina 20-30mg/kg/dia de 8/8 ou 12/12h EV 1fr=200 ou 400 mg Ver abaixo as situações
Adultos: 200-400mg dose onde pode ser utilizada
Fibrose Cística: 40mg/kg/dia em crianças
20-40mg/kg/dia 12/12h VO 1cp=250 ou 500mg
Adultos: 250- 750 mg/dose
Claritromicina 15 mg/kg/dia de 12/12h EV VO 5ml=125 ou 250mg
Adultos: 250-500mg/dose 1cp=250 ou 500 mg
1 fr= 500mg ou 1g
Clindamicina Infecções leves a moderadas: 20-30 EV 1fr=300, 600 ou 900 mg
mg/kg/dia de 8/8h
Adultos: 600 - 900mg/dose
Infecções graves, Fasceíte
necrotizante: 40mg/kg/dia de 6/6 ou 8/8h
Máximo 2,7g/dia
Infecções leves a moderadas: 10-25 VO 1cp=300mg
mg/kg/dia de 8/8h
Adultos: 300-450mg/dose
Infecções graves: 30-40mg/kg/dia de 6/6
ou 8/8h
Máximo 1,8g/dia
Cloranfenicol 50-100 mg/kg/dia de 6/6h EV 5ml=125 ou 250mg
Adultos: 500mg - 1g/dose VO 1cp=250 ou 500mg
1fr= 500mg ou 1g
Colistina 50.000.75.000U/kg/dia de 8/8h EV 1fr=1.000.000 UI 1mg=12.500 UI
Polimixina E Adultos: > 60kg: 1.000.000- (Colomycin®) ou 1.000.000UI=80mg de
2.000.000UI/dose de 8/8h 4.500.000 (Colis- colistimetato sódico
Tek®)
Daptomicina 2-6 anos: 10mg/kg 1x/dia EV 1fr=500mg Não usar no tratamento de
> 6 anos: Infecções de pele e partes moles: pneumonias (inativada pelo
4mg/kg 1x/dia surfactante)
Bacteremia e Endocardite: 6mg/kg 1x/dia Monitorar CPK
Doxiciclina 2-4 mg/kg/dia de 12/12h ou 4mg/kg na VO 1cp=100 mg Não usar em crianças < 8 anos
primeira dose e depois 2mg/kg/ dose de
12/12h
Adultos: 100mg/dose de 12/12h ou 200mg
na 1a dose e depois 100mg/dose de 12/12h
Eritromicina 40-50 mg/kg/dia de 6/6 ou 8/8h* VO 5ml=125mg ou Profilaxia da infecção
Adultos: 250mg-500mg/dose 250mg pneumocócica em asplênicos
1cp= 250 ou 500mg alérgicos a penicilina:20mg/kg/
**Esterarato=6/6h dose de 12/12h
*Estolato=8/8h Estolato tem melhor
absorção mas não é
recomendado para
gestantes nem para
hepatopatas
Ertapenem 30 mg/kg/dia de 12/12h EV 1fr=1g Liberado a partir dos 3 meses
>13 anos: 1g/dose 1x/dia IM de idade
Fosfomicina Cistite não complicada: 2g dose única VO 1 envelope=3g
Cistite complicada: 2g/dia por 2 dias
>14 anos: 3g/dose
Gentamicina Dose Única Diária (DUD): EV 1fr =20, 40, 80, Preferir DUD exceto nas
3-7,5 mg/kg 1x/dia IM 160, 240 ou 280 mg contraindicações abaixo
Máximo: 240mg/dia
Se ITU: 5mg/kg Ver ajuste da dose para
Fibrose Cística: 10-12 mg/kg indivíduos obesos abaixo
Dose Tradicional:
3-7,5mg/kg/dia de 8/8h
Fibrose Cística: 3,3mg/kg/dose de 8/8h
Imipenem 60-80 mg/kg/dia de 6/6h EV 1fr = 500mg
Adultos: 500mg/dose de 6/6h IM
Infecções graves: 100 mg/kg/dia de 6/6h
Máximo 1g/dose
Levofloxacina Não liberado para < 18 anos VO 1cp=250 ou 500mg Esquema Tb MDR: 7,5-
Adultos: 500- 750mg/dose 1x/dia EV 1amp=250 ou 10mg/kg/dose em pacientes <
ITU: 250mg/dose 1x/dia 500mg 20kg
Lincomicima 10-20 mg/kg/dia de 8/8 ou 12/12h EV 1fr=300 ou 600 mg
Adultos: 600mg-1g/dose
10-20mg/kg/dia de 12/12h ou 1x/dia IM 1fr=300 ou 600 mg
Adultos: 600mg/dose
30-60 mg/kg/dia de 6/6 h ou de 8/8h VO 1cp=500 mg ou
Adultos: 500mg/dose 5ml=250mg
30mg/kg/dia de 8/8h EV 1cp=600mg Liberado a partir dos 3 meses
> 12 anos: 20mg/kg/dia de 12/12h VO 1fr= 600mg de idade
Adultos: 600mg/dose
60 mg/kg/dia de 8/8h EV 1fr= 500mg ou 1g
Adultos: 500mg - 1g/dose
Infecções graves, Meningite:
120 mg/kg/dia de 8/8h
Adultos: 2g/dose
Metronidazol Dose de ataque: 15mg/kg/dose (Máx 1g) EV 1cp=250, 400 ou Giardíase e Amebíase: vide doses
Após: 7,5mg/kg/dose de 6/6 ou 8/8h VO 500mg de antiparasitários
Adultos: 500mg/dose de 6/6 ou 8/8h VO 1ml=40mg
Colite Pseudomembranosa: 30mg/kg/dia EV 100ml=500
VO de 6/6h por 7-10 dias mg
Adultos: 250mg/dose VO de 6/6h ou
500mg/dose VO de 8/8h por 10-14 dias
Minociclina 4 mg/kg/dose na primeira dose (máximo VO 1cp=100mg Não usar em crianças < 8 anos
200mg/dose) e depois 2mg/kg/dose
(máximo 100mg/dose) de 12/12h
Moxifloxacina Não liberado para < 18 anos VO 1cp=400 mg
Adultos: 400 mg/dose 1x /dia EV 1fr=400mg
Neomicina Encefalopatia Hepática: 50-100 mg/kg/ VO 1cp=250mg
dia de 6/6h
Adultos: 1g/dose de 4/4 ou 6/6h
Nitrofurantoína 5-7 mg/kg/dia de 6/6h VO 1ml=5mg Profilaxia ITU: 1-2mg/kg/ dia
Adultos: 100mg/dose de 6/6h 1cp=100mg 1x/dia (Máximo 100mg/dia)
Norfloxacina 20-30mg/kg/dia de 12/12h VO 1cp= 400mg
Adultos: 400mg/dose
Ofloxacina Não recomendado par crianças VO 1cp= 200 ou
Adultos: 200-400mg/dose de 12/12h EV 400mg
1 amp=400mg
Oxacilina 100-150 mg/kg/dia de 6/6h EV 1fr=500mg
Adultos: 500mg-1g/dose de 6/6h
Infecções graves, Endocardite:
200 mg/kg/dia de 4/4 ou 6/6h
Adultos: 2g/dose de 4/4 ou 6/6h
Penicilina G < 25kg: 600.00Ui dose única IM 1fr=600.00 ou Profilaxia de infecção
Benzatina ≥ 25kg: 1.200.00Ui dose única 1.200.00Ui pneumocócica em asplênicos
Até 10kg: 300.000Ui
de 10 a 25kg: 600.000Ui
>25kg: 1.200.000Ui
A cada 21 dias
Profilaxia secundária da Febre
Reumática:
< 25 kg: 600.000Ui
≥25 kg: 1.200.000Ui
A cada 3 a 4 semanas
Penicilina G 25.000-50.000 Ui/kg/dia de 12/12h IM 1fr=400.000UI
Procaína Crianças >8kg e Adultos: 400.000Ui/dose
Penicilina G Erisipela: 75.000-150.000 Ui/kg/dia de EV 1fr= 1 milhão Ui
Cristalina 6/6h 1fr= 5 milhões Ui
Adultos: 1-2 milhões de Ui de 6/6h 1fr= 10 milhões Ui
Pneumonia: 100.000 -200.000 Ui/kg/ dia
de 6/6h
Adultos: 1,5-3 milhões de Ui de 6/6h
Meningite: 400.000 Ui/kg/dia de 4/4h
Adultos: 4 milhões de Ui de 4/4h
Endocardite: 200-300.000 Ui/kg/dia de
4/4h
Adultos: 2-5 milhões de Ui de 4/4h
Síndrome do Choque Tóxico: 100.000-
250.000 Ui/kg/dia de 4/4h
Adultos: 4 milhões de Ui de 4/4h
Penicilina V 25-50 mg/kg/dia de 6/6h ou 8/8h VO 5ml=400.000Ui=250mg Profilaxia de
Adultos: 250-500mg/dose de 12/12h 1cp=500.000U infecção
Faringoamigdalite: 1.600U=1mg pneumocócica em
25-50 mg/kg/dia de 6/6h por 10 dias 125mg=200.000U asplênicos
Adultos: 250mg de 6/6h ou 500mg de
<15kg: 125mg de
12/12h por 10 dias
12/12h
15-25kg: 250mg de
12/12h
> 25 kg: 500mg de
12/12h
Profilaxia secundária
Febre Reumática:
< 25 kg: 125mg de
12/12h
>25 kg: 250 mg de
12/12h
Piperacilina/ < 2 meses: 400mg/kg/dia de 6/6h* EV 1fr = 2,25g (2g de * Calculo baseado em
Tazobactan 2-9 meses: 240mg/kg/dia de 8/8h* Piperacilina + 250mg de mg de Piperacilina
> 9 meses: 300mg/kg/dia de 8/8h* Tazobactan)
Adultos: 4,5 g/dose de 6/6 ou 8/8h 1fr= 4,5 g (4g de Piperacilina
Fibrose Cística: 240-400mg/kg/dia de + 500mg de Tazobactan)
8/8h
Polimixina B <2 anos: 15.000-40.000Ui/kg/dia de EV 1fr= 500.000UI Não tem excreção
12/12h 1mg=10.000UI renal e portanto não
>2 anos: 15.000-25.000 Ui/kg/dia de deve ser utilizado no
12/12h tratamento de ITU
Máximo 2.000.000 Ui/dia
Quinoprustin- 22,5mg/kg/dia de 8/8h * EV 1fr=150mg Quinoprustin + * Cálculo baseado em
Dalfopristin 350mg de Dalfoprustin mg da soma dos
componentes
Rifampicina Dose para outras infecções que não VO 1cp= 300mg
tuberculose: 20mg/kg/dia de 12/12h 5ml=100mg
Sulfametoxazol/ 8-12 mg/kg/dia de TMP de 12/12h EV EV: 5ml=400mg de Profilaxia Pneumocistose:
Trimetoprim Adultos: 160mg de TMP/dose de 12/12h VO SMZ/80mg de TMP 5mg/kg/dia de TMP de 12/12h,
Pneumocistose: 15-20 mg/kg/dia de TMP VO: 1cp=400mg 3 x/ semana
de 6/6h SMZ/80mg TMP
Profilaxia ITU em crianças:
Infecções por S.maltophilia: 4mg/kg/ 1cp F=800mg
2mg//kg/dose de TMP 1x/dia,
dose de TMP de 8/8h ou 12/12h SMX/160mg TMP
diariamente
Adultos: 160mg/ dose de TMP de 8/8h ou 5ml=200mg
Máximo 160 mg de TMP 1x/dia
12/12h SMX/40mg TMP
Teicoplanina Infecções graves: 10 mg/kg/dose de EV 1fr= 200 ou 400mg Em indivíduos acima de 85 kg,
12/12h nas 3 primeiras doses e após 10 IM utilizar a dose de 6 mg/kg
mg/kg 1x/dia
Adultos: 6mg/kg/dose (máx 400mg) de
12/12h nas 3 primeiras doses e após 6mg/
kg 1x/dia
Infecções moderadas: 10 mg/kg/dose de
12/12h nas 3 primeiras doses e após 6
mg/kg 1x/dia
Adultos: 6 mg/kg no 1º dia e após 3mg/kg
(máx 200mg) 1x/dia
Tianfenicol 30-50mg/kg/dia de 6/6 ou 8/8h VO 1cp=500mg
Adultos: 500mg-1g/dose de 6/6 ou 8/8h EV 5ml=125mg
1fr=250 ou 750mg
Tigeciclina Uso Off-label para crianças EV 1fr=50mg
Dose inicial: 1,5mg/kg
Após: 1mg/kg/dose de 12/12h
Adultos: Dose inicial de 100mg, e após
50mg/dose
Tobramicina Dose Única Diária (DUD): EV 1fr=75 ou Sempre preferir DUD exceto nas
3-7,5 mg/kg 1x/dia IM 150 mg contraindicações abaixo
Máximo: 300mg/dia Ver ajuste da dose para indivíduos
Se ITU: 5mg/kg obesos abaixo
Fibrose Cística: 10-12 mg/kg
Dose Tradicional: Nebulização: 40-80 mg de 8/8h ou
3-7,5mg/kg/dia de 8/8h 12/12h
Fibrose Cística: 3,3mg/kg/dose
Vancomicina 40mg/kg/dia de 6/6h EV 1fr=500mg Via Oral na Colite
Adultos: 1g/dose de 12/12h Pseudomembranosa APENAS após
Meningite: 60mg/kg/dia de 6/6h falha do Metronidazol: 40mg/kg/dia
Adultos: 500-750mg/dose de 6/6h de 8/8 ou 6/6h por 7-10 dias
Adultos: 500mg-2g/dia de 6/6h

SITUAÇÕES ONDE NÃO SE RECOMENDA O USO DE AMINOGLICOSÍDEOS EM DUD:

- ClCr <20 ml/min


- Função renal instável
- Insuficiência renal moderada a grave e diálise
- Uso de AG para sinergismo (endocardite por Enterococo ou S.viridans)
- Condições que alteram farmacocinética:
- Queimadura >20% SCT
- Gestantes
- Lactantes
- Ascite ou outro terceiro espaço significativo
- Instabilidade hemodinâmica

AJUSTE DE DOSE DE AMINOGLICOSÍDEOS PARA INDIVÍDUOS OBESOS:


- O peso para cálculo da dose deve ser obtido da seguinte forma:
- Peso ajustado= Peso ideal + 0,4 (peso atual - peso ideal)
DOSES DE ANTIFUNGICOS EM PEDIATRIA

Droga Dose para Crianças Via Observações


Cetoconazol Idade <2 anos: 3,3-6,6 mg/kg 1x/dia VO
Idade >2 anos: 5-10 mg/kg 1x/dia
Dose máxima: 200mg/dia para candidíase cutâneo
mucosa, pitiríase versicolor ou dermatofitoses e 400mg/dia
para micoses sistêmicas
Fluconazol Candidíase orofaríngea e Dermatofitoses: VO Profilaxia em neutropênicos pós TMO
3mg/kg 1x/dia EV Alogênico: 6mg/kg/dia no máximo de
Dose máxima:100mg/dia 400mg/dia
Candidíase esofágica e ITU por cândida:
3-6 mg/kg 1x/dia Na neurocriptococose é indicada apenas em
Dose máxima:200-400mg/dia quadros menos graves ou na intolerância a
Candidíase invasiva: 12mg/kg 1x/dia Anfotericina B
Dose máxima: 800mg no 1º dia e após 400mg/dia
Neurocriptococose e Histoplasmose de SNC: A formulação EV já vem diluída na
6-12mg/kg 1x/dia concentração de 2mg/ml
Dose máxima:400mg/dia Infundir em 1-2 horas
Voriconazol 9mg/kg/dose de 12/12h EV Liberado a partir dos 2 anos de idade
Máximo 350mg/dose Diluição: 0,5-5mg/ml de SF0,9% ou SG5%
Infundir em 1-2 horas (máximo 3mg/kg/hora)
Não se recomenda dose de ataque nos
pacientes pediátricos
9mg/kg/dose de 12/12h VO
Máximo 200mg/dose
Itraconazol Pb Micose: 5-10mg/kg 1x/dia (ajustar a VO A capsula de Itraconazol não deve ser aberta
dose não abrindo a capsula) nem diluída pois perde a eficácia
Dose máxima: 200mg/dia
Dermatofitoses e Pitiríase Versicolor: Profilaxia de Aspergilose em pacientes com
3-5mg/kg/ dia. Doença Granulomatosa Crônica: 5mg/kg/dia 1x/dia
Dose máxima:100mg/dia no máximo de 200mg
Histoplasmose pulmonar aguda ou
disseminada ou Aspergilose: O Itraconazol não pode ser utilizado
5-10 mg/kg/dia (máximo 200mg) de 8/8h conjuntamente com: astemizol, antiácidos e
por 3 dias e após 5-10 mg/kg/dia de bloqueadores de receptor H2, barbituricos,
12/12h ciclosporina, didanosina, digoxina,
Histoplasmose pulmonar crônica: 5-
fentanil, fenitoína, rifampicina, cisaprida e
10mg/kg 1x/dia
terfenadina.
Dose máxima:200-400mg/dia
Anfotericina B 0,3-1,0 mg/kg 1x/dia EV Diluir apenas em SG5% na concentração de 0,1mg/ml
Deoxicolato Dependendo da gravidade e do sitio da e infundir em 6 horas
infecção
Dose máxima: 50mg
Anfotericina B 3-5 mg/kg 1x/dia EV Diluir apenas em SG5% na concentração de 0,2mg/ml
Lipossomal Meningite por Criptococo: 6mg/kg/dia (0,5mg/ml se restrição hídrica) e infundir em 2 horas
(Amb-L) Leishmaniose visceral: 3 mg/kg/dia por (até 1 hora se bem tolerado)
7 dias, ou 4 mg/kg/dia por 5 dias
(Recomendação do Ministério da Saúde)
Anfotericina B 5 mg/kg 1x/dia EV Diluir apenas em SG5% na concentração de 1mg/ml
Complexo Lipídico (0,5mg/ml se restrição hídrica) e infundir em 2 horas
(ABLC)
Anfotericina B 3-4mg/kg 1x/dia EV Iniciar com 1mg/kg e aumentar conforme tolerância
Dispersão Coloidal Casos graves até 6mg/kg/dia Diluir apenas em SG5% na concentração de
(ABCD) 0,625mg/ml e infundir a 1-2mg/kg/hora
Nistatina Lactente: 1ml em cada lado da boca de VO 1ml/100.000UI
6/6h Orientar bochechar e deglutir
Crianças: 4-6ml em cada lado da boca de
6/6h
Anidulafungina 0,75-1,5mg/kg 1x/dia EV Estudos em crianças a partir dos 2 anos de idade
Doses máximas: Diluir a 0,77mg/ml (Sf0,9% ou SG5%) e infundir em 90-180
Candidemia: DA= 200mg e DM=100mg min
Candidíase esofágica: DA= 100mg e
DM=50mg
Caspofungina Candidemia: EV Liberado a partir dos 3 meses de idade
Dose de Ataque= 70mg/m2 (máximo Diluição: 0,2-0,5mg/ml apenas de SF0,9%
70mg) Infundir em 1-2 horas
Dose de Manutenção= 50mg/m2 1x/dia
(máximo 50mg)
Candidíase esofágica: 50mg/m2 1x/dia
(máximo 50mg)
Micafungina Candidemia:4-12 mg/kg 1x/dia EV Diluição: 0,5-1,5mg/ml de SF0,9% ou SG5%
Dose máxima: 100mg Infundir em 1 hora
Candidíase esofágica: dose máxima
150 mg
5-Flucitosina 100-150mg/kg/dia de 6/6h VO Uso em associação com a Anfotericina na neurocriptococose
ou meningites por cândida
Griseofulvina 10-20mg/kg/dia de 12/12h VO Melhor absorção com alimentos gordurosos
Máximo 2g/dia
Terbinafina 5mg/kg 1x/dia VO
<20kg: 67,5mg/dose
20-40kg: 125mg/dose
>40kg: 250mg/dose
DOSE ACUMULADA DE ANFOTERICINA B

Patologia Dose total Anfo B


Esporotricose 2-2,5g ou 1-2g depois trocar para Itraconazol VO
Histoplasmose 2,0-2,5g
30-35mg/kg (40mg/kg na forma disseminada, em imunocomprometidos ou
acometimento do SNC)
Blastomicose 2g
Calazar Crianças: 15-25mg/kg (máximo 3g)
Leishmaniose cutânea 1,2-1,8g
PB micose 1,5-2,0g
Criptococose disseminada de SNC 2,0-3,0g
DOSES DE ANTIVIRAIS EM CRIANÇAS

Droga Via Dose Observações


Aciclovir EV Herpes neonatal: 60mg/kg/dia de 8/8h por 14-21 dias 1fr=250mg
Encefalite herpética: 60mg/kg/dia de 8/8h por 14-21
Espectro: dias Diluição: 2,5-5mg/ml (até 7mg/ml
HSV 1 e 2 Herpes Mucocutâneo em imunodeprimidos: 15- em pacientes com restrição
VZV 30mg/kg/dia de 8/8h por 7-14 dias hídrica) de SF0,9% ou SG5%
EBV HSV genital 1º episódio: 15mg/kg/dia de 8/8h por 5-7 Infundir em 1 hora
dias
Varicela ou Herpes Zoster: 1500mg/m2/dia de 8/8h Em pacientes obesos calcular a
Dose máxima: 3,2g/dia dose pelo peso ideal
Tempo de tratamento:
Varicela em imunodeprimidos: 7-10 dias ou até que não
surjam novas lesões por 48 horas / Varicela em
imunocompetentes*: 5 dias
Zoster em imunodeprimidos: 7-14 dias
Zoster em imunocompetentes*: 5-7 dias
*vide abaixo as indicações de tratamento
VO Herpes Mucocutâneo no imunodeprimido: 1cp=200mg
40mg/kg/dia de 6/6h por 7-14 dias (máximo 1g/dia) 1cp=400mg
HSV genital 1º episódio: 40-80mg/kg/dia de 8/8h ou Profilaxia pós exposição à
6/6h por 5-10 dias (máximo 1,0-1,2g/dia) varicela em suscetíveis:
Herpes Mucocutâneo primário (gengivoestomatite): 40mg/kg/dia VO de 6/6 máximo
15mg/kg/dose 5x/dia por 7 dias reduz a duração das 800mg/dose. Iniciar entre o 7º e o
lesões em 6 dias e da febre em 2 dias desde que 9º dia após a exposição,
iniciado nas primeiras 72h de febre mantendo até o 14º dia
Varicela ou Herpes Zoster no imunocompetente*: Apenas se houver
80mg/kg/dia de 6/6h indisponibilidade da
Dose Máxima: 3,2g/dia para varicela e 4g/dia para H. Imunoglobulina anti VZV
Zoster
Tempo de tratamento: Prevenção da reativação do
Varicela: 5 dias HZV após TMO (CDC):
Herpes Zoster: 5-7 dias 250mg/m2/dose EV de 12/12h ou
*vide abaixo as indicações de tratamento 200mg VO de 8/8h. Iniciar no
condicionamento e manter até a
“pega“ da medula ou resolução da
mucosite

Amantadina VO Crianças <10 anos: 5mg/kg/dia de 12/12h (máximo 1cp=100mg


Mantidan ® 150mg/dia)
Espectro: Dose adultos: 100mg/dose de 12/12h ou 200mg 1x/dia
Influenza A Tempo de tratamento=3-5 dias
Cidofovir EV Indução: 5mg/kg 1x/semana por 2 semanas 1fr=5ml=375mg (75mg/ml)
Vistide ® Manutenção: 5mg/kg a cada 2 semanas Indicado em infecções por HSV ou
Espectro: Sempre associar Probenecida: 2-3g VO antes da dose do CMV resistentes a outras opções
HSV Cidofovir, 1g 2h após e 2 g 8h após o término da infusão Diluir 1 fr em 100ml e infundir em
CMV e VZV 1h
Fanciclovir VO Sem uso em crianças Pró Droga do Penciclovir
Penvir ® HSV genital 1º episódio: 250 mg de 8/8h por 7-10 dias 1cp=125mg
Famvir® HSV genital recorrência: 125 mg de 12/12h por 5 dias ou 1cp=250mg
Espectro: 1g de 12/12h por 1 dia
HSV 1 e 2 Herpes Mucocutâneo em imunossuprimidos: 500mg de
VZV 12/12h por 5-10 dias
Varicela: 500mg de 8/8 horas por 5-7 dias
H. zoster: 500mg de 8/8h por 7-10 dias
Foscarnet EV Indicado em infecções por HSV ou CMV refratários a outras
1fr= 600mg/ 250ml ou
Espectro: opções terapêuticas 1fr=1,2g/500ml
CMV CMV Indução: 180mg/kg/dia de 8/8h ou 12/12h por 14-21(já vem diluído na concentração
HSV dias de 24mg/ml)
VZV CMV Manutenção: 90-120mg/kg/dia 1x/dia Diluição: em SF0,9% ou SG5%
HSV: 40mg/kg/dose de 8/8h ou 12/12h por 14-21 dias ≤12mg/ ml em veia periférica e
≤24mg/ml em veia central
Infundir em 2h ou mais
(1mg/kg/min)
Ganciclovir EV CMV congênito sintomático: 12mg/kg/dia de 12/12h por 1fr=500mg
Cymevene® 6 semanas Diluição: 5mg/ml (até 10 mg/ml
Espectro: CMV Indução: 10mg/kg/dia de 12/12h por 14-21 dias em pacientes com restrição hídrica)
CMV CMV Manutenção: 5mg/kg 7x/semana ou 6mg/kg de SF0,9% ou SG5%
HHV6 5x/semana ou 10mg/kg 3x/semana (crianças com HIV) Infundir em 1 hora
Infecção por HHV6 em imunossuprimidos: 10-20
mg/kg/dia de 12/12h
Oseltamivir VO < 15kg=30mg/dose de 12/12h 1cp=75mg
Tamiflu ® 15-23kg =45mg/dose de 12/12h Xarope 12mg/ml
Espectro: 24-40 kg=60mg/dose de 12/12h Em profilaxia usar a mesma dose,
Influenza A e B >40kg= 75mg/dose de 12/12h 1x/dia por 10 dias.
Tempo de Tratamento: 5 dias
Iniciar nas primeiras 36-48h de sintomas
Ribavirina VO ≥ 3anos:15mg/kg/dia de 12/12h 1cp=100mg
Virazole ® 25-36kg: 200mg/dose de 12/12h 1cp=250mg
Espectro: HCV 36-49kg:200mg manhã e 400mg á noite Solução:10m/ml
VSR 49-61kg:400mg/dose de 12/12h
Rimantadina VO 1-9 anos: 5mg/kg/dia 1x/dia
Espectro: ≥10 anos: 5mg/kg/dia de 12/12h
Influenza A Dose máxima: 100mg/dose de 12/12h
Valaciclovir VO Varicela*: 20mg/kg/dose de 8/8h (máximo 1g/dose) por Pró Droga do Aciclovir
Valtrex ® 5 dias *vide abaixo as indicações de tratamento 1cp=500mg
Espectro: Herpes Zoster*: 20mg/kg/dose de 8/8h (máx 1g/dose) Liberado para crianças acima de 2
HSV 1 e 2 7-10 d. anos
VZV Adultos:
Herpes labial: 2g de 12/12h por 1 dia Relatos de uso em Mononucleose
HSV genital 1º episódio: 1g de 12/12h por 7-10 dias em adolescentes muito
HSV genital recorrência: 500mg de 12/12h por 3-5 dias sintomáticos: 1g de 8/8 horas por
Herpes Mucocutâneo em imunossuprimidos: 1g de 14 dias
12/12h por 5-10 dias
Varicela: 1g de 8/8h por 5-7 dias
Herpes zoster: 1g de 8/8 horas por 7-10 dias
Valganciclovir VO CMV congênito: 16mg/kg/dose de 12/12h por 6 Pró Droga do Ganciclovir
Valcyte® semanas 1cp=450mg
Espectro: CMV CMV Indução: 520mg/m2/dose de 12/12h (máx Solução: 45mg/ml
900mg/dose) por 14-21 dias
CMV Manutenção: 520mg/m2/dose 1x/dia (máx
900mg/dose)
Zidovudina VO Crianças: 180mg/m2/dose de 12/12h (máx 300mg/dose) 1cp=100mg
≥ 4kg-9kg: 12mg/kg/dose de 12/12h 1ml=10mg
9kg-30kg: 9mg/kg/dose de12/12h
RNs: 4mg/kg/dose de 12/12h
EV Crianças: 120mg/m2/dose de 6/6h RNs: 1,5mg/kg/dose de 6/6h

* Na maiorias das vezes é o tratamento antiviral em crianças com Herpes Zoster é desnecessário. O tratamento do
Herpes Zoster em crianças está indicado nas seguintes situações:
- Pacientes Imunodeprimidos
- Acometimento do ramo oftálmico do nervo trigêmeo ou do gânglio geniculado do nervo facial (Síndrome de
Ramsay-Hunt). A síndrome de Ramsay Hunt é a combinação de lesões cutâneas do canal auditivo externo com o
desenvolvimento ipsilateral da face e nervos auditivos. A síndrome causa paralisia facial, deficiência auditiva,
vertigem e diversos outros sintomas auditivos e vestibulares
- Quadros muito extensos e/ou com dor associada

* O tratamento antiviral da varicela em indivíduos imunocompetentes está indicado nas seguintes situações:
- Portadores de doenças pulmonares ou cutâneas crônicas
- Pacientes em uso crônico de salicilatos e corticosteroides
- Considerar fortemente o tratamento antiviral em adolescentes > 12 anos e adultos pois este grupo etário
apresenta uma maior percentagem de complicações relacionadas ao próprio vírus como pneumonite e encefalite.
Nestas situações tratamento antiviral deve ser iniciado dentro de 24 horas do início das lesões.
Agente Mecanismo de Ação Efeitos adversos
Aciclovir Convertido a Aciclovir monofosfato pela timidina Nefrotoxicidade principalmente se infusão
quinase viral e em seguida é convertido a rápida.
Aciclovir trifosfato por outras enzimas celulares. Cristalúria (se uso em altas doses ou
O Aciclovir trifosfato inibe a síntese de DNA e a disfunção renal), náuseas e vômitos,
replicação viral por competir com a neurotoxicidade (agitação, confusão,
deoxiguanosina trifosfato pela DNA polimerase alucinações, convulsão e coma) em altas
viral. doses ou se disfunção renal.
Tromboflebite relacionada à infusão
Cidofovir É convertido em Cidofovir difosfato, o metabólito Cefaleia, febre, calafrios, náuseas, vômitos,
ativo que inibe a síntese do DNA suprimindo a diarréia, anorexia, nefrotoxicidade,
replicação viral. proteinúria, redução da pressão intra ocular,
uveíte anterior, anemia e neutropenia, acidose
metabólica, astenia
Famciclovir Convertido a Penciclovir pelas esterases situadas Cefaleia, náuseas, vômitos, anorexia.
na parede intestinal, sangue e fígado. O
Penciclovir é fosforilado pela timidina quinase
viral e convertido a penciclovir trifosfato que
compete c/ a deoxiguanosina trifosfato inibindo a
síntese de DNA e a replicação viral
Foscarnet Inibe não competitivamente a RNA e DNA Nefrotoxicidade, hipo Ca, hipo Mg, hipo K,
polimerase virais. Não requer ativação pela hipofosfatemia, náuseas, vômitos, diarreia e
timidina quinase. anorexia, febre, cefaleia e convulsões,
tromboflebite
Ganciclovir É fosforilado a um substrato que inibe Nefrotoxicidade, febre, diarreia, vômitos e
competitivamente a ligação da deoxiguanosina anorexia, neutropenia, plaquetopenia e
trifosfato a DNA polimerase viral. anemia, confusão mental e tromboflebite
relacionada à infusão
Oseltamivir Inibidor compet. da neraminidase do Influenza A
e B.
Valaciclovir Convertido a Aciclovir pelo metabolismo hepático Náuseas, vômitos, cefaleia e dor abdominal,
e intestinal. (vide Aciclovir). neutropenia, elevação de TGO e TGP,
cristalúria (se uso em altas doses ou disfunção
renal), neurotoxicidade (agitação, confusão,
alucinações, convulsão e coma) em altas
doses ou disfunção renal, púrpura
trombocitopênica trombótica ou síndrome
hemolítico-urêmica em pacientes com AIDS
avançado os após TMO
Valganciclovir Pró-droga do Ganciclovir com boa Neutropenia, ↓ plaqueta, anemia e confusão
biodisponibilidade VO mental
DOSES DE ANTIPARASITARIOS EM CRIANCAS

Parasita Escolha Alternativa Repetição


Ancilostomíase Mebendazol: 100mg de 12/12h por Albendazol: 400mg DU Após 15-21
3 dias dias

Ascaridíase Mebendazol: 100mg de 12/12h por Levamisol: < 7 anos=80mg Após 30-60
3 dias > 7 anos=150mg DU dias
Albendazol: 400mg DU Pamoato de Pirantel 11mg/kg DU (Máx
1g)
Ivermectina DU (ver dose por peso
abaixo)
Enterobíase ou Mebendazol 100mg DU Pamoato de Pirvínio 10mg/kg DU (Màx Após 2
Oxiuríase 600mg) semanas
Albendazol 400mg DU
Estrongiloidíase Ivermectina por 1-2 dias Tiabendazol 50m/kg/dia de 12/12 por 2 Após 15-21
(ver dose por peso abaixo) dias (Máx 3g/dia) dias
Na forma disseminada ou no Cambendazol 5mg/kg DU (Máx 360mg)
Imunossuprimido: 5-7 dias Albendazol 400mg/dia por 3 dias
Toxocaríase Albendazol 15mg/kg/dia de Tiabendazol 50m/kg/dia de 12/12 por 5
12/12h por 3-5 dias (Máx 400mg dias(Máx 3g/dia)
de 12/12h) Mebendazol 200mg de 12/12h por 5
Forma ocular: tratar por 2 dias
semanas e acrescentar Prednisona
Tricocefalíase Mebendazol 100mg de 12/12h por Albendazol 400mg/dia por 3 dias Após 2
ou Tricuríase 3 dias semanas

Himenolepíase Praziquantel 25mg/kg DU Niclosamida: 2-8 anos=1g/dia por 5 Após 20-30


dias dias
>8 anos= 2g/dia por 5
dias
Em jejum
Teníase Praziquantel 5-10 mg/kg DU (Máx Albendazol 400mg/dia por 3 dias
600mg) Mebendazol 200mg de 12/12h por 3
dias
Niclosamida: 2-8 anos=1g DU
>8 anos= 2g DU
Em jejum dividido em 2 tomadas com
intervalo de 1h entre elas
Esquistossomose Praziquantel: crianças=70mg/kg Oxamniquine: crianças= 20mg/kg DU
DU Adultos=15mg/Kg DU
Adultos=50-60 (Máx 1g)
mg/kg DU 1h após as refeições, dividido em 2
Dividir em 2 tomadas com tomadas com intervalo de 1 hora
intervalo de 1 hora
Giardíase Metronidazol 15mg/kg/dia de 8/8h Secnidazol 30mg/kg DU (Máx 2g) Após 15-21
por 5-7 dias (Máx 750mg/dia) Nitazoxanida 7,5mg/kg/dose de dias
Tinidazol 50mg/kg DU (Máx 2g) 12/12h por 3 dias (Máx 500mg/dose)
Albendazol 400mg/dia por 5 dias
Amebíase Metronidazol 50 mg/kg/dia de Secnidazol 30mg/kg DU (Máx 1g) Após 20 dias
Intestinal 8/8h por 10 dias (Máx Tinidazol 50mg/kg (Máx 2g) por 2-3
750mg/dose) dias
Criptosporidíase Nitazoxanida 7,5mg/kg/dose de
12/12h por 3 dias (Máx
500mg/dose)
Larva migrans Tiabendazol tópico: pomada 10 ou Quadros muito extensos ou refratários
cutânea 15%: aplicar 4-6 vezes ao dia por ao tratamento tópico
5-10 dias Albendazol 400mg/dia por 5 dias
Ivermectina DU (ver dose por peso
abaixo)
Tiabendazol 50mg/kg/dia de 12/12h
por 2-5 dias
Escabiose Ivermectina DU (ver dose por peso abaixo) Repetir após
Refratária ao 10-14 dias
tratamento
tópico
OBSERVAÇÕES:
DU= dose única
Albendazol só deve ser usado em maiores de 2 anos
Dose Ivermectina: 15-24 kg: ½ cp 25-35 kg: 1 cp 36-50 kg: 1½ cp 51-65 kg: 2 cp 66-79 kg: 2½ cp
>80 kg: 200mcg/kg
A. Superinfestação por Áscaris
1. Solicitar: Radiografia de abdome simples e ortostático, eletrólitos e gasometria.
2. Jejum
3. Hidratação endovenosa (reparação ou manutenção mais perdas)
4. Sonda naso-gástrica em drenagem
5. Óleo mineral (passar por SNG): - Crianças pequenas (até 2 anos): 50 ml 2X com intervalo de 30 min entre as
doses
- Crianças maiores: 50 ml 3X com intervalo de 30 min entre as doses
6. Anti-helmíntico de amplo espectro (após a eliminação do óleo pelo anus)
- Crianças < 2 anos: Mebendazol 100 mg de 12/12h por 3 dias.
- Crianças > 2 anos: Albendazol 400mg dose única ou Mebendazol
Importante: cuidado na administração do óleo mineral pelo risco de aspiração e pneumonia lipóide. Administrar
preferencialmente por sonda naso entérica. Não usar em crianças menores de um ano e naquelas com distúrbios
de deglutição

B. Neurocisticercose
Praziquantel 50-100 mg/kg/dia de 8/8h por 15-30 dias ou
Albendazol 15-25 mg/kg/dia de 12/12h por 8 dias (máx 800mg/dia)
Cursos mais longos são necessários para lesões múltiplas ou de localização subaracnóidea.
Atenção: Associar Dexametasona 0,6mg/kg/dia (adultos 12-15mg) antes do inicio do Anti-helmíntico para reduzir
a resposta inflamatória conseqüente à morte dos cisticercos, manter por 3-5 dias. Associar anticonvulsivante
profilático (Fenitoína)

C. Amebíase Hepática:
Crianças: Metronidazol: 35-40 mg/kg/dia 8/8h EV por 10 dias (Pode-se passar para VO assim q houver melhora
clínica) ou
Secnidazol: 50 mg/kg/dia 1x/dia por 2-5 dias ou Tinidazol 50-60 mg/kg/dia 1x/dia por 3-5 dias
Adultos: Metronidazol: 750 mg EV de 8/8h por 10 dias ou Secnidazol: 2g/dia 1x/dia por 2-5 dias
APRESENTACAO DOS ANTIPARASITARIOS

Droga Apresentação
Albendazol 400 mg/10 ml
1cp=400 mg
Cambendazol 6mg/ml
1cp=180mg
Exelmin®: 30 ml=150 camben+ 400 mebenda; 1cp=75 camben+200 mebenda
Ivermectina 1cp=6mg
Levamisol 80mg/30 ml
1cp=80 ou 150 mg
Mebendazol 100mg/5 ml
1cp=100mg
Metronidazol 40mg/ml
1cp=250mg ou 400mg
Niclosamida 1cp=500mg
Nitazoxanida 20mg/1 ml
1cp=500mg
Oxamniquine 50mg/ml
1 cp = 250mg
Pamoato de Pirantel 5 ml/250mg
1cp=250mg
Pamoato de Pirvínio 1 ml/10mg
1cp=100mg
Praziquantel 1cp= 150 mg ou 500 mg
Secnidazol 30mg/ml
1cp=500mg ou 1g
Tiabendazol 5 ml/250mg
1cp=500mg
Helmiben®: 5ml=166mg tiabenda + 100mg mebenda; 1cp (NF)= 332mg tiabenda + 200mg mebenda
Tinidazol 100mg/ml
1cp=500mg
EFICÁCIA DOS ANTIPARASITÁRIOS

Pamoato
Infecção Mebendazol Albendazol de Levamisol Tiabendazol Praziquantel Ivermectina Nitoxanida
Pirantel
Ascaridíase > 85% > 85% > 85% > 85% 60 a 85% Não atua 100% 95%
60 a
Ancilostomíase > 85% > 85% 60 a 85% 60 a 85% Não atua Não atua 96%
85%
Não
Estrongiloidiase < 50% < 50% < 50% > 85% Não atua 95% 94%
atua
Não
Tricuríase 60 a 85% 43 a 85% Não atua <50% Não atua Não atua 86%
atua
Enterobiose > 85% > 85% > 85% Não atua > 85% Não atua Atua 95%
Teníase e Não
Atua Atua Não atua Não atua Atua Não atua 85%
Himenoleptíase atua
Não
Giardíase Não atua 94% Não atua Não atua Não atua 94%
atua
Não
Amebíase Não atua Não atua Não atua Não atua Não atua 81%
atua
DOSES E DILUICOES EM PEDIATRIA
Droga Apresentação Soluções Injeção direta Diluição Diluição Tempo
compatíveis Padrão Máxima de
(Restrição infusão
Hídrica)
Amicacina 1fr= 100mg SG5% NÃO 2,5-5mg/ml 10mg/ml 30-60 min
1fr= 250mg SF0,9% RNs até
1fr= 500 mg 5mg/ml
Amoxicilina/ 1 Apenas SIM ---- ---- ----
Clavulanato amp=500mg/100mg SF0,9%
1 amp=1g /200 mg
Ampicilina 1fr=500mg SG5% SIM ---- ---- ----
1fr= 1g SF0,9%
Ampicilina/ 1fr =1,5g (1g / SG5% Não 10mg de 30mg de 15-30 min
Sulbactam 500mg) SF0,9% recomendado Ampicilina/ml Ampicilina/ml
1fr = 3g (2g /1g) em crianças
Aztreonam 1fr=500mg SG5% SIM ---- ---- ----
1fr= 1g SF0,9%
Cefalotina 1fr = 1g SG5% SIM ---- ---- ----
SF0,9%
Cefazolina 1fr = 1g SG5% SIM ---- ---- ----
SF0,9%
Cefuroxima 1fr=750 mg SG5% SIM ---- ---- ----
SF0,9%
Cefoxitina 1fr=1g SG5% SIM ---- ---- ----
1fr= 2g SF0,9%
Cefotaxima 1fr= 500 mg SG5% SIM ---- ---- ----
1fr= 1g SF0,9%
Ceftazidima 1fr = 1g SG5% SIM ---- ---- ----
SF0,9%
Ceftriaxona 1fr=500mg SG5% SIM ---- ---- ----
1fr= 1g SF0,9%
Cefepime 1fr= 1g SG5% SIM ---- ---- ----
1fr= 2g SF0,9%
Ciprofloxacina 1fr=200 mg Já vem NÃO Já vem diluído 60 min
1fr=400 mg diluído
Claritromicina 1 fr= 500mg SG5% NÃO 2mg/ml 5mg/ml 1-2 horas
SF0,9%
Clindamicina 1fr=300mg SG5% NÃO 6mg/ml 18mg/ml 10-60 min
1fr= 600mg SF0,9% Não ultrapassar
1fr= 900 mg 30mg/min
Cloranfenicol 1fr=1g SG5% SIM ---- ---- ----
SF0,9%
Colistina 1fr=1.000.000UI SG5% NÃO 40.000UI/ml ---- 30 min
SF0,9%
1fr=500mg Apenas NÃO 10mg/ml 20mg/ml 30min
Daptomicina
SF0,9%
1fr=1g Apenas NÃO ≤20mg/ml --- 30 min
Ertapenem
SF0,9%
Gentamicina 1fr =20, 40, 80, 160, 240 SG5% NÃO ≤1mg/ml --- 30-120 min
ou 280 mg SF0,9%
Imipenem 1fr = 500mg SG5% NÃO 5mg/ml 7mg/ml 40-60 min
SF0,9%
Levofloxacino 1amp=250mg Já vem NÃO Já vem diluído 60-90min
1amp= 500mg diluído
Lincomicina 1fr=300 mg SG5% NÃO 1fr em 100 Máximo 60 min
1fr=600 mg SF0,9% ml 10mg/ml
Neo=6mg/ml
1fr= 600mg Já vem NÃO Já vem diluído 30-120min
Linezolida
diluído
Meropenem 1fr= 500mg SG5% SIM ---- ---- ----
1fr= 1g SF0,9%
1fr=500 mg Já vem NÃO Já vem diluído 30-60min
Metronidazol
diluído
Moxifloxacino 1fr=400mg Já vem SIM Já vem diluído 60 min
diluído
Oxacilina 1fr=500mg SG5% SIM mas não 10mg/ml 40mg/ml se 15-30 min
SF0,9% recomendado em acesso central
crianças
Penicilina 1fr= 1 milhão U SG5% NÃO 50 mil Ui/ml --- 30-60 min
cristalina 1fr= 5 milhões U SF0,9%
1fr= 10 milhões U
Piperacilina/ 1fr = 2,25g (2g / SG5% Não recomendado 20 mg/mL 200 mg/mL 30-60 min
Tazobactan 250mg) SF0,9% em crianças RNs até
1fr = 4,5 g (4g / 20mg/ml
500mg)
1fr= 500.000UI Apenas NÃO 1000 UI ml 1667 UI/ml 60-90 min
Polimixina B
SG5%
Sulfametoxazol/ 1 amp= 5ml= SG5% NÃO 1 ml de 1 ml de 60-90 min
Trimetoprim 400mg SMZ SF0,9% medicação em medicação em
+80mg TMP 30ml 15ml
Teicoplanina 1fr= 200 mg SG5% SIM --- --- ---
1fr= 400mg SF0,9%
Tigeciclina 1fr=50mg SG5% NÃO 0,5mg/ml 1mg/ml 30-60 min
SF0,9%
Tobramicina 1fr=75 mg SG5% NÃO 0,75mg/ml 1,5mg/ml 30-60 min
1fr= 150 mg SF0,9%
Vancomicina 1fr=500mg SG5% NÃO 2,5mg/ml 5mg/ml 60 min
SF0,9% Máximo
10mg/min
Anfotericina B 1fr=50mg Apenas NÃO 0,1mg/ml 0,2mg/ml 6 horas
Deoxicolato SG5% apenas se
acesso central
Anfotericina B 1fr=50mg Apenas NÃO 0,2mg/ml 0,5mg/ml 2 horas
Lipossomal SG5% acesso acesso até em 1 hora se
periférico periférico bem tolerado
1mg/ml acesso 2mg/ml acesso
central central
Anfotericina B 1fr=50mg Apenas NÃO 0,625mg/ml 1-2mg/kg/hora
Dispersão Coloidal 1fr=100mg SG5%
Anfotericina B 1fr=100mg Apenas NÃO 1mg/ml 2mg/ml 2 horas
Complexo Lipídico SG5% 2,5mg/kg/hora
Anidulafungina 1fr=100mg SG5% NÃO 0,77mg/ml ---- 90-180 min
SF0,9% Não exceder
1,4ml/min
Caspofungina 1fr=50mg Apenas NÃO 0,2mg/ml 0,5mg/ml 1-2 horas
1fr= 70 mg SF0,9%
Micafungina 1fr= 50mg SG5% NÃO 0,5mg/ml 1,5mg/ml 1 hora
1fr= 100 mg SF0,9%
1fr=200mg Já vem NÃO Já vem diluído 1-2 horas
Fluconazol
diluído
Voriconazol 1fr=200mg SG5% NÃO 0,5mg/ml 5mg/ml 1-2 horas
SF0,9%

Aciclovir 1fr=250mg SG5% NÃO 4mg/ml 10mg/ml 60 min


SF0,9% RNs: máx
5mg/ml
Cidofovir 1fr=375mg/5ml Apenas NÃO 3,75mg/ml ---- 1 hora
SF0,9%
Foscarnet 1fr=6g/250ml SG5% NÃO 12mg/ml veia periférica 1mg/kg/min
1fr=12g/500ml SF0,9% 24mg/ml central
Ganciclovir 1fr=500mg SG5% NÃO 5mg/ml 10mg/ml 1-2 horas
SF0,9%
Zidovudina 1amp=200mg=10mg/ml SG5% NÃO ≤4mg/ml ---- 60min
SF0,9%
AJUSTES DAS DOSES DOS ANTIMICROBIANOS PARA CRIANÇAS COM INSUFICIÊNCIA RENAL

CORREÇÃO
CLEARANCE CLEARANCE 10 CLEARANCE
DROGA DOSE HABITUAL APÓS
50 - 80 -50 < 10
HEMODIALISE
ACIDO 13,7mg/kg/dose
CONTRAINDICADO NA INSUFICIENCIA RENAL
NALIDIXICO de 6/6h
12,5-
ACIDO
20mg/kg/dose de CONTRAINDICADO NA INSUFICIENCIA RENAL
PIPEMIDICO
12/12h
ClCr 30-50: 5-
7,5 mg/kg/dose
Dose tradicional:
NC a cada 12-18h 5-7,5 mg/kg/dose 5mg/kg/dose
5-7,5mg/kg/dose
ClCr 10-29: 5- a cada 48-72h após HD
de 8/8h
7,5 mg/kg/dose
a cada 18-24h
AMICACINA
ClCr 40-60:
15mg/ kg a cada
Dose única diária: ClCr<20: não recomendado o
36h
15 mg/kg a cada NC esquema de DUD. Preferir dose
ClCr 30-40:
24h tradicional
15mg/ kg a cada
48h
15-30mg/kg/dose
AMOXICILINA
de 8/8h ClCr > 30: NC Nos dias de HD
15-30mg/kg/dose NC ClCr 10-30: dose Dose habitual a fazer a dose
AMOXICILINA- de 8/8h habitual a cada cada 24h como para ClCr<
CLAVULANATO ITU: 6,7- 12h 10 após a sessão
13,3mg/kg/dose
CORREÇÃO
CLEARANCE CLEARANCE 10 CLEARANCE
DROGA DOSE HABITUAL APÓS
50 - 80 -50 < 10
HEMODIALISE
ClCr 30-50:
Dose diária como
dose habitual a
25- para ClCr< 10
cada 8h Dose habitual a
AMPICILINA 100mg/kg/dose de NC Nos dias de HD
ClCr <30: dose cada 12h
6/6h fazer a dose após
habitual a cada
a sessão
12h
ClCr 15-29: dose
habitual a cada Nos dias de HD
25- Dose habitual a
AMPICILINA- 12h fazer a dose
100mg/kg/dose de NC cada 24h
SUBACTAM ClCr <15: dose como para ClCr<
6/6h
habitual a cada 10 após a sessão
24h

CORREÇÃO
CLEARANCE CLEARANCE 10 CLEARANCE
DROGA DOSE HABITUAL APÓS
50 - 80 -50 < 10
HEMODIALISE
5-10mg/kg/dose
AZITROMICINA NÃO REQUER AJUSTE
1x/dia
ClCr 30-50: NC
90-120mg/kg/dia ClCr 10-29: 15- 7,5-10mg/kg a 7,5-10mg/kg a
AZTREONAM NC
de 6/6 ou 8/8h 20 mg/kg cada cada 12h cada 12h
8h
ClCr 10-29:
15mg/kg/dose de 15mg/kg a cada 15mg/kg a cada
CEFADROXIL NC 15mg/ kg a cada
12/12h 36h 24h
24h
CEFALEXINA 6,25- NC Cl 10-40: dose Dose habitual a Dose diária como
CORREÇÃO
CLEARANCE CLEARANCE 10 CLEARANCE
DROGA DOSE HABITUAL APÓS
50 - 80 -50 < 10
HEMODIALISE
para ClCr< 10
Nos dias de HD
25mg/kg/dose de habitual a cada cada
fazer
6/6h 8-12h 12-24h
a dose após a
sessão
20-40mg/kg/dose Dose habitual a Dose habitual a Dose habitual
CEFALOTINA NC
de 6/6h cada 6-8h cada 12h após HD
ClCr >30: não
16,7- requer ajuste
25mg/kg a cada 25mg/kg a cada
CEFAZOLINA 50mg/kg/dose de NC ClCr 10-29:
24h 24h
8/8h 25mg/ kg a cada
12h
50-100% da 33% da dose
20-40mg/kg/dia Dose habitual
CEFACLOR NC dose habitual a habitual a cada
de 8/8 ou 12/12h após HD
cada 8-12h 12-24h
CLCr 30-50: 20-
40 mg/kg a cada
20-40mg/kg/dose 8h 20-40mg/kg a 20-40mg/kg a
CEFOXITINA NC
de 6/6h ClCr 10-29: 20- cada 24h cada 24h
40 mg/kg a cada
12h
CLCr 30-50: não
requer ajuste
CEFUROXIMA 25-50mg/kg/dose NC 25-50mg/kg a 25-50mg/kg a
ClCr 10-29: 25-
(EV) de 8/8h cada 24h cada 24h
50mg/kg a cada
12h
CORREÇÃO
CLEARANCE CLEARANCE 10 CLEARANCE
DROGA DOSE HABITUAL APÓS
50 - 80 -50 < 10
HEMODIALISE
CEFUROXIMA 10-15mg/kg/dose 10-15mg/kg a 10-15mg/kg a
NC NC
(V0) de 12/12h cada 24h cada 24h
CORREÇÃO
CLEARANCE CLEARANCE 10 CLEARANCE
DROGA DOSE HABITUAL APÓS
50 - 80 -50 < 10
HEMODIALISE
ClCr 30-50: 35- 35-70 mg/kg a
50-200mg/kg/dia 70 mg/kg a cada cada 24h
de 6/6 ou 8/8h 8-12h 35-70 mg/kg a Nos dias de HD
CEFOTAXIMA NC
(meningite até ClCr 10-29: 35- cada 24h fazer
300mg/kg/dia) 70 mg/kg a cada a dose após a
12h sessão
ClCr 30-50:
50mg/kg a cada
50mg/ kg a cada
48h Nos dias de
25-50mg/kg/dose 12h 50mg/kg a cada
CEFTAZIDIMA NC HD fazer
de 8/8h ClCr 10-29: 48h
a dose após a
50mg/ kg a cada
sessão
24h
25-
100mg/kg/dose 50mg/kg a cada
CEFTRIAXONA NÃO REQUER AJUSTE
de 12/12 ou 24h
24/24h
50mg/kg/dose a 50mg/ kg a cada 50mg/kg a cada 50mg/kg a cada
CEFEPIME NC
de 8/8 ou 12/12h 24h 48h 24h
ClCr<30:dose
CIPROFLOXACINO 10-15mg/kg/dose Dose habitual a Dose diária como
NC habitual a cada
(EV) de 8/8 ou 12/12h cada 12-24h para ClCr< 10
12-24h
Nos dias de HD
ClCr<30:dose
CIPROFLOXACINO 10-20mg/kg/dose Dose habitual a fazer a dose após
NC habitual a cada
(VO) de 12/12h cada 24h a sessão
24h
CLARITROMICINA 7,5mg/kg/dose de NC ClCr 30-50:não 4mg/kg a cada 4mg/kg a cada
CORREÇÃO
CLEARANCE CLEARANCE 10 CLEARANCE
DROGA DOSE HABITUAL APÓS
50 - 80 -50 < 10
HEMODIALISE
requer ajuste
ClCr 10-29:
12/12h 24h 24h
4mg/kg a cada
12h
VO: 3,3-
10mg/kg/ dose de
6/6 ou 8/8h NÃO REQUER AJUSTE
CLINDAMICINA ---
EV: 6,7-10mg/kg/
dose de 6/6 ou
8/8h
12,5-25
CLORANFENICOL mg/kg/dose de NÃO REQUER AJUSTE ---
6/6h
16.666-25.000 UI/ 25.000 UI/kg 25.000 UI/kg de 25.000 UI/kg de 16.666 UI/kg
COLISTINA
kg/dose de 8/8h de 12/12h 24/24h 36/36h após HD
CORREÇÃO
DOSE HABITUAL CLEARANCE CLEARANCE 10 CLEARANCE
DROGA APÓS
50 - 80 -50 < 10
HEMODIALISE
2-6 anos:
10mg/kg/ dose ClCr 30-50:NC 4mg/kg a cada
1x/dia ClCr 10-29: 4mg/kg a cada 48h Nos dias de
DAPTOMICINA NC
> 6 anos: 4- 4mg/kg a cada 48h HD fazer a dose
6mg/kg/ dose 24h após a sessão
1x/dia
1-4mg/kg/dose de 1mg/kg a cada 1mg/kg a cada
DOXICICLINA NC NC
12/12 ou 24/24h 12h 12h
7,5-16,7mg/kg/
dose de 6/6 ou 50% da dose Dose como para
ERITROMICINA NC NC
8/8h habitual a cada 6h ClCr < 10
(30-50mg/kg/dia)
Se dose foi há
ClCr 30-50: NC
ERTAPENEM 50% da dose menos de 6h da
15mg/kg/dose de ClCr < 30: 50%
Sem dados NC habitual a cada HD, fazer 15% da
12/12h da dose habitual
para crianças 24h dose habitual
a cada 24h
após HD
FOSFOMICINA 2g dose única NÃO REQUER AJUSTE ---
CORREÇÃO
DOSE HABITUAL CLEARANCE CLEARANCE 10 CLEARANCE
DROGA APÓS
50 - 80 -50 < 10
HEMODIALISE
ClCr 30-50: 1-
2,5 mg/kg/dose
Dose tradicional 1-
a cada 12-18h 1-2,5 mg/kg/dose
1-2,5mg/kg/dose 2,5mg/kg/dose 2mg /kg após HD
ClCr 10-29: 1- a cada 48-72h
de 8/8h a cada 8-12h
2,5 mg/kg/dose
a cada 18-24h
ClCr>60: não
GENTAMICINA
requer ajuste
ClCr 40-60: 3-
Dose única diária
7,5 mg/kg a ClCr<20: não recomendado o esquema de DUD.
3-7,5mg/kg a cada
cada 36h Preferir dose tradicional
24h
ClCr 20-40: 3-
7,5 mg/kg a
cada 48h
CORREÇÃO
CLEARANCE CLEARANCE CLEARANCE
DROGA DOSE HABITUAL APÓS
50 - 80 10 -50 < 10
HEMODIALISE
ClCr 30-50: 7,5-
12,5 mg/kg a
7,5- 7,5-
15-25mg/kg/dose cada 8h 7,5-12,5mg/kg a
IMIPENEM 12,5mg/kg a 12,5mg/kg/dose
de 6/6h ClCr 10-29: 7,5- cada 24h
cada 6-8h após a HD
12,5 mg/kg a
cada 12h
≤ 5 anos: 5-
10mg/ kg/dose de
12/12h 5-10mg/ kg a 5-10mg/ kg a 5-10mg/ kg a
LEVOFLOXACINO NC
> 5 anos: 5- cada 24h cada 48h cada 48h
10mg/ kg/dose
1x/dia
3,3-10
Dose habitual a Dose habitual a
LINCOMICINA mg/kg/dose de NC
cada 12h cada 24h
8/8h ou 12/12h
10mg/kg dose de 10mg/kg de
LINEZOLIDA NÃO REQUER AJUSTE
8/8h 12/12h
ClCr 30-50: 20- 10-
40 mg/kg/dose 20mg/kg/dose a
20-40mg/kg/dose a cada 12h 10-20mg/kg/dose cada 24h
MEROPENEM NC
de 8/8h ClCr 10-29: 10- a cada 24h Nos dias de HD
20 mg/kg/dose fazer a dose
a cada 12h após a sessão
7,5mg/kg/dose de 4mg/kg/dose de 4mg/kg/dose de
METRONIDAZOL NC NC
6/6 ou 8/8h 6/6h 6/6h
CORREÇÃO
CLEARANCE CLEARANCE CLEARANCE
DROGA DOSE HABITUAL APÓS
50 - 80 10 -50 < 10
HEMODIALISE
2mg/kg/dose de Dose habitual
MINOCICLINA NÃO REQUER AJUSTE
12/12h após HD
MOXIFLOXACINO Não liberado para crianças
1,25-1,75mg/kg/
NITROFURANTOÍNA NC EVITAR USO SE ClCr <50 ---
dose de 6/6h
10-15mg/kg/dose Dose habitual a Dose habitual a
NORFLOXACINO NC --
de 12/12h cada 24h cada 24h
CORREÇÃO
CLEARANCE CLEARANCE 10 CLEARANCE
DROGA DOSE HABITUAL APÓS
50 - 80 -50 < 10
HEMODIALISE
7,5mg/kg/dose de 7,5mg/kg a cada 7,5mg/kg a cada 7,5mg/kg a cada
OFLOXACINO NC
12/12h 24h 48h 48h
25-50mg/kg/dose
OXACILINA NÃO REQUER AJUSTE ---
de 4/4 ou 6/6h
Dose diária
como para ClCr<
25.000-100.000
75% da dose 20-50% da dose 10
PENICILINA G Ui/kg/dose de 4/4 NC
habitual de 6/6h habitual de 6/6h Nos dias de HD
ou 6/6h
fazer a dose
após a sessão
6,25-16,7mg/kg/
PENICILINA V dose de 6/6 ou NÃO REQUER AJUSTE ----
8/8h
50-75mg/kg a
80-100 mg/kg/ ClCr 30-50: 35-50
cada 12h
PIPERACILINA – dose de 6/6 ou mg/kg a cada 6h 35-50mg/kg a
NC Nos dias de HD
TAZOBACTAM 8/8h ClCr<20: 35-50 cada 8h
fazer a dose
mg/kg a cada 8h
após a sessão
<2 anos: 7.500- ClCr>20: NC
20.000 UI/kg/dose ClCr <20: 3.750-
de 12/12h 6.250 UI/kg/dose 1.125-
POLIMIXINA B NC de 12/12h 1.875UI/kg/dose Não faz
>2 anos: 7.500- Alguns autores de 12/12h
12.500 sugerem não
UI/kg/dose de corrigir
CORREÇÃO
CLEARANCE CLEARANCE 10 CLEARANCE
DROGA DOSE HABITUAL APÓS
50 - 80 -50 < 10
HEMODIALISE
12/12h
QUINOPRUSTIN- 7,5mg/kg/dose de
NÃO REQUER AJUSTE
DALFOPRISTIN 8/8h
Nos dias de HD
fazer a dose
6mg/kg dose 6 mg/Kg a cada 6 mg/Kg a cada
TEICOPLANINA NC como para
1x/dia 48h 72h
ClCr<10 após a
sessão
CLEARANCE CLEARANCE CLEARANCE CORREÇÃO APÓS
DROGA DOSE HABITUAL
50 - 80 10 -50 < 10 HEMODIALISE
ClCr< 30: 50%
da dose diária
habitual
dividida a cada 50% da dose
12-24h diária habitual
4-6mg/kg/dose
Pneumocistose dividida a cada
de TMP de Dose diária como
: 12-24h
12/12h para ClCr< 10
SULFAMETOXAZOL- NC ClCr 30-50: 5- Pneumocistose
Pneumocistose: Nos dias de HD fazer
TRIMETOPRIM 7,5 mg/ : 5-
5mg/kg/dose de a dose após a
kg/dose de 10mg/kg/dose
TMP de 6/6 ou sessão
TMP a cada 8h de TMP a cada
8/8h
ClCr10-30: 5- 24h
10 mg/
kg/dose de
TMP a cada
12h
TOBRAMICINA IDEM GENTAMICINA
CLEARANCE CLEARANCE CLEARANCE CORREÇÃO APÓS
DROGA DOSE HABITUAL
50 - 80 10 -50 < 10 HEMODIALISE
Nível sérico pré HD:
< 10mg/dl: fazer 10
mg/kg após HD
ClCr 20-50: Nível sérico pré HD:
Com
dose habitual a 10-25: fazer 5-
disponibilidad Ajustar a dose
cada 24h 7,5mg/kg após HD
e de nível conforme nível
ClCr < 20: Nível sérico pré HD:
sérico: sérico
ajustar a dose > 25: suspender até
Dose habitual Ver Abaixo*
conforme nível a próxima dosagem
a cada 8-12h
10- sérico 12h após.
VANCOMICINA 15mg/kg/dose Nível sérico pós HD:
de 6/6h < 10-15: fazer 5-
10mg/kg pós HD

Sem ClCr 30-50:


disponibilidad 10mg/ kg de
e de nível 12/12h Dose habitual a
5-10mg/kg após HD
sérico: ClCr 10-29: cada 4-7 dias
Dose habitual 10mg/ kg a
a cada 8-12h cada 18-24h
MONITORIZAÇÃO DA VANCOCINEMIA
Objetivo: - Manter o nível sérico no vale > 10mcg/dl para evitar surgimento de resistência
- Reduzir risco de nefrotoxicidade
- Infecções graves por S. aureus com MIC ≤ 1 (bacteremia, endocardite, meningite, osteomielite, PNM,
mediastinite) requerem nível sérico no vale entre 15-20 mcg/dl (em infecções com MIC ≥ 2 preferir
outra droga à Vanco)

INDICAÇÕES DE MONITORIZAÇÃO
- Uso concomitante de outras drogas nefrotóxicas (ex: Aminoglicosídeos, Anfotericina, Polimixina)
- Tempo de tratamento superior a 7 dias
- Infecções que requeiram nível sérico no vale entre 15-20 mcg/dl
- Função renal instável (alterações de 50% do valor da creatinina p/ mais ou para menos em intervalo de 24-48h)
- Insuficiência renal e pacientes em diálise
- Obesos mórbidos
- Recém nascidos

FREQUÊNCIA DE MONITORIZAÇÃO
- Paciente estável e função renal normal: a cada 7 dias
- Pacientes com função renal alterada ou instabilidade clínica: 2 vezes por semana
Concentração sérica no Vale Ajuste na dose Próxima dosagem
< 10 mcg/dl Diminuir o intervalo entre as doses: Antes da 4a dose do novo esquema
Se dose a cada 48h → passar a cada 24h
Se dose a cada 24h → passar a cada 12h
Se dose a cada 12h → passar a cada 8h
Se dose a cada 8h → passar a cada 6h
10-20 mcg/dl Sem alterações Paciente estável e função renal
normal: a cada 7 dias
Pacientes com função renal alterada
ou instabilidade clínica: 2-3 vezes
por semana
20-30 mcg/dl ↓ a dose em 50% mantendo o intervalo Antes da 4a dose do novo esquema
>30 mcg/dl Suspender a próxima dose e reduzir as Antes da 4a dose do novo esquema
doses subsequentes em 50%.

Fórmula para Cálculo do Clearance de Creatinina em Crianças (Scwartz,1976)


Estatura (cm) x K
Creatinina

K
RNPT MBP até 1 ano de idade 0,29
RNPT até 1 ano de idade 0,33
RNAT até 1 ano de idade 0,45
Crianças 2-12 anos e MENINAS adolescentes 0,55
MENINOS adolescentes 0,70
ANTIFÚNGICOS
CLEARANCE CLEARAN CLEARAN CORREÇÃO APÓS
ANTIMICROBIANO DOSE NORMAL
50 - 80 CE 10 -50 CE < 10 HEMODIALISE
0,75-1,5mg/kg
ANIDULAFUNGINA NÃO REQUER AJUSTE
1x/dia
ANFOTERICINA B
3mg/kg 1x/dia NÃO REQUER AJUSTE
LIPOSSOMAL
ANFOTERICINA B 0,7-1mg/kg
NÃO REQUER AJUSTE
DEOXICOLATO 1x/dia
70mg/m2
(ataque)
CASPOFUNGINA NÃO REQUER AJUSTE
50mg/m2
(manut)
5-10mg/kg
CETOCONAZOL NÃO REQUER AJUSTE
1x/dia
ClCr 30-50:
dose habitual Dose habitual a cada
25- Dose
a cada 8h 24h
FLUCITOSINA 37,5mg/kg/dose NC habitual a
ClCr 10-29: Nos dias de HD fazer
de 6/6h cada 24h
dose habitual a dose após a sessão
a cada 12h
3-12mg/kg
1x/dia 50% da dose
50% da dose 50% da dose
dependendo da habitual a cada 48h
FLUCONAZOL NC habitual a habitual a
gravidade e Nos dias de HD fazer
cada 24h cada 48h
localização da a dose após a sessão
infecção
3-10mg/kg
ITRACONAZOL (VO) NÃO REQUER AJUSTE --
1x/dia
4-12mg/kg
MICAFUNGINA NÃO REQUER AJUSTE
1x/dia
9mg/kg/dose
VORICONAZOL VO NÃO REQUER AJUSTE
12/12h
Evitar uso em
9mg/kg/dose
VORICONAZOL EV NC pacientes com ClCr
12/12h
<50
ANTIVIRAIS
CORREÇÃO
CLEARANCE CLEARANC CLEARANC
ANTIMICROBIANO DOSE NORMAL APÓS
50 - 80 E 10 -50 E < 10
HEMODIALISE
ClCr 25-50:
Dose diária como
Dose habitual
50% da dose para ClCr< 10
15-20mg/kg/dose de a cada 12h
ACICLOVIR (EV) NC habitual a Nos dias de HD
8/8h ClCr 10-24:
cada 24h fazer a dose após
Dose habitual
a sessão
a cada 24h
Dose diária como
6,25-20mg/kg/dose ClCr 10-25: para ClCr< 10
Dose habitual
ACICLOVIR (VO) de 6/6h a depender da NC Dose habitual Nos dias de HD
a cada 12h
gravidade e imunidade a cada 8h fazer a dose após
a sessão
CIDOFOVIR 5 mg/kg de 7/7 dias NC Avaliar risco/benefício do uso

FAMCICLOVIR Dose não estabelecida para crianças


FOSCARNET 60mg/kg/dose de CrCl ≥ 1.6 ml/min/kg de peso: 60 mg/kg a
8/8h cada 8h
(indução) CrCl 1.5 ml/min/kg de peso: 56.5 mg/kg a
cada 8h
CrCl 1.4 ml/min/kg de peso: 53 mg/kg a cada
8h
CrCl 1.3 ml/min/kg de peso: 49.4 mg/kg a
cada 8h
CrCl 1.2 ml/min/kg de peso: 45.9 mg/kg a
cada 8h
ANTIVIRAIS
CrCl 1.1 ml/min/kg de peso: 42.4 mg/kg a
cada 8h
CrCl 1 ml/min/kg de peso: 38.9 mg/kg a cada
8h
CrCl 0.9 ml/min/kg de peso: 35.3 mg/kg a
cada 8h
CrCl 0.8 ml/min/kg de peso: 31.8 mg/kg a
cada 8h
CrCl 0.7 ml/min/kg de peso: 28.3 mg/kg a
cada 8h
CrCl 0.6 ml/min/kg de peso: 24.8 mg/kg a
cada 8h
CrCl 0.5 ml/min/kg de peso: 21.2 mg/kg a
cada 8h
CrCl 0.4 ml/min/kg de peso: 17.7 mg/kg a
cada 8h
CLEARANCE CLEARANCE CLEARANCE CORREÇÃO APÓS
ANTIMICROBIANO DOSE NORMAL
50 - 80 10 -50 < 10 HEMODIALISE
ClCr 25-49:
2,5 mg/kg a 1,25mg/kg
ClCr 50-69:
5 mg/kg/dose de cada 24h 1,25mg/kg 3x/semana Nos dias
GANCICLOVIR 2,5mg/kg a
12/12h (indução) ClCr 10-24: 3x/semana de HD fazer a dose
cada 12h
1,25 mg/kg a após a sessão
cada 24h
< 15kg:30mg de
12/12h
15-23kg:45mg de ClCr 10-
12/12h 30:Dose
OSELTAMIVIR NC Sem dados Sem dados
24-40 kg:60mg habitual a cada
de 12/12h 24h
>40kg:75mg de
12/12h
ClCr 30-50: 20
mg/kg a cada
10mg/kg a cada 24h
20mg/kg a cada 12h 10mg/kg a
VALACICLOVIR NC Nos dias de HD fazer
8h ClCr 10-29: 20 cada 24h
a dose após a sessão
mg/kg a cada
24h
520mg/m2/dose
7 X Superfície Corporal X ClCr= mg/dose de
VALGANCICLOVIR de 12/12h
12/12h
(indução)
ZIDOVUDINA Crianças: NC NC EV:
VO: 50% da dose
180mg/m2/dose a cada 8h
CLEARANCE CLEARANCE CLEARANCE CORREÇÃO APÓS
ANTIMICROBIANO DOSE NORMAL
50 - 80 10 -50 < 10 HEMODIALISE
de 12/12h
EV:
120mg/m2/dose
de 6/6h
RNs:
VO:
4mg/kg/dose de
12/12h
EV:
1,5mg/kg/dose
de 6/6h
ANTIPARASITÁRIOS
CORREÇÃO APÓS
CLEARANCE CLEARANCE CLEARANC
ANTIMICROBIANO DOSE NORMAL HEMODIALISE
50 - 80 10 -50 E < 10
(HD)
PIRIMETAMINA 1mg/kg 1x/dia NÃO REQUER AJUSTE

25mg/kg/dose 25% dose


SULFADIAZINA NC 50% dose diária
de 12/12h diária

TUBERCULOSTÁTICOS
CLEARANCE CLEARANCE CLEARANC CORREÇÃO APÓS
ANTIMICROBIANO DOSE NORMAL
50 - 80 10 -50 E < 10 HEMODIALISE
Dose habitual a
ClCr 30-50: NC
cada 48h
ClCr 10-29: dose Dose habitual
ETAMBUTOL 20mg/kg 1x/dia NC Nos dias de HD
habitual a cada a cada 48h
fazer a dose após a
36h
sessão
ClCr 30-50: 7,5
mg /kg a cada
20-40mg/kg 24h 7,5mg/kg a 7,5mg/kg a cada
ESTREPTOMICINA NC
1x/dia ClCr 10-29: 7,5 cada 72-96h 72-96h
mg /kg a cada
48h
ISONIAZIDA 10-15mg/kg NÃO REQUER AJUSTE Nos dias de HD
1x/dia fazer a dose após a
ANTIPARASITÁRIOS

sessão
30-40mg/kg
ClCr 10-29: 30- 3x/semana
30-40mg/kg 30-40mg/kg
PIRAZINAMIDA NC 40mg/kg Nos dias de HD
1x/dia 3x/semana
3x/semana fazer a dose após a
sessão
10-20mg/kg
RIFAMPICINA NÃO REQUER AJUSTE
1x/dia
MOLÉSTIAS INFECCIOSAS
DIAGNOSTICOS DIFERENCIAIS DE ESTRIDOR

Crupe viral Laringite Epiglotite Traqueíte Abscesso


estridulosa bacteriana retrofaríngeo
Início Gradual, Súbito Rápido 6-12 horas Pródromo viral Pródromo viral
pródromo viral Sem pródromo seguido de rápida seguido de rápida
de 1-7 dias Pode ser deterioração deterioração
recorrente
Idade típica 6 meses -4 3 meses -3 2-8 anos 6m-8 anos <5 anos
anos anos
Estação ano Final do outono O ano todo Outono e inverno O ano todo
e inverno
Causas Parainfluenza Desconhecida H influenzae B S. aureus S. aureus
VSR (alérgica? Pneumococo Pneumococo S. pyogenes
Influenza DRGE??) S. pyogenes S. pyogenes Anaeróbios
Hemófilos
Fisiopatologia Edema Edema não Edema Secreção Coleção purulenta no
inflamatório da inflamatório da inflamatório da mucopurulenta espaço virtual entre a
região região região supra espessa e parede posterior da
subglótica subglótica glótica membranosa faringe e a fáscia pré-
obstruindo a vertebral
traqueia
Febre baixa ausente alta alta Alta
Tosse Ladrante ou Ladrante nenhuma Geralmente Geralmente ausente
como “foca” ou como “foca” ausente
Dor garganta nenhuma nenhuma intensa nenhuma Intensa
Salivação nenhuma nenhuma frequente nenhuma Intensa
Postura Qualquer uma Qualquer uma Sentado para Qualquer uma Sentado para frente,
frente, com a com a boca aberta e
boca aberta e o o pescoço estendido
pescoço estendido (posição em tripé)
(posição em tripé)
Voz Normal ou Normal ou abafada Normal ou rouca abafada
rouca rouca
Aparência Não toxemiado Não toxemiado Toxemiado Toxemiado Toxemiado
RX Estreitamento Edema Irregularidade Alargamento do
subglótico (sinal supraglótico (sinal subglótica espaço retrofaríngeo
da torre) do dedo de luva)
RESISTÊNCIA INTRÍNSECA AOS ANTIBIÓTICOS

Tetraciclina
Ticarcilina-Clavulanato

Cefalosporinas 1a ger

Cefalosporinas 2a ger

SMX-TMP
Ampicilina/ Amoxicilina

Carbenicilina

Ticarcilina

Cefotaxima/Ceftriaxona

Cefoxitina

Nitrofurantoína

Gentamicina

Amicacina

Eritromicina
Lincosaminas
Cloranfenicol
Amoxi- Clavulanato

Aztreonam

Acido Nalidíxico

Acido Pipemídico
Ceftazidima

Tobramicina

Quinolonas
Cefepime

Meropenem

Colistina

Tigeciclina
Klebsiella sp X X X
Citrobacter diversus
Citrobacter freundii X X X X X
Enterobacter sp.
Serratia marcesens X X X X X X X
Proteus vulgaris X X X X X X
Proteus mirabilis X X X X
Morganella X X X X X X X
morganni
Providencia stuartii X X X X X X
Providencia sp X X X X X X X X
Salmonela sp X X X X X
Aeromonas sp X X X
Pseudomonas X X X X X X X X X
aeruginosa
Acinetobacter sp X X X X X
Burkholderia cepacia X X X X X X X X X X X X X
Stenotrophomonas X X X X X X X X X X X X X X X X
maltophilia
Neisseria sp X X
Moraxella catahhalis X X
Cryseobacterium X X
meningosepticum
H. influenzae X X
ARTRITES AGUDAS

Idade Agentes Droga de Escolha Alternativa Tempo Tto


RN - 3 meses S.aureus Oxacilina + Risco de MRSA (ex: RN 3-4 semanas
S. agalacitiae Gentamicina OU internado em UTI
Bacilos Gram negativos Oxacilina + neonatal) substituir a
N.gonorrheae Cefotaxima Oxacilina por Vancomicina

3 meses - 5 anos S.aureus Oxacilina Clindamicina OU S.aureus:


S. pyogenes N. meningitidis: Cefalotina (a 3-4 semanas
Kingella kingae Penicilina Cristalina Clindamicina não provê K.kingae e S.
N. meningitidis cobertura para K.kingae) pyogenes:
Crianças > 5 anos S.aureus Oxacilina Clindamicina OU 2-3 semanas
S. pyogenes Cefalotina Neisseria
N. meningitidis meningitidis: 2
semanas
Em qualquer idade infecção por CA-MRSA (cepas Vancomicina (casos Clindamicina (casos mais 3-4 semanas
comunitárias de S. aureus resistentes à Oxacilina). Quadro graves, com infecção leves)
clínico de evolução rápida, pode cursar com sepse e disseminada e sepse)
pneumonia, piomiosite e tromboflebite séptica
Situações Especiais
Crianças< 2 anos não ALEM DOS GERMES MAIS Oxacilina + Cefuroxima OU Artrite por H.
vacinadas ou COMUNS TAMBÉM: Ceftriaxone Cloranfenicol influenzae B e
imunodeprimidos em H. influenzae B S. pneumoniae:
qualquer idade S. pneumoniae 2-3 semanas
Adolescentes sexualmente N.gonorrhoeae Ceftriaxone 7 dias
ativos
Doença Falciforme Salmonella sp. Ceftriaxone 2-3 semanas
S. pneumoniae
Próteses articulares S. aureus, Estafilococos Vancomicina Ajustar após resultado das 3-4 semanas
coagulase negativos culturas
OSTEOMIELITES AGUDAS

Idade Agentes Droga de Alternativa Tempo de


Escolha Tratamento
RN - 3 meses S.aureus Oxacilina + Risco de MRSA 4-6 semanas
S. agalacitiae Gentamicina OU (ex: RN internado
Bacilos Gram negativos Oxacilina + em UTI neonatal):
Cefotaxima Vancomicina
3 meses - 5 anos S.aureus Oxacilina Clindamicina (não
S. pyogenes provê cobertura
Kingella kingae para K.kingae) OU
Cefalotina
Crianças > 5 anos S.aureus Oxacilina Clindamicina OU
S. pyogenes Cefalotina
Em qualquer idade infecção por CA-MRSA (cepas de Vancomicina Clindamicina
S. aureus comunitárias resistentes à Oxacilina). Quadro (casos graves,
clínico de evolução rápida, pode cursar com sepse e com infecção
pneumonia, piomiosite e tromboflebite séptica. A disseminada e
osteomielite pode ser multifocal e com abscessos sepse)
intraósseos e subperiostais.

Situações Especiais
Secundária a Fratura S.aureus, Enterobactérias, Oxacilina + Ajustar após 4-6 semanas
exposta anaeróbios, Pseudomonas Amicacina resultado das
e Aeromonas culturas
Ferimento perfurante de P.aeruginosa e S. aureus Oxacilina + Ciprofloxacina ± 7-10 dias após o
calcâneo Amicacina Cefalexina desbridamento
Doença Falciforme Salmonella sp. Ceftriaxone + 4-6 semanas
S. aureus Oxacilina
Outros imunodeprimidos Os mesmos mais H. Ceftriaxone +
influenzae B Oxacilina
Após procedimento S. aureus, Estafilococos Vancomicina Ajustar após
cirúrgico com implante de coagulase negativos resultado das
corpo estranho culturas
PROFILAXIA DE INFECÇÃO EM FRATURAS EXPOSTAS

CLASSIFICAÇÃO POR GUSTILO E ANDERSON (1984)


Tipo I Tipo II Tipo III
Ferimento < 1 cm 1 a 10 cm > 10 cm
Contaminação limpa moderada grande
Lesão de partes moles pouca moderada grave
Fratura Simples (traço transverso ou oblíquo) Pequena cominuição Cominuitiva ou segmentar

O tipo III é subdividido em 3 tipos:


- III A É possível recobrir o osso fraturado
- III B Não é possível recobrir o osso com partes moles viáveis
- III C Lesão arterial que necessite ser reparada

CLASSIFICAÇÃO DROGA DE ESCOLHA DURAÇÃO

Fratura exposta grau I Cefalotina 48h

Fratura exposta grau II Cefalotina + Gentamicina 48h

Fratura exposta grau III Cefalotina + Gentamicina 5 a 7 dias

Em caso de contaminação por terra ou água não tratada associar Metronidazol ao esquema

*** INICIAR ATB AINDA NA SALA DE TRAUMA!! ***


DROGAS E DOSES

Droga Dose mg/kg/dia Dose Máxima Intervalo


Via endovenosa
Amicacina 15 1,5g/dia 1x/dia
Cefalotina 80-160 12g/dia 6/6h
Cefotaxima 150-200 8-10g/dia 6/6 ou 8/8h
Cefuroxima 100-150 3g/dia 8/8h
Ceftazidima 150 6g/dia 8/8h
Ceftriaxone 100 4g/dia 12/12 ou 24/24h
Ciprofloxacina 1-6 anos: 30-45 800mg/dia 1-6 anos: de 8/8h
>6 anos: 10-20 >6 anos: 12/12h
Clindamicina 20-30 infecções leves 2,7g/dia 8/8h infecções leves
30-40 infecções graves 6/6h infecções graves
Cloranfenicol 50-100 4g/dia 6/6h
Gentamicina 7,5 240mg/dia 1x/dia
Metronidazol 7,5 1,5g/dia 8/8h
Oxacilina 150-200 10-12g/dia 4/4 ou 6/6h
Penicilina 100.000-200.000U 20milhões U/dia 4/4 ou 6/6h
Vancomicina 40 2g/dia 8/8h
Via oral
Cefalexina 25-50 infecções leves 4g/dia 6/6h
75-100 infecções moderadas
Ciprofloxacina 1-6 anos: 30-60 1g/dia 1-6 anos: 8/8h ou 12/12h
>6 anos: 20-30 >6 anos: 12/12h
Clindamicina 10-30 1,8g/dia 8/8h
INFECÇÕES DE PELE E PARTES MOLES

INFECÇÕES DE PELE LOCALIZADAS


Infecção Agentes Opções de Tratamento
Impetigo S. pyogenes Opções de Antibióticos Tópicos:
Crostoso S. aureus  Sulfadiazina de Prata 1%
Ou ambos  Mupirocina 2%
 Ácido Fusídico 2%
 Neomicina + Bacitracina
 Retapamulina 1%
Impetigo S. aureus Aplicar 3 vezes ao dia por 7-10 dias após limpeza local com água e sabão
Bolhoso Tratamento Sistêmico:
 Cefalexina
 Nos pacientes alérgicos à Penicilina: Clindamicina ou Eritromicina
 Quando não se ratar de Hipersensibilidade Tipo I: Cefalexina
Tempo de Tratamento: 7 dias
Vide abaixo as indicações de tratamento sistêmico
Foliculite S. aureus Limpeza com água e sabão, 3 vezes ao dia seguido de ATB tópico (ver opções acima)
Furunculose S. aureus Para pequenos furúnculos apenas calor local é suficiente.
Furúnculos maiores e carbúnculos requerem incisão para drenagem.
Tratamento Sistêmico quando necessário com as mesmas drogas indicadas para impetigo (vide
indicações de tratamento sistêmico abaixo)
Tratamento Sistêmico na Suspeita de CA-MRSA: Clindamicina, Eritromicina, Sulfametoxazol
Trimetoprim, Doxiciclina ou Minociclina
Ectima S. pyogenes Tratamento Sempre Sistêmico:
Penicilina Benzatina dose única
Amoxicilina por 10 dias
Nos pacientes alérgicos: Clindamicina por 10 dias
Limpeza com água e sabão e remoção das crostas.
INFECÇÕES DE PELE DIFUSAS E INFECÇÕES DE PARTES MOLES

Agentes Opções de Tratamento Alérgicos à Tempo de


Penicilina Tratamento
Erisipela S. pyogenes Tratamento Hospitalar Clindamicina 7-10 dias
Estreptococos do Penicilina G Cristalina ou
grupo C e G Cefalotina Quando não se tratar
de hipersensibilidade
Tratamento Ambulatorial
tipo I: Cefalotina ou
Penicilina Procaína ou Amoxicilina
Cefalexina
ou Cefalexina
Celulite S. aureus Tratamento Hospitalar Clindamicina 10-14 dias
S. pyogenes Cefalotina ou Oxacilina Quando não se tratar
de hipersensibilidade
Tratamento Ambulatorial tipo I: Cefalotina ou
Cefalexina Cefalexina
Fasceíte Anaeróbios, bacilos Clindamicina + Gentamicina ou 14-21 dias
Necrotizante Gram negativos e Ampicilina + Gentamicina + Metronidazol
Tipo I cocos gram positivos Em pacientes imunossuprimidos/neutropênicos acrescentar
cobertura para Pseudomonas com Ceftazidima
Fasceíte S.pyogenes Penicilina G Cristalina + Clindamicina 14-21 dias
Necrotizante
Tipo II
Piomiosite 14-21 dias
Artigo II. S. aureus Artigo III. Oxacilina ou Cefalotina
S.pyogenes Recomenda-se acrescentar Clindamicina para minimizar o
“efeito inóculo” e reduzir a liberação de toxinas bacterianas
Onfalite S. aureus Oxacilina+ Gentamicina + Metronidazol ou 10-14 dias
Enterobactérias Clindamicina + Gentamicina
Anaeróbios
Artigo IV. S.
agalactiae
INDICAÇÕES DE TRATAMENTO SISTÊMICO NAS INFECÇÕES DE PELE LOCALIZADAS:
- Falha do tratamento tópico, infecções periorais, em pálpebras ou no couro cabeludo, lesões múltiplas (mais de 5
ou 6 lesões), febre / calafrios, linfadenite regional dolorosa ou linfangite, celulite circunjacente, imunossuprimidos.

Droga Dose mg/kg/dia Dose Máxima Intervalo


Ampicilina EV 100-150 4g/dia 6/6h
Cefalotina EV 80-160 12g/dia 6/6h
Ceftazidima EV 150 6g/dia 8/8h
Clindamicina EV 20-30 infecções leves 2,7g/dia 8/8h infecções leves
30-40 infecções graves 6/6h infecções graves
Gentamicina EV 7,5 240mg/dia 1x/dia
Metronidazol EV Dose inicial de 15mg/kg 4g/dia 8/8h ou 6/6h
e a seguir 7,5mg/kg/dose
Oxacilina EV 150-200 10-12g/dia 4/4 ou 6/6h
Penicilina Cristalina EV 100.000-150.000U 20 milhões U/dia 4/4 ou 6/6h
infecções graves até 250.000 U
Penicilina Benzatina IM <25kg 600.000 U 1.200.000 U/dose Dose única
≥ 25kg 1.200.000 U
Penicilina Procaína IM 50.000 U/kg 400.000 U/dose 12/12h
Amoxicilina VO 50 1,5g/dia 8/8h
Cefalexina VO 25-50 infecções leves 4g/dia 6/6h
75-100 infecções moderadas
Clindamicina VO 20-30 1,8g/dia 8/8h
Eritromicina VO 40-50 2g/dia Esterarato:6/6h
Estolato:8/8h
Doxiciclina VO 2 200mg/dia 12/12h
Minociclina VO 4mg/kg na primeira dose e após 200mg na primeira dose e após 12/12h
2mg/kg/dose 100mg/dose
SMX/TMP VO 8-12 de TMP 160 de TMP 12/12h
TRATAMENTO DE ITU

Tipo de Bactérias Tratamento Tempo de Comentários


Infecção Empírico tratamento
Não E.coli multissensível em - Nitrofurantoína 5-7 dias Optar por uma droga de
BAIXAURINÁRIA

Complicada mais de 80% dos casos - Sulfametoxazol - excreção renal que


Outros bacilos gram Trimetoprim atinja altas
negativos (Klebsiella sp., - Cefalexina concentrações no trato
Proteus sp.) também - Ácido Pipemídico urinário com mínima
multissensíveis podem - Norfloxacina repercussão na flora do
INFECÇÃO

estar presentes trato gastrointestinal.


Complicada E. coli, Klebsiella e Colher urocultura 7-14 dias Na necessidade de
Enterobacter geralmente e aguardar o iniciar tratamento antes
resistentes. resultado para o inicio do resultado da cultura:
Pseudomonas aeruginosa de tratamento  Ciprofloxacina
e Enterococos  Amicacina
Não E.coli multissensível em Via parenteral 10-14 dias É necessário buscar
INFECÇÃO URINÁRIA

Complicada mais de 80% dos casos - Amoxicilina drogas que atinjam


Outros bacilos gram Clavulanato elevadas concentrações
negativos (Klebsiella sp., - Cefuroxima no plasma e no
ALTA

Proteus sp.) também - Ceftriaxone ou parênquima renal, mais


multissensíveis podem Cefotaxima especificamente na
estar presentes Via oral medula renal.
- Amoxicilina
Clavulanato
- Cefuroxima
Complicada E. coli, Klebsiella sp., Via parenteral 10-14 dias Sempre colher
Enterobacter sp. e - Cefepime urocultura antes do
geralmente resistentes - Ceftazidima início da
Pseudomonas aeruginosa - Gentamicina antibioticoterapia e
Enterococos (risco se - Amicacina ajustar antimicrobiano
instrumentação do trato - Ciprofloxacina após resultado
urinário ou - Associar Ampicilina
anormalidades (se Enterococo)
anatômicas) Via oral
- Ciprofloxacina
TRATAMENTO DE ITU VO

Antimicrobiano Dose Dose Intervalo Observações


mg/kg/dia Máxima entre
doses
Acido Pipemídico* 25-40 400mg/dose 12/12h
Amoxicilina/Clavulanato 20 - 40 500mg/dose 8/8h NÃO DEVE ser utilizado como primeira
escolha em caso de ITU baixa não complicada
por apresentarem maior espectro e
repercussão no flora do trato gastrointestinal
Cefalexina 25-50 500mg/dose 6/6h Em alguns locais a resistência
bacteriana é elevada, tonando arriscado seu
uso empírico na ITU alta
Cefuroxima 20-30 250mg/dose 12/12h
Ciprofloxacina 20-40 250mg/dose 12/12h Não é droga de primeira linha para o
na ITU tratamento da ITU na infância. Reservar para
baixa situações de resistência ou intolerância à
outras alternativas terapêuticas.
500mg/dose
na ITU alta
Nitrofurantoína* 5–7 100mg/dose 6/6h Não usar em crianças abaixo de 6
meses
Norfloxacina 20-30 400mg/dose 12/12h
Sulfametoxazol - 8–12 de 160mg 12/12h Não usar em crianças abaixo de 2
Trimetoprim TMP TMP/dose meses
Apesar de apresentar boa concentração
sérica e urinária, pode haver resistência
bacteriana tornando arriscado seu uso
empírico na ITU alta.

*A Nitrofurantoína e o Ácido Pipemídico não devem ser empregados na possibilidade de acometimento do


parênquima renal (ex: ITU em lactentes, presença de febre alta, toxemia e dor lombar sugerindo pielonefrite) por
não atingem nível sérico terapêutico.
Sempre ajustar o espectro após o resultado da urocultura, reduzindo-o sempre que possível!
TRATAMENTO DE ITU EV

Antimicrobiano Dose Dose máxima Intervalo Observações


mg/kg/dia entre doses
Amicacina** 10 500mg/dia 1x/dia
Amoxicilina/Clavulanato 20-40 500mg/dose 8/8h
Ampicilina 100 500mg/dose 6/6h Apenas em ITU por Enterococo
sensível
Cefepime 100 500mg/dose 12/12h
Cefuroxima 50-100 750mg/dose 8/8h
Ceftriaxona 75 1g/dose 24/24h
Cefotaxima 150 1g/dose 8/8h
Ceftazidima 100-150 1g/dose 8/8h Reservar para o tratamento de ITU
por germes resistentes a outras
opções terapêuticas, nunca como
primeira escolha.

Ciprofloxacina 20-30 200mg/dose 12/12h Não é droga de primeira linha para o


na ITU baixa tratamento da ITU na infância.
Reservar para situações de
400mg/dose resistência ou intolerância à outras
na ITU alta alternativas terapêuticas.
Gentamicina** 5 240mg/dia 1x/dia

**Os Aminoglicosídeos são as drogas que apresentam a menor taxa de resistência bacteriana, porém são
nefrotóxicos e devem ser reservados para casos com resistência bacteriana a outras classes de drogas.
Sempre ajustar o espectro após o resultado da urocultura, reduzindo-o sempre que possível!
INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS ALTAS

Síndrome Patógenos Tratamento Alternativa para Falha Terapêutica


de escolha alérgicos à Penicilina
Faringoamigdalite Penicilina Azitromicina por 5 Não há descrição de resistência do
Aguda Artigo V. Streptococcus Benzatina dias ou S. pyogenes às Penicilinas.
pyogenes em Dose Eritromicina por 10
Lembrar que a grande única dias Em caso de falha considerar
maioria é de etiologia ou ou etiologia viral, abscesso
viral sobretudo em Amoxicilina Clindamicina por 10 periamigdaliano ou a presença de
crianças abaixo de 3 por 10 dias dias germes colonizantes da orofaringe
anos e na vigência Quando não se produtores de betalactamases que
sintomas como tosse, tratar de inativam a penicilina. Neste último
coriza e congestão nasal hipersensibilidade caso prescrever
tipo I á Penicilina: Amoxicilina/Clavulanato por 10
Cefalexina por 10 dias.
dias
Síndrome Patógenos Tratamento de escolha Tempo de Tratamento
Abscesso S.pyogenes Clindamicina ou 14 dias
Periamigdaliano S.aureus Amoxicilina/Clavulanato ou Iniciar ATB EV e após melhora
Penicilina Cristalina + Metronidazol clínica transicionar para VO
Artigo VI. Anaeróbios
orais (Fusobacteria, Veilonella,
Prevotella, Bacteroides)
Abscesso Retrofaríngeo S.pyogenes Idem abscesso periamigdaliano Idem abscesso periamigdaliano
ou Parafaríngeo S.aureus
S.viridans
Hemófilos

Artigo VII. Anaeróbios


orais
INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS ALTAS

Síndrome Patógenos Tratamento de escolha Alérgicos à Tempo de Falha


Penicilina Tratamento Terapêutica
Sinusite Amoxicilina em dose habitual: 5-7 dias após a
Aguda  Quadros leves a moderados melhora dos
 Idade > 2 anos sintomas (10-14
 Não frequentar creche dias são Amoxicilina
 Não ter usado antibióticos nos últimos suficientes) Clavulanato em
30 dias Azitromicina dose dobrada ou
AMX em dose dobrada SEM Clavulanato: Quando não se tratar por 5 dias Cefuroxima
S.  Idade < 2 anos E frequentar creche tratar de naqueles em
pneumoniae  Prevalência de pneumococo resistente hipersensibilidade uso inicial de
H. influenzae na comunidade >10% tipo I á penicilina: Amoxicilina dose
M. AMX em Dose Dobrada COM Clavulanato: Cefuroxima habitual
catarrhalis  Quadros severos
Vírus  Uso de antibióticos nos últimos 30 dias Azitromicina ou Ceftriaxone ou
Otite isoladamente Amoxicilina em dose habitual: Claritromicina ou 10 dias Clindamicina
Média ou em  Sem uso de antibióticos nos últimos 30 Doxiciclina (esta Crianças acima nas demais
Aguda coinfecção dias última nas crianças de 6 anos com situações
Amoxicilina em dose habitual SEM > 8 anos) quadros leves
Clavulanato: podem ser
 Crianças pequenas com conjuntivite tratadas por 5-7
purulenta bilateral associada dias
AMX em dose dobrada SEM Clavulanato:
 Idade < 2 anos E frequentar creche
AMX em dose dobrada COM Clavulanato:
 Infecções recorrentes
 Uso de antibióticos nos últimos 30 dias
INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS ALTAS

Síndrome Patógenos Tratamento de escolha Tempo de Tratamento


Mastoidite S. pneumoniae Ceftriaxone + Oxacilina ou 4 semanas
Aguda S. pyogenes Clindamicina Fazer 7-10 dias EV e depois
S. aureus transicionar para VO com
H. influenzae Na suspeita de Pseudomonas Amoxicilina Clavulanato ou
P. aeruginosa e outros Gram negativos substituir Ceftriaxone por Cefuroxima para completar o
(associados a OMC e imunodepressão) Ceftazidima tratamento
Epiglotite H. influenzae B (muito raro após Ceftriaxone ou 7-10 dias
vacinação) Cloranfenicol ou Cefuroxima
Hoje em dia pode ocorrer secundariamente
a um quadro de IVAS e é causada por
S.pneumoniae, S. pyogenes, S. aureus ou
outras espécies de Haemophilus
Infecção Streptococcus aeróbios e anaeróbios, Amoxicilina/Clavulanato ou 7-10 dias
odontogênica Fusobactérias , Bacteroides, Prevotella, Clindamicina ou
Peptostreptococcus, Actinomyces Amoxicilina + Metronidazol
Penicilina Cristalina +
Metronidazol
Linfadenite S.pyogenes Tratamento Ambulatorial: 10 -14 dias
cervical S.aureus Cefalexina ou Clindamicina
Aguda (Adenite Tratamento Hospitalar:
Bacteriana Cefalotina ou Oxacilina ou
Aguda) Clindamicina
Possível foco dentário: tratar
como infecção odontogênica
CELULITES DE FACE

Síndrome Etiologia Tratamento Hospitalar Tratamento Ambulatorial Tempo de


tratamento
Celulite Peri S. aureus Cefalotina ou Cefalexina 7-10 dias ou até a
orbitária ou S. pyogenes Oxacilina resolução do quadro
Pré septal Alérgicos á Penicilina:
Secundária a Alérgicos á Penicilina: Eritromicina ou
lesões Clindamicina Clindamicina
cutâneas
Secundária a Idem infecção Clindamicina Amoxicilina/Clavulanato dose 10-14 dias
Foco dentário odontogênica habitual
Celulite S. pneumoniae Oxacilina + Ceftriaxone Assim que o paciente estiver Tempo total de
orbitária ou H. influenzae afebril e houver melhora da tratamento 2-3
Pós septal S. aureus Quadros menos graves hiperemia e edema cutâneos, semanas
podem ser tratados com pode-se transicionar para via oral
Amoxicilina/Clavulanato com Amoxicilina/Clavulanato em
em dose dobrada ou dose dobrada ou Cefuroxima
Cefuroxima

Celulite por S. pneumoniae Ceftriaxone ou Não recomendado no início do 7-10 dias


via H. influenzae B Ampicilina + Cloranfenicol quadro
hematogênica Posteriormente pode-se consolidar
Lactentes o tratamento com Cefuroxima VO
jovens naqueles pacientes com melhora
(Muito rara clínica desde que não tenha havido
após a acometimento do SNC..
vacinação)
DOSES E DROGAS

Droga Dose mg/kg/dia Dose Máxima Intervalo


Ampicilina EV 100-200 500mg-1g/dose 6/6h
Cefalotina EV 80-160 500mg-1g/dose 6/6h
Ceftriaxone EV 50-100 1g/dia 24/24h ou 12/12h
Ceftazidima EV 150 1-2g/dose 8/8h
Cefuroxima EV 50-100 750mg-1,5g/dose 8/8h
Clindamicina EV 20-30 infecções leves 600-900mg/dose 8/8h infecções leves
30-40 infecções graves 6/6h infecções graves
Cloranfenicol EV 50-100 500mg/dose 6/6h
Metronidazol EV Dose inicial de 15mg/kg 500mg/dose 8/8h
a seguir 7,5mg/kg/dose
Oxacilina EV 150-200 500mg-1g/dose 4/4 ou 6/6h
Penicilina Cristalina EV 100.000-150.000 U 1,5-2 milhões UI/dose 4/4 ou 6/6h
infecções graves até 250.000U infecções graves até 4 milhões UI/dose
Penicilina Benzatina IM <25kg 600.000 U 1.200.000 U Dose única
≥ 25kg 1.200.000 U
Amoxicilina VO ou habitual 45-50 500 mg/dose
Amoxicilina/Clavulanato dobrada 80-90 1 g/dose 8/8h
Azitromicina VO 12mg/kg 500mg/dose 1x/dia
Cefalexina VO 25-50 infecções leves 500mg -1g/dose 6/6h
75-100 infecções moderadas
Cefuroxima VO 20-30 250 - 500mg/ dose 12/12h
Claritromicina VO 15 500mg/dose 12/12h
Clindamicina VO 20-30 600mg/dose 8/8h
Eritromicina VO 40-50 500mg/dose Esterarato:6/6h
Estolato:8/8h
SMX/TMP VO 8 de TMP 160 de TMP/dose 12/12h
EFEITOS ADVERSOS DE VACINAS

Evento Descrição Tempo para Frequência Conduta


adverso ocorrência
Abscesso São quentes, vermelhos e Precocemente, até Antimicrobiano para
subcutâneo dolorosos. o 15º dia. processo infeccioso da
quente Aparecem sinais de flutuação e pele.
fistulização em torno do local da
aplicação devido à
contaminação por germes
piogênicos.
Úlcera com Úlcera grande e profunda que Nos primeiros 6 O risco médio Notificar e acompanhar.
diâmetro aparece no local da aplicação e meses. descrito para No caso da não
maior que 1 não cicatriza após 12 semanas. efeitos locais e cicatrização indicar
cm regionais Isoniazida até a
Abscesso São frios, indolores e tardios e Nos primeiros 3 (úlcera, regressão completa da
subcutâneo têm como causa a aplicação meses. abscesso e lesão.
frio subcutânea, por erro na técnica linfadenopatia
de administração da vacina. Em regional
torno do local da aplicação da supurada) é de
vacina aparece uma área de 0,387 por mil
flutuação ou não (dependendo vacinados.
do tempo de evolução).
Podem fistulizar.
Linfadenopatia Linfonodos hipertrofiados com Nos primeiros 3 Notificar e acompanhar.
regional não mais de 3 cm sem evidência de meses. Orientar retorno, pois
supurada supuração (flutuação e/ou pode evoluir para
fistulização). supuração.
Não puncionar nem
administrar Isoniazida
Linfadenopatia Linfonodos hipertrofiados Em média Notificar e acompanhar.
regional axilares, supra ou Nos primeiros 3 Administrar Isoniazida
supurada infraclaviculares, inicialmente meses. até o desaparecimento da
endurecidos, podem atingir supuração e diminuição
mais de 3 cm de diâmetro. Em significativa do tamanho
seguida há formação de do gânglio.
abscesso com amolecimento Esses gânglios não
central que pode sofrer devem ser incisados nem
drenagem espontânea fazer exérese.
originando uma fístula residual.
EFEITOS ADVERSOS DE VACINAS

Evento adverso Descrição Tempo para Frequência Conduta


ocorrência
Febre ≥39,0o C 1:100 doses Notificar e investigar a
Choro persistente Choro contínuo e inconsolável Inicia-se entre 2 a 1:100 doses existência de relação
durante 3 horas ou mais. 8 horas, com outras causas.
prolongando-se até Tratamento
48 horas após a sintomático
vacina. Não contraindica doses
subsequentes.
Recomenda-se
antitérmico profilático.
Orientar os pais sobre
os riscos e
complicações da
coqueluche.
Episódio Palidez, diminuição do tônus Nas primeiras 48 1:1500 doses Notificar e investigar.
Hipotônico - muscular ou ausência de horas, Tratamento de
hiporresponsivo resposta a estímulos diminuída principalmente nas suporte.
(EHH) ou ausente. Pode ocorrer primeiras 6 horas Continuar esquema
cianose, depressão após a vacina. com DTP acelular.
respiratória, sono prolongado e
perda de consciência.
Convulsão Quadro convulsivo, geralmente Até 72 horas, quase 1/5.000 doses
generalizado, duração de sempre nas (observadas
poucos minutos até mais de 15 primeiras 12 horas. nas primeiras
minutos, geralmente com 48 horas).
febre e sem sinais neurológicos
focais.
Encefalopatia Convulsões, alteração Nos primeiros 7 1: 110.000 Notificar e investigar.
profunda da consciência e do dias doses Tratamento a cargo do
comportamento. neurologista.
Contraindica as doses
subsequentes tanto de
DPT quanto de DPTa.
Completar o esquema
com a DT (dupla
infantil).
EVENTOS ADVERSOS DAS VACINAS – BCG

Evento adverso Descrição Tempo para Frequência Conduta


Ocorrência
Abscesso São quentes, vermelhos e Precocemente, Antimicrobiano para processo
Subcutâneo dolorosos. até o 15º dia. infeccioso da pele.
Quente Aparecem sinais de flutuação e
em torno do local da
aplicação. Deve-se à
contaminação por germes
piogênicos.
Linfadenopatia Linfonodos hipertrofiados com Nos primeiros 1-10% dos Notificar e acompanhar.
regional NÃO mais de 3 cm sem evidência 3 meses. casos Orientar retorno, pois pode
supurada de supuração (flutuação e/ou evoluir para supuração. Não
fistulização). puncionar nem administrar
Isoniazida
Linfadenopatia Linfonodos hipertrofiados Em média O risco médio Notificar e acompanhar.
regional axilares, supra ou Nos primeiros descrito para Administrar Isoniazida
supurada infraclaviculares, inicialmente 3 meses. efeitos locais e 10mg/kg/dia 1x/dia até o
endurecidos, podem atingir regionais desaparecimento da
mais de 3 cm de diâmetro. Em (úlcera, supuração e diminuição
seguida há formação de abscesso e significativa do tamanho do
abscesso com amolecimento linfadenopatia gânglio.
central que pode sofrer regional Esses gânglios não devem ser
drenagem espontânea supurada) é de incisados nem fazer exérese.
originando uma fístula 0,387 por mil
residual. vacinados.
Úlcera com Úlcera grande e profunda que Nos primeiros Notificar e acompanhar.
diâmetro maior aparece no local da aplicação e 6 meses. No caso da não cicatrização
que 1 cm não evolui para cicatrização Administrar Isoniazida
dentro de 12 semanas. 10mg/kg/dia 1x/dia até a
Abcesso São frios, indolores e tardios e Nos primeiros regressão completa da lesão.
Subcutâneo têm como causa a aplicação 3 meses.
Frio subcutânea, por erro na
técnica de administração da
vacina. Em torno do local da
aplicação da vacina aparece
uma área de flutuação ou não
(dependendo do tempo de
evolução).
Podem fistulizar.
Isoniazida: Dose máxima de 400mg/dia (apresentação 1cp=100mg)
EVENTOS ADVERSOS DAS VACINAS – DPT

Evento adverso Descrição Tempo para Frequência Conduta


ocorrência
o
Febre ≥39,5 C Inicia-se entre 2 a 1:100 doses Notificar e investigar a
Choro persistente Choro contínuo e inconsolável 8 horas, 1:100 doses existência de relação com
durante 3 horas ou mais. prolongando-se até outras causas.
48 horas após a Tratamento sintomático
vacina. NÃO CONTRAINDICA AS
DOSES SUBSEQUENTES.
Recomendar antitérmico
profilático.
Orientar os pais sobre os
riscos e complicações da
coqueluche.
Episódio Palidez, diminuição do tônus Nas primeiras 48 1:1500 doses Notificar e investigar.
Hipotônico - muscular ou ausência de horas, Tratamento de suporte.
Hiporresponsivo resposta a estímulos principalmente nas Contra indicado DPT
(EHH) diminuída ou ausente. Pode primeiras 6 horas CONTINUAR ESQUEMA
ocorrer cianose, depressão após a vacina. COM DTP ACELULAR.
respiratória, sono prolongado Duração 10 min-4
e perda de consciência. horas
Convulsão Quadro convulsivo, Até 72 horas, 1/5.000 doses
geralmente TCG, duração de quase sempre (observadas
poucos minutos até mais de primeiras 12 horas. nas primeiras
15 minutos, geralmente com 48 horas).
febre e sem sinais
neurológicos focais.
Encefalopatia Convulsões de difícil controle, Nos primeiros 7 1: 110.000 Notificar e investigar.
alteração profunda da dias doses Tratamento a cargo do
consciência e do neurologista.
comportamento. CONTRAINDICA AS
DOSES SUBSEQUENTES
TANTO DE DPT QUANTO
DE DPTa. Completar o
esquema com a DT
(dupla infantil).
EVENTOS ADVERSOS DAS VACINAS – INFLUENZA

Eventos Descrição Tempo evento Frequência Conduta Observação


adversos
Eventos Dor local, eritema, 1 – 2 dias após 10% – Notificar reações Não contraindica
locais enduração a vacinação 64% muito extensas. doses
Dura 48 horas dos Analgésicos, subsequentes.
vacinados se necessário.
Eventos Febre, mialgia, 6-12 horas após - Tratamento Não contraindica
sistêmicos cefaleia, sintomas a vacinação sintomático. doses subsequentes.
“flu”-like de leve Dura 48 horas Afastar diagnósticos
intensidade diferenciais.
Reações Urticária, sibilos, Menos de 2 - Tratamento rápido e Contraindicação
anafiláticas laringoespasmo, horas adequado formal para
edema de lábio, após a vacina doses subsequentes
Hipotensão arterial e
choque.
Síndrome Polirradiculoneurite De 7 – 21 dias - Notificar e investigar. Avaliar
de Inflamatória com até 6 semanas Acompanhamento risco-benefício da
Guillain- lesão de após a especializado revacinação
Barré desmielinização, vacinação
parestesias e
deficiência motora
Ascendente de
intensidade
variável
EVENTOS ADVERSOS DAS VACINAS - TRÍPLICE E TETRA VIRAL

Evento adverso Descrição Tempo evento Frequência Conduta


Cefaleia, Associadas aos Entre o 5o e o 12o 0,5 a 4% dos Notificar e
irritabilidade, componentes do dia após a primovacinados acompanhar
febre baixa, Sarampo e da Rubéola vacinação
conjuntivite e/ou
manifestações
catarrais
Exantema Pode ter extensão variável. Entre o 7o e o 14o 5% dos Notificar e
Dura em torno de 2 dias dia após primovacinados acompanhar
vacinação
Linfadenopatia Associada ao componente Entre o 7o e 21o Menos de 1% dos Investigar e
da Rubéola dia após a primovacinados acompanhar
vacinação
Meningite Relacionada ao componente Entre o 15o e 21o Variável Notificar, investigar e
da Caxumba dia após conforme a cepa Acompanhar.
a vacinação Avaliação clínica e
laboratorial
Contraindicar doses
subsequentes.
Púrpura Geralmente de evolução 2 a 3 semanas 1/30.000 a Notificar e
Trombocitopênica benigna após a vacinação 1/40.000 acompanhar
vacinados Contraindicar doses
subsequentes
Artralgia As articulações mais Entre 1 a 3 25% das Notificar, investigar e
e/ou artrite afetadas são: semanas após mulheres acompanhar, apenas
interfalangeanas, metacarpo a vacinação vacinadas com os casos de artrite
falangeanas, joelhos, a cepa RA 27/3 Tratamento
cotovelos sintomático.
e tornozelos. Associado ao
componente da Rubéola.
Duração de 1 a 3 semanas.
Parotidite, Associado aos componentes 10o ao 21o dia Parotidite: com Investigar e
pancreatite, da caxumba após a vacinação cepa Jeryl Lynn: acompanhar
orquite e (parotidite) 1,6%, com cepa Não contraindica
ooforite Urabe AM9 1 a doses
2% subsequentes
EVENTOS ADVERSOS DAS VACINAS – FEBRE AMARELA

Evento adverso Descrição Tempo entre Frequência Conduta


(EAPV) vacinação e o
EAPV
Manifestações Febre, mialgia A partir <4% Notificar/investigar
gerais e cefaleia do 3º dia (menor em aglomerados de
Sintomas leves por revacinados) casos;
1–2 dias não contraindica
revacinação
Encefalite Febre, meningismo, 7–21 dias 1 em 22 milhões Notificar e
convulsões, torpor investigar também
outras síndromes
neurológicas no
diagnóstico diferencial
Revacinação
contraindicada
Doença Síndrome Primeiros < 1 para Notificação imediata
Viscerotrópica ícterohemorrágica 10 dias 450.000 e coleta urgente de
aguda doses espécimes
Revacinação
contraindicada
IMUNIZAÇÃO NA CRIANÇA HIV POSITIVA

nasc 1m 2m 3m 4m 5m 6m 7m 12m 15 m 18 m 24 m 4-6 a


BCG X
Hepatite B X X X X
DPT X X X X X
Hib X X X X
IPV (Salk) X X X X
Rotavírus X X
Pneumo 10 X X X X
Pneumo 23 X X
Meningo C X X X
SCR * X X
Varicela* X X
Febre Amarela A PARTIR DOS 9 MESES DEPENDENDO DA SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA E
* IMUNOLÓGICA
Influenza X X
Hepatite A X X
* Não aplicar em crianças com imunodepressão moderada-grave
VACINAÇÃO DO ADOLESCENTE COM HIV

Vacina Esquema Observações


Hib 2 doses com intervalo de 2 meses nos menores de
19 anos não vacinados na infância
Pnemo 23 2 doses c/ intervalo de 5 anos, independente da
idade
Meningo C Uma dose
Hepatite B 4 doses, aos 0, 1, 2, 6 a 12 meses Usar o dobro da dose
SCR 2 doses com intervalo mínimo de 4 semanas para Aplicar conforme contagem de CD4
aqueles não vacinados na infância
Varicela 2 doses com intervalo de 1-3 meses Avaliar risco/benefício individual conforme
situação imunológica
Febre 1 dose a cada 10 anos Avaliar risco/benefício individual conforme
Amarela situação imuno e epidemiológica da região
Influenza Dose anual
Hepatite A Aplicar 2 doses com intervalo de 6 meses Apenas para portadores de VHB ou VHC ou
hepatopatas crônicos
dT 1 dose a cada 10 anos a partir de 15 anos de idade Gestantes devem seguir a orientação habitual
PROFILAXIA PRIMÁRIA INFECÇÕES OPORTUNISTAS

Patógeno Indicação 1ª Escolha Alternativo


Pneumocystis Crianças de 4-6 sem a 12 m SMX-TMP: 750mg de Dapsona: 2mg/kg/dia (max 100
jiroveci de idade, com infecção SMX/m2/dia, de 12/12h mg) ou 4mg/kg, 1x/semana (max
definida ou indeterminada 3x/semana, em dias 200 mg)
1-5 anos: CD4< 500 ou 15% consecutivos ou alternados Crianças ≥5 anos: pentamidina
6-12 anos: CD4< 200 ou aerosol
15% 300mg, 1x/mês ou Atovaquona
Mycobacteriu Contato intradomiciliar de Isoniazida: 10-15mg/kg/dia
m paciente com doença ativa (max.300mg), por 6 meses
tuberculosis independente do PPD
Realizar PPD anual acima de 2
anos de idade e indicar
profilaxia se induração ≥5mm
Micobacteriose <12 meses: CD4 <750 Azitromicina: 20mg/kg/dia, Azitromicina, 5mg/kg (max.
atípica (MAI) 1-2 anos: CD4 <500 1x/semana ou 250mg) VO, diariamente
2-6 anos: CD4 <75 Claritromicina: 15mg/kg/dia
≥6 anos: CD4 <50 2x/dia
Toxoplasma Sorologia positiva (IgG) SMX-TMP: 750mg de Sulfadiazina: 75mg/kg/dia 12/12h
gondii para toxoplasmose e CD4 SMX/m2/dia, de 12/12h, + pirimetamina 1mg/kg/dia, 1x/dia
<15% (abaixo de 6 anos) diariamente + acido folínico 5-10mg/dia,
ou CD4 <100/mm3 (6 anos 3x/semana
ou mais) Ou: dapsona, 2mg/kg/dia, 1x/dia
+ pirimetamina + acido folínico
PROFILAXIA SECUNDÁRIA INFECÇÕES OPORTUNISTAS

I . Por tempo indeterminado


Patógeno Indicação 1ª Escolha Critérios de Descontinuação
Citomegalovíru Doença prévia Ganciclovir 6mg/kg/dia, Se preencher todos os critérios abaixo:
s IV, 5x/semana ou  ter completado ≥6 meses de TARV;
10mg/kg/dia,  ter consultado o oftalmologista;
IV, 3x/semana  idade de 1-6 anos com contagem ou % CD4 >500 ou
≥15% por >3 meses consecutivos;
 idade >6 anos com contagem de CD4 >100 por >3
meses consecutivos.
O seguimento oftalmológico rotineiro (a cada 3-6 meses) é
recomendado para detecção precoce de recidiva ou uveíte de
restauração imune
Pneumocystis Pneumocistose SMX-TMP: 750mg de Preencher todos os critérios abaixo:
jiroveci prévia SMX/m2/dia de 12/12h, Ter completado ≥6 meses de TARV;
3x semana, em dias Idade de 1-5 anos: CD4 ≥500 ou 15% por 3 meses
consecutivos ou consecutivos;
alternados Idade ≥6 anos: CD4 ≥200 ou 15% por 3 meses consecutivos
Toxoplasma Encefalite por Sulfadiazina 85- Preencher todos os critérios abaixo:
gondii toxoplasma 120mg/kg/ dia, 12/12h Ter completado ≥6 meses de TARV;
prévia + Pirimetamina Ter completado a terapia inicial para encefalite por toxoplasma;
1mg/kg/dia (max. Não ter sintomas de encefalite por toxoplasma;
25mg) + acido folínico Idade de 1-5 anos: CD4 ≥15% por ≥3 meses consecutivos;
5mg/dia, a cada 3 dias Idade ≥6 anos: contagem de CD4 ≥200 ou 15% por >3 meses
Micobacteriose Doença prévia Claritromicina Preencher todos os critérios abaixo:
atípica (MAI) 15mg/kg/dia Ter completado ≥6 meses de TARV;
12/12h + Etambutol 15- Ter completado ao menos 12 meses de terapia para MAC;
25 mg/ kg/dia Não ter sintomas de MAC;
Idade de 2 a 5 anos: CD4 ≥200 por ≥6 meses consecutivos;
Idade ≥6 anos: CD4 >100 por ≥6 meses consecutivos

II- Somente em caso de episódios recorrentes frequentes e graves


Infecções bacterianas Graves recorrentes (meningite, IVIG 400mg/kg/mês ou SMX-TMP 750mg SMX/m2/dia, duas doses
pneumonia, septicemia, infecções ósseas ou diárias
articulares) mais que 2 episódios/ano
Candidíase esofágica recorrente/grave Fluconazol: 3-6mg/kg/dia (max.200mg)
GERMES ASSOCIADOS COM AS PRINCIPAIS CATEGORIAS DE IMUNODEFICIÊNCIAS PRIMÁRIAS
Imunodeficiência Vírus Bactérias Fungos Micobactérias Protozoários
Deficiências de Anticorpos Enterovírus S. pneumoniae Não Não G. lamblia
Agamaglobulinemia ligada ao H. influenzae
X, aga-maglobulinemia M. catarrhalis
autossômica recessiva, S. aureus
imunodeficiência Comum P. aeruginosa
Variável, deficiência seletiva S. pyogenes
de IgA, deficiência de N. menigitidis
Subclasse de IgG, deficiência Mycoplasma
específica de Anticorpos, sp.
hipogamaglobulinemia Campylo jejuni
Transitória da Infância,
síndrome de Hiper IgM
Deficiências de Imunidade Varicela Salmonella sp, C. albicans Micobactérias Pneumocystis
celular CMV,EBV H. não tuberculose jiroveci, T.
HSV capsulatum inclusive BCG gondii
Rotavírus Aspergillus Giardia lamblia
Sarampo sp. Strongyloides
C. immitis Cryptosporidiu
C. m sp,
neoformans
Deficiência combinada Varicela Todos da ID C. albicans Micobactérias Pneumocystis
SCID CMV,EBV Humoral e H. não tuberculose jiroveci
Síndrome de Wiskott-Aldrich HSV,HHV6 mais: capsulatum inclusive BCG Toxoplasma
Ataxia Telangiectasia VSR L. Aspergillus gondii
Síndrome de DiGeorge Parainfluenza monocytogene sp. Cryptosporidiu
Deficiência de ligação do CD40 s C. immitis m parvum
Salmonella sp. C. Microsporidium
Enterobactérias neoformans sp
Defeito de Fagócitos Não S. aureus, P. Aspergillus Micobactérias Não
Doença Granulomatosa Aeruginosa, S. sp não tuberculose
Crônica Marcescens, Candida sp inclusive BCG
Defeitos de Adesão Salmonella sp.
Leucocitária Burkholderia
Síndrome de hiper IgE cepacia,
Síndrome de Chediak-Higashi Nocardia ,
Neutropenias Enterobactérias
Deficiência de Não S. pneumoniae Não Não Não
complemento H. influenzae
N. menigitidis
IMUNODEFICIÊNCIAS – EXAMES DE TRIAGEM

Deficiências Defeitos Predominantes Defeitos de Deficiência de


Predominantes de de Linfócitos T Fagócitos Complemento
Anticorpos (células B) (imunidade celular)
Exames Dosagem de IgG , IgA , Hemograma: morfologia e Hemograma: Complemento
triagem IgM séricas número de Linfócitos número e Hemolítico Total
Dosagem de Rx de Tórax: Imagem morfologia dos (CH50)
Isohemaglutininas Tímica neutrófilos e
Dosagem de Anticorpos Testes Cutâneos de monócitos
Vacinais: ex: Rubéola, Hipersensibilidade Tardia: Teste do N.B.T.
Poliovirus, Sarampo PPD, Candidina, SK-SD,
Tétano
Avaliação Subclasses de IgG Quantificação de Linfócitos
complementar Níveis de anticorpos após T: CD3, CD4 e CD8
vacinas com antígenos Resposta linfoproliferativa
polissacárides a fitohemaglutinina (PHA)
(pneumococos)
Quantificação de Linfócitos
B (CD19)

VALORES NORMAIS DE LINFÓCITOS

Linfócito T Total (marcador CD2) Linfócito B Total (marcador CD19)


% mm3 % mm3
0-6 meses 55-88% 3929-5775 11-45% 432-3345
6-12 meses 55-88% 3806-4881 11-45% 432-3345
12-18 meses 55-88% 3516-3868 11-45% 432-3345
18-24 meses 55-88% 3101-3868 11-45% 432-3345
24-30 meses 55-88% 2649-3639 11-45% 432-3345
30 meses- 3 anos 55-88% 2236-3463 11-45% 432-3345
> 3 anos 65-84% 1230-4074 9-29% 200-1259
adultos 61-89% 1035-3560 6-17% 90-680
VALORES NORMAIS DE IMUNOGLOBULINAS

IGA mg/dL IGM IGG IGG1 IGG2 IGG3 IGG4


mg/dL mg/dL mg/L mg/L mg/L mg/L
0-12m 0-83 0-145 232-1411 Até 2 anos 1700-9500 215-4400 134-694 4-1200
1-3 anos 20-100 19-146 453-916 2-4 anos 2900-10650 280-3150 35-705 8-900
4-6 anos 27-195 24-210 504-1465 4-6 anos 3300-10650 565-3450 75-1256 18-1155
7-9 anos 34-305 32-208 572-1474 6-8 anos 2250-11000 420-3750 91-1069 3-1380
10-11 anos 53-204 31-108 698-1560 8-10 anos 3900-12350 610-4300 100-975 11-945
12-13 anos 58-359 35-239 759-1550 10-12 anos 3800-14200 730-4550 156-1938 14-1530
14-15 anos 47-249 15-188 716-1711 12-14 anos 1650-14400 710-4600 115-1775 15-1425
16-19 anos 61-348 23-259 549-1584 14-18 anos 1150-10200 435-4950 75-2088 45-1635
Adultos 82-453 46-304 751-1560 Adultos 2396-10835 1235-5487 276-1344 84-888
homem
Adultos mulher 3422-11178 1476-5246 211-1142 69-888

VALORES NORMAIS DE LINFÓCITOS

Linfócitos CD3 Linfócitos CD4 Linfócitos CD8


% mm3 % mm3 % mm3
0-6 meses 55-82% 3500-5000 55-57% 2800-3900 8-31% 350-2500
6-12 meses 55-82% 3400-4600 49-55% 2600-3500 8-31% 350-2500
12-18 meses 55-82% 3200-3900 46-51% 2300-2900 8-31% 350-2500
18-24 meses 55-82% 2800-3500 42-48% 1900-2500 8-31% 350-2500
24-30 meses 55-82% 2300-3300 38-46% 1500-2200 8-31% 350-2500
30 meses- 3 anos 55-82% 1900-3100 33-44% 1200-2000 8-31% 350-2500
> 3 anos 55-82% 100-3900 27-57% 560-2700 14-34% 330-1400

Relação CD4/CD8: 0-36 meses: 1,17-6,22


> 3 anos: 0,98-3,24
TRATAMENTO DAS INFECÇÕES INVASIVAS POR CÂNDIDA

Primeira Escolha Alternativa Tempo de Observações


Tratamento
Candidemia ou FLUCONAZOL (com ANFO-D ou Tratar por 14 dias a É fortemente
Candidíase dose de ataque) ou ANFO- L partir da primeira recomendado
disseminada em EQUINOCANDINA HMC negativa remover o acesso
NÃO (preferível em associada a vascular
NEUTROPÊNICOS pacientes clinicamente resolução dos Caso necessário,
instáveis e/ou com sintomas e ausência ajustar o espectro
exposição prévia a de complicações após o resultado da
Antifúngicos Azólicos) metastáticas cultura.

Não existe mais o Transicionar para


conceito de Dose Fluconazol quando
Acumulada no for identificada uma
caso de infecções espécie sensível e o
por Candida. paciente estiver
Candidemia ou EQUINOCANDINA ou FLUCONAZOL em Tratar por 14 dias a clinicamente
Candidíase ANFO-D ou pacientes com quadro partir da primeira estável.
disseminada em ANFO- L clinico leve e sem HMC negativa
NEUTROPÊNICOS exposição prévia a associada a Recomendado
Antifúngicos Azólicos) resolução dos exame de Fundo de
ou VORICONAZOL sintomas e da Olho em todos os
quando se deseja neutropenia e pacientes ao final de
cobertura também de ausência de primeira semana de
Fungos Filamentosos complicações tratamento
metastáticas
Candidemia ANFO-D ou ANFO-L (caso não Tratar por 3 É fortemente
NEONATAL FLUCONAZOL (com haja acometimento semanas a partir da recomendado
dose de ataque) renal) ou primeira HMC remover o acesso
EQUINOCANDINA negativa associada vascular
(Micafungina é a a resolução dos Recomendado: LCR
única liberada para sintomas e ausência e fundo de olho de
uso em recém de complicações TODOS OS
nascidos) metastáticas PACIENTES
Realizar ECO e US
renal e abdominal
em caso de
candidemia
refratária
Primeira Escolha Alternativa Tempo de Observações
Tratamento
Endocardite ANFO- L ou ANFO- D Transicionar para No mínimo 6 A troca valvar é
com ou sem 5- FLUCONAZOL após a semanas fortemente
FLUCITOSINA ou negativação da HMC se recomendada. Quando
EQUINOCANDINA a espécie de Candida não for possível,
for sensível e o recomenda-se terapia
paciente estiver estável supressiva com
Fluconazol por toda a
vida
Tromboflebite ANFO- L ou ANFO- D Manter por pelo Obrigatória a remoção
séptica ou menos 14 dias após do acesso venoso. A
FLUCONAZOL ou primeira HMC drenagem ou excisão
EQUINOCANDINA negativa da veia, qdo viável, é
fortemente
recomendada.
Meningite ANFO- L com ou sem FLUCONAZOL desde o Até a resolução dos Remover dispositivos
5-FLUCITOSINA por início apenas em casos
sintomas, intraventriculares
várias semanas de contraindicação ounormalização do LCR
seguida de intolerância à Anfo-Le resolução das
FLUCONAZOL alterações
tomográficas
Endoftalmite FLUCONAZOL ou ANFO- L ou 4-6 semanas Discutir intervenção
ANFO- D com ou VORICONAZOL conforme exame cirúrgica e uso de
sem 5-FLUCITOSINA oftalmológico Anfotericina intravitrea
Osteomielite e FLUCONAZOL (sem ANFO-D ou ANFO-L por 6-12 meses Frequentemente é
Discite dose de ataque) algumas semanas necessário o
seguida de desbridamento cirúrgico
FLUCONAZOL VO até
completar o tempo de
tto
Artrite Idem osteomielite Idem osteomielite Pelo menos 6 O desbridamento e a
semanas remoção de próteses
articulares são sempre
recomendados
Candidíase Pacientes estáveis: EQUINOCANDINA por Duração do Transicionar para
Disseminada FLUCONAZOL (sem 1-2 semanas e seguida tratamento é Fluconazol após
Crônica dose de ataque) de FLUCONAZOL indeterminada, algumas semanas
Casos graves: geralm/e vários sempre que possível
ANFO-D ou ANFO- L meses (até a
por 1-2 semanas e resolução das lesões)
seguida de Deve ser mantido
FLUCONAZOL durante os períodos
de imunossupressão.
DROGAS E DOSES

Adultos Crianças Recém nascidos


Fluconazol
Dose Ataque 800 mg no primeiro dia 12mg/kg/dia (1x/dia) 25mg/kg/dose no 1º dia
Dose Manutenção 400 mg 1x/dia 12mg/kg/dose 1x/dia
Itraconazol 200 mg de12/12h 2,5 mg/kg/dose de 12/12h Não recomendado
Voriconazol
VO 400 mg de 12/12h no primeiro dia e 9 mg/kg/dose de 12/12h SEM Não liberado abaixo de
após 200 mg de 12/12h DOSE DE ATAQUE 2 anos de idade
EV 6mg/kg/dose de 12/12h no primeiro dia (no máximo 200mg/dose VO e
e após 3-4mg/ kg/ dose de 12/12h 350mg/dose EV)
Anfotericina 0,5-1 mg/kg/dia 0,5-1 mg/kg/dia 1-1,5mg/kg/dia
Deoxicolato
Anfotericina 3-5mg/kg/dia 3-5mg/kg/dia 3-5mg/kg/dia
Lipossomal
Anfotericina 2,5-5mg/kg/dia 2,5-5mg/kg/dia 2,5-5mg/kg/dia
Complexo Lipídico
Anfotericina 5mg/kg/dia 5mg/kg/dia 5mg/kg/dia
Dispersão Coloidal
Caspofungina
Dose Ataque 70 mg no primeiro dia Acima de 3 meses de idade Não liberado*
70mg/m2/dose no primeiro dia
Dose Manutenção 50 mg 1x/dia 50mg/m2/dose 1x/dia
Micafungina 100mg/dia 4-12mg/kg/dia 10-12mg/kg/dia
Anidulafungina
Dose Ataque 200 mg no primeiro dia Não liberado** Não liberado
Dose Manutenção 100 mg 1x/dia
5-Flucitosina 25mg/kg/dia de 6/6h Não recomendado
TRATAMENTO DAS INFECÇÕES NÃO INVASIVAS POR CÂNDIDA

Primeira Escolha Alternativa Tempo de


tratamento
Orofaríngea Quadros Leves: NISTATINA ITRACONAZOL 200mg 7-14 dias
suspensão ou Miconazol gel oral 4 (2,5mg/kg/dose) de
x/dia 12/12h ou ANFO-D:
Quadros Refratários: FLUCONAZOL 0,3mg/kg/dia
200 mg (6mg/kg) no primeiro dia
seguida de 100 mg/dia (3mg/kg/dia)
Esofágica FLUCONAZOL 200 mg (6mg/kg) no EQUINOCANDINA ou 14-21 dias
primeiro dia seguida de 100 mg/dia ITRACONAZOL 200mg de (se Anfotericina ou
(3mg/kg/dia) ou ANFO-D: 0,3- 12/12h Equinocandina 7-14
0,7mg/ kg/ dia dias)
Cândida isolada em Não deve ser tratada pois representa apenas colonização
material do trato
respiratório
PROFILAXIA EM SITUAÇÕES CLÍNICAS
Situação Indicação Droga e Dose Alternativa
ITU em Crianças Crianças abaixo de 2-3 anos de Nitrofurantoína: Lactentes menores de 2 meses
idade com malformações do trato 1-2mg/kg 1x/dia (máximo de idade:
urinário e/ou refluxo vesico 100mg/dia) Cefalexina:
ureteral grau III a V Apenas em crianças > 6 12,5 mg/kg/dose de 12/12 horas
meses (máximo 250 mg/dose )
SMX/TMP: Maior seleção de germes
2mg/kg/dose de TMP 1x/dia resistentes
(máximo 150 mg/dia de TMP)
Apenas em crianças > 2
meses
Profilaxia de Doença Falciforme: Iniciar aos 3 Penicilina Benzatina: A cada Amoxicilina 20mg/kg/dia 1x/dia
infecção meses de idade e manter até os 5 21 dias Em casos de alergia à Penicilina:
pneumocócica em anos de idade até 10kg: 300.000UI Eritromicina 20mg/kg/dose VO
esplenectomia, de 10 a 25kg: 600.000UI de 12/12h
asplenia ou doença Esplenectomia: Iniciar ≥25kg: 1.200.000UI
falciforme imediatamente após a cirurgia Penicilina V: Diariamente
Manter por 3 anos após a <15kg: 125mg de 12/12h
esplenectomia ou até a idade de 5 de 15 a 25kg: 250mg de
anos 12/12h
≥25 kg: 500mg de 12/12h
Profilaxia da OMA A eficácia da profilaxia em reduzir Amoxicilina 20 mg/kg, uma SMX/TMP 20mg/kg/dia de SMX,
recorrente a os episódios recorrentes é vez ao dia por 6 meses 1x/dia por 6 meses (inverno e
Definição de pequena e há risco de seleção de (inverno e primavera) primavera)
recorrência: 3 ou resistência. Deve ser indicada com
mais episódios em 6 MUITA cautela, em casos
meses ou 4 específicos e nunca mantida por
episódios em 1 ano mais de 6 meses
Pneumocistose Pacientes com HIV: SMX/TMP:
 Lactentes de 6 semanas até 1 ano de idade com infecção pelo HIV Crianças: 150 mg/m2/dia ou 5
comprovada ou indeterminada independente do CD4 mg/ kg/dia de 12/12h de TMP, 3
 Crianças de 1-5 anos com CD4 <500 ou 15% vezes/ semana
 Pacientes > 5 anos com CD4 <200 ou 15% Máximo: 160mg de TMP/dose
Pacientes não HIV:
 Uso de Corticoides em dose ≥ 20mg/dia de Prednisona ou equivalente
Alternativa:
por um mês ou mais associado a outra causa de imunodepressão
Pentamidina aerossol: 300 mg
 Combinação de drogas imunossupressoras como inibidores de TNFα
com corticoide em alta dose ou outro tipo de imunossupressão em crianças >5 anos 1x/mês, ou
 Tratamento de polimiosite/dermatomiosite com fibrose pulmonar Pentamidina EV: 4 mg/kg/dose,
intersticial com corticoide 1x/mês
 Algumas imunodeficiências primárias: SCID, linfocitopenia CD4 Dapsona: 2 mg/kg, via oral, dose
idiopática, síndrome de hiper IgM única diária.
 Pacientes com doença reumatológicas recebendo ≥ 20mg/dia de
Prednisona ou equivalente por um mês ou mais associado a uma
segunda droga imunossupressora
 Pacientes com Granulomatose de Wegener recebendo Metotrexate em
combinação com alta dose de corticoides
 Leucemia Linfóide Aguda
 Após TMO Autólogo ou Alogênico (por 6 meses após o transplante ou
mais de 6 meses caso haja manutenção do uso de imunossupressores
ou GVHD)
 Receptores de Tx de órgãos sólidos em uso de medicações anti
rejeição
 Tratamento com análogos da purina (Fludarabina) ou outro agente
depletor de células T
 Uso concomitante de Temozolomida e radioterapia
 Uso de Alemtuzumab (anticorpo monoclonal anti CD52)
 Desnutrição grave, especialmente proteica
PBE em cirróticos Após primeiro episódio de PBE, Norfloxacina 400mg 1x/dia SMX/TMP 800mg SMX/160mg
sangramento TGI ou ascite com De 12/12h quando em TMP (1cp F) 1x/dia ou de 12/12h
proteína < 1g/dL vigência de sangramento se em vigência de sangramento
agudo agudo
Oftalmia neonatal Nitrato de prata a 1% ou As crianças nascidas de mães com doença gonocócica não tratada
Aplicar na primeira Colírio de eritromicina a 0,5% ou devem receber Ceftriaxona 25 a 30 mg/kg ou Cefotaxima 100
hora após o Colírio de Tetraciclina a 1%. mg/kg, dose única IM, além da profilaxia local
nascimento
Doença Pessoas que tiveram contato com o caso-índice nas seguintes Rifampicina:
meningocócica situações: Crianças de 1 mês- 12 anos:
a) Contactantes Domiciliares* 10mg/kg/dose de 12/12h por 2
Deve ser iniciada b) Indivíduos que compartilham o mesmo dormitório em quartéis dias
preferencialmente ou orfanatos Recém-nascidos: 5 mg/kg/dose
nas 1ªs 24 horas c) Contactantes de Creche ou Pré-escola que frequentem a mesma de 12/12h por 2 dias
após o diagnóstico sala e período Adultos: 600mg/dose de 12/12h
do caso; porém, a d) Pessoas que tenham tido relação íntima com o paciente, com por 2 dias
VE indica a mesma possível exposição a secreções orais (ex: beijos). ALTERNATIVA:
até 30 dias após o e) Profissional de saúde SOMENTE nos casos em que houve Ceftriaxona:
contato respiração boca a boca, intubação ou aspiração de vias aéreas Menores de 12 anos: 125 mg
sem o uso de máscara. Crianças > de 12 anos e adultos:
f) Os pacientes tratados com Penicilina ou Ampicilina também 250 mg
devem receber a quimioprofilaxia antes da alta hospitalar Dose única IM
INDEPENDENTE DO ESTADO VACINAL DO CONTACTANTE. Ciprofloxacina: 500mg dose
única, VO para maiores de 18
anos
Varicela APENAS na impossibilidade de IgEV ou vacina Aciclovir 40mg/kg/dia VO de 6/6
Iniciar entre o 7º e o 9º dia pós exposição, mantendo até o 14º máximo 800mg/dose
dia
Infecção invasiva a) Contactantes Domiciliares* DESDE QUE haja no mesmo Rifampicina:
por HiB domicílio uma outra criança menor de 5 anos além do caso Crianças de 1 mês - 12 anos:
índice 20mg/kg/dose 1x/dia por 4 dias
Deve ser iniciada b) Contactantes Domiciliares* de criança imunodeprimida Recém-nascidos: 10 mg/kg/dose
preferencialmente independente da idade e estado vacinal da mesma 1x/dia por 4 dias
nas 1ª s 24 horas c) Creche ou Pré-escola: quando houver comunicantes próximos < Adultos: 600mg/dose 1x/dia por
após o diagnóstico 2 anos caso haja um segundo caso confirmado dentro de um 4 dias
do caso; porém, a período de 60 dias ALTERNATIVA:
VE indica a mesma d) Profissional de saúde SOMENTE nos casos em que houve Ceftriaxona:
até 30 dias após o respiração boca a boca, intubação ou aspiração de vias aéreas Menores de 12 anos: 125 mg
contato sem o uso de máscara e o mesmo tenha em casa uma criança Crianças > de 12 anos e adultos:
< 5 anos 250 mg
Pacientes tratados com Ampicilina, Penicilina ou Cloranfenicol caso Dose única IM
sejam menores de 2 anos de idade ou tenham em casa uma outra Ciprofloxacina: 500mg dose
criança menor de 5 anos também devem receber quimioprofilaxia única, VO para maiores de 18
antes da alta hospitalar anos

Coqueluche  Crianças menores de 1 ano que tenham tido contato íntimo com Azitromicina:
um caso de coqueluche independente da situação vacinal < 6 meses: 10mg/kg 1x/dia por
 Crianças com idade entre 1-7 anos não vacinadas ou com 5 dias
esquema vacinal incompleto (menos de 4 doses) que tenham ≥ 6 meses: 10mg/kg (máximo
tido contato íntimo com um caso de coqueluche 500mg) no primeiro dia e após 5
 Comunicantes adultos que trabalhem em profissões que mg/kg (máximo 250mg) 1x/dia
envolvam o contato direto e frequente com menores de 1 ano por mais 4 dias
ou imunodeprimidos (estes devem ser afastados de suas ALTERNATIVA: outros
atividades, por 5 dias após o início do uso do antimicrobiano), Macrolídeos ou SMX-TMP (ver
 Comunicantes adultos que residam com crianças < 1 ano de doses em texto próprio)
idade
 Comunicantes que são imunodeprimidos
Tuberculose Adultos Isoniazida: 10 mg/kg, uma vez
 PPD inicial ≥ 5mm ao dia (máximo de 300 mg)
 Conversão do PPD (incremento de pelo menos 10 mm em durante 6 meses.
relação ao PPD anterior) No caso de intolerância ou
Crianças toxicidade hepática à Isoniazida,
 PPD ≥ 5mm (em crianças não vacinadas ou vacinadas há mais recomenda-se o uso da
de 2 anos ou portadora de qualquer condição Rifampicina na dose diária de 10
imunossupressora) mg/kg/dia (máximo de 600 mg)
 PPD ≥ 10 mm em cças vacinadas com BCG há menos de 2 anos por três meses
 Conversão do PPD (incremento de pelo menos 10 mm em
relação ao PPD anterior)
Pacientes com HIV / AIDS
 Radiografia de tórax normal e:
 PPD ≥ 5 mm
 Contatos intradomiciliares ou institucionais de pacientes
bacilíferos independentemente do PPD
 PPD < 5 mm com registro documental de ter tido PPD ≥ 5
mm e não submetido a tratamento ou quimioprofilaxia na
ocasião
Radiografia de tórax com presença de cicatriz radiológica de TB,
sem tratamento anterior para TB (afastada possibilidade de TB
ativa através de exames de escarro, radiografias anteriores e se
necessário, TC de tórax), independentemente do resultado do PPD.
Influenza  Idade igual ou superior a 60 anos Oseltamivir:
 Indivíduos >1 ano de idade não vacinados portadores de < 15kg=30mg
doença crônica cardíaca, renal ou pulmonar (asma, DPOC, ICC) 15-23kg =45mg
diabetes mellitus ou doenças imunossupressoras inclusive 24-40 kg=60mg
HIV/AIDS >40kg= 75mg
 Profissionais de saúde não vacinados expostos ao vírus sem EPI 1x/dia por 10 dias
Doença Profilaxia de doenças bacterianas invasivas:  SMX/TMP 5mg/kg/dia de TMP
Granulomatosa de 12/12h diariamente pelo
Crônica resto da vida. (Máximo
320mg/dia)
Alérgicos à Sulfa: TMP como
único agente ou Cefalosporinas
de 1ª geração.
Profilaxia de Aspergilose Itraconazol
– < 50kg 100mg/dia 1x/dia
– ≥ 50 kg: 200mg/dia 1x/dia
A cápsula do Itraconazol deve ser
ingerida inteira, jamais dividida
ou diluída
Após exposição Gonorréia Ceftriaxona: 125mg IM dose
sexual não Sífilis única em crianças
consentida Adultos ou > 45kg: 250mg IM
dose única
Clamydia trachomatis e Cancro Mole Azitromicina: 20mg/Kg dose
única
Máximo: 1g/dose
ALTERNATIVA: Doxicilina 100 mg
de 12/12h, por 7 dias (apenas
em maiores de 8 anos)
Tricomoníase e vaginose bacteriana Metronidazol : 40mg/Kg dose
Desnecessária em meninos única
Máximo: 2g/dose
Endocardite - Procedimentos dentários que SEMPRE DOSE ÚNICA Pacientes alérgicos às Penicilina:
Bacteriana envolvam manipulação do tecido Amoxicilina: 50mg/kg /dose, Clindamicina: 20mg/kg VO, IM
Guideline AHA 2007 gengival, região periapical do VO, 30-60 min antes do ou EV, 1 hora antes do
dente ou perfuração da mucosa procedimento procedimento
Ver afecções oral Adultos: 2g/dose (Adultos: 600mg/dose )
cardíacas de risco - Procedimentos com incisão ou Ampicilina: 50 mg/kg/dose, Cefalexina: 50mg/kg /dose, VO,
abaixo biópsia da mucosa respiratória (ex IM ou EV, 30 min antes do 30-60 min antes (Adultos:
amigdalectomia, adenoidectomia) procedimento 2g/dose)
- Procedimentos em pele ou Adultos: 2g/dose Cefazolina: 50mg/kg /dose IM
partes moles infectados ou EV, 30 min antes
(Adultos:1g/dose)
Situações de Risco Situações SEM Risco Aumentado
 Endocardite bacteriana prévia  Outras malformações cardíacas congênitas (PCA, CIV, CIA,
 Prótese valvar CoAo, válvula aórtica bicúspide)
 Cardiopatia congênita cianótica incluindo shunts  Disfunção valvular adquirida (ex: reumática)
paliativos  Prolapso de válvula mitral com ou sem regurgitação
 Cardiopatia congênita reparada com material protético  Cirurgia de artéria coronariana com by-pass
há menos de 6 meses  Sopro funcional ou fisiológico
 Cardiopatia congênita reparada com defeito residual  Doença de Kawasaki prévia
adjacente ao local do material protético  Marca-passo cardíaco ou implante de desfibrilador
 Após Tx cardíaco que desenvolve valvopatia
Febre Reumática Iniciar ao diagnóstico, duração ver Penicilina Benzatina: a cada Pacientes alérgicos a Penicilina:
Profilaxia quadro abaixo 21 dias Sulfadiazina:
secundária < 20 kg: 600.000 U < 30kg: 500mg 1x/dia
≥ 20 kg: 1.200.000 U ≥ 30kg: 1g 1x/dia
Diretrizes Penicilina V: Alérgicos a Penicilina E Sulfa:
Brasileiras para o 250 mg de 12/12h Eritromicina: 250mg VO de
Diagnóstico, diariamente 12/12h
tratamento e Categoria Duração
prevenção de Febre FR sem cardite prévia Até 21 anos ou 5 anos após o último surto, o que cobrir maior
Reumática 2009 período
FR com cardite prévia, com Até 25 anos ou 10 anos após o último surto, valendo o que cobrir
resolução da lesão valvar ou maior período
apenas insuficiência mitral leve
residual
Lesão valvar residual moderada a Até os 40 anos ou por toda a vida
severa
Apos cirurgia valvar Por toda a vida
Estreptococo Início de Trabalho de parto E: Penicilina cristalina: 5 milhões Pacientes Alérgicos à Penicilina:
do grupo B em a) Colonização pelo SGB na gestação UI dose de ataque e Cefazolina 2g dose de ataque e
gestantes atual 2,5milhões de 4/4h até o parto 1g de 8/8h até o parto (quando
b) RN anterior infectado pelo SGB Ampicilina 2g dose de ataque não se tratar de
Iniciar no c) Bacteriúria assintomática ou ITU por e 1g de 4/4h até o parto hipersensibilidade tipo I)
início do SGB em qualquer momento da Clindamicina 900 mg de 8/8h
trabalho de gestação atual mesmo que tratada e até o parto
parto ou no com urocultura controle ou swab Vancomicina 1g de 12/12h até
momento da negativos o parto apenas em caso de
ruptura das d) Cultura desconhecida ou não realizada resistência do SGB à
membranas e nas seguintes situações: Clindamicina
manter até o  Trabalho de parto prematuro ou
nascimento. amniorrexe com IG < 37 semanas
Para ser  Ruptura de membranas ≥18h
considerada  Temperatura materna intraparto
adequada, a ≥38°C
profilaxia deve Profilaxia não Indicada:
ser feita por  Swab colhido nas últimas 5 semanas
pelo menos 4h com resultado negativo mesmo na
antes do presença de fatores de risco
nascimento  Colonização ou bacteriúria pelo SGB
em gestação anterior sem
acometimento do RN
 Parto Cesáreo realizado antes do
início do trabalho de parto em
gestantes com as membranas
íntegras, independente da idade
gestacional e da presença ou não de
colonização

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