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das ideias

À forma de jogar
Copyright 2018 Futebol Interativo / Natal – RN ©

Coordenador
Maickel Bach Padilha

Autores
Anderson Borges
Guilherme Cangussú Lima
João Manuel Ferreira Ribeiro
Luis Alberto de Souza Esteves
Luis Herney Melo Castro
Maickel Bach Padilha
Marcelo Vilhena
Marco Antônio Mattos dos Reis
Rafael Paukoski Fernades
Renato Buscariolli

Designer Editorial e Interação


José Antonio Bezerra Junior

Capa
Jardel Dantas da Rocha

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W W W.FUTEBOLINTER ATIVO.COM.BR
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SUMÁRIO

1  MODELO DE JOGO: DAS IDEIAS AOS CONCEITOS,................................................. 4


Construção do Modelo de Jogo: Uma Visão Sistêmica,......................................... 5
Modelo de jogo: Fatores e características que influenciam o seu
desenvolvimento,................................................................................................................ 6
Perfil dos autores,...................................................................................................................... 9

2 CONSTRUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO MODELO DE JOGO: PRINCÍPIOS E


CONCEITOS ACERCA DOS MOMENTOS DE JOGO,............................................... 10
Organização Defensiva,................................................................................................... 11
Organização Ofensiva,..................................................................................................... 12
Perfil dos autores,.................................................................................................................... 14

3  IDEAIS DO TREINADOR: CONHECIMENTO, FORMAÇÃO E EXPERIÊNCIA,..... 15


Da ideia à construção da forma de jogar na formação de equipes em
diferentes contextos,........................................................................................................ 16
Perfil dos autores,.................................................................................................................... 17

4  PRINCÍPIOS METODOLÓGICOS DO TREINO NA OPERACIONALIZAÇÃO


~MODELAÇÃO~ DA FORMA DE JOGAR DO MODELO DE JOGO,...................... 18
Tendência evolutivas, Metodologias e Princípios do treino para
operacionalizar ~modelar~ uma forma de jogar específica,.................... 19
Operacionalização do modelo de jogo (uma forma de jogar) no processo de
treino,...........................................................................................................................20
Organização do Morfociclo Semanal,..............................................................20
Perfil dos autores,....................................................................................................................22

5  IMPORTÂNCIA DA REFLEXÃO E ANÁLISE DO PRÓPRIO MODELO DE JOGO,.23


Observação e Análise da forma de jogar do Modelo de Jogo,.................24
Perfil dos autores,....................................................................................................................25

TÓPICO ESPECIAL,..................................................................................................................26
O papel do preparador físico inserido na construção do modelo de jogo,....26
Perfil do autor,.......................................................................................................................... 29

REFERÊNCIAS, .........................................................................................................................30
Capítulo

1
MODELO DE JOGO
DAS IDEIAS AOS CONCEITOS

GUILHERME CANGUSSÚ LIMA


MAICKEL BACH PADILHA
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Construção do Modelo de Jogo:


Uma Visão Sistêmica
Atualmente existem várias linhas de trabalho no processo de construção da
forma de jogar de um modelo de jogo, que defendem uma preparação mais es-
pecífica, e semelhante ao que acontece na competição, deixando um pouco as
teorias mecanicistas tradicionais que contêm uma visão unidirecional (causa e
efeito) para o entendimento das variáveis do jogo.
As tendências atuais são baseadas em teorias complexas, onde os diferentes
componentes: tático, técnico, físico e psicológico, assumem a interação e são
inseparáveis para o desenvolvimento do método de treinamento.
Essa ideologia é baseada em uma abordagem sistêmica, de maneira que
as somadas partes desses componentes do jogo, não são iguais ao todo, pois
existe uma série de sinergias entre eles que caracterizará a situação específica
do sistema em questão e o tornará único e sem repetição. Desta forma, evita-se
dividir esses componentes e reduzi-los para compreender suas partes, buscando
seu desempenho separadamente, pois estariam ignorando suas sinergias e as
relações que eles produzem.

VISIÓN NEWTONIANA

SUMAR

Apostando em um conceito de treinamento contextual com os parâmetros


que governam esta modalidade esportiva e suportada por uma abordagem sis-
têmica, processo didático será guiado pelo aspecto tático e será sustentado por
um suporte técnico para a execução, apoiado por uma preparação qualitativa,
entendendo que a interpretação dos movimentos táticos dos jogadores promove
sua relação com eles e estuda a eficiência desses movimentos em contrapartida
às necessidades que o jogo apresenta. (Figura 3 – Visão Sistêmica)

MODELO DE JOGO: DAS IDEIAS AOS CONCEITOS  Capítulo 1 5


MODELO DE JOGO - DA S IDEIA S À FORMA DE JOG AR

O objetivo é aprofundar em uma percepção contextual da preparação do


jogador de futebol, com a intenção de mudança no paradigma de observação,
abordando uma perspectiva complexa da realidade, onde parece difícil encontrar
soluções únicas com caráter linear.
É importante ressaltar que este não é considerado o único caminho de fonte
no sucesso do futebol, pois jogo, em si, é um processo multifatorial em que inú-
meros pontos emergem de situações que influenciam, modificam e condicionam
este sistema dinâmico. No entanto, acredita-se que a construção de um modelo
de jogo suportado por uma abordagem sistêmica seja é a maneira mais eficiente
de trabalhar a preparação do jogador de futebol por uma perspectiva específica
e real que simula e estimula o jogo.

VISIÓN SISTÉMICA

INTERACTUAR

Modelo de jogo: Fatores e características que


influenciam o seu desenvolvimento
Tratando-se de um sistema dinâmico e complexo, o futebol exige o entendi-
mento de seus permanentes confrontos e interações em prol do objetivo do jogo.
Para facilitar a compreensão e guiar os profissionais que tencionam o desenvol-
vimento de uma forma de jogar, o entendimento do que consiste um modelo
de jogo e de que maneira ele surge e é desenvolvido, suporta treinadores para
hierarquização e organização de sua própria ideia. Isto os auxilia na busca e na

6 Capítulo 1  MODELO DE JOGO: DAS IDEIAS AOS CONCEITOS


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modelação de uma forma de jogar específica, entendida como a melhor maneira


para a concepção de seus conceitos e princípios de uma cultura do jogar.
Portanto, compreender os fatores que se relacionam e influenciam diretamente
no desenvolvimento de um modelo de jogo e na modelação de uma forma de jogar
específica desejada pelo treinador, devemos levar em conta a interação dos seguintes
fatores na ilustração a segu:

Ideias do
Treinador

Carecterística Princípios
dos Jogadores de Jogo

Modelo
de Jogo

Processo
Clube
de treino

Contexto

Considerando que a interação destes fatores acima mencionados está em um


constante processo dinâmico não linear, a partir deles conseguimos compreender
como podemos hierarquizar as próprias ideias tencionando uma forma específica
de jogar. Assim, a modelação do jogar parte das ideias do treinador em como
hierarquizar e desenvolver o jogo nos diferentes momentos compreendidos em:
organização defensiva e ofensiva, bem como suas respectivas transições (defesa-
-ataque e ataque-defesa) e bolas paradas.

MODELO DE JOGO: DAS IDEIAS AOS CONCEITOS  Capítulo 1 7


MODELO DE JOGO - DA S IDEIA S À FORMA DE JOG AR

+
TRANSIÇÃO
OFENSIVA

BOLAS
DEFESA ATAQUE
PARADAS

+ TRANSIÇÃO
DEFENSIVA +
As ideias do treinador são suportadas pelos princípios táticos do jogo de
futebol e sustentadas por sua capacidade em operacionaliza-los a partir de prin-
cípios e conceitos metodológicos no que tangem o processo de treino. Isto por-
que o treinador deve assumir o papel de principal responsável - “mentor” - do
desenvolvimento e da elaboração de treinamentos que expressem suas ideias e
conceitos, junto às intervenções necessárias para potencializar o próprio jogar.
Ao mesmo tempo, considerar as características dos jogadores e identificar de
que maneira é possível potenciar suas virtudes individuais em prol do coletivo,
bem como tomar conhecimento do contexto competitivo em que está inserido e
como o histórico e costumes de um denominado clube e/ou país/cidade podem
colaborar e/ou influenciar na modelação de uma forma de jogar específica, são
fatores preponderantes para a construção de um modelo de jogo suportada por
uma abordagem sistêmica tomando em conta a complexidade do jogo.

8 Capítulo 1  MODELO DE JOGO: DAS IDEIAS AOS CONCEITOS


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Perfil dos autores

Guilherme Cangussú Lima Natural de Caratinga, Minas Gerais.


Bacharel e Licenciado em Educação Física pela Universidade
Federal de Viçosa (2013). Auxiliar Técnico e Preparador Físico do sub-
17 do Viçosa Esporte e Lazer - V.E.L - MG (2009/2010). Treinador de
Futebol da Associação Atlética Acadêmica/LUVE - MG (2010/2011).
Auxiliar Técnico da equipe Sub-13 – Leixões Sport Club - Portugal
(2012). Auxiliar Técnico da equipe Sub-13 – Ubaense Esporte Clube - MG
(2012). Treinador da equipe Sub-17, 20 e Profissional – Barra Futebol Clube - SC (2013/2015).
Preparador Físico da equipe profissional Social Futebol Clube - MG (2016). Auxiliar Técnico
e Analista de Desempenho da equipe profissional do Esporte Clube Igrejinha – RS (2017).
Atualmente administrador da página @modelodejogo no Instagram.

Maickel Bach Padilha Natural de Curitiba, Paraná, é Bacharel em


Educação Fìsica (Bolsista Universidade Positivo), Foi treinador
das categorias sub13, sub15 e sub17 do Projeto FTU. Treinador
Sub-15 Dinâmo FC (PR), Treinador do Sub 14/15 e Aux.
Técnico do Sub19 do Trieste Futebol Clube (PR): Coordenador
do Projeto Esporte Universitário (UFV-MG) Mestre em Treino
de Alto Rendimento – Futebol - pela Faculdade de Desporto da
universidade do Porto (FADEUP) e período sanduíche na Universidade
Federal de Viçosa, como pesquisador do Núcleo de Pesquisa e Estudos em Futebol
(NUPEF / UFV-MG). Auxiliar Técnico (Profissional) Infesta Futebol Clube (Portugal).
Formador e Treinador no Programa de Formação e Capacitação de Treinadores Chineses
(Changsha, Hunan, China). Realizou estágios profissionais em clubes como Boa
Vista, Benfica e Acadêmica (Portugal), Valência (Espanha), Internacional (RS, Brasil).
Atualmente realiza o seu Doutorado na Faculdade de Desporto da Universidade do
Porto (bolsista CNPq), sob a orientação dos Prof. Júlio Garganta, Prof. Mark Williams
e Prof. Filipe Casanova na áerea da Análise da Performance. Além disso, colabora em
projetos de capacitação e formação de jogadores e treinadores.

MODELO DE JOGO: DAS IDEIAS AOS CONCEITOS  Capítulo 1 9


Capítulo

2
CONSTRUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO
MODELO DE JOGO: PRINCÍPIOS E CONCEITOS
ACERCA DOS MOMENTOS DE JOGO

RAFAEL PAUKOSKI FERNANDES


MARCOS ANTÔNIO MATTOS DOS REIS
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Organização Defensiva

Dentre os 5 momentos do futebol, a organização defensiva é o momento de


maior interação(será?) entre os jogadores. Ocorrido logo no início do jogo ou
após a perda da bola, consequente a transição ataque-defesa, o futebol moderno e
competitivo exige a participação de todos os jogadores na organização defensiva.
No processo defensivo as ações individuais são parte do conjunto e no futebol
moderno não basta ter apenas boa relação com bola, mas saber se relacionar com
os colegas, espaço, tempo e imprevisibilidade. Segundo GARGANTA (2005) “uma
defesa é equilibrada não apenas pela disposição no terreno, mas pela interação
dos jogadores no campo, encurtando distâncias e linhas”.
Assim, tendo como objetivos operacionais:

Impedir o avanço do adversário, reduzir o espaço de jogo, proteger a


baliza, anular as situações de finalização e recuperar a posse de bola.

E tais objetivos exigem leituras diferentes na interação dos jogadores, conforme


a localização da bola e adversários no campo.
Dividindo o campo em 4 linhas/zonas horizontais: defensiva, intermediária
defensiva, intermediária ofensiva e ofensiva, pretende-se definir referências es-
paciais para o comportamento coletivo. Uma equipe pode se organizar em bloco
alto, médio ou baixo, orientada pelas referências espaciais e principalmente pela
posição da bola, colegas e adversários. Dividindo o campo em 3 corredores:
Corredor lateral esquerdo, corredor central e corredor lateral direito, orienta-se
o posicionamento da equipe conforme a circulação de bola do adversário, res-
saltando que o corredor central situa-se no espaço vital do jogo.

CONSTRUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO MODELO DE JOGO: PRINCÍPIOS E CONCEITOS ACERCA DOS MOMENTOS DO JOGO  Capítulo 2 11
MODELO DE JOGO - DA S IDEIA S À FORMA DE JOG AR

Na estruturação do modelo de jogo, o treino do processo defensivo deve se


relacionar com os demais momentos, características dos jogadores, zona em que
se inicia o processo defensivo, disposição das equipes no campo, ocupação dos
espaços e a abordagem selecionada ao jogo.
Para o comportamento defensivo ser coletivo e responder adequadamente ao
momento ofensivo do adversário, alguns princípios/conceitos devem ser levados
em consideração, visando a soma das ações individuais e interligação entre jo-
gadores e equipes. Numa abordagem global, a organização defensiva se divide
em 5 princípios defensivos:

Contenção, cobertura, equilíbrio, concentração e unidade defensiva.

Cada um desses princípios se desdobra em ações técnico-táticas que podem


ser ensinadas e estimuladas pelo treinador. São os subprincípios.
Existe uma gama de subprincípios e demais subcategorias que vão desde a
relação do jogador com a bola nas ações ofensivas ao comportamento sem bola
no comportamento defensivo. Assim, para ter sucesso na elaboração dos exercí-
cios e na modelação do jogar, as ideias devem se encaixar aos jogadores, assim
como a organização defensiva depende da congruência entre teoria e prática na
operacionalização do modelo de jogo.

Organização Ofensiva

O principal objetivo de uma equipe em uma partida de futebol é marcar a


maior quantidade de gols do que o seu adversário. Desta forma, a organização
ofensiva é uma fase do jogo de suma importância para o sucesso de uma equipe
de futebol. A organização ofensiva é caracterizada pelo momento em que a equi-
pe detém a posse de bola de forma consciente e intencional a partir do objetivo
do jogo de futebol (marcação de gols). A organização ofensiva é caracterizada
por um momento denominado de transição ofensiva, que consiste em um ins-
tante de tempo em que individualmente, setorialmente e coletivamente a equipe
atravessa da fase defensiva para a ofensiva de jogo.
Partindo destes pontos, vale ressaltar a importância em identificar os dife-
rentes tipos de ataque, apresentar princípios, subprincípios e subprincípios dos
subprincípios da organização e da transição ofensiva do futebol e demonstrar
diferentes formas eficazes e eficientes de jogar quando a equipe recupera e detém
a posse de bola.

12 Capítulo 2  CONSTRUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO MODELO DE JOGO: PRINCÍPIOS E CONCEITOS ACERCA DOS MOMENTOS DO JOGO
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Podemos caracterizar os tipos de ataque em:

Ataque posicional, ataque direto e contra-ataque.

Estes tipos de ataque apresentam diferenças e semelhanças nos diferentes


comportamentos táticos e técnicos das equipes, porém cada um desses ataques
possui suas particularidades que carregam vantagens e desvantagens de acordo
com as características dos jogadores da equipe e do adversário, por exemplo.
Em relação aos princípios de jogo da fase ofensiva do futebol, a organiza-
ção do jogo é suportada por princípios táticos operacionais, fundamentais (ver
figura) e específicos. Entretanto, para consolidar uma ideia de jogo no que diz
respeito a organização ofensiva serão destacados a hierarquização dos conceitos
relacionados com os princípios táticos específicos, seus respectivos subprincípios
e os subprincípios dos subprincípios que dão sustentação para o modelo de jogo
ofensivo de uma equipe, ou seja, a sua identidade ofensiva. A execução destes
princípios sustentam os tipos de ataque e quando bem desenvolvidos permitem
que o treinador possa variar a tipologia do ataque de acordo com o contexto,
auxiliando na formação de equipes maduras em termos de ideias de jogo e com
variabilidade tática ofensiva, fundamental para o futebol contemporâneo.

CONSTRUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO MODELO DE JOGO: PRINCÍPIOS E CONCEITOS ACERCA DOS MOMENTOS DO JOGO  Capítulo 2 13
MODELO DE JOGO - DA S IDEIA S À FORMA DE JOG AR

Perfil dos autores

Rafael Paukoski Fernandes Natural de Cajati-SP é bacharel em


Educação Física pela Universidade Positivo. Foi treinador das
categorias sub11, sub13 e sub15 do Projeto FTU. Treinador
do UP/Colombo (Paranaense Futsal). Treinador do sub14 e
sub15 do Dínamo FC(PR). Curso de treinador pela ABTF e
pelo SITREFESP(SP). Especialização em Futebol e Futsal
pela Universidade Gama Filhi(SP). Autor de 2 livros. Realizou
trabalhos de Observação e Análise de desempenho para treinadores
em campeonatos estaduais. Treinador do SL Benfica (Portugal). Premiado como Treinador
do Ano(Categoria de base) pelo Jornal Em Destaque e jornalista Cândido Oliveira(PR).
Atualmente é Coordenador e Treinador do Projeto de desenvolvimento e formação do
Vale do Ribeira(SP).

Marcos Antônio Mattos Dos Reis Natural de Aracaju, Sergipe,


possui 27 anos de idade. É mestre em Educação Física pela
Universidade Federal de Sergipe, Especialista em Futebol pela
Universidade Federal de Viçosa/MG, Bacharel e Licenciado em
Educação Física pela Universidade Tiradentes (SE). Atualmente,
é Analista de Desempenho da equipe Sub-20 do Club de Regatas
Vasco da Gama e Professor licenciado do curso de Educação
Física da Faculdade Estácio de Sergipe. Também é Pesquisador do
Laboratório de Estudo e Pesquisa em Performance no Exercício e no
Esporte (L’ESPORTE) do Departamento de Educação Física (DEF) da Universidade Federal
de Sergipe e do Laboratório de Estudos em Futebol (LABESFUT) do Instituto de Educação
Física e Desportos (IEFD) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Já foi
coordenador de estágio curricular do curso de Educação Física – Bacharelado da Faculdade
Estácio de Sergipe. Também já foi Coordenador e Fundador do Grupo Sergipano de Estudo
e Pesquisa em Esportes Coletivos (GEPEC) da Faculdade Estácio de Sergipe. Na prática,
também já foi preparador físico da equipe profissional do Botafogo Sport Club da Bahia e
treinador de equipes amadoras em Sergipe.

14 Capítulo 2  CONSTRUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO MODELO DE JOGO: PRINCÍPIOS E CONCEITOS ACERCA DOS MOMENTOS DO JOGO
Capítulo

3
IDEAIS DO TREINADOR:
CONHECIMENTO, FORMAÇÃO
E EXPERIÊNCIA

MARCELO VILHENA
JOÃO MANUEL FERREIRA RIBEIRO

Fonte: Efeito sobre foto de Lucas Fiqueiredo <https://www.cbf.com.br/selecao-brasileira/fotos/selecao-masculina/selecao-brasileira-sessao-de-treinos-do-dia-31-05-em-londres,


Acessado em 10 de setembro 2018>.
MODELO DE JOGO - DA S IDEIA S À FORMA DE JOG AR

Da ideia à construção da forma de jogar na


formação de equipes em diferentes contextos
A construção de um Modelo de Jogo é uma tarefa complexa que requer
um profundo conhecimento teórico e prático do Futebol por parte do trei-
nador. Tal conhecimento requer uma abordagem holística, no sentido de ser
baseado e alicerçado em domínios científicos do fórum biológico, psicológico,
metodologias de treino, entre tantos outros. Existe um conjunto de aspectos
que deverão ser tidos em conta na elaboração e definição de um Modelo de
Jogo, nomeadamente: os jogadores disponíveis, a equipa técnica, a ideia do
treinador, a cultura do clube, entre outros (ex., orçamento).
Cada aspecto tem o seu grau de importância, no entanto, torna-se impor-
tante realçar, em particular, a ideia do treinador como essencial no processo
de elaboração do Modelo de Jogo para a sua equipe. Cada treinador representa
uma ideia, um pensamento concreto referente a um modo de entendimento
do jogo. Tal ideia ou ideias, vão sendo construídas como consequência de
um longo percurso de experiências vividas e sentidas, as quais influenciam
diretamente no modo como o treinador vai (re)ajustando as suas ideias (prin-
cípios) à formação de equipas, e em especial, à formação do jogador.
Assim, a aplicabilidade de suas ideias poderá diferir em função do contexto
competitivo, das características culturais, sociais e esportivas dos jogadores
e dos clubes, etc. Especial cuidado deve ser dado a crianças cujas idades
sejam entendidas como “mais sensíveis” na aprendizagem de determinadas
habilidades motoras e cognitivas. Por outro lado, as ideias do treinador não
deverão reduzir e/ou empobrecer a criatividade individual exibida pelos seus
jogadores. Portanto, dever-se promover e potenciar a criatividade individual
em vez de a castrar.

16 Capítulo 3  IDEAIS DO TREINADOR: CONHECIMENTO, FORMAÇÃO E EXPERIÊNCIA


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Perfil dos autores

Marcelo Vilhena Doutor em Ciências do Esporte todos pela


Universidade Federal de Minas Gerais. Atualmente é professor da
PUC MINAS e do Curso de Treinadores da CBF (Licença B e C).
Na prática, atuou como treinador e como coordenador técnico
de grandes equipes – América Mineiro, Atlético-MG, Atlético-
PR e atualmente é Diretor de Futebol de Base do EC Bahia.

João Manuel Ferreira Ribeiro Natural de Arganil, freguesia de


Coimbra, é licenciado em Ciências do Desporto e Mestre em
Treino Desportivo para Crianças e Jovens, pela Faculdade de
Educação Física e Ciências do Desporto, da Universidade de
Coimbra (FCDEF-UC). Foi treinador estagiário dos escalões
de formação sub-11 e sub-12 da Académica de Coimbra (AAC-
OAF) e treinador dos sub-14 e sub-16 da Académica de Coimbra
Secção de Futebol (AAC-SF). Foi igualmente treinador dos escalões
sub-9, sub-12 e sub-14 na Empresa N10, localizada em Coimbra. Já no Porto, foi treinador
da equipa sub-15 do Senhora da Hora e sub-14 do Infesta. Exerceu funções de treinador
principal dos sub-11 e treinador- adjunto dos sub-12 no Pasteleira. Atualmente realiza o
seu Doutoramento na Faculdade de Desporto da Universidade do Porto (FADEUP) estando
inserido no grupo 5 referente ao tópico de Análise da Performance Desportiva, sendo
orientado pelo Professor Júlio Garganta e coorientado pelos Professores Pedro Silva e Keith
Davids. A sua tese resulta de um processo colaborativo entre a Faculdade de Desporto do
Porto (CIFI2D), o gabinete de investigação SpertLab (FMH) e Sheffield Hallam. A sua tese,
embora que a título provisório, intitula-se “Manipulação de constrangimentos e formação
de hiperredes no Futebol”.

IDEAIS DO TREINADOR: CONHECIMENTO, FORMAÇÃO E EXPERIÊNCIA  Capítulo 3 17


Capítulo

4
PRINCÍPIOS METODOLÓGICOS DO TREINO NA
OPERACIONALIZAÇÃO ~MODELAÇÃO~ DA FORMA
DE JOGAR DO MODELO DE JOGO

LUIS HERNEY MELO CASTRO


LUIS ESTEVES

Fonte: <https://www.reporterpb.com.br/noticia/esportes/2017/03/22/com-firmino-na-vaga-de-jesus-tite-define-selecao-para-encarar-uruguai/60060.html, Acessado em 10 de

setembro 2018 >


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Tendência evolutivas, Metodologias e Princípios do treino


para operacionalizar ~modelar~ uma forma de jogar
específica
A partir das constantes alterações sofridas pela maneira de jogar, o futebol
apresentou diferentes preocupações aos longo das décadas. A evolução dos de-
safios impostos pelo desenvolvimento do esporte, influenciaram as tendencias
metodológícas do treino, os quais tem como objetivo a melhoria da performance.
Ao longo dos anos os diferentes interesses pelo alto rendimento dos jogadores
provocaram constantes alterações de ideias, conceitos e principios, instigando os
treinadores à predominâcia de alguma das dimensões durante a hieraquização e
operacionalização do treinamento. Julgando que, desta maneira, conseguiriam
potencializar os jogadores em direção ao melhor desempenho.
Entretanto, o conhecimento de metodologias em Especificidade, que ajudam
a potencializar diferentes dinâmicas entre os jogadores, fazendo do JOGO o seu
principal núcleo para que o Futebol que o Treinador e seus jogadores pretendam
venha a emergir, levou ao aprofundamento em tópicos como a teoria do caos, a
complexidade e a importância de sistematizar seus principais comportamentos
com base em princípios. Para isso, o conhecimento aprofundado das novas ten-
dências metodológicas aplicadas ao treinamento de futebol, tem feito com que os
treinadores se preocupem constantemente, com a dinâmica que os jogadores pro-
porcionam, influenciando a operacionalização de seu modelo de jogo planejado
no dia-a-dia através de uma visão holística acerca do jogo. Assim, com base em
um treinamento sistêmico, suportados pelas teorias do caos e da complexidade,
ocorre a construção e o desenvolvimento de um modelo de jogo que reune uma
série de IDEAS do treinador e de seus orientados, os quais determinarão o tipo
de futebol que se quer praticar.
Desta maneira metodologías que ofereçam aos treinadores um suporte para
hierarquizar e operacionalizar o seu treinamento, tendo como base principios
metodológicos assentados em respeitar os binomios relativos ao treinar e jogar.

Binômios
esforço-recuperação e espaço-tempo

Potencializam uma forma de jogar específica da própria equipe e de seus


jogadores.

PRINCÍPIOS METODOLÓGICOS DO TREINO NA OPERACIONALIZAÇÃO


Capítulo 4 19
~MODELAÇÃO~ DA FORMA DE JOGAR DO MODELO DE JOGO
MODELO DE JOGO - DA S IDEIA S AO JOG AR

Operacionalização do modelo de jogo (uma forma de jogar)


no processo de treino
Em sua história o futebol passou por diversas evoluções, frutos da necessidade
de buscar o resultado e consequentemente a vitória, que é o objetivo do jogo em
si. Basicamente, para vencer é necessário pontuar mais vezes que o adversário,
gerando desequilíbrios.
Na busca de possibilidades para a superioridade no jogo, geraram-se evolu-
ções, dentre elas recentemente a percepção do Modelo de Jogo. Trata-se de uma
ideia fundamental, pois ao percebe-la pode-se chegar em níveis cada vez mais
elevados de Intensidade, e a Intensidade por sua vez é o canal que possibilita a
junção entre velocidade, tomada de decisão e assertividade dentro da partida.
Este é o ponto central de toda a operacionalização de uma equipe de futebol. Ta-
manha importância ganha força baseada em um princípio basilar para o desporto:
Especificidade.
Ou seja, podemos simplificar utilizando a seguinte equação:

Modelo de Jogo = Especificidade + Periodização = Intensidade

Quanto maior a intensidade, maior a possibilidade de vitória, eis a busca pelo


resultado. Este é um ciclo que se retro-alimenta e possibilita um crescimento
específico, cabendo ao treinador gerenciar este processo com o máximo de ma-
estria. Aqui entra a operacionalização do modelo de jogo.
Operacionalizar é transferir algo do plano da ideia, para o plano da prática,
criando contextos que possibilitem o treino de determinadas situações. Logo,
esta questão é extremamente importante na vida de um clube, cabendo a ela,
normalmente a diferença entre os que tem mais sucesso e os que não tem:

 rganização de um morfociclo semanal


O
Gestão de uma semana com 1 jogo

PRINCÍPIOS METODOLÓGICOS DO TREINO NA OPERACIONALIZAÇÃO


20 Capítulo 4
~MODELAÇÃO~ DA FORMA DE JOGAR DO MODELO DE JOGO
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Organização do Morfociclo Semanal

O morfociclo semanal é um conceito fundamental para a organização da ope-


racionalização. Dentro desta estrutura alguns sub-temas ganham importância,
dentre eles:

 estão de uma semana com 1 jogo


G
Gestão de uma semana com 2 jogos
Planejamento de treino
Gestão da comissão tecnica - funcionalidades

Monstagem de Exercícios
A montagem e gestão de exercícios específicos é um diferencial do treinador
moderno. Historicamente o treinador brasileiro não possui a característica de
planejar e gerir exercícios específicos ao Modelo de Jogo.

Segunda-Feira Terça-Feira Quarta-Feira Quinta-Feira Sexta-Feira Sábado


Domingo Domingo
Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5 Dia 6

TREINO
RECUPERAÇÃO RECUPERAÇÃO
DESCANSO DESCANSO FORÇA DESCANSO
ATIVA ATIVA
ESPECÍFICA
Jogo Jogo
TREINO TREINO TREINO
RECUPERAÇÃO RECUPERAÇÃO
FORÇA RESISTÊNCIA VELOCIDADE DESCANSO
ATIVA ATIVA
ESPECÍFICA ESPECÍFICA ESPECÍFICA

Porém, a última geração de treinadores nível A brasileiro vem modificando


este panorama, mostrando a importância de dominar este quesito para atingir
a performance ideal.

Veremos as seguintes variáveis deste tema:

 rincipais modelos de treino e suas características


P
Montagem de exercícios – como elaborar um exercício
específico
Elementos que compõem um exercício
Ferramentas para gerir a semana.

PRINCÍPIOS METODOLÓGICOS DO TREINO NA OPERACIONALIZAÇÃO


~MODELAÇÃO~ DA FORMA DE JOGAR DO MODELO DE JOGO
Capítulo 4 21
MODELO DE JOGO - DA S IDEIA S AO JOG AR

Perfil dos autores

Luis Herney Melo Castro Natural da Colômbia. Professional em Cultura


física e desporto da universidade Incca da Colômbia (Bogotá), especialista
em pedagogia do treino de alto rendimento da Universidade Pedagógica
de Colômbia; especialista em direção técnica de futebol da universidade
Mayor São marcos (Peru); especialista em scouting e analisis do jogo da
universidade Miguel de Cervantes (Valladolid - Espanha); Mestrado em Treino
de Alto Rendimento Desportivo com linha de investigação no futebol de alto
rendimento na Faculdade de Desporto da Universidade do Porto (FADEUP, Portugal);
Candidato a Licencia UEFA “B” Federação Portuguesa de Futebol. Foi o treinador mais novo no futebol
profissional da Colômbia no ano de2010 pelo Club Deportivo TIGRES FC (segunda liga da Colômbia);
treinador de 5 clubes profissionais na formação, Millonarios FC, Academia Compensar, Porto FC - DF
(Portugal), Bogotá FC ( segunda liga da Colômbia); treinador principal em 5 clubes amadores em Bogotá
( Colômbia), Club Caterpillar motor ( terceira divisão), Club Deportivo Estrella Roja, Club Deportivo
Federico Valencia, Club Deportivo Olaya Herrera orientando equipas sub 17e sub 20. Treinador adjunto da
Copa Libertadores de America sub 20, Lima Pery, ano 2012. Conferencista e treinador na formação dos
treinadores chineses (Changsha, Hunan, China). Realizou Estágios profissionais no Boavista (Portugal),
equipe de primeira divisão; Deportivo da coruña ( Espanha). Treinador em Colombia, das universidades
- Los Andes, Universidade Militar. E professor do gabinete de futebol, da faculdade de Cultura Fisica E
Desporto (Universidad Incca de Colômbia). Atualmente trabalha como treinador principal da categoria
Sub-20 na equipe profissional da segunda liga da Colômbia - Bogotá FC, e treinador do Projeto De
futebol - Copa U - Colombia -.

Luis Esteves Natural de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, possui licenciatura
plena em Educação Física pelo IPA - Instituto Porto Alegre. E formação como
Professional Coach pela SLAC Coaching. Iniciou a carreira de treinador no EC São
José de Porto Alegre, onde treinou todas as categorias, do sub-10 até a equipe
Juvenil, e posteriormente foi coordenador técnico de todas as categorias da base
do clube. Também teve passagens por: Esporte Clube Cruzeiro, como treinador
Juvenil e Juniores e Coordenador técnico da Base. Em duas passagens. Esporte
Clube Pelotas, onde assumiu a Análise de Desempenho da equipe profissional nos
Campeonatos Gaúcho de 2013 e 2014 com os treinadores Carlos Gavião, Cristian de Souza, Beto Almeida
e Luiz Carlos Barbieri. Fragata Futebol Clube, onde assumiu as equipes sub-15, sub-17 e posteriormente
a coordenação técnica geral, tendo a possibilidade de intercâmbio Fragata FC | AS Roma em Roma |
ITA. Posteriormente assumiu a coordenação técnica da equipe profissional do Uberlândia EC, para o
Campeonato Mineiro Série A. – 2016. Fez trabalhos personalizados de Análise de Jogo para os treinadores
Beto Almeida (CSA | Copa do Brasil), Milton Mendes e Diego Aguirre (San Lorenzo | Copa Sulamericana).
Realizou estágios de Observação em clubes como Grêmio FBPA, SC Internacional e Santos FC.

PRINCÍPIOS METODOLÓGICOS DO TREINO NA OPERACIONALIZAÇÃO


22 Capítulo 4
~MODELAÇÃO~ DA FORMA DE JOGAR DO MODELO DE JOGO
Capítulo

5
IMPORTÂNCIA DA REFLEXÃO E ANÁLISE
DO PRÓPRIO MODELO DE JOGO

ANDERSON BORGES
MAICKEL BACH PADILHA
MODELO DE JOGO - DA S IDEIA S À FORMA DE JOG AR

Observação e Análise da forma de jogar do Modelo


de Jogo
Tal como sabemos, a importância na aquisição de uma cultura do jogo através
da operacionalização e modelação do modelo de jogo ao longo do processo de
treino é infindável para a implementação das ideias, princípios e conceitos do
treinador.

Como treinadores, como sabemos que nossas ideias estão sendo ad-
quiridas e alicerçadas em especificidade? Ora, através do próprio
jogar de nossa equipe.

Com base em nossa hierarquização e suportados pelas propensões em que


ocorrem os comportamentos e interações que almejamos para as nossas equipes,
observar, interpretar e analisar as sessões de treinos, bem como os jogos (que é
o momento em que a operacionalização é expressada), a análise e a reflexão do
nosso jogar torna-se imprescindível dentro do processo.
Nesse sentido, podemos levantar algumas questões que nos auxiliam na
recolha da informação ao longo desse processo estratégico-tático:

 s interações pré-estabelicidas para o cumprimento de um determinado


A
princípio específico estão ocorrendo?

 s jogadores que são responsáveis pela a organização do jogo estão


O
obtendo sucesso em coordenar o ritmo da equipe durante a organização
ofensiva?

 reação após a perda da posse da bola está resultando em subsequentes


A
desordem ou em comportamentos eficazes durante a transição?

 s sequências ofensivas que atingem o último terço de campo e que ter-


A
minam em finalização ao gol, são provenientes da operacionalização de
nossos princípios específicos?

Através de alguns exemplos, já é possível termos alguma ideia de como é


possível oferecer um suporte para a reflexão e análise do modelo de jogo para
bem treinar e ainda melhor jogar.
Ou seja, ao mesmo tempo que a hierarquização do processo de treino é supor-
tada pelas informações identificadas no jogo, os comportamentos exempressados
no jogo são resultantes dos treinos.

24 Capítulo 5  IMPORTÂNCIA DA REFLEXÃO E ANÁLISE DO PRÓPRIO MODELO DE JOGO


W W W.FUTEBOLINTER ATIVO.COM.BR

Perfil dos autores

Anderson Borges Graduado em Educação Física (UPE). Trabalhou


como analista de desempenho no Sport Clube do Recife, Santa
Cruz FC além de coordenador ele é o Analista do Profissional.
é Coordenador do Centro de Inteligência do Clube Náutico
Capibaribe. Tem ainda recebido constantes convocações para a
seleção brasileira sub-17.

Maickel Bach Padilha Natural de Curitiba, Paraná, é Bacharel em


Educação Fìsica (Bolsista Universidade Positivo), Foi treinador
das categorias sub13, sub15 e sub17 do Projeto FTU. Treinador
Sub-15 Dinâmo FC (PR), Treinador do Sub 14/15 e Aux.
Técnico do Sub19 do Trieste Futebol Clube (PR): Coordenador
do Projeto Esporte Universitário (UFV-MG) Mestre em Treino
de Alto Rendimento – Futebol - pela Faculdade de Desporto da
universidade do Porto (FADEUP) e período sanduíche na Universidade
Federal de Viçosa, como pesquisador do Núcleo de Pesquisa e Estudos em Futebol
(NUPEF / UFV-MG). Auxiliar Técnico (Profissional) Infesta Futebol Clube (Portugal).
Formador e Treinador no Programa de Formação e Capacitação de Treinadores Chineses
(Changsha, Hunan, China). Realizou estágios profissionais em clubes como Boa
Vista, Benfica e Acadêmica (Portugal), Valência (Espanha), Internacional (RS, Brasil).
Atualmente realiza o seu Doutorado na Faculdade de Desporto da Universidade do
Porto (bolsista CNPq), sob a orientação dos Prof. Júlio Garganta, Prof. Mark Williams
e Prof. Filipe Casanova na áerea da Análise da Performance. Além disso, colabora em
projetos de capacitação e formação de jogadores e treinadores.

IMPORTÂNCIA DA REFLEXÃO E ANÁLISE DO PRÓPRIO MODELO DE JOGO  Capítulo 5 25


TÓPICO
ESPECIAL

O PAPEL DO PREPARADOR FÍSICO


INSERIDO NA CONSTRUÇÃO
DO MODELO DE JOGO

RENATO BUSCARIOLLI
W W W.FUTEBOLINTER ATIVO.COM.BR

Ao apresentar um caráter intermitente, o futebol se caracteriza por uma inten-


sa participação psíquica e pela aciclicidade físico-técnica, onde períodos curtos de
alta intensidade são intercalados por períodos mais longos de recuperação, ativa
ou passiva. O bom desempenho no futebol demanda bom condicionamento em
capacidades biomotoras, com a utilização de diferentes fontes energéticas, e ao
mesmo tempo demanda habilidades técnicas, táticas, psicológicas e cognitivas.

DESEMPENHO NO FUTEBOL

RESISTÊNCIA

TÉCNICA

TÁTICA

TOMADA DE
DECISÃO
FORÇA

POTÊNCIA

O papel do preparador físico inserido na construção


do modelo de jogo   TÓPICO ESPECIAL 27
MODELO DE JOGO - DA S IDEIA S AO JOG AR

ABORDAGEM SISTÊMICA DO TREINAMENTO

FÍSICO TÉCNICO
TÁTICO
TREINO
SISTÊMICO

PSICOLÓGICO

Assim, cabe ao Preparador Físico responsável, considerar a integração dos as-


pectos físicos, fisiológicos e cinemáticos à complexidade do jogo para atender às
exigências do futebol atual. O planejamento, a aplicação e o controle das cargas
de treino são de sua responsabilidade e o grande desafio é otimizar a contribuição
dos treinos e dos jogadores no modelo de jogo estabelecido.

PLANEJAR

ASPECTOS FÍSICOS ASPECTOS INERENTES


INTEGRAÇÃO
E FISIOLÓGICOS AO MODELO DE JOGOS

RECUPERAR / TRANSFORMAR INFORMAÇÕES


APLICAR
PREVENIR EM ATITUDES PRÁTICAS

FATORES FATORES
INTERFERENTES NO INTERFERENTES NO
DESEMPENHO EM DESEMPENHO EM
CATEGORIAS DE BASE EQUIPES PROFISSIONAIS

CONTROLAR

28 TÓPICO ESPECIAL  O papel do preparador físico inserido na construção


do modelo de jogo
W W W.FUTEBOLINTER ATIVO.COM.BR

Perfil do autor

Renato Buscariolli Bacharel e Licenciado em Treinamento


Desportivo pela Faculdade de Educação Física da Unicamp (2006).
Especialista em Bioquímica, Fisiologia e Treinamento Desportivo
pela Unicamp (2008). Mestre em Biologia Funcional e Molecular
na área de Overtraining (Unicamp, 2011). Doutor na área de
Biodinâmica do Esporte com tese voltada para Preparação Física
no Futebol (Unicamp, 2017). Preparador Físico do Profissional do
Gremio Novorizontino, com passagens pelo EC Água Santa (SP), Rio
Branco de Americana (SP), CA Penapolense (SP), Coritiba FC (PR) e AA
Ponte Preta (SP). Professor docente em cursos de especialização voltados para o
Futebol e Treinamento Desportivo. Instrutor CBF na Disciplina “Preparação Física nas
Categorias de Base” (Licença B).

O papel do preparador físico inserido na construção


do modelo de jogo   TÓPICO ESPECIAL 29
REFERÊNCIAS
W W W.FUTEBOLINTER ATIVO.COM.BR

CAMPOS, Carlos. A justificação da Periodização Táctica como uma


fenomenotécnica – «A singularidade da INTERVENÇÃO DO TREINADOR
como a sua impressão digital». MC Sports. Espanha, 2008.

FARIA, Rui. “Periodização Táctica” Um Imperativo Conceptometodológico do


Rendimento Superior em Futebol. Dissertação de Licenciatura apresentada à
Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação Física da Universidade do
Porto. Portugal, 1999.

GARGANTA, Júlio. Modelação Tática no Jogo de Futebol. Estudo da


organização da fase ofensiva em equipas de alto rendimento. Tese de
Doutoramento apresentada à Faculdade de Desporto da Universidade do Porto.
Portugal, 1997.

GARGANTA, Júlio. O Ensino dos Jogos Desportivos Colectivos. Perspectivas


e Tendências. Movimento, Porto Alegre, Ano IV, v.1, Nº8, p. 19 - 27, 1998/1.

GARGANTA, J. Dos constrangimentos da acção à liberdade de (inter) acção,


para um Futebol com pés... e cabeça. O contexto da decisão–A acção táctica
no desporto, 2005, 179-190.

GARGANTA, Júlio. Idéias e competências para “pilotar” o jogo de


futebol. Pedagogia do desporto, 2006, 313-326.

GARGANTA, Júlio; GRÉHAIGNE, Jean Francis. Abordagem sistêmica do jogo


de futebol: moda ou necessidade?. Revista Movimento, Porto Alegre, Ano V,
Nº10, p. 40 - 50, 1999/1.

GOMES, Marisa Silva. O desenvolvimento do jogar segundo a Periodização


Tática. MC Sports. Espanha, 2008.

MORIN, Edgar. Introdução ao pensamento complexo. Porto Alegre: Sulina – 3ª


edição, 2007.

OLIVEIRA, José Guilherme; Periodização Tática: pressupostos e fundamentos.


Curso ministrado, Viçosa, Minas Gerais, 2014.

OLIVEIRA, José Guilherme. Conhecimento Específico em Futebol.


Contributos para a definição de uma matriz dinâmica do processo de ensino-
aprendizagem/treino do jogo. Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade
de Ciências do Desporto e de Educação Física da Universidade do Porto. Portugal,
2004.

  REFERÊNCIAS 31
MODELO DE JOGO - DA S IDEIA S À FORMA DE JOG AR

PINTO, J.; GARGANTA, J. Futebol português: Importância do modelo de jogo


no seu desenvolvimento. Revista horizonte, 1989, 6: 33.

PIVETTI, Bruno M. F. Periodização Tática: o futebol arte alicerçado em


critérios. São Paulo: Phorte, 2012

SCAGLIA, Alcides, et al. O ensino dos jogos esportivos coletivos: as


competências essenciais e a lógica do jogo em meio ao processo organizacional
sistêmico. Movimento, 2013, 19.4.

TAMARIT, Xavier. ¿Qué és La Periodización Táctica? vivenciar el juego para


condicionar el juego. MC Sports. Espanha, 2007.

TAMARIT, Xavier.Periodización Táctica vs Periodización Táctica. Editorial MBF.


Espanha, 2013.

TEOLDO, I.; GARGANTA, J.; GUILHERME, J. Para um futebol jogado com ideias:
Concepção, treinamento e avaliação do desempenho tático de jogadores e
equipes. Curitiba: Editora Appris, 2015.

32 REFERÊNCIAS 
“Obrigado a você que acredita
em um futebol AINDA melhor!”

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