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POR CISALHAMENTO
Corte de Chapas por Cisalhamento
• O corte por cisalhamento é um dos processos mais
utilizados para cortar chapa, embora também seja
utilizado no corte de barras, de perfis e na remoção da
rebarba formada no processo de forjamento.
• No caso de corte de chapas de aço, dependendo da
tensão de ruptura do material e das características
geométricas do perímetro de corte, a espessura máxima
que geralmente é cortada por este processo varia entre
os 6 e 8 mm.
Corte de Chapas por Cisalhamento
• As peças produzidas pelo processo de corte por
cisalhamento não sofrem alterações relevantes na
resistência mecânica, a precisão dimensional e o
acabamento são bons com um custo de produção
relativamente baixo.
Corte de Chapas por Cisalhamento
• Serão apresentados os seguintes processos de corte por
cisalhamento para os produtos planos:
1. Corte por cisalhamento convencional;
2. Aparamento ou “shaving”;
3. Corte fino ou de precisão.
Corte de Chapas por Cisalhamento
• Os processos de corte por cisalhamento pode ser
divididos em:
1. Aberto;
2. Fechado.
Corte de Chapas por Cisalhamento
• Algumas operações de corte apresentam designações
próprias:
1. Blanking;
2. Piercing (Puncionamento ou Perfuração).
Corte de Chapas por Cisalhamento
Repuxamento
Penetração
Corte Convencional – Evolução da Força
•A força para o cisalhamento ortogonal aumenta
rapidamente à medida que o material sofre deformação
elástica, e continua aumentando até a carga máxima . A
gradual diminuição da área da seção reta transversal se
opõe a esse efeito, com o aumento da elongação do
material, análogo ao ensaio de tração. Depois a força cai
rapidamente devido a formação e a propagação das
trincas até a separação total do material .
Corte Convencional – Componentes da Força de corte
Corte Convencional – Força
• A força máxima de corte para o cisalhamento ortogonal é
proporcional ao comprimento de corte, e pode ser calculada
através da equação :
e
𝐹𝑐 = 𝑙𝑐 . 𝑒. 𝐾𝑠
lc
Fmax = (0,6~0,8).σu.lc.e
σu = k.nn
Corte Convencional – Força
SOLUÇÃO:
Temos que F = σ A, onde na tensão máxima, a inclinação é nula, ie, dF = 0, portanto
𝑑𝜎 𝑑𝐴
σdA + Adσ = 0. Reorganizando a equação temos: = −
𝜎 𝐴
𝑑𝐴 𝑑𝜎
Substituindo 𝑑𝜀 = − , a máxima tensão corresponderá =𝜎 (I)
𝐴 𝑑𝜀
𝑑𝜎
= 𝑛. 𝑘. 𝜀 𝑛−1 (II)
𝑑𝜀
Igualando (I) e (II), temos:
𝑘. 𝜀 𝑛 = 𝑛. 𝑘. 𝜀 𝑛−1
𝑘𝑠 . 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑠𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑎 𝑐ℎ𝑎𝑝𝑎2
𝐹𝑐 =
2. tan ∝
∝
Morfologia das Superfícies
• Conforme já descrito, a superfície de uma peça cortada
por cisalhamento tem uma morfologia características,
constituída pelo repuxamento, por uma zona de
penetração, relativamente perfeita e polida, pelo cone de
ruptura, com conicidade e de aspecto rugoso e superfície
irregular, e por uma rebarba localizada na superfície livre
oposta ao repuxamento.
Repuxamento
Penetração
Influência da espessura e dureza da chapa
Folga Ideal
Influência da Folga Punção/Matriz
* Simulações numéricas
Influência da Folga Punção/Matriz
f = c.espessura da chapa. 𝑘𝑠 ,
𝐷𝑏 − 𝐷ℎ
𝑓= . 100%
2. (𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑠𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑎 𝑐ℎ𝑎𝑝𝑎)
Ângulo de fratura
e
l atuante
largura da chapa
Cisalhamento Progressivo - Guilhotina
• Através da inclinação do punção/matriz pode-se obter
reduções muito significativas da força de corte.
Naturalmente que essa redução depende da inclinação,
α, que se dá nas arestas de corte. Como ordem de
grandeza, a inclinação máxima dos punções e matrizes
não deve ultrapassar os 4°, sendo este valor função da
geometria e da dimensão do punção/matriz.
e
l atuante
largura da chapa
Cisalhamento Progressivo - Guilhotina
• Simulação Deform
Cisalhamento Progressivo - Guilhotina
• A figura abaixo mostra a curva típica de força em função
do deslocamento do punção para o cisalhamento
progressivo.
Fmax = 0,8(450)(47,6)(5) = 91 kN
Aparamento ou Shaving
O aparamento pode considerar-se um processo de
acabamento de elevada precisão, sendo usado como
operação complementar do corte por cisalhamento, para
remover as irregularidades superficiais características
deste tipo de corte.
𝐹𝑐 = 𝑘𝑠 . ∆𝑒. 𝑙 𝑘𝑠 = (1,5~2,5). 𝜎𝑢
Corte fino ou de Precisão
Corte fino ou de Precisão
• A qualidade das superfícies cortadas permite a sua utilização
direta, sem haver a necessidade de se recorrer a operações de
acabamento, pois são geradas sem que apareçam fissuras;
• O campo de aplicação da tecnologia de corte por cisalhamento
estende-se a aplicações mais exigentes relativamente à qualidade
superficial da peça cortada;
• Produzem-se peças com tolerâncias dimensionais mais restritas;
• A confiabilidade e reprodutibilidade das grandes séries de
fabricação são asseguradas, fundamentalmente pelos elementos
complementares com que as ferramentas de corte fino estão
dotadas;
• Redução significativa do choque e consequentemente redução do
ruído e vibrações;
• Redução das etapas de corte nas ferramentas progressivas.
Corte fino ≠ Cisalhamento
Corte fino ≠ Cisalhamento
Corte fino ou de Precisão
Etapas do Corte fino ou de Precisão
1. O processo inicia-se com a alimentação da tira. O punção
e o prensa-chapa encontram-se no ponto mais alto.
Etapas do Corte fino ou de Precisão
2. Na segunda fase a tira é fixada. O prensa-chapa munido com
um anel de retenção avança e indenta a tira, prendendo-a de
encontro à matriz. A contra pressão do prensa-chapa, opõe-se
ao movimento descendente do punção, assegurando que a tira
fique comprimida nessa zona.
Etapas do Corte fino ou de Precisão
3. O punção continua o seu movimento descendente, dando
início ao corte da peça. Durante este movimento, o
punção, que tem que vencer adicionalmente a contra
pressão exercida pelo prensa-chapa. O corte é efetuado.
Etapas do Corte fino ou de Precisão
4. O prensa-chapa liberta a tira movimentando-se
igualmente em direção ao ponto morto superior. Inicia-se
o movimento de alimentação da tira e o prensa-chapa
funciona agora como extrator da peça que se encontrava
no interior da matriz.
Corte fino – Estado de tensões
Corte fino – Força de corte, retenção e extração
Corte fino – Força de corte