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JoPvNAL
pFFICIAL
DA

Maçonaria Brazileira.
PUBLICAÇÃO MENSAL,

Redactor em Chefe, 0 Gr.*. Secret/. Ger.\ da Ord.'.

N.° 11. — 1.° ANNO.

OUTtJSM,

Or.*. do Rio de Janeiro.


TYPOGRAPHIA DO GR.-. OR.*. DO BRAZIL,
Valle do LaTradio 53 K.
1872 (E.\ V.:)
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Boletim
do

GRANDE ORIENTE DO BRAZIL


AO VALJLutLi DU LA\ liADl').

Jornal OAcial da Maç.9, Brasileira.


————

llmit. 11. ©ntubro, 1H72. l.° ãtmo.

Secção Dogmática.

As mulheres perante o ultramontanismo.


De todas as machinas, de todos os instrumentos de que se
servem os negros propugnadores do obscurantismo social, e aliás
em nome do Sagrado Author da Creaçao, merecem especial
menção as mulheres, cuja Índole e sensibilidade são exploradas
por aqúelles que tomarão a sen cargo o aniquilamento da razão
e o acliatamento da dignidade humana.
Estas victimas incautas, estas crianças pelo sexo, não compre-
hendem, não p.resentem a perigosa carreira que lhes traça a
escura mente do ultramontanismo, que só pretende leval-as ao
idiotismo e á vassallagem nuUificadora da consciência, apoderau-
do-se de seus escrupulos e tornando-as um jogo miserável de
sua cúbica e de sua hedionda ignorância.
A sotaina endemoninhada pelo ultramontanismo, em sociedade,
não se oecupa de regras de decência e de pudor: arregaça-se e
salta por cima de todas as nobres aspirações, comtanto que em
frente tenha um animal, um animal que é a carne do clero, a
Q.'ÔÓ

mulher e a criança, tanto como o soldado é na expressão fran-


ceza a carne do canhão. Uns e outros são apenas buchas infames
no combate do desespero.
Comprehende-se melhor a audácia da perversidade inquisitorial.
Ahi havia coragem no algoz e coragem nas victiias. A covardia
ultramontana de hoje, é semelhante ao instincto das bestas feras
que assaltão a preza descautelosa, e no escuro de antros a des-
pedaça e devora.
Esses profanaclores de tudo que é sagrado e humano, esses
alguazis covardes de Roma, essa lama humana com pretenções
ao barro da Creação, espalhão-se no mundo; e na Monita que é
a pedra de afiar, agução garras para rasgar entranhas civilisadas
mais a gosto e á vontade.
Das frestas de seus conventos pestiferados moralmente, observao
o mundo que se move, pensando e sentindo. Pensar e sentir é
para a sua Regra um attentado íi matéria,
Convinha matar a idéa que se illuminava em crenças mais
dignas de Deus, convinha aniquilar o sentimento que dava á
mente aspirações mais elevadas e á consciência o julgar fácil-
mente os delictos daquelles reprobos que forão educados para a
Igreja, mas que repellem a Igreja porque sua Santidade os em-
pobrece e sua luz plácida e eterna lhes mette medo.
Com Fernando VII expirara o seu sanguinário reinado. De
1827 para nossos dias ha um período no qual com a velocidade
do pensamento os séculos christaos traduzem sua Sanctissima
doutrina : — Amor, trabalho, deveres e direitos.
O povo gemera durante séculos sob o pesado jugo sacerdotal.
E o povo, na era novíssima, sacudio o jugo infame que o so-
peava, proclamava a liberdade de sua consciência, e julgava os
pontífices como homens traidores á Sagrada Causa que deíendiao.
Roma, a usurpadora de uma chave que era do Oriente. Roma
a conquistadora política das consciências christãs, acostumada a
mandar, sentindo abalado seu throno terrestre, nao teve um
ermita casto e singelo, que de joelhos recebesse a humiliação e
a benção do Céo, mas renegou o Christo do Amor, o Redemptor
do Perdão e da Caridade, e apresentou em campo um paladino
commum, cercado de pompas, e vociferando excommunhão.
A impieclade moderna, que o ódio engendrara, chegou até a
levantar o véo aos mais castos mysterios christaos, e expor á
— 383 —

discussão vehemente, attributos divinos, que não são da compe-


tenda humana julgar!
E o Evangelho permanecia ahi, sobre almofadas de velludo
bordado a ouro, como um livro vulgar e sem significação, que o
Sillabus tomava agora o direito a Iodas as sagradas tradições, e
apresentava-se ao mundo como livro da lei, como único compe-
tente e regulador das consciências.
A revolta terrestre havia, podido fazer duvidar dos Sanctos
Livros, e introduzir nos espíritos catholicos a confusão e a
duvida.
E assim como se organisão clubs carbonarios, democráticos e
socialistas, assim também se fundou o ultrauiontanismo, associação
perigosissima, na qual a ignorância, a calumma, o ódio, a injuria
e a satânica propaganda, andão como armas, de envolta com o
o bacamarte, o veneno, a miséria e a 'excommunhão.
punhal,
A horda vandalica da sotaina poz-se em campo contra tudo e
contra todos.
Blasfema e horrenda poz em pratica tudo que muda e calcu-
laclamente a deshonesta cabala é capaz de engendrar.
Apoderou-se da instrucção publica.
A criança, formada á sua feição prometteria um futuro ultra-
montaiio.
Apoderou-se da credulidade da mulher, de seus escrúpulos de
consciência, e insinuou-lhe o desrespeito ao pai, o desamor ao
marido, o desapego ao filho, insuflando-a de vaidade e de futeis
desejos de agradar pelo sexo.
Apoderando-se desses caros entes entendeu que era asado o
momento de aniquilar a potência que se lhe oppoz sempre — a
maçonaria.
O pontífice fez reviver bullas carcomidas, e excommungou com
a mesma leviandade, com que uma criança sopra, bolhas de
sabão.
Mas a maçonaria amparou-lhe o golpe sorrindo-se. Conscia de
seus direitos, de sua longa, historia honestíssima e de sua fé em
tudo que é sagrado, grande e justo, não pretende medir-se
com tal campeão, mas simplesmente reconduzil-o á verdade,
exhortal-o. O que, com o favor de Deus, ha-de conseguir, Â
maçonaria verdadeira, e única competente do Brazil, luta, pois,
neste momento contra duas espécies de ultramontanos.
384
/ «.

Os primeiros são os dissidentes delia que se passarão para os


Benedictinos, levando a sua bandeira socialista e não sei que
doutrinas extravagantes de uma liberdade que degenera sempre
em autocracia de máo humor. Esses se encarregarão de por
mãos aniquilarem-se, porque não estão no domínio da
próprias
verdade, nem da rectídão.
Os segundos são os que jurarão o extermínio a todas as vir-
tudes sociaes e domesticas de nossas mulheres, apoderando-se de
seu espirito, e fazendo dellas infalliveis espectadoras de todas as
festas que suas profanas ambições dão em profusão, com o tini
de escaldar-lhes a fantasia, e persuadil-as a pagar generosamente
esses sanetos entretenimentos.
A mulher é para elles um objecto caro e precioso de expio-
ração no sentido ultramontano. Ella não argumenta, submette-se
facilmente. Ella não desconfia da sotaina, respeita-a cegamente.
Ella não crê que seja possível que haja um homem tão perverso
que faça mal em nome da Igreja!
Coitada! hmocente e incauta em um século onde todos .os sa-
crilegios tem sua possibilidade, não mede o perigo que tem diante
de si, não prevê o aniquilamento e a confusão da família no seu
próprio aniquilamento de consciência.
Se uma mão amiga tem este novo século de prestar á huma-
nidade cheia de fé, seja esta que levante as nossas mulheres do
jazigo ultramontano em que se entoxicáo, fallando-lhes em nome
de Deus e nellas despertando ardente o amor da família, que o
ultrainontanismo amortece.
Cumpra a verdadeira maçonaria o seu dever.

Do akso da amizade.

A educação de um povo, a generosidade de uma raça e a be-


nevolencia de urna sociedade podem facilmente ser aquilatadas
pelo emprego, pela comprehensão que se dá aos direitos e aos
deveres da amizade.
— 385 -

A amizade, não consistindo somente em gostar-se do amigo,


em sympathisar-se com o homem, em reconhecer-se o protector
generoso, deve constituir um dogma de comprehensSes mutuas,
nas quaes, com a máxima liberdade de consciência, se não faça
sacrifícios de crenças, de convicções, e, sobretudo, da dignidade
individual; muito menos devem ser exigidos taes sacrifícios.
O homem, em sociedade culta e adiantada, não vai constituir
um bando, como o dos rhinocerontes nas mattas africanas, mas
um exercito de graves pugnadores pela humanidade, pela família
e por todas as sanetas liberdades.
O homem, em sociedade culta e adiantada, não vai constituir
um bando de pássaros e borboletas a esvoejar nos ares e na
terra, mas funda núcleos, onde direitos e deveres são recíprocos,
e dos quaes a leviandade deve ser banida, porque é allucinação.
Eis porque o saber não basta; convém antes o sentir, o com-
prehender, o policiar-se em bons costumes, na discrição e nas
doutrinas da mutualidade de opiniões. E esta educação leva-se
já de casa para a escola, porque da escola deve-se passar para
a sociedade educado e instruído.
A educação é uma segunda natureza adaptada ás sociedades;
deve, pois, a instrucção ser apenas as galas com que tem de
ostentar-se e avigorar-se essa natureza.
A nossa raça latina, essa .lava ardente biológica que fundou
temperamentos vivíssimos, mais do que nenhuma outra carece do
exercício doutrinário da razão sobre o coração. A palavra prom-
pta, a idéa súbita, a sensação electrica, a vista inquieta, a erupção
vulcânica, a paixão extremada, o amor e a piedade a nascer n'um
vôo, e o momento da confiança ou desconfiança rápido, todos os
movimentos dessa raça annuncião a superioridade da vida em
movimentos, mas a inferioridade delia na calma reflexão.
Um Hamleto latino volve-se com mais propriedade n'um Otlielo
impetuoso. Aquelle inspirára-se lentamente na dôr; á forca de
pensar tornára-se a idéa uma monomania a descobrir no fundo
dos mysterios uma decifração tardia da verdade. Este fulmi-
nára-o subitamente a idéa da possibilidade da traição; e incapaz
de reflexão, escaldára-se nos ímpetos do systema nervoso, como
a centelha electrica nasce dos pólos oppostos rapidamente appro-
ximados.
E' o gelo materialmente comparado á braza. E' o floco da
— 3S6 —

neve da Scandinavia comparado á chamina que se atêa nos pi-


nheiros resinosos.
Nós somos assim. Amamos e odiámos; somos volúveis e in-
discretos; somos impetuosos e apaixonados.
Que importa que nos venha mais prompto o arrependimento,
se mais vezes, freqüentemente, temos de cahir nelle?
A facilidade de amar poderá ás vezes ser um erro; mas a fa-
cilidade de odiar é, sem duvida, um crime.
Dyonisio de Syracusa era e devia ser da raça latina. Os im-
petos do mal, nesta raça, são tão sublimes ou horríveis como os
ímpetos do bem.
O nosso amigo não pensa como nós; nós o detestamos. E em
duas horas, aquelle que nos era caro, precipita-o a leviandade
nossa na distancia da inimizade. Pomos em duvida suas quali-
dades, abastardamos suas opiniões, contestamos seus propósitos,
desconfiamos de sua honra; e elle ahi fica, isolado esqueleto,
sem mais fôrmas, claquellas que tinha e das que lhe emprestava
nossa imaginação.
Era nosso amigo: vinte annos ou mais o surprendêmos sempre
na mais perfeita cordialidade de intenções, era sensivel e bom,
era probo e digno, mas lá vem a contenda, a discussão, a ca-
lumnia, a injuria dos novelleiros, e esse caguem ainda hontem para
nós, é hoje ninguém.
Para fazer-lhe mal, muito mal, pode qualquer tornar-se vilão,
enchêl-o de baldoes, classifical-o de miserável e ir á carteira do
coração arrancar quantas linhas dictara a puríssima amizade delle
e lançal-as ao cisco das apreciações vulgares dos chocarreiros e
dos perversos.
E pensais que seja ináo este homem irado, que trata de ani-
quilar o seu amigo, a quem privou da liberdade de consciência?
Não. E' um excellente coração, um caracter nobre, uma alma
magnífica, mas, é um homem de raça latina,
E' uma pilha de Volta tornada homem pensante e sensivel,
que não tolera ácidos em suas cavidades craneanas sem chocar-
se e chocar a ou irem.
A cruz do sacrifício do Golgotha não lhe foi lição.
Aquella tremenda injustiça, aquelle immenso evangelho da dor
infligida cruelmente á innocencia, não acha em seu coração, em
certos momentos eeho e advertência
— 387 —

Não é um crucificador exaltado. E' um christão deslembrado


da historia de sua fé.
Mas como nem todos se esquecem, o amigo, que elle detesta,
lhe dá o perdão, e nunca, mesmo na distancia, lhe recusa a
amizade.
Eis o abuso da amizade.
Para que dal-a promptamente e tão depressa recusal-a? Me-
llior fora a indifferença, por que esta não engendra paixões.
E estes são os exemplos que damos aos filhos.
Estas são as lições que elles diariamente recebem, hinocu-
lando-lhes no espirito o desrespeito e a descortezia, a reserva
glacial e infamante, como uma herança que deve medrar.
Eis como o abuso da amizade dá origem aos lisongeiros de-
tractores, porque aquelles que não sabem arcar com as iras vo-
luveis de um amigo fácil a irritar-se, se não retrahe-se sem
oppôr-se, satisfaz aos ódios do pretendido offendido, injuriando,
calumniando, apodando o que incorreu no desagrado do senhor
latino no feudo incontestável de suas opiniões.
Não forão os grandes que engendrarão os lisongeiros; elles
nascerão como os cogumelos, ahi onde o abuso da amizade ap-
parecia.
Confessemos esta inferioridade de nossa raça, mas nessa con-
fissão vá o propósito firme de elevarmo-nos em nossa digni-
dade, educando-nos em princípios generosos de calma, reflexão e
respeito ás opiniões alheias.
O nosso contrario em idéas não é nosso inimigo, é um pen-
sador que busca raciocinar para convencer-se, é um soldado da
discussão na arena permittida e decente de todas as liberdades
de consciência.
Lutemos contra elle: palavra contra palavra, idéa contra idéa,
conclusão contra conclusão, mas apertemos-lhe a mão cordial-
mente, porque é isso a cortezia do pensamento; deixemos aos
ignorantes ou idiotas a odiosa personalidade, a estupidez da
apreciação e o ódio instinetivo e feroz, porque somos homens
livres e homens decentes.
Nas instituições humanas, onde se pensa na perfeição e na ver-
dade, o abuso da amizade é um crime, senão um hediondo de-
feito.
E nesta nossa instituição, sobretudo, devemos comprehender
— 388 —

servimos de modelo aos demais homens, e que nossos cos-


que
tumes o mundo profano os avalia e pesa.
Deve-se ser coherente, reÜcctido, polido e maxiinamcnte cau-
teloso no juizo que formamos de outrcm, pois que se formos im-
e precipitados em nossas apreciações, corremos o risco
prudentes
de commetter o grande crime de abusar da amizade, desconlie-
cendo-lhe as suas admiráveis prerogativas.

v
389

Instrucção Maçonica.

A Maçonaria é uma escola ou é uma associação?

rodemos affirmar, sem receio de sermos contestados,


que tudo
o que tem-se escripto sobre .Maç.'. cifra-se nestas
perguntas. E'
fácil dar-lhes a competente resposta: a Maç.-. é mio só uma es-
cola, mas também uma associação.
Estabelecendo estas perguntas tivemos por fim prevenir os Maç.-.
do perigo que ha cm fazer da Maçonaria, exclusivamente, ou uma
escola ou uma associação.
Dir-nos-hão, isto nunca acontece, a natureza das cousas á isso
se oppõe. Talvez que não exista uma Loj.-. que não seja ou
uma escola ou uma associação, estes dous caracteres sempre se
confundem; mas ha em compensação, maçons, uns que
querem
que a maçonaria seja uma escola, e outros uma associação.
A primeira hypothese é rarissima; entretanto conhecemos Ilr.*.
que animados por um zelo irreflectido, aliás louvável, não pensão
senão em seu desenvolvimento intellectual e no de seus Ilr.-.
Dahi resultão brilhantes peças de architectura, discussões mais
ou menos philosophicas, explicações e incessantes instrucções
sobre os symbolos da Maçonaria; então as sessões prolongão-se
demasiadamente, e os Ilr.-. a quem essas sessões muitas vezes
repetidas absorvem, suspirão pela oceasião em que possão au-
sentar-se da Loj.'. e gozar de algum descanso. Acontece ainda,
que muitas vezes estas discussões são aventadas por maçons igno-
rantes, que crendo-se verdadeiros talentos litterarios, abusão do
tempo e da benevolência de seus irmãos, resultando disto o não
admittir-se na maçonaria senão profanos muito intelligentes e o
transformar-se a Loj.-. em verdadeira academia.
E se estes Ilr/. tem influencia bastante na Loj/. e querem
fazer predominar suas tendências, então o laço que estreitamente
deve reunir entre si os maçons cada vez mais se afrouxa, a fra-
7
— 390 —

ternidade desapparece, as sessões tornão-se pouco freqüentadas',


e em breve os oradores achào-se sem auditório.
O nivel moral dos membros da Loj.-. desequilibra-se, os fracos
vendo-se abandonados por seus Ilr.-., seguem o declive que os
arrastão e acalmo por persuadirem-se de que a Maçonaria não é
mais do que um composto de palavras, sciencias, discursos pom-
posos e brilhantes. O fonnalismo com suas conseqüências dele-
terias invade a Loj.\ A Maç.-. torna-se um onvolucro exterior
que não contém principio algum activo nem vivificante. O sym-
bolo mata a idéa. A razão é porque a maçonaria não falia só
ao espirito, mas sim ao coração. A ausência deste torna pai-
pitante a superabimdancia daquelle. Ella não quer em seus
adeptos só intelligencia e não os vai buscar unicamente nas
classes instruídas da sociedade. O laço que une os membros
desta vasta associação não é exclusivamente a communhão dos
pensamentos e da cultura, é também o amor fraternal. Amor
que não se encontra só nos homens illüstrados, mas sim em
todos os homens de coração para os quaes nossa instituição não
é uma palavra vã.
A maior parte das Loj.\ não estão neste caso, vejamos o op-
posto; a sciencia apezar de sua doçura é uma bebida assaz
amarga, que não agrada a todos os paladares. As Loj.\ scien-
tificas são uma excepçâo de regra. Em compensação ha um
grande numero de Maçons, que uma vez iniciados, logo que
obtém o gráo de Mestre, julgão-se perfeitos e obrão como tal.
Desprezão o desenvolvimento de suas faculdades intellectuaes, e
imaginão que nada mais lhes resta a aprender. Reputão a Ma-
çonaria somente como uma associação de amigos, de amigos in-
timos, com os quaes, sob o sigillo, é de summo prazer o reuni-
rem-se.
São os primeiros sempre a reclamar o encerramento da Loj.\,
o ceremonial os aborrece, aprecião mais conversar do que sub-
metterem-se as formalidades de uma sessão. Se vem á Loj/. é
para distraliirem-se das fadigas quotidianas e se alguém prolonga
uma discussão aliás interessante e instructivel, levantão-se e cia-
ramente dizem que não vierão á Loj.-. para discutir, mas sim
para gozar de algum momento cie descanso.
O que acontece nestas Loj.-. com taes influencias? E' fácil de
dizel-o; porque temos numerosas experiências. Caminhão
pau-
— 391 —

latinamente para seu desmantelamento; o grande fim da Maço-


liaria não é attingido, e é á esta desgraçada tendência que
devemos attribuir a máxima parte dos prejuízos que o mundo
profano conserva contra nós. Os Maçons {Ilustrados não encon-
trando na associação os recursos que desejão, vão retirando-se
pouco a pouco, ou obrigados a orarem mas oceasiões solemnes,
fatigão seu auditório e conhecendo que enfastião e estando en-
íastiados, acabâo por considerar os dias de sessões como dias
de aborrecimento e de tédio. Deixão de freqüentar a Loj.-. e ella
entregue a si própria, invadida pelas tendências materialistas,
termina por extinguir-se.
Pela porta, então, que a sã maçonaria abrio, entrão as rivali-
dades dos cargos e as intrigas • de toda a espécie. Estabele-
cem-sc entre os maçons esses ódios inveterados que só o fim da
associação tinha sopeado. A Maçonaria é desacreditada, consta
fora da Loj.*. que os maçons só reunem-se por mero prazer, os
iniciados sao cada vez peiores, e quando menos se pensa a
Loj.\ adormece.
Eis, Caiv. Ilr/. os escolhos que devemos evitar. Sigamos o
provérbio latino: — Médio tutissimiis ibis—fujamos dos extremos.
Sejão nossas Loj/. não só o sanetuario da intelligencia, mas
também o do coração.

(Do jornal maç.'. da Suissa Romanda La Veritè.)


392

Secção Ofjicial.

Actos do Sap.-. Gr/. M.\ Gr/. Com/, da Ordem.

23 de Setembro — Nomeia Delegado do Gr/. Or.-. e Sup.-.


Cons.-. na provincia de Santa-Catharina, o 111/. Ir/. 33/. Capitão
José Caetano de Oliveira Rocha.
28 de Setembro - Concede a beneficência de 30tSOOO á viuva
do Ir/.
11 de Outubro — Sancciona a elevação ao grâò 33 dos 1111/.
IIiv. Dr. Manoel Alves da Costa Brancante, Dr. Luiz Corroa de
Azevedo, José Antônio de Sampaio, Antônio Pedro Carreira de
Seixas, Dr. Joaquim Pedro da Silva, Dr. José Thomaz de Lima
e Dr. Pedro Isidoro de Moraes.
15 de Outubro — Concede a beneficência de 50.S000 ao Ir/.
membro da Loj/. Amor da Ordem.
15 de Outubro — Concede a beneficência de 30JJOOO ao Ir/.
membro da Loj/. Pedro II.

Extracto da sessão do Muito Pod.*. Sup.-. Cons.-. do gráo


33.-. do Rit.\ Esc.-. Ànt.-. e Àce.-.
ASSEMBLÉA DE 1 DE OUTUBRO DE 1872.

Presidência do Pod.'. Ir.'. 33.\ Antônio Alvares Pereira Coruja,


Representa. Part.'. do Gr.\ Com.'.

Achando-se presentes nove membros effectivos e três liono-


rarios, foi aberta a sessão, sendo lida e approvada a acta da
sessão antecedente.
- 393 -

O Sup.\ Cons.*. attendendo á representação que lhe endereçara


o BespV, Ir.-. Ven.\ da L.\ Artista, ao Or.-. de Pelotas, nomeiou
uma Com.-, para providenciar sobre as occorrencias havidas na
mesma Aug.\ L.\,*de cuja Com.-, foi designado Presid.% oPod.\
Ir.-. 33/. Dr. José Maria de Azevedo.
Forão elevados ao gráo 33.-. os 1111.-, TJr.\ Dr. Manoel Alves
da Costa Brancante, Dr. Luiz Corrêa de Azevedo, José Antônio
de Sampaio, Antônio Pedro Carreira de Seixas, Dr. Joaquim Pedro
da Silva, Dr. José Thomaz de Lima e Dr. Pedro Isidoro de
Moraes, em remuneração aos importantes serviços prestados á
Ordem.

-*

Grande Loja Central,


SESSÃO N. 212, DE 14 DE OUTUBRO DE 1872.

Presidência do Pod.\ Ir.\ 33. \ Antônio Alvares Pereira Coruja,


Yen.-, de honra.

Tendo comparecido 70 membros, foi aberta a sessão, lida e


approvada a acta da sessão anterior.
Foi approvada a eleição geral para o anno de 5873 da Aug.\
Loj.'. Cap.*. Fraternidade, ao Or.". de Santos.
Mandou-se passar nova Carta Constitutiva á Augv. Loj.*. Cap.-.
Estrella do Norte, por ter sido subtraliida a que possuía.
Annullou-se a reprovação soffrida pelo profano N.... de confor-
midade com o pedido da Augv. Loj.-. Cap.-. Firmeza e União II.
Approvárao-se as eleições parciaes a que procederão as Loj.'.
Estreita do Norte, Cominercio e Industria, Silencio e Cap.-. União
Democrata.
Sanccionárao-se as elevações ao gráo 18 conferidas a diversos
de seus OObiv. pelos SSubl/. CGapv. Estrella do Rio, Grêmio
Pliilantropico, Dezoito de Julho, Cosmopolita, Esperança, União De-
mocrata, Amor ao Trabalho, Santa-Fé e Augv. L.\ Perseverança.
— 394 —

Sánccionárão-se as eliminações de alguns OObiv. das AAug/.


LL.-. Regeneração, Santa-Fé e Commercio, conforme sollicitárão
as mesmas OOff.\
Approvárão-se as installaçoes, filiações e regularisações impe-
tradas pelas LL.'. provisórias Amor á Humanidade, ao Or.*. do
Pilar, na província das Alagoas, c Fidelidade, ao Or/. de Gam-
pinas, na província de S. Paulo, dependendo da, sancção do Muito
Pod.\ Sup.\ Cons.'.
Receberão-se com especial agrado as adhosões das AAugv. LL/.
Progresso, ao Or/. de Campos, União Democrata, ao Or/. do Ouro-
Preto, e do Ven/. da Aug/. Loj/. Conciliação, ao Or/. do Recife.
Forão juramentados e tomarão assento como membros da
Grande Loja Central diversos RResp/. Ilr/. DDep/. e RRepres/.
de OOflv. Escossezas e alguns encartados nos gráos philosophicos.

L

3!H3

Gr.*. Cap.\ Ger/. dos Eitos Azues.


SESSÃO N. 201 DE 21 DE OUTUBRO DE 1872.

Presidência do III.'. Ir.\ Antônio Alvares Pereira Coruja, Repre$.\ Part.\


do Gr.'. M.\ e Venr. de Honra do Gr.\ Cap.-. Ger.-. dos Ritos Azues.

Estando presentes 37 membros, foi aberta a sessão, lida e


approvada a acta da sessão anterior.
Ordem do dia:— Forão eleitos, Io Gr.*. Vig.\ o R.\ Ir.-. .Ma-
noel Joaquim de Oliveira, por 21 votos em 33 votantes e (Ir.-.
Orad.'. o R.\ Ir.*. José .Maria Pereira, por 24 votos em 32 vo-
tantos.
Este 111/. Ir.', resignando tal cargo, correu novo escrutínio e
foi eleito Gr.'. Orad.'. o R.\ Ir.-. Dr. José Thomaz de Lima por
20 votos em 80 votantes.
Forão preenchidas as vagas de 1° e 2o Gr/. Exp/. e de
membros das 1111.'. CComm.'. de Svml>.\ e Cent.'., nomeando o
Presidente para Io Gr.-. Exp.'. o R.'. Ir.'. Carlos Ádolpho Borges
Corrêa de Sá; para 2" Gr.-. Exp.-. o li". Ir.-. Joaquim Ferreira
Corrêa Pires; para membro da 111/. Comm/. de Symb/. o R.\
Ir/. Joaquim José de Almeida e Silva, e para membro da Tll/.
Comm/. Cent/. o 11/. Ir/. José Antônio da Silva Pinta. Foi
igualmente nomeado para preencher interinamente a vaga deixada
na citada 111/. Comm/. de Symb.\, pela ausência do 111/. Ir/.
Cláudio José da Silva Júnior, o 111;. Ir/. Francisco Antônio da
Costa Bastos.
Forao approvadas as eleições geraes para o presente anno
5872 dos CCap.'. Com.-, e Artes e Caridade, e as parciaes da
Aug/. Loj/. Francs Hyramites.
Foi approvada a installaçâo, filiação e regularisação do Cap/.
Prov.-. Redempção (Rit.\ Aclonh.'.), ao Vali.', da Corte.
O Gr/. Cap/. sanecionou as elevações ao gr/, de C/. R/. ^/.
de vários membros das LLoj/, Fraternidade Alagoana, Vigilância,
Luz Brâzileira, Igualdade e Beneficência e Amor da Ordem, e os
títulos de filiandos livres conferidos pelas LLoj.-. Imparcialidade v
2
— 396 —

aos RR.-. II.\ Antônio Alvares Pereira Coruja, Dr. Luiz Corrêa.
de Azevedo, Dr. Manoel Alves da Costa Brancante, Dr. Joaquim
Pedro da Silva, Dr. Pedro Izidoro de Moraes, Desembargador
Tristão de Alencar Araripe, Joaquim José Fulgencio Carlos de
Castro, Francisco Gomes dos Santos. Manoel Thomaz José dos
Santos, Antônio de Almeida Pinto, Francisco Antônio da Costa
Bastos, Mathias da Costa Fernandes e Firmino da Silva Cam-
pos; —Luz Brazileira ao R.\ Ir.-. Antônio Martins de Siqueira;
—Commercio e Artes ao R.\ Ir.\ Antônio Joaquim Pereira Bar-
boza.
Resoluções: —Conceder a Aug.'. Loj.-. Amor da Ordem a adop-
ção de nomes heróicos para seus OObiv. e approvar a eleição
parcial de Repr.\ do Subi.*. Cap/. Harmonia, ao Valle de Belém,
Pará.
397

Administração do Gr/. Cap.\ Geral dos Ritos Azues.


5870 a 5875.
Presidentes.
Conselheiro d'Estado Visconde do Rio-Branco.
Conselheiro de Guerra Barão de Anjzra.
'o
Antônio Alvares Pereira Coruja.
/.° Gr.\ Viff.\
Manoel Joaquim de Oliveira.
2.» Gr.\ Yig.\
João de Araújo Souza Braga.
Gr.\ Orador
Dr. José Thomaz de Lima.
Gr.\ Secret.\
Hermenegildo Nunes Cardoso.
Gr.\ Thes.\
José Araújo Moita.
Gr.\ Orad.\ Adjr.
Joaquim Ovidio Saraiva de Carvalho.
Gr.'. Secretr. Adj.\
Firmino da Silva Campos.
Gr.\ Hospit.\
Joaquim José Pires Melgaço.
í.° Gr.\ M.\ de Cerem.\
Braz José Maia.
2.° Gr.\ M.'. de Cerem.\
:

. ¦¦¦¦¦'*.¦¦'..

José Joaquim de Souza. Yalença.


..-'

l.° Gr.\ Exp.\


Carlos Adolpho Borges Corrêa de Sá.
2.o Gr.\ Exp.\
Joaquim Ferreira Corrêa Pires.
Gr.'. Chanc.
Francisco Corrêa de Castro.
Gr.'. Archit.-.
Francisco Ângelo Agostinho DalPorto.
Gr.\ Cobridr.
Paulo de Araújo Dias.
398 —

Gommissões.
símbolos.
Henrique Valentim Hancock Duiihain.
João de Barrós Lima.
Ângelo de Bittencourt.
Cláudio José da Silva Júnior.
Joaquim José de Almeida e Silva.
ALTOS GRÃOS.
Antônio Corrêa de Mello c Oliveira.
José Gonçalves Rosa,
José Leite de Magalhães.
José da Silva Pereira Campos.
Nicoláo José da Silva Gonçalves.
FINANÇAS.
Antônio Joaquim da Silva Peres.
Joaquim de Souza Monteiro.
Guilherme Gomes Pereira.
BENEFICÊNCIA.
Manoel Joaquim de Oliveira.
Antônio Alves de Souza.
Victorino Pinto do Babo.
*

CENTRAL.
Pedro Antônio Gomes Júnior.
Paulo Lopes da Silva Braga.
José Antônio da Silva Pinta.

-**z3£W&Ot£&&?s**~—
39!)

Secção Histórica.

Pretendemos sob este titulo eraprehender uma serie de


publi-
cações tendentes a provar, de uma maneira irrecusável e clara,
todas as transacções havidas desde 1870 para chegar-se a uma
fusão com o Circulo -dos dissidentes do Rio de Janeiro.
A' historia da, ftíaçonaria Brazileira juntar-se-hão mais estas
paginas expressivas e que dizem alto o que havemos sempre si-
do, e o que forno e são ainda os dissidentes que se afastão de
nos.
Ao juizo soberano do mundo intelligente e justo apresentamos
estes documentos a respeito de nossas acções maçonicas, e, cal-
mos aguardamos o resultado desse inquérito em nossas' mutuas
transacções.
A' propósito não nos pronunciamos a respeito; digão os docu-
mentes históricos de que parte está a razão,
que se pretende
obscurecer, dando ganho de causa a umas fantásticas
pretenções,
que tudo serão, menos a legitima e saneta verdade.

Na sessão do Sap.-. (ir.-. Or.-. do Brasil, de 14 de Fevereiro


de 1870, E.\ V.'., o Sob.-. Gr.'. Mest.-. Gr.-. Com.-. Conselheiro
Joaquim Marcellino de Brito apresentou á consideração do Gr.-.
Or.-. a seguinte carta, que recebera do Sr. Conselheiro Joaquim
Saldanha Marinho:
« Illm. o Exm. Sr. Conselheiro Joaquim M. de Brito. —Rio de Ja-
neiro, em 17 de Dezembro de 1869.
« Permitia V. Ex. que eu oecupe a sua attenção com um objeeto
que para nós ambos é da mais grave responsabilidade, e em si summa-
mente melindroso, pelo
que requer uma solução prompta e digna.
E' negocio Maç.-.
« As divergências que se derao entre os MMaç.\ do Circ.\ do Gr.-.
Or.-. do Brazil oceasionárão a separação,
que todos lamentão, e derão
— 400 —

origem aos dous GGr.\ OOiw, sendo que cada um delles ha funccionado
com a sua parcialidade, e ambos se achão reconhecidos regularmente
por PPot.\ Maç/. estrangeiras.
« Tal, separação, porém, ó evidentemente um mal ; é uma difficul-
dade para a Ord.*. Maç/. em geral, e é, sobretudo, um sério obstáculo
á prosperidade da Maç.-. Brazileira.
« 0 tempo, felizmente, tom arrefecido as paixões e feito esquecer,
mais ou menos, as oííbnsas, achando-se desfarte aplainado o campo em
que um dia devem reconciliar-se os MMaç.\ do Brazil.
« Especialmente o Gr.\ Üiv. Luzitano cmpcnha-se ardentemente
pelo congraçamento da Maç,*. Brazileira, para que os dous GGr.\ 00r.\
que aqui existem se fundão em um só, que se constitua o centro com-
mum da Maç.*. neste paiz, e assim se facilitem as relações com os de-
mais PPod.\ Maç.'. do Univ.-.
« Parece-me escusado demonstrar as vantagens de um tal aconteci-
mento: V. Ex, comprchendel-as-ha perfeitamente.
« A V. Ex. e a mim, pois que nos achamos, cada um no seu Gr.\
Or.\, investidos da alta dignidade de Gr.-. Mest.\, cabe a maior res-
ponsabilidade na continuação deste estado de cousas.
« E a responsabilidade é tal e tão grave que eu (apezar de já uma
vez haver, com o maior respeito e consideração, dirigido uma carta
maç.-. a V. Ex. sem ter logrado a honra de uma resposta*) tudo es-
queço para cumprir o dever de convidar a Y. Ex. afim de que digne-se
se pronunciar cabal e solemnemente acerca do assumpto que motiva a
presente carta.
« Assim, quer V. Ex. ou nao concorrer commigo para a grande obra
da união Maçon.-.?
« Promove ou não V. Ex. a fusão dos dous GGr.\ OOiv. mantida
reciprocamente a dignidade e a posição de ambos?
« Podemos ou não tratar como duas PPotenc.-. Maçon.-. reconhe-
cidas no Brazil e no Univ.*., afim de que essas PPotenc.*. formem uma
só, que constitua o Gr.*. Or.-. e Sup.*. Cons.*. do Brazil?
« Sobre taes perguntas, que eu, contando com a benignidade de
V. Ex., tomo a liberdade de dirigir-lhe, aguardo a resposta de V. Ex.
para deliberar em conformidade.
« O Gr.-. Or.-. do Brazil, ao Valle dos Benedictinos,
que tenho a
honra de presidir na qualidade de Gr.'. Mest.\ Gr.-. Com.-., couta
20 OOff.'. regulares aqui na capital, 27 em differentes
provincias do Itti-
perio e 1 no Paraguay, ao todo 48 OOff.'. cora 4,000 e tantos IIiv.
« Acha-se, outrosim, este mesmo Gr.'. Or.'. em relações com 25
PPotenc.-. MMaçon.-. estrangeiras.
« Pôde, portanto, o Gr.'. Or.-.,
que dirijo, viver, ou antes continuar
a sua vida independente como até agora.

* O Sap.' Gr.; Mest.*.


Marcellino de Brito declarou solemnemente
que a carta alludida nunca lhe fora entregue, nem delia tivera conhe-
cimento ou noticia.
— 401 —

« Pôde, sem temor arrostar a opposição acintosa,


que até hoje tem
íoffndo de alguns, ainda quo poucos, MMaç.-. do Lavradio.
Não pode
portanto, por interesse particular favor algum. O que elle tem em
vista, o que deseja o concorrer, mesmo com sacrifício,
para a prosperi-
dade geral da Ord.- fazendo cessar de uma vez a desunião
agora desacredita a Maç.-. auto os que até
profanos.
« No Gr.-. Or.-. que V. Ex. dirige ha um numero considerável
MMaç.-., alias muito dig„os e de de
posição social, quo pensão como eu
em relação ao objocto de que ora oecupo a attenção de V.
Ex
<< O que falta, pois, para conseguirmos a
juneção vantajosa que todos
os MMaç/ que não vivem da Maçon.-., desejão ? Simplesmente
os dous GGiv. OOr.-. marchem con» dignidade e sem que
dos seus
brios um para o outro. Como conseguil-o? Reputo-o quebra
fácil desde que
houver vontade e os egoístas forem
postos á margem.
« Digne-se V. Ex. propôr-me as bases sob as
Y"*\ "v vj

quaes se pôde verificar


este grande desideratum, e eu as discutirei com V. Ex.
e chegaremos a
accôrdo; ficando, porém, desde já assentado, não perder-mos tempo
para
que nenhum dos GGr.-. OOr.-. poderá pretender superioridade ou supre-
macia de qualquer natureza
que seja.
« Aguardo, da honra, dignidade e reconhecido cavalheirismo
V. Ex., uma resposta qualquer á de
presente carta, pois que tendo de con-
vocar opportunamente o Gr.-. Or.-., desejo dar-lhe contas
deste meu
procedimento.
« Aproveito esta oceasião
para significar de novo a V. Ex. os sen-
timentos de alta estima, consideração e respeito, com
que sou, de V Ex '•'
amigo, respeitador o Ir.-, (assignado) Joaquim Saldanha
Marinho Gr *
Mest.-. Gr.-. Com.-, da Ord.-. Maç.-. do IV., ao Vai.-, dos
Bened.-. >
O Gr.*. Or.-., depois de differentes e
judiciosas considerações,
apresentadas por vários RR.*, e 1111.-. II.-., resolveu
que fosse
nomeada pelo Sàp.*. Gr.*. Mest*. uma Comm.*.
para expender a
sua opinião sobre o objecto de tal carta; sendo nomeados os
1111.*. II.-. Pereira Coruja, Dr. Silva Nazareth, Dr. Freire do Ama-
ral, Dr. Godoy de Vasconcellos e Deschamps de Montmorency.
servindo de relator o 111.-. Ir.-. Dr. Silva Nazareth,
por ter pe-
dido escusa dessa competência o 111.-. Ir.-. Pereira Coruja.
Na sessão do Gr.*. Or.-. do Brazil. de 9 de Abril de 1870,
E.*. V.*., apresentou a Comm.*. supramencionada o seu
parecer,
no qual opinava pela nomeação de uma Comm.-. especial
para
organisar, de accôrdo com uma outra Comm.*. nomeada
pelo Or.*.
Benedictino, as bases de juneção. Entretanto o Gr.-. Or.-. resol-
veu autorisar o Sapv. Gr.-. Mest.*. Adj.*. Lug.\ Ten.\ Conselheiro
Francisco José Furtado (então na
presidência do Gr.-. Or.-., por
achar-se ausente em missão especial no Paraguay o nosso Sob/
B
— 402 —

Gr.-. Mest/. Gr.*. Com/. Conselheiro José Maria da Silva Para-


nliôs, hoje Visconde do Río-Branco) a entender-se com o Sr. Gòíi-
selheiro Saldanha Marinho sobre tal assumpto, podendo decretar
as medidas que julgasse conveniente.
Com data do mesmo dia o Sap.\ Ir/. Gr/. Mest/. Adj.\ Con-
selheiro Francisco José Furtado decretou a, nomeação de uma
Comm/. especial, com pòderes extraordinários, para, junta com a
Comm/. nomeada pelo Sr. Conselheiro Saldanha Marinho, discutir
e organisar as bases que devifio ser apresentadas ao (ir/. Or/.,
bem como o relatório dos trabalhos que tivessem para tal fim.
Esta Comm/. ficou composta dos RResp/. e 1111/. Ilr/. José
Araújo Motta (presidente), Antônio Carlos Cezar de Mello An-
drada, Joaquim José Barbo/a, Dr. Alexandrino Freire do Amaral,
Dr. José Leandro Godoy de Vasconcollos. Luiz Antônio da Silva
Nazareth e Bernardino Alves Barboza Santarém.
Dos trabalhos desta Comm.-. os nossos leitores terno pleno e
cabal conhecimento pela leitura das actas, que abaixo tránscre-
vemos integralmente.
A' GL.\ DO GR.-. ARCH.-. DO U.\
í.a acta da sessão da Oommissão Vnionista do Circulo do Lavradio.
Aos dez dias do mez de Maio de 1870, E.\ V.*., reunidos no
edifício commum, ao Valle do Lavradio, no Rio de Janeiro, ás oito
horas da noite, os RResp.-. e 1111.*. Ilr.*. Dr. Luiz Antônio da Silva
Nazareth, Antônio Carlos Cezar de Mello e Andrade, Joaquim José Bar-
boza, Bernardino Alves Barboza Santarém, Dr. José Leandro Godoy de
Vasconcellos e o Ir.*. Dr. Alexandrino Freire do Amaral, membros da
Com.*, que tem de formular as bases da união entre o Circulo do La-
vradio e o Circulo Benedictino, assuinio a Presidência o 111.'. Ir.\ Dr.
Nazareth, decano presente, por não ter comparecido por incommodado
o 111.'. Ir/, José Araújo Motta, Presidente da citada Com.*., que assim
communicou, remettendo o decreto da nomeação. Procedendo-se á elei-
ção de um Secret.*. para traçar e archivar os trabalhos da Com.*.
Unionista, foi eleito o Ir.*. Dr. Alexandrino Freire do Amaral, o qual
empossado no dito cargo fez a leitura do decreto de 9 cie Abril do cor-
rente anno, do Sap.\ Gr.*. M.\ Adj.-. Logw Ten.\ Com.', da Ord/.
Conselheiro Francisco José Furtado. Nessa credencial o Sap.\ Gr.*.
M.\ Adj.*. faz saber ao R.\ e 111.*. Ir.-. José Araújo Motta, 33.-., Mem-
bro effectivo do Sup.*. Cons.*. e Gr.-. Or.-. do Brazil, que tendooSap.-.
Gr.*. Or.\, em sessão de 9 de Abril, approvado o parecer da sua 111.'.
Com.-, especial, favorável á união do nosso Gr.'. Corpo com o Circulo
dissidente, de conformidade com a proposta apresentada pelo Resp.\
— 4 O ?> —

Ir.'. Conselheiro Joaquim Saldanha Marinho, Gr.-. M.\ do citado Cir-


culo o Lhe outorgado inteiros poderes afim de não só assim o commu-
nicar ao mencionado Gr.\ M.\, como tambom do nomear a Com/,
respectiva quo tem do formular as bases da União entre o Gr.-. Or.-. do
Brazil, ao Valle do Lavradio, e o Circ.-. Benedictino, ha por bem
nomear os RResp.-. o llll.-. flr.-. Dr. Nazareth, 33.-., Joaquim José
Karboza, 33.-., nBarboza Santarém, 31.-., Antônio Carlos, 33.-., Dr.
Godoy, 18.*. e o Ir.-. Freire do Amaral, 32.-. Membros da Com.-.
Unionista, da qual será Presidente o citado 111.-. Ir/. José Araújo
Motta, dando-lhe em nome do nosso Gr/. Corpo plenos poderes paraen-
tender-se com a Com/, que tem de ser nomeada pelo Circulo Bene-
dictinô, afim de serem estabelecidas as bases da União, formuladas as
quaes de commum accordo entre as duas CCom/. e competentemenle
assignadas, deverá ministrar-lhe um minucioso relatório dos debates
havidos para que seja convocado o nosso Gr/. Corpo e a todos os seus
membros sejão as mesmas presentes e submettidas á sua consideração.
Foi encarregado da promulgação da credencial o Ir/. 32/. Dr. A. F.
do Amaral, Gr/, Secret/. Ger/. da Ord/., sendo assignada pelo Sap/.
Gr/. M.\ Adj/. e por elle e timbrada e sellada pelo R/, o 111/. Ir/.
C/. R.\ ^4 Dr. Pedro Isidoro de Moraes, Gr/. Chanc/.
Declarando achar-se constituída a Com/., o Resp/. o 111/. Ir/. Dr.
Nazareth convidou os Ilr/. presentes a exporem a sua opinião sobre o
plano que devia seguir a Com/, para encetar os seus trabalhos. Depois
de alguma discussão, foi resolvido unanimemente que por intermédio do
Secret/. se solicitasse do Sap/. Gr/. M.\ Adj/. informações sobre os
seguintes pontos:
1.° Se já constava haver sido nomeada a Com/, do Circ/. Be-
nedictino.
2.° No caso afirmativo, quando, como e cm que lugar se cffectuarião
as sessões das duas ('Com/.
Tratando-se de qual devia ser a primeira a formular as bases de
juneção, resolveu-se também por unanime accordo que a Com/, do La-
vradio esperaria da Com/, do Circ/. Benedictino a apresentação da pro-
posta.
Nada mais havendo a tratar, forão ás 9 horas da noite encerrados
os trabalhos da Com/., dos quaes eu Secret/. tracei e poli o presente ba-
laustre que vai por mim assignaclo e pelo Resp/. e 111/. Ir/. Presidente.
Traç/. aos 10 dias do mez de Maio de 1870, E.\ Y.\

(Assignados) O Presidente, José Araújo Motta.


O Secretario, Dr. A. F. do Amaral, 32.\
4 0-1

A' GL.\ DO GR.-. ARCH.-. do U.\

2.* acta da Sessão da Com.\ Unionista do Circulo do Lavradio.

Aos seis dias do mez de Junho de 1870, É.\ V/Y, reunidos no edi-
ficio commum, ao Valle do Lavradio, no Rio de Janeiro, os RResp/.
e II11.\ Ilr/, Araújo Motta, Dr. Nazareth, Antônio Carlos, Joaquim José
Barboza, Barboza Santarém, e o Ir.-. Dr. Freire do Amaral, não tendo
comparecido o R.\ e 111/. Ir/. Dr. Godoy, o R.\ e 111.-. Ir.-. Araújo
Motta declarou aberta a sessão ás 7 horas da noite.
Foi lida o approvada a acta da sessão antecedente. O expediente
constou de duas ccol.\ ggrav/.; uma do Sap.-. Gr.-. M.\ Adj.-., com-
municando achar-se nomeada a Com/, do Circulo Benedictino, segundo
a participação que teve do R.\ e 111.-. Ir.-. Conselheiro Saldanha Ma-
rinho e que ella devia entender-se com o Resp.-. e 111.-. Ir/. Araújo
Motta sobre o lugar e a hora das conferências das duas CCom/.
e outra do R/. e 111.-. Ir.-. Dr. Luiz Pientznauer, Presidente da referida
Com/, solicitando do Resp/. e 111.-. Ir.-. Aranjo Motta a convocação da
primeira conferência para o dia 8 do corrente, ás 3 horas da tarde, na
rua de S. Pedro n. 75.
O Resp/. e 111.-. Ir/. Araújo Motta, consultou a opinião dos membros
presentes sobre a prancha do Ir.-. Dr. Pientznauer.
Resolveu-se de unanime accordo não fazer-se questão sobre a
prece-
dencia do convite a respeito da designação do lugar e hora das con-
ferencias e aceitar-se a proposta do Presidente da Com.-, do Gire.-,
dissidente.
Depois de breve discussão sobre o modo
pratico pelo qual a Com/.
do Circulo do Lavradio devia ajustar as bases da fusão, segundo a
pro-
posta que lhe fosse apresentada, o 111.-. e R.\ Ir.-. Araújo Motta,
marcou a primeira reunião no lugar e á hora acima designada e encer-
rou ás 8 da noite os trabalhos, dos
quaes eu, como Secret.-., tracei o
presente balaustre, que vai por mim assignado e pelo Resp.-. e 111.-.
Presidente.
Traç.-. aos 6 de Junho de 1872, E.\ V.-.

(Assignados) O Presidente, José Araújo Motta.


O Secretario, Dr. Alexandrino Freire do Amaral.
405 -

A" GL.-. 1)0 SIIIV. ARCH.-. DO U.-.

Acta da primeira conferência das duas 1111.'. CCorn.-. Unionistas


dos Circulas Benedirtino e do Lavradio.

Presidência do resp.-. e ill.\ ir.-, dr. l. pientznaüer.

Aos oito dias do mez de Junho de 1870, E.\ V.-., reunidos ua


casa da rua de S. Pedro n. 75, ás sois horas ria tarde, os RResp.\ e
1111.-. Ilr.-. 33 Dr. Luiz Pientznaüer, Gustavo Gerber, João D'Illion e
Silva, Ilonorio Pinto Pereira do Magalhães e o 111.-. Ir.-. C-. R.\ $ .-.
Dr. Graciliano Aristides do Prado Pimentel, Membros da Com.-, do Cir-
culo Benedictino que tem de formular as bases da União entre este
Corpo e o do Lavradio; o os RResp.-. e 1111.•. Ilr.-. 33.'. José Araújo
Motta, Dr. Luiz Antônio da Silva Nazareth, Joaquim José Bãrboza, An-
tonio Carlos Cezar cie Mello Andrade, Bemardino Alves Barboza San-
tarem, 31.-., Dr. José Leandro Godoy do Yasconcellos, C.\ R.\ Ç.\ e
o Ir.*. 33.'. Dr. Alexandrino Freire do Amaral, Membros da Com.-, do
Circ.\ do Lavradio, incumbidos da mesma missão; os II11.\ Ilr/. Dr.
Luiz Pientznaüer e José Araújo Motta apresentarão as respectivas
Cartas Credenciaes, que forão lidas, julgadas reciprocamente authenticas
e trocadas, ficando a do Circ/. Benedictino om poder do Ir.*. Dr. Freire
do Amaral e a do Lavradio em poder do Resp.-. Ir.*. Dr. Prado Pi-
mentel.
Na primeira, datada de 20 do mez de Maio de 1870, E.\ V.-., o
Sap.-. Gr,'. M.\ Gr.-. Com.'. Conselheiro Joaquim Saldanha Marinho,
considerando a máxima conveniência que em beneficio da Inst/. Maç.-.
ha de resultar da união da Maç.*. Braz/., constituida sob uma única
Autoridade, attendendo ás recommendações que neste sentido lhe tem
sido dirigidas por differentes PPot.\ MMaç/. e especialmente pelo
(ir.-. Or.*. Luzitano Unido e á deliberação tomada na sessão de 19 de
Maio de 1870, E.\ V.-., do Sap.*. Gr.*. Oriente, dá e concede plenos
poderes de Plenipotenciarios aos cinco 1111/. Ilr.*. já designados e mais
aos RResp.*. IIiv. 33.*. José Alves Machado Júnior e Antônio Xavier
Rodrigues Pinto para em commissão e sob a presidência do 111.\ Ir/.
Dr. Luiz Pientznaüer entenderem-se e accordarem com a Com.-, no-
meada pelo Pod/. Maç/. do Lavradio nas condições, que depois de ap-
provadas e sanecionadas reciprocamente pelos dons Corpos deverão
servir de base para a desejada juneção da Maç/. Braz/.
A Credencial é assignada pelo Gr/. M/. Conselheiro Saldanha Ma-
rinho e pelo 111/. Ir/. Dr. Pientznaüer, Gr/. Secret/. Ger/. Adj/.,
timbrada com o timbre do Gr/. Oriente e sellada com o sello do Sup/.
Cons.-. pelo 111/. Ir/. Gr/. Chanc/. G/. Sellos int/. 33/. Ànionio
Augusto Vieira Cabral.
Na segunda Credencial, datada de 9 do mez de Abril de 1870,
E.\ V.-., o Sap/. Gr/. M/. Adj.*. Lugv. Ten/. Com/. Conselheiro
— 40G —

Francisco José Furtado, faz saber ao Resp.-. lr.\ Araújo Motta, membro
effoctivo do Sup/. Cons.\ e do Gr.\ Oriente, que tendo o Sap.-. Gr.-.
Oriente em sessão de 9 de Abril de 1870^ É/. V/v, approvado o parecer
da sua 111.-. Com.-. Especial, favorável á união do Corpo do Lavradio
com o Benedictino, de conformidade com a proposta apresentada pelo
Resp.-. Ir.-. Conselheiro J. Saldanha Marinho, Gr/, M.\ do referido
Circ. e lhe outorgado inteiros podores para não só assim o communicar
ao mencionado Gr.-. M.\, como também nomear a Com.-. Unionista,
ha por bem nomear aos sete II11.\ Ilr.*. já designados Membros dessa
Com.*, da qual será Presid/. o 111.-. Ir/. Araújo Motta, dando-lhe
plenos poderes para entende-se com a Com.-, do Circ.-. Benedictino,
afim de serem estabelecidas as bases da União, formuladas as quaes de
commum accordo entre as duas CCom.-. e competentemente assignadas,
deverá ministrar-lhe um minucioso relatório dos debates havidos para
que seja convocado o Sap.*. Gr.-. Oriente e a todos os seus membros
sejão presentes e submottidas á sua consideração.
Foi encarregado da promulgação da Cred.\ o Ir.-. Dr. Freire do
Amaral, Gr.*. Secret.-. Geiv. da Ord.-. sendo assignada polo Gr.*. M.\
Adj.-. e por elle, timbrada e sellacla com o sello do Gr.*. Oriente polo
R.\ Ir.-. C*. R.*. Ç.\ Dr. Pedro Isidoro de Moraes.
Depois da leitura desses documentos, tratando-se da questão da
Presidência das duas CCom.-. reunidas, foi por proposta do 111.*. Ir.-.
Araújo Motta approvado unanimemente para exercer o cargo de Pre-
sidente o 111.-. Ir.*. Dr. Pientxnauer, o qual devidamente empossado
convidou para oecuparem os lugares de Secretários o Resp.-. Ir.-. Dr.
Prado Pimentel e o Ir.*. Dr. Freire do Amaral.
O expediente constou de uma col/. grav/. do Resp.-. Ir.*. Xavier
Pinto communicando não poder assistir á conferência por achar-se in-
eommodado.
O Illm/. Ir.*. Presidente, tendo suecintamente exposto o resultado
que se deve esperar da honrosa missão de que se achão encarregadas
as duas CComm.-., desejou saber se a Com.-, do Lavradio havia formu-
lado as bases da fusão dos dous corpos.
O Ir.-. Dr. Freire do Amaral, na qualidade de Secret.-. da Com.-, do
Lavradio, communicou que ella, em suas sessões preparatórias, resolvera
esperar a apresentação da proposta por parte da Com.-, do Circ.-. Be-
nedictino.
O 111.-. Ir.-. Presidente fez então a leitura dos seguintes artigos,'
bases para a fusão, estabelecidos em forma de
proposta pela Com.-, do
Circ/. Benedictino.
Art/. l.o Serão removidos todos os motivos que oceasionárão a
separação.
Art/. 2.° Todos os Ilr.*. de ambos os Orientes serão recebidos em
todos os seus gráos, distineções e condecorações.
Art/. 3.o As obrigações pecuniárias serão reguladas
pelo novo
Oriente.
- 407 -

Art/. 4.° As OOff/. que tiverem a mesma denominação nos 00r.\


actuaes, poderáõ fundir-se, caso queimo.
Art/. õ.° No caso de não fusão das OOff/. da mesma denominação,
tomaráo ellas o distinctivo numerai de Ia e 2a, sendo considerada Ia a
separação tivesse maior numero de [Ir/.: a 2a po-
que na occasião da
dera mudar a denominação, se nâo quizer usar do distinctivo nu-
me rico,
Art/. 6.° Verificada a 5a base, os valores que existissem na epocha
da separação serão divididos proporcionalmente ao pessoal que cada uma
tivesse nesse acto.
Art/. 7.° O Or/. resultante da fusão denominar-se-ha simples-
mente «Gr/. Oriente do Brazil.»
Art/. 8.° Admittidas estas bases, serão eleitos pelas OOff/. 33 Pie-
nipotenciarios de cada uni dos Circules, com poderes discricionários,
para as aceitar, modificar ou regularisar; tratar dos mais termos indis-
pensaveis para a fusão e completa fraternidade, opção da lei que provi-
soriamente deve reger os trabalhos e organisação constitucional.
Depois de breve discussão sobre esclarecimentos dos art/. Io e 8o,
solicitados pelos 1111/. [Ir/. Antônio Carlos, Drs. Nazareth e Godoy e
o Ir/. Dr. Freire do Amaral, e fornecidos pelos RR/. [Ir/. Gerber, Ho-
norio e Dr. Pientznauer, foi approvado o requerimento do 111/. Ir/.
Antônio Carlos para que a proposta fosse confiada á Com/, do Lavradio,
afim de ser por ella estudada, a qual depois apresentaria na próxima
conferência a sua opinião, assentindo ou modificando.
Foi em seguida approvado um outro requerimento do mesmo Resp/.
Ir/, concebido nos seguintes termos:
1.° Quaes as obrigações pecuniárias do Circ/. Benedictino?
2.° Qual a importância da receita média do Gr/. Oriente nestes
três últimos annos ?
3.° Qual a somma das pensões pagas pelo cofre do Gr/. Oriente?
4/ Qual a importância da folha dos empregados retribuidos pelo
mesmo?
O 111/. Ir.-, irilliou requereu também as mesmas informações do
Circ/. do Lavradio.
Os RR.-. [Ir.-. Pientznauer o Araújo Moita obrigárão-se a enviar
reciprocamente dados offieiaes exactos sobre as informações requeridas
para cada Circulo.
Finalmente foi unanimemente resolvido que cada um dos Secretários •
fizesse alternativamente o esboço da actà em duplicata para ser assig-
nada por todos os membros das duas CCom/., e assim authenticada ser
transmittida aos Grandes Orientes respectivos depois de terminados os
seus trabalhos, devendo traçar a primeira o Ir/. Dr. Freire do Amaral.
Nada mais havendo a tratai-, o R. e 111.\ ir.-. Presidente declarou
que a segunda conferência se efiecluaria logo que recebesse communi-
cação do Presidente da Com/, do Lavradio de estar ella preparada para
— 408 —

apresentar a sua opinião sobre as bases propostas, e encerrou ás 8 horas


da noite os trabalhos, dos quaes eu Secretario tracei e poli o presente
balaustre, que vai assignado pelo 111.-. Ir.-. Presidente, por mim e pelos
demais membros das duas CCom.\ Unionistas.
Traç.'. aos 8 dias do mez do Junho do 1870, E.\ V.\

(Assignados) O Presidente, Dr. Luiz Pienizna,uer.


O Secretario, Dr. Alexandrino Freire do Amaral, 33. \
José Araújo Moita.
Joaquim José Barboza.
Antônio Carlos César de Mello Andrade.
João Wlllion e Silva.
Luiz Antônio da Silva N azar et h.
Bernardino Alves Barboza Santarém.
A. Xavier Rodrigues Pinto.
Eonorio Pinto Pereira de Magalhães.
Graciliano Aristides do P. Pimeniel.

3.a ACTA DA COM.'. DO CIRC.\ DO LAVRADIO.

Aos dezesete dias do mez de Junho de 1870, E.\ V.-., reunidos no


edifício commum, ao Valle do Lavradio, os RResp.-. e II11.\ Ilr.*. Araújo
Motta, Dr. Nazareth, Dr. Godoy, Antônio Carlos, Joaquim José Barboza,
Barboza Santarém e o Ir.-. Dr. Freire do Amaral, o 111.*. Ir.-. Araújo
Motta declarou aberta a sessão ás 7 horas da noite.
O expediente constou de uma col.*. grav.*. do 111.-. Ir.*. Dr. Pientz-
nauer, remettendo as informações requeridas pelo 111.-. Ir.-. Antônio
Carlos na primeira conferência das duas CComm.-. e ministradas da
seguinte forma pela Gr.-. Secret.-. do Circ.\ Bened.*.
Resposta. — Ao 1.°: A divida ó de 397 titulos do valor de 508000
cada um, importando em 19:8508000.
Estes titulos vencem juros de 7°/0 ao anno e estão se
§fe pagando os
que se vencerão a 28 de Fevereiro ultimo, o que deve ficar concluido
em pouco tempo.
Ao 2.°: As pensões são :
3 de 3608000
1 de 1208000
1 de 608000
importando annualmente em 1:2608000
— 40!) —

Ao 3.°: A receita do Gr.\ Oriente tem sido nos últimos três anno*
do 15 a 17:0008000, termo médio.
Ao 4.°: A folha dos empregados é a seguinte:
Chefe da Gr.-. Secret.-. 2:400(5000
Official 1:4008000
Cobiv. int.- 7008000
Dito ext.- 7008000
1 servente 3008000
Rs 5:5008000
Nesta pôde deduzir-se a quantia de 1:4008000, porque o Official que
aqui exerce actualmente este cargo não vai para o Lavradio. (Assig-
nado) Paz.
O 111.\ Iiv. Araújo Motta fez em seguida a leitura das informações
por elle também reraettidas á Comm.\ do Circulo Renedictino, pelas
quaes se demonstra:
Ao i.°: O Circulo do Lavradio nada deve.
Ao 2.°: As pensões importão em 10:0008000 annuaes, pouco mais
ou menos.
Ao 3.°: A receita do Grande Oriente é, termo médio, de 25 a
30:0008000.
Ao 4.°: A despeza com empregados é de 7:2608000.
Passou-se á ordem do dia: Discussão das bases da fusão, apresen-
tadas pela Comm,\ do Gire*. Renedictino.
O 111/.. Ir/. Dr. Nazareth aventou a questão de saber-se, se na
conferência das duas CComm/, a opinião da Comm/. do Lavradio de-
veria ser apresentada como expressão da maioria, sem a designação de
outra contraria, se houvesse em minoria ou isolada, porque a adoptar-se
esta ultima hypothese poderia dar-se o facto de ser a opinião vencida
abraçada pela Comm/, do Gire/, dissidente.
Foi resolvido a tal respeito que a Com/, discutiria as bases e apre-
sentaria o resultado do seu trabalho, segundo a votação da maioria e
sem discutir na conferência apenas forneceria explicações. Quanto á
opinião vencida seria íranseripta na aeta, se o seu autor solicitasse,
mas não seria comrnuniçada por forma alguma na conferência.
Procedendo o Ir.-. Secret/. á leitura de cada um dos artigos da
proposta offerecida pelo Circ.\ Benedict.-., a discussão deu o seguinte
resultado.
A requerimento do Ir.-. Dr. Freire do Amaral, o art. l.° foi assim
modificado: Em vez de dizer-se: —serão removidos todos os motivos
—todos os actos que derão
que oceasionarão a separação—; diga-se:
origem á dissidência havida entre ambos os Corpos ficarão em perpetuo
esquecimento e revogados todos os que delia provierão.
A redacção do art. 2." deu origem a uma discussão entre os 1111.-.
IlrA. Dr. Godoy, Dr. F. do Amaral e o 111.;. Ir.*. Araújo Motta, quanto
ao termo — distinecões —, entendendo os dous primeiros que devia ser
-- 410 —

eliminado, porquanto as Dignidades da Ordem e dos Altos Poderos nao


podião como taes ser considerados, verificada a fusão; e o ultimo Ir/,
porque o Gire/, do Lavradio devia conservar a sua administração u 1 ti—
mamente eleita. Quanto ao termo — considerações — a sua suppressão
foi também julgada necessária, visto como o Gire/, do Lavradio não
podia considerar como Legítimos Representantes de certas Potências
Maç/. a Maç.*. do (are/. Benedictin.ò nomeado por Corpos que o pri-
meiro não reconhece por entender que são de origem espúria.
A discussão dessas duas questões ficou adiada para quando se os-
tudasse qualquer outro artigo da proposta em que tivesse mais eabi-
monto, ficando unanimemente resolvido a eliminação dos dons termos
e portanto assim redigido :
Àrt.\ 2." Todos os Ihv. de ambos os Orientes serão recebidos em
todos os seus gráos.
Na discussão do terceiro artigo forao apresentadas duas emendas:
uma do 111/. Ir/. Dr, Godoy, para que cada Corpo pagasse as suas divi-
das, sem o que não se podia verificar a fusão, a qual foi rejeitada, e
outra do 111/. Ir/. Antônio Carlos, que sendo approvada, ficou assim
redigida: — Verificada a fusão, reservar-se-ha para amòrtisáção dá di-
vida interna de 397 titulos proveniente do Circulo Bened.\ a impprtan-
cia da quota anuua e a metade do aluguel das LLoj/. do dito Corpo, ces-
sando os juros, não se responsabilisando o Circ/. do Lavradio por
qualquer obrigação pecuniária de outra espécie, e se depois da fusão
apparecer alguma divida do Circ/. Bened/, será paga em rateio pelas
LLoj/, do ultimo Corpo.
O 111/. Ir.*. Dr. Nazareth requereu que fosse consignado na acta o
seu voto a favor cia emenda do 111.-. Ir.-. Dr. Godoy, o qual declarou
também sustental-a no Gr.-. Or.*., quando as bases adoptadas pelas duas
CCom/. forem sujeitas á saneção.
0 4.° Art/., facultando a fusão das LLoj.-. da mesma denominação,
foi approvado sem discussão.
0 5.° Art.'. foi modificado por proposta do 111.-. Ir.-. Araújo Motta,
da seguinte forma: — No caso de não fusão das OOflv. do mesmo nome,
terão o distinetivo numérico de 1/ as do Circ. do Lavradio e de 2/ as
do Circ. Bened.-., podendo estas ultimas mudar de denominarão, se
não quizerem usar do distinetivo numérico.
O Art/. 6.° foi assim alterado, por proposta do Ir/. Dr. Freire do
Amaral: —Verificada a 5/ base, cada uma das LLoj/. tirará com os
valores que na oceasião da fusão possuírem.
0 Art/. 7.° foi unanimemente aceito.
Quanto ao 8.° Art/., resolveu-se não açeital-o,
por considerar-se
que soria iníruetifero e escusado o trabalho da Com.-., so competisse a
outro Poder alterar o que ella devia ajustar
para depois submetter á
approvação do Gr.-. Or.-., caso concordasse a outra Com.-., acnandó-se
munida como estava de plenos
poderes para formular as bases da fusão.
Assim foi deliberado por unanime accordo,
que em vez do Art/. 8/
redigido pela Com.-, do Circ.-. dissidente, expendesse a Com.-, do La-
- 411 —

vradio a sua opinião do seguinte modo:— Quanto á 8." base, a Com/,


julgando-se investida de plenos poderes para regular o modo pratico
da fusíío afim de ser submettido á approvaçuo do Gr/. Oriente, segundo
claramente se deprehende de sua credencial, pede á Com.-, do Gire.
Bened/. explicações sobre esse facto e solicita também artigos que
ajustem as demais bases da fusão, visto não poder aceitar a creação de
um outro Poder para tal fim.
Finalmente foi resolvido que a resposta ás bases da fusão formu-
ladas polo Circ.\ Bened.\ redigida, segundo o vencido, fosse apresen-
tada na próxima conferência das duas Com/, em forma do proposta,
assignada por todos os membros.
Nada mais havendo a tratar, o II.-. Iiv. Presidente declarou que ia
officiar ao Ir.-. Dr. Pientznauer, pedindo a designação do dia e hora da
2.a conferência, e que communicaria a todos os Membros, logo que
obtivesse resposta, para a ella comparecerem, e encerrou ás 9 horas da
noite os trabalhos, dos quaes eu, como Secret/., tracei e poli o pre-
sente balaustre, que vai assignado por mim o pelo 111.\ Ir/. Presidente.
Traç/. aos 17 dias do mez de Junho de 1870, E.\ V.\

(Assignados) O Presidente, José Araújo Motta.


O Secretario, Dr. Alexandrino Freire do Amaral.

ACTA DA SEGUNDA CONFERÊNCIA DAS DUAS CCOM/. UNIONISTAS.

Devendo esta acta ser traçada pelo Ir/. Secrct/. da Com/, do Cir-
culo Bened/., a qual não a apresentou, aqui menciona a Com/, do
Circ/. do Lavradio, pelo seu Secret/., que nessa sessão que se effec-
tuou em Julho de 1870, E.\ Y.\, apenas a Com/, do Circ/. do Lavra-
dio apresentou a sua contra-proposta, sendo innnediatamente encerrada
a sessão, e declarando o Ir/. Presidente que a seguinte conferência se
eífectuaria logo que a Com/, do Circ/. Benedict/. estudasse as bases
que lhe forão oflbrecidas para sobre ellas expender a sua opinião.

Proposta da Com.', do Gircr. do Lavradio em resposta ás bases da fusão


apresentada pela Cornr. do Circ. Bened.\

Art.\ 1.° Todos os actos que derão origem á dissidência havida


entre ambos os Corpos ficarão em perpetuo esquecimento e revogados
todos os que delia provierão.
Art/. 2.o Todos os Ilr/. de ambos os Círculos serão recebidos em
todos os seus gráos.
3
— 412 —

Art/. 3.° Verificada a fusão, reservar-se-ha para amortização da


divida interna de 397 Títulos proveniente do Circulo Benedict/. a im-
portancia da quota annua o a metade do aluguel das LLoj/. do dito
Corpo, cessando os juros, não se responsabilisando o Circ.\ do Lavra-
dio por qualquer obrigação pecuniária do outra espécie, e se depois da
fusão apparecer alguma divida do Gire.". Bened/., será paga em rateio
pelas LLoj/. do ultimo Corpo.
Art/. 4.° As OOff/. que tiverem a mesma denominação nos dous
Circ/. poderão fundir-se ou trabalhar isoladamente.
Art/. 5.° No caso de não fusão das OOff/. do mesmo nome, terão o
distincfcivo numérico de l.a as do Circulo do Lavradio e de 2.a as do
Circ/. Bened/., podendo estas ultimas mudar de denominação, se não
quizerem usar cio distinetivo numérico.
Art/. 6.° Verificada a 5.a base, cada uma dellas ficara com os valo-
res que na oceasião da fusão possuírem.
Art/. 7.° O Oriente resultante da fusão denominar-se-ha simples-
mente «Gr/. Or/. do Brazil. »
Quanto á 8.a base, a Com/, julgando-se munida de plenos poderes
para regular o modo pratico da fusão, afim de ser submotticlo á appro-
vação do Gr/. Or/., segundo claramente se deprehende de sua croden-
ciai, pede á Com/, do Circ/. Bened/. explicações sobre esse facto, e
solicita também artigos que ajustem as demais bases da fusão, visto
não poder aceitar a creação de um outro Poder para tal fim.
A Com/, está prompta a fornecer á Com/, do Circ/. Bened/. ex-
plicações sobre os artigos que formulou.
Traç.\ em sessão da Com/, do Circ/. do Lavradio, aos 17 de Junho
¦de 1870, E.\ V.-.

(Assignada pelos membros da Com/.)

Conforme (assignado)
Dr. Freire do Amaral, Secret/.

ACTA DA TERCEIRA CONFERÊNCIA DAS DUAS CCOM.\


UNIONISTAS.

Presidência do Respr. e Ill.\ Ir.\ Pient. mauer.

Aos 18 dias do mez do Agosto de 1870, E.-. V.-.


, reunidos ás 7
horas da noite na casa da rua de S. Pedro n. 75,
os RResp.-. e III.-.
Ilr.-. Dr. Pientznauer, D'Illion, Machado Júnior,
Honorio, Joaquim José
Barboza, Nazareth, Dr. Godoy e o Ir.-. Freire do
Amaral, o 111.-. Ir.-.
Presidente abrio a sessão.
— 413 —

O Expediente constou de duas communicações dos RResp.\ IIr.\


Aristides Pimento! o Xavier Pinto, de não poderem, por doentes com-
parecerem á conferência.
O 111.\ Ir.*. Nazareth communicou que o Ir.*. Araújo Motta por
justos motivos se achava também no mesmo caso. <*

0 II.-. Iiv. Presidente declarou que tendo-se retirado para a Europa


o 111.-. Ir."- Gerbor, fôra substituído ua Com.-, do Gire.-. Bened.-. pelo
111.•. Ir.'. Dr, Honorio Augusto Ribeiro.
Não se leu a acta da ultima conferência por não estar presente o
Ir.\ Secret/. delia encarregado, sendo nomeado para oecupar o seu
lugar na presente conferência o 111.\ [r.\ Machado Júnior.
0 Resp.-. Ir.-. Presidente deu a palavra para a discussão das bases
da juneção, ordem do dia da sessão.
Tomou-a em primeiro lugar o [11.\ Ir.-. D'Illion para comparar as
bases apresentadas por ambas as commissôes. Em sua opinião, que vai
expender livremente, ha tal antagonismo entre ellas que é impossível
chegar-se a um accordo, parecendo-lhe que não ha por parte da Com.'.-
do Gire. do Lavradio boa vontade para esse desideratimi, visto como
nos artigos da proposta por ella formulada, estabelece a primasia para
o seu Gire.*., firmando a desigualdade e tratando como de vencedor
para vencido, o que nâo fez a Com.*, do Gire*. Benedict.-. , em cuja
proposta se manifesta a liberdade, a maior igualdade de parte a parte
e o desejo de chegar á fusão, sem quebra da força moral para ambos os
lados. Reconhecida pelas PPot.% MMaç.\ da Europa, o Gire/. Be-
nedict.*. deseja a juneção da familia maçonica do Brazil para o pro-
gresso da Inst,\ e para que ella realise com mais facilidade os seus
nobres fins, mas não necessita delia para gozar de vida mais prospera
do que a tem, nem transige com a sua dignidade para aceitar imposições
por parte do Gire*, do Lavradio.
Tratando de analysar cada um dos artigos das duas propostas, o
Ir.*. Dlllion, passando pelo primeiro, compara todos os outros.
Não comprehende a razão pelo qual a Com.*, do Lavradio supprimio
do Art. 2.° as palavras — distincçòes e condecorações—insistindo na
necessidade de serem recebidos todos os Ilr.*. nessa qualidade, visto
como o Cire.\ Bened.*. tem obrigação restricta de manter as distincçòes
e condecorações que tom conferido, tanto aos seus membros como a
MMaç.*. estrangeiros.
O Art. 5.° mostra evidentemente da parte da Com.*, do Lavradio o
desejo de superioridade, adoptando para as LLoj.\ que não se fundirem
a denominação de l.n para o seu Gire*, e reservando para as do Circ*.
dos Bened.-. a denominação do 2.% cmquanto que na proposta da Com.-,
do Circ*. Benedict.*. a designação de l.a para aquella que na oceasião
da separação tivesse maior numero de obreiros tem o espirito da igual-
dade e é inteiramente liberal.
Quanto ao Art. 6.° não faz delle questão, parecendo-lhe que a so-
lução da fusão não depende de sua adopção ou rejeição.
Quanto ao 3.°, admira-se de sua redacção e não sabe de nojo como*
— 414 —

conte a impressão quo sentio com a sua leitura, porquanto contesta aos
MMaç/. da Com/, do Lavradio o direito de duvidarem da palavra dos
membros da Com.-, de que faz parto. Nosso ponto foi o 111/. Ir.*. in-
terrompido por alguns Ilr/. o entre outros pelo 111/*, Ir/. Dr. Godoy,
Orador, appellando para a Pre-
que protestou contra as expressões do
sidencia e declarando quo se retiraria se a discussão continuasse por
tal forma. Chamado A ordem, declarou o Ir/. ínilion que não tivera
a intenção de offender a susceptibilidade dos membros da Com/, do
Lavradio o analysou o 8.° artigo, dizendo que a esse a Com.-, nada res-
poncleu, pedindo apenas explicações e rejeitando in limine o alvitre
proposto.
Em seguida obteve a palavra o Ir/. Dr. Freire do Amaral, opinando
que nas conferências não devia ventilar-se uma dicussão sobre os Ar-
tigos de qualquer das propostas, principalmente do modo acrimonioso
pelo qual foi encetado pelo Orador precedente, devendo limitarem-se a
'
explicações de parte a parte sobre os Artigos formulados, fornecidas as
quaes depois de estudo conscicncioso restava a cada uma dellas o di-
reito de aceitar ou rejeitar as bases propostas o nfio de interpretar as
intenções, como fez o Orador precedente e foi por essa razão que a
Com.\ do Lavradio declarou em sua contra-proposta que estava prompta
a dar as explicações que sobre os seus Artigos requisitasse a Com/,
dos Benedict.*. Se o Ir.*. IVIllion as tivesse pedido não seria tão injusto
para os membros da Com/, do Lavradio. Passa, portanto, a explicar
cada um dos Artigos, refutando as opiniões manifestadas pelo Orad/.
precedente, que não podem deixar de serem respondidas.
Almejando a juneção, o Circ/. do Lavradio, reconhecido também
por muitas Pot/. Maç.*., não quer no entanto que olla se realisc com
quebra de sua dignidade e a Com.*, do Lavradio empregou todos os
meios ao seu alcance para esse fim, demonstrando no enunciado de sua
proposta o pensamento de chegarem ambas as Com/, a um accordo por
meio de concessões reciprocas, esquecendo-se os ressentimentos antigos
por uma completa amnistia dos motivos que oceasionárão a separação,
o que a Com.\ logo patenteia na redacção do 1.° Artigo em resposta
aos da proposta da Com.*. Benedict.*. A explicação desse Artigo, como
foi feita na ultima conferência, na qual tão francamente se declarou
que se tratava de um indivíduo, importa uma imposição feita aos brios
do Lavradio e a Com.*, do Circ*. Benedict.*., fazendo questão de uma
personalidade, é que demonstra a sua pouca vontade e o desejo de su-
perioridade que não tem a Com.*, que representa. A remoção dos mo-
tivos que oceasionárão a separação pode ser interpretada de modo diverso
e somente um arbitro decidiria a questão entre os dous Circulos. A
ambigüidade da redacção do 1.» Artigo dá forçosamente origem a
questões
odiosas que devião ser esquecidas de ambos os lados, nem esse artigo
parece uma base de juneção e sim uma condição, que por fôrma alguma
aceita a Com/, do Circ*. do Lavradio.
Querendo o Circ.-. Benedict,-. tratar de Pot,-. a Pot,-. o Circ.-. do
Lavradio, aceitou essa posição e no emtanto a Com.*, do 1/ Corpo logo
¦í 15

no l.o Artigo do sua proposta, pretende nulliflcar direitos


e retalia,
adqueridas pelo Circ... do Lavradio e se este
por sua voz tratasse de
exigir a remoção de um obstáculo antigo
para que houvesse actual-
mente completa fraternidade, dahi resultarião
questões intermináveis
que vão oecupar o espirito de duas Associações, que mutuamente devem
respeitasse, desde que desejão a união. Sem o esquecimento
do nas-
sado a juneção nunca se realisará e a insistência da Com •¦
dos Be
nedict.*. no l.o Ari. (ornará escusada a discussão sobre os
outros A
Com.*, do Lavradio, redigindo a 1.» base de modo a fazer
esquecer
todos os motivos que oceasionárão a separação e a revogar
todos os c,ue
mostra som duvida akuma mio nutre
delia provierão,cii^mna •
que nub-n maiores
™„; jdeseios
do que a (ou..-, dos Benedict.*. que a juneção se realise,
quebrando de
uma voz os obstáculos quo do passado
podessem surgir do ambos os
Circ.*.
Quanto ao 2." Art.*., a Comm.-. do Lavradio supprimio as
distincçoes o condecorações, porquanto só depois do palavras
estudo das con
diçoes dos dons Chv. nesse ponto é
que se pôde regulal-as para não
provirem conflictos para o futuro, o que acontecerá, se o referido Art •
for adoplado se„, outras bases que determinem, entre outros
exemplos'
o modo pelo qual deve V.U. o único Cir¦• ., j)iu\emente
nrovonionto da ;¦»«« -
Ao juneçao, / ,
tratar
com duas potências estrangeiras que existão no mesmo
território
reclamando cada qual o direito de legitimidade, reconhecendo
umà
dellas o Cir.-. Benedict.*. e a outra o do Lavradio. dependendo
a
solução do questão de qual dellas devia ser considerada
irregular da
perda das distincçoes que como Repr.*. possua o Membro de
dos Círculos, quo até então gozava desses foros. qualquer
O 5." Art.-. é de tão pouca importância
que parece não haver
questão de estabelecer-se a primasia de um sobre outro Cir.-. dar-
se a uma Loj.-. a denominação de 1.. e á outra de 2.« por
e que a
dificuldade de saber-se, qual na. occasíão da separação tinha
maior
numero de obreiros, e que motivou a sua redacção.
O 3.o Art.*. ainda demonstra a melhor boa vontade da
Com.-, do
Cir.-. do Lavradio, propondo um meio
pratico, igual pouco mais ou
menos ao que tem adoptado até hoje, do Cir.-. Benedict.-.
realisar os
seus compromissos pecuniários e não houve offensa alguma,
nem a
Com.-, duvidou da palavra dos membros da Com.-, dos
Benedict.-
porquanto alem da divida interna que tem o Circ.-. Benedkv!
poderia haver qualquer outra obrigação pecuniária, ignorada
Com.*, do Lavradio, como, por exemplo, a reconstrucçao do pela
seu edi-
ficio '. e nesse caso> se depois da
juneção qualquer divida apparecesse,
parecia de justiça a. Com.-, que fosse satisfeita pelas LLojC. do Corpo
Benedict.*.
Quanto ao 8." Art.*., o pensamento da Com.-, esta esclarecido em
sua proposta, porquanto ella solicita apenas explicações
sobre a neces-
sidade de havei- uma outra Com.*.
, ainda que mais numerosa, para
alterar ou modificar o accordo
que houver de ser estabelecido'entre
duas CConi.-., as
quaes tem, segundo as suas Credenciaes, amplos
—• 4 16 —

o modo da fusão, afim de ser sanccionado


poderos para regular pratico
Oriente.
depois pelo único Poder competente, o Gr.-.
depois a o 111.-. Ir.-. Machado Júnior; sendo um
Obteve palavra
tomou na revolução que deu origem á dissidência
daquelles que parte
do Ciro,-. Bened.-. é no emlanlo um dos sectários da
e a formação
entender ambos os Circulos trabalhando hoje para o
iuneção por que
bem em campo dilíerenle, desejão o progresso da Arte
mesmo fim, que do outro, os dous
Império do Cruzeiro e se um não necessita
Real no
realizarão com mais facilidade a sua nol.ro missão. Explicando
unidos
do 1/ Art.\ da proposta, historia em resumo as cousas que
a redacção
a separação, sendo entre outras, a restricção da liberdade
produzirão ser ouvidos, a ma
defeza a Maçons, que erão condemnados sem
de
das finanças e a autocracia de um Poder que tudo decretava,
gestão competião ao
com flagrante violação das leis e dos direitos que
motivos se ainda
Corpo legislativo, o Gr.-. Or.-. A remoção desses
a juneção e
existem, parece em sua opinião uma necessidade para
completa fraternidade.
o modo pratico
Não se julgando com amplos poderos para regular
de Pie-
da fusão dos dous circulos, porque não tem regalias bastantes
consiste somente
nipotenciarios; entende que a missão das duas CCoin.-.
constituinte,
em preparar as bases elementares, reservando a uma
discricionários
especialmente eleita pelo povo maçonico os poderes
resolver a questão, porquanto o Gr.-. Or.-. não pôde sahir fora da
para uma Com.-,
orbita da lei e não está prevista na lei a nomeação de
com amplos poderes para tal fim. As duas commissoes, não sendo ge-
nuina expressão dos votos do povo maçonico, que não foi consultado,
não podem decidir questão tão importante, razão pela qual a Com.-,
do Circ.\ Bened.*. propoz a nomeação de 33 Plenipotericiarios como
fez na 8.a base.
Fallou em seguida o 111/. Ir.*. Honorio explicando o pensamento
da Com.-, do Gire.-. Benedict.-. nos Artigos da proposta por ella apre-
sentada. Fazendo a resenha dos motivos que originarão a revolução
no Circ/. do Lavradio, havida em 1863, está hoje firmemente convencido
uma pleiade de
que a mor parte delles se achão removidos, porquanto
MMaç/. novos, combatendo a rotina, trabalhão com tendências liberaes
para o progresso da Inst.\, o que demonstra a eleição da administração
do Gr.'. Or/. ultimamente feita, parecendo-lhe que foi absorvido o grupo
que tudo pretendia dominar, violando as leis estabelecidas, sem audien-
cia nem saneção do Corpo legislativo, mas a seu ver e no pensamento
da Com.-. Bened/. a permanência no caracter official de Chefe da Gr/.
Secret/. e de Secret/. Adj/. do Santo Imp/., do Maç/. R. G. Pos-
sollo é um motivo que embaraça a união, porquanto o procedimento
desse Ir/, em relação ao Circ/. Bened/., que menoscabou perante as
PPot/. estrangeiras, e entre outros o Gr/. Or/. de França, é uma razão
bem forte para que o Circ/. que tem de dar satisfações a esses Corpos,
não admitta na continuação de uma posição importante um Maç/. cujos
serviços á Ordem reconhece, mas que por ter representado um dos prin-
417

eipaes papeis na revolução, pôde por sua avançada idade merecer


a re
compensa do seu labor maçonico, por meio de urna aposentadoria,
sem
que desse facto provenha desar algum para o Circ ¦ do I avradio
Insiste o I1L-. Ir.- nas mesmas idéas
já apresentadas pelos' 1111.-.
Ur.-. D Illion o Machado Júnior, declarando
que nenhuma outra obriffa-
çâo pecuniária posa sobre o Circ.-. Bened/., além de sua divida interna.
Em ultimo lugar obtevo a palavra o 111/. Ir.-. Godoy
Sobre a matéria da fusão, elle julga-se'autorisado a' affiancar,
do Circ.-. do Lavradio, por
parte que todos a desejão, e que a Coram,-, de
que faz parte, esta munida de plenos poderes para ajustar as suas bases
ntt /\ fc\ 7 nnnto nefu iMiint,L ,1« „1 i

poderes que lhe forão outorgados pelo Gr.-. Or.-., Corpo onde tem \s-
sento os Representantes natos o legalmente eleitos das OOff •
as quaes
considerão conveniente a fusão, sem
quebra de sua dignidade e sem
cederem um so ponto da linha de honra
que lhes é traçada
A imparcialidade do Circ.-. do Lavradio até se
patentéa na nomeação
da Comm.-. que tem de formular as bases da
juneção. Feita a no-
meação polo distineto estadista que hoje preside interinamente
o Circ •
do Lavradio, seu Gr.-. M.-. Adj.-., alheio inteiramente á
questão da
formação do Circ.-. Bened.\, a Comm.-. é composta, com
excepção de
um só, de MMaç.\ que não forão testemunhas nem figurarão
na luta
dos dous partidos que naquella oceasião se formarão. Sendo
um des-
ses sabe, no emtanto, que houve então desmandos de
parte a parte
sobre os quaes deve-se lançar o véo do esquecimento, e
por isso admi-
ra-se que, em face de tão grande desideratum, ainda
permaneça o ódio
por parte do Circ.-. Bened.-., o qual pretende que a união se effectue
desapparecendo um Ir.-., fazendo
questão do nome de R. G. Possollo e
impondo uma condição, sem a qual não
poderá haver paz e harmonia,
nem abraçarem-se fraternalmente Ihv.,
que para trabalharem unidos
em beneficio da Inst.-. devião olvidar resentimentos antigos,
já eonsu-
mídos pelo tempo. Extranhando
que essa proposta partisse de MMaç.-.,
aos quaes respeita e considera, honrando-se com a estima e a amizade
de muitos, visto como a Comm.-.
parece repercutir a opinião do Circ.-.
que representa, tendo sido já a discussão suficiente para esclarecer'õ
pensamento da Comm.-. do Lavradio, e não havendo necessidade se
decida de chofre questão tão melindrosa, que
propõe o encerramento da dis-
cussão e que sejão reconsideradas as bases apresentadas
pela Comm.-.
do Lavradio, á vista das explicações fornecidas.
Sendo approvado esse requerimento e nada mais havendo a tratar-
se, o 111.-. Ir.-. Presidente encerrou ás 10 da noite os trabalhos,
dos
quaes eu, como Secret.-., tracei e poli o presente balaustre,
assignado pelos 111.-. Ir.-. Presidente, que vai
por mim e pelos demais membros
das duas CComm.-. Unionistas.
(Assignados) O Presidente, (em branco).
O Secretario, Dr. A. F. do Amaral, 33.\
(Nota escripta pelo Secretario).—N. B. — Esta acta não sendo lida,
porquanto nunca mais se reunirão as duas CComm.-., não vai assijmadà
pelos seus membros.
418

4." ACTA DA COM/, UNIONISTA DO OIRC.% DO LAVRADIO.

Aos 14 dias do mez do Abril do 1871, E.\ V.'., reunidos no edi-


ficio commum ao Valle do Lavradio, no Rio do Janeiro, ás 7 horas da
noite, os RResp.'. o 1111.'. Hr.-. Nazaroth, Antônio Carlos, Joaquim José
Barboza, José Araújo Motta e o Ir.'. Dr. Freire do Amaral, o Resp.'.
Ir.\ Araújo Motta declarou aberta a sessão.
Forão lidas e approvadas a 3.« acta da Comm.\ do Lavradio e a
acta da 3.a Conferência das duas CComm.'.
O Resp.'. Ir.'. Nazareth communicou que tendo, como Presidente
interino da Comm.v, por impedimento do 111.'. Ir.'. Araújo Motta, com-
municado ao Sap.'. Gr.'. Or.'., em sua sessão de 2 do mez passado, quo
havião decorrido quasi seis mezes sem que o Presid.\ da Comm.#. do
Circ.\ Benedict.-. convocasse uma Conferência das duas CComm.\ para
continuação dos trabalhos da fusão, apezar de ter-lhe dirigido duas
nesse sentido, sabendo por fim que elle havia-se domittido
pranchas
da Com.-., julgava de necessidade que o Gr.*. Or.*. a tal respeito to-
masse uma resolução. Tendo o Gr.'. Or.'. deliberado que o Sap.'. Gr/.
Mest.-. int.\ se entendesse com o Gr.-. M.\ do Gire.:;, Béned.v, rece-
beu por intermédio da Secret\ Ger.\ da Ordem uma proposta assignadà
dos dous Corpos,
pelo Ir.*. Conselheiro Saldanha Marinho para a juneção
razão pela qual convocava a presente sessão, afim de que a Com.-,
estudando a proposta, apresentasse sobre ella o seu parecer em uma
sessão extraordinária do Gr.*. Or.-. convocada especialmente para esse
fim, e segundo a recommendação feita pelo Sap.*. Gr.-. M.\ int.\
Tomando a presidência o Ir.*. Araújo Motta, participou o Ir.-. Dr.
Freire do Amaral a nomeação do 111.'. Ir.'. Dr. João Pizarro Gabizo
para membro da Com.-. Unionista pela vaga deixada pelo 111.-. Ir.-.
Santarém, que partio para a Europa.
Lida a proposta, artigo por artigo, pelo Ir.*. Secret.*. e depois de
suíficientemente discutida, resolveu a Com.-, por unanime accôrdo apre-
sentar ao Gr.-. Or.-. o seu parecer em um relatório dos seus trabalhos
desde a época em que foi nomeada até a presente data.
Tendo sido adoptada a idéa geral da proposta com algumas modifi-
cações, alterações e acerescimos, resolveu-se apresentar ao Sap.*. Gr.*.
Or.-. para sujeitar á sua approvação a proposta redigida pela Com.-, em
face da do Circ*. Benedict,-., sendo encarregado da redacção do parecer
o Ir.;. Dr. Freire do Amaral.
E nada mais havendo a tratar-se, o Resp.-. Ir.-. Presidente encer-
rou ás 9 horas da noite os trabalhos, convocando a Com.-, para o dia 17
do corrente, para ser lido o parecer e assignado pela Com.*, afim de
ser presente ao Gr.-. Or.-.
Traç.-. aos 14 dias do mez de Abril de 1871, E.\ V.*.
(Assignado) Dr. Freire do Amaral, 33.'., Secret.-.
— 419 —

Aqui termina a primeira phase dos trabalhos das CConv.


para alcançar-se o tão desejado êxito; e se na leitura das actas
os nossos leitores encontrarem o espirito de parcialidade e de
intensões anti-maçonicas, a nós não compete o analysal-as; deixa-
mos ao inundo maçonico, perfeito e justiceiro, o proferir a sen-
tença (pie deve fulminar aquelles que se esquecem dos sanetos
fins da nossa Ordem, e que trazem para os nossos templos pai-
xdes profanas e inconfessáveis.
Nesta primeira phase a Com.-, do Lavradio, unida e forte, sus-
tentou com todo o critério e dignidade a posição nobre e des-
interessada do nosso Circulo; e de seus membros nuo se des-
garrara, como aconteceu depois, um membro distineto, porém
volúvel em suas opiniões, e que esquecendo-se da verdadeira
luz que entre nós recebera e que comnosco compartilhara, foi
levar as suas armas para os arraiaes dos contrários de hontem,
tornando-se assim solidário com as pretenções e desmandos que
ha tão pouco combatera.
A nossa Subi/. Ordem sente tal metamorphose, porém conso-
Ia-se, vendo que até entre os discípulos do Divino Mestre se
dera scena igual.

No próximo numero trataremos da segunda phase de tão in-


teressante quão malfadada questão.

^óVf
420

0 ultramontanismo na America.

A America central começa a subtrahir-se á tutclla clorical.


Os Jesuítas expulsos de Guatemala não deixarão o solo ame-
ricano tão promptamente como devião; era o solo que tinhão
explorado com uma impudencia vertiginosa.
Apresentárâo-se em Costa-Rica, o governo, porém, recusou-lhes
o ingresso em seu território, e partirão como vierão.
Felicito a Guatemala por suas enérgicas medidas perante esses
propugnadores do ultramontanismo. Já de ha muito, que as
nações européas vendo que elles abusavâo da influencia religiosa
intromettendo-se no governo temporal tinhão tomado attitude
hostil para com tal seita.
Choiseul, no reinado de Luiz XV assignou o decreto de sua
expulsão, Pombal em Portugal seguio esse exemplo, até o
próprio Papa os exilou e decretou a dissolução da sociedade de
Jesus. Tudo foi inútil, tenazes em suas doutrinas, atreverão-se
a zombar da authoridade espiritual do soberano Pontifice, e
em
vez de se dispersarem, reunirão-se, cerrarão suas fileiras,
aguar-
dando impacientemente que a morte desse um novo
successor á
cadeira de S. Pedro. Graças ás suas intrigas, de novo alcançarão
protecção, e apesar da lei que os exilava, regressarão os
para
paizes donde tinhão sido proscriptos, humildes no
principio en-
t0d°S °S SGUS eSf°rÇ0S Para reÍÍi™m o
perdMoaCtUalmente
A republica de Guatemala,
pois, deve meditar nas lições da
historia , acautelar-se afim de
qne os que acaba de expulsar,
"" "" S6Í°' ^ de U,M'
outra fôrma ° *™ *
A lei peruana também os
proscreveu; no emtanto ardilosa-
em todos os conventos do Peru anorWflndn ífljn + • • ,
ando-se do patrimônio do
clero do paiz Rociei
— 421 —

Nisto é que está o escolho, porque ahi a lei é impotente,


para evitar esse mal, ha um meio: a formação de um clero
nacional. Facão isto todos os paizes, e então cessaremos de
ver esses emigrantes clericaes, a despeito das leis, e sob a
capa da piedade, gosarem das rendas que de forma nenhuma lhes
pertencem.
Possua cada nação um clero seu, sejão seus sacerdotes co-
nhecidos por todos, e outorgue-se-lhes a estima publica, que
desgraçadamente lhes falta.
D. Réaux de Richebois.
(Journal du Pérou.)

S^^-<^3í25??S32-
4 22

Secção de Correspondência.

Do Potl.\ é Ill.\ Ir.-. 33.-. Albcrt G. Goodall, Gr.-, Iteprcs.-.


do Gr.-. Or.-, e Sup.-. Cons.-. do Brazil ao Vai.-, do Lavradio.
(Traducçfio.)

Car.*. e 111.-. Ir.-. Ruy Germack Possollo. — Communico-vos que


ha três semanas que cheguei da Europa. Recebi a carta que
me dirigio em 22 de Maio o Ir.'. Dr. Alexandrino Freire do
Amaral capeando varias circulares.

Recebi igualmente os diplomas dos RR.-. II.-. Robert W. Fur-


nas, Lewis E. Parsons e Alexandre M. Winn.
Vossa carta de 28 de Agosto foi recebida em tempo com-
petente.

Comnmniquei á Gr.-. Loj.-. de Néw-Hampsnire o fallecimento


de seu Repres.-.

Fico sciente e profundamente lamento o fallecimento dos ou-


tros IIÜV. ILv. membros do vosso Sup.-. Cons.-.
Envio-vos por este paquete os Proceedings da Gr.-. Loj.-.
de
Massachusetts: no volume mais
pequeno, a paginas 115 e* 116
vereis que o Gr.-. Corpo do Lavradio foi
cido.
por ella reconhe-
Não é praxe sua trocar Representantes. Todas
as communi-
caçoes que lhe quizerdes dirigir devem ser endereçadas
lrnv. h.... ao 111.-.
Na minha ultima carta de 18 de Junho,
dirigida ao Ir.-. Dr
Amaral, foi uma communicação official do nosso
Sob • Gr • Com •'
exonerando o 111,. Ir,. Dr. Mello Moraes
do cargo de nosso
423

Gr/. Rep.'. junto ao vosso Gr.-. Corpo, de conformidade com o


pedido do Ir.: Dr. Amaral. Tende pois a bondade de designar-
me um 111.'. Ir.-. 33.-. que possa preencher tal vaga.
O nosso Sup.*. Cons.*. encerrou a sua sessão anima no dia 20.
Pelo seguinte paquete serei mais minucioso.
New-York, 23 de Setembro de 1872, E.-. V.-. - Vosso aff.\
Ir.-. (Assignado) Albert G. Goodall, 33.-., Gr.-. Representante.

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424

Bulletm pour TÉtranger

La régularité est revenue a nos rangs.


Nos Loges sont continuollement à des initiations de personnes
qui cherchent Ia communauté de nos príncipes et de nos doe-
trines.
Cest que le soleil de Ia vérité éclaircit nos colonnes et répand
sa douce lumière dans Ia Vallée du Lavradio, pendant quelques
móis dans Tobscurité de Ia tempête soufliée par un groupe dis-
sident et inquiet.
Après Forage le calme de Ia nature: des hymnes au Tout-
Puissant: des chansons des ouvriers actifs qui se livrent de nou-
veau au travail bienfaisant!
Cest le tableau représentant toujours Ia nature physique et Ia
nature morale de 1'existence.
Nous entendons encore des cris lointains, qui nous viennent
de Ia rive écartée de nous par Pimmense impossibilite de sa
constitution déréglée.
Ces murmurations et ces plaintes ne cesseront pas si tôt. Le
mécontentement des uns, Ia haine des autres et le tempérament
atrabilaire de beaucoup laissent de côté Ia raison et, les conve-
nances, et se jettent aux hideuses récriminations.
Cest à plaindre cette impossibilite née de 1'mquiétude du ca-
ractère et de l'irascibilité de 1'humeur. En face d'éléments pa-
reils, Ia raison repousse le contact et le concours écarte 1'union.
Vous qui nous lisez, puissants et illustres Maítres, franc-ma-
çons bonnêtes et cohérents, acceptez-nous ce que nous sommes,
des gens unies dans une seule pensée de fraternité, de cbarité,
de philantropie et de sainte liberte.
Mais ne nous demandez 1'impossible; ne songez désormais à
cette grandiose idée de fusion de tous les franc-maçons,
parce-
que nous en avons qui ne sont pas franes du tout,
Qu'est-ce qu'on voulait faire de nous? Ou voulait-on nous
mener, à 1'instar des cbameaux par Ia bride dans le désert aride
des príncipes socialistes incohérents?
— 425 —

L'horizon des ambitions ost noir et impénétrâble: pas une


étoile y marque 1'existence d'un clair firmament, pas un signe
pour le voyageur altero do ce monde, pas Ia possibilite d'y
trouver un glte pour co corps et cotte ame fatigués dans íe
chomin de Ia vie.
Qü'est-ce qu'on voulait de nous?
L'abattement, 1'esclavage de Ia pensée, Ia profanation de nos
vioux, 1'abstraction de notre puissance éclairée, 1'absorption d'un
pouvoir mondain légalisé par Ia Constitution Nationale.
On nous exigeait Io concours à Ia revolto mondaine
par des
moyens qui sont exclus do nos príncipes et de nos serments
au Templo de Salomon.
On prétendait nous rendro uno sorte de vassaux marques au
sceau d'une féodaJité étrange et absurdo.
On voulait mettre aux fers nos généreuses aspirations, et au
feu notre liberto de Ia pensée. Cétait un auto de fé prepare
d'avance par dos Escobars étranges et incrovablos.
Ce n'était pas une lutte vulgairo et passagère, mais une lutte
de príncipes, de doctrines et de rites.
A notre étonnomont suecéda notre fermeté. Et Ia rósolution.
vous le savez, ost pour 1'action ce qifost 1'inmiense bloc de
glace dans les mers glaciales poussé par Ia tempête du nord.
II faut qifil brise tout dans sou passage: qtill écarte tout ce qui
empêche sa marche solide.
Voilà ce que nous fumos eu face du danger qui menaçait no-
tre Ordre.
Ou ne cherche pas en vain à briser Ia chaine d'imion d'une
fraternité sincère et dévouée.
Et maintenant nous relevons Ia tête et nous nous présentons
au monde qui nous contemple comme des ouvriers dignes de
leur salaáre; comnie des Croisades couronnés cl'épmes de Ia Pié-
demption, mais arrivés à leur Jerusalém sans peur et sans re-
proche.
Les vieux soldats aux grandes vertus, n'ont jamais mieux fait
pour leur Dieu et pour leur patrie.
Et que Dieu nous aide à. dignitier cotte patrie et cette himia-
nité que nous représentons, tout en remorciant le Souverain
Architecte de FUnivers de nous avoir inspire dans Ia lutte et
dans Ia révolution réclamée.
— 426 —

Certains d'avoir purê Ia conscience, et d'avoir combattu pour


le bien et.Ia justice, nous voilà derechef au travai! et à riotre
bienfaisance de tons les jours.
II faut Ia liberte pour 1'esclave, 1'intruction pour 1'ignorant et
1'éducation pour ceux qui en sont dépourvu.
Voilà des nobles taches.
II faut du pain pour les malheurcux, le soutien pour les in-
fortunés, Ia protection pour Ia vieillesse, Ia bienveülance et les
secours paternels pour les pauvros enfants.
Voilà des saints devoirs qui nous sont marquês par Ia
conscience.
Engageons-nous à remplir notre tache cVune façon maeon-
nique, c'est-à-dire sans ostentation, mais aussi avec constance et
zele infatigables.
Nous recevons tous les jours des nouvelles adhésions des
Loges de 1'Empire et de 1'Amérique, qui comprennent notre po-
sition à 1'egard des dissidents et qui ont Ia certitude de notre
prudence et de notre esprit conciliatoire.
La propagation de Ia verité 1'emportera sur le mensonge et les com-
munications calomnieuses préparées avec soin pour obtenir de réclat.
Nous nous contentons de Ia simplicité de nos expositions, et
nous avons pleine foi dans Topinion publique, qui nous írouve ee
que nous sommes, opposant à des noms et à des réputations prol
blématiques des noms que 1'humanité a le bon sens de respecter
et qui par un sentiment de justice se rendirent dignes de leurs
positions et de leurs aspiratioiis,
Soyez en súrs, vous tous qui nous lisez, qu'en Amérique on
a Ia moderne manie de lutter contre les idées tout en cherchant
à noircir les caracteres dignes. La personalité est devenue un
point d'exploitation, un jeu de bourse, sujet à Ia hausse et à Ia
baisse conformément les opinions quon doit mettre en jeu.
Le passage transatlantique du mérite le met entre les mains
des flibustiers de Ia societé pensante, qui en fOnt ce que bon
leur semhle selon leurs goúts et selou Ia réquisition de Ia solde
qu'on en paye.
Crédit et qualités individuelles ne sont devenues que des mar-
chanclises entre les mains des commis chargés de les placer.
Bien ou mal ils s'en acquittent pour avoir un droit quelconque au
salaire promis.
4'27

Lisez notre article sur Vabus de Vamüié. Ilors le mérite lit-


téráire qui est nul, vôus y verrez des navrantes vérités n l'é-
gard de ce sentiment qui est devenu une espèce de drogue à
1'instar des produits curatifs des Etats-Unis, annoncés à tous les
coins, qu'on en prend selou le caprice des diseurs de 1'actualité,
des gens cbargées de Ia vente en gros de tout ce qui est ache-
table, et, sans douto pour Ia plupart, tout est devenu achetable>
remède et réputation!
Aidcz-nous à punir ces vices, ces aberrations des règles de
Ia société honnête et avancée; cultivez avec nous ce chainp en
arrachant les ronces et les cailloux qui empêchent le dévelop-
pement de Ia semence, et nous arriverons à chasser du temple
de Ia vérité tous les iconoclastes barbares et incoherents.
— Pour ce qu'on puisse nous juger sévèrement, mais avec
pleine justice en face de toute dissidence accusatrice, nous pu-
blions dans ce numéro-ci, tous les événements et tous les comp-
tes-rendus pendant les transactions unionistes officielles, qui eurent
lieu en 1870.
Cest tout un corps de réalités de haute considération dans ce
moment, oü ceux qui ne nous connaissent pas assez, ne peuvent
pas nous juger tels que nous sommes en face de Ia vérité et de
1'honnêteté.
On y voit des étranges propositions tendant à produire une
révolution chez notre Corps Maçonnique dont 1'une est Ia sui-
vante: écarter toutes les causes qui produirent Ia désunion en Vau
1863, c'est-à-dire anéantir, en les expulsant de notre Orient, tous
ceux qui en 1863 leur opposèrent vive et honorable résistence en
faveur de Ia dignité de notre Ord.-. Souver.'.
Le souvenir de Ia haine ne pouvait pas aller plus loin.
Quand on écrit l'histoire des Instituíions, il faut y porter tous
les traits caractéristiques pour rendre Ia vérité saillante.
Rien n'y est de plus; rien n'y est niinutieux.
ün trait est quelquefois toute une physionomie, une phrase
eloqüente et pleine de conviction.
Or comme nous ne plaidons pas un parti pris de convention,
mais une doctrine philosophique et sanctionnée, nous ne touclions
pas aux personnalités, nous respectons 1'individu et nous ne dis-
cutons que de Ia plus parfaite bonne foi.
Ces documents contiennent sans doute des traits expressifs
4
— 428 —

«.„„ «,,• /lamiia


depuis ift70
ttwu traitaient
udiuu^m. de Ia fusion des deux

des personnages qui
Oriente, difficilement accordés.a 1 appréciation _
Cétait un devoir sacré pòiir nous les presenter
nous lisent avec calme, non pas pour
des plus competentes qui
une victoire stupide et matérielle, mais seulement pour
chanter
nous faire comprendre tels que nous sommcs.
La raison nous Et ce jugement será rapplaudissement
jugera.
à notre conduite. a
combattons des ennemis, nous nous opposons
Nous ne pas
des erreurs. Voila notre tache. or-
de toute vanité, ne sentánt nullement 1
Faisant abstraetion
avec les doctrines de notre Ordre,
gueil nous piquer, cohérents ont tort.
nous prétendous faire comprendre aux réfractaires qu'ils
nous avons fait notre devoir sacré. N'y arnvant
En y arrivant
il será une triste désillusion de plus dont le monde
pas, tant pis;
en est surchargé. .
cette lumière de Ia sagesse se fasse parmi nous, qui 1 a,t-
Que
tendons depuis si long-temps; et nous guide à Ia voie oíi trouvant
Ia tranquillité unie à Ia parfaite fraternité, nous puissions servir
d'exemple à 1'humanité qui nous contemple étonnée et confuse
devant les dérèglements mis dernièrement en scène.
Ce cher Brésil, Ia patrie de beaucoup, mais de beaucoup aussi
le pays hospitalier, ou le bonheur est égal à Ia riclie et élé-
végétation, nous mérite, à nous tons, nos meilleurs efforts
gante
en donner au monde une opinion à Ia hauteur de ses bien-
pour
faits et de sa grandeur, tout en reconnaissant les biens qu'il
nous rend.

if.t
¦129

âeee ã o Ao tidos a.

R EYISTA STPVANGEIRA,
/

França.—Na sessão do Or.'. Or.'. de França, celebrada em


9 de Setembro, devia ser ventilada a questão de jurisdicçSo e
reconhecimento que perturba as suas relações com a Maçon.'.
americana. Folgaremos muitíssimo se a justiça e a fraternidade
tiver presidido a tal questão e que uma decisão leal e franca
haja sido tomada a tal respeito, evitando futuras complicações.
_ O Resp.'. Ir.'. Badaud-Laribière, presidente do Gr.'. Or.-.
de França foi de novo chamado á vida política, sendo nomeado
o importante cargo de Prefeito cm Perpignan. Congra-
para
tulamos tão distineto Ir.', por este facto e á França auguramos
felizes resultados de tão acertada escolha.
— A administração da Gr.'. Loj.-. do Supr.'. Cons.-. de França
ficou composta dos seguintes fimecionarios: Presid.'., o Ill.\ Ir.'.
Le Batteux, 33.-.; Vice-presidente, o 111.'. Ir.\ De Bagneux;
"
1 Vig.-., o 111.-. Ir.'. Barre; Orad.-., o 111.'. Ir.'. Henri Brisson;
Secr.-.", o 1.11.-. Iiv.Emile Roy; 1/ Exp.'., o 111.'. Ir.'. Nicolas; 2.»
Exp.-.. o 111-. Ir.-. Léger; 1." M.-. de Cerem.'., o 111.'. Iiv.Lefant;
e 3.° Exp.-. Cobr.'., o 111.-. Ir.-. Thonnelier.
Ainda nào forão empossados os 111.'. Ir.1. Mauclaire, 2.ü\ig.\,
e Guigard 2." M.\ de Gorem.-., por acharem-se ausentes.
A Gr:. Loj.-. designou para discussão, as seguintes e impor-
tante s iheses\
V Que a Franc-maçon.'. adopte um caracter purament
philosophico.
2." Que nas modificações a fazer-se nos Regulamentos Geraes
Ordem se estabeleça um laço forte entre as Officinas supe-
da
riores e inferiores.
- Fallava-se geralmente em França da próxima reunião de
um Congresso de Supremos Conselhos afim de resolverem sobre a
— 430 — ¦
t

reforma e melhoramentos das leis e usos do rito escosseü, e era


indigitado como ponto de reunião a cidade de Bruxellas.
O Pod.\ Ir.-. A. Crémieux, Gr.1. Com.", do Supr.\ Cons.\
de Franca puzera á disposição do Conselho Municipal de Paris
a quantia de 5,200 francos (2:080$000) para ser distribuída por
parcella de 200 francos a 29 famílias de soldados prisioneiros
mortos na Alleinanlia.
Actos como este citão-se sem commentarios.
Mr. Sidor, Grande Rabbino de França, em uma reunião
de seus confrades, saudara nos seguintes termos a preciosa saúde
do Pod.*. Ir.-, Ad. Crémieux:
« Messieurs, je viens vous faire une proposition: jo demande à PAs-
semblée de vouloir bien voter une adresse de remercimcnts et de re-
connaissance. Devinez à qui? (De toutes parts : Aa président!) Au
bon Dieu, oui au bon Dieu, qui a veillé sur notre chcr président
(Bravo! bravo!), qui Pa conserve, qui nous Pa rendu, malgré les eyé-
nements graves auxquels il était mele pour les diriger, malgré les
tempètes et les orages qui grondaient autour de lui, malgré cette af-
freuse maladie qui, pendant cinq móis, Pa cloué sur son lit de doulcurs.
Demandons a Dieu de prolonger ses jours, afm que, longtemps encore,
nous puissions le voir à Ia tête de cette chere Alliancc qiPil a aidé à
fonder, qiPil a rendue si belle et si grande, et qui, plus que jamais, a
besoin de sa puissante intervention et de son eloqüente parole. (Tròs-
bien! Applaudissements.) >>
Na Loj/. Esc*. Vrais Amis fideles, o R.\ Ir.". Dupuy tem
feito brilhantes prelecções sobre a etymologia, a applicaçao e os
resultados da palavra Liberdade.
A Loj.-. Libre Pensée, ao Or.-. de Aurillac (Cantai), publi-
cou uma Carta em resposta ao ataque que soífrêra do Padre P.
Ramière, da Companhia de Jesus.
O Gr.-. Or.-. de França estabeleceu um curso de
geogra-
phia que tem lugar aos domingos ás 2 horas, no seu edifício,
sendo professor o 111.-. Ir.-. Delacour.

*~.

Inglaterra. — A consagração da L.\ Whitwell teve lugar sob


a presidência do 111.'. Ir.'. Busher, Gr.-. Exp.\ da Cumherland e
Northmoreland. Diversos obreiros cotisárão-se e offerecêrão todas
as ferramentas precisas a tão importante acto.
431
Em Newton-Abbot installára-se a Loj.*. Moming Star
com
grande solemnidade.
Depois da installação sahirão todos os membros em procissão
e se dirigirão á igreja de S. Paulo, onde fez uma excellente
predica o 111/. Ir/. Rev. Lyne.
A Loj.-. Freamantle, na Austrália, ofereceu uma rica
jóia
ao R.\ Ir/. J. E. Stone, como testemunho de reconhecimento
pelos muitos serviços que lhe prestara o mesmo R.\ Ir.\
O Cap.*. da Ordem Real da Escossia, fundado
pelo rei
Robert em 1314 e que ha mais de um século deixara de func-
cionar regularmente, celebrou em 26 de Julho ultimo uma sessão
de Gr.*. Loj.-., sob os auspícios da Gr.*. Loj.*. da Escossia, e con-
tínúa a trabalhar com fervor na arte real.
Achava-sc na presidência desse Gr.-. Corpo Maç.*. o 111.*, Ir.-.
Conde de Rosslyn, sendo nomeado seu Repiv. o 111.-. R. Ha-
niilton.

Aliemanha. —As GG.\ LLoj/. da Allemanha unirão-se em


pacto de alliança e concordarão nos seguintes estatutos de união:
I. As Grandes Lojas existentes na Allemanha:
1.° A Gr.*. Loj.*. nacional dos Estados Prussianos em Berlim, doa
Três Globos;
2.° A Gr.*. Loj.*. nacional dos Franc-maçons Allemans, em Berlim;
3.° A Gr.*. Loj.*. da Prússia, Royal York, Amizade, em Berlim;
4.° A Gr.-. Loj.*. de Hambonrg, em Hamburgo;
5.° A Gr.*. Loj.*. da Saxonia, em Dresde;
6.0 A Gr.*. Loj.*. Mai Eclcctica, em Francfort sobre o Meno;
7.° A Gr.*. Loj.-. O Sol. em Bayreuth;
8.° A Gr.*. Loj.*. Concórdia, em Darmstadt; celebrão uma união mais
intima sob a denominação de União das Grandes Lojas Allemãs.
II. Os fins desta união são : preservar a unidade nas Lojas allemãs
e fazer regularisar os trabalhos Maçonicos e de tomar uma posição
Maçon.-. para com as Grandes Lojas estrangeiras.
III. A união das Grandes Lojas allemãs reconhece a autonomia das
Grandes Lojas supracitadas, comtanto que os presentes estatutos (5 e 6)
não apresentem restricções.
IV. A união das Grandes Lojas Allemãs não reconhece, na Allema-
nha, senão as Grandes Lojas supra mencionadas e suas Lojas filiaes,
assim como algumas Lojas que existem isoladas actualmente, como :.
— 432 —
#

l.oMinerva, em Leipzig;
2.» Balduin, em Leipzig;
3.o Archimedes, em Altenbourg;
em Gera;
4*n Archimedes, União eterna,
5 Carlos, Coroa de Lozanges, em Hildburghausen.
especial da União das Grandes Lojas decidir se
É da attribuição
relações com as Grandes Lojas ou romper as exis-
deve haver novas
tentes.'
das Grandes Lojas forma o arbitro entro as Grandes
VI. A união
Lojas em caso do dissidência.
indicadas nas cláusulas V e VI, as resoluções da
Vil Nas questões
Lojas são decisivas em todos os casos, o nos outros
União das Grandes
têm voto consultivo.
discussões sobre a instrucção o o ritual são excluídas das
VIII. As
discussões da União das Grandes Lojas.
das Grandes Lojas é o « Grosslogentag. »
IX. O órgão da União
Conselho é composto de oito GGiv. M.\ e de dous
X O Supremo tem
•' GGr • AAdj.-. cada Grande Loja, e a assembléa geral
Ilr para
os annos, na Pentecoste, na sede de uma das Grandes Lojas,
luffar todos substi-
Em caso de impedimento, o Gr.-. M.-. pôde
sob sua presidência.
tuil-o um outro membro da Grande Loja.
da Assembléa geral compete ao Gr.-. M.\ da Gr.-.
XI. A presidência
Loj.-. onde ella tiver lugar.
Este Presid.-. oecupa o cargo até a próxima reunião.
são regu-
XII. A marcha das discussões e a direcção das votações
ladas por uma ordem do dia para a Assembléa seguinte.
XIII. As despezas serão adiantadas ou pagas pela Gr.-. Loj./.onde
a na Assembléa se-
ultima Assembléa funecionar, e serão rcembolçadas
iguaes.
guinte pelas Grandes Lojas, em partes
XIV. Cada Gr.-. Loj.-. tem o direito de se retirar.
forão assignados plenipotenciarios, em
XV. Estes estatutos pelos
virtude de poderes que lhes forâo delegados.

Mespanha. — A Loj."•.. Fortunata, ao Or.1. das Palmas nas


ilhas das Canárias, celebrou uma brilhante festa de adopção.
— As Lojas de Barcellona festejarão com pompa a festa
solsticial.
— 433 —

— A Revista Masonica de los Valles Vaceos, em seu n. 19,


publica um artigo sobre a Fraternidade, que reproduziremos em
um dos nossos próximos números.

Itália. —O Ir.\ Ludovico Frapolli, ex-Grão-Mestre da Maç/.


Italiana, publicou no jornal A l.talia uma declaração em que faz
saber que é completamente estranho á creação do Gr.-. Or.-.
Italiano ultimamente inaugurado em Roma.
— As assembléas geraes maçonicas que tiverão lugar em
Roma forão freqüentadas por 164 representantes directos, e 21
delegados de Omcinas Maçon.*. da Itália, Colônias e de fora se
associarão a esses trabalhos.

America. — Quasi todas as Grandes Lojas Americanas adop-


tárão a seguinte resolução em referencia aos Ilr.*. irregulares.
Todos os Maçons das Lojas subordinadas á jurisdicção destas Grandes
Lojas são rogados, durante os três mezes que se seguirem ao encerra-
mento das Grandes Lojas, de avisar a todos os Maçons irregulares em
sua jurisdicção de so fazerem reconhecer por uma Loj.-., e se, depois
desse aviso, elles o não fizerem por espaço de um anno, communicarao
di-
ás Lojas subordinadas que taes Maçons estão excluídos de todos os
reitos e privilégios cia Maçon.'.
— Organisárão-se quatro novos Capítulos, com as seguintes
denominações:
í.° Fairfield Chapter, n. 112, em Fairfield.
2.° Ladij Franklim Chapter, n. 113, em Franklin Grove.
3.o Walbosh Chapter, n. 114, em Louisville.
4.° Altamont Chapter, n. 115, em Altamont.
434

índia. — A Gr/. Loj/. Masonia Recorri of Western índia, em


Bombay, resolveu em sessão de 22 de Março ultimo enviar uma
mensagem de á viuva de Lord Mayo, Repr.*. part.*. do
pezames
Gr/. M/. no districto da índia.
— Em Hasskein inaugurou-se um templo maç/. com grande
solemnidade.

Gr.*. Loj.-. de iUttssacliusetts.

O Gr/. Or/. e Sup/. Cons.*. do Brazil, ao Vai/, do Lavradio,


tem ainda a registrar em seus Livros de Ouro mais um relevante
serviço que o nosso Pod.*. e 111/. Ir/. 33.*. Albert G. Goodall,
acaba de prestar á sua legalidade e legitimidade.
A Gr.*. Loj/. de Massachusetts, ao Or/. de Boston, em sua
sessão de 12 de Junho de 1872, graças aos esforços do nosso
Gr/. Rep/. o mencionado 111/. Ir/. 33.*. Goodall, reconheceu o
nosso Gr.*. Corpo, como a única Potência Maçon.*. legalmente
constituída no Império do Brazil.
É pois com summa satisfação que dos Proceedings da citada
Gr.*. Loj/., a pag/. 115 e 116, extrahimos o seguinte:
" Em referencia ao Gr.-. Or.-. do Brazil, ao Vai/, do Lavra-
dio, limitamo-nos ao seguinte:
" Este Gr.*. Corpo acha-se legalmente constituído desde 1821.
Em 1863 alguns de seus membros separárão-se e constituirão
um Or.*. que denominão — Benedictino. O Gr/. Or.*. do Lavradio
muito tem prosperado, e envida todos os seus esforços a enta-
bolar relações com todos os Corpos Maçon/. Regulares.
" A' vista
pois do exposto, a nossa Com/, propõe que o Gr/.
Or/. do Brazil, ao Vai/, do Lavradio, seja reconhecido pela Gr/.
Loj/. de Massachusetts, como a única Potência Maçon/. legal-
mente constituida no Brazil. „
Um voto pois de louvor e agradecimento ao Pod/. e 111/.
Ir.*. 33.*. Albert G. Goodall por ter uma vez mais pugnado pela
causa da verdade.
*t O»)

Noticiário Interno.

LOJ.'. FRATERNIDADE, ao Or.-. de Santos. —A administra-


dos seguintes
ção eleita para o anuo de 5873 ficou composta
Dignitarios:
Ven/., Ir.*. Pacifico Frederico Freire, C.\ R,\ >$:.
l.° Vig/., Ir/. João Bernardes Pereira, 30.-.
2.° Vig.*., Ir.*. Luiz José Ferreira, 30.*.
Ir.*. Francisco Alves da Silva, C.\ R.\ *$¦'.
Orad.-.,
Secret.'., Ir/. João Moreira de Sampaio, 17.
Tliez.-., Ir/. João Nepomuceno Freire, C.-. R/. •}•/.

LOJ/. AMOR A' HUMANIDADE, ao Or.-. do Pilar, província


das Alagoas.-A esplendida adhesão que esta Loj.-. presta ao
nosso Corpo, solicitando a sua regularisação, vem acompanhada
de taes predicados de dedicação e zelo á nossa causa commum,
não furtar-nos ao desejo de louval-a altamente em
que podemos no ceo
nome do nosso Gr/. Or/. Aquella estrella que fulgura
brazileiro allumiará o trilho que outros IIiv. não seguem, por-
o caminho a tomar para o ponto obs-
que, cegos, apalpão qual lhes
curo que o espirito de partido ou a simples individualidade
indica.
cordialissimo e o abraço fraternal de nossa
Um aperto de mão
Ordem a esses caros IIiv. da Loj.-. Amor á Humanidade.

ao Or.'. da Corte. -Dous obreiros


LOJ.'. LUZ BRAZILEIRA,
Valle, offerecerão um quadro dos
da Luz Brazileira, ao nosso
e mo durado em
nomes dos seus obreiros, rica primorosamente
a arte esculptural a madeira branca
madeiras do paiz, prestando
— 436 —

sobre o preto imagens não só correctamente desenhadas, como


também com aquella verdade da natureza dos contornos, em que
primão alguns talentos desconhecidos entre nós.
A' opulenta e generosa offerta veio a arte perfeita a nosso
Templo exliibir as exuberancias do esclarecido esculptor.
Este especimen de esculptura em madeira 6 digno de ser apre-
ciado pelos entendedores.
Não é esta a primeira vez que a arte aprimorada se aninha
em nossos Templos para seu maior esplendor. Muitos são os
objectos de ourivesaria em instrumentos symbolicos que diária-
mente admiramos, sem fallar em alguns ramos de flores de pen-
nas, que se apresentão em nossas festas, onde a par do gosto,
se admira o espirito investigador que imita a natureza em sua
officina.
Os ousados autores de taes commettimentos vivem geralmente
ignorados, porque lhes falta a importância convencional de uns
certos encarregados da reputação alheia.

MAÇONARIA NAS PROVÍNCIAS.-As noticias que nos vem


constantemente de todas as províncias do Império nos dizem ser
grande o numero de pessoas importantes que se inicião em nos-
sas Lojas.
Tanto melhor.
Enchamos nossos Templos, façamos compactas e fortes as fileiras
de nossos Irmãos, e venha a discussão entre Gregos e Troianos.
A verdade invulnerável mostrará onde está o Heitor do combate
travado.
Mas sejamos dignos de nós mesmos.
Convém que todo o Império e o mundo saibão de
que lado
está a justiça.
De nossa parte, ainda que fracos, perante causa tão
grande,
aqui estamos na estacada, e, por Deus e S. João de Escossia,
entramos de viseira erguida na arena.
Move-nos a honra, move-nos a dignidade ultrajada impiamente,
move-nos a responsabilidade de sermos Cruzados da Maçonaria
em geral.
— 4 37 —

ge ha em Pernambuco Irmãos que nos não comprehendem,


em sua consciência qual o motivo que a isso os leva
busquem
vontade; por nossa culpa não é.
por
Nunca desejámos ser tao bem estudados como neste momento,
em que ca confusão de espirito levanta castellos fantasmagóricos
com o fim de incutir nos ânimos desprevenidos theorias subver-
sivas c doutrinas que nada têm que fazer com a Maçonaria.
E acautelem-se nas Províncias os homens sensatos, que as
cartas demasiadamente explicativas lhes são dirigidas por todos os
que têm interesses em desculpar-se de erros commettidos.

MANIFESTO HO GR.'. OR.*. DO BRAZIL. — Abi vai o nosso


Manifesto correr mundo. Fora seriamente formulado, e ahi se
narrlo os factos como íòrão passados.
O que vai nelle contido é a expressão da soberana verdade.
Problemática ou não a importância dos que O formularão, co-
nhecidos ou não esses delle se encarregarão, são assás im-
que
c conhecidos ao mundo as razões de
portantes para patentearem
suas grandes queixas, c têm elles tanto ou mais direito do que
outros a formular esse solemne protesto contra irregularidades
maçotiicas.
Em que pese a esses democratas da mais pesada autocracia,
nós também gens sumus.

MAÇONARIA EM S. PAULO.-É singular o espectaculo que


alguns núcleos maçomeos da cidade
á nossa ordem apresentão
de S. Paulo e Campinas, que se obstinão a ser maçomeos, quando
outra cousa poderião representar.
de lojas, quando o não são.
Para que a denominação
em o vulgar devassa
Para que rito naquülo que jornalismo
tudo? , ,VA
ao mundo pio-
Estas e outras observações é que tem dado
fano falsas idéas da Maçon.'. no Brazil.
— 438 —

Estas anomalias são as que dão entrada no paiz ao jesui-


tismo, que, rechaçado do mundo civilisado e coherente, Se chega
áquelles que tiverão a mania de desvirtuar uma instituição
antiga e respeitada, que marchou sempre á frente do progresso
e de todas as sanctas liberdades humanas.
Centros democráticos não são Lojas; porque nestas a política
não tem entrada; essa especialidade profana assenta melhor cá
fora nos arraiaes de todas as paixões e de todas as ambições a
satisfazer.
Convém lembrar aos altos Poderes Maçonicos estas absurdezas
para que eliminem dos quadros da Arte Real adeptos profanos
em demasia.
Em todos os actos da allucinação humana recordamos esse
facto como uma das mais extravagantes manias.
Pois não o será?
Não conviria melhor a essas associações paulistas intitularem-se
centros, clubs, meetings, soirées, reuniões, estacadas,
phanlansterios,
arenas, arraiaes, palcos ?
Lojas! ?
Mas os paulistas são teimosos em classificar taes reuniões, só
políticas, de lojas maçonicas, e usarem de nossos Ritos, sem se
importarem com a moral da Ordem.
Não os levou a ignorância a esse despropósito, mas de certo
o abuso.
No paiz possue-se tanta somma de liberdades,

que até se
chega freqüentemente ao abuso.
A emancipação decretada na sabia lei de 28 de Setembro é
um facto grandioso, é uma resposta eloqüente áquelles na
velha Europa ainda julgão que se usa de que
pennas de arara aos
quadris nesta terra de Santa Cruz.
Applaudio-se estrondosamente esta
generosa liberdade levada
ao cabo pacifica e gloriosamente.
Exemplo único no mundo.
Melhor seria não consultarmos nesta matéria
os Estados-Unidos,
que lhes pungiria a recordação da horrenda civil.
E a Maçonana ergueu-se e saudou no campeão guerra
illustre dessa lei
de emancipação a integra da liberdade outorgada
a este Império.
Estava no seu posto; era esse um sagrado
direito seu pe-
rante a humanidade.
— 439 —

Mas, infelizmente, só não foi franqueado o nosso espirito social;


os grilhões da ambição e das conveniências materiaes fazem
delle um captivo humilissimo.
Este novo captiveiro é a Maçonaria ainda que o combate no
seu campo de honra e de liberdade augusta. Ella ensinará ao
homem, que não reflecte no seu bem-estar futuro, que a sua
brilhante e plena emancipação está na pratica dos rigorosos e
sábios preceitos da educação na família, na escola e no fórum.

RECOMPENSA MAÇONICA. — As nossas AAugv. OOnV., ao


Valle do Lavradio, com o fim de galardoar serviços eminentes
prestados pelo Directorio, nomeado pelo povo maçonico, com o
fim de salvar a nossa Ordem da anarchia, expedirão a todos os
seus Membros diplomas de membros honorários.
Cumpre-nos aqui manifestar, já que de outra fôrma o não po-
demos dignamente fazer, um voto de alto louvor ao nosso 111.'.
e distincto Ir.-. Dr. Costa Bracante, cujo caracter tenaz e voz
autorisada conseguirão conjurar a ordem em nosso Circulo. Quando
á intelligencia culta se unem dotes de prudência e extremado
bom senso, consegue-se impossíveis.
E no espirito de resolução e fé do nosso amigo e Ir.-. Dr. Costa
Brancante: querer è poder.
Murmurem embora zoilos e desaffectos, o merecimento é uma
qualidade que ninguém pôde abalar; e o reconhecimento de nossa
parte é um dever sagrado.
Salve! pois o Dr. Costa Brancante, o intrépido pugnador pelo
bem, pela dignidade e brilho do nosso Circulo! O povo ma-
çonico em peso o saúda e applaude.

A CALUMNIA.-A calunmia entre nós tornou-se um corpo


de sciencia burlesca ou satânica, que tem seus mestres, ajudantes,
comparsas e aprendizes.
— 440 —

Precisa-se depor um homem do seu posto, porque o capricho


estulto o não quer vêr alli:
Calumnião-n'o.
certo e deter-
Quer-se afastar os amigos, pôr em cerco um
minado indivíduo que não pensa como nós:
Calümnião-n'o.
Pretende-se introduzir um absurdo em um centro onde se en-
contra poderosa resistência:
Calumnia-se.
Intenta-se subverter as bases sociaes, mas lá está uma fileira
compacta de homens probos que pensão bem:
Calumnia-se.
E a calumnia, que deve ser uma alavanca, tem quasi sempre
nisto a sorte das fracas potências incapazes de vencer resistências.
Se o conjuncto de nossos Ilr/. sensatos e prudentes se achâo
nestas circumstancias, digão-n'o os dissidentes aos quaes não
é estranha esta alavanca.
E que isto é anti-maçonico, é fora de toda a duvida.

A VERDADE (Pernambuco). —A leitura de um artigo editorial


da Verdade, jornal de Pernambuco, no seu numero 17, datado do
Becife, 28 de Setembro, nos assombra pela irregularidade de
suas apreciações.
Ha três alvitres a seguir, diz o illustre redactor:
1.° Seguir o grupo serio do Lavradio;
2.° Seguir o dissidente dos Benedictinos;
3.° Separar-se delles e constituir a Maç.*. em Pernambuco um
Oriente independente.
O primeiro nós lh'o aconselhamos, faça-o ou deixe-o cie fazer;
mas de antemão apalpe as disposições desse Circulo a seu res-
peito.
Quanto ao segundo, nada podemos dizer; é para nós um mundo
escuro e desconhecido.
Se optar pelo terceiro, convém antes reflectir, porque lá isso é
cousa em que se deve andar de manso e com cuidado, se é que
a Verdade preza a verdade e as doutrinas da Instituição.
423

Gr/. Rep.'. junto ao vosso Gr.-. Corpo, de conformidade com o


pedido do Ir.: Dr. Amaral. Tende pois a bondade de designar-
me um 111.'. Ir.-. 33.-. que possa preencher tal vaga.
O nosso Sup.*. Cons.*. encerrou a sua sessão anima no dia 20.
Pelo seguinte paquete serei mais minucioso.
New-York, 23 de Setembro de 1872, E.-. V.-. - Vosso aff.\
Ir.-. (Assignado) Albert G. Goodall, 33.-., Gr.-. Representante.

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442

Esses liberalismos inicronomicos, lentejoulas ao jaez de um


sediço que dá na vista, como cousa nova engendrão as
gosto
falsas noticias que se espalhão.
Também nós damos noticias do paiz, ao paiz e ao mundo;
nunca porém, nos passará pela mente annunciar protestos femen-
tidos e menos ainda publicar cifras que nunca existirão.
Seja A Verdade verdadeira como cumpre a órgão de uma In-
stituição que é séria, e não ande, á falta de assumpto, aceitando
noticias dos novelleiros da capital do Império, em demasia pre-
occupados de cálculos e prazeres que toldão os sentidos.
O Gr.*. Mestre, legal e soberanamente eleito em nosso Gr.'.
Or.-., que jamais deixou de ser o que era, é o illustre estadista
—o Visconde do Rio-Branco; e de certo garantida está a saneta
liberdade em mão de um experimentado e laureado emancipador.
E' quanto basta dizer-se.

A MAÇ.-. EM CAMPINAS.—Em Campinas a verdadeira ver-


dade achou um Campeão illustre no Ir/. Dr. Balthazar da Silva
Carneiro, que se conservou em sua inteira coherencia de prin-
cipios Maçon.\
Deu de mão ás illusoes phosphorescentes de uns discursadores
alambicados, e que se não são áulicos ante o throno da Máges-
tade Nacional, o são era demasia perante o throno autocratis-
simo de um amor-próprio sem limites e de ambições pessoaes
insaciáveis.
Campinas, o empório da civilisação da Província de S. Paulo,
teve caracter e firmeza. Sorrio-se ante a profana propaganda
plirygia, e foi por diante em seus propósitos honestíssimos e de
legitima civilisação.
Nós os applaudimos deste seio livre e legal da Maconaria do
Brazil. A esses irmãos damos o osculo da concórdia e o aperto
de mão symbolico cheios de profunda satisfação pela victoriapor
elles alcançada sobre as cohortes da irregular e incomprehensivel
doutrina socialista, em um paiz, onde abunda a liberdade, mas
também onde poucos homens a comprehendem como ella é.
^ *x O

LOJ.-. CONCÓRDIA DO ÜRUGÜAY.-Na noite de 31 de


Agosto pretérito regularisou-se com toda a solemnidade esta
Aug.-. OIT.'., celebrando por esse motivo uma brilhante sessão
magna a que concorrerão, não só todos os seus obreiros, mas
também os maçons residentes em üruguayana.

A greve, digamos com mais propriedade brazileira, a parede


dos obreiros avassallados a crenças desconxavadas, anti-maço-
nicas, deu em resultado umas publicações, das quaes é a mais
mimosa uma cousa que por ahi se publicou em imaginaria con-
tinuação. contendo decretos, manifestos, doutrinas, actas, corres-
pendências e outras cousas que por falta de espaço não puderão
ser contempladas.
Esse documento, onde se lò o celebro auto de fé, unanime-
mente decretado, deve urbe et orle estabelecer a Ordo àb chão.
Emfim, corre mundo o peregrino viajante jornalistico, e, se
alguma cousa lhe impedir a marcha, seja a nossa sentinella da
verdade o da lei, este Boletim do Grande Oriente do Brazil, que
o mundo sabe se congrega no Valle do Lavradio, antiga, aceita
e autorisada Instituição.
Veremos o resultado.
Veremos o
Adhuc lis sxib judice est

DÁDIVA.—Recebemos, ricamente encadernado, um volume


contendo as actas da Grande Loja de Massachussetts, Estados-
Unidos, sob o titulo Proeeedings of the Grand Lodcje of Massa-
chussets, 1871.
Igualmente receitemos o caderno das mesmas actas, correspon-
dente a 12 de Junho deste anno, que é uma conununicação tri-
mensal que se publica em Boston.
Neste caderno, nas paginas 115 e 110, lê-se o seguinte:
ft O Grande
Oriente, ao Valle do Lavradio, trabalha conforme
5
— 444 —

a Maçonaria Americana, estendendo cada vez mais o seu poder


e sua acção. „
Segundo um relatório da mesma Grande Loja de Massachus-
setts, acaba de ser selemncmente reconhecido, como regular e
aceito—o Grande Oriente do Brazil, ao Vallc do Lavradio —
única grande potência no Império do Brazil.
Este reconhecimento apparece agora, em conseqüência das novas
dissidências, pondo-se o Valle do Lavradio desta forma ao abrigo
das suggestões menos legitimas.

-azs&yQQgQQQ&Gz**-.
445

PEDIENTE

A Grande Secretaria Geral da Ordem, ao Valle do Lavradio


n. 53 K, acha-se aberta diariamente das 9 ás 2 horas.

#j*

O Sob.-. Gr.*. M.\ Com.*, da Ordem despacha todos os


devendo as petições on requerimentos serem entregues na Gr.'.
Secret.-. ti cr.1.
*

O (ir.-. Secret.-. Gr.', da Ordem attende a todos os Maçons


o na Gr.'. Secret.-. Ger.-. á 1 hora da tarde de
que procurarem
todos os dias úteis.

Todas as noticias ou informações que tenhão de ser publica-


das no Boletim Official devem ser dirigidas ao Redactor em
chefe, rua do Lavradio u. r>3 K.

— Ni

au*,,ucls nous cnvoyons notre


Xous prions tous les rédacteura leu.s
BuUetin de vouloir blen nous remettre eu échange reguherement
journaux.
- Rua do Lovradio n. 53 li.
Adresse du Secretariai.
Rio de Janeiro. — Brésil.
— 446 —

Recebemos c agradecemos os seguintes jornaes e revistas:


La cluúne d'Union, n. 10, Setembro.
Tlie Freemason, n. 184, 14 de Setembro.
La Vérité, journal Maç.\ de ia Suisse Romande, ns. 1 a 17
do 3.° anno, 1872.
Boleiin Oficial dei Oriente de Espaíia, n. 34 do 2." anno, 15
de Setembro de 1872.
O Pelicano (corte), ns. 1 a 8.
Journal du Pérou, ns. 25 a 31, Agosto de 1872.
Proceeãings of the Granel Lodr/e of the Commonwealth of Mas-
sachussetts, anno de 1871.
Proeeedings of the Grand Lodr/e of the Commonwealth of Mas-
sachussetts, Quarterly Communication, ri unho de 1872.

ífV -^<U6Ç^f^KS_^

Typ. do Gr/. Or.-. ao Valle do Lavradio Sã K.

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