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Caso Clínico

Considerações clínicas e biomecânicas


de elásticos em ortodontia
Lívia B. Loriato*, André Wilson Machado**, Wellington Pacheco***

Resumo
A evolução e a melhoria dos materiais as propriedades dos elásticos usados em
elásticos aumentaram em muito sua apli- Ortodontia: os de borracha e os sintéticos.
cabilidade nos tratamentos ortodônticos Serão abordadas as vantagens, desvanta-
em diversas situações, como: na simplifi- gens, indicações e limitações quanto ao
cação da fixação dos arcos aos bráquetes seu uso, de forma a orientar os profissio-
em substituição às ligaduras metálicas, na nais da área e estudantes de pós-gradua-
retração de dentes, no fechamento de es- ção em Ortodontia, facilitando sua seleção
paços, auxiliares em aparelhos extrabucais e utilização. Além disso, serão sugeridas al-
e em alguns tipos de mecânicas ortodôn- gumas aplicações clínicas mais freqüentes
ticas. Desta forma, o objetivo deste artigo dos elásticos em Ortodontia, bem como os
é apresentar uma revisão sobre os tipos e aspectos biomecânicos mais relevantes.

Palavras-chave: Elásticos. Elastômeros. Tratamento ortodôntico

* Mestranda em Ortodontia da PUC Minas


** Mestre em Ortodontia pela PUC Minas.
*** Mestre em Ortodontia pela FO/UFRJ e Professor do curso de Mestrado em Ortodontia da PUC Minas

42 R Clin Ortodon Dental Press, Maringá, v. 5, n. 1 - fev./mar. 2006


Lívia B. Loriato, André Wilson Machado, Wellington Pacheco

Introdução o decréscimo da força dos elásticos sintéticos exibiu uma grande


O uso de elásticos em Ortodontia, iniciado no final do século redução, chegando a uma perda de até 73% no primeiro dia e di-
XIX, tem sido incrementado com a melhora de suas propriedades. minuindo em um índice mais lento no período seguinte de 21 dias.
Muito utilizados como substitutos às ligaduras metálicas, na movi- Esses resultados estão de acordo com os estudos de Bishara e An-
mentação dentária para retração de dentes e fechamento de espa- dreasen3 e Andreasen e Bishara1, embora a proporção da perda de
ços, na correção de relações interarcos e também como auxiliares força encontrada tenha sido diferente. Andreasen e Bishara1 obser-
na utilização de aparelhos extrabucais, os elásticos ortodônticos varam que a força dos materiais de borracha também se degrada,
apresentam-se como importantes instrumentos na obtenção de mas em um grau menor do que os sintéticos.
resultados favoráveis no tratamento ortodôntico. A degradação do material ou da força devido à movimenta-
A aplicação clínica dos elásticos deve ser baseada em evidên- ção dentária não deve causar uma redução abrupta na magni-
cias científicas de acordo com o tipo de movimentação ou efeito tude da força. Um teste in vitro foi conduzido por Ferreira Neto
desejado para que os resultados ortodônticos sejam individuali- e Caetano9 para avaliar a degradação da força de três grupos de
zados. Assim, o objetivo deste artigo é apresentar os tipos e as segmentos elásticos de diferentes tamanhos, durante um período
propriedades dos elásticos usados em Ortodontia, suas vantagens, de 4 semanas. Ao final, as cadeias testadas apresentavam entre
desvantagens, indicações e limitações, bem como algumas de suas 31 e 39,7% da força inicial. Em 4 horas, 24 horas e 1 semana,
aplicações clínicas e os aspectos biomecânicos mais relevantes. os segmentos de 3 elos apresentaram as maiores taxas de de-
gradação, indicando sua utilização em consultas mais próximas
TIPOS DE ELÁSTICOS E SUAS PROPRIEDADES para reativações. Ao final de 4 semanas, os segmentos de 7 elos
De acordo com o material de fabricação, existem dois tipos de apresentaram o menor percentual de degradação da força inicial,
elásticos ortodônticos: os de borracha e os sintéticos. Os elásti- indicando que estes deveriam ser usados para intervalos maiores
cos de borracha ou látex são obtidos a partir da extração vegetal, entre as ativações.
seguido por um processo de fabricação até a obtenção do pro- Para Andreasen e Bishara1, a escolha do elástico sintético
duto final21. Atualmente, são muito utilizados como auxiliares em deve ser realizada obtendo-se uma força inicial cerca de 4 ve-
aparelhos extrabucais, máscaras faciais, além da aplicação como zes maior que a desejada para aplicação no dente, pois, após o
elásticos intermaxilares para correção da relação ântero-posterior, primeiro dia, há um decréscimo da força de aproximadamente
da linha média e da intercuspidação. 75%. Entretanto, durante um tratamento ortodôntico, forças
Os elásticos sintéticos ou elastoméricos, também chamados muito elevadas não são desejadas e, idealmente, um elástico
de plásticos, são obtidos por meio de transformações químicas do deve fornecer uma força leve e controlada quanto à direção,
carvão, petróleo e alguns álcoois vegetais10. Entretanto, sua com- movimentando os dentes em conjunto com arcos de aço e al-
posição química exata é uma informação não divulgada de cada cançando um resultado ótimo, de acordo com o plano de trata-
fabricante4,21. Sua extensa aplicação ocorre em substituição às li- mento pré-definido2.
gaduras metálicas para fixação dos arcos aos bráquetes, bem como Dessa forma, recomenda-se que não se troquem os elásticos
na retração e fechamento de espaços por meio dos elásticos sinté- de borracha ou sintéticos diariamente, mas sim que permane-
ticos do tipo corrente. çam por um período maior, de forma que a força remanescente
Para facilitar o entendimento do leitor, as propriedades dos relativamente constante seja utilizada.
elásticos são discutidas em temas específicos, tais como: degra-
dação da força, deformação, pré-distensão dos elásticos e in- Deformação dos elásticos
fluência do meio. A deformação de um material pode ser elástica ou plástica. De-
nomina-se deformação elástica quando, ao se aplicar uma força, o
Degradação da força material tem sua forma alterada, mas retorna à original quando o
Boa parte dos dispositivos ortodônticos utilizados para empregar estímulo é removido. Quando a força aplicada ultrapassa o limite
forças e, conseqüentemente movimentar dentes, não apresenta uma elástico do material, este passa a apresentar uma deformação plás-
força constante. Com o decorrer do tempo, a magnitude de força ini- tica, ou seja, não retorna a sua forma original, apresentando uma
cialmente empregada se reduz e, com isso, a movimentação dentária alteração permanente16.
pode diminuir ou cessar. Os materiais elásticos apresentam esta carac- Quanto à deformação, Wong21 verificou que os elásticos sinté-
terística, o que chamamos de degradação da força. ticos e de borracha apresentaram uma deformação plástica rela-
Devido a sua relevância clínica, esta característica é bastan- cionada com o tempo de uso e de estiramento do material, sendo
te pesquisada nos dois tipos de elásticos. Wong21 encontrou que maior nos sintéticos, segundo Andreasen e Bishara1.

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Considerações clínicas e biomecânicas de elásticos em ortodontia

Pré-distensão dos elásticos os elásticos de borracha e 6 semanas para os sintéticos, a perda de


A pré-distensão dos módulos elastoméricos tem sido recomen- força é maior in vivo que no ar11.
dada para melhorar as propriedades deste tipo de material. Brantley
et al.4 concluíram que, com a pré-distensão em água a 37ºC, obtêm- TIPOS DE ELÁSTICOS SINTÉTICOS
se módulos elásticos com forças mais constantes, mas devem ser Os elásticos sintéticos são comercializados em diversas cores
usados imediatamente após a distensão para evitar efeitos de de- e para diferentes funções. Storie, Regennitter e Von Fraunhofer19
gradação. Por outro lado, a pré-distensão no ar em temperatura am- afirmam que as propriedades físicas dos elásticos sintéticos não
biente de 24ºC não foi efetiva para obtenção de forças constantes. são ideais, mas associam o maior uso dos elásticos sintéticos de-
Por outro lado, Wong21 recomenda a pré-distensão de um ter- vido ao menor custo, facilidade de uso e variedade de cores, o que
ço do comprimento dos materiais sintéticos para aumentar a sua aumenta a aceitação e cooperação pelos pacientes, além da possi-
resistência, antes da colocação na boca, além de serem utilizados bilidade de elásticos com incorporação de fluoretos com o intuito
dentro de sua faixa de resiliência. de reduzir a desmineralização dentária.
Young e Sandrik22 avaliaram se a pré-distensão manual de dois Os elásticos em cadeia ou tipo corrente são muito usados para
módulos elastoméricos diferentes diminui o índice de perda de retração de caninos e fechamento de espaços nos arcos dentários
força, aumentando, então, a sua efetividade ao longo do período (Fig. 1). Essas cadeias elásticas sintéticas apresentam ainda varia-
clínico típico. Um dos tipos testados apresentou um decréscimo ção de tamanho, sendo classificadas em curtas, médias e longas, de
significativo na perda de força, sendo a força remanescente, após 4 acordo com a distância entre o centro de dois elos consecutivos,
semanas, 64-93% maior que o grupo controle não pré-distendido, podendo ter 3 mm, 3,6 mm ou 4 mm, respectivamente10.
enquanto o outro tipo não apresentou alteração. Essa diferença Outro material muito utilizado são as ligaduras elásticas que são
entre os tipos testados pode estar relacionada com a forma e/ou uma excelente opção em detrimento das ligaduras metálicas para
composição de cada polímero. Além disso, o grupo com a maior fixação dos arcos ortodônticos aos bráquetes. Estes elásticos pro-
distensão (23 mm) foi mais efetivo do que o distendido a 14 mm. porcionam fácil manuseio clínico, maior conforto, menor risco de
causar danos na mucosa bucal, além de beneficiarem a estética in-
Influência do meio dividualizada dos pacientes, já que são comercializados em diversas
As propriedades físicas e a aparência destes materiais também cores. Em contrapartida, vale ressaltar que o uso deste material deve
podem ser afetadas, quando expostos aos seguintes fatores: in- ser evitado, ao máximo, em pacientes periodontais devido ao maior
traorais, ou seja, forças de mastigação e o próprio meio intraoral acúmulo de placa, quando comparado às ligaduras metálicas23.
quanto à absorção de saliva, fluidos e pigmentos alimentares; e Por fim, ainda é encontrado no mercado um dispositivo elástico
ambientais, relacionados à exposição luminosa e variações durante sintético utilizado para correção de giroversões, o qual é adaptado
o período de armazenamento e estocagem2,3,9,21. ao bráquete do dente que se deseja corrigir (Fig. 2).
Wong21 relatou que o módulo de elasticidade dos materiais elás-
ticos foi menor após imersão em água, onde a maior queda da força
ocorreu durante as primeiras três horas. Da mesma forma, Andrea-
sen e Bishara1 observaram a absorção de pigmentos da saliva e que a
umidade do meio bucal reduziu a força desses materiais.
Beattie e Monaghan2 afirmaram que o tempo de exposição a fa-
tores térmicos e químicos deve ser um importante contribuinte para
a redução das propriedades físicas dos elásticos. Por isso, os autores
testaram os efeitos de exposição a diferentes alimentos, simulando
experimentalmente uma dieta diária, além dos níveis de cooperação
dos pacientes, em um meio de saliva artificial, durante 24 horas. Os
elásticos de borracha mantiveram sua força durante um dia de uso,
não havendo necessidade de troca durante o dia, a menos que ocorra
rompimento ou por recomendações de higienização.
Entretanto, simulações das condições da cavidade bucal em
estudos laboratoriais não determinaram com precisão as caracte-
rísticas de degradação dos elásticos in vivo, pois a degradação no
ar é aparentemente maior nos primeiros dias. Após 1 semana para Figura 1 - Tipo de elástico sintético em cadeia usado para retração de canino

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Tabela 2 - Diâmetro interno dos elásticos (polegadas X milímetros)


(adaptado de Henriques, Hayasaki e Henriques10).
POLEGADAS (”) MILÍMETROS (mm)
1 25,4
1/8 3,2
3/16 4,8
1/4 6,4
5/16 7,94
3/8 9,5
1/2 12,7

Figura 2 - Dispositivo de elástico sintético usado para correção de giroversões.


Henriques, Hayasaki e Henriques10 ressaltaram ainda que os
elásticos exercem quantidades de força determinada desde que
distendidos, no máximo, 3 vezes o seu tamanho. Assim, torna-se
importante medir a distância entre os pontos de fixação do elásti-
SELEÇÃO DOS ELÁSTICOS DE BORRACHA co para seleção daquele que for mais adequado em cada situação
Existem diversas marcas de elásticos de borracha no mercado clínica. Além disso, os autores afirmam que há grande variação de
e, em um mesmo tipo, encontramos variações nas forças exercidas força entre os diversos diâmetros, espessuras e marcas comerciais,
pelos elásticos, onde esta força estará relacionada com a espessura sendo indicada a utilização de um dinamômetro de precisão para a
do material. Henriques, Hayasaki e Henriques10 destacaram que a aferição da força desprendida em cada caso, como também suge-
maioria dos elásticos encontram-se no sistema de medidas nor- rido por Cabrera et al.7.
te-americano, sendo de grande auxílio a transformação para um
sistema de medidas de maior familiaridade. Dessa forma, onças e CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS E BIOMECÂNICAS DE ELÁS-
polegadas devem ser transformadas em milímetros e gramas para TICOS EM ORTODONTIA
facilitar a compreensão. A seguir, serão descritas as aplicações clínicas de alguns tipos de
Admitindo-se que 1 onça (1 oz) equivale a 28,35 g, aproximada- elásticos, bem como seus aspectos biomecânicos, entre eles: elásti-
mente, e que se encontram elásticos graduados em força leve, média cos de classe I, de classe II, de classe III, triangulares, para correção
e pesada correspondente a 2, 4 e 6 onças, respectivamente, a quanti- de linha média, verticais, “sanfonados”, para correção de mordida
dade de força será de 56,7, 113,4 e 170,1 gramas (TABELA 1). cruzada posterior e como auxiliares de aparelhos extrabucais.
Por outro lado, o tamanho do elástico determina sua denomina-
ção, e é dada pelo seu diâmetro interno. Estão disponíveis os elásticos 1. Elásticos de Classe I
nos seguintes tamanhos: 1/8, 3/16, 1/4, 5/16, 3/8 e 1/2 polegada (”). São aplicados a dentes em um mesmo arco dentário e, por
Uma polegada equivale a 25,4 mm e a transformação dos tamanhos isso, são chamados de elásticos intramaxilares. Sua indicação é no
nos fornece, aproximadamente, os seguintes diâmetros: 3,2; 4,8; 6,4; fechamento de espaços, retração de dentes (Fig. 1), correção de
7,94; 9,5 e 12,7 mm, respectivamente (TABELA 2). giroversões (Fig. 5) ou como auxiliares em diferentes mecânicas
ortodônticas (Fig. 3).
A correção de giroversões pode ser feita com a utilização de
botões colados na face vestibular e lingual do dente girado, bem
Tabela 1 - Quantidade de força (onças X gramas)
(adaptado de Henriques, Hayasaki e Henriques10). como nos dentes vizinhos, associado ao uso de elásticos, formando
um binário de forças para essa correção (Fig. 5, 6).
ONÇAS (oz) GRAMAS (g)
Outra utilização dos elásticos é como coadjuvante de diferentes
1 28,35
mecânicas ortodônticas. Na técnica segmentada de retração e intru-
2 (leve) 56,69
são simultânea de incisivos, o elástico é utilizado para criar uma força
4 (média) 113,39 de distalização dos dentes ântero-superiores. Concomitantemente a
6 (pesada) 170,09 essa força, a alça de intrusão gera uma força intrusiva (Fig. 3, 4).

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Figura 3 - Elástico sintético usado como auxiliar na mecânica segmentada de Figura 4 - Esquema biomecânico bidimensional das forças e momentos pre-
retração e intrusão simultânea de incisivos. sentes na técnica segmentada de retração e intrusão simultânea de incisivos.

Figura 5 - Exemplo clínico de binário utilizado para correção de giroversão do Figura 6 - Esquema biomecânico bidimensional: os elásticos geram forças
2º pré-molar inferior direito. opostas, de mesma magnitude, co-planares e não colineares, por isso, são anu-
ladas, restando somente o momento do binário.

Figura 7 - Tracionamento de dentes inclusos através de placa removível e elás-


ticos de borracha.

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Além disso, o tracionamento de dentes inclusos com o auxílio de arcos auxiliares como o sliding-jig, que potencializa o efeito de
de elásticos associados à placa de acrílico removível ou aparelhos distalização nos molares superiores (Fig. 10).
fixos apresenta-se muito favorável e de grande aplicação clínica São indicados no tratamento da má oclusão de classe II, com o
(Fig. 7). Quando se utilizam aparelhos removíveis, Cabrera et al.7 intuito de exercer uma força distal nos dentes superiores e mesial no
indicam uma força de 100-150 g, com a vantagem da utilização de arco inferior (Fig. 9). Entretanto, essas forças geralmente não são pa-
ancoragem dentomucosuportada. ralelas ao plano oclusal, resultando em componentes verticais e hori-
zontais de força, que dependerão da localização e da distância entre os
2. Elásticos de classe II pontos de fixação dos elásticos (Fig. 9). Quanto maior for essa distância
Caracterizam-se por apoiarem-se na região do canino superior ântero-posterior, a componente vertical de força poderá ser menor e a
a um molar inferior, podendo ser o primeiro ou o segundo (Fig. componente horizontal será maior. Dessa forma, a extensão do canino
8). Podem ser fixados em ganchos presos no fio, ou diretamente superior até o segundo molar inferior pode minimizar os efeitos extru-
nos dentes, por meio de ganchos presentes em acessórios como sivos e potencializar a componente horizontal da mecânica aplicada15.
bráquetes e tubos, ou em fios amarrados no bráquete que servirão Com referência à magnitude de força, Cabrera et al.7 indicam a utiliza-
de locais para fixação dos elásticos. Uma alternativa é a utilização ção de 200-250 g na mecânica com elástico de classe II.

Figura 8 - Exemplo da utilização clínica do elástico de Classe II. Figura 9 - Esquema biomecânico bidimensional: as setas azuis representam as
resultantes da força, enquanto as vermelhas, a decomposição da força.

Figura 10 - Sliding-jig associado a um elástico de Classe II.

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Philippe15 sugeriu que, além da análise mecânica, faz-se ne- A Figura 11 ilustra uma situação clínica na qual o paciente utilizou
cessária uma análise individual de cada paciente, de acordo com elástico de classe II do lado direito. Como a linha de ação da força
o padrão muscular e o crescimento esquelético. Segundo o au- dispensada pelo elástico passa distante do centro de resistência dos
tor, o elástico de classe II tradicional está mais indicado em casos molares, momentos de força serão criados, gerando uma tendência
de paciente com classe II moderada e dimensão vertical normal, de rotação para mesial e de inclinação para lingual (Fig. 12).
utilizando-se um fio o mais rígido possível no arco superior para Vale salientar que esse tipo de efeito colateral não ocorre apenas
controle dos efeitos indesejados. Isso é necessário para anular um nos molares, mas em todos os dentes que sirvam de apoio aos elásticos,
componente vertical de força que tende a extruir os incisivos su- pois a linha de ação da força sempre vai passar distante do centro de
periores e os molares inferiores, o que resultaria na inclinação do resistência dos dentes.
plano oclusal para baixo e para frente. Para minimizar esses efeitos indesejados, podem ser utilizados arcos
O mesmo autor15 contra-indica esse tipo de elástico em pa- pesados como os retangulares, arcos com stops justos aos acessórios
cientes classe II, divisão 1 e face curta (padrão hipodivergente) dos molares, arcos com dobras de pré-ativação, arcos linguais ou palati-
e em classe II, divisão 2 com mordida profunda devido ao efeito nos ou outro recurso biomecânico que irá contrapor esses efeitos.
indesejado no plano oclusal, no giro da mandíbula e na extrusão
dos dentes anteriores superiores. Da mesma forma, contra-indi- 3. Elásticos de classe III
ca em paciente classe II com face longa (padrão hiperdivergente), Caracterizam-se por serem posicionados da região do canino
pois a extrusão dos molares inferiores causaria um giro horário da inferior a um molar superior (Fig. 13). A principal indicação é no
mandíbula, prejudicando o aspecto facial convexo e aumentando a tratamento da má oclusão de classe III, porém, algumas mecânicas
altura facial anterior inferior. ortodônticas os aplicam nas más oclusões de classe I ou II durante
Na verdade, o uso de elásticos não deve ser dispensado de- a retração dos dentes anteriores inferiores como um recurso au-
vido aos efeitos indesejados que provocam. Deve-se, na verdade, xiliar de ancoragem no arco inferior, enquanto no arco superior
compreender os efeitos favoráveis, de acordo com o planejamen- favorecem a movimentação mesial dos dentes posteriores.
to do caso, e associar outros recursos na mecânica utilizada que Esse tipo de elástico também apresenta componentes verticais
possam contrapor as forças indesejadas associadas aos elásticos. e horizontais na maxila e na mandíbula (Fig. 14). No arco superior,
Dessa forma, não só os efeitos dentários, mas também os efeitos há extrusão e mesialização nos molares, enquanto no arco inferior
faciais, podem ser equilibrados e resultados mais favoráveis podem há força de extrusão no segmento anterior e de movimento distal
ser alcançados. nos caninos. Devido aos momentos criados por esse sistema de for-
Um efeito colateral dos elásticos de classe II comumente encon- ça, no plano oclusal, há um levantamento na região anterior. Além
trado na clínica ortodôntica é o giro mesial dos molares inferiores. disso, a mandíbula gira no sentido horário, levando o mento para

Figura 11 - Exemplo do efeito colateral de giro mesial do molar inferior direito Figura 12 - Esquema biomecânico bidimensional: a seta azul ilustra a linha de
frente a utilização clínica do elástico de Classe II. ação da força do elástico, enquanto a vermelha mostra o momento criado pela
força que passa distante do centro de resistência do dente.

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Figura 13 - Exemplo da utilização clínica do elástico de Classe III. Figura 14 - Esquema biomecânico bidimensional: as setas azuis representam
as resultantes da força enquanto as vermelhas, a decomposição da força.

baixo e para trás e aumentando a altura facial anterior inferior. Por anterior dos arcos dentários7 e, nesse caso, é conhecido como elás-
isso, em casos de mordida aberta esquelética, é contra-indicado. tico tipo swing (Fig. 20). Sua principal indicação é a correção dos
É importante lembrar que a força gerada pelos elásticos de desvios de linhas médias inferior e superior.
classe III também criará momentos indesejados, semelhante aos A utilização clínica deve ser feita com cautela devido aos efei-
descritos anteriormente, pois passarão distante do centro de resis- tos que este tipo de combinação de elásticos provoca. Burstone6
tência dos dentes de apoio. Dessa forma, deve-se analisar individu- enfatizou que este efeito é um movimento em massa no qual todo
almente cada caso e selecionar os recursos clínicos mais indicados o arco é rotacionado ao redor de seu centro de resistência. Este tipo
para minimizar esses efeitos colaterais. de movimento é difícil de controlar e de ser alcançado, podendo
causar desarmonias entre os arcos e mordida cruzada.
4. Elásticos triangulares de classe II ou III A avaliação da Figura 21 mostra que, além da presença das
Esses tipos de elásticos acrescentam um ponto de fixação em forças extrusivas, forças laterais também são criadas. Por isso, de-
um dos arcos. Nos de classe II, o elástico localiza-se do canino vem-se utilizar arcos mais rígidos para evitar os movimentos de
superior, a um molar inferior e outro dente inferior mais anterior inclinação das unidades e minimizar os efeitos colaterais.
(canino ou pré-molar) (Fig. 15). Já nos casos de classe III, localiza-
se do canino inferior a um molar superior e outro dente superior 6. Elásticos verticais em “box” e de intercuspidação
de localização mais anterior (canino ou pré-molar) (Fig. 17). A sua Localizam-se em pontos do arco superior e inferior, agindo com
melhor indicação seria para otimizar a intercuspidação durante as forças de extrusão e contração. Quando utilizados na região ante-
fases de finalização dos casos. rior, de forma a favorecer a relação vertical entre os dentes antago-
Essa distribuição acrescenta um componente vertical no seg- nistas, são também chamados de elásticos em “box” (Figs. 22 e 23).
mento anterior nos casos de classe II ou III, além de potencializar Vale lembrar que estes dispositivos criam forças que passam longe
a tendência extrusiva nos dentes de suporte (Figs. 16 e 18). Devido do centro de resistência dos dentes e, por isso, geram momentos
ao componente vertical, é contra-indicado em casos de mordida que tendem a inclinar os dentes anteriores para lingual, diminuin-
aberta esquelética. do, consequentemente, o perímetro do arco (Fig. 23).
Quando usados na correção da mordida aberta dentária ante-
5. Elásticos para correção da linha média rior, é fundamental ressaltar que se a mordida aberta é esquelética,
Esse tipo de elástico combina o posicionamento de elástico de os incisivos já se encontram extruídos devido a uma compensação
classe II de um lado (canino superior a um molar inferior) e de classe dentária que ocorre12,20. Dessa forma, na maioria das vezes, os veto-
III no lado oposto (canino inferior a um molar superior) (Fig. 19). res predominantemente verticais gerados por este tipo de elástico
Outro recurso é posicionar o elástico obliquamente na região contra-indicariam o seu uso.

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Considerações clínicas e biomecânicas de elásticos em ortodontia

Figura 15 - Exemplo da utilização clínica do elástico triangular de Classe II. Figura 16 - Esquema biomecânico bidimensional: as setas azuis representam
as resultantes da força, enquanto as vermelhas, a decomposição da força.

Figura 17 - Exemplo da utilização clínica do elástico triangular de Classe III. Figura 18 - Esquema biomecânico bidimensional: as setas azuis representam
as resultantes da força, enquanto as vermelhas, a decomposição da força.

Os elásticos verticais também são comumente utilizados na Como descrito anteriormente, devido à componente vertical de
região posterior para melhorar a intercuspidação e auxiliar na fi- força, em casos de mordida aberta esquelética, esse elásticos estão
nalização dos tratamentos ortodônticos, quando são chamados de contra-indicados.
elásticos de intercuspidação (Fig. 24).
8. Elásticos para correção de mordida cruzada posterior
7. Elásticos “Sanfonados” Localizados na face lingual dos dentes inferiores e na vestibu-
Localizados em pontos eqüidistantes do arco superior e inferior, lar dos superiores ou o inverso, de acordo com o tipo de mordida
agindo com forças de contração e extrusão (Fig. 25). Indicados na cruzada posterior apresentado (Fig. 26). Permitem a movimentação
finalização para melhor intercuspidação dentária na presença de recíproca dos dentes inferiores e superiores em sentidos opostos
espaços entre dentes vizinhos e seus antagonistas e também em vestíbulo-lingualmente, sendo sua ação de extrusão e mudança na
fase pós-cirúrgica de tratamentos orto-cirúrgicos. inclinação axial dos dentes.

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Figura 19 - A,B) Exemplo da combinação de elástico de Classe II no lado direito e Classe III no lado esquerdo para correção de linha média dentária.

Figura 20 - Elástico tipo swing para correção de linha média dentária. Figura 21 - Esquema biomecânico bidimensional: as setas azuis representam
as resultantes da força, enquanto as vermelhas, a decomposição da força.

A análise da Figura 27 mostra que, como as forças são geradas das. Os elásticos sintéticos usados como ligaduras elásticas apre-
distantes do centro de resistência dos molares, inclinações dentá- sentam problemas de higienização bucal, pois o acúmulo de placa
rias ocorrem. Por isso, sua principal indicação é para correção da ao redor do bráquete é maior do que com as ligaduras metálicas.
mordida cruzada dentária posterior, principalmente as unitárias. Além disso, devido à pigmentação e alteração de cor que os elas-
tômeros sofrem no meio bucal, muitos fabricantes acrescentam
9) Elásticos auxiliares de aparelhos extrabucais cores para mascaramento desse efeito, especialmente pigmentos
Algumas de suas aplicações são como auxiliares de aparelhos metálicos. Entretanto, isso reduz a força e a elasticidade do ma-
extrabucais, máscaras faciais para tração reversa da maxila e men- terial. Vale ressaltar ainda que a variação de cores dos elásticos
toneiras, fornecendo a força necessária para a ação destes apare- comercializados é também um incentivo durante o tratamento,
lhos (Fig. 28). especialmente para pacientes mais jovens21.
Os elásticos usados na retração de caninos apresentam grande
LIMITAÇÕES E DESVANTAGENS vantagem pela facilidade de manipulação do operador, conforto ao
Os elásticos ortodônticos apresentam algumas limitações que paciente e por apresentarem baixo custo. Entretanto, quando com-
não impedem a sua aplicação clínica, mas que devem ser conheci- parados à retração de dentes com molas de NiTi (níquel-titânio),

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Considerações clínicas e biomecânicas de elásticos em ortodontia

Figura 22 - Elástico em box na região anterior. Figura 23 - Esquema biomecânico bidimensional: as


setas azuis ilustram a linha de ação da força do elástico,
enquanto as vermelhas mostram os momentos criados
pelas forças que passam distante do centro de resistên-
cia dos dentes.

Figura 24 - Elástico de intercuspidação utilizado na região de caninos. Figura 25 - Elásticos “sanfonados” posicionados do segundo pré-molar do
lado direito ao segundo pré-molar do lado esquerdo.

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Lívia B. Loriato, André Wilson Machado, Wellington Pacheco

Figura 26 - Elástico para correção de mordida cruzada dentária posterior, na região de 1º molar
permanente.

Figura 27 - Esquema biomecânico bidimensional:


as setas azuis representam as resultantes da força,
enquanto as vermelhas, a decomposição da força.

A B
Figura 28 - Elásticos de borracha usados como auxiliares em aparelhos extra-bucais: A) máscara facial e B) arco
extrabucal.

R Clin Ortodon Dental Press, Maringá, v. 5, n. 1 - fev./mar. 2006 53


Considerações clínicas e biomecânicas de elásticos em ortodontia

mostram-se inferiores em alguns aspectos. Sonis18, comparando que a causa principal e mais freqüente das reabsorções dentárias
o fechamento de áreas de extração com molas fechadas de NiTi, na população ocidental é a movimentação dentária induzida, sen-
calibradas em 150 g de força, com áreas fechadas usando elásticos do que a reabsorção severa e importante acomete cerca de 10%
3/16”, calibrados em 180 g, concluíram que as molas de NiTi per- das pessoas submetidas a tratamentos ortodônticos. Acrescentou
mitiram um índice de movimento dentário quase duas vezes mais que, entre os fatores favorecedores da maior freqüência de reab-
rápido que os elásticos convencionais. Da mesma forma, Samuels, sorções dentárias, encontra-se o uso de elásticos intermaxilares.
Rudge e Mair17 verificaram que as molas de NiTi permitem um ín- Dessa forma, para a prevenção da ocorrência de reabsorções den-
dice de fechamento de espaço maior que os módulos de elásticos tárias durante o tratamento ortodôntico, deve-se, se possível, não
sintéticos. Clinicamente, não houve diferença na posição dentária utilizar os elásticos intermaxilares.
entre os dois sistemas e não houve evidência de desconforto ao Da mesma maneira, Brezniak e Wasserstein5 associaram o uso
paciente com as molas de NiTi. de elásticos intermaxilares nos tratamentos ortodônticos com a
O’reilly, Rinchuse e Close14 realizaram um estudo longitudinal ocorrência de reabsorção radicular, o que foi verificado no estudo
prospectivo para avaliar se pacientes tratados ortodonticamente sub- de Linge e Linge13, onde ocorreu mais reabsorção radicular no lado
metidos à extração e ao uso de elásticos intermaxilares de classe II de utilização de elásticos intermaxilares.
apresentavam maior incidência de sinais e sintomas de disfunções
temporomandibulares (DTM). Os resultados indicaram que há uma CONSIDERAÇÕES FINAIS
interação do tempo de tratamento com dor à palpação. Além dis- Com o avanço tecnológico e desenvolvimento dos materiais
so, os pacientes não tratados não apresentaram mudanças ao longo dentários, os elásticos utilizados em Ortodontia tiveram suas pro-
do tempo observado, enquanto os pacientes testados mudaram de priedades avaliadas e melhoradas, de forma a aumentar sua aplica-
uma situação sem dor para uma situação com dor. Entretanto, apenas bilidade como auxiliares durante os tratamentos ortodônticos.
40% desse grupo relataram dor moderada, enquanto os 60% restan- O ortodontista deve compreender as propriedades dos elásticos
tes apresentaram ausência de dor. Dessa forma, o tratamento não foi de borracha e sintéticos, bem como suas limitações e riscos, alcan-
causador de DTM, mas, talvez, a percepção de dor pelo grupo experi- çando resultados mais satisfatórios nos tratamentos executados.
mental tenha sido diferente da do grupo controle devido à movimen- Foram apresentadas as principais aplicações clínicas e aspectos
tação dentária e mudança na propiocepção por alteração na oclusão. biomecânicos dos elásticos, cabendo ao profissional selecionar a
O uso de elásticos intermaxilares também tem sido associado à opção mais adequada para cada paciente, individualizando, com
ocorrência de reabsorções radiculares externas. Consolaro8 afirmou isso, as diversas situações clínicas.

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Lívia B. Loriato, André Wilson Machado, Wellington Pacheco

Clinical and biomechanical aspects of elastics in orthodontics


Abstract properties of the elastics used in Orthodontics: those
The evolution and improvement of elastic materials raised made of latex and the synthetic ones. Their advantages,
their use in orthodontic practice, such for: wires’ fixation disadvantages, indications and limitations will be addressed
to brackets in substitution to metallic ligature ties, tooth in order to assist the clinician and orthodontic residents
retraction, space closure, auxiliaries in extra-oral appliances the selection of the proper elastic to specific situations.
and some types of mechanics. In this way, the purpose of Besides, some of the most often clinical applications will
this article is to present a review regarding the types and be suggested, as well as their biomechanical aspects.

key words: Elastics. Elastomerics. Orthodontic treatment

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Endereço para correspondência

Lívia B. Loriato
Av. Dom José Gaspar, 500 - Prédio 46 Coração Eucarístico
Belo Horizonte - MG - Cep: 30535-610
E-mail: lbloriato@yahoo.com.br

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