Vous êtes sur la page 1sur 27

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

SETOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

CURSO DE ODONTOLOGIA

GIOVANA XAVIER

Perfurações Endodônticas e a Nova Perspectiva de Vedamento Utilizando Materiais


Biocerâmicos

CURITIBA

2019
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

SETOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

CURSO DE ODONTOLOGIA

GIOVANA XAVIER

Perfurações Endodônticas e a Nova Perspectiva de Vedamento Utilizando Materiais


Biocerâmicos

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso


de Odontologia da Universidade Federal do Paraná
como requisito à obtenção do título de Cirurgião
Dentista.

Orientador: Prof. Dr. Antonio Batista

CURITIBA

2019
RESUMO

Em algumas situações, vias artificiais de comunicação entre a câmara pulpar e os tecidos


periodontais são criadas, tornando os tecidos perirradiculares suscetíveis à contaminação, podendo
levar a formação de lesões e até a perda do dente caso o diagnóstico e tratamento destes defeitos
não sejam bem conduzidos. Estas comunicações são chamadas de perfurações endodônticas, e sua
etiologia geralmente está associada a manobras mal conduzidas e/ou desconhecimento e falta de
habilidade do operador. As perfurações foram classificadas por inúmeros autores, sendo as mais
comuns aquelas classificações baseadas na localização, podendo ser supra, infra ou normo-ósseas.
Quanto ao seu selamento, muitos materiais não específicos foram utilizados, sendo mais recente a
indicação de materiais biocerâmicos, como MTA, Biodentine®, EndoSequence® e BioAggregate®,
que apresentam como principais características a sua biocompatibilidade, baixo índice de infiltração
promovendo adequado selamento, além da capacidade de induzir neoformação tecidual, requisitos
cruciais para sua escolha. Objetivo: abordar sobre o contexto em que perfurações costumam
ocorrer, bem como as mais comuns formas de tratamentos e materiais utilizados para selar estes
defeitos, dando ênfase aos mais recentes. Considerações finais: Uma vez que as perfurações
ocorrem, faz-se necessário o selamento das mesmas com um material adequado, atentando sempre
para as condições em que se apresentam e buscando intervir o mais precocemente possível de
maneira a obter um bom prognóstico do caso.

Palavras chave: Endodontia. Complicações. Perfurações endodônticas. Materiais.


ABSTRACT

In some situations, artificial communication channels between the pulp chamber and the periodontal
tissues are created, making the periradicular tissues susceptible to contamination, leading to the
formation of lesions and even tooth loss if the diagnosis and treatment of these defects are not well
conducted . These communications are called endodontic perforations, and their etiology is usually
associated with poorly conducted maneuvers and / or lack of knowledge and lack of skill of the
operator. The perforations were classified by numerous authors, the most common of which are
localization-based classifications, which may be supra, infra or normo-osseous. As for its sealing,
many non-specific materials were used, with the most recent being the indication of bioceramic
materials, such as MTA, Biodentine®, EndoSequence® and BioAggregate®, which have as main
characteristics their biocompatibility, low infiltration index promoting adequate sealing, besides the
capacity to induce tissue neoformation, crucial requirements for their choice. Objective: To address
the context in which perforations usually occur, as well as the most common forms of treatments
and materials used to seal these defects, with emphasis on the most recent. Final considerations:
Once the perforations occur, it is necessary to seal them with a suitable material, always paying
attention to the conditions in which they present themselves and seeking to intervene as early as
possible in order to obtain a good prognosis of the case.

Key words: Endodontics. Complications. Endodontic perforations. Materials.


INTRODUÇÃO

Durante o tratamento endodôntico, uma série de protocolos sustentados por parâmetros e


princípios científicos, mecânicos e biológicos são seguidos, podendo definir o sucesso ou insucesso
do mesmo. Os índices de sucesso são crescentes, grande parte devido ao avanço de técnicas e
inovações no campo de materiais, bem como amplificação do número de especialistas da área. No
entanto, ainda assim, falhas são encontradas (OCCHI et al., 2017).
Destaca-se que o conhecimento da anatomia interna, bem como a exatidão no diagnóstico,
são fatores que resultam na maioria dos casos em tratamentos bem conduzidos e com excelentes
resultados. Assim, a variação de morfologia relativa a cada grupo de dentes, quando associado à
inabilidade do cirurgião dentista e ao seu desconhecimento de anatomia interna podem,
principalmente quando em conjunto, serem consideradas as maiores causas de complicações como
as perfurações endodônticas (SANTOS, 1983).
As perfurações foram descritas em 1994 por Alhadainy como comunicações artificiais entre
a cavidade pulpar e os tecidos periodontais, podendo sua origem ser patológica, como cáries e
reabsorções, ou iatrogênica, a qual poderá ocorrer antes do tratamento endodôntico ao realizar
algum procedimento de dentística restauradora, durante o tratamento, pelo uso inadequado de
brocas durante a abertura coronária ou após o tratamento ao realizar um preparo mal conduzido para
confecção de retentores intra-radiculares.
A contaminação do local em que se encontra a perfuração pode ser causada por bactérias
que possuem como origem a via endodôntica, periodontal ou ambas. Sendo que a inflamação
subsequente geralmente leva a um quadro de dor, abscesso, fístula ou reabsorções (TSESIS; FUSS,
2006).
O prognóstico geralmente leva em consideração a localização da perfuração, seu tamanho, o
tempo entre o diagnóstico e o selamento, bem como a técnica adotada. Sendo que seu tratamento
pode ser realizado de maneira não cirúrgica, com intervenção cirúrgica ou em duas etapas onde as
técnicas são eficazmente associadas. No entanto, independente da via a ser adotada, endodôntica ou
cirúrgica, o protocolo a ser seguido baseia-se nos princípios de localização, descontaminação e
selamento (ALHADAINY, 1994; FUSS; TROPE, 1996; HIMEL; BRADY; WEIR, 1985, BIGGS;
BENENATI; SABALA, 1998; NICHOLLS, 1962).
Na tentativa de selar perfurações sem causar danos ao periodonto, alguns materiais foram
utilizados, destacando-se principalmente Guta Percha, Amálgama de Prata, Resina Composta,
Cimento Ionômero de Vidro, Cimentos a base de Óxido de Zinco, materiais a base de Hidróxido de
Cálcio e, mais recentemente, o MTA e outros materiais biocerâmicos, como Biodentine®,

4
BioAggregate® e EndoSequence® (LANTZ E PERSSON, 1965; BIGGS; BENENATI; SABALA,
1998; KEISER; JOHNSON; TIPTON, 2000; RAFTER, 2002; IMURA et al., 1998; DAOUDI;
SAUNDERS, 2002; TANOMARU FILHO; FALEIROS; TANOMARU, 2002; RAFTER et al.,
2002; JUAREZ BROON et al., 2006; BALTO, 2004).
Assim sendo, o objetivo deste trabalho é, através de revisão de literatura, ressaltar aspectos
importantes relativos às perfurações, bem como os diversos tipos de materiais adotados para tratar o
defeito.

5
REVISÃO DE LITERATURA

1. CAUSAS, DIAGNÓSTICO, PROGNÓSTICO E TRATAMENTO

Segundo a Sociedade Americana de Endodontia (2012), perfurações são comunicações entre


os sistemas de canais radiculares e a superfície externa do dente, podendo sua etiologia ser
mecânica ou patológica.
As causas relatadas geralmente estão relacionadas a não observância da posição do dente no
arco, presença de câmara pulpar calcificada, uso inadequado de brocas durante a abertura coronária,
uso de instrumentos de calibre exagerado para fase de instrumentação, odontometria mal realizada
levando a arrombamento do forame, canal acessório interceptando limas e guiando para o
periodonto, ausência de pré-curvatura de limas, instrumento defletido por material obturador
durante retratamento, preparo mal conduzido do canal para receber núcleo, presença de cárie,
remoção inadequada do teto da câmara pulpar que resulta em má orientação dos instrumentos
durante a preparação dos canais, a não realização de movimento de anti-curvatura durante o preparo
de canais que possuem alguma de suas paredes com menor espessura de dentina, entre outras causas
(WEISMAN, 1959; SANTOS, 1983; WALTON; TORABINEJAD, 1989; ALHADAINY, 1994).
Muitas classificações de perfurações foram sugeridas por diversos autores, sendo as mais
comuns aquelas que se baseiam na localização da perfuração no dente, podendo ser supra-ósseas,
infra-ósseas ou normo-ósseas (NICHOLLS, 1962; TSESIS; FUSS, 2006). Fuss e Trope (1996)
classificam conforme o prognóstico, podendo ser considerado seu tamanho (pequena ou grande), o
tempo entre a ocorrência e o selamento (recente ou antiga) e a localização em relação ao osso
(coronal, ao nível da crista óssea ou apical). Já Nicholls (1962), apesar de não classificar de maneira
propriamente dita, divide as perfurações entre aquelas que ocorrem antes, durante e após o
tratamento.
O diagnóstico de perfuração é possível com métodos que incluem observação direta de
sangramento, avaliação indireta do sangramento usando uma ponta de papel absorvente, percepção
da perda da resistência na utilização de instrumentos, sintomatologia relatada pelo paciente durante
a instrumentação dos canais, radiografias em diferentes angulações utilizando contraste (lima ou
cone de guta percha), além da utilização de localizador foraminal (ALHADAINY, 1994; ESTRELA
et al., 2018).
O prognóstico relativo aos casos de perfuração é melhor quando esta é pequena, ocorre fora
do sulco gengival ou do local da furca e quando é selada imediatamente após ser realizada. O
prognóstico se agrava quando a perfuração ocorre no assoalho da câmara pulpar ou região cervical,

6
é extenso e não selado imediatamente. A proximidade com o sulco gengival parece interferir no
prognóstico porque pode ocorrer uma migração do epitélio gengival em direção a perfuração com
consequente formação de bolsa periodontal, diferente daquelas distantes do sulco que possuem
melhor prognóstico por estarem circundadas por osso saudável (ALHADAINY, 1994; JEW et al.,
1982). Para Fuss e Trope (1996), o prognóstico é determinado pela predisposição ou presença de
infecção bacteriana no local da perfuração, o que geralmente se relaciona com o tempo decorrido
desde a perfuração até seu selamento, além de fatores como tamanho da perfuração e sua
localização no dente e em relação ao osso. Alguns autores relatam que a utilização de um material
não irritante, que sele a perfuração, limitará a inflamação do tecido de suporte. Já para outros, o
tamanho da perfuração e o tamanho do dente teriam significado clínico na predição de sucesso ou
falha do reparo da mesma (HIMEL; BRADY; WEIR, 1985).
O tratamento geralmente varia conforme a localização, tempo de exposição à contaminação
e tamanho do defeito. Sendo indicado, sempre que possível, o tratamento conservador via câmara
pulpar de modo a minimizar defeitos ósseos e problemas periodontais decorrentes de cirurgias, bem
como a exposição do paciente a um tratamento mais invasivo (ALHADAINY, 1994).
O tratamento não cirúrgico descrito por Nicholls (1962) baseia-se na descontaminação e
selamento da perfuração via câmara pulpar. Em relação ao terço médio e cervical, se a perfuração
for visível e com adequado acesso, recomenda-se a limpeza da região e em seguida o selamento
com IRM ou amálgama. No caso de perfurações contaminadas, utiliza-se medicação antisséptica
com hidróxido de cálcio entre as sessões. Já se tratando do terço apical, assim como a ocorrência de
falsos trajetos, o mesmo recomenda o selamento com guta percha e cimento endodôntico.
Já Frank (1973), recomenda o tratamento baseado na utilização de um material que possa
exercer o papel de uma barreira mineralizada, como o hidróxido de cálcio. Técnica esta que é
considerada muito útil nos casos de reabsorções perfurantes, perfurações apicais nas quais o
extravasamento de material é previsto, além de impossibilidade de acesso cirúrgico. No entanto,
existem dificuldades para assegurar a previsibilidade do tempo para formação da barreira ou a
qualidade da mesma.
Para Alhadainy (1996), essas perfurações podem ser reparadas de maneira não cirúrgica por
preenchimento convencional, técnica ortodôntica-endodôntica, como canal adicional, por
estimulação de calcificação ou apicificação da extremidade radicular. As perfurações do assoalho
da câmara pulpar podem ser preenchidas através da própria câmara pulpar, sendo que a maior
dificuldade com este método de reparo é a extrusão do material de preenchimento no espaço
periodontal. No entanto, a extrusão do material de reparo pode ser controlada pelo uso de matrizes,
como folha de índio, hidróxido de cálcio, discos de teflon, hidroxiapatita ou gesso de paris. A
abordagem cirúrgica é geralmente limitada aos defeitos que não são passíveis de outras
7
modalidades de tratamento em decorrência principalmente da falta de visibilidade, dificuldade no
controle de hemorragia ou falha no tratamento conservador. Ressalta ainda, que grandes perfurações
na área de furca podem ser tratadas por bicuspidização, hemisecção ou amputação da raiz. As
perfurações cirurgicamente inacessíveis da porção média ou reabsorções internas ou externas
podem ser tratadas por rearranjo intencional, enquanto as perfurações apicais podem ser tratadas por
apicectomia.
Dessa forma, o tratamento apontado como mais coerente pela literatura para casos de lesões
supra-ósseas é a utilização de técnicas da dentística restauradora quando o defeito for supra-
gengival, e de tracionamento ortodôntico ou aumento de coroa clínica em casos de lesões
subgengivais. Já nos casos de perfurações infra-ósseas, muitos autores ressaltam os passos de
controle microbiano e vedamento da perfuração com material adequado, assim, a utilização prévia
de hidróxido de cálcio como substância bactericida e, após isto, o selamento definitivo com MTA
parece ser uma das técnicas mais aceitas e com melhores resultados atualmente, como demonstrado
nas figuras 1, 2, 3 e 4 (ALHADAINY, 1996; KEISER; JOHNSON; TIPTON, 2000; TANOMARU
FILHO; FALEIROS; TANOMARU, 2002; NASCIMENTO; MOURA; NETTO, 2009; HEGDE;
VARGHESE; MALHOTRA, 2017; ESTRELA et al., 2018).

Figura 1 – Exemplificação de perfuração e sua reprodução em modelo de estudo.

Fonte: Batista (2018).

8
Figura 2 – Limpeza da região de perfuração.

Fonte: Batista (2018).

Figura 3 – Primeira etapa do tratamento realizando descontaminação com Hidróxido de Cálcio.

Fonte: Batista (2018).

9
Figura 4 – Segunda etapa do tratamento da perfuração.

Fonte: Batista (2018).

2. MATERIAIS UTILIZADOS NO SELAMENTO DAS PERFURAÇÕES

Quanto ao material utilizado para realizar o tratamento da perfuração, algumas propriedades


são desejáveis, como biocompatibilidade, capacidade de realizar um bom selamento, radiopacidade,
fácil manipulação, resistência, além de ser capaz de induzir cementogênese e osteogênese (CARR,
1997; TANOMARU FILHO; FALEIROS; TANOMARU, 2002; HEGDE; VARGHESE;
MALHOTRA, 2017).
Apesar de não existir um material que atenda a todos os requisitos, alguns foram
amplamente utilizados devido à ausência de materiais específicos para esta finalidade, os quais se
destacam: Guta Percha, Amálgama de Prata, Resina Composta, Cimento Ionômero de Vidro,
Cimentos a base de Óxido de Zinco, materiais a base de Hidróxido de Cálcio e uma variedade de
cimentos, os quais apresentavam muitas desvantagens tendo em vista a dificuldade de se conseguir
adesão no interior do canal ou câmara pulpar devido à presença de umidade ou mesmo a
inviabilidade na utilização de fotopolimerizadores, alto potencial citotóxico de alguns, alto índice de
infiltração por não promover um selamento adequado, além de incapacidade de induzir
neoformação tecidual, itens importantes para tal indicação (LANTZ E PERSSON, 1965; BIGGS;
BENENATI; SABALA, 1998; KEISER; JOHNSON; TIPTON, 2000; RAFTER, 2002; IMURA et
al., 1998; DAOUDI; SAUNDERS, 2002; FILHO; FALEIROS; TANOMARU, 2002; RAFTER et
al., 2002; JUAREZ BROON et al., 2006; BALTO, 2004).
Mais recentemente, destaque tem sido dado aos materiais biocerâmicos, como MTA, que
segundo Wang (2015) é considerado o padrão ouro para uma variedade de situações, além de
10
Biodentine® (BD), EndoSequence Root Repair Material® (ERRM), BioAggregate® (BA), entre
outros, que tem se mostrado promissores quanto ao selamento de perfurações endodônticas e outras
situações de exigência biológica semelhante.
De acordo com Balto (2004), é de extrema importância que os materiais a serem utilizados
no tratamento de perfurações radiculares apresentem biocompatibilidade, isso se deve ao fato dele
ficar em contato com o tecido periodontal por um longo período. Ainda, Imura et al. (1998) e Hardy
et al. (2004) concordam que o extravasamento do material para os tecidos perirradiculares constitui
um grande problema, considerando que alguns não possuem propriedades biológicas significativas
ou mesmo podem ser considerados citotóxicos.
Assim, qualquer material que seja usado em contato direto com o tecido vivo deve atender a
certos padrões de compatibilidade, além de proporcionar benefício terapêutico e mecânico (JEW et
al., 1982).
Como mencionado anteriormente, os materiais biocerâmicos ganharam muito destaque nas
ultimas décadas, e segundo Jitaru et al. (2016), estes materiais são compostos cerâmicos
biocompatíveis obtidos por vários processos químicos, apresentando excelente biocompatibilidade
devido à sua similaridade com o processo biológico de formação de hidroxiapatita e à capacidade
de induzir uma resposta regenerativa no corpo humano. Ainda, as biocerâmicas podem ser inertes,
como alumina e zircônia, ou ativas, como hidroxiapatita, fosfato de cálcio, silicato de cálcio e
cerâmicas de vidro. Já quando um material contém na sua composição a presença de biocerâmicas,
ele passa a ser chamado de bioagregado.
A seguir será exemplificada a utilização de alguns materiais mais recentes usados para o
selamento destes defeitos.

I. Agregado Trióxido Mineral (MTA)


O MTA foi estudado por inúmeros autores que discorreram acerca de resultados de estudos
“In Vivo” e “In Vitro”, demonstrando excelentes propriedades biológicas e de selamento
(PEREIRA et al., 2009).
Conhecido como uma promessa concreta no campo da endodontia, o Agregado Trióxido
Mineral ou MTA, foi idealizado no início da década de 90 por pesquisadores da Universidade de
Lomalinda, sendo que o objetivo era o desenvolvimento de um material capaz de selar
comunicações artificiais entre os canais radiculares e a sua superfície externa (DA SILVA-NETO;
MORAES, 2003).
Este material é constituído por silicato tricálcico, silicato dicálcico, aluminato tricálcico,
gesso, óxido de bismuto como agente radiopacificador, além de aluminoferrato de tetracálcio na sua
forma cinza, sendo sua forma de apresentação pó e líquido e sua proporção 3:1. Seu pH inicial é de
11
10.2, aumentando para 12.5 três horas após a manipulação, sendo o tempo de presa de 4 horas.
Destaca-se ainda, que devido à proporção manual, é importante respeitar a indicação do fabricante,
tendo em vista que aumentando a proporção do líquido em relação ao pó, a mistura aumentará seu
escoamento, tornando difícil a inserção, além de aumentar o tempo de presa do material (NETO et
al., 2010; WANG, 2015; JITARU et al., 2016).
Em decorrência da sua característica hidrofílica, o MTA pode ser utilizado em meio úmido,
sendo a umidade responsável pela ativação da reação química de endurecimento do material. A
mistura apresenta boas propriedades para selar perfurações radiculares, pois não perde suas
características em um ambiente úmido, contendo, por exemplo, sangue e saliva. Apresenta
biocompatibilidade e induz a formação de tecido duro, ideal para o reparo tecidual da área afetada
(CENTENARO; PALMA, 2011).
De acordo com Main et al. (2004), o MTA fornece um selo eficaz no reparo de perfurações,
mostrando-se promissor na melhoria do prognóstico de dentes perfurados que de outra forma seriam
comprometidos.
Em um estudo de infiltração, o MTA apresentou melhores resultados que amálgama e
Super-EBA (TORABINEJAD; WATSON; FORD, 1993). E quando sua solubilidade foi comparada
a do IRM, amálgama e Super-EBA, nenhum deles, com exceção do IRM, apresentou solubilidade
sob as condições do estudo (TORABINEJAD et al., 1995).
Além de prevenir micro-infiltração e ser considerado biocompatível como dito
anteriormente, ele promove regeneração dos tecidos originais quando colocado em contato com a
polpa dental ou tecidos perirradiculares (TORABINEJAD; CHIVIAN, 1999).
No entanto, em um estudo conduzido por Namazikhah et al. (2008), os pesquisadores
demonstraram que o pH poderia interferir na porosidade do material, observando que quanto mais
ácida fosse a solução, mais extensiva se tornava a porosidade dos espécimes, concluindo que o pH
do ambiente poderia interferir na dureza do MTA.
Além disso, outras desvantagens podem ser pontuadas, as quais incluem tempo de
endurecimento longo, possibilidade de manchamento, consistência arenosa, dificuldade de
manipulação e inserção (BATAGOLI, 2018).

II. Biodentine® (BD)


Devido ao avanço na busca por um material que mantenha as características positivas do
MTA e apresente vantagens em relação a este, Biodentine® foi desenvolvido para atuar como
material em uma série de procedimentos onde a biocompatibilidade e indução de neoformação
tecidual é relevante, assim, ele tem ganhado certo destaque nos últimos anos devido suas
propriedades biológicas e físicas (BATAGOLI, 2018).
12
Biodentine® contém silicato de tricálcio, carbonato de cálcio, óxido de zircônio, cloreto de
cálcio, líquido à base de água como acelerador de endurecimento, sendo o óxido de zircônio seu
agente radiopacificador (WANG, 2015; JITARU et al., 2016). Assim, ele é considerado um material
bioativo, sendo sua manipulação fácil e seu tempo de presa de aproximadamente 12 minutos. Seu
pH alcalino e suas propriedades biológicas o tornam um excelente material para ser usado no
tratamento de perfurações radiculares (KAKANI et al., 2015).
Sua biocompatibilidade foi avaliada utilizando diferentes testes de viabilidade celular, como
uso de citometria de fluxo em fibroblastos humanos após exposição a extratos dos materiais
testados, entre eles Biodentine®, MTA e CIV, sendo que os dois primeiros apresentaram resultados
semelhantes (ZHOU et al., 2013).
Ao comparar Biodentine®, BioAggregate® e material restaurador intermediário (IRM), os
autores Grench, Mallia e Camilleri (2012) concluíram que Biodentine® não difere do MTA quanto
a sua resistência à compressão, possuindo como vantagem um tempo de presa menor, em
contrapartida com o BioAggregate® que apresentou menor resistência e tempo de presa maior.
Assim como o MTA, o Biodentine® apresenta aluminato de cálcio, composto que interage
com a água causando hidratação do cimento e aumentando a resistência mecânica inicial (GUVEN
et al., 2014).
Fica evidente, portanto, que a proposta do material corrobora com os resultados clínicos e
fomenta a possibilidade de uma alternativa para o padrão ouro (BATAGOLI, 2018).

III. Endosequence Root Repair Material® (ERRM®)


Já o material de reparo EndoSequence é formado por partículas nano-esféricas que penetram
nos túbulos dentinários, interagem com a umidade presente na dentina e, através de uma ligação
mecânica, estabelecem sua fixação com excelente estabilidade dimensional, sendo compostos
principalmente de silicatos de cálcio, óxido de zircônio, óxido de tântalo e fosfato de cálcio
monobásico (WANG, 2015).
Seu tempo de trabalho é superior a 30 minutos, o de presa de 4 horas, e se apresenta nas
formas densa (ERRM® Putty), na forma fluída disposto em uma seringa (ERRM® Paste) e, mais
recentemente, na sua forma densa com tempo de presa de 20 minutos, iRoot FS (ERRM® Fast Set
Putty), sendo que, de acordo com o fabricante, não existe diferença na composição, apenas no
tamanho das partículas (KAKANI et al., 2015).
A maior vantagem deste material está na sua apresentação comercial que já vem pré-
manipulada em uma mistura homogênea, dispensando dosagem e evitando falhas de
proporcionamento (WANG, 2015).

13
Resultados positivos no selamento de perfurações de furca foram encontrados com a
utilização de EndoSequence® quando comparado ao MTA, além de resistência a compressão
semelhante (JEEVANI et al., 2014; WANG, 2015).
Ao comparar este material com o MTA, alguns autores observaram que o EndoSequence®
apresentou citotoxicidade mínima, concluindo não haver diferenças quanto a este quesito entre os
dois materiais, além de atividade antimicrobiana e antifúngica comparável a do MTA (DAMAS et
al., 2011; MA et al.,2011; CIASCA et al., 2012).
Ressalta-se ainda que sua porosidade é influenciada pelo pH do ambiente assim como o
MTA, podendo desta forma diminuir sua microdureza (WANG, 2015).

IV. BioAggregate® (BA)


BioAggregate® é também um cimento de silicato de cálcio contendo hidrato de silicato de
cálcio, hidróxido de cálcio, hidroxiapatita, sílica e óxido de tântalo como agente radiopacificador
(JITARU et al., 2016).
De acordo com Lee et al. (2014), este material, assim como o MTA e BD, é responsável por
estimular a neoformação tecidual. No entanto, em relação às suas propriedades físicas, este material
apresenta menor resistência à compressão e menor dureza superficial quando comparado ao MTA e
Biodentine® (GRENCH, MALLIA E CAMILLERI, 2012). Além disso, Por não apresentar
aluminato de cálcio, sua resistência inicial é menor que do MTA e do Biodentine® (GUVEN et al.,
2014).
Quanto a sua ação antimicrobiana, existem muitos resultados controversos, o que pode ser
resultado de poucos testes, sendo eles para diferentes tipos de microorganismos. No entanto, seu pH
apresenta-se próximo ao do MTA (WANG, 2015).
A análise de todos os materiais citados na literatura nos faz acreditar que devido ao grande
número disponível deles, bem como as diferenças no cenário em que as perfurações ocorrem, existe
uma indicação variada conforme a necessidade do caso, fatores envolvidos no prognóstico
(tamanho, localização, contaminação e tempo) e até mesmo a disponibilidade no momento da
ocorrência. Com raras exceções, vantagens significativas são encontradas na utilização do MTA e
outros materiais biocerâmicos advindos dele quando se trata de lesões infra-ósseas, isso se deve
principalmente ao fato de uma indução de neoformação tecidual associada ao vedamento efetivo e
sua alta biocompatibilidade. No entanto, é de extrema importância ressaltar que estes materiais
estão englobados em uma parte do tratamento, a vedação. Assim sendo, devida atenção deve ser
dada as outras etapas que o abrangem, sendo elas a de diagnóstico, localização e descontaminação,
para que a abordagem seja efetiva (MEIRELLES COGO et al., 2009; WANG, 2015).

14
3. AVALIAÇÃO DA BIOCOMPATIBILIDADE E CAPACIDADE DE SELAMENTO
DOS MATERIAIS

Devido à variedade de materiais recentes e específicos relatados na literatura para serem


usados em casos de perfurações, é possível encontrar um expressivo número de estudos que
debatem acerca das propriedades dos materiais, seu comportamento em determinado padrão de
reprodução e as visões dos autores acerca da sua utilização, conforme demonstrado no quadro 1.

15
QUADRO 1 – MATERIAIS UTILIZADOS NO TRATAMENTO DE PERFURAÇÕES
Material Propriedades a serem Modelo Amostra Tipo de teste Conclusões Estudo
avaliadas de (n) utilizado
Estudo
- ProRoot-MTA e - Biocompatibilidade - In - 48 -Análise - A maioria dos espécimes não Holland et al., 2001
Sealapex Vivo dentes histológica apresentou inflamação, além disso,
houve deposição de cemento sobre o
MTA

- ProRoot-MTA e - Selamento - In - 51 - Modelo de - Todos os materiais tiveram bons Weldon et al., 2002
Super-EBA Vitro dentes filtração de resultados no selamento das
fluídos perfurações
submetidos a uma
pressão de 20cm
H2O

- ProRoot-MTA e - Selamento - In - 46 - Infiltração de - As reparações feitas com MTA Daoudi; Saunders, 2002
Cimento Vitro dentes corante (tinta da vazaram significativamente menos que
ionômero de vidro índia) aquelas reparadas com vitrebond (p <
modificado por 0,001)
resina composta

- ProRoot-MTA - Biocompatibilidade - In - 30 - Cultivo celular - Através do comportamento de Balto, 2004


Vitro dentes células, como fibroblastos do
ligamento periodontal, é possível
avaliar a biocompatibilidade do
material utilizado

- ProRoot-MTA - Selamento - In - 40 - Modelo - A diferença entre os dois materiais Ferris; Baumgartner, 2004
(Cinza e branco) Vitro dentes anaeróbio de não foi estatisticamente significativa (p
infiltração = 0,6787)
bacteriana

- ProRoot-MTA, - Selamento - In - 50 - Modelo de - É possível compensar a instabilidade Hardy et al., 2004


One-Up Bond e Vitro dentes Filtragem de do MTA nas primeiras 24 horas
MTA com selo fluído operado à através da utilização de um selo (Continua)

16
secundário de pressão secundário, como One-Up. (Continuação)
SuperEBA ou fisiológica Bond ou Super-EBA. No entanto, com
One- Up Bond o passar do tempo, o selamento com
MTA sozinho ou com One-Up Bond
melhorou em comparação ao feito
somente com One-Up Bond ou com
selo de Super-EBA

- ProRoot-MTA e - Biocompatibilidade - In - - Cultivo celular - Os dois materiais apresentaram de Deus et al., 2005
Cimento de Vitro respostas semelhantes, sendo sua
Portland citotoxicidade evidente nas primeiras
horas, a qual diminuía gradualmente
com o tempo

- ProRoot- MTA - Selamento - In - 36 - Vazamento - Os dois materiais apresentaram de Deus et al., 2006
e Cimento de Vitro dentes bacteriano capacidade similar de selamento
Portland

- ProRoot-MTA, - Biocompatibilidade - In - 25 - Análise - De acordo com o estudo, os materiais Juárez Broon, 2006
MTA-Angelus e Vivo dentes histológica testados estimulam em algum grau a
Cimento Portland nova formação de cemento nos locais
branco (WPC) de perfuração em dentes de cães

- ProRoot-MTA - Biocompatibilidade - In - - Cultivo celular - Todos os materiais apresentaram Damas et al., 2011
MTA-Angelus, Vitro efeitos semelhantes
EndoSequence
Paste e Putty

- BioAggregate e - Biocompatibilidade - In - - Cultivo celular - Os dois materiais apresentaram Mukhtar, 2011


iRoot SP Vitro condições aceitáveis

- iRoot BP e - Biocompatibilidade - In - 36 - Cultivo celular - iRoot e MTA foram biocompatíveis e de Deus et al., 2012
ProRoot-MTA Vitro dentes não induziram efeito citotóxico crítico
(Continua)

17
(Continuação)

- MTA, - Biocompatibilidade - In - - Cultivo celular MTA, EndoSequence e Ultra Blend Hirchman, 2012
Endosequence, Vitro Plus apresentaram resultados
Dycal e Ultra semelhantes, sendo que apenas o
Blend Plus Dycal demonstrou citotoxicidade
significativa quando comparado ao
grupo controle

- Biodentine, - Biocompatibilidade - In - - Cultivo celular - Biodentine causou efeito semelhante Zhou et al., 2013
ProRoot-MTA e Vitro ao MTA
CIV

- ProRoot-MTA e - Biocompatibilidade - In - - Cultivo celular - Os materiais apresentaram respostas Perard et al., 2013
Biodentine Vitro semelhantes nas linhagens testadas,
sendo ambos indicados para o uso
recomendado pelo fabricante

- ProRoot-MTA e - Biocompatibilidade - In - 28 - Análise - Biodentine apresentou resultado Nowicka et al., 2013


Biodentine Vivo dentes histológica semelhante ao do MTA

- EndoSequence, - Selamento - In - 40 - Infiltração de - EndoSequence apresentou melhores Jeevani et al., 2014


MTA e Vitro dentes corante azul de resultados quando comparado aos
Biodentine metileno outros materiais
ortógrado e
retrógrado
seguido de
extração de
corante com ácido
nítrico a 65%

- ProRoot-MTA, - Biocompatibilidade - In - - Cultivo celular Os três materiais apresentaram efeitos Lee et al., 2014
Biodentine E Vitro na diferenciação de osteoblastos em
BioAggregate células tronco mesenquimais sugerindo
seu uso para preenchimento radicular

18
- Biodentine,
ProRoot-MTA E - Biocompatibilidade - In -15 ratos -Análise Biodentine foi considerado Mori et al., 2014
Óxido de Zinco E Vivo histológica biocompatível
Eugenol
FONTE: Adaptado de MEIRELLES COGO et al., 2009.

Através da comparação por meio de um grupo de estudos, como demonstrado no quadro 1, é possível perceber vantagens dos materiais específicos em detrimento
dos materiais inespecíficos de reparo de perfuração, como demonstrado por Daoudi e Saunders (2002).
Sendo ainda possível perceber pontuações positivas em relação ao Biodentine quando sua biocompatibilidade foi comparada com a do MTA (padrão ouro para o
selamento), como apontado por alguns estudos conduzidos no ano de 2013, assim como na comparação da capacidade de selamento do EndoSequence e MTA
conduzido por Damas e colaboradores no ano de 2011, demonstrando a relevância do desenvolvimento de tais matérias (ZHOU et al., 2013; PERARD et al., 2013;
NOWICKA et al., 2013).

19
CONSIDERÇÕES FINAIS

Dentro das limitações desta revisão de literatura, é possível chegar as seguintes conclusões:
 Muitos fatores interferem no prognóstico, sendo que o mais contornável é relativo ao
tempo. Sendo assim, quanto mais rápido a perfuração for diagnosticada e tratada,
melhores são as chances de não ocorrer contaminação e do tecido responder
positivamente ao tratamento.
 As perfurações de furca e região cervical são as de pior prognóstico devido a sua
proximidade com o epitélio gengival, o qual poderá migrar apicalmente levando a
formação de bolsa periodontal, tornando o tratamento ainda mais difícil e incômodo.
 Muitos materiais foram relatados para a finalidade de selamento do defeito, sendo
mais recente a indicação de materiais biocerâmicos na maioria dos casos de
perfurações radiculares devido as suas propriedades biológicas e físicas.
 Apesar da importância dos estudos que reproduzem biológica e fisicamente a ação
dos materiais utilizados para esta finalidade, é imprescindível que o operador tenha
conhecimentos adequados acerca da morfologia interna dos canais radiculares, bem
como de maneiras pelas quais poderá prevenir o acontecimento desta complicação,
seja durante a abertura, exploração, preparo ou obturação dos canais, já que a maior
parte delas apresenta etiologia iatrogênica.
 Por fim, ressalta-se que a utilização do material biocerâmico constitui apenas uma
das etapas do tratamento, sendo as outras consideradas tão importantes quanto a de
vedamento.

20
REFERÊNCIAS

ALHADAINY, H. A. Root perforations: a review of literature. Oral surgery, oral medicine, Oral
Pathology, v. 78, n. 3, p. 368-374, 1994.

American Association of Endodontists. Glossary of endodontic terms. 8th ed. Chicago: American
Association of Endodontists; 2012.

BAGATOLI, C. S. Propriedades fisico-quimicas de bioaggregate e biodentine: uma revisão da


literatura científica. Santa Catarina, 2018. 54 p. Monografia (Conclusão de Curso) Universidade
Federal de Santa Catarina, Santa Catarina, 2018.

BALTO, H. A. Attachment and morphological behavior of human periodontal ligament fibroblasts


to mineral trioxide aggregate: a scanning electron microscope study. Journal of Endodontics, v. 30,
n. 1, p. 25-29, 2004.

BIGGS, J. T.; BENENATI, F. W.; SABALA, C. L. Treatment of latrogenic root perforations with
associated osseous lesions. Journal of endodontics, v. 14, n. 12, p. 620-624, 1988.

CANDEIRO, G. T. M. Avaliação da radiopacidade, escoamento, pH e da liberação de íons cálcio


de um cimento endodôntico biocerâmico. São Paulo, 2012. 49 p. Tese (Doutorado em Ciências
Odontológicas – Área de Concentração Endodontia) Faculdade de Odontologia da Universidade de
São Paulo, São Paulo, 2013.

CARR, G. B. Retratamento In: COHEN, S,; BURNS, R.C. Caminhos da polpa. 7. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan; 1997. p. 747-790.

CENTENARO, W. L. A.; PALMA, L. Z. Relato do uso de MTA (trióxido mineral agregado) em


caso de perfuração radicular de dente permanente. Perspectiva, Erechim, v. 35, n. 129, p. 7-16,
2011.

CIASCA, M. et al. A comparison of the cytotoxicity and proinflammatory cytokine production of


EndoSequence root repair material and ProRoot mineral trioxide aggregate in human osteoblast cell
culture using reverse-transcriptase polymerase chain reaction. Journal of endodontics, v. 38, n. 4, p.
486-489, 2012.
21
MEIRELLES COGO, D. et al. Materiais utilizados no tratamento das perfurações endodônticas.
RSBO Revista Sul-Brasileira de Odontologia, v. 6, n. 2, 2009.

DA SILVA NETO, U. X.; DE MORAES, I. G. Capacidade seladora proporcionada por alguns


materiais quando utilizados em perfurações na região de furca de molares humanos extraídos.
Journal of Applied Oral Science, v. 11, n. 1, p. 27-33, 2003.

DAMAS, B. A. et al. Cytotoxicity comparison of mineral trioxide aggregates and EndoSequence


bioceramic root repair materials. Journal of endodontics, v. 37, n. 3, p. 372-375, 2011.

DAOUDI, M. F.; SAUNDERS, W. P. In vitro evaluation of furcal perforation repair using mineral
trioxide aggregate or resin modified glass ionomer cement with and without the use of the operating
microscope. Journal of endodontics, v. 28, n. 7, p. 512-515, 2002.

DE DEUS, G. et al. Cytocompatibility of the ready‐to‐use bioceramic putty repair cement iRoot BP
Plus with primary human osteoblasts. International endodontic journal, v. 45, n. 6, p. 508-513,
2012.

DE DEUS, G. et al. Cytotoxicity of MTA and Portland cement on human ECV 304 endothelial
cells. International endodontic journal, v. 38, n. 9, p. 604-609, 2005.

DE DEUS, G. et al. MTA versus Portland cement as repair material for furcal perforations: a
laboratory study using a polymicrobial leakage model. International Endodontic Journal, v. 39, n. 4,
p. 293-298, 2006.

DE MENEZES VALENTIM, R. et al. Revisão de literatura das propriedades físico-químicas e


biológicas de um cimento à base de silicato de cálcio. Revista Brasileira de Odontologia, v. 73, n. 3,
p. 237, 2016.

ESTRELA, C. et al. Root perforations: a review of diagnosis, prognosis and materials. Brazilian
oral research, v. 32, 2018.

FERRIS, D. M.; BAUMGARTNER, J. C. Perforation repair comparing two types of mineral


trioxide aggregate. Journal of endodontics, v. 30, n. 6, p. 422-424, 2004.

22
FRANK, A. L.; WEINE, F. S. Nonsurgical therapy for the perforative defect of internal resorption.
The Journal of the American Dental Association, v. 87, n. 4, p. 863-868, 1973.

FUSS, Z.; TROPE, M. Root perforations: classification and treatment choices based on prognostic
factors. Dental Traumatology, v. 12, n. 6, p. 255-264, 1996.

GRECH, L.; MALLIA, B.; CAMILLERI, J. Characterization of set Intermediate Restorative


Material, Biodentine, Bioaggregate and a prototype calcium silicate cement for use as root-end
filling materials. International Endodontic Journal, v. 46, n. 7, p.632-641, 2013.

GUVEN, Y. et al. X-ray diffraction analysis of MTA-Plus, MTA-Angelus and DiaRoot


BioAggregate. European Journal of Dentistry, v. 8, n. 2, p.211-215, 2014.

HARDY, I. et al. Sealing ability of One-Up Bond and MTA with and without a secondary seal as
furcation perforation repair materials. Journal of endodontics, v. 30, n. 9, p. 658-661, 2004.

HEGDE, M.; VARGHESE, L.; MALHOTRA, S. Tooth root perforation repair–A review. Oral
Health Dent Manage, v. 16, p. 1-4, 2017.

HIMEL, V. T.; BRADY, J.; WEIR, J. Evaluation of repair of mechanical perforations of the pulp
chamber floor using biodegradable tricalcium phosphate or calcium hydroxide. Journal of
Endodontics, v. 11, n. 4, p. 161-165, 1985.

HIRSCHMAN, W. R. et al. Cytotoxicity comparison of three current direct pulp-capping agents


with a new bioceramic root repair putty. Journal of Endodontics, v. 38, n. 3, p. 385-388, 2012.

HOLLAND, R. et al. Mineral trioxide aggregate repair of lateral root perforations. Journal of
endodontics, v. 27, n. 4, p. 281-284, 2001.

IMURA, N. et al. Sealing ability of composite resin placed over calcium hydroxide and calcium
sulphate plugs in the repair of furcation perforations in mandibular molars: a study in vitro.
International endodontic journal, v. 31, n. 2, p. 79-84, 1998.

23
JEEVANI, E. et al. Evaluation of sealing ability of MM-MTA, Endosequence, and biodentine as
furcation repair materials: UV spectrophotometric analysis. Journal of conservative dentistry: JCD,
v. 17, n. 4, p. 340, 2014.

JEW, R. C. K. et al. A histologic evaluation of periodontal tissues adjacent to root perforations


filled with Cavit. Oral Surgery, Oral Medicine, Oral Pathology and Oral Radiology, v. 54, n. 1, p.
124-135, 1982.

JITARU, S. et al. The use of bioceramics in endodontics-literature review. Clujul Medical, v. 89, n.
4, p. 470, 2016.

JUÁREZ BROON, N. et al. Healing of root perforations treated with Mineral Trioxide Aggregate
(MTA) and Portland cement. Journal of Applied Oral Science, v. 14, n. 5, p. 305-311, 2006.

KAKANI, A. K. et al. A review on perforation repair materials. Journal of clinical and diagnostic
research: JCDR, v. 9, n. 9, p. ZE09, 2015.

KEISER, K.; JOHNSON, C. C.; TIPTON, D. A. Cytotoxicity of mineral trioxide aggregate using
human periodontal ligament fibroblasts. Journal of Endodontics, v. 26, n. 5, p. 288-291, 2000.

LANTZ, B.; PERSSON, P. A. Experimental root perforation in dogs' teeth. A roentgen study.
Odontologisk revy, v. 16, n. 3, p. 238-257, 1965.

LEE, B. et al. Effects of 3 endodontic bioactive cements on osteogenic differentiation in


mesenchymal stem cells. Journal of endodontics, v. 40, n. 8, p. 1217-1222, 2014.

MA, J. et al. Biocompatibility of Two Novel Root Repair Materials. J Endod 2011; 37:793-8.
MAIN, C. et al. Repair of root perforations using mineral trioxide aggregate: a long-term study.
Journal of Endodontics, v. 30, n. 2, p. 80-83, 2004.

MORI, G. G. et al. Biocompatibility evaluation of biodentine in subcutaneous tissue of rats. Journal


of endodontics, v. 40, n. 9, p. 1485-1488, 2014.

24
MUKHTAR-FAYYAD, D. Cytocompatibility of new bioceramic-based materials on human
fibroblast cells (MRC-5). Oral Surgery, Oral Medicine, Oral Pathology, Oral Radiology, and
Endodontology, v. 112, n. 6, p. e137-e142, 2011.

NAMAZIKHAH, M. S. et al. The effect of pH on surface hardness and microstructure of mineral


trioxide aggregate. International endodontic journal, v. 41, n. 2, p. 108-116, 2008.

NASCIMENTO, M. G. M. V. do; MOURA, A. A. M. de; MOURA-NETTO, C. Comparação in


vitro do tratamento das perfurações de furca com agregado de trióxido mineral e amálgama de
prata. J. Health Sci. Inst, 2009.

NETO, S. et al. Root perforations treatment using mineral trioxide aggregate and Portland cements.
Acta cirurgica brasileira, v. 25, n. 6, p. 479-484, 2010.

NICHOLLS, E. Treatment of traumatic perforations of the pulp cavity. Oral Surgery, Oral
Medicine, Oral Pathology, v. 15, n. 5, p. 603-612, 1962.

NOWICKA, A. et al. Response of human dental pulp capped with biodentine and mineral trioxide
aggregate. Journal of endodontics, v. 39, n. 6, p. 743-747, 2013.

OCCHI, I. G. P. et al. Avaliação de sucesso e insucesso dos tratamentos endodônticos realizados na


clínica odontológica da UNIPAR. REVISTA UNINGÁ REVIEW, v. 8, n. 2, p. 11-11, 2017.

PÉRARD, M. et al. Spheroid model study comparing the biocompatibility of Biodentine and MTA.
Journal of Materials Science: Materials in Medicine, v. 24, n. 6, p. 1527-1534, 2013.

PEREIRA, M. V. et al. Capacidade seladora do agregado de trióxido mineral em perfurações de


furca após irrigação final com diferentes soluções. Rev Inst Ciênc Saúde, v. 27, n. 3, p. 269-72,
2009.

RAFTER, M. E. Evaluation of healing with use of an internal matrix to repair furcation perforations
in primate teeth. 1996. Tese de Doutorado. University of Illinois at Chicago.

25
SANTOS, R. B. d. Tratamento de perfurações radiculares com pasta de hidróxido de cálcio e
iodofórmio: influência da aplicação de curativo à base de corticóides; estudo histológico em dentes
de cão. 1983.

TANOMARU FILHO, M.; FALEIROS, F. C. B.; TANOMARU, J. M. G. Capacidade seladora de


materiais utilizados em perfurações radiculares laterais. Rev FOL, v. 14, p. 40-3, 2002.

TORABINEJAD, M. et al. Physical and chemical properties of a new root-end filling material.
Journal of endodontics, v. 21, n. 7, p. 349-353, 1995.

TORABINEJAD, M.; CHIVIAN, N. Clinical applications of mineral trioxide aggregate. Journal of


endodontics, v. 25, n. 3, p. 197-205, 1999.

TORABINEJAD, M.; WATSON, T. F.; FORD, T. R. P.. Sealing ability of a mineral trioxide
aggregate when used as a root end filling material. Journal of endodontics, v. 19, n. 12, p. 591-595,
1993.

TSESIS, I.; FUSS, Z. Diagnosis and treatment of accidental root perforations. Endodontic Topics,
v. 13, n. 1, p. 95-107, 2006.

WALTON, R. E., TORABINEJAD, M. Principles and practice of endodontics. Philadelphia: WB


Saunders, 1989:210.

WANG, Z. Bioceramic materials in endodontics. Endodontic Topics, v. 32, n. 1, p. 3-30, 2015.

WEISMAN, M. I. Treatment of an unusual perforation of an an- terior teeth. ORAL SURG ORAL
MED ORAL PATHOL 1959; 12:732-5.

WELDON JR, J. K. et al. Sealing ability of mineral trioxide aggregate and super-EBA when used as
furcation repair materials: a longitudinal study. Journal of Endodontics, v. 28, n. 6, p. 467-470,
2002.

ZHOU, H. et al. In vitro cytotoxicity evaluation of a novel root repair material. Journal of
endodontics, v. 39, n. 4, p. 478-483, 2013.

26

Vous aimerez peut-être aussi