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História da Educação II
Delane Lima
Essa síntese tem como objetivo descrever os aspectos históricos da educação no Brasil.
Veremos como a educação jesuítica que monopolizou a educação na colônia, a reforma pombalina,
as reformas educacionais de Dom João VI em solo brasileiro, bem como as reformas na educação
durante o primeiro e o segundo Império.
A história da educação no Brasil desde seu início no século XVI é marcada pelo descaso das
autoridades públicas frente à democratização de um sistema de ensino de qualidade. Em 1549, meio
século após o descobrimento do Brasil pelos portugueses desembarcaram na colônia os primeiros
padres da Companhia de Jesus que se destacavam na Europa no âmbito educacional. Em solo
brasileiro, os jesuítas fundaram escolas de instrução elementar e colégios para atender às
necessidades educacionais dos filhos dos colonos e transpor a didática europeia aos índios. Além
disso, as escolas jesuíticas também eram centros de evangelização dos povos indígenas, visando
levá-los ao cristianismo e à civilização. A educação brasileira colonial ficou majoritariamente ao
encargo dos padres jesuítas durante 210 anos, financiados pelo poder público e pelas rendas obtidas
nas propriedades da Companhia. A educação jesuítica era baseada no Ratio Studiorum, que reunia a
didática da Companhia de Jesus, baseada na Escolástica medieval. A educação jesuítica no Brasil
teve fim quando o Marquês de Pombal determinou a expulsão dos jesuítas de todas as colônias de
Portugal.
Em 1822, Dom Pedro I proclama a independência do Brasil e torna-se o primeiro imperador. Dois
anos depois, outorga, sob influência liberal, a primeira Constituição do Brasil, onde propunha
ensino primário para todos e a criação de escolas em todas as cidades, vilas e lugares populosos. Por
falta de professores qualificados e escolas, implantou-se o método Lancaster: um aluno instruído
ensinava uma turma composta por outros dez colegas. O método, que perdurou por quinze anos, foi
um fracasso. Apesar de várias propostas sobre a educação terem sido enviadas para a Assembleia,
nenhum foi concretizado, mostrando o descaso que impera na educação brasileira. Durante o
período da Regência, a educação foi descentralizada, ficando sob a responsabilidade das províncias.
Em 1835, é criada a primeira escola normal do país, em Niterói, o futuro Colégio Pedro II. Foram
criadas escolas técnicas para suprir a carência de profissionais qualificados. O sistema de ensino
continuou, durante todo o Período Imperial, reservado primordialmente à elite.
Conclusão
Essa síntese tem como objetivo descrever os aspectos históricos da educação no Brasil. Veremos um
resumo da Era Varga, Democratização, Redemocratização, Privatização e a educação na Pós
Modernidade.
O Estado Novo teve início no dia 10 de novembro de 1937, com um golpe liderado por Getúlio
Vargas, que passou a governar por meio de decretos-leis. Limitou-se o poder dos Estados. O
executivo federal tornou-se todo-poderoso. Uma ditadura foi instalada no país. A economia
permaneceu voltada basicamente para a agricultura, mas havia uma preocupação em acelerar a
industrialização do país. A questão social, passou a ser vista como uma questão política. Ao mesmo
tempo em que adotava uma legislação que atendia antigas reivindicações dos trabalhadores, o
governo passou a interferir na atividade sindical. Os sindicatos ficavam vinculados diretamente ao
Ministério do Trabalho. Diferentes forças militares e variados segmentos sociais haviam participado
da revolução. À medida que o governo Vargas adotou propostas mais centralizadoras e autoritárias,
setores mais liberais começaram a fazer oposição ao regime. O sistema educacional brasileiro até
1960 era centralizado e o modelo era seguido por todos os estados e municípios. Com a aprovação
da primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), em 1961, os órgãos estaduais e
municipais ganharam mais autonomia, diminuindo a centralização do MEC. Foram necessários
treze anos de debate (1948 a 1961) para a aprovação da primeira LDB. O ensino religioso
facultativo nas escolas públicas foi um dos pontos de maior disputa para a aprovação da lei. Até
hoje, essa contribuição continua sendo fonte de recursos para a educação básica brasileira. A
reforma universitária, em 1968, foi a grande LDB do ensino superior, assegurando autonomia
didático-científica, disciplinar administrativa e financeira às universidades. A reforma representou
um avanço na educação superior brasileira, ao instituir um modelo organizacional único para as
universidades públicas e privadas. A educação no Brasil, em 1971, se vê diante de uma nova LDB.
O ensino passa a ser obrigatório dos sete aos 14 anos.
No período de Redemocratização no Brasil, por um momento pudemos acreditar que por fim,
educação havia se tornado prioridade no país e que haveria boas ações para o melhoramento e
desenvolvimento da mesma. Não que este objetivo não pertencesse ao Estado, mas que
efetivamente haveria ação e mudanças concretas para a qualidade do ensino. Com um capítulo na
Constituição de 1946, prevíamos um grande avanço. Porém, as intensas atividades do Estado ao
longo do período, que vai de 1946 a 1964, marcaram as grandes mudanças que caracterizam um
diferencial na Educação Fundamental. De fato, diante de vários governantes, cada sucessor
expressava sua discordância do governo anterior e as promessas de mudanças não foram poucas.
Nesse período, construíram escolas nas zonas rurais e urbanas, porém, havia problemas na
educação. Kubitschek apontou alguns deles: o curto período de escolaridade, com o despreparo dos
professores, a falta de recursos e material didático e uma disparidade entre o currículo e a realidade
dos alunos. Jânio Quadros aponta também que é necessária a melhoria na educação, uma vez que
foram detectadas deficiências no ensino. No governo de João Goulart, se fomenta a qualidade da
educação, visando às crianças mais pobres. As dificuldades na implementação e os problemas que
havia nessa época no país, seguem sendo os mesmos até os dias de hoje. É evidente que hoje há
recursos financeiros, porém, há má administração e corrupção, a falta de organização e autonomia e
e incapacidade por parte dos municípios. As atividades do Estado foram conduzidas pelos seguintes
presidentes: Gaspar Dutra, Getúlio Vargas, João Café Filho, JK, João Goulart.
Período da Privatização
Nesta fase conhecida como Pós-modernismo, cujas características têm expressado intensas
transformações nas relações humanas, socioculturais, econômicas, políticas e tecnológicas.Podemos
afirmar que a partir da década de 1980, as relações se tornam mais econômicas, flexíveis e criativas,
se comparadas àquelas vivenciadas durante a modernidade. A sociedade humana passa a caminhar
por um período de intensas transformações e inovações, não somente no âmbito das tecnologias,
mas também, morais, socioculturais e econômicas, cujos efeitos e reflexos abalaram os tradicionais
modelos de convivência até então conhecidos. Assim sendo, tais transformações têm alterado as
formas de interação do homem com os seus semelhantes, com o meio ambiente, enfim, com todos
os aspectos essenciais à vida, induzindo-nos a uma existência temporária, imediatista, mas sem
grandes perspectivas para o futuro. Paralelamente à presença dessas multinacionais, têm ocorrido
também consideráveis investimentos na educação desses países subdesenvolvidos, assim como a
intervenção das grandes agências mundiais na construção dos modelos e dos sistemas de ensino a
serem adotados. Inserida nesse universo, a Educação, enquanto ciência capaz de formar cidadãos
conscientes e atuantes, tem se deparado com uma infinidade de questionamentos e desafios quanto
ao seu papel no momento atual. Portanto, a educação torna-se um produto destinado
especificamente àqueles que demonstrarem interesse e competência para adquiri-la, principalmente,
a ofertada nos níveis médio e superior.