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ESCADAS DE EMERGÊNCIA - BOCEL E QUINA

Eng.º Marcus Vinícius Fernandes Grossi


Fernandes & Grossi Engenheiros Associados Ltda., São Paulo, SP
marcus@fernandesgrossi.com.br

Existe um conflito de exigências quando aos requisitos de bocel e quina


de degraus de escadas entre as normas técnicas NBR 9077 e NBR 9050, e a
instrução técnica do corpo de bombeiros.

Figura 1 – Altura e largura de degraus (com e sem bocel)


Fonte: O Autor

Segundo a NBR 9077 (ABNT, 2001, grifo nosso) em seu item 4.7.3
Dimensionamento de degraus e patamares, subitem 4.7.3.1, cita:
Os degraus devem:[...] alínea e) ter bocel (nariz)
de 1,5 cm, no mínimo, ou, quando este inexistir,
balanço da quina o degrau sobre o imediatamente
inferior com este mesmo valor mínimo (ver Figura
4).

O que é no mínimo estranho, pois determinar um valor mínimo, deixa


margem a fazer um bocel ou quina que gerem um "tropeço" para que sobe a
escada.

Figura 4 – Altura e largura do degrau (escada com e sem bocel).


Fonte: NBR 9077 (ABNT, 2001)

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Na instrução técnica nº 11 (CORPO DE BOMBEIROS SP, 2004, grifo
nosso) em seu item 5.7.3 Dimensionamento de degraus e patamares, subitem
5.7.3.1, cita:
Os degraus devem: [...] alínea e) ter bocel (nariz)
de 1,5 cm, no mínimo, ou, quando este inexistir,
balanço da quina do degrau sobre o
imediatamente inferior com este mesmo valor
mínimo (ver figura 4).

Sendo o texto e a figura idênticas aos da NBR 9077 (ABNT, 2001).

Figura 04 – Altura e Largura do degrau (escada com e em bocel)


Fonte: NBR 9077 (CORPO DE BOMBEIROS SP, 2004)

Já segundo a NBR 9050 (ABNT, 2004, grifo nosso) em seu item 6.6.1
Características dos pisos e espelhos, cita:
Nas rotas acessíveis não devem ser utilizados
degraus e escadas fixas com espelhos vazados.
Quando for utilizado bocel ou espelho inclinado,
a projeção da aresta pode avançar no máximo
1,5 cm sobre o piso abaixo, conforme figura 83.

Agora o texto parece mais plausível e adequado, porém a imagem,


mantém-se a mesma da NBR 9070 (ABNT, 2001), indicando que o bocel e
quina devem ter valo maior ou igual a 1,5cm.

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Figura 83 — Altura e largura do degrau
Fonte: NBR 9050 (ABNT, 2004)

Na instrução técnica nº 11 (CORPO DE BOMBEIROS SP, 2015, grifo


nosso), que está em consulta nacional, em seu item 5.7.3 Dimensionamento de
degraus e patamares, subitem 5.7.3.1, cita:
Os degraus devem: [...] alínea e). ter balanço da
quina do degrau sobre o imediatamente inferior
com o valor máximo de 1,5 cm (ver Figura 4);
alínea f) quando possuir bocel (nariz), deve ter no
máximo 1,5 cm da quina do degrau sobre o
imediatamente inferior (ver Figura 4).

Figura 4 - Altura e largura dos degraus


Fonte: IT Nº 11 (CORPO DE BOMBEIROS SP, 2015)

Ocorrendo o mesmo que na NBR 9050 (ABNT, 2004) o texto parece


mais plausível e adequado, porém a imagem, mantém-se da versão anterior,
indicando que o bocel e quina devem ter valo maior ou igual a 1,5cm.
Para tentar achar uma referência normativa confiável, e não deixar o
assunto na esfera do bom senso, a versão recente da NBR 9050 (ABNT, 2015,
grifo nosso) que em seu item 6.7 Degraus e escadas fixas em rotas
acessíveis, subitem 6.7.1 Características dos pisos e espelhos, cita:
Nas rotas acessíveis não podem ser utilizados
degraus e escadas fixas com espelhos vazados.
Quando houver bocel ou espelho inclinado, a

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projeção da aresta pode avançar no máximo
1,5cm sobre o piso abaixo, conforme Figura 74.

Mantendo o texto um texto aproximado a versão 2004, mas que agora


corrige a imagem, conforme abaixo.

Figura 74 – Altura e largura do degrau


Fonte: NBR 9050 (ABNT, 2015)

CONCLUSÃO

Analisando as referências normativas acima, mesmo uma tendo o foco


na segurança no combate a incêndio e a outra com foco na acessibilidade,
ambas visam a segurança dos usuários ao utilizar as escadas (em caso de
incêndio ou não).
Ponderando sobre o aspecto evolutivo das normas técnicas, que visam
sempre aperfeiçoar as normas antigas, corrigindo erros e adaptando a
realidade atual. Como não temos a revisão da NBR 9077 (ABNT, 2001) e a
revisão final da IT Nº (CORPO DE BOMBEIROS SP, 2015), podemos tomar
como base a NBR 9050 (ABNT, 2015) que não alterou o texto da dimensão
máxima do bocel e quina de 1,5cm e corrigiu a figura da escada que mostrava
o bocel e a quina como devendo ser "≥ 1,5cm".
Por tanto, a opção mais correta diante os fatos seria o uso de quinas e
bocéis com dimensão máxima de 1,5cm.

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REFERÊNCIAS

1. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9077: Saídas


de emergência em edifícios. Rio de Janeiro, 2001.
2. ___. NBR 9050: Acessibilidade a Edificações Mobiliário, Espaços e
Equipamentos Urbanos. Rio de Janeiro, 2004.
3. ___. NBR 9050: Acessibilidade a Edificações Mobiliário, Espaços e
Equipamentos Urbanos. Rio de Janeiro, 2015.
4. POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO - CORPO DE
BOMBEIROS. Instrução Técnica nº 11: Saídas de emergência. São Paulo,
2004.
5. POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO - CORPO DE
BOMBEIROS. Consulta nacional da Instrução Técnica nº 11: Saídas de
emergência. São Paulo, 2015.

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