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Capı́tulo 2
Exercı́cio 2.1: Seja x = (x1 , · · · , xn ) ∈ Rn . Mostre que cada uma das expressões
abaixo define uma norma em Rn .
n
X
kxk1 = |xi |, kxk∞ = max{|x1 |, · · · , |xn |}.
i=1
p − 1 p−2 1
ϕ′ (λ) = λ kxkpp − 2 kykqq ,
p qλ
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temos ϕ′ (λ) = 0 se e somente se
p kykqq
λp = .
q(p − 1) kxkpp
q/p
kykq
λ0 = (2.2)
kxkp
Por outro lado, kxk∞ = |xi0 | para algum i0 ∈ {1, 2, . . . , n}, o que implica
Como
lim n1/p = 1,
p→+∞
Portanto,
m1 m2 kxkα ≤ kxkγ ≤ M2 M1 kxkα , ∀x ∈ V.
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Exercı́cio 2.5: Sejam p1 , p2 ∈ [1, ∞]. Mostre que as normas k kp1 e k kp2 de Rn são
equivalentes.
Solução: Vimos no Exercı́cio 2.3 que, qualquer que seja p ∈ [1, +∞), as normas k kp
e k k∞ são equivalentes (veja (2.5)). Portanto,
k kp1 ∼ k k∞ e k k∞ ∼ k kp2 .
k kp1 ∼ k kp2 .
Exercı́cio 2.7: Mostre que as normas definidas em C [0, 1]; R por
Z 1
kf k1 = |f (x)| dx, kf k∞ = max |f (x)| ; x ∈ [0, 1]
0
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Se as normas fossem equivalentes, existiria M > 0 tal que
kf k∞ ≤ M kf k1 , ∀f ∈ C [0, 1]; R . (2.6)
Consideremos fk (x) = xk , k ∈ N. É fácil ver que kfk k∞ = 1 e kfk k1 = 1/(k + 1) para
todo k. Portanto a desigualdade em (2.6) daria
M
1≤ , ∀k ∈ N,
k+1
o que é impossı́vel. Portanto, não existe tal M > 0 e consequentemente, as normas não
são equivalentes.
Exercı́cio 2.8:
a) Seja A matriz n × n positiva-definida (isto é, hAx : xi > 0, ∀x ∈ Rn , x 6= 0) e
simétrica (isto é, hAx : yi = hx : Ayi, ∀x,
p y ∈ Rn ), onde h:i denota o produto
escalar usual de Rn . Mostre que kxkA = hAx : xi é uma norma em Rn .
b) Seja B matriz
p n × n positiva-definida (não necessariamente simétrica). Mostre que
kxkB = hBx : xi é uma norma em Rn .
c) Sejam p
A e B matrizes simétricas e positivas tais que AB = BA. Mostre que
kxk = hAx : Bxi é uma norma em Rn .
Solução: (a) Temos, por hipótese, A simétrica e hAx : xi > 0 para todo x ∈ Rn ,
x 6= 0. Portanto, kxkA > 0 para todo x 6= 0 e, obviamente, k0kA = 0. Além disso,
kλxk2A = hλAx : λxi = λ2 hAx : xi2 , o que implica
kλxkA = |λ|kxkA .
Para verificar a desigualdade triangular, observe que |hAx : yi| ≤ kxkA kykA (desigual-
dade de Cauchy-Schwarz). De fato,
0 ≤ kx + τ yk2A = kxk2A + 2τ hAx : yi + τ 2 kyk2A , ∀τ ∈ R,
o que implica que o discriminante do trinômio do segundo grau
τ 7→ τ 2 kyk2A + 2τ hAx : yi + kxk2A
é negativo ou nulo, isto é,
4hAx : yi2 − 4kyk2A kxk2A ≤ 0. (2.7)
A desigualdade de Cauchy-Schwarz se obtém após extrair a raı́z em (2.7).
Assim,
kx + yk2A = kxk2A + 2hAx : yi + kyk2A
≤ kxk2A + 2kxkA kykA + kyk2A
2
≤ (kxkA + kykA )
e temos a conclusão.
Observação (para o estudante menos atento): a aplicação (x, y) 7→ hAx : yi define um
produto interno em Rn e o argumento acima é o usual na demonstração de que todo
produto interno gera uma norma.
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(b) Temos, por hipótese, hBx : xi > 0 para todo x ∈ Rn , x 6= 0. Considere a matriz
simétrica
1
A = (B + B T )
2
Afirmativa: hBx : xi = hAx : xi para todo x ∈ Rn .
Observe que se for verdadeira a afirmativa, a prova de que k kB é uma norma se reduz
ao caso anterior. Para provar a afirmativa, sejam bij , i, j = 1, . . . , N , os coeficientes da
matriz B, isto é,
b11 b12 · · · b1n
b21 b22 · · · B2n
B= ... .. .. ..
. . .
bn1 bn2 · · · bnn
Os coeficientes da matriz A são da forma
bii se i = j,
aij =
(bij + bji )/2 senão.
Então
X X X bij + bji
hBx : xi = bij xj xi = bii x2i + xi xj = hAx : xi.
i,j i
2
i6=j
Observação (ao estudante menos atento): Para que a afirmativa acima não pareça à
primeira vista mais artificiosa do que realmente é, considere o seguinte exemplo em R2 :
6 3
B=
1 5
A forma quadrática associada a B é hBx : xi = 6x21 +4x1 x2 +5x22 , que podemos escrever
na forma
6 2 x1 1
(x1 , x2 ) · = h (B + B T )x : xi.
2 5 x2 2
Observação (para o estudante mais atento): Dê um exemplo que mostre que a hipótese
AB = BA é essencial.
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Exercı́cio 2.9: Considere V = Mm×n o espaço vetorial das matrizes de ordem m × n.
Para A, B ∈ V , seja
A : B := tr(AT B),
Como Ci : Mm×n → Rm é linear, as propriedades (i) e (ii) da Definição 2.5 são herdadas
diretamente do produto interno usual de Rm . Por outro lado, se A 6= 0, então Ci (A) 6= 0
para algum 1 ≤ i ≤ n e
Xn
hA : Ai = kCi (A)k22 > 0.
i=1
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Exercı́cio 2.10: Para cada k ∈ N seja fk : [0, 1] → R, fk (x) := xn . Mostre que o
conjunto X := f1 , f2 , f3 , . . . é linearmente independente e conclua que C [0, 1]; R
tem dimensão infinita.
Solução: Consideremos uma combinação linear (finita) nula de elementos de X , isto é,
α1 fk1 + · · · + αm fkm = 0. Sem perda de generalidade, podemos supor que k1 < k2 <
· · · < km . Então
Vamos supor por um momento que, para qualquer que seja g: X → R, vale a desigual-
dade
sup |g(x)| − inf |g(x)| ≤ sup g(x) − inf g(x). (2.9)
x∈X x∈X x∈X x∈X
Então
α2 = (sup kf (x)k2 )2 = sup kf (x)k22 = sup(|f1 (x)|2 + · · · + |fn (x)|2 )
≤ a21 + · · · + a2n
(2.10)
β 2 = (inf kf (x)k2 )2 = inf kf (x)k22 = inf(|f1 (x)|2 + · · · + |fn (x)|2 )
≥ b21 + · · · + b2n
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De (2.10) temos
α2 − β 2 ≤ (a21 − b21 ) + · · · + (a2n − b2n ).
a1 + b1 an + bn
α − β ≤ (a1 − b1 ) + · · · + (an − bn ) .
α+β α+β
α − β ≤ (a1 − b1 ) + · · · + (an − bn ),
Então existe ε0 > 0 tal que sup g − inf g + ε0 < sup |g| − inf |g|. Em particular,
Fixemos x ∈ X arbitrário. Então inf g > g(x) + ε0 + inf |g| − sup |g|, de modo que
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