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Capítulo Página
2. A junta parafusada.........................................................4
4. Efeito da lubrificação.....................................................7
6. Tipos de juntas..............................................................10
8. Métodos de medição.....................................................12
9. O processo de aperto....................................................14
12. Certificação.................................................................16
Resumo ..............................................................................25
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Guia de bolso – Tecnologia
de aperto
2. A junta parafusada
4 G U I A D E B O L S O – T E C N O LO G I A D E A P E RTO
Carga de tensão
Força de união
Carga de cisalh
Carga de tensão
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Além das diferenças de dimensão, os padrões
UN e M apresentam diferentes ângulos e pro-
fundidades de rosca. Os dois padrões incluem
especificações separadas para roscas finas. O
padrão UN para rosca fina – UNF - é bastan-
te similar ao tipo UNC normal.
Passo =
mm/rotação
3. Força de União
Em geral, é desejável que o parafuso seja a parte mais fraca
da junta. Um parafuso super-dimensionado torna o produto
mais pesado e desnecessariamente caro. Como um parafuso
padrão é em geral comparativamente barato, é preferível que
o parafuso seja a primeira parte a quebrar.
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Entretanto, apenas cerca de 10% do torque aplicado é trans-
ferido para a força de união. O restante da força de aperto é
consumida no atrito da junta parafusada – 40% do torque
para superar o atrito na rosca e 50% no atrito sob a cabeça
do parafuso.
4. Efeito da lubrificação
Se um parafuso for lubrificado, o atrito nas roscas e sob a
cabeça é reduzido e a relação entre o torque de aperto e a
força de união é alterada. Se o mesmo torque for aplicado
antes da lubrificação, uma parte muito maior do torque
será transformada em força de união. Na pior hipótese,
isso poderia causar uma tensão no parafuso que excederia a
força de tensão ideal, consequentemente, levando à quebra
do parafuso.
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5. Classificação da
qualidade do parafuso
Quando um parafuso é apertado e a força de união começa
aumentar, o material do parafuso é tensionado. Após um
curto tempo, sob a tensão da rosca, o material irá esticar na
proporção da força. Em princípio, esse alongamento conti-
nuará até que a tensão no parafuso seja igual à força de
tensão à qual o parafuso irá quebrar. Entretanto, visto que o
alongamento é proporcional à tensão, o parafuso recuperará
seu comprimento original quando a carga for removida. Isso
é conhecido como a área elástica.
Tens ão
Deslocamento angular
Para uma força de união muito precisa, esta área é por vezes
deliberadamente especificada para o processo de aperto. Se a
área plástica for ultrapassada, ocorre a quebra.
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PARAFUSOS COM ROSCA M étrica
Torque de aperto Nm, de acordo com ISO 898/1
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Exemplo de designação
de parafuso.
6. Tipos de juntas
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7. Torque e ângulo
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8. M étodos de medição
Quando se sabe as especificações de aperto para uma junta
parafusada, a pergunta óbvia é: como saber se a junta foi
adequadamente apertada?
As medições do torque são feitas de acordo com um de dois
princípios básicos – medição estática ou medição dinâmica.
Medição estática significa que o torque de aperto é verifica-
do após o processo de aperto ter sido concluído.
A medição é geralmente realizada manualmente com um tor-
químetro que pode ser uma escala que mede a carga sobre
uma mola ou um instrumento ativado por um transdutor
eletrônico (célula de carga-aferidor de tensão [strain gauge]).
Um método muito comum de verificação do torque de aperto
é usar um torquímetro de estalo equipado com uma embrea-
gem que pode ser pré-ajustada a um torque específico. Se o
torque for maior do que o valor de torque pré-estabelecido, a
embreagem irá soltar-se com um estalo. Se o torque for
menor, o aumento do torque final é possível até que a
embreagem estale. Aperto excessivo não pode ser detectado
com o torquímetro de estalo.
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A medição dinâmica é feita seja diretamente pela medição
com um transdutor de torque incorporado ou externo in-line,
ou indiretamente pela medição da corrente de algumas para-
fusadeiras e apertadeiras elétricas sofisticadas. Nos dois
casos, a medição do torque é possível apenas quando as
ferramentas têm transmissão de torque direta, ou seja, não
uma força de pulsação, como é o caso com chaves de impac-
to e apertadeiras de impulso.
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10. Mean shift
A razão fundamental para usar uma ferramenta no aperto de
uma junta parafusada é reduzir o tempo do processo dentro da
capacidade do operador e dos requisitos de qualidade.
Portanto, uma alta velocidade rotacional da ferramenta é de
interesse fundamental.
A maioria das ferramentas de montagem são acionadas por um
motor que fornece uma alta velocidade durante o encosto do
parafuso, quando a resistência é baixa, e vai reduzindo a
rotação à medida que o torque aumenta. Em juntas rígidas oco-
rre uma parada quase que imediata da velocidade máxima livre
até o stall ou shut-off. Entretanto, devido à inércia de todas as
peças rotativas, há bastante energia dinâmica armazenada na
ferramenta, no soquete ou bit e no próprio parafuso. A energia
deve ser descarregada de algum modo e a maior parte dela é
fornecida à junta na forma de acréscimo de torque, o chamado
“overshoot”.
Torque
Overshoot
Mean shift
Alvo
Rígida
Flexível
12. Certificação
O ISO 5393 representa uma plataforma comum para fabricantes e
usuários de ferramentas de montagem avaliarem o desempenho das
ferramentas de montagem. Muitos fabricantes de carros têm seus
próprios programas de qualidade baseados nesse padrão de
medição. Esses programas envolvem a categoria assim como a
classificação de qualidade das ferramentas disponíveis no merca-
do. Geralmente, o desempenho de uma ferramenta, tanto nova
como após um certo tempo de operação, deve ser verificado antes
da ferramenta ser aceita para uso pelas plantas de montagem do
fabricante em todo o mundo.
O mais extenso programa de certificação é o da Ford Motor Co.
Em princípio, é baseado em uma classificação de todas as juntas
de um carro, nas classes relevantes de ferramentas no que se refere
aos requisitos de torque. As ferramentas são testadas de acordo
com esses requisitos, do torque máximo ao mínimo em cada clas-
se, de acordo com o procedimento de teste ISO 5393. Para ser
aprovada, cada ferramenta deve atender os requisitos de precisão
tanto nova como após 250.000 ciclos e para certificação de ferra-
menta preferida, após 500.000 ciclos sem reparos importantes e
dentro da mesma especificação de tolerância.
Outros fabricantes de carros têm programas similares. A maioria
deles usa o ISO 5393 como o método de teste, mas a exigência
pode variar.
Os testes para desempenho da ferramenta são basicamente desen-
volvidos pelo fabricantes de carros, mas o fabricante da ferramenta
pode ser autorizado pelo usuário a realizar o teste prático.
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13. Erros em apertos
O objetivo do monitoramento do torque de aperto é assegurar
que a força de união tenha sido alcançada. Entretanto, o torque
de aperto isoladamente não constitui 100% de garantia de que
a força de união é suficiente para a carga para a qual a junta
foi projetada. Existem diversos erros que podem ocorrer e
resultar em pré-tensão inadequada no parafuso, apesar do
torque de aperto correto.
16. Relaxamento
Todas as juntas assentam após o aperto. Isso significa que
após um curto tempo, menos de 30 milisegundos, a força de
união na junta é menor do que era quando o aperto terminou.
Para juntas que incluem componentes elásticos, tais como
arruelas, esse relaxamento pode ser considerável e um teste de
torque subseqüente pode mostrar que o torque é apenas uma
fração da especificação pretendida. O relaxamento é geralmen-
te superado pelo aperto em dois estágios. Uma ferramenta de
impulso ou uma chave de impacto poderia também ser uma
solução prática, visto que o acionamento por pulsos permite o
relaxamento da junta entre os pulsos ou impactos.
Relaxamento
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17. Prevailing torque
Algumas juntas, tais como aquelas desenhadas para pre-loa-
ding de rolamentos axiais, nos quais o desgaste poderia, com
o tempo, reduzir a pré-tensão necessária para manter o atrito
entre o parafuso e a porca, apresentam um elemento elástico
na rosca que evita o afrouxamento da junta. Naturalmente,
esse elemento de atrito também aumenta a resistência ao giro
do parafuso durante o aperto e o run-down. Uma ferramenta
de controle de torque poderia desligar automaticamente muito
prematuramente, uma vez que o dispositivo de controle não
pode identificar a diferença entre o torque prevailing e o
torque de aperto. A solução é um dispositivo que identifica
mecanicamente quando o aumento do torque inicia ou pela
análise eletrônica do processo de aperto.
Torque
Compensação
do prevailing
Torque-alvo torque
Prevailing
torque
Angulo/
tempo
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transferida de volta para o operador é muito pequena, o que
torna a chave de impacto muito flexível e simples de usar.
As desvantagens são o nível de ruído comparativamente alto
da chave de impacto e a dificuldade de medir o torque apli-
cado e, consequentemente, também a possibilidade limitada
de alcançar controle de torque preciso.
Consequentemente, a chave de impacto é a ferramenta ideal
para o desaperto de parafusos de rosca enferrujados e empe-
rrados no trabalho de manutenção em indústrias químicas,
refinarias e outras indústrias pesadas. Elas são também ade-
quadas para uma variedade de aplicações que não requerem o
mais alto grau de precisão.
Ferramentas de impulso
A ferramenta de impulso hidráulico tem todas as vantagens
da chave de impacto, ou seja, alta velocidade e potência em
uma ferramenta leve e portátil sem forças de reação e nenhu-
ma das desvantagens, exceto a dificuldade de monitoramento
dinâmico do torque aplicado.
Nas ferramentas de impulso, o torque é desenvolvido, não
através do golpe metal com metal, mas através de um
colchão hidráulico. Isso propicia baixo nível de ruído, um
mínimo de vibração e, principalmente, boa precisão no aper-
to. Isso é alcançado através do controle da pressão hidráulica
no mecanismo de impulso que limita o torque aplicado assim
que o valor pré-estabelecido é alcançado.
A conveniência, a velocidade, os baixos níveis de ruído e de
vibração e a precisão do torque tornaram a ferramenta de
impulso muito popular na indústria de produção, incluindo a
indústria automobilística. A limitação ocorre em aplicações
que requerem documentação dos valores de torque aplicados.
Princípio das ferramentas
de impulso.
Torque
Princípio do desenvolvimento
do torque em ferramentas
de impulso.
Tempo
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Parafusadeiras e apertadeiras pneum
áticas
As ferramentas pneumáticas de acionamento direto para
aperto de parafusos variam desde pequenas parafusadeiras,
para parafusos até M6 (1/4”) até apertadeiras de alto torque
para torque de aperto de vários milhares de Nm. Nesse tipo
de ferramenta, o alto toque obtido no eixo impulsor provém
da transformação da potência do motor de alta velocidade
em baixa velocidade através de engrenagens
planetárias.(favor falar com Romeu)
Parafusadeiras
O termo parafusadeiras define as ferramentas usadas para os
menores parafusos nos quais o torque de aperto requerido é
baixo o suficiente para permitir que o torque de reação
desenvolvido durante o aperto seja suportado pelo operador
apenas segurando a ferramenta. Na prática, isso limita a
faixa a uma capacidade entre 4 e 12 Nm (M5-M6), depen-
dendo do tipo de ferramenta, do tipo de junta e da posição
de operação.
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Guia de recomendação
Ferramentas pneum áticas Aplica ções nas quais a contagem de para fusos
com relat órios adequadamente apertados em uma junta é essen-
cial para o controle de qualidade do produto.
Eixos fixos Aplica ções nas quais bra ços articulados s ão usa-
dos para suportar o torque de rea ção para aperto
com eixos m últiplos e para sistemas autom áti-
cos. Acionado a ar comprimido ou eletricidade,
de acordo com o controle de processo requerido.