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Curso – FEM Básico

CURSO DE ELEMENTOS
FINITOS
Módulo Básico

THE INFORMATION CONTAINED HEREIN IS THE PROPERTY OF EMBRAER S.A. AND IT SHALL NOT BE COPIED OR USED WITHOUT EMBRAER’S WRITTEN CONSENT.
Curso – FEM Básico

SUMÁRIO
1. Introdução
2. Álgebra Matricial
3. Princípios do Método de Elementos Finitos
4. Elementos de Barra
5. Elementos de Viga
6. Análise Estrutural – Métodos / Elementos
7. Programa de Computador de Elementos Finitos
8. Considerações Finais

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1. Introdução
• O MÉTODO DE ELEMENTOS FINITOS possui uma história recente, que foi
impulsionada pelo avanço no campo computacional nas últimas décadas. Nas
décadas de 50 e 60 apenas as grandes empresas do ramo aero-espacial
possuíam programas de FEM*.
• O marco inicial desse método um artigo escrito por Turner e outros autores em
1956, onde o nome ELEMENTOS FINITOS foi atribuído ao método. Turner
trabalhava para a Boeing na época.
• Na realidade a teoria por trás do FEM se deve a um matemático chamado
Courant,
Courant que a descreveu em um artigo em 1943, mas durante mais de 10
anos essa teoria não foi utilizada pela simples falta de ferramentas
computacionais que a atendessem.

_________________________________
* FEM: “Finite Element Method”

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• A teoria por trás do MÉTODO DE ELEMENTOS FINITOS envolve a


resolução de problemas de engenharia a partir da derivação de equações
diferenciais que relacionam as variáveis de interesse.

• Os princípios e conceitos utilizados para descrever o problema de


engenharia em questão são muitas vezes conhecidos:
– Leis de Newton (relação entre força e massa, inércia etc.)
– Energia Potencial
– Energia de Deformação
– Lei da Conservação da Energia
– Princípio do Trabalho Virtual
– Leis da Termodinâmica
– Lei da Conservação da Massa
– Equações de Maxwell etc.

• No MÉTODO DE ELEMENTOS FINITOS é natural a resolução dos sistemas


de equações de forma matricial. O termo “MATRIZ” foi mencionado pela
primeira vez em 1965 (numa conferência da Força Aérea Americana), pois
antes disso na prática não havia motivos para sua utilização.

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• A essência do MÉTODO DE ELEMENTOS FINITOS está em contornar a


dificuldade de resolver um problema matemático que envolve geometrias
complexas (por exemplo, a análise estrutural de um avião) em um problema
algébrico, onde as mesmas equações complexas serão resolvidas, mas desta
vez para pequenos elementos de geometria simples (quadrados, triângulos,
barras, vigas etc.)
• Dessa forma:
– especialistas se encarregam de formular os elementos finitos corretamente;
– computadores serão utilizados para montar e resolver milhares e milhares de
equações que caracterizam o problema global;
– o engenheiro pode se concentrar no objetivo de sua análise, especificando as
cargas e condições de contorno (restrições) e obtendo as respostas que de outra
forma exigiriam a construção de protótipos em escala real.

• As vantagens de uma análise através do FEM são evidentes. Grandes


fabricantes do ramo aeronáutico, ao fabricarem aeronaves de grande porte,
não poderiam esperar que o protótipo estivesse pronto para só depois
verificar a sua integridade estrutural. Com resultados prévios de análises é
possível mudar carregamentos, materiais e geometria, verificando os
resultados através de uma nova análise com o computador.

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PROCESSO DE ANÁLISE COM O MÉTODO DE ELEMENTOS FINITOS


PROBLEMA FÍSICO Mudança da
configuração
física
MODELAGEM MATEMÁTICA
Assume-se:
- Geometria
- Propriedades do material Melhoria do
- Carregamento modelo
- Condições de contorno matemático

SOLUÇÃO - ELEMENTOS FINITOS Refinamento de


Escolhe-se: malha, mudança de
- Tipo de elemento parâmetros etc.
- Densidade da malha
- Parâmetros p/ a solução
Representa-se: Verificação da
- Carregamento precisão na
- Condições de contorno, etc. solução

Interpretação dos Resultados

Melhorias de projeto
Otimização estrutural

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A solução da análise deverá fornecer uma idéia do problema físico. É


impossível predizer a resposta desse problema de forma exata,
mesmo que o modelo utilizado seja o mais “refinado” possível.

Um modelo matemático “ideal” em termos de representação do


problema físico muitas vezes deveria ser 3D e envolver eventuais não-
linearidades. O modelo “real” definido pelo usuário deve ser:

• Efetivo: representa o problema com o grau de precisão necessário e a


baixo custo (tempo & dinheiro);

• Confiável: quando se sabe (através da experiência, validação teórica


ou experimental) que a utilização do modelo matemático escolhido
implicará em resultados com o grau de precisão desejado.

O exemplo que segue (Ref.: Bathe,K.J.,Finite Element Procedures)


procura ilustrar esse conceito.

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DESCRIÇÃO DO PROBLEMA – MODELOS PROPOSTOS

MODELO FÍSICO MODELO COM VIGA


r N = 0.5 cm W = 1000 N
Parafusos de
fixação Espessura
uniforme t x h = 6 cm
A Pino

delta

h L + r N = 28 cm

rN L
A W MODELO EM TENSÃO PLANA
Deslocamento = 0
Coluna de aço Tnn n
muito espessa t
Tnt

W = 1000 N
L = 27.5 cm
DIMENSÕES: r N = 0.5 cm
2 W
E = 2xE7 N/cm
Furo
v = 0.3
h = 6.0 cm
t = 4.0 cm

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Conhecido o problema, deve-se partir para o modelo matemático. A escolha do


modelo adequado dependerá:
– do fenômeno que deve ser descrito
– das propriedades do material
– do carregamento
– das condições de fixação

Sabe-se que o carregamento é aplicado muito lentamente. Essa condição é


transcrita por meio de uma análise estática.

Em uma análise preliminar, assume-se que o objetivo seja conhecer o


momento fletor na seção AA e a deflexão na região de aplicação da força W.
Baseando-se no MODELO DE VIGA:

M = WL = 27500⋅ N .cm Onde: E = módulo de elasticidade


G = módulo de cisalhamento
1 W ( L + rN ) W ( L + rN )
3
δ= + = 0.053cm I = momento de inércia
3 EI 5 6 AG A = área da seção

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A fim de verificar se o modelo anterior é confiável e efetivo, foi feito


também um modelo 2D (MODELO EM TENSÃO PLANA) elástico. A
solução analítica para esse modelo não está disponível, de forma que
o mesmo foi calculado numericamente (FEM). Os resultados para esse
modelo foram os seguintes:
M = 27500 N.cm
δ = 0.064 cm
Comparando os resultados e assumindo que o modelo de tensão plana
é uma boa referência, conclui-se que:

O MODELO DE VIGA É CONFIÁVEL SE O MOMENTO FLETOR PODE


SER CALCULADO COM 1% DE ERRO E A DEFLEXÃO COM 20% DE
ERRO.

Naturalmente o modelo de viga é efetivo, pois o cálculo foi feito à mão


sem exigir quase nenhum esforço.

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Ainda com respeito ao exemplo demonstrado:

• Um modelo matemático muito preciso deveria ser 3D, deveria incluir a


influência dos parafusos, teria condições de contato entre a peça e os parafusos
de fixação e entre o pino onde a carga é aplicada e a peça. Teria concentrações
de tensão nas descontinuidades e eventuais níveis de tensão não-lineares
(dependendo da carga). Tal modelo tão complexo traria poucas vantagens e o
esforço humano e computacional não se justificam!

• Caso se deseje verificar não apenas o momento fletor e a deflexão, mas


também a concentração de tensões nas bordas da base da peça, o modelo
deveria incorporar a curvatura nessa região.

A seguir, é mostrado mais um exemplo (Ref. Boresi,A.P.,Sidebottom, O.M.,


”Mechanics of Materials”), onde modelos numéricos (FEM) com várias malhas
são comparados com o resultado analítico (da Teoria da Elasticidade) para um
exemplo conhecido da literatura.

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O modelo em questão é uma viga engastada com uma carga parabólica aplicada
na extremidade, cuja solução exata das tensões σx e τxy é conhecida da teoria
da elasticidade. MALHA 2 X 6

MODELO FÍSICO
Carregamento
Parabólico em y
24L MALHA 4 X 12

8L

y
MALHA 8 X 24

A malha 2 x 6 foi descartada, pois os resultados mostraram-se muito


inconsistentes. Os resultados comparativos para as outras duas malhas (4x12 e
8x24) e a comparação com a teoria serão mostrados a seguir.

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TENSÃO DEVIDA À FLEXÃO TENSÃO DE CISALHAMENTO


1.5 0.20

Teórico 0.18
1.0
0.16
Malha 4x12
0.14
0.5 Malha 8x24

Tensão / (P/L 2)
Tensão / (P/L 2)

0.12

0.10
0.0
0.0 2.0 4.0 6.0 8.0 0.08
Teórico
-0.5 0.06
Malha 4x12
0.04

-1.0 0.02 Malha 8x24

0.00
-1.5 0.0 2.0 4.0 6.0 8.0

distância (y/L) distância (y/L)

Observa-se que, como era esperado, a malha 8x24 traz os resultados mais
próximos da solução teórica. Entretanto, se um erro da ordem de 10% for
assumido como admissível, o modelo com a malha 4x12 pode ser considerado
um modelo efetivo. No decorrer do curso, serão discutidos elementos de
interpolação parabólica, que em contraste com os utilizados nessa análise,
possibilitam a criação de modelos mais efetivos com menos elementos.
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2. Álgebra Matricial
2.1. Introdução
2.2. Operações com matrizes
2.3. Inversão de matrizes
2.4. Solução de equações lineares
2.5. Integração e diferenciação de matrizes

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Curso – FEM Básico Álgebra Matricial

2.1 Introdução
2.1.1. OBJETIVO:
OBJETIVO introduzir as operações matriciais básicas que
são utilizadas pelo FEM.

2.1.2. DEFINIÇÕES BÁSICAS:


Escalar: é a maneira usual de se descrever um número positivo,
negativo ou zero (Ex: 1, 2, π, -1.35x108, etc.).
Vetor: entidade física ou matemática com magnitude e direção
(Ex: velocidade, deslocamento, força, peso, etc.).
Matriz: seqüência (ou tabela) de quantidades identificadas
através de linhas e colunas. Essas quantidades podem ser
escalares, vetores ou mesmo sub-matrizes. A forma compacta
de representar quantidades através de matrizes mostrou-se
particularmente eficiente para a análise de problemas físicos
através de computadores.
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Curso – FEM Básico Álgebra Matricial

Uma matriz é representada por:


 A11 A12 A13 . . . . A1n 
A A22 A23 . . . . A2 n 
 21
 A31 A32 A33 . . . . A3n 
 
. . . . 
[A] = 
. . . . 
 
 . . . . 
 . . . . 
 
 Am1 Am 2 Am3 . . . . Amn 

Onde: - as linhas da matriz são as seqüências com os elementos na


horizontal, isto é: A11, A12, A13,...;
- as colunas da matriz são as seqüências com os elementos
na vertical, isto é: A11, A21, A31,...;
- a ordem da matriz é definida pelo número de linhas vs.
colunas, isto é, m x n.

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Matriz Coluna:  A11 


A 
matriz de ordem m x 1
{A} =  21 
 M 
 Am1 
Matriz Linha:
matriz de ordem 1 x n  A =  A11 A12 . . . A1n 

Matriz Quadrada:  A11 A12 . . A1n 


A A22 . . 
Matriz de ordem m x n  21 
(onde m=n) [A] =  . . . 
 
 . . . 
 Am1 Am 2 Amn 

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Matriz Simétrica: Aij = Aji

Matriz Transposta: é obtida trocando-se as linhas pelas colunas:


0 3
0 −1
[A] = 
2
[A]T = − 1 4 
3 4 − 5
 2 − 5

Matriz Particionada: matriz cujos próprios elementos são sub-matrizes:


 A11 A12 A13 . . . . A1n 
A A22 A23 . . . . A2 n 
 21
 A31 A32 A33 . . . . A3n  a b 
[A] =  =
 . . .   c d 
 . . . 
 
 Am1 Am 2 Am 3 . . . . Amn 
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Matriz Nula: matriz na qual todos


elementos são iguais a zero.
 A11 0 0 . . 0 
0 A22 0 . . 0 
Matriz Diagonal: matriz quadrada 
0 0 A33 . . 0 
na qual todos elementos, exceto [A] =  
aqueles da diagonal principal, são  . . . . . 
 . . . . . 
iguais a zero.  
 0 0 0 . . Ann 

1 0 0 . . 0
Matriz Identidade [I]: matriz diagonal 0 1 0 . . 0

em que todos os elementos da 0 0 1 . . 0
[I ] =  
diagonal principal são iguais a 1, e . . . . .
os demais elementos são iguais a . . . . .
 
zero 0 0 0 . . 1

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MATRIZES TRIANGULARES

Triangular Superior Triangular Inferior

 A11 A12 A13 . . A1n   A11 0 0 . . 0 


0 A22 A23 . . A2 n  A 
  21 A22 0 . . 0 
0 0 A33 . . A3n   A31 
[U ] = 
A32 A33 . . 0
 [L] =  
 . . . .   . . . . 
 . . . .   . . . . 
   
 0 0 0 Ann   An1 An 2 An 3 Ann 

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MATRIZ DE BANDA

 A11 A12 0 0 . . . 0   Elementos 0 


A   diferentes 
 21 A22 A23 0 . . . 0   
de zero
 0 A32 A33 A34 . . . 0   
   
 0 0 A43 . .  ou  NW 
 . . . . . .   
   
 . . . . . .   
 . . . . . An −1,n   
   
 0 0 0 An ,n −1 An ,n   0 

Onde: NW = banda da matriz.

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2.2. Operações com Matrizes

 1 − 1 − 4 0 
Sejam:
[A] =  2 3  [B ] = − 2 1 
− 4 5   6 − 7 

 (1 − 4) (−1 + 0) − 3 − 1 
[A] + [B ] =  (2 − 2) (3 + 1)  =  0 4 
2.2.1. SOMA:
(−4 + 6) (5 − 7)   2 − 2

 (1 + 4) ( −1 − 0)   5 − 1
[A] − [B] =  (2 + 2) (3 − 1)  =  4 2 
2.2.2. SUBTRAÇÃO: (−4 − 6) (5 + 7)  − 10 12 

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2.2.3. MULTIPLICAÇÃO:

1 2
 − 2 3 0
Se [A] = − 1 0  e [B] =  
 − 1 4 1 
 3 − 4

Então: [C ] = [A]× [B]

 1× −2 + 2 × (−1) 1× 3 + 2 × 4 1× 0 + 2 × 1  − 4 11 2 
[C ] = − 1× −2 + 0 × (−1) − 1× 3 + 0 × 4 − 1× 0 + 0 ×1 =  2 − 3 0 
 3 × −2 − 4 × (−1) 3× 3 − 4 × 4 3 × 0 − 4 × 1  − 2 − 7 − 4

n
Ou genericamente: Cij = ∑ Aik × Bkj
k =1

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É importante observar que para que o produto seja possível, o


número de linhas da primeira matriz (pre-multiplicador) deve ser
igual ao número de colunas da segunda matriz (pós-multiplicador).
1
Mais um exemplo: {A} = − 2 B  = − 1 4 5
3
 
 1× (−1) 1× 4 1× 5 
{A}× B  = − 2 × (−1) − 2 × 4 − 2 × 5
 3 × (−1) 3× 4 3 × 5 

B  × { A} = (−1×1) + (4 × −2) + (5 × 3) = −1 − 8 + 15 = 6

Ou seja: o produto de vetores {A}B resultará em uma matriz, e o


produto de vetores B {A} resultará em um escalar.

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Algumas propriedades da multiplicação de matrizes:

1. ( [A] [B] ) [C] = [A] ( [B] [C] )

2. [A] ( [B] + [C] ) = [A] [B] + [A] [C]

3. [A] [I] = [I][A]

4. Se [A] [B] = [C] [D] então [B]T[A]T = [D]T[C]T

5. Se [A] = [B] [C] então [A]T = [C]T [B]T

6. αA11 L L 
α [ A] =  M O 

 M αAmn 

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2.3. Inversão de Matrizes

Não existe divisão de matrizes, mas por outro lado existe inversão. A
matriz inversa de uma matriz A é representada por A-1.

O inverso de uma matriz não existirá necessariamente. Matrizes que


não podem ser invertidas são chamadas matrizes singulares.

Para matrizes que podem ser invertidas (não-singulares), a seguinte


relação será válida:
[A]-1[A]= [A][A]-1= [I]
Pode-se inverter uma matriz dividindo-a em submatrizes (matrizes de
cofatores) e utilizando o determinante da matriz. Entretanto, há
métodos numéricos mais eficientes para inversão, que serão
discutidos em seguida.

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2.3.1. PROPRIEDADES DE MATRIZES INVERSAS

1. Matrizes inversas são únicas (não existe matriz com duas matrizes
inversas diferentes);

2. Se [A] é não-singular (invertível), então [A]-1 também é.

3. Se [A] e [B] são não singulares (invertíveis), então [A][B] também é


não-singular;

4. Se [A] é não singular (invertível), então [A]T também é não-singular,


e a seguinte relação é válida:
{ [A]T }-1={ [A]-1 }T

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2.3.2. MÉTODOS NUMÉRICOS UTILIZADOS PARA INVERSÃO DE MATRIZES

Existem vários métodos numéricos utilizados em programas de computador com


a finalidade de inverter matrizes mais extensas. Apenas os nomes dos métodos
e conceitos serão discutidos a seguir:
MÉTODO DE ELIMINAÇÃO DE GAUSS-JORDAN: JORDAN através desse método, a
matriz [A] a ser invertida é agrupada com a matriz identidade [I]. Através de
muitas iterações e manipulações de linhas das matrizes por um processo
PIVOTEAMENTO obtém-se [A] -1.
chamado PIVOTEAMENTO,

MÉTODO DE CHOLESKI:
CHOLESKI esse método faz uso da propriedade segundo a qual
uma matriz quadrada [A] pode ser representada pelo produto de uma matriz
triangular superior [U] por uma matriz triangular inferior [L]. Caso a matriz [A]
seja simétrica (isso é comum em problemas de FEM), a matriz triangular
superior será a matriz transposta da matriz triangular inferior.
[A] = [L][U] = [L][L]T onde as matrizes [L] e [U] podem
se: [B] = [L]-1 ser calculadas e invertidas facilmente.
então: [A] -1=([L][U])-1=[B]T [B]

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2.4. Solução de Equações Lineares Simultâneas


Seja uma equação linear (não-homogênea) (⊗):
A11x1+A12x2+ ... +A1nxn=C1
A21x1+A22x2+ ... +A2nxn=C2
. . .
. . .

. . .
An1x1+An2x2+ ... +Annxn=Cn

Colocando-se os valores dos coeficientes em forma matricial


[A]{x}={C} , os métodos numéricos conhecidos para resolução desse
sistema são: Triangularização, Método de Gauss e Método de Gauss-
Siedel.
Siedel
Os dois últimos métodos citados são semelhantes ao Método de
Eliminação de Gauss-Jordan em uma série de aspectos.
(⊗): A equação é dita homogênea se C1, C2, C3,..= 0 e não homogênea se C1, C2, C3,..≠ 0

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2.5. Integração e Diferenciação de Matrizes


As propriedades de diferenciação (derivação) e integração de matrizes serão
mostradas através de um exemplo. Seja a matriz:
 4x − 5x3 6 
[A] = 7 x 2 8x − 9x4 

2 x3 −7 5 x 2 

A derivada da matriz será uma matriz com a derivada de cada um dos


elementos, como segue:  4 − 15 x 2 0 
d [ A]  
= 14 x 8 − 36 x 3 
dx
6 x 2 0 10 x 

Analogamente, a integral (determinada) será uma matriz com a integral de cada


um dos elementos no intervalo especificado, como segue:
1   5 
 ∫ 4 xdx ∫0 ∫0
1 1
− 5x3 6 dx  2 − 6 
0   4
9
∫0 [A]dx = ∫0 7 x dx ∫0 8 xdx ∫0 − 9 x dx =  3
1 1 1 1 7
2 4
4 − 
5
 1 2 x 3 dx
∫0 5x dx   1
1 1

 ∫0 ∫0 − 7 dx 2 5 
−7
   2 3 

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3. Princípios do Método de Elementos Finitos

3.1. Rigidez e Flexibilidade


3.2. Matriz de Rigidez
3.3. Funcional de Energia

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3.1. Rigidez e Flexibilidade


Considere uma mola (elástica) sujeita a uma carga P, como
mostrado:
k P

Se:
k = rigidez da mola (carga necessária para um deslocamento
unitário);
u = deslocamento da mola devido à carga P;

Então: P=ku e u=(1/k)×P ou u=fP (f = flexibilidade da mola)

Portanto a flexibilidade é o inverso da rigidez.

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Observa-se que, conhecida a rigidez da mola, o deslocamento pode


ser obtido de imediato para qualquer carga P.

Este problema elementar é uma descrição de como as estruturas se


comportam. Muitas estruturas podem ser interpretadas como milhares
de “molas” interconectadas com diferentes valores de rigidez e várias
orientações e sujeitas a combinações mais complexas de
carregamentos.

Para um problema prático de análise linear, pode-se fazer uma


analogia entre a “mola” e um elemento finito, e conectando-se vários
elementos em suas extremidades, torna-se possível descrever uma
estrutura complexa.

A seguir será introduzido o conceito de matriz de rigidez e as


equações básicas (em forma matricial) para uma análise linear.

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3.2. Matriz de Rigidez


Supondo-se que se deseja analisar um “elemento” semelhante à mola
anterior, onde nas extremidades são aplicadas forças P1 e P2,
resultando em deslocamentos u1 e u2, como segue:

k
P1 u 1 1 2 P2 u 2

Onde: P1 = k × (deslocamento da mola) = k × (u1 - u2)

E da condição de equilíbrio: P2 = - P1 = k × (u2 - u1)


Em notação matricial:
 P1   k − k  u1 
 =  
 P2  − k k  u2 

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k − k é a matriz de rigidez do elemento.


[k] = 
− k k 
Além disso {Pi} é o vetor de forças internas nodais e {ui} é o vetor de
deslocamentos. No caso, como a mola se encontra “solta”, a matriz é
dita singular e o sistema não pode ser resolvido.

Supondo agora que uma estrutura seja formada por três elementos,
representados por três molas, com rigidez ka, kb e kc respectivamente. A
extremidade seria engastada e a representação dos esforços nas
extremidades dos elementos dessa “estrutura” seria como indicado:
P1 P2 P3
ka kb kc
1 2 3
original:

deformada:
tração compressão tração
u1 > 0 u2 < 0 u3 > 0

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Para cada nó, deverá haver uma condição de equilíbrio fi + Pi = 0 (ou fi


= - Pi), onde fi = ki ui, ou seja:
P1 P2 P3
ka kb kc
1 2 3

P1 = kau1-kb(u2-u1)=(ka+ kb)u1- kbu2


P2 = kb(u2-u1) - kc(u3-u2)=-kbu1+(kb+ kc)u2 -kcu3
P3 = kc(u3-u2)= - kcu2+kcu3 tração compressão tração
u1 > 0 u2 < 0 u3 > 0

A sistema matricial correspondente será:

( k a + k b ) − kb 0  u1   P1 
 −k + −  u  =  P 
 b ( k b k c ) k c  2   2
 0 − kc kc  u3   P3 

Observa-se que a matriz de rigidez obtida é uma matriz simétrica.


A mesma matriz pode ser montada de outra forma, elemento por
elemento, como segue:

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− ka  Ponto 0
Matriz do elemento (a):  k a
k a 
P1 P2 P3
ka kb kc
− ka 1 2 3

− kb 
Matriz do elemento (b):  b
k
kb 
tração compressão tração

 − kb
u1 > 0 u2 < 0 u3 > 0

Os pontos comuns entre matrizes são os


pontos onde ocorrem os deslocamentos,
− kc 
Matriz do elemento (c):  c
k
que devem ser iguais.
− kc k c 
Dessa forma, a montagem da matriz do
sistema será como segue:

 ka − ka  u0   P0 
− k − kb  u   P 
 a k a + kb   1  =  1 
 − kb kb + k c − kc  u 2   P2 
 
 − kc kc  u3   P3 

O ponto 0 é a região de fixação, com deslocamento u0=0, de forma que para a matriz da
análise propriamente dita, a primeira linha e a primeira coluna serão excluídos, e a matriz
De rigidez será equivalente ao resultado anterior.
Vale ressaltar que essa matriz é uma matriz simétrica e uma matriz de banda.
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O exemplo anterior ilustra o princípio da montagem de uma matriz global de um


modelo de elementos finitos.

Normalmente a matriz de rigidez global pode ser particionada, de forma que as


linhas e colunas correspondentes às restrições (onde o deslocamento é nulo ou
conhecido a partir dos dados de entrada) são separadas da análise principal.

Para o caso em que o deslocamento nas restrições é nulo, a matriz de rigidez


global pode ser representada como segue:

 K SS

K SL  =0
 u [K LL ]{u L } = {PL } Obtém-se os
deslocamentos
   S  =  PS 
 K LS K LL  u L   PL 




{uL }
Obtém-se os
[K SL ]{u L } = {PS } esforços nas
Restrições

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3.3. Funcional de Energia


Para o problema estrutural, O MÉTODO DE ELEMENTOS FINITOS obtém as
tensões através da minimização do chamado FUNCIONAL DE ENERGIA.
ENERGIA
Um FUNCIONAL DE ENERGIA consiste de TODAS AS ENERGIAS
ASSOCIADAS AO MODELO.
MODELO
Segundo o PRINCÍPIO DA CONSERVAÇÃO DA ENERGIA, ENERGIA a energia total de
um sistema deve ser zero. Em outras palavras, o FUNCIONAL deve ser igual a
zero.
O FEM dará a solução correta de qualquer modelo através da minimização do
seu FUNCIONAL,
FUNCIONAL dessa forma obedecendo o princípio da conservação de
energia. O valor mínimo do FUNCIONAL é obtido fazendo a derivada do mesmo
com respeito ao deslocamento nos pontos nodais igual a zero, como segue:
∂F
=0
∂u

A seguir será apresentado um exemplo simples desse princípio, com uma mola.

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No exemplo, a mola tem uma constante de mola k conhecida. As


incógnitas a serem determinadas são os deslocamentos nos pontos 1
e 2 (u1 e u2 respectivamente).

P1 u 1 k P2 u 2
1 2

O funcional de energia é a energia total, dada por:

1
F= k (u1 − u2 ) 2 − ∫ P1d (u1 − u2 )
2
Derivando em relação ao deslocamento (onde u=u1-u2) e igualando a
zero, resultará:
k (u1 − u 2 ) − P1 = 0

Isolando P1, a relação será a mesma vista no início deste tópico:


P1 = k × (deslocamento da mola) = k × (u1 - u2)

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4. Elementos de Barra

4.1. Obtenção da Matriz de Rigidez (1D)


4.2. Obtenção da Matriz de Rigidez (2D)
4.3. Exemplo

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4.1. Obtenção da Matriz de Rigidez (1D)


Se uma barra de comprimento “l”, área da seção “A” e módulo de
elasticidade “E” for sujeita a forças axiais “F1” e “F2”, como mostrado
na figura abaixo, as relações força-deslocamento serão:

AE F u F u
F1 = (u1 − u2 ) 1 1 1 2 2 2 x
l
AE
F2 = − F1 = (u2 − u1 ) l
l
Em forma matricial, as equações acima podem ser reescritas como:
1 − 1 [k] = Matriz de rigidez do
 F1  AE  1 − 1  u1  [k ] = AE 
l − 1 1 
elemento em coordenadas
 = − 1 1  u  locais
 2
F l   2 
{pi } = 
F1  {pi} = vetor representando forças
 no elemento e seus nós
 2
F
{pi } = [k ]{ui } u1 
{ui } =  
{ui} = vetor representando
deslocamentos do elemento
u2  e seus nós
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4.2. Obtenção da Matriz de Rigidez (2D)


A matriz de rigidez geralmente não tem aplicações em forma
unidimensional, pois membros de treliças (por exemplo) se dispõe
inclinados em vários ângulos com relação à horizontal. Será então
definida uma matriz 2D, que acomoda o elemento em um ângulo de
inclinação qualquer.

[k0] = matriz de rigidez para uma barra 2D em coordenadas globais

Observando o sistema de coordenadas: y


o
u = u 0 cos α + v 0 sen α v
x
y
v = v 0 cos α − u 0 sen α vo

Em forma matricial:
α u
xo
u   cos α sen α 
 =
v  − sen α cos α  uo

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Como a barra tem dois pontos nodais, a relação entre os deslocamentos


local e global fica sendo:
 cos α sen α 
− sen α cos α 
 u1  u10  
v   0
   0 v1   0 0
{ }
1

 =  = 
u  0  u 0 
ou {ui } =   ui
 2  2
0 
v2  v20 

 0 0
A relação entre as forças será: {pi } =   pi { }
0 

A relação entre as matrizes T


 0  0
de rigidez será: [k ] = 
0
 [k ]⋅  
0  0 
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4.3. EXEMPLO: Fy o ,v o
2 2
Para o exemplo ilustrado na figura, yo Fx ,u
Fy ,v 2 2
inicialmente obtém-se as relações 2 2

entre forças e deslocamentos, no o o


Fy1 ,v1 Fx2o,u 2o
sistema de coordenadas (x,y):
α
y x
Fy ,v
1 1
 Fx1  1 0 −1 0 u1  o
Fx1 ,u 1
o
 Fy   0  v1 
Fx ,u
 1  AE  0 0 0 1 1
 =   xo

 Fx2  l − 1 0 1 0 u2 
 Fy2   
0 0 0 0 v2  u01 u02 v01 v02
 c2 cs − c 2 − cs  u01
Em coordenadas globais (x0,y0), a  2 u02
[ ] − −
2
AE  cs s cs s 
matriz de rigidez transformada é: k0 =
l − c 2 − cs c 2 cs  v01
(c = cos(α), s = sen(α))  2 
 − cs − s s 
2
cs v02
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5. Elementos de Viga

5.1. Derivação das Equações de Deflexão


5.2. Solução de Vigas (1D)
5.3. Solução de Vigas (2D)

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5.1. Derivação das Equações de Deflexão


A fim de se obter a matriz de rigidez de um elemento de viga, inicialmente
deve-se derivar as equações de deflexão.
Para a viga mostrada na figura, y
equilibrando-se forças e momentos M1,Θ1 M2,Θ2
x
as equações para M1, Fy1, M2 e Fy2
serão:

6 EIθ 6 EIθ 2 12 EI Fy1 ,v1 Fy2 ,v2


Fy1 = 2 1 + + 3 (v1 − v2 )
l l l
4 EIθ1 2 EIθ 2 6 EI
M1 = − − + 2 (v1 − v2 )  Fy1   12 / l 3 − 6/ l2 − 12 / l 3 − 6 / l 2   v1 
l l l M    
6 EIθ1 6 EIθ 2 12 EI  1  − 6 / l2 4/l 6 / l2 2 / l  θ1 
Fy2 = − − 2 + 3 (v1 − v2 )   = EI   
l 2
l l Fy
 2 − 12 / l 3 6 / l2 12 / l 3 6 / l 2   v2 
 M 2   
2 EIθ1 4 EIθ 2 6 EI  − 6 / l
2
2/l 6 / l2 4 / l  θ 2 
M2 = − − + 2 (v1 − v2 )
l l l
Matriz de rigidez
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5.2. Solução de Vigas (1D)


Comparando-se com as barras, na solução para vigas a matriz de rigidez do
elemento e o vetor de cargas contêm um componente rotacional M, e um
deslocamento rotacional correspondente Θ.
3 kN

EXEMPLO:
v1 θ1 v2 θ2
l = 4m 1 2 3
4m 2m
 12 / 64 − 6 / 16 − 12 / 64 − 6 / 16 v
 − 6 / 16 4/4 6 / 16 2/4  θ 1

[k12 ] = EI  1
• A matriz de rigidez para (2) é dada
− 12 / 64 6 / 16 12 / 64 6 / 16  v2
  pelos coeficientes de influência, ou pela
 − 6 / 16 2/4 6 / 16 4 / 4  θ2
soma das partes correspondentes a v2 e θ2:
v2 θ2 v3 θ3 v2 θ2
l = 2m 12 / 64 + 12 / 8 6 / 16 − 6 / 4 v2
 12 / 8
− 6 / 4
− 6 / 4 − 12 / 8 − 6 / 4 v2 [ ]
K ( 2 ) = EI 
4 / 4 + 4 / 2  θ2
4/2 6/4 2 / 2  θ2  6 / 16 − 6 / 4
[k23] = EI  v2 θ2
 − 12 / 8 6/4 12 / 8 6/4  v3
   1.688 − 1.125 v2
− 6 / 4 2/2 6/4 4/2  θ3 [ ]
K ( 2) = 
3  θ2
− 1.125

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O vetor do carregamento correspondente
aos deslocamentos v2 e θ2 será: 3 kN

− 3 v2
{qF } =  θ
  2
0 1 2 3
4m 2m
As equações resultantes serão:
Os valores negativos indicam
 v2  1  3 1.125 − 3 1  − 2.37 
  = 1.125 1.688  0  = EI − 0.889 que a deflexão é para baixo e
θ
 2 EI      que a flexa é no sentido
anti-horário.
3.798
3 kN

1 2 3
4m 2m

Os valores das forças nos nós 1 e 3 e dos momentos fletores nos nós 1,
2 e 3 são obtidos pela aplicação das fórmulas da teoria de vigas,
mostradas anteriormente.

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Os resultados desse problema foram comparados V1


L1
C1

com o NASTRAN. Foi feito um modelo com 12


elementos de viga, dimensões, cargas e condições 123456 123456

3000.
de contorno iguais às da figura anterior.
Y
A seção transversal da viga idealizada foi um Z X

quadrado de 50x50 mm, e o material é um aço com V1

E=210GPa e ν =0,3.
L1
C1

A comparação dos resultados da deformação e do 123456 123456

ângulo de inclinação no ponto de aplicação da carga


(nó no. 9) estão indicados na tabela abaixo. O gráfico Y
3000.

mostra esses valores para distâncias ao longo da viga. Output


Z SXe t: MSC/NASTRAN Ca s e 1
De formed(0.0239): Tota l Tra ns la tion

0.0142

0.00787

TABELA - COMPARATIVO 0.00152 0.

-0.00483
TEÓRICO NASTRAN -0.0112
Deslocamento (m) 0.02167 0.02169
-0.0175
Declinação 0.008126 0.008128
-0.0239
-0.0239
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Node ID
1: MSC/NASTRAN Ca s e 1, T2 Tra ns la tion
2: MSC/NASTRAN Ca s e 1, R3 Rota tion

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5.3. Solução de Vigas (2D)


De maneira análoga ao que foi visto para elementos de barra, a
matriz de rigidez de um elemento de viga pode ser estendida para
coordenadas globais.
Fy o ,v o
2 2
Fx ,u  Fx1   ( A / lI ) 0 0 (− A / lI ) 0 0   u1 
 Fy   0 − 6 / l 2   v1 
yo 2 2
Fy ,v
2 2  1  12 / l 3 − 6 / l2 0 − 12 / l 3
o
Fy1 ,v1
o Fx2o,u 2o  M 1   0 − 6 / l2 4/l 0 6 /l2 2 / l  θ1 
  = EI   
y x
Fx
 2 (− A / lI ) 0 0 ( A / lI ) 0 0  u 2 
Fy ,v
1 1 α  Fy2   0 − 12 / l 3 6 / l2 0 12 / l 3 6 / l 2   v2 
o o     
Fx ,u Fx1 ,u 1  M 2   0 − 6 / l2 2/l 0 6 /l2 4 / l  θ 2 
1 1
xo

Matriz de rigidez

{pi } = [k ]{ui }
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 Fx1   cos(α ) sen(α ) 0   Fx10 


A relação entre as  Fy  − sen(α ) cos(α ) 0 0  0 
 1    Fy1 
coordenadas locais e as  M 1   0 0 1   M 1 
 =
   
coordenadas globais é  Fx2   cos(α ) sen(α ) 0  Fx20 
dada por:  Fy2   0 − sen(α ) cos(α ) 0  Fy20 
    
 M 2   0 0 1  M 2 

A matriz de rigidez para o elemento será [k0] = [kb0]+[kr0], onde:

 12 2   c2 cs 0 − c 2 − cs 0
 l3 s   
 12 12 2   cs s2 0 − cs − s 2 0
 − 3 cs c simétrico 
AE  0 0 0
 l
 6s
l3
6 4


[ ]
k r0 =  2
0
l − c − cs
0 0

− c 0 c2 cs 0
[ ]  l
kb = EI 
0
2

12 2 12
l 2
l
6 12 2


 − cs − s 2

0 cs s 2 0

− 3 s cs − 2s s   0 0 0 0 0 0
 l l3 l l3 
 12 cs − 12 c 2 6 12
c − 3 cs
12 2
c 
 l3 l3 l 2
l l3 
 6 6 2 6 6 4 Matriz para uma barra inclinada
 2s − c − 2s c 
 l l l l l2 l
Matriz para uma viga inclinada

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6. Análise Estrutural – Métodos / Elementos


6.1. Introdução / Métodos
6.2. Tipos de Elementos / Características
6.3. Procedimento Geral de Cálculo

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6.1. Introdução / Métodos


A metodologia mostrada até aqui para análise estrutural linear estática (com
elementos de barra e elementos de viga) é conhecida como MÉTODO DOS
DESLOCAMENTOS. Observou-se que uma parte essencial desse método foi a
montagem de uma MATRIZ DE RIGIDEZ.
Esses elementos até então discutidos são os que apresentam as formulações
mais simples. Entretanto, a mesma teoria pode ser estendida para elementos
planos e elementos sólidos, de várias formas e com várias propriedades
distintas, mas sempre denominados elementos finitos.
Pelo que foi exposto (através de exemplos simples), ficou claro que um dos
principais problemas a serem resolvidos através do FEM é a montagem das
matrizes de rigidez, primeiro dos elementos e finalmente a da estrutura global.
Apesar dos elementos terem formas simples quando comparados com a
estrutura global, elementos planos e sólidos naturalmente são bem mais
complexos (em termos de formulação) do que barras e vigas.
O MÉTODO DA MINIMIZAÇÃO DO FUNCIONAL se demonstra mais adequado
para derivação dessas matrizes.

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6.2. Tipos de Elementos / Características


A idéia principal da formulação de um elemento finito é obter a relação entre os
deslocamentos em qualquer ponto do elemento e os deslocamentos nodais, por
meio das chamadas FUNÇÕES DE INTERPOLAÇÃO (“Shape Functions”). A
seguir serão mostradas as formulações para alguns tipos de elemento.

6.2.1. Elementos de Barra / Viga


O primeiro passo para a formulação do elemento é relacionar as COORDENA-
DAS GLOBAIS com um sistema de COORDENADAS NATURAIS. No exemplo
abaixo, u(x,y) é um vetor representando funções de deslocamento do elemento.
Será introduzida uma função de deslocamentos, como segue:

y
x=l u = α1 + α 2 x
x=0
1 2 x, u

Onde α1 e α2 são constantes.

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Curso – FEM Básico Métodos / Elementos

Os valores do vetor {αi} são obtidos pelas condições de contorno: (1) x =0 , u =


u1; (2) x = l, u = u2), de forma que:

 u1  1 0 α1 
[C ] = 
1 0
 =  α  ou {ui } = [C ]{α i } onde: 
 2 
u 1 l  2  1 l 
A matriz [C] relaciona os deslocamentos com os parâmetros do polinômio.
polinômio
Esses parâmetros podem ser obtidos portanto através da matriz inversa de [C]:

{α i } = [C −1 ]{ui } [C ]−1 = 
1 0

− 1 / l 1 / l 

APLICAÇÃO DO FUNCIONAL: para o cálculo da energia, deve-se:


- obter o vetor {ε} de deformações
- obter a relação entre tensões e deformações (Lei de Hooke)
- calcular a variação de energia interna
- calcular o trabalho das forças externas

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O vetor de deformações é:

α1 
{ε } = [0 1] {ε } = [B]{α i }
du
ε=  ou
dx α
 2

Onde [B] é a matriz que relaciona as deformações e o vetor {αi} com os


parâmetros do polinômio.
polinômio

A Lei de Hooke é: σ = Eε ou {σ } = [D]{ε }


Onde [D] é uma matriz de módulos de elasticidade do material. Após várias
manipulações de matrizes, obtém-se a equação para a matriz de rigidez, como
segue:

[k ] = ∫ [B ] [D ][B ]d ( vol )
T

vol .

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6.2.2. Elementos Triangulares


Para um elemento triangular com formulação linear, as funções de interpolação
são:
u = α1 + α 2 x + α 3 y
v = α 4 + α5 x + α6 y

e as referências indicadas na figura são utilizadas. Todas as matrizes ilustradas


anteriormente e os Métodos de Energia (minimização do funcional) são
utilizados analogamente para a obtenção das matrizes [k].
v3
y,v (x 3 ,y 3 )
u3

v1 v2

x,u
(0,0)
u1 (x2 ,0) u2

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6.2.3. Elementos Tetraédricos


Analogamente, para um elemento tetraédrico, as funções de
interpolação são: w
z 4

(x 4, y 4, z )4
v u4
4 4
x
u = α1 x + α 2 y + α 3 z
y
w3
w1
(x 1, y 1, z )1
1
3
(x 3, y 3, z )3
v = α4 x + α5 y + α6 z
u3

v1 u1 w2 v3 w = α 7 x + α8 y + α9 z
2
(x 2, y 2, z )2
u2
v2

Todas as matrizes ilustradas anteriormente e os Métodos de Energia


são utilizados analogamente para a obtenção das matrizes [k].

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6.2.4. Funções de Interpolação de Ordem Superior


As funções de interpolação apresentadas até agora são chamadas lineares. É
comum o uso de funções de ordens superiores (parabólicas). Por exemplo,
elementos com nós intermediários têm interpolação parabólica, por vias de
polinômios do segundo grau. Os resultados de análises em modelos com esses
elementos serão mais precisos. Em contraste, o tamanho da matriz de rigidez
(que é proporcional ao número de nós) será muito maior, de forma que na
prática obtém-se os mesmos resultados de modelos com elementos com
interpolação linear, com menos elementos.

TRIANGULAR QUADRANGULAR TETRAÉDRICO HEXAÉDRICO

Nós intermediários para interpolação parabólica

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6.3. Procedimento Geral de Cálculo (para cada


elemento)
• Inicialmente obtém-se a matriz de deslocamentos
para cada elemento, levando-se em conta as funções {ui } = [C ]{α i }
de interpolação (e conseqüentemente o “grau de precisão”)
desse elemento.
• Obtém-se o vetor das deformações, que são as derivadas
{ε } = [B]{α i }
dos deslocamentos – vetor {ε};
• Obtém-se o vetor de tensões, pela aplicação da lei de {σ } = [D]{ε }
Hooke – vetor {σ};
• Calcula-se o TRABALHO INTERNO VIRTUAL,
[k ] = ∫ [B ] [D ][B ]d ( vol )
T
o TRABALHO EXTERNO VIRTUAL, o VARIACIONAL,
vol .
e obtém-se a matriz de rigidez desse elemento.
Outras operações que se fazem necessárias, como inversões de matrizes, são
realizadas como apresentado anteriormente.
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Curso – FEM Básico

7. Programa de Elementos Finitos


Um programa de computador de elementos finitos pode ser dividido
em:
• Pré-processador:
processador incorpora um modelador sólido, um módulo de
entrada de dados dos materiais e um gerador de malha;

• Solver:
Solver monta todas as matrizes necessárias, adicionando as
condições de contorno, faz transformações de coordenadas, faz
integrações numéricas e efetua a análise propriamente dita;

• Pós-processador:
processador apresenta os resultados obtidos após a análise de
uma forma adequada para o usuário.

Na próxima página será apresentado um fluxograma desse programa.

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Curso – FEM Básico Programa de Elementos Finitos

PRÉ-PROCESSAMENTO SOLVER DE ELEMENTOS FINITOS


Modelo Sólido
CAD
Geometria
[B], [D] Matriz de Rigidez
Elementos
do elemento:
MALHA
Nós
NÃO [K]=[B]T [D][B]
Módulo de ÚLTIMO [B], [D]
ELEMENTO?
Elasticidade
MATERIAL Atualização de
Coeficiente de coordenadas
Poisson SIM [B], [D] [K']=[T] [K][T]
Armazenamento

Condições de [B], [D]


e e
Contorno: [K] , [M]

ANÁLISE
Matriz de
Cargas {P} = [K] . {u} LINEAR PÓS-
PROCESSAMENTO
- Reações - Reações
- Esforços - Esforços
- Tensões - Tensões
Montagem da Matriz de - Gráficos
Matriz Global Deslocamentos - Relatório, etc.

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Curso – FEM Básico Considerações Finais

8. Considerações ESTRUTURA REAL


Finais FILTRO Teorias da Engenharia

SOLUÇÃO POSSÍVEL DE ENGENHARIA


O fluxograma ao lado ilustra sob o ponto
de vista de projeto o número de FILTRO Teorias da Elementos Finitos
variáveis que influenciam na qualidade
SOLUÇÃO POSSÍVEL DE ELEMENTOS FINITOS
de uma análise por elementos finitos.
Para cada passo do projeto há um filtro, FILTRO MODELAGEM
ou aproximação decorrente de hipóteses SUA MELHOR SOLUÇÃO POSSÍVEL
assumidas ou limitações de recursos.
FILTRO AMBIENTE
Por ocasião de sua resposta, não seria
surpreendente que o “erro” acumulado VOCÊ DEVE SER CAPAZ
(decorrente dessas hipóteses) seja da DE RESOLVER ISSO!
ordem de 50%. Isso justifica que
FILTRO COMPUTADOR E CÓDIGO
coeficientes de segurança sejam sempre
aplicados. SUA RESPOSTA!

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