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Superior Tribunal de Justiça

EDcl no AgRg no AgRE no RE nos EDcl no AgRg no AGRAVO DE


INSTRUMENTO Nº 1.137.252 - PR (2009/0023984-8)

RELATOR : MINISTRO ARI PARGENDLER


AGRAVANTE : ANÍSIO MONTESCHIO JÚNIOR
ADVOGADO : HORACIO MONTESCHIO
AGRAVADO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ
PROCURADOR : MAURÍCIO VIEIRA BRACKS
EMENTA

PROCESSO CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. Omissão, contradição e


obscuridade inexistentes. Embargos de declaração rejeitados.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes


as acima indicadas, acordam os Ministros da CORTE ESPECIAL do
Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, rejeitar os
embargos de declaração nos termos do voto do Sr. Ministro
Relator. Os Srs. Ministros Felix Fischer, Aldir Passarinho
Junior, Hamilton Carvalhido, Eliana Calmon, Nancy Andrighi,
Laurita Vaz, Luiz Fux, Teori Albino Zavascki, Castro Meira e
Arnaldo Esteves Lima votaram com o Sr. Ministro Relator.
Ausentes, justificadamente, o Sr. Ministro Gilson Dipp e,
ocasionalmente, os Srs. Ministros Francisco Falcão e João
Otávio de Noronha.

Brasília, 1º de setembro de 2010 (data do julgamento).

MINISTRO CESAR ASFOR ROCHA


Presidente

MINISTRO ARI PARGENDLER


Relator

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EDcl no AgRg no AgRE no RE nos EDcl no AgRg no AGRAVO DE
INSTRUMENTO Nº 1.137.252 - PR (2009/0023984-8)

RELATÓRIO

EXMO. SR. MINISTRO ARI PARGENDLER (Relator):

Os embargos de declaração atacam o acórdão assim ementado:

"PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL CONTRA DECISÃO QUE


JULGA PREJUDICADO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CABIMENTO. No
julgamento das Reclamações nº 7.547, SP, e nº 7.569, SP, aquele
Tribunal decidiu pela 'possibilidade de a parte que considerar
equivocada a aplicação da repercussão geral interpor agravo
interno perante o Tribunal de origem' (Relatora a Ministra
Ellen Gracie, DJe de 11.12.2009). Agravo regimental não
provido" (fl. 950).

A teor das razões do recurso:

"... pautou-se e fundamentou-se seu recurso


extraordinário, sendo tratado no aspecto da repercussão geral a
necessidade de fundamentação das decisões judiciais com espeque
no artigo 93, IX, da Constituição Federal.

Pois bem, dentro deste panorama processual decidiu-se o


agravo da parte embargante, conforme descrito acima.

Ocorre que não há, por parte do recorrente, qualquer


pretensão de reexame do conjunto probatório, que venha a violar
o texto da Súmula 7 do Superior Tribunal de Justiça, conforme
consagrado no referido julgado.

A pretensão recursal extraordinária do embargante reside


no fato de que as suas razões de recurso endereçadas ao Supremo
Tribunal Federal, consolidadas no quesito de repercussão geral
foram explicitadas naquele recurso.

A matéria pertinente a imposição constitucional que as


decisões judiciais devem ser motivadas foi o fundamento da
questão da repercussão geral, não assistindo razão a tese de
que o embargante tenha formulado pleito com o intuito de
reexame do conjunto probatório.

Por via de conseqüência, suprida a exigência consolidada


no artigo 543-A do Código de Processo Civil, ou seja, quando a
decisão proferida não atende a exigência constitucional
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prevista no artigo 93, IX, da Carta Magna, abre um flanco para
a citação, para a parte que se sente prejudicada, de citar, a
título de repercussão geral, o qual se espraia por todo sistema
jurídico como um todo.

Fixadas tais premissas, entende a parte embargante como


ponto contraditório entre o que foi pedido e o que restou
decidido nestes autos é que não houve, por parte da parte
embargante, qualquer interesse em rediscutir a matéria
probatória, mas, única e tão somente, a admissibilidade do
recurso extraordinário formulado, sendo o mesmo remetido ao
Supremo Tribunal Federal, em face da violação do artigo 93, IX,
da Constituição Federal" (fl. 972/973).

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VOTO

EXMO. SR. MINISTRO ARI PARGENDLER (Relator):

Os embargos de declaração supõem omissão, contradição ou


obscuridade, nenhum desses defeitos presente no caso.

Tal como dito no decisum embargado, o acórdão proferido


pela Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça versou apenas
questão relativa aos pressupostos de admissibilidade de recurso
endereçado ao Superior Tribunal de Justiça (incidência da
Súmula nº 07 do Superior Tribunal de Justiça e divergência
jurisprudencial não demonstrada ).

O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE nº


598.365, MG, decidiu que "os temas afetos aos pressupostos de
admissibilidade de recurso da competência de Cortes diversas "
não têm repercussão geral.

À vista daquele julgado, o acórdão recorrido, fundamentado


exclusivamente na Súmula nº 07 do Superior Tribunal de Justiça
e não demonstração da divergência jurisprudencial, não será
revisto pelo Supremo Tribunal Federal, ainda que sob a ótica da
negativa de prestação jurisdicional.

Como quer que seja, a reforma do julgado, quanto à alegada


violação do artigo 93, IX, da Constituição Federal, demandaria
necessariamente o exame da norma infraconstitucional aplicável
ao caso (CPC, art. 535), configurando situação de ofensa
meramente reflexa à Constituição Federal.

De acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal


Federal, "as alegações de desrespeito aos postulados da
legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos
decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da
prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de
normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de
ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição " (AI-AgR nº
541.361, PA, Relator Ministro Eros Grau, DJ de 03.02.2006).

Voto, por isso, no sentido de rejeitar os embargos de


declaração.

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CERTIDÃO DE JULGAMENTO
CORTE ESPECIAL

EDcl no AgRg no AgRE no RE nos EDcl no AgRg no


Número Registro: 2009/0023984-8 Ag 1.137.252 / PR
MATÉRIA CRIMINAL

Números Origem: 042960552004 200500036171 200522073 200536171 4296055 429605501

EM MESA JULGADO: 01/09/2010

Relator
Exmo. Sr. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA

Relator EDcl no AgRg no AgRE no RE nos EDcl no AgRg


Exmo. Sr. Ministro ARI PARGENDLER
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro CESAR ASFOR ROCHA
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. EDINALDO DE HOLANDA BORGES
Secretária
Bela. VANIA MARIA SOARES ROCHA

AUTUAÇÃO
AGRAVANTE : ANÍSIO MONTESCHIO JÚNIOR
ADVOGADO : HORACIO MONTESCHIO
AGRAVADO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ

ASSUNTO: DIREITO PENAL - Crimes Praticados por Funcionários Públicos Contra a Administração em
Ge - Peculato

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
AGRAVANTE : ANÍSIO MONTESCHIO JÚNIOR
ADVOGADO : HORACIO MONTESCHIO
AGRAVADO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ
PROCURADOR : MAURÍCIO VIEIRA BRACKS

CERTIDÃO
Certifico que a egrégia CORTE ESPECIAL, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão
realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
A Corte Especial, por unanimidade, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do
voto do Sr. Ministro Relator.
Os Srs. Ministros Felix Fischer, Aldir Passarinho Junior, Hamilton Carvalhido, Eliana
Calmon, Nancy Andrighi, Laurita Vaz, Luiz Fux, Teori Albino Zavascki, Castro Meira e Arnaldo
Esteves Lima votaram com o Sr. Ministro Relator.

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Superior Tribunal de Justiça
Ausentes, justificadamente, o Sr. Ministro Gilson Dipp e, ocasionalmente, os Srs.
Ministros Francisco Falcão e João Otávio de Noronha.
Brasília, 01 de setembro de 2010

VANIA MARIA SOARES ROCHA


Secretária

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