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QUESTÕES – PROCESSO PENAL II

1- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA.


I – Próprio dos regimes democráticos, o sistema acusatório caracteriza-se pela distinção
absoluta entre as funções de acusar, defender e julgar, que deverão ficar a cargo de pessoas
distintas.
II – No sistema inquisitivo, não existe a obrigatoriedade de que haja uma acusação realizada por
órgão público ou pelo ofendido, sendo lícito ao juiz desencadear o processo criminal ex officio
III – Define-se sistema processual misto como um modelo processual intermediário entre o
sistema acusatório e o sistema inquisitivo e , na medida em que resulta de uma fusão entre as
características dos outros dois modelos, o sistema misto, na atualidade, vem sendo chamado
também de inquisitivo garantista.
a) Todas estão corretas.
b) Apenas I e II estão corretas.
c) Apenas I e III estão corretas.
d) Apenas II e III estão corretas.
e) Todas estão incorretas

Gabarito: A
I - CORRETA – Próprio dos regimes democráticos, o sistema acusatório caracteriza-se pela distinção
absoluta entre as funções de acusar, defender e julgar, que deverão ficar a cargo de pessoas
distintas. Chama-se “acusatório” porque, à luz deste sistema ninguém poderá ser chamado a juízo
sem que haja uma acusação, por meio da qual o fato imputado seja narrado com todas as suas
circunstâncias.
Asseguram-se ao acusado o contraditório e a ampla defesa. Como decorrência destes postulados,
garante-se à defesa o direito de manifestar-se apenas depois da acusação, exceto quando quiser e
puder abrir mão desse direito.
II – CORRETA – Típico dos sistemas ditatoriais, contempla um processo judicial em que podem
estar reunidas na pessoa do juiz as funções de acusar, defender e julgar.
No sistema inquisitivo, não existe a obrigatoriedade de que haja uma acusação realizada por
órgão público ou pelo ofendido, sendo lícito ao juiz desencadear o processo criminal ex officio.

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Nesta mesma linha, faculta-se ao magistrado substituir-se às partes e, no lugar destas, determinar,
também por sua conta, a produção das provas que reputar necessárias para elucidar o fato.
III - CORRETA - Classicamente, define-se sistema processual misto como um modelo processual
intermediário entre o sistema acusatório e o sistema inquisitivo. Isso porque, ao mesmo tempo em
que há a observância de garantias constitucionais, como a presunção de inocência, a ampla defesa
e o contraditório, mantém ele alguns resquícios do sistema inquisitivo, a exemplo da faculdade que
assiste ao juiz quanto à produção probatória ex officio e das restrições à publicidade do processo
que podem ser impostas em determinadas hipóteses.
Na medida em que resulta de uma fusão entre as características dos outros dois modelos, o
sistema misto, na atualidade, vem sendo chamado também de inquisitivo garantista.
Avena, Norberto Cláudio Pâncaro. Processo penal / Norberto Avena. – 9.ª ed. rev. e atual. – Rio de
Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2017. p. 39/40.

2- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA.


I – O tema relativo ao sistema processual penal adotado no Brasil é controvertido, não havendo
posição uniforme a respeito. A doutrina e a jurisprudência majoritária apontam o sistema
acusatório, mas há orientação em sentido oposto, compreendendo no direito brasileiro o
sistema misto ou inquisitivo garantista.
II – No sistema acusatório as partes encontram-se em situação de equilíbrio processual, os atos
processuais, em regra, não são públicos, podendo o juiz impor sigilo ao processo por ato
discricionário seu, independentemente de fundamentação.
III – No sistema inquisitivo não é assegurado à defesa o direito de se manifestar quanto aos
elementos que a acusação trouxer ao processo. Prevalecendo os interesses da acusação, as
provas por esta produzidas não estarão sujeitas, necessariamente, à análise do defensor.
a) Todas estão corretas.
b) Apenas I e II estão corretas.
c) Apenas I e III estão corretas.
d) Apenas II e III estão corretas.
e) Todas estão incorretas

Gabarito: C
I – CORRETA - Para os adeptos da primeira corrente, a consagração do modelo acusatório está
clara em várias disposições da Constituição Federal, em especial aquelas que referem a
obrigatoriedade de motivação das decisões judiciais (art. 93, IX) e as garantias da isonomia
processual (art. 5.º, I), do juiz natural (art. 5.º, XXXVII e LIII), do devido processo legal (art. 5.º, LIV),
do contraditório, da ampla defesa (art. 5.º, LV) e da presunção de inocência (art. 5.º, LVII).
Já os defensores do segundo entendimento aduzem que, muito embora a Constituição Federal
tenha incorporado regras pertinentes ao sistema acusatório, o direito brasileiro agasalhou
resquícios do sistema inquisitivo na legislação infraconstitucional, do que é exemplo a faculdade
conferida ao juiz de produzir provas ex officio, prevista genericamente no art. 156 do CPP e
ratificada em várias outras disposições do mesmo Código e da legislação complementar.
II – INCORRETA - No sistema acusatório as partes encontram-se em situação de equilíbrio
processual. Os atos processuais, em regra, são públicos. O segredo de justiça é exceção, admitido
por decisão fundamentada, nos casos previstos em lei.
III – CORRETA - Não se fala em paridade de armas, sendo nítida a posição de desigualdade entre as
partes. Na verdade, a própria defesa do réu é bastante restrita, não lhe sendo assegurado, ao
contrário do que ocorre no modelo acusatório, o direito de manifestar-se depois da acusação para
refutar provas e argumentos trazidos ao processo pelo acusador.
Avena, Norberto Cláudio Pâncaro. Processo penal / Norberto Avena. – 9.ª ed. rev. e atual. – Rio de
Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2017. p. 39/40.

3- Assinale a alternativa INCORRETA, nos termos do Código de Processo Penal.


a) A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica.
b) O Código de Processo Penal aplica-se a todo o território brasileiro, sem exceções.
c) O suplemento dos princípios gerais de direito é admitido pelo Código de Processo Penal.
d) Sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior, a lei processual
penal aplicar-se-á desde logo.

Gabarito: B
a) Art. 3º, CPP. A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem
como o suplemento dos princípios gerais de direito.
b) Art. 1º, CPP. O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código,
ressalvados:
I - os tratados, as convenções e regras de direito internacional;
II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, nos
crimes conexos com os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal,
nos crimes de responsabilidade (Constituição, arts. 86, 89, § 2º, e 100);
III - os processos da competência da Justiça Militar;
IV - os processos da competência do tribunal especial (Constituição, art. 122, no 17);
V - os processos por crimes de imprensa. (Vide ADPF nº 130)
c) Art. 3º, CPP. A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem
como o suplemento dos princípios gerais de direito.
d) Art. 2º, CPP. A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos
realizados sob a vigência da lei anterior.

4- Quanto aos meios ou modos empregados, a interpretação pode ser, EXCETO:


a) Teleológica.
b) Extensiva.
c) Sistemática.
d) Literal.
e) Teleológica-sistemática.

Gabarito: B
Quanto aos meios empregados ou modo:
Gramatical ou literal ou sintática: Letra fria da lei. O exato significado das palavras do legislador.
Sistemática: Sendo a interpretação gramatical insuficiente, deve-se fazer um confronto lógico
entre os dispositivos da lei.
Exemplo: o parágrafo único da norma somente deve ser entendido de acordo com o seu caput.
Exemplo: artigo 10, parágrafos do CPP “autoridade” deve ser entendida como autoridade policial.
Lógica: Raciocínio para retirar o espírito da lei.
Histórica: Analisa o contexto histórico em que foi aprovada aquela “lei”. Contexto da votação, dos
debates, das emendas e etc.
Teleológica: Procura o sentido e alcance da norma. A finalidade da norma. “aos fins sociais a que
ela se dirige e às exigências do bem comum”.
Teleológica-sistemática: “compor o sentido de determinada norma em comparação com as
demais que compõem o sistema jurídico no qual está inserida” (NUCCI). Mescla interpretação
teleológica e sistemática.
Slides aula 2- Processo Penal – Professora Lorena Ocampos.

5- Assinale a alternativa CORRETA a respeito do Inquérito Policial.


a) Nos crimes de ação pública o inquérito policial sempre será iniciado mediante requisição da
autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver
qualidade para representá-lo.
b) Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que caiba
ação privada poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta,
verificada a procedência das informações, mandará instaurar inquérito.
c) Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a
requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la.
d) Não cabe qualquer recurso do indeferimento de instauração de Inquérito Policial.
e) O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, poderá sem ela ser
iniciado.

Gabarito: C
a) Art. 5º, CPP. Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:
I - de ofício;
II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do
ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.
b) art. 5º, § 3º, CPP Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração
penal em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade
policial, e esta, verificada a procedência das informações, mandará instaurar inquérito.
c) Art. 5º, § 5º, CPP. Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a
inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la.
d) Art. 5º § 2º, CPP Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá
recurso para o chefe de Polícia.
e) Art. 5º § 4º, CPP O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação,
não poderá sem ela ser iniciado.

6- NÃO é uma característica do Inquérito Policial:


a) Ser indispensável.
b) Ter natureza administrativa.
c) Ser um procedimento inquisitorial.
d) Possuir valor probante relativo.
e) Não se sujeitar à declaração de nulidade.

Gabarito: A
a) O inquérito policial não é imprescindível ao ajuizamento da ação penal. Na medida em que seu
conteúdo é meramente informativo, se já dispuserem o Ministério Público (na ação penal pública)
ou o ofendido (na ação penal privada) dos elementos necessários ao oferecimento da denúncia ou
queixa-crime (indícios de autoria e prova da materialidade do fato), poderá ser dispensado o
procedimento policial sem que isto importe qualquer irregularidade (arts. 39, § 5.º, e 46, § 1.º, do
CPP).
b) Possui natureza administrativa, na medida em que instaurado pela autoridade policial.
c) Tratando-se de um procedimento inquisitorial, destinado a angariar informações necessárias à
elucidação de crimes, não há ampla defesa no seu curso.
d) Considerando a ausência das garantias constitucionais apontadas (ampla defesa e
contraditório), há muito tempo consolidaram-se os tribunais pátrios no sentido de que o inquérito
policial possui valor probante relativo, ficando sua utilização como instrumento de convicção do
juiz condicionada a que as provas nele produzidas sejam renovadas ou ao menos confirmadas
pelas provas judicialmente realizadas sob o manto do devido processo legal e dos demais
princípios informadores do processo.
e) Não se sujeita à declaração de nulidade. Isto porque, despindo-se a sua confecção de
formalidades sacramentais (a lei não estabelece um procedimento específico para sua feitura), não
pode padecer de vícios que o nulifiquem. Isto não significa, obviamente, que uma determinada
prova produzida no inquérito não possa vir a ser considerada nula no curso do processo criminal.
Nessa hipótese, porém, a prova é que será nula e não o inquérito policial no bojo do qual foi ela
realizada.
Avena, Norberto Cláudio Pâncaro. Processo penal / Norberto Avena. – 9.ª ed. rev. e atual. – Rio de
Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2017. p. 120/121.
7- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA.
I – O STF pode, de ofício, arquivar inquérito quando verificar que, mesmo após terem sido feitas
diligências de investigação e terem sido descumpridos os prazos para a instrução do inquérito,
não foram reunidos indícios mínimos de autoria ou materialidade.
II – Para o STJ o arquivamento de inquérito policial por excludente de ilicitude realizado com
base em provas fraudadas não faz coisa julgada material.
III – É inviável a anulação do processo penal por alegada irregularidade no inquérito, pois,
segundo jurisprudência firmada no STF, as nulidades processuais estão relacionadas apenas a
defeitos de ordem jurídica pelos quais são afetados os atos praticados ao longo da ação penal
condenatória.
a) Todas estão corretas.
b) Apenas I e II estão corretas.
c) Apenas I e III estão corretas.
d) Apenas II e III estão corretas.
e) Todas estão incorretas

Gabarito: C
I – CORRETA - O STF pode, de ofício, arquivar inquérito quando verificar que, mesmo após terem
sido feitas diligências de investigação e terem sido descumpridos os prazos para a instrução do
inquérito, não foram reunidos indícios mínimos de autoria ou materialidade (art. 231, § 4º, “e”, do
RISTF). A pendência de investigação, por prazo irrazoável, sem amparo em suspeita contundente,
ofende o direito à razoável duração do processo (art. 5º, LXXVIII, da CF/88) e a dignidade da
pessoa humana (art. 1º, III, da CF/88). Caso concreto: tramitava, no STF, um inquérito para apurar
suposto delito praticado por Deputado Federal. O Ministro Relator já havia autorizado a realização
de diversas diligências investigatórias, além de ter aceitado a prorrogação do prazo de conclusão
das investigações. Apesar disso, não foram reunidos indícios mínimos de autoria e materialidade.
Com o fim do foro por prerrogativa de função para este Deputado, a PGR requereu a remessa dos
autos à 1ª instância. O STF, contudo, negou o pedido e arquivou o inquérito, de ofício, alegando
que já foram tentadas diversas diligências investigatórias e, mesmo assim, sem êxito. Logo, a
declinação de competência para a 1ª instância a fim de que lá sejam continuadas as investigações
seria uma medida fadada ao insucesso e representaria apenas protelar o inevitável. STF. 2ª Turma.
Inq 4420/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 21/8/2018 (Info 912). No mesmo sentido: STF.
Decisão monocrática. INQ 4.442, Rel. Min. Roberto Barroso, Dje 12/06/2018.
II – INCORRETA - É possível a reabertura da investigação e o oferecimento de denúncia se o
inquérito policial havia sido arquivado com base em excludente de ilicitude? • STJ: NÃO. Para o
STJ, o arquivamento do inquérito policial com base na existência de causa excludente da
ilicitude faz coisa julgada material e impede a rediscussão do caso penal. O mencionado art. 18
do CPP e a Súmula 524 do STF realmente permitem o desarquivamento do inquérito caso surjam
provas novas. No entanto, essa possibilidade só existe na hipótese em que o arquivamento
ocorreu por falta de provas, ou seja, por falta de suporte probatório mínimo (inexistência de
indícios de autoria e certeza de materialidade). STJ. 6ª Turma. REsp 791.471/RJ , Rel. Min. Nefi
Cordeiro, julgado em 25/11/2014 (Info 554). • STF: SIM. Para o STF, o arquivamento de inquérito
policial em razão do reconhecimento de excludente de ilicitude não faz coisa julgada material.
Logo, surgindo novas provas seria possível reabrir o inquérito policial, com base no art. 18 do CPP
e na Súmula 524 do STF. STF. 1ª Turma. HC 95211, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 10/03/2009.
STF. 2ª Turma. HC 125101/SP , rel. orig. Min. Teori Zavascki, red. p/ o acórdão Min. Dias Toffoli,
julgado em 25/8/2015 (Info 796). O arquivamento de inquérito policial por excludente de ilicitude
realizado com base em provas fraudadas não faz coisa julgada material. STF. Plenário. HC
87395/PR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 23/3/2017 (Info 858).
III – CORRETA - A suspeição de autoridade policial não é motivo de nulidade do processo, pois o
inquérito é mera peça informativa, de que se serve o Ministério Público para o início da ação penal.
Assim, é inviável a anulação do processo penal por alegada irregularidade no inquérito, pois,
segundo jurisprudência firmada no STF, as nulidades processuais estão relacionadas apenas a
defeitos de ordem jurídica pelos quais são afetados os atos praticados ao longo da ação penal
condenatória. STF. 2ª Turma. RHC 131450/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 3/5/2016 (Info
824).
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia>.

8- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA.


I – Excetuadas as hipóteses legais, Membros do Ministério Público e Magistrados, é plenamente
possível o indiciamento de autoridades com foro por prerrogativa de função. No entanto, para
isso, é indispensável que a autoridade policial obtenha uma autorização do Tribunal competente
para julgar esta autoridade.
II – Se o membro do MPF que atua no STJ requerer o arquivamento do inquérito policial ou de
quaisquer peças de informação que tramitem originariamente perante o STJ, este, mesmo que
não concorde com as razões invocadas pelo MP, deverá determinar o arquivamento solicitado.
III – São constitucionais as leis estaduais que preveja a tramitação direta do inquérito policial
entre a polícia e o Ministério Público e que preveja a possibilidade de o MP requisitar
informações quando o inquérito policial não for encerrado em 30 dias, tratando-se de indiciado
solto.
a) Todas estão corretas.
b) Apenas I e II estão corretas.
c) Apenas I e III estão corretas.
d) Apenas II e III estão corretas.
e) Todas estão incorretas

Gabarito: B
I – CORRETA - Em regra, a autoridade com foro por prerrogativa de função pode ser indiciada.
Existem duas exceções previstas em lei de autoridades que não podem ser indiciadas: a)
Magistrados (art. 33, parágrafo único, da LC 35/79); b) Membros do Ministério Público (art. 18,
parágrafo único, da LC 75/93 e art. 41, parágrafo único, da Lei nº 8.625/93). Excetuadas as
hipóteses legais, é plenamente possível o indiciamento de autoridades com foro por prerrogativa
de função. No entanto, para isso, é indispensável que a autoridade policial obtenha uma
autorização do Tribunal competente para julgar esta autoridade. Ex: em um inquérito criminal que
tramita no STJ para apurar crime praticado por Governador de Estado, o Delegado de Polícia
constata que já existem elementos suficientes para realizar o indiciamento do investigado. Diante
disso, a autoridade policial deverá requerer ao Ministro Relator do inquérito no STJ autorização
para realizar o indiciamento do referido Governador. Chamo atenção para o fato de que não é o
Ministro Relator quem irá fazer o indiciamento. Este ato é privativo da autoridade policial. O
Ministro Relator irá apenas autorizar que o Delegado realize o indiciamento. STF. Decisão
monocrática. HC 133835 MC, Rel. Min. Celso de Mello, julgado em 18/04/2016 (Info 825).
II – CORRETA - Imagine que um Subprocurador-Geral da República instaurou procedimento de
investigação contra um Governador do Estado (art. 105, I, “a”, da CF/88). Ao final das diligências, o
membro do MPF concluiu que não havia elementos para oferecer a denúncia e requereu ao STJ o
arquivamento do procedimento. O STJ poderá discordar do pedido? NÃO. Se o membro do MPF
que atua no STJ requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de
informação que tramitem originariamente perante o STJ, este, mesmo que não concorde com as
razões invocadas pelo MP, deverá determinar o arquivamento solicitado. Como o pedido foi feito
por um Subprocurador-Geral da República, se o STJ discordar, ele não poderá remeter os autos
para análise do Procurador-Geral da República, aplicando, por analogia, o art. 28 do CPP? NÃO.
Não existe esta possibilidade de remessa para o PGR. Não se aplica o art. 28 do CPP neste caso.
Isso porque os membros do MPF que funcionam no STJ atuam por delegação do Procurador-Geral
da República. Assim, em decorrência do sistema acusatório, nos casos em que o titular da ação
penal se manifesta pelo arquivamento de inquérito policial ou de peças de informação, não há
alternativa, senão acolher o pedido e determinar o arquivamento. Em suma, não há que se falar
em aplicação do art. 28 do CPP nos procedimentos de competência originária do STJ. O MPF pediu
o arquivamento, este terá que ser homologado pela Corte. STJ. Corte Especial. Inq 967-DF, Rel.
Min. Humberto Martins, julgado em 18/3/2015 (Info 558).
III – INCORRETA - É INCONSTITUCIONAL lei estadual que preveja a tramitação direta do inquérito
policial entre a polícia e o Ministério Público. É CONSTITUCIONAL lei estadual que preveja a
possibilidade de o MP requisitar informações quando o inquérito policial não for encerrado em 30
dias, tratando-se de indiciado solto. STF. Plenário. ADI 2886/RJ, red. p/ o acórdão Min. Joaquim
Barbosa, julgado em 3/4/2014 (Info 741).
OBS. Não é ilegal a portaria editada por Juiz Federal que, fundada na Res. CJF n. 63/2009,
estabelece a tramitação direta de inquérito policial entre a Polícia Federal e o Ministério Público
Federal. STJ. 5ª Turma. RMS 46165-SP, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 19/11/2015 (Info
574).
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia>.

9- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA.


I – Mesmo sendo considerado atribuição exclusiva da autoridade policial, por meio do qual a
autoridade policial aponta determinada pessoa como a autora do ilícito em apuração, entende-
se que o magistrado pode requisitar à autoridade policial o indiciamento em investigação
criminal.
II – Por inquérito policial compreende-se o conjunto de diligências realizadas pela autoridade
policial para obtenção de elementos que apontem a autoria e comprovem a materialidade das
infrações penais investigadas, permitindo ao Ministério Público (nos crimes de ação penal
pública) e ao ofendido (nos crimes de ação penal privada) o oferecimento da denúncia e da
queixa-crime.
III – Na atualidade, a despeito da função primordial do inquérito policial no sentido de obter
elementos para que a parte legitimada possa intentar a competente ação penal – a denominada
função preparatória –, muitos doutrinadores tem nele vislumbrado, também, outra ordem de
função – a função preservadora, relacionada ao intuito de evitar imputações infundadas ou
levianas.
a) Todas estão corretas.
b) Apenas I e II estão corretas.
c) Apenas I e III estão corretas.
d) Apenas II e III estão corretas.
e) Todas estão incorretas

Gabarito: D
I – INCORRETA - O magistrado não pode requisitar o indiciamento em investigação criminal. Isso
porque o indiciamento constitui atribuição exclusiva da autoridade policial. É por meio do
indiciamento que a autoridade policial aponta determinada pessoa como a autora do ilícito em
apuração. Por se tratar de medida ínsita à fase investigatória, por meio da qual o delegado de
polícia externa o seu convencimento sobre a autoria dos fatos apurados, não se admite que seja
requerida ou determinada pelo magistrado, já que tal procedimento obrigaria o presidente do
inquérito à conclusão de que determinado indivíduo seria o responsável pela prática criminosa,
em nítida violação ao sistema acusatório adotado pelo ordenamento jurídico pátrio. Nesse mesmo
sentido é a inteligência do art. 2º, § 6º, da Lei 12.830/2013, que afirma que o indiciamento é ato
inserto na esfera de atribuições da polícia judiciária. STJ. 5ª Turma. RHC 47984-SP, Rel. Min. Jorge
Mussi, julgado em 4/11/2014 (Info 552). STF. 2ª Turma. HC 115015/SP, Rel. Min. Teori Zavascki,
julgado em 27/8/2013 (Info 717). CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Buscador Dizer o Direito,
Manaus. Disponível em: <https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia>.
II – CORRETA - Por inquérito policial compreende-se o conjunto de diligências realizadas pela
autoridade policial para obtenção de elementos que apontem a autoria e comprovem a
materialidade das infrações penais investigadas, permitindo ao Ministério Público (nos crimes de
ação penal pública) e ao ofendido (nos crimes de ação penal privada) o oferecimento da denúncia
e da queixa-crime. Avena, Norberto Cláudio Pâncaro. Processo penal / Norberto Avena. – 9.ª ed.
rev. e atual. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2017. p. 120.
III – CORRETA - Tratando-se de um procedimento inquisitorial, destinado a angariar informações
necessárias à elucidação de crimes, não há ampla defesa no seu curso. E, como veremos mais à
frente (item 4.3), não afeta essa natureza inquisitiva a modificação determinada pela Lei
13.245/2016 ao Estatuto da OAB (Lei 8.906/1994), que passou a estabelecer, no seu art. 7.º, inciso
XXI, como direito do Advogado “assistir a seus clientes investigados durante a apuração de
infrações, sob pena de nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento e,
subsequentemente, de todos os elementos investigatórios e probatórios dele decorrentes ou
derivados, direta ou indiretamente [...]”. Afinal, referida alteração legislativa não modificou o
Código de Processo Penal de modo a estabelecer a obrigatoriedade da assistência de advogado ao
investigado durante o inquérito. Não foi isto, enfim, o que fez o legislador. O que fez, isto sim, foi
assegurar o direito do advogado em assisti-lo, não podendo esse direito, quando requerido o seu
exercício, ser obstado sob pena, agora sim, de nulidade do interrogatório, do depoimento e de
todos os atos que daí decorrerem. Mas, atenção: na atualidade, a despeito da função primordial
do inquérito policial no sentido de obter elementos para que a parte legitimada possa intentar a
competente ação penal – a denominada função preparatória –, muitos doutrinadores tem nele
vislumbrado, também, outra ordem de função – a função preservadora, relacionada ao intuito de
evitar imputações infundadas ou levianas. Tal linha de pensamento, ao fim e ao cabo, importa em
afastar a clássica função unidirecional da investigação criminal, voltada exclusivamente para a
acusação. Avena, Norberto Cláudio Pâncaro. Processo penal / Norberto Avena. – 9.ª ed. rev. e
atual. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2017. p. 120.

10- Os prazos para conclusão do Inquérito Policial:


a) Nos crimes contra a economia popular, são de 15 dias, improrrogáveis, estando o indiciado
preso ou solto.
b) São de 10 dias se o indiciado estiver preso e de 30 dias se estiver solto, caso em que se admite
prorrogação.
c) São de 30 dias se o indiciado estiver preso e 90 dias se estiver solto se tratar-se de apuração de
crimes da lei de drogas, sendo tais prazos improrrogáveis.
d) São de 10 dias se o indiciado estiver preso e de 30 dias se estiver solto, não se admitindo
prorrogação.
e) Se tratar-se de apuração de crimes da lei de drogas, são de 30 dias se o indiciado estiver preso e
90 dias se estiver solto, sendo tais prazos prorrogáveis apenas se o indiciado estiver solto.

Gabarito: B
a) Art. 10, § 1º, lei 1.521/51 - Os atos policiais (inquérito ou processo iniciado por portaria)
deverão terminar no prazo de 10 (dez) dias.
b) Art. 10, CPP. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso
em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia
em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante
fiança ou sem ela.
§ 3o Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade poderá
requerer ao juiz a devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo
marcado pelo juiz.
c) Art. 51, lei de drogas. O inquérito policial será concluído no prazo de 30 (trinta) dias, se o
indiciado estiver preso, e de 90 (noventa) dias, quando solto.
Parágrafo único. Os prazos a que se refere este artigo podem ser duplicados pelo juiz, ouvido o
Ministério Público, mediante pedido justificado da autoridade de polícia judiciária.
d) Art. 10, CPP. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso
em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia
em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante
fiança ou sem ela.
§ 3o Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade poderá
requerer ao juiz a devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo
marcado pelo juiz.
e) Art. 51, lei de drogas. O inquérito policial será concluído no prazo de 30 (trinta) dias, se o
indiciado estiver preso, e de 90 (noventa) dias, quando solto.
Parágrafo único. Os prazos a que se refere este artigo podem ser duplicados pelo juiz, ouvido o
Ministério Público, mediante pedido justificado da autoridade de polícia judiciária.

PRAZO PARA CONCLUSÃO DO INQUÉRITO POLICIAL (EM DIAS)

PRESO SOLTO

REGRA GERAL 10 30
(ART. 10 DO CPP)

LEI DE DROGAS 30 + 30 90 + 90
(ART. 51, LEI 11.343/06)

IP MILITAR 20 40 + 20

IP FEDERAL 15 + 15 30

CRIMES CONTRA 10 10
ECONOMIA POPULAR

Slides – Aula 2- Processo Penal – Professora Lorena Ocampos.

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