MARQUES, ambos, devidamente qualificados nos autos do processo em epígrafe, vem, respeitosamente, por sua advogada subscrita, à presença de Vossa Excelência apresentar MANIFESTAÇÃO AOS EMBARGOS opostos por VIVA VISTA ENCANTO SPE EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA., também devidamente qualificada nos autos pelos efeitos infringentes que faz nos seguintes termos:
I – DO NÃO CABIMENTOS DOS EMBARGOS
Deserta a pretensão da Embargante em reformar a r. sentença
condenatória, pois cristalina são as considerações ali impressas, devendo, por medida processual, considerar:
I.I – INEXISTÊNCIA DO BIS IN IDEM
Alega a parte contrária:
Rua Guido Bianchi, 121-A – Parque da Figueira – Paulínia/SP – 13.140-830 (19) 3933-2677 - (19) 9946-5071 - (19) 99188-3385 E-mail: glaucienebb@hotmail.com “(1) O v. acordão manteve a sentença ao pagamento de lucros cessantes pelo período de indisponibilidade do imóvel, nos seguintes termos;
Esta C. Câmara estipulou taxa de 0,5% do valor
atualizado do contrato para o fim de compensar este tipo de dano. Os valores são devidos por mês de atraso, contados a partir do fim do prazo de tolerância até a efetiva conclusão da obra (data da entrega das chaves).
No entanto, resta dúvida a respeito da liquidação da
sentença.
A r. sentença condena pagamento de 0,5%
mensal sobre o valor atualizado do contrato, e após, corrigir novamente os 0,5% mês a mês a partir do período da mora (30/09/2015) até a entrega das chaves, acrescidos de juros moratórios legais a contar da citação.
As parcelas que se extrai dos lucros cessantes já
são do valor do imóvel “atualizado”.
Assim, não se pode atualizar o valor do imóvel até
a data do pagamento e depois ainda atualizar novamente os lucros cessantes”.
Evidente não haver dupla condenação, ou entendimento dúbio no
sentido da liquidez da sentença. A decisão estipula pagamento e atualização de valores, espécies diferentes dentro de um universo financeiro. Quanto aos juros, devidos diante dos danos reconhecidos e não questionados nas declarações dos Embargos ora enfrentados.
Portanto, impossível deixar de notar-se certa artimanha processual
da Embargante, pois, protelação em cumprimento de sentença por oposição desnecessária de embargos caracteriza litigância de má-fé, atitude prejudicial à saúde da Justiça e das instituições democráticas, certo ser o Direito remédio que busca a paz e o equilíbrio social, devendo sua dosimetria e ministério sedimentar-se na solução dos conflitos, não no desgaste do tecido jurídico pelo prolongamento desnecessário dos procedimentos judiciais.
(19) 3933-2677 - (19) 9946-5071 - (19) 99188-3385 E-mail: glaucienebb@hotmail.com I. II – DOS HONORÁRIOS CONTRATUAIS
Alude a Embargante:
N. Desembargador Relator, se vislumbra omissão no v.
acordão em relação ao tópico da Apelação desta Embargante quanto ao descabimento do reembolso dos honorários contratuais às fls. 278/280.
Certo é, se tratar de jurisprudência pacífica deste
tribunal o descabimento da configuração dos honorários contratuais como dano material, uma vez que, não participa o Réu do valor entabulado entre Autor e seu Advogado(a).
Desta forma, se reconhecido o descabimento do
reembolso dos honorários contratuais da Embargada, patente é a sucumbência reciproca entre as partes, devendo a Embargada pagar honorários sucumbências em 10% do pretenso valor.
Tal entendimento não deve ser acolhido, pois não há omissão no v.
acordão não podendo haver fatiamento da sucumbência ou mesmo pretensa reciprocidade, haja vista o caráter primeiro deste tipo de honorários, bem como explica o professor José Rogério Tucci:
O princípio da causalidade continua a justificar a
responsabilidade pela sucumbência, como se infere do caput do artigo 85: quem perdeu deve arcar com os honorários do advogado do vencedor.
Ademais, prestigiando, em vários aspectos, o
posicionamento que já prevalecia na jurisprudência, o parágrafo 1º do artigo 85 estabelece que são devidos honorários: a) na reconvenção; b) no cumprimento de sentença, provisório ou definitivo; c) na execução, resistida ou não; e d) nos recursos (TUCCI, 2019).