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CICLO PDCA E AS FERRAMENTAS DA QUALIDADE - ESTUDO DE CASO

André Coelho Braga


Universidade Estadual de Maringá - UEM
andrecoelhobraga@hotmail.com

Syntia Lemos Cotrim


Universidade Estadual de Maringá - UEM
syntialceng@gmail.com

Victor Augusto Dias Machado


Universidade Estadual de Maringá - UEM
vadmachado@outlook.com

Resumo
As organizações atualmente estão envolvidas em cenários cada vez mais
turbulentos e necessitam de mudanças e adaptações de forma rápida e que
atendam as necessidades de seus clientes. Assim, o objetivo deste trabalho foi
analisar como o Ciclo PDCA, juntamente com as ferramentas da Engenharia da
Qualidade e o método A3 para desdobramento do ciclo, podem auxiliar as
organizações a atingirem seus objetivos na área de processos. Desta forma, a
pesquisa sendo aplicada em uma empresa de médio porte, teve a finalidade de
solucionar um problema de forma ágil, no setor de montagem.
Palavras-Chave: Ciclo PDCA, Qualidade, A3, Solução de Problemas.
1. Introdução
O mercado busca incessantemente por produtos de melhor qualidade e de menor
custo. Para suprir esses requisitos, as empresas se organizam como podem,
tornando toda a sua estrutura de forma volátil e pronta para se reinventar e mostrar
a seus clientes sua capacidade de adaptação às novas regras.
Diante desse contexto de mudanças, sempre com o intuito de melhorar ou pelo
menos manter a qualidade, essas organizações buscam ferramentas que as
auxiliem na inovação de seus produtos e processos. O desenvolvimento pode ser
acentuado como “um processo dinâmico de melhoria e evolução”, e a economia
sendo uma “ciência social que estuda a produção, distribuição e consumo de bens e
serviços” (NEVES, 2002, p.276).
Desta forma, o presente artigo tem por objetivo analisar como a utilização de
ferramentas da qualidade, tais como gráfico de Pareto, Diagrama de Ishikawa, 5
Why’s ( Por ques) e 5W1H, pode auxiliar na solução de problemas de forma rápida
em uma linha de montagem.
2. Referencial Teórico
2.1 Ciclo PDCA
Werkema (1995, p. 17), define o ciclo PDCA como “um método gerencial de tomada
de decisões para garantir o alcance de metas necessárias à sobrevivência de uma
organização”. Considerando a definição de que um problema é um resultado
indesejável de um processo, o PDCA pode ser visto como um método de tomada de
decisões para a resolução de problemas organizacionais. Assim, o PDCA indica o
caminho a ser seguido para que as metas estipuladas possam ser alcançadas.
2.2 Ferramentas da Qualidade
Segundo Miguel (2001), as ferramentas da qualidade visam, por meios estatísticos
ou de controle, auxiliar no processo de implantação de programas de qualidade nas
empresas. Sendo explorada no presente artigo a folha de verificação, que segundo
Aguiar (2002), o objetivo desta é organizar, simplificar e otimizar mantendo as
informações das coletas de dados registradas.
2.3 Método A3
O método A3 é uma ferramenta que estabelece uma estrutura correta para
implementar a gestão PDCA. Sua aplicação ajuda a levar os autores dos relatórios a
uma compreensão mais profunda do problema ou da oportunidade. O método A3
facilita na coesão e o alinhamento interno da organização em relação ao melhor
curso de ação (SOBEK; SMALLEY, 2010). É importante, também, segundo Liker e
Meier (2007), que o A3 só consegue ser tão bom quanto o processo que o gera. Se
não há um processo de solução de problemas adequado, não se resultará em boas
soluções.
3. Materiais e Métodos
A empresa a ser feito o estudo é uma empresa de médio porte fabricante de
máquinas que geram energia pneumática, produzindo em média 140 compressores
por dia. Para a solução de problemas determinou-se os seguintes passos:
Identificação da anomalia; Análise das causas; Solução imediata para que a
produtividade não fosse afetada; Identificação da causa raiz; Plano de ação atuante
em responsabilidades divididas; Plano de verificação e quantificação de resultados.
No plano de ação, houve também atividades de um prazo maior para que a
anomalia pudesse ser tratada em sua causa raiz.
4. Resultados e Discussões
Com o objetivo de adequação de suas máquinas fabricadas às recomendações da
NR 12, norma que traz em foco a segurança do trabalho estabelecendo requisitos
mínimos para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho nas fases de projeto
e utilização de máquinas e equipamentos de todos os tipos alinhando-se a
necessidade de redução de custos do produto.
Foi realizada a mudança de um elemento de fixação em um acessório de proteção
anexo a máquina, onde se utilizava como elemento de fixação parafuso e porca, foi
trocado por parafusos auto atarraxante.
Logo no início de sua produção foram notados retrabalhos nessa fixação em
demasiados produtos. Para a resolução da anomalia foi utilizado o método A3 onde
se faz todo o desdobramento de um ciclo PDCA em, literalmente, uma folha A3,
conforme indicado na Figura 1.

Figura 1 - Folha A3 ilustrando o desdobramento do ciclo PDCA

Analisando os dados registrados nos retrabalhos, qualificou-se por meio de um


Gráfico de Pareto ilustrado na folha A3 da Figura 1 o alvo a ser definido para a
solução do problema. Conforme ilustrado na Figura 2.
Figura 2 – Gráfico de Pareto

Logo após a identificação, pudemos fazer a análise da causa utilizando o Diagrama


de Ishikawa e os 5 Porquês conseguindo diferenciar e acompanhar as inúmeras
causas envolvidas na anomalia.
De acordo com suas normas, para que um parafuso quebre tem de ser analisado o
torque definido na máquina pneumática usada no auxílio da fixação, o diâmetro do
furo para a formalização da rosca e, alinhado com o anterior, a espessura da chapa
onde o parafuso terá que formar a rosca.
Para isso, o fabricante disponibiliza catálogos com as especificações técnicas de
seus produtos, indicando as aplicações ideais para cada tipo de parafuso. O
parafuso causador da anomalia indicava que para chapas de espessura de 3,2 mm,
o furo definido tivesse 5,8 mm de diâmetro e para chapas com 2,6 mm de
espessura, o furo deveria ter 5,2 mm de diâmetro.
No momento da definição do projeto, não se atentou às tais especificações e foi
definido que o furo possuísse 5,0 mm de diâmetro, o que poderia estar causando a
anomalia.
Para a resolução do problema definiu-se que utilizaria de forma provisória o parafuso
auto brocante 6,3 x 1’’, o qual além de possuir a função de formar a rosca também
abre o furo necessário para sua fixação, fazendo que conseguíssemos admitir a
variação no processo do setor causado pelo setor fornecedor até que a matriz de
furação das chapas pudesse ser retrabalhada.
Em um prazo de um mês a matriz foi retrabalhada e com a entrada das novas
dimensões do furo voltou-se a usar o parafuso auto atarraxante não ocasionando
mais retrabalhos obtendo como resultado 0% de quebras de parafusos nessa
fixação.
3.1 Considerações finais
Com este estudo, concluímos que o ciclo PDCA (Planejamento, Execução,
Verificação, Ação) é de extrema importância para a melhoria contínua, minimização
do desperdício, aumento da produção e padronização do processo produtivo.
O objetivo deste trabalho foi alcançado, uma vez que foi demonstrada uma aplicação
do ciclo PDCA desdobrado em uma folha A3, a qual se utiliza pela rapidez,
simplicidade e adequação a qualquer situação, podendo ser aplicada na própria
linha de montagem no momento da identificação da anomalia. Desta forma, sugerem-
se futuros estudos que visem aprofundar este ciclo e disseminar a melhoria
contínua.
Referências
FONSECA, Augusto V. M. da; MIYAKE, Dario Ikuo. Uma análise sobre o Ciclo PDCA
como um método para solução de problemas da qualidade. In: ENEGEP, 26., 2006,
Fortaleza. Artigo. Fortaleza: Enegep, 2006. p. 1 - 9.

OLIVEIRA, Nicolas Horlle de; NODARI, Christine Tessele. Metodologia do Relatório A3


para Solução de Problemas. Gestão e Produção, São Paulo, v. -, n. -, p.1-18, jan. 2000.

História Geral: a Construção de um Mundo Globalizado - 2 grau - JOANA NEVES - Saraiva


- Didáticos

MIGUEL, P. A. C.. Qualidade: enfoques e ferramentas. São Paulo: Artliber Editora, 2001.

AGUIAR, S. Integração das Ferramentas da Qualidade ao PDCA e ao Programa Seis Sigma.


Belo Horizonte: Editora de Desenvolvimento Gerencial, 2002.

WERKEMA, M.C.C. As Ferramentas da Qualidade no Gerenciamento de Processos. Belo


Horizonte: Fundação Christiano Ottoni, 1995.
Criando a Cultura Seis Sigmas. Rio de Janeiro: Qualitymark Ed., 2002. (Série Seis Sigma; V.

SOBEK II, D. K.; SMALLEY A. Entendendo o pensamento A3: um componente crítico do


PDCA da Toyota. Porto Alegre: Bookman, 2010.

LIKER, JEFFREY K,; MAIER, DAVID. O modelo Toyota: manual de aplicação; tradução
Lene Belen Ribeiro - Porto Alegre: Bookman, 2010.

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