Vous êtes sur la page 1sur 115

MANUAL DE

UTILIZAÇAO DO
PROGRAMA
ENDIREITA
PROGRAMA DE PROMOÇAO DE
COMPETENCIAS PESSOAIS E SOCIAIS

Direção-Geral De Reinserção e Serviços Prisionais Carlota Mendes Gomes


Faculdade De Motricidade Humana 2016
Enquadramento

A delinquência tem vindo a ser um tema recorrente nos últimos tempos, por ser um fenómeno
de problematização social, inclusive em Portugal (Rosado, 2004).
O termo delinquência tem vindo a assumir diferentes designações, no entanto, a mais
comummente utilizada, por ser a mais abrangente, é o termo comportamento antissocial, que
diz respeito a um espectro de comportamentos disruptivos que infringem as regras e as
expetativas socialmente estabelecidas (Oliveira, 2011). Os jovens delinquentes apresentam um
padrão de comportamentos antissociais que, de acordo com o DSM-V (American Psychiatric
Association [APA], 2013), caraterizam-se por apresentarem pouca empatia, não se importarem
com os sentimentos dos outros e poderem ou não sentir culpa ou remorsos. Estes tendem a ter
uma perceção negativa das intenções dos outros e um baixo autocontrolo, fraca tolerância à
frustração e alguma irritabilidade. As suas decisões são tomadas no momento, dado que o seu
elevado grau de impulsividade não permite que planeiem acontecimentos futuros (APA, 2013),
visto que estes utilizam estratégias rápidas e não consideram muitas alternativas de resposta,
apresentando um fraco reportório de resolução de problemas (Padovani, Schelini & Williams,
2009). Isto vai de encontro a um estudo realizado por McMurran, Blair e Egan (2002), em que
os resultados obtidos indicam que elevados níveis de impulsividade, que, como foi referido
anteriormente, é uma caraterística desta população, conduzem a um fraco reportório de
competências de resolução de problemas. Estes indivíduos apresentam igualmente dificuldades
ao nível da comunicação e interação social, sendo que este défice nas competências sociais
poderá estar na génese de muitos comportamentos agressivos (Favre & Fortin, 1999).
As competências sociais e linguísticas são essenciais em todas as interações interpessoais, sendo
estas formais ou informais (Snow & Powell, 2008). Segundo as mesmas autoras, os jovens
delinquentes possuem dificuldades tanto ao nível do processamento da linguagem dos outros,
como em organizar os seus próprios pensamentos, experiências e ideias e expressá-los
verbalmente. Esta lacuna ao nível da comunicação dificulta o estabelecimento e manutenção de
relações pró-sociais e, consequentemente, a participação em papéis sociais adequados. Assim,
devido ao défice apresentado, estes indivíduos tendem a adotar comportamentos que são
frequentemente mal interpretados, penalizando-os socialmente (Snow & Powell, 2008).
Também segundo um estudo realizado por Palmer e Hollin (1999), com jovens transgressores,
foi verificado que a competência social é o preditor mais forte da delinquência. Neste estudo
verificaram que quando a competência social diminui, aumenta a impulsividade, e, por outro
lado, quando a competência social aumenta, aumenta também o autocontrolo e a moralidade.
Posto isto, tendo em conta que os défices nas competências sociais e na comunicação podem
comprometer a capacidade de negociar e lidar com os acontecimentos do dia-a-dia de uma
maneira socialmente competente e aceitável (Snow & Powell, 2008), e que o défice tanto no
âmbito da resolução de problemas (Golden, 2002), como na autorregulação (Buker, 2011;
Barnes & Boutwell, 2012) está associado a comportamentos criminais, estas deverão constituir
áreas alvo de intervenção, principalmente nesta população.

Para que se possam realizar intervenções eficazes e eliminar este tipo de comportamentos, é
importante conhecer os fatores determinantes que podem estar na base destes. Estes fatores
podem ser de vários domínios, podendo ser caraterísticas individuais, como é o caso de stress,
vulnerabilidade genética, de ordem fisiológica, psicológica, cognitiva e comportamental;
relacionamento com pares e/ou fatores sociais e situacionais (Simões, Matos & Batista-Foguet,
2008). Cada um destes fatores pode assumir o papel de fator de risco, isto é, aumentar a
probabilidade de ocorrer um comportamento antissocial, ou de fatores de proteção, que inibem
este género de comportamentos (Simões, 2007). Alguns dos fatores de risco referenciados na
literatura são a impulsividade (Farrington, 1996, 2001), a associação com pares delinquentes
(Farrington, 2001; Ventura, 1999; Ferreira, 2000), a ausência de apoio social (Paludo & Koller,
2005) e familiar, bem como a existência de violência doméstica e no bairro (Rae-Grant,
McConville, Kenned, Vauh & Streiner, 1999).

É de extrema importância eliminar estes fatores ou atenuar os seus efeitos destes no indivíduo.
De acordo com diversos estudos, as dificuldades ao nível da aprendizagem social e lacunas
comportamentais podem ser ultrapassadas através de um programa de competências sociais,
que intervenha sobre o indivíduo e sobre o seu envolvimento relacional (Matos & Tomé, 2012).
O desenvolvimento de competências pessoais e sociais abrange todas as vertentes individuais
(através do desenvolvimento da autoestima e autoconceito), relacionais (promovendo
comportamentos assertivos e relações interpessoais) e emocionais (autorregulação) do
indivíduo (Matos & Tomé, 2012).
Estes programas têm como objetivo diminuir as dificuldades ao nível da comunicação,
desenvolvendo as competências de comunicação interpessoal, treino da assertividade,
aprendizagem de habilidades sociais, resolução de problemas sociais e capacidade de enfrentar
situações novas (Loureiro, 2013). Desta forma, permitem também a cada indivíduo refletir sobre
o modo de relacionamento com os outros e a procurar outras alternativas de resposta mais
ajustadas à situação (Silva, Santinha, Alão, Alves, Sampaio & Carvalho, 1997).
Podendo a delinquência trazer consequências negativas para a população em geral (Negreiros,
2008), torna-se cada vez mais necessário combater este problema político e social, através de
propostas de intervenção mais eficazes (Carvalho, 2005). Assim, pretende-se, com os programas
de competências sociais, atingir mudanças ao nível do comportamento social e que estas sejam
generalizadas para as interações no mundo real (Spence, 2003).

Concretização do Programa

Ao longo dos últimos anos, as abordagens cognitivocomportamentais foram alvo de diversos


estudos, tendo sido introduzidas e aplicadas em diferentes áreas, inclusiva ao nível da justiça.
Segundo uma revisão realizada por Vaske, Galyean e Cullen (2011), a abordagem
cognitivocomportamental tem vindo a mostrar-se como a mais eficaz na redução da
reincidência. Também, segundo Brazão, Motta e Rijo (2013), nas últimas décadas, os programas
mais utilizados para a reabilitação de jovens e adultos delinquentes utilizam como abordagem a
cognitivocomportamental, tendo em conta a sua eficácia demonstrada.

Sendo assim, apesar de já existirem alguns programas que visam alterar os pensamentos
criminais dos indivíduos delinquentes, o programa aqui desenvolvido e implementado difere
dos mesmos em dois pontos principais: domínios e competências trabalhadas e pela introdução
da abordagem de carácter psicomotor na sua implementação

 Domínios e competências trabalhadas

Tendo em conta a eficácia já evidenciada na literatura, o objetivo geral deste programa –


promover as competências pessoais e sociais - vai ao encontro do já estabelecido noutros
programas já existentes. No entanto, neste programa foi dado especial enfoque a três domínios
principais: Comunicação Interpessoal, Autorregulação e Resolução de Problemas. Estas áreas
foram escolhidas tendo em conta os défices e caraterísticas desta população, especificados no
DSM-V e na restante literatura encontrada. Escolheu-se como uma das áreas de intervenção a
comunicação interpessoal, tendo em consideração que indivíduos com comportamentos
delinquentes por vezes tendem a interpretar erradamente as mensagens que os outros
transmitem, a ter dificuldades no reconhecimento dos seus próprios sentimentos e dos outros
e eles próprios a utilizar de forma errada e não coerente a linguagem verbal e não-verbal. A
escolha da autorregulação como área de intervenção surgiu devido à dificuldade por parte desta
população em controlar os sentimentos, principalmente frustração e raiva, a lidar com o stress
e a conter comportamentos impulsivos. Já no caso da Resolução de Problemas, tendo em conta
que estes indivíduos possuem uma dificuldade em planear antecipadamente e que as decisões
são tomadas no momento, pretende-se estimular o pensamento sequencial, a recolha e análise
de alternativas para a resolução de problemas, tendo em conta as consequências de cada uma
delas, isto é, a capacidade de enfrentar e resolver problemas de forma racional e ponderada.
Cada uma destas áreas está dividida em subtemas, seis na área da Comunicação Interpessoal,
sete na área da Autorregulação e cinco na área da Resolução de Problemas. Estes subtemas
foram estipulados de acordo com programas de intervenção na área das competências sociais
encontrados para esta população, nomeadamente o Thinking for a Change (Bush, Glick,
Taymans & Guevara, 2011) Reasoning and Rehabilitation (Ross & Fabiano, 1991) e Structured
Learning training program (Goldstein, Sprafkin, Gershaw & Klein, 1980) e com a literatura
recolhida. Estes subtemas estão organizados de maneira a que sirvam de suporte uns aos outros,
isto é, e.g., no caso da área da Comunicação Interpessoal, inicia-se com o subtema comunicação
não-verbal, que posteriormente será utilizado e relembrado na escuta ativa e nas sessões
consecutivas; no caso da Autorregulação, trabalha-se inicialmente o autoconceito, para que
posteriormente se possa desenvolver o reconhecimento e expressão de sentimentos, o lidar
com o stress, fracasso, acusações e raiva; no caso da Resolução de Problemas, definiu-se como
primeiro passo do pensamento sequencial a identificação do problema, o recolher informações
e definir objetivos, em seguida procurar alternativas, avaliar as vantagens e desvantagens de
cada uma e, posteriormente, construir um plano, executá-lo e avaliá-lo.

 Introdução da psicomotricidade na sua intervenção

A intervenção psicomotora é uma prática de mediação corporal que tem como objetivo auxiliar
na superação de problemas ao nível da maturação, desenvolvimento, aprendizagem e
comportamento, contribuindo para a realização do indivíduo enquanto pessoa (Martins, 2001).
A intervenção na psicomotricidade possui diversas possibilidades de atuação, podendo
trabalhar-se na educação, reeducação, prevenção e terapia, em todas as etapas do
desenvolvimento humano, desde as crianças aos idosos (Aragón, 2007). É uma intervenção
flexível e adaptável às caraterísticas do sujeito, mantendo sempre o objetivo de alterar a atitude
do indivíduo consigo próprio e com os meios onde está inserido (Ballouard, 2003).Esta tem em
conta o contexto ecológico e cultural onde o indivíduo está inserido, objetivando assim facilitar
a sua interação com os diferentes ecossistemas da sociedade e promover a sua adaptação
(Fonseca, 2010).
A psicomotricidade utilizada diversas metodologias na sua intervenção: técnicas de relaxação e
consciência corporal, atividades lúdicas, terapias expressivas, atividade de recreação
terapêutica, atividade motora adaptada e atividades de consciencialização motora (Associação
Portuguesa de Psicomotricidade [APP], 2012). No âmbito específico deste programa de
competências pessoais e sociais, desenvolvido para a população em questão (jovens adultos
com comportamentos delinquentes), foi colocado especial enfoque no trabalho de consciência
corporal, mais especificamente na relaxação, e em atividades lúdicas.

- Atividades lúdicas

O jogo pode ser utilizado como promotor da cooperação interpessoal, com a ajuda de regras de
funcionamento de grupo. Estas regras não possuem uma conotação negativa, com caráter
punitivo, mas sim como organizadoras de um espaço grupal (Matos & Simões, 2001). Ao
interagir com os outros, em atividades planeadas, os indivíduos aprendem e interiorizam
valores, conceitos e regras sociais, desenvolvendo a sua existência enquanto ser social (Cró,
Andreucci, Pereira & Pinho, 2011). Para além disso, através destas atividades eles experienciam
situações que podem gerar ansiedade, preparando-os para lidar com acontecimentos do dia-a-
dia (Cró et al., 2011). As atividades realizadas no âmbito da intervenção psicomotora promovem
a socialização, permitindo recuperar sensações e emoções, através da comunicação com os
outros (Madera, 2005).

- Relaxação

As técnicas de relaxação ensinam o indivíduo a desenvolverem uma reposta diferente e mais


saudável, quer relativamente a situações exteriores quer relativamente a si próprio (Fonseca,
2007). Este trabalho realiza-se primeiramente através da consciencialização corporal, seguido
de um aumento de consciência dos estados internos e psicológicos do indivíduo, bem como das
suas potencialidades (Fonseca, 2007). A relaxação provoca no indivíduo respostas imediatas,
como a diminuição da pressão sanguínea, da frequência cardíaca, do ritmo respiratório e do
consumo de oxigénio e respostas a longo prazo, como a diminuição da ansiedade e da depressão
e num aumento da capacidade para lidar com situações stressantes da vida (Elias, 2001).
As técnicas de relaxação viabilizam a modificação do comportamento, seja no âmbito de uma
intervenção uni ou multimodal (Vera & Villa, 2002). Estas propiciam uma melhoria na qualidade
de vida tanto no âmbito físico, por exemplo na redução de tensões, como no âmbito social,
atenuando as dificuldades através da redução da ansiedade (Souza, Forgione & Alves, 2000).
Algumas técnicas de relaxação utilizadas são a relaxação progressiva de Jacobson (1929) e o
treino autógeno de Schultz (1932). A relaxação progressiva pretende levar o indivíduo a um
estado profundo de relaxação muscular, através da alternância entre a contração e
descontração dos músculos do corpo, ensinando-o a diferenciar habitualmente quando o
músculo está tenso ou relaxado e alcançar, por si mesmo, o relaxamento muscular que é
necessário. O treino autógeno é um género de auto hipnose que enfoca processos fisiológicos
como a sensação de calor, de peso, batimentos cardíaco e ciclos respiratórios, utilizando auto
instruções que provocam essas sensações e induzem a sensação de estar relaxado (Filho, 2009).
Neste sentido, é possível compreender a importância da promoção de competências sociais,
associada à intervenção psicomotora, como uma mais-valia na autorregulação emocional e
comportamental do indivíduo, bem como para o seu desenvolvimento global do indivíduo.

O programa desenvolvido tem como orientação base a promoção de competências pessoais e


sociais, visando deste modo a aquisição de um conjunto alargado de competências neste
espetro e através destas a redução da reincidência e comportamentos criminais. Os objetivos
gerais e específicos para esta intervenção foram estabelecidos tendo em conta os dados
encontrados na literatura, sendo estes: promover a comunicação interpessoal, a
autorregulação, ao nível emocional e comportamental; desenvolver as competências de
resolução de problemas e promover o bem estar psicológico.

Formato do programa

O programa consiste em 22 sessões, distribuídas por três domínios principais: Comunicação


Interpessoal, Autorregulação e Resolução de Problemas. A comunicação interpessoal pretende
preparar os indivíduos para estabelecerem relações saudáveis e envolverem-se em interações
pró-sociais, baseadas no respeito e na compreensão e consideração do impacto das suas ações
sobre os outros. A autorregulação visa promover nos indivíduos a consciência de si mesmos e a
capacidade de refletir acerca dos seus pensamentos, sentimentos e atitudes antissociais,
fornecendo as ferramentas necessárias para controlá-los e transformá-los. A resolução de
problemas pretende fornecer aos participantes competências para lidarem com as situações
stressantes e desafiadoras do quotidiano, através de etapas explicitamente definidas. O
programa integra estes três tipos de intervenção da seguinte forma:

 Sessão 1 – Introdução ao programa e a avaliação inicial


 Sessão 2-7 – Comunicação interpessoal
 Sessão 8 – Avaliação intercalar
 Sessão 9-15 – Autorregulação
 Sessão 16 – Avaliação intercalar
 Sessão 17-21 – Resolução de problemas
 Sessão 22 – Avaliação final
Na Figura 1 encontra-se apresentada a estrutura e componentes do programa, incluindo os
principais domínios trabalhados e os respetivos subtemas.

Comunicação Resolução de
Autorregulação Identificar o
Interpessoal Avaliação Inicial Autoconceito Problemas
problema

Definir
Comunicação Reconhecer objetivos e
não-verbal sentimentos recolher
informações

Expressar Procurar
Escuta ativa
sentimentos alternativas

Vantagens e
Lidar com o desvantagens,
Fazer perguntas
Stress escolher
alternativa

Lidar com Fazer um plano,


Dar feedback críticas e executá-lo e
acusações avaliá-lo

Dar e receber Lidar com o Avaliação Final


elogios fracasso

Exprimir Controlo da
desacordo raiva

Avaliação Avaliação

Figura 1 – Estrutura e componentes do Programa


Formato do Guia de Sessão

A descrição das sessões encontra-se num formato de duas colunas, em que a coluna da esquerda
diz respeito à estrutura e organização da sessão e a coluna da direita inclui exclusivamente dicas
e sugestões para o dinamizador. Na coluna da esquerda estão apresentados os objetivos da
sessão, o tempo estimado para cada atividade, os materiais necessários e a descrição das
atividades a serem realizadas.

Seleção do Participante

Os membros do grupo devem ser previamente selecionados, tendo em conta algumas


características, como por exemplo, a idade e capacidades cognitivas/grau académico. O grupo
deverá ser o mais homogéneo possível, de maneira a otimizar os resultados e o impacto da
intervenção em todos os participantes. Após a escolha dos membros do grupo, deverá ser
realizada uma entrevista individual com cada participante, de maneira a sensibilizá-los para a
participação do programa, esclarecer-lhes a aplicabilidade e utilidade do mesmo no seu dia-a-
dia e no seu processo judicial, bem como perceber qual a disponibilidade e motivação do
indivíduo.

Número de elementos/frequência da intervenção

O grupo de intervenção deverá integrar entre 8 a 12 elementos, de maneira a otimizar a


intervenção. Relativamente à frequência das sessões, tal como a maior parte das intervenções
cognitivocomportamentais recomenda a que a intervenção ocorra entre duas a três vezes por
semana. Apesar de ser esta a frequência ideal, se tal não poder ocorrer, sugere-se uma a duas
sessões por semana.

Sessões

As sessões trabalham conceitos que os membros do grupo aprendem a aplicar em suas situações
da vida diária através das atividades propostas. Cada sessão obedece a uma estrutura pré-
estabelecida, estando esta organizada nos seguintes momentos: diálogo inicial, as atividades
centrais, período de retorno à calma e diálogo final. No primeiro momento, diálogo inicial, são
revistos os conteúdos abordados na sessão anterior, de maneira a relembrar e apurar o que
ficou retido e, de seguida, é introduzido o tema da sessão, fazendo-se uma introdução a essa
temática. No segundo momento, são realizadas atividades com vista ao desenvolvimento dos
objetivos específicos da intervenção, de acordo com o tema da sessão e, no final de cada
atividade, é proporcionado um pequeno momento de reflexão em conjunto. No terceiro
momento, retorno à calma, são realizadas atividades que promovem a relaxação e o controlo
respiratório. Por último, o diálogo final consiste num momento de reflexão em conjunto acerca
das atividades e tema da sessão, bem como sobre a importância que este tem no dia-a-dia de
cada um, sendo que no final são preenchidas, pelos participantes, fichas de avaliação da sessão.

Atividades/Estratégias utilizadas

As atividades realizadas incluem: atividades de cooperação e resolução de problemas, atividades


expressivas, atividades de compreensão e expressão de sentimentos e emoções, atividades de
relaxação, atividades de descodificação e interpretação da comunicação verbal e não-verbal,
entre outras. Como estratégias de atuação adotam-se as seguintes: modelagem, principalmente
através de vídeos; role-playing; reforço positivo, sendo este fornecido sempre que possível para
que os participantes se apercebam que aquela atitude ou forma de pensar é reconhecida,
valorizando principalmente os comportamentos que demonstrem reflexão prévia; música,
utilizada como mediador das atividades de relaxação e de reconhecimento e expressão de
emoções; discussões e momentos de reflexão em grupo sobre as temáticas centrais; momentos
de reflexão e discussão sempre que um comportamento ou pensamento não é o mais adequado,
de maneira a que se apercebam, em conjunto, qual a melhor atitude a tomar;
corresponsabilização pela manutenção das regras na sessão; utilização de temas do interesse
dos participantes de forma a captar a sua atenção; e utilização de atividades que
representassem situações da vida real, de maneira a conseguir a máxima generalização dos
conteúdos inerentes às atividades para situações do dia-a-dia.
Estrutura do Programa

Sessão 1 – Avaliação Inicial ......................................................................................................... 11


Comunicação não verbal ….........................................................................................................13
Sessão 2 – Comunicação não-verbal ........................................................................................... 14
Sessão 3 – Escuta Ativa ............................................................................................................... 18
Sessão 4 – Fazer Perguntas ......................................................................................................... 22
Sessão 5 – Dar Feedback ............................................................................................................. 26
Sessão 6 – Dar e receber elogios................................................................................................. 30
Sessão 7 – Exprimir desacordo .................................................................................................... 34
Sessão 8 – Avaliação 1 ................................................................................................................. 39
Autorregulação ...........................................................................................................................42
Sessão 9 – Auto Conceito ............................................................................................................ 43
Sessão 10 – Reconhecer sentimetos ........................................................................................... 47
Sessão 11 – Expressar sentimentos ............................................................................................ 52
Sessão 12 – Lidar com o stress .................................................................................................... 57
Sessão 13 – Lidar com acusações e críticas................................................................................. 63
Sessão 14 – Lidar com o fracasso ................................................................................................ 68
Sessão 15 – Controlo da Raiva .................................................................................................... 73
Sessão 16 – Avaliação 2............................................................................................................... 80
Resolução de Problemas ...........................................................................................................83
Sessão 17 – Identificação do problema....................................................................................... 84
Sessão 18 – Definir objectivo / Recolher informações................................................................ 92
Sessão 19 – Procurar alternativas ............................................................................................... 96
Sessão 20 – Vantagens e desvantagens escolher alternativa ................................................... 101
Sessão 21 – Fazer um plano, executá-lo e avaliá-lo .................................................................. 105
Sessão 22 – Avaliação Final ....................................................................................................... 109
Sessão 1 – Avaliação Inicial

Notas para o dinamizador:


Objetivos
 Avaliar, utilizando instrumentos específicos da área, as Aplicação quebra-gelo
Atividade dos instrumentos
1: de
competências sociais e de resolução de problemas dos avaliação:
O dinamizador está livre para
participantes, bem como o seu autoconceito e autocontrolo O dinamizador
introduzir mais tópicos,
deve estar
que
 Apresentar o programa e os elementos que o integram atento
sinta que
caso
sejam
algum
necessários,
participante
na
demonstre dificuldades
apresentação. na
Tempo
interpretação dos itens
 Apresentação dos dinamizadores/Programa – 20 minutos
 Atividades quebra-gelo- 25 minutos
 Aplicação de instrumentos de avaliação – 40 minutos
 Discussão final – 5 minutos

Materiais
Fichas de preenchimento - Instrumentos de avaliação

Descrição

 Apresentação dos dinamizadores


 Introdução ao programa: O dinamizador explica em que
consiste Programa
Este programa pretende ajudar-vos a ultrapassar os
contratempos do dia-a-dia, a lidar com o stress que todos temos.
Pretende dar-vos mais competências ao nível da comunicação, de
relacionar-se com os outros, a reconhecer sentimentos tanto em vocês
como nos outros. Vai vos ser muito útil e esperemos que gostem. Antes
de começarmos no primeiro tema, que é a comunicação não-verbal,
vamos fazer umas atividades para nos conhecermos melhor.

 Aplicação de instrumentos de avaliação


 Atividade quebra-gelo 1
O dinamizador pede que se sentem em círculo e começa por se
apresentar: “O meu nome é ... Tenho ... anos. Venho de ... “. De seguida,
é a vez do próximo dinamizador se apresentar, referindo os mesmos
tópicos. Depois, o participante seguinte apresenta-se.

11
 Atividade quebra-gelo 2
O dinamizador explica que nesta atividade terão de utilizar a
memória. Cada um volta a referir apenas o seu nome, associando a um Notas para o dinamizador:
objeto que comece com a mesma letra do seu nome (E.g. Bárbara – bola).
O participante seguinte terá de referir o nome da pessoa anterior, o Atividade quebra-gelo 2:
objeto e o seu nome e objeto. O seguinte terá de dizer o nome e objeto Caso o grau de dificuldade seja
dos dois participantes anteriores e o seu. E assim sucessivamente. muito elevado, o dinamizador
pode optar por realizar a
 Discussão final
atividade apenas com o nome
O dinamizador inicia uma discussão, acerca da sessão e do
dos participantes.
programa: Agora que já nos conhecemos todos, estão empolgados para
o programa? Vão ser umas ótimas semanas e tenho a certeza que irão
gostar. Na próxima semana começaremos já na primeira sessão, em que
falaremos da comunicação.

12
Comunicação Interpessoal

13
Sessão 2 – Comunicação não-verbal

Notas para o dinamizador:


Objetivos
 Consciencializar os participantes que também podemos Atividade quebra gelo 1:
comunicar sem utilizar a linguagem verbal, através dos nossos O dinamizador deve ter em
gestos, posturas, expressões faciais, tom de voz e olhar atenção e regular a velocidade
 Tornar claro para os participantes a importância de uma a que os participantes
adequada descodificação destes aspetos não-verbais na desenrolam o novelo de lã, de
comunicação com os outros, bem como da sua expressão maneira que o discurso não
Tempo seja demasiado apressado e
 Introdução da nova temática – 15 minutos seja refletido.
 Atividades quebra-gelo- 20 minutos
 Atividade 1 – 20 minutos
 Atividade 2 – 10 minutos
 Relaxação – 15 minutos
 Discussão final – 10 minutos
Materiais
 PowerPoint
 Computador
 Fichas informativas
 Fichas de avaliação
 Canetas
 Vídeos
 Novelo de lã
 Folhas de papel

Descrição

 Atividade quebra-gelo 1
O dinamizador explica que nesta atividade, cada um dos
participantes terá de desenrolar um novelo de lã, enrolando o fio no seu
dedo, e enquanto desenrola esse novelo terá de dizer uma caraterística
boa sua, uma menos boa, referir algo que goste, algo que não goste, e

14
um sonho que tenha. Quando acabar, passa o novelo a outro
participante, mantendo o seu fio na mão, e este terá de fazer o mesmo.

Notas para o dinamizador:


 Atividade quebra-gelo 2
O dinamizador pede que formem dois grupos, e pede que estes
Atividade Quebra
quebra gelo
Gelo2:
1
se organizem, entre eles e em fila, em ordem ascendente (do menor para
O dinamizador
dinamizador
devedeve
controlar
estara
o maior), segundo:
velocidade
pronto a intervir
a que oem
participante
qualquer
o 1ª Situação: A sua data de nascimento
situação
desenrolaque,
o fio por motivos de
o 2ª Situação: Altura
frustração, possa acontecer
o 3ª Situação: Número de irmãos
Devem fazê-lo o mais rápido possível.

 Atividade quebra-gelo 3
O dinamizador explica que nesta atividade, o objetivo é
melhorarem o dia uns dos outros. “Vamos imaginar que hoje tivemos
todos um mau dia. Daqueles dias em que tudo nos está a correr mal e que
gostávamos que alguém nos dissesse algo para nos animar”. Pede aos
participantes que escrevam, num papel, pelo menos três elogios ou
frases que façam o outro sentir-se melhor. Escrevem e, em seguida,
entregam os papéis ao dinamizador, que posteriormente irá distribuir
aleatoriamente aos elementos do grupo. Estes terão de ler e em seguida
escolher a frase ou o elogio que mais gostariam de ouvir.

 Introdução da temática: O que é a comunicação não-verbal?


Qual a importância da comunicação não-verbal?
É um tipo de comunicação que surge antes da comunicação
verbal, que informa os outros acerca das nossas emoções e intenções,
através de e.g. gestos, posturas e expressões faciais. É indispensável na
comunicação interpessoal e pode ser facilmente mal interpretada.

 Identificar os passos da comunicação não-verbal


(descodificação)
Questiona acerca dos passos:
1. Olhar para a pessoa que está a comunicar
2. Observar os aspetos não-verbais
3. Pensar no que a pessoa está a sentir e a transmitir

15
4. Agir adequadamente e em conformidade
Entregar as fichas informativas com os passos a seguir e referir
que esta poderá e deverá auxiliá-los no seu dia-a-dia. Notas para o dinamizador:

 Atividade 1
Atividade 2: dos passos da
Identificação
O dinamizador entrega uma folha a cada um e explica a
Fornecer feedback
comunicação e reforço
não-verbal:
atividade: irá passar diferentes vídeos, sem som. Os participantes terão
positivo
Quando sempre que possível.os
questionados
de prestar atenção aos vídeos e apontar na folha que lhes foi entregue
O dinamizador
passos, pode
ser flexível também
a aceitar as
os aspetos da comunicação verbal evidenciados em cada cena – e.g. cara
optar por sugerir a dois dos três
respostas.
triste, postura retraída, pouco contacto visual. No final de cada vídeo,
emissores que representem
terão de pensar no sentimento/mensagem que a personagem está a
uma emoção
Atividade 1: (e.g. tristeza;
querer transmitir e escrevê-lo. A atividade é realizada individualmente e
felicidade), sendo que apenas
Caso os participantes não
será discutida no final de cada vídeo, sendo que cada participante irá
um
notemnãoalgum
irá aspecto
representar
da
apresentar a sua resposta e os outros terão de dizer se concordam ou
nenhum
comunicaçãosentimento
não-verbal, em
o
não e se acrescentariam algum especto da comunicação que não foi
concreto.
dinamizador pode questionar.
mencionado. No final, o dinamizador inicia uma discussão acerca da
E.g. E a expressão facial?
atividade.
Repararam se a testa estava
Discussão: Gostaram da atividade? Tiveram dificuldades em
franzida? Se os labios estavam
reconhecer os aspetos não-verbais em cada vídeo? E descobrir o
serrados? Acham que estava
sentimento que estava a ser transmitido, foi difícil? Em que vídeo tiveram
irritado?
mais dificuldade? E porquê? Por vezes não é necessário falar para se
Caso algum dos participantes
expressar – o nosso corpo, as nossas ações, gestos conseguem
não se sinta à vontade com a
demonstrar aquilo que estamos a sentir ou mesmo enviar uma
escrita, a atividade poderá ser
mensagem.
realizada verbalmente,
 Atividade 2 durante o vídeo, em que os
O dinamizador explica primeiramente no que consiste a participantes vão dizendo
atividade: 3 indivíduos (os que vão transmitir a mensagem) irão sair da aquilo que estão a ver.
sala durante um determinado período de tempo e os restantes (os que
vão receber a mensagem) ficarão dentro.
Aos que recebem a mensagem: é dada a instrução que os que
emitem estarão sentados nas cadeiras em frente deles, e que terão de
olhar para cada um deles, estar atentos à sua postura, ao seu olhar, às
suas expressões faciais e gestos. Devem escrever o que acham que cada

16
um dos emissores está a querer comunicar – pode ser um sentimento,
uma afirmação, um pensamento. No final, cada um lê o que escreveu
para o grupo. Atividade
Notas para2:o dinamizador:
Aos que emitem a mensagem: é dito aos emissores que deverão Pedir voluntários, apenas após
sentar-se nas cadeiras em frente aos seus colegas, sem tentar comunicar explicar que
Discussão final:irão existir 3
nada em concreto, podendo realizar diferentes gestos e expressões participantes
O dinamizador deve
quepromover
irão
faciais, mas sem nenhum propósito de comunicação. No final, após os comunicar
ao máximo e a ospartilha
restantes
de
colegas terem lido o que escreveram, terão de dizer que não estavam a participantes Pode
opiniões. vão utilizar
tentar
tentar comunicar nada. descodificardirigidas
perguntas a mensagem
a alguém,
Discussão: Após ter finalizado a atividade, iniciar a discussão: Depois
caso necessário.
de cada participante
Então o que acharam da atividade? Os que observaram, tiveram muita que observou ter lido o que
dificuldade em descodificar os aspetos da comunicação não-verbal do escreveu, dar sempre feedback.
colega? Em dar-lhe um sentido? Que aspetos tiveram mais em conta e Reforçar positivamente os que
vos ajudou mais a suspeitar de alguma intenção de comunicação? E representaram, no final da sua
vocês, quem emitiu a mensagem, sentiram dificuldade em saber que não tarefa.
podiam comunicar nada? Pensaram em cada gesto, em cada postura, em
cada expressão antes de os fazer, de maneira a assegurar que não O dinamizador também pode
comunicavam nada? Que conclusão tiram desta atividade? Que optar por sugerir a dois dos
precisamos da linguagem verbal para comunicar? emissores que representem
uma emoção (e.g. tristeza;
 Discussão final: O dinamizador inicia, em círculo, uma discussão
felicidade), e apenas um que
sobre a sessão
não represente nenhum
Gostaram da sessão? O que aprenderam com esta sessão sobre
sentimento em concreto.
a comunicação não-verbal? Acham possível comunicarmos com o outro
sem esta estar presente? Só através da linguagem verbal? Estavam
conscientes que este tipo de comunicação era tão importante?
Prestavam atenção a estes pequenos sinais, quando comunicavam com
outra pessoa? Para percebermos como se está a sentir. Para cada
situação e cada sentimento, existem determinados aspetos não-verbais
que demonstram e ajudam a que o outro perceba o que se passa. E o
mesmo se aplica a nós... A comunicação não-verbal está presente no
nosso dia-a-dia, em todas as relações interpessoais que temos e é
impossível não comunicar.

 Entrega da ficha de avaliação da sessão

17
Sessão 3 – Escuta Ativa

Notas para o dinamizador:


Objetivos
 Consciencializar os participantes da importância que ouvir e Atividade quebra-gelo:
prestar atenção tem no processo de comunicação com o outro Jogar com mais que um objeto
 Tornar claro aos participantes que é essencial não só escutar o ao mesmo tempo, porém com
outro, mas também demonstrar que o está a seguir, através da um espaço mínimo 5 segundos
comunicação verbal e não-verbal entre eles.
Tempo
 Revisão da sessão anterior – 15 minutos
 Atividade quebra-gelo – 5 minutos
 Atividade 1 – 10 minutos
 Atividade 2 – 10 minutos
 Atividade 3 – 40 minutos
 Discussão final – 10 minutos
Materiais
 PowerPoint
 Computador
 Fichas informativas
 Fichas de avaliação
 Canetas
 3 Objetos pequenos e macios (novelo de lã, saquinhos de feijão,
bola)
Descrição

 Atividade quebra-gelo
Os participantes sentam-se em círculo e o dinamizador sugere
que todos os participantes voltem a apresentar-se, dizendo apenas os
seus nomes. Em seguida, com três ou quatro objetos pequenos e macios
(novelo de lã, saquinhos de feijão), o dinamizador dá início à atividade:
Atira o primeiro objeto para um participante, dizendo: “Olá, nome da
pessoa!”. Quem agarrar o objeto diz: “Obrigado, nome de quem
recebeu!”. E faz o mesmo jogando para outra pessoa do círculo.

18
 Revisão da sessão anterior
 Introdução da nova temática: O que é a escuta ativa?
Ouvir e prestar atenção ao que a outra pessoa nos está a dizer. Notas para o dinamizador:

 Identificar os passos da escuta ativa


Identificação
Atividade 1: dos passos da
Questionar acerca dos passos:
escuta
O dinamizador
ativa: deve andar pela
1. Olhar para a pessoa que está a falar
Quando
sala, de maneira
questionados
a controlar
os
2. Pensar no que está a ser dito
passos,
mais deser
perto
flexivel
a atividade
a aceitareas
a
3. Esperar pela sua vez de falar
respostas
reação dos participantes.
4. Dizer o que se quer dizer
O dinamizador deverá
Entregar as fichas informativas com os passos a seguir e referir
Atividade 1:
controlar também o tempo,
que esta poderá e deverá auxiliá-los no seu dia-a-dia.
O dinamizador
sendo que se deve
for andar
necessário
pela
 Atividade 1 sala, de amaneira
terminar atividadea mais
controlar
cedo
O dinamizador pede para se juntarem em pares e refere que um mais
ou mais
de tarde,
perto poderá
a atividade
fazê-lo.
ea
irá ser o falador e o outro o ouvinte. O falador terá de falar, entre 2 a 3 reação dosCaso
Sugestão: participantes.
ache que não é
minutos acerca do seu dia – como está a correr, o que vai fazer depois da O mais
o dinamizador
seguro realizar
deverá
a
sessão – e o ouvinte terá de fingir que não está a ouvir – olhar para o controlar utilizando
atividade também oorole
tempo,
play,
lado, escrever, olhar para as mãos, bater com o pé, assobiar. Em seguida, sendo que
poderá realizá-la
se forpedindo
necessário
que
trocam de tarefa – o falador passa a ouvinte e o ouvinte a falador. No terminar
se coloquem
a atividade
no lugarmais
de quem
cedo
final, o dinamizador pede que se sentem em círculo para discutirem a ou mais
está a ser
tarde,
ignorado
poderá
e de
fazê-lo.
quem
atividade. Sugestão:utilizando
ignora, Caso acheoque
diálogo
não é
Discussão: Como foi sentirem que não estavam a ser ouvidos? o mais
para partilharem
seguro asrealizar
diferentes
a
Não foi agradável, pois não? Devemos demonstrar que estamos a ouvir atividade utilizando o role play,
opiniões.
o outro, para que este também faça o mesmo connosco. poderá realizá-la pedindo que
se coloquem
Atividade 2: no lugar de quem
 Atividade 2
está
A escolha
a ser do
ignorado
tema dee conversa
de quem
Antes de iniciar a demonstração, o dinamizador entrega um
ignora, estar
deve utilizando
ajustado
o diálogoà
papel a cada participante, onde estes devem anotar qual das situações
para partilharem
população participante
as diferentes
corresponde a um bom exemplo de escuta ativa e qual diz respeito ao
opiniões. o reforço positivo,
Utilizar
mau exemplo. Devem também identificar, para cada uma das situações,
mesmo se errarem na escolha
quais as boas e as más estratégias utilizadas durante o diálogo.
Atividade
das boas e2:
más estratégias.
Devem prestar atenção aos aspetos da comunicação não-verbal
A escolha do tema de conversa
– postura, contacto ocular, gestos – e da comunicação verbal para
deve estar ajustado à
auxiliar na identificação das estratégias utilizadas.
população participante.
Após dadas as instruções, iniciar a demonstração:
Utilizar o reforço positivo,
mesmo se errarem na escolha
19
das boas e más estratégias.
Primeira situação: Utilizando más estratégias, apenas
demonstrando no final que estava a escutar – e.g. olhar para o lado;
bater o pé, apoiar a cabeça na mão. Notas para o dinamizador:
Segunda situação: Utilizando boas estratégias, demonstrando
durante a conversa que está a escutar – e.g. acenar com a cabeça, “hm Atividade 3:
hm”, contacto ocular. O dinamizador deve pedir
Discussão: Após realizadas as duas demonstrações, passar à voluntários para iniciar a
discussão da atividade: Será que as estratégias utilizadas fazem segunda atividade – referir que
diferença? Quais foram as boas e más estratégias? Em qual situação todos vão fazer. Apenas no
parecia estar a prestar mais atenção? O que mais evidenciou isso? Viram caso de não haver voluntários,
como a comunicação não-verbal é muito importante? nomear duas pessoas para
iniciarem.
 Atividade 3
Dar feedback depois de cada
O dinamizador explica em que consiste a segunda atividade: dois
atividade de role-play.
a dois, em frente ao grupo, irão representar uma situação de escuta
ativa: um ouve e o outro fala. Esta deverá ser uma conversa
relativamente curta, e os participantes podem escolher que situação
representar – poderá ser uma situação da vida real, a qual gostavam de
treinar (e.g. conversa que irão ter com o patrão, com a namorada, com
um amigo), uma situação que se passou e gostariam de ter feito diferente
(e.g. uma situação em que não ouviram bem o que o outro estava a dizer
e por isso não responderam adequadamente), uma situação do seu dia
(e.g. contar algo que se passou durante a semana) ou inventar uma
situação (e.g. contar algo ao outro, mas que não aconteceu realmente).
Os outros elementos ficarão responsáveis cada um por um passo – isto
é, todos deverão prestar atenção à atividade e, posteriormente, os
responsáveis deverão conseguir explicar aos outros colegas como se
aperceberam que a etapa pelo qual estavam responsáveis foi realizada
ou não. Pedir voluntários e dar início à atividade.
Discussão entre cada diálogo: No final de cada diálogo, iniciar
uma discussão:
o Direcionado aos participantes que realizaram a
atividade: Foi difícil para ti escutar ativamente? E realizar
todos os passos? No que é que sentiste mais dificuldade?

20
Sentiste que ele/ela te estava a ouvir? A prestar atenção?
Porquê?
o Direcionado aos restantes participantes e aos Notas para o dinamizador:
responsáveis: Acharam que correu bem? Que estava a
prestar atenção ao que ele/ela estava a dizer? Acham Discussão final:
que foram realizados todos os passos, utilizando as O dinamizador deve promover
estratégias adequadas? Ao responsável pelo primeiro ao máximo a partilha de
passo, achas que foi cumprido? Porquê, o que fez para opiniões. Pode utilizar
pensares que sim? (...) perguntas dirigidas a alguém,
caso necessário.
 Discussão final
O dinamizador inicia, em círculo, uma discussão sobre a sessão:
Então, gostaram da sessão? Aperceberam-se da importância que tem
ouvir atentamente o outro? Que importância tem? E sentir que estamos
a ser ouvidos? Não é bom sentir que o outro nos está a prestar atenção?
E relativamente às técnicas utilizadas para demonstrar ao outro que o
estamos a ouvir, já as utilizavam? Conheciam-nas? E o que acharam da
última atividade de relaxação? Foi difícil relaxarem e tomar consciência
da vossa respiração? Sentiram-se bem?

 Entrega da ficha de avaliação da sessão

21
Sessão 4 – Fazer Perguntas

Notas para o dinamizador:


Objetivos
 Consciencializar os participantes da necessidade de fazer Identificar os passos para fazer
perguntas e de saber como fazê-las para que o processo de perguntas:
interação social seja benéfico para o indivíduo, não só para Ser flexível a aceitar as
adquirir informações mas também para que as relações sociais respostas.
sejam saudáveis. Utilizar o questionamento de
maneira a incentivar a
Tempo
participação.
 Revisão da sessão anterior – 15 minutos
 Atividade 1: 15 minutos
 Atividade 2: 40 minutos
 Relaxação: 10 minutos
 Discussão final: 10 minutos

Materiais
 PowerPoint
 Computador
 Imagens (apresentadas no computador)
 Folhas de papel
 Canetas
 Fichas informativas
 Fichas de avaliação

Descrição

 Revisão da sessão anterior


 Introdução da nova temática: O que é isto de fazer perguntas?
Para que serve?
Competência social básica que permite-nos recolher informação
que nos ajude, incentivando os outros a ajudarem-nos também.

 Identificar os passos para fazer perguntas


Questionar acerca dos passos:

22
1. O que é preciso saber?
2. A quem perguntar?
3. Existem diferentes maneiras de perguntar o mesmo. Notas para o dinamizador:
Qual usar?
4. Quando e onde fazer a pergunta? Atividade 1:
5. Fazer a pergunta O dinamizador, com o decorrer
da atividade e de acordo com a
Entregar as fichas informativas com os passos a seguir e referir
participação dos sujeitos, deve
que esta poderá e deverá auxiliá-los no seu dia-a-dia.
pedir que escrevam a maneira
 Atividade 1 mais adequada de fazer a
O dinamizador explica a primeira atividade: Irá começar por questão, em vez de serem
apresentar imagens de locais: Hospital, Segurança Social, Cinema, dadas opções. Poderão fazê-lo
Correios, Local de Trabalho, Supermercado, Rua, Casa, Café. também verbalmente.
Em cada imagem, o dinamizador irá apresentar uma situação, As imagens e,
onde serão apresentadas opções de atitudes a tomar ou maneiras consequentemente, as
diferentes de fazer uma questão ou pedir permissão. Segundo as opções situações apresentadas,
apresentadas, os participantes irão escrever numa folha a que acham ser podem ser alteradas,
a mais adequada. O dinamizador deve utilizar o tom de voz para que os consoante o interesse do
participantes tenham uma ideia mais clara de como está a ser feita a público-alvo.
questão. No final de cada imagem, o dinamizador pede que estes
mostrem e digam em voz alta as suas escolhas. Pede a um dos
participantes para explicar o porquê da sua escolha. Explica que todos
terão a oportunidade de justificar as suas escolhas, sendo que será uma
pessoa por imagem. No entanto, se não houver unanimidade nas
respostas, a dinamizadora poderá pedir também ao sujeito com a
resposta diferente para justificar a sua escolha.
E.g. No hospital, um amigo próximo vosso está num quarto por
ter sido operado. Vocês foram ao hospital para ir visitá-lo mas não sabem
qual é o quarto. A quem perguntam? Opção A: a um médico que está a
passar; Opção B: A uma enfermeira que está a passar; Opção C: à
rececionista. Aproxima-se da pessoa para perguntar em que quarto está
o seu amigo. No entanto, esta está a conversar com alguém ao telefone.
O que faz? Opção A: interrompe e pergunta - Onde está o meu amigo...?
Opção B: interrompe e pergunta – Desculpe, sabe-me dizer onde está o

23
meu amigo...? Opção C: espera que acabe a chamada, sempre a olhar
para a pessoa e pergunta: “Sabe-me dizer onde está o meu amigo...?”.
E.g 2: Vai ao cinema e compra um bilhete para o filme. O seu Notas para o dinamizador:
lugar está identificado no bilhete. No entanto, quando chega à sala de
cinema, está alguém sentado no seu lugar. A quem vai perguntar se pode Atividade 2:
trocar de lugar para você se poder sentar no seu? Opção A: Ao segurança; Poderá também ser o
Opção B: À pessoa sentada no seu lugar. Aproxima-se da pessoa e diz: dinamizador a sugerir uma
Opção A: Desculpe, você está no meu lugar. Será que podia trocar? situação.
Opção B: Você está sentado no meu lugar. Saia daí por favor.
Discussão: Gostaram de atividade? Foi difícil escolher as opções Relaxação:
mais adequadas? Qual foi a situação mais difícil? E porquê? A música deverá estar num
volume baixo.
 Atividade 2
Tom de voz baixo e um discurso
O dinamizador passa a explicar a segunda atividade: Os
calmo e sereno.
participantes terão de se juntar a pares e cada um deles escolher uma
situação da vida real para representar em frente aos outros elementos
do grupo. Poderá ser uma situação que irá acontecer, poderá ser numa
situação que já ocorreu e que gostariam de ter feito de outra maneira.
Poderá ser qualquer situação. Após os dois elementos terem combinado,
o par senta-se em frente ao grupo e um dos dois começa a representar,
tendo primeiramente de especificar a situação, explicando as
circunstâncias, o local, onde, com quem, descrevendo o maior número
de pormenores possível. Os restantes elementos do grupo terão de estar
atentos à tarefa.
Discussão: Gostaram da atividade? O que foi mais difícil de fazer?
Imaginar a situação ou saber qual pergunta fazer ou como a fazer?
Porquê?

 Relaxação:
No final da discussão, o dinamizador explica que será realizada
uma atividade de retorno à calma e pede que se sentem nas cadeiras,
com os pés no chão e as mãos pousadas nas pernas, sendo importante
que se sintam confortáveis. O dinamizador coloca uma música para
mediar a atividade.

24
Instruções para os participantes: A respiração é uma maneira
simples de focar a atenção e de entrar em contato connosco. Podemos
usar a respiração sempre que sentimos que precisamos de estar mais Notas para o dinamizador:
atentos ou conscientes, sempre que nos precisamos de controlar. Se
controlarmos a nossa respiração, é nos mais fácil controlar as nossas Atividade 2:
Discussão final:
respostas. Sentem-se confortavelmente. Podem fechar os olhos, se vos O dinamizador
dinamizador deve
devecircular
promoverna
fizer sentir melhor. Vão prestar muita atenção à respiração. Quando o ar sala máximo
ao de modo
a partilha
a tentar
de
entra pelo nariz, quando estamos a inspirar e quando o ar sai pela boca, aperceber-se Pode
opiniões. se é necessário
utilizar
quando estamos a expirar. Prestem atenção ao que acontece quando ajuda na escolha
perguntas dirigidas
da situação.
a alguém,
inspiram e expiram. Inspirem e expirem profundamente, enchendo o Auxiliar
caso necessário.
utilizando o
peito de ar na inspiração e esvaziando o peito na expiração. Concentrem- questionamento, mesmo
se na vossa respiração. Onde está o ar que entra? Por onde é que vai sair? durante a representação.
Na inspiração sintam o ar nos pulmões. Na expiração o ar sai dos pulmões Caso sinta que os participantes
e o nosso peito fica mais pequeno. Continuem sentados e concentrem-se não estão à vontade para
apenas na respiração. Deixem os pensamentos “ir e vir”, tentem não lhes realizar o role play, estes
prestar atenção, concentrem-se apenas na respiração. Agora, vamos poderão realizá-lo no seu lugar,
descontrair e voltar à sessão. sem se deslocarem para a
frente do grupo.
 Discussão final
Gostaram da sessão? Perceberam o porquê de ser importante
Relaxação:
fazer uma pergunta? E ainda mais: saber como e quando fazê-la? O modo
A música deverá estar num
como fazem a pergunta pode influenciar as vossas relações sociais e
volume baixo.
também a resposta que obtêm.
Tom de voz baixo e um
 Entrega da ficha de avaliação da sessão discurso calmo e sereno.
O dinamizador deve fazer
pausas entre as instruções
para que os participantes
consigam ter consciência
daquilo que sentem.

25
Sessão 5 – Dar Feedback

Notas para o dinamizador:


Objetivos
 Consciencializar os participantes da importância de dar Introdução da nova temática:
feedback ao outro O dinamizador deve promover
 Tornar claro para os participantes que existem diversos modos a participação dos sujeitos,
de dar feedback e que devem sempre optar por um feedback utilizando o questionamento
construtivo e não agressivo antes de fornecer a resposta

Tempo
 Revisão da sessão anterior: 15 minutos
 Atividade 1: 15 minutos
 Atividade 2: 35 minutos
 Relaxação: 15 minutos
 Discussão final: 10 minutos

Materiais
 PowerPoint
 Computador
 Canetas
 Folhas de Papel
 Fichas informativas
 Fichas de avaliação

Descrição

 Revisão da sessão anterior


 Introdução da nova temática: O que é dar feedback?
Dar feedback é uma forma de informar o outro, de uma forma
objetiva, relativamente ao que pensa acerca do que este tenham dito ou
feito. É importante fazê-lo de um modo não agressivo nem ameaçador.

26
 Identificar os passos para dar feedback:
Questionar acerca dos passos:
1. Decidir se quer dizer alguma coisa acerca do que a outra Notas para o dinamizador:
pessoa fez ou disse
2. Decidir o que quer dizer Identificar os passos para dar
3. Há muitas formas de o dizer. Qual a melhor maneira? feedback:
4. Escolher a melhor altura e local para dizê-lo Ser flexível a aceitar as
5. Dar o feedback respostas.

Entregar as fichas informativas com os passos a seguir e referir


Atividade 1:
que esta poderá e deverá auxiliá-los no seu dia-a-dia.
O dinamizador deve respeitar
 Atividade 1 todos os passos e ser clara ao
O dinamizador começa por demonstrar uma situação de realizá-los.
feedback, com o outro dinamizador. Pede para que todos prestem Durante a demonstração, na
atenção nas diferentes maneiras de fornecer feedback. Nesta sugestão de diferentes tipos de
demonstração, o dinamizador deve seguir todos os passos e tentar feedback, deve exemplificar as
identificá-los durante a representação. No terceiro passo, o dinamizador más opções com mais
deve dizer em voz alta algumas possibilidades de feedback, variando no agressividade, podendo estar
tom e na postura em cada uma delas, e escolher a mais adequada. No evidenciado na postura ou no
final da atividade, cada membro do grupo terá de partilhar o que achou tom.
acerca de cada maneira de dar feedback e o porquê de ter achado que
aquela era a mais adequada.
E.g. situação a representar: Um dos membros de um grupo está
constantemente a interromper os outros enquanto estes estão a falar e
não se apercebe que o está a fazer. Dar feedback acerca do seu
comportamento – opções de feedback: Numa das suas interrupções e
em frente aos amigos dizer: Estás sempre a interromper os outros. Pára
com isso! Estás a chatear; Espera que os outros acabem de falar! Todos
ao mesmo tempo não; Estás a interrompê-lo, espera só que acabe de
falar e já falas; discretamente virar-se para a pessoa e dizer em tom baixo
“Deixa-os acabar de falar. Estás a interrompê-lo. Espera só que acabe de
falar e já falas”.
Discussão: Repararam como é importante dar feedback? Para
quê que serve o feedback? E neste caso específico? O que é que teria

27
acontecido se eu não tivesse dado feedback? E relativamente às maneiras
de dar feedback, foi difícil reconhecer quais eram as erradas e o porquê?
Qual é que foi mais fácil de ver que era errada? E porquê? Com esta Notas para o dinamizador:
demonstração podem se aperceber que de vez em quando devemos dar
algum feedback aos outros relativamente às suas atitudes, para o seu 2
Atividade 2:
bem, devendo fazê-lo de uma maneira não agressiva. Na situação deve
descrita
O dinamizador auxiliar ose
representada pelos
participantes, caso necessitem,
 Atividade 2
participantes, o dinamizador
através de exemplos
O dinamizador esclarece como será a próxima atividade: Entrega
pode, ao ver que encontram-se
uma folha de papel a cada participante e refere que estes serão os
com dificuldade em encontrar
próximos protagonistas do role play. Na folha de papel, deverão
uma situação, utilizar o
descrever uma situação específica onde gostariam e seria importante
questionamento para ajudar:
treinarem o uso do feedback. Podem escolher qualquer situação, com
não aconteceu nada na
qualquer pessoa, desde que forneçam feedback. É importante que o
semana passada que gostasses
dinamizador esclareça que pode escolher qualquer tipo de situação,
de ter dado feedback e não
podendo ser um caso de um feedback que não devia ter sido dado, ou
deste? Ou que deste de uma
devia ser dado e não foi ou até mesmo que foi dado de um modo menos
má forma e gostavas de te
adequado. Poderá também ser uma situação que ainda irá acontecer e
redimir?
que gostariam de treinar para esta. Assim, deverão preencher os
seguintes parâmetros – o dinamizador apresenta no PowerPoint – qual a
situação? Com quem? Quando? Onde? Depois de todos terem descrito e
especificado a ação, o dinamizador pede um voluntário para iniciar o role
playing, com ele, relembrando de que todos irão ter oportunidade de
participar. O primeiro participante terá então de começar por explicar ao
dinamizador qual será o seu papel. Posteriormente, começa a retratar a
situação, descrevendo-a sucintamente. Os participantes podem ou não
dizer as hipóteses de feedback em voz alta, desde que o deem de forma
correta e adequada. Depois de todos os participantes terem realizado
esta atividade, o dinamizador inicia uma breve discussão.
Discussão: Gostaram da atividade? O que foi para vocês mais
difícil? Imaginar a situação e representá-la? Foi fácil imaginar a pessoa a
quem gostariam de dar o feedback? E o feedback, foi fácil escolher que
feedback dar, o que dizer e como dizer?

28
 Relaxação
O dinamizador introduz a atividade de retorno à calma e pede
que se sentem nas cadeiras, com os pés no chão e as mãos pousadas nas Notas para o dinamizador:
pernas, sendo importante que se sintam confortáveis.
Instruções para os participantes: Sentem-se confortavelmente. Relaxação:
Podem fechar os olhos, se vos fizer sentir melhor. Vão prestar muita Tom
O tom
de de
vozvoz
baixo
doedinamizador
um discurso
atenção à respiração. Quando o ar entra pelo nariz, quando estamos a calmoser
deve e sereno.
baixo e o seu discurso
inspirar e quando o ar sai pela boca, quando estamos a expirar. Prestem O dinamizador
deve ser pausado. deve fazer
atenção ao que acontece quando inspiram e expiram. Inspirem e expirem pausas entre as instruções para
profundamente, enchendo o peito de ar na inspiração e esvaziando o que os participantes consigam
peito na expiração. Concentrem-se na vossa respiração. Onde está o ar ter consciência daquilo que
que entra? Por onde é que vai sair? Na inspiração sintam o ar nos sentem.
pulmões. Na expiração o ar sai dos pulmões e o nosso peito fica mais
pequeno. Coloquem a mão na barriga, conseguem sentir a barriga a Discussão final:
respirar? Quando inspiram, a vossa barriga expande-se e quando O dinamizador deve tentar
expiram ela diminui. Foquem a vossa atenção nesse movimento. aperceber-se se alguém tem
Continuem sentados e concentrem-se apenas na respiração. Deixem os algo a partilhar ou a dizer, caso
pensamentos “ir e vir”, tentem não lhes prestar atenção, concentrem-se não o façam por alguma razão.
apenas na respiração. Se se aperceber disso, poderá
dirigir a pergunta à pessoa.
 Discussão final
Sentados em círculo, o dinamizador inicia a discussão final: Com
esta sessão, perceberam o quão importante é dar feedback ao outro? E
não só o dar feedback, mas também o saber quando dar e como. Já
tinham pensado nisto antes? Pensam bem antes de fazer alguma crítica
construtiva ao outro? A maneira como o dizemos é muito importante,
pois a pessoa pode apenas sentir-se atacada e não ver que propriamente
que fez ou disse algo menos bom. Lembrem-se que querem que a pessoa
melhore em algum aspeto, e não que se sinta mal consigo mesma.
Utilizem o que aprenderam nesta sessão no vosso dia-a-dia, vai ajudar-
vos nas vossas relações.

 Entrega da ficha de avaliação da sessão

29
Sessão 6 – Dar e receber elogios

Notas para o dinamizador:


Objetivos
 Consciencializar os participantes da importância de dar elogios Identificar os passos de dar e
ao outro no processo de comunicação, facilitando o receber elogios:
estabelecimento de empatia Ser flexível a aceitar as
respostas.
Tempo
Utilizar o questionamento de
 Revisão da sessão anterior – 15 minutos
modo a incentivar a
 Atividade 1: 10 minutos
participação.
 Atividade 2: 10 minutos
 Atividade 3: 30 minutos
 Relaxação: 15 minutos
 Discussão final: 10 minutos

Materiais
 PowerPoint
 Computador
 Canetas
 Folha de papel
 Fichas informativas
 Fichas de avaliação
 Colchões

Descrição

 Revisão da sessão anterior


 Introdução da nova temática: O que é dar um elogio?
Dizer algo bom acerca da outra pessoa, do seu comportamento
ou dos seus feitos; exprimir o agrado relativamente a alguém ou a
alguma coisa.

 Identificar os passos para dar um elogio


Questionar acerca dos passos:
1. Decide o que queres elogiar na outra pessoa

30
2. Decide como é que queres fazer esse elogio
3. Escolhe a melhor altura e lugar para fazê-lo
4. Elogia a outra pessoa Notas para o dinamizador:

Entregar as fichas informativas com os passos e referir que esta


Atividade 1:
poderá e deverá auxiliá-los no seu dia-a-dia.
O dinamizador deve circular
 Atividade 1 enquanto os participantes
O dinamizador inicialmente entrega uma folha para cada um – estão a escrever, de maneira
terão de escrever no papel 10 pessoas que conheçam. Pode ser o pai, a não intrusiva, e auxiliar se
mãe, um amigo, a namorada, um ex. namorado, o patrão, o colega, o necessário.
irmão; o professor, ou seja, quem quiserem. Após terem todos Se o participante não quiser ler
terminado, o dinamizador pede que escrevam um elogio para cada os elogios de todas as pessoas,
pessoa: Tentem não repetir os elogios. Pode não ser um adjetivo, pode poderá não ler, desde que o
ser algo que a pessoa faça ou tenha feito bem, um aspeto da aparência dinamizador veja que os
da pessoa, o que quiserem e o que acharem que há de bom na pessoa. escreveu.
No final, quando todos os participantes terminarem a tarefa, o
dinamizador pede para cada um ler em voz alta para o grupo. Em seguida, Atividade 2:
é pedido que se sentem em círculo para discutir a atividade. Deve ser dado tempo para que
Discussão: Gostaram da atividade? Foi fácil encontrar um elogio o participante faça o elogio. O
para dar a cada um? A quem é que foi mais difícil? E porquê? Houve dinamizador não deve ajudar, a
pessoas em que queriam colocar mais que um elogio? menos que o participante
demonstre estar a desistir.
 Atividade 2
Nesse caso, utilizar o
Após o final da discussão da atividade anterior, o dinamizador dá
questionamento como
instruções aos participantes para que se mantenham sentados, em
estratégia.
círculo, passando a explicar a atividade – terão de olhar para o colega da
direita e elogiá-lo. O colega deverá agradecer adequadamente e fazer um
elogio ao colega seguinte, e assim sucessivamente: Mais uma vez,
pensem no colega e o que tem de bom, podem ser caraterísticas da
personalidade, podem ser relativas a características físicas, a algo que
tenham feito de bom, o que quiserem. Olhem para ele enquanto o estão
a elogiar.
Quem dá início à atividade é o dinamizador, elogiando a pessoa
que se encontra do seu lado direito.

31
Discussão: Esta atividade foi difícil? Não se sentiram bem em
elogiar o outro? E ainda mais, em receberem um elogio? Não sabe bem
saber que a outra pessoa vê algo de bom em nós? É muito bom sentirmos Notas para o dinamizador:
isso e fazerem os outros sentirem isso também, para além de que ajuda
a criar uma empatia com a outra pessoa. Não acham? Não é necessário Atividade 3:
estar sempre a elogiar o outro, mas de vez em quando é necessário. Deverá estar um dinamizador
junto de cada grupo.
 Atividade 3
Se achar que os participantes
Para iniciar a próxima atividade o dinamizador divide o grupo em
estão com muita dificuldade e
duas equipas, entrega uma folha e passa a explicar a atividade: em grupo,
não conseguem encontrar um
terão de selecionar pelo menos dois elogios para cada pessoa do grupo
elogio, deverá auxiliar
oposto e escrever, em frente ao nome dessa pessoa. Em seguida,
realizando perguntas.
escolherão um porta-voz que irá ler em voz alta o papel de cada um e a
equipa adversária terá de adivinhar quem é.
Relaxação:
Discussão: O dinamizador pede que se sentem novamente em
As instruções devem ser dadas
círculo e inicia a discussão: Acharam esta tarefa difícil? Foi fácil
num tom baixo e sereno. Fazer
encontrarem elogios uns para os outros? Estiveram de acordo
pausas entre as instruções.
relativamente aos elogios? E agora colocando-se do outro lado, foi fácil
reconhecer a pessoa a quem se destinavam os elogios?

 Relaxação
O dinamizador explica que será realizada uma atividade de
retorno à calma, novamente relacionada com a consciência e o controlo
da respiração. Pede que se sentem nos colchões, confortavelmente, com
as mãos pousadas nas pernas.
Instruções para os participantes:
Estão confortáveis? Podem fechar os olhos, se quiserem.
Respirem tranquilamente. Sintam a calma, a serenidade. Vamo-nos
concentrar na nossa respiração. Tanto na inspiração... Como na
expiração. Vamos inspirar… Lentamente… Enchendo os pulmões de ar.
Segurem o ar. Agora deixem o ar sair… Muito lentamente… Até já não
haver ar nos pulmões. Aí voltem a inspirar. Façam-no 10 vezes. Notem a
sensação dos vossos pulmões a encher-se de ar e a esvaziar. Os
movimentos do vosso abdómen. Inspirem… Expirem… Façam-no
lentamente. Agora, quando estiverem prontos, vamos voltar à sessão.

32
 Discussão final
Deverão sentar-se novamente em círculo para partilharem
algumas ideias acerca da sessão: O que aprenderam com esta sessão? Notas para o dinamizador:
Acham que fazer elogios ao outro é importante? Para nós ou para o
outro? Ou para os dois? Dar elogios aos outros não só nos faz bem a nós, Discussão final:
pois sentimos que os estamos a deixar mais felizes, como também à O dinamizador deve promover
pessoa que foi elogiada, por se sentir melhor e por termos ajudado na sua ao máximo a partilha de
autoestima. Para além disso, ajuda também na relação com essa pessoa, opiniões. Pode utilizar
fortalecendo-a. E relativamente às nossas atividades e ao nosso grupo? perguntas dirigidas a alguém,
Gostaram de saber o que os outros acham de vocês? Sabe bem saber que caso necessário.
temos algo de bom ou somos bons em algo e que os outros vêm isso, não
sabe? E desejar bem aos outros, como fizemos na última atividade?
Também é bom, não é? Lembrem-se de fazê-lo mais vezes.

 Entrega da ficha de avaliação da sessão

33
Sessão 7 – Exprimir desacordo

Notas para o dinamizador:


Objetivos

Introdução da nova temática:


 Tornar consciente nos participantes as diferentes maneiras de
Utilizar o questionamento para
exprimir desacordo
incentivar os sujeitos a
 Consciencializar os indivíduos das melhores maneiras de o fazer,
participar.
sendo benéfico tanto em relações próximas como casuais

Tempo
 Revisão da sessão anterior – 15 minutos
 Atividade 1: 10minutos
 Atividade 2: 35minutos
 Relaxação: 15minutos
 Discussão final: 15minutos

Materiais
 PowerPoint
 Computador
 Canetas
 Fichas informativas
 Fichas de avaliação
 Quadro
 Caneta/Giz
 Estojo
 Papéis com numeração (-2 ao 2)
 Papéis com afirmações

Descrição

 Revisão da sessão anterior:


 Introdução da nova temática: O que é exprimir desacordo? De
que maneira deve ser feito?
Quando alguém possui uma opinião divergente relativamente à
de outra pessoa, das suas ações ou de um acontecimento. Esta deve ser

34
expressa de forma assertiva ou diplomática, evitando a utilização de
linguagem verbal e não-verbal agressiva e intrusiva.

Notas para o dinamizador:


 Atividade 1
O dinamizador explica que existem aspetos da comunicação
Atividade 1:
verbal e não-verbal que podem tornar incorreta e agressiva a forma
O dinamizador pode dar
como se defende um ponto de vista. Questiona que aspetos da
exemplos para auxiliar nas
comunicação não-verbal podem tornar essa expressão menos correta e
respostas, utilizando o role-
aponta no quadro:
play ou a verbalização.
o Postura
Deve ser flexível a aceitar as
o Apontar o dedo
repostas.
o Contacto físico de uma forma agressiva
o Tom de voz elevado e ameaçador
Identificar os passos para
Questiona também verbalmente, que formas existem de exprimir desacordo:
exprimir desacordo adequadamente e aponta-as no quadro. Utilizar o questionamento.
o Sim, mas... Dar exemplos de situações, de
o Isso é diferente... maneira a que os participantes
o Eu não concordo consigo... percebam de que passo se
o No entanto... trata.
o Isso não é totalmente verdade... Ser flexível a aceitar as
o Desculpe discordar consigo, mas... respostas.
o Sim, mas não acha... ?
o Vou ter de discordar consigo …
o Desculpe, mas não concordo. ...
o Na minha opinião...

Discussão: Sentem-se mais preparados para expressar a vossa


opinião quando estão em desacordo? Costumavam ter em atenção estes
aspetos? É importante saberem defender o vosso ponto de vista, de modo
a poderem marcar um ponto na discussão e não perderem a razão ou não
darem consequências negativas.

 Identificar os passos para exprimir desacordo


Questionar acerca dos passos:
1. Preste atenção à outra pessoa e ao que esta está a dizer

35
2. Pense se concorda ou não com a sua opinião e porquê
3. Decida se deve ou não expressar o seu desacordo
4. Pense em diferentes maneiras de o fazer Notas para o dinamizador:
5. Escolha a melhor maneira de o fazer
6. Exprima o seu desacordo Atividade 2:
O dinamizador deverá fazer o
Entregar as fichas informativas com os passos a seguir e referir
papel de moderador e garantir
que esta poderá e deverá auxiliá-los no seu dia-a-dia.
que os participantes respeitam
 Atividade 2 a vez do outro e utilizam
O dinamizador começa por explicar a atividade, entregando 5 linguagem adequada.
cartões a cada, cada um com um número, variando do -2 ao 2. Explica Caso o debate comece a
que utilizarão estes números para demonstrar o quanto estão de acordo descontrolar-se, o dinamizador
ou em desacordo com algo: deve interromper e finalizar a
o -2: discordo totalmente discussão, passando para a
o -1: discordo frase seguinte.
o 0: estou em dúvida
o 1: concordo
o 2: concordo totalmente

Entrega os papéis e em seguida, explica que terão diferentes


afirmações dentro de um estojo. Cada participante terá então de retirar
dois papeis, sem ver o que escrito. Depois de retirarem os papéis, cada
participante lê os seus e terá de pensar se concorda ou não com as
afirmações. No final, reúnem-se todos em círculo e um dos participantes
lê um dos seus papéis, mostrando logo de seguida o número que atribuiu
segundo a sua opinião – e.g. se concorda totalmente, mostra o cartão
com o número 2; se não tem a certeza acerca da sua opinião
relativamente à temática, mostra o cartão com o número 0. Os restantes
participantes terão de estar atentos à afirmação e à classificação da
opinião, demonstrando por sua vez o papel com a sua cotação. Os
participantes que mostrarem o -2 ou o -1 terão a oportunidade de
expressar o seu desacordo, utilizando uma das expressões demonstradas
anteriormente. Após terem expressado a sua opinião, será a vez da
pessoa seguinte ler o seu papel e mostrar a pontuação, repetindo-se o
exercício.

36
O dinamizador deve também salientar, durante a atividade, que
se alguém mudar de opinião, acerca da frase referida, poderá
demonstrá-lo alterando o número. E.g: se antes concordava totalmente Notas para o dinamizador:
(2) e ficou com duvidas em relação ao tema, pode mudar o seu cartão
para (0). Relaxação:
Antes de iniciar a atividade o dinamizador deve também salientar O dinamizador
dinamizador deverá
deveráadotar
estar
que todos têm direito a ter a sua opinião e, independentemente de os atenta
um discurso
à calmo
postura
e pausado,
dos
restantes concordarem ou não, devem respeitar a opinião do outro. participantes,
num tom de voz baixo.podendo
Deverão falar um de cada vez e respeitar o outro. estender ou encurtar a
Discussão: Gostaram da atividade? Qual foi a frase que acham atividade.
que suscitou mais discussão? Foi difícil se controlar quando não
concordavam com a opinião do outro? É importante demonstrarmos o Discurso calmo, pausado e num
nosso ponto de vista e defendermos a nossa opinião caso não tom de voz baixo.
concordarmos com algo. No entanto, é importante que isso seja feito de Poderá andar junto dos
forma respeitosa e não agressiva. participantes, de maneira a
garantir que estes não colocam
 Relaxação
o outro pé no chão – apenas
O dinamizador explica que será realizada uma atividade de
numa situação de muito
retorno à calma, novamente relacionada com a consciência e o controlo
desequilíbrio.
da respiração. Pede que se sentem ou se deitem nos colchões,
confortavelmente. Se estiverem sentados, manter as mãos em cima das
pernas. Se estiverem deitados, manter as mãos ao lado do corpo.
Instruções para os participantes: Fechem os olhos. Estão
confortáveis? Respirem tranquilamente. Sintam a calma, a serenidade.
Vamo-nos concentrar na nossa respiração. Tanto na inspiração... Como
na expiração. Vamos inspirar… Lentamente… Enchendo os pulmões de ar.
Segure o ar. Agora deixem o ar sair… Muito lentamente… Até já não haver
ar nos pulmões. Aí voltem a inspirar. Façam-no 10 vezes. Notem a
sensação dos vossos pulmões a encher-se de ar e a esvaziar. Os
movimentos do vosso abdómen. Inspirem… Expirem… Façam-no
lentamente. (contar 11 respirações para a próxima indicação). Comecem
a respirar ao vosso ritmo. Prestem atenção aos pensamentos que vos
estão a ocorrer neste momento. Que pensamentos são esses? E que
sensações estão a sentir no vosso corpo? Centrem a vossa atenção em
vocês. No vosso corpo. No vosso pensamento. Percebam como estão, o

37
que estão a sentir, o que estão a pensar. Agora, observem esses
sentimentos e esses pensamentos sem os julgar como bons ou maus, sem
tentar mudá-los ou evitá-los. Simplesmente observem-nos. Estão a Notas para o dinamizador:
observá-los? Não lhes deem qualquer significado. Observem-nos. O que
estão a pensar. O que estão a sentir. Não tentem mudá-los, nem mantê- Discussão final:
los. O que surgir, surgiu… Agora, quando estiverem prontos, abram os O dinamizador deve promover
olhos e vamos voltar à sessão. ao máximo a partilha de
opiniões. Pode utilizar
 Discussão final
perguntas dirigidas a alguém,
Gostaram da sessão? Relativamente às diferentes maneiras de
caso necessário.
expressar desacordo, já as conheciam? Utilizavam-nas? Acham que estas
são bons métodos de demonstrar a nossa opinião ao outro, de forma
pouco agressiva? E relativamente à atividade em que tiveram de dar a
vossa opinião acerca de uma afirmação, foi difícil ter de pensar no modo
como deveriam expressar a vossa opinião oposta? Qual foi a frase que
mais discussão originou, na vossa opinião? E qual foi a que menos
tiveram de hesitar ao dar a pontuação, ou seja, que não tiveram dúvidas
em saber se estavam de acordo ou desacordo? Devemos quase sempre
dar a nossa opinião, mesmo que seja contrária à dos outros. No entanto,
não nos podemos esquecer que existem diferentes maneiras de o
fazermos e que temos muito mais vantagens se o fizermos
respeitosamente.

 Entrega da ficha de avaliação da sessão

38
Sessão 8 – Avaliação 1

Notas para o dinamizador:


Objetivos
 Promover a coesão do grupo Introdução da nova temática::
 Promover a capacidade de interpretação de imagens O dinamizador deve promover
 Consciencializar os participantes do que aprenderam até o ao máximo a partilha de
momento, apelando à sua memória opiniões. Pode utilizar
perguntas dirigidas a alguém,
Tempo
caso necessário.
 Revisão da sessão anterior – 15 minutos
 Atividade 1 – 10 minutos
 Atividade 2 – 10 minutos
 Atividade 3 – 40 minutos
 Discussão final – 15 minutos

Materiais
 Computador (imagens de cada sessão)
 PowerPoint
 Quadro
 Caneta
 Estojo
 8 Papeis com o nome de cada participante
 Bola

Descrição

 Revisão da sessão anterior


 Introdução da nova temática
O dinamizador apresenta a sessão: Nesta sessão não irá ser
abordado um tema novo. Vamos, em vez disso, relembrar o que
aprendemos até agora. Vamos fazê-lo através de jogos, onde vocês
poderão mostrar aquilo que aprenderam e aquilo que sabem
relativamente ao que foi abordado nas outras sessões.

39
 Atividade 1
Notas para o dinamizador:
A primeira atividade consiste apenas numa atividade lúdica, com
o intuito de fomentar a coesão do grupo e avaliar o quão bem se
Atividade 2:
conhecem uns aos outros. Nesta atividade, o dinamizador coloca 8
Atividade 1:
papéis, cada um com o nome de um elemento do grupo, num estojo. Os Se notar que os participantes
O dinamizador poderá orientar
participantes sentam-se em círculo e cada elemento do grupo retira um não estão a ser capazes de
a atividade, escolhendo temas
papel com o nome de outro participante e não o revela a ninguém. Os encontrar a resposta certa, o
para as perguntas. E.g. cor dos
restantes elementos terão de adivinhar quem é, apenas fazendo dinamizador pode conduzir as
olhos, cor do cabelo, coisas que
perguntas em que a resposta poderá ser “sim” ou “não”. Sempre que a respostas,através de pistas ou
gostam.
resposta for “não”, passa a vez ao participante do lado. O jogo continua questionamento
até que todos tenham adivinhado todos os papéis.
Discussão: Gostaram da atividade? Foi fácil adivinharem o papel
dos outros? Acham que foi fácil porque fizeram as perguntas certas ou
porque já se conhecem? É importante, como grupo, nos conhecermos uns
aos outros.

 Atividade 2
Esta atividade pretende relembrar os participantes dos temas
das sessões até agora, através da interpretação de imagens. Em cada
imagem apresentada, o dinamizador pede que façam comentários
acerca do que estão a observar. E.g. o que estão a ver, o que as pessoas
estão a fazer, o que a personagem está a querer dizer. Poderão fazer
qualquer tipo de comentário relativamente à imagem, tentando
descodificá-la. No final, terão de tentar adivinhar o nome da sessão.
Quando o fizerem, o dinamizador aponta a resposta no quadro.
Discussão: Foi fácil adivinharem o tema, a partir da imagem?
Qual foi o tema mais fácil de adivinhar? Acertaram porque viram a
imagem e conseguiram associar à sessão, ou porque lembravam-se dessa
sessão?

40
 Atividade 3
O dinamizador pede que se sentem em círculo para que todos se
consigam ver e explica aos participantes em que consiste a atividade. Notas para o dinamizador:
Nesta atividade, o dinamizador irá atirar a bola para um dos participantes
– essa pessoa terá de dizer qual é que, na sua opinião, é o conceito Atividade 3:
aprendido mais importante até ao momento. O dinamizador deve Tentar recolher o máximo de
incentivar o participante a participar e a partilhar a sua opinião, bem informação possível de cada
como promover a interação com os outros participantes. Se algum outro participante, de modo a
elemento do grupo quiser comentar ou acrescentar algo, poderá fazê-lo. perceber o que este reteve das
Em seguida, a pessoa com a bola atira-a para outra pessoa e esta diz qual sessões anteriores. Deve
a atividade que gostou mais até agora e o porquê. Os restantes incentivar a participação dos
elementos do grupo poderão também dar a sua opinião. Em seguida, restantes participantes,
joga a bola para outra pessoa e esta terá de dizer qual a sessão que fazendo questões.
gostou mais e porquê. Atira a bola para outra pessoa e esta terá de dizer
qual o conceito que acha mais importante até ao momento. Volta a atirar
a bola para outra pessoa e terá de dizer o que aprendeu, de essencial,
em uma das sessões – uma à sua escolha. A pessoa seguinte terá de fazer
o mesmo, mas sem repetir a sessão anterior.

 Discussão final
O dinamizador pede que se sentem em círculo, para que todos
se possam ver: Agora que já relembrámos algumas coisas que
aprendemos durante esta semana, têm gostado das sessões? Acham que
vos tem ajudado no dia-a-dia? O que é que sugeriam que se alterasse nas
sessões? Que conteúdos aprendidos é que julgam ter utilizado mais até
agora? Com esta sessão damos por finalizado o tema da comunicação
interpessoal. Na próxima sessão vamos abordar um novo tema, a
autorregulação.

41
Autorregulação

42
Sessão 9 – Auto Conceito

Notas para o dinamizador:


Objetivos
 Consciencializar os participantes das suas qualidades e Introdução da nova temática:
competências O dinamizador deve promover
 Tornar consciente que a construção do conceito do Eu é um ao máximo a partilha de
processo contínuo e que poderão ter um papel ativo nesta tarefa opiniões. Pode utilizar
perguntas dirigidas a alguém,
Tempo
caso necessário.
 Introdução da nova temática – 15 minutos
 Atividade 1: 15 minutos
 Atividade 2: 40 minutos
 Relaxação: 10 minutos
 Discussão final: 10 minutos

Materiais
 PowerPoint
 Computador
 Canetas
 Fichas informativas
 Fichas de avaliação
 Colchões
 Folhas de papel: castanho, verde escuro, cinzento, amarelo,
verde claro, vermelho, laranja, roxo, azul claro, rosa claro, azul
escuro
 Extremidades de garrafas de água (recipiente)

Descrição

 Introdução da nova temática: O que é o auto conceito?


Perceção que o sujeito tem de si próprio. Cria-se a partir da ideia
que temos de nós e das nossas competências e da ideia que os outros
têm de nós.

43
 Identificar os passos para o auto conceito
Questionar acerca dos passos.
1. Concentrar-me em mim Notas para o dinamizador:
2. Pensar no que sou
3. Pensar no que os outros acham que sou Identificar os passos do auto
4. Comparar a ideia que tenho de mim com a ideia que os conceito:
outros têm Ser flexível a aceitar as
5. Saber como sou respostas.
Entregar as fichas informativas com os passos e referir que esta Utilizar o questionamento de
poderá e deverá auxiliá-los no seu dia-a-dia. modo a incentivar a
participação.
 Atividade 1
O dinamizador explica que nesta atividade terão de pensar em si
Atividade 1:
mesmos. Conforme a perceção que têm de si mesmos, de acordo com as
O dinamizador deve
suas aspirações e os seus sentimentos, terão de preencher a ficha
disponibilizar-se sempre que
informativa que será dada. O dinamizador relembra que terão de
necessário ajuda.
preencher cada parâmetro de acordo com as suas competências, as suas
A partilha poderá ser feita
caraterísticas, com o que desejam para as suas vidas, tudo relativamente
numa leitura integral da ficha
a si próprios. No final do preenchimento, o dinamizador pede que se
ou apenas de tópico em tópico,
sentem em círculo e que partilhem o que preencheram com o grupo,
sendo que só completam a
sendo que este também participa da atividade, começando a atividade
frase seguinte quando todos
pela leitura da sua ficha.
tiverem terminado a frase
Eu sei _____________________________________
Eu era _____________________________________ atual.
Eu tenho ___________________________________
Eu não ____________________________________
Eu desejo __________________________________
Eu devo ___________________________________
Eu posso ___________________________________
Eu quero ___________________________________
Eu sou ____________________________________
Eu consigo _________________________________
Eu sinto ___________________________________
Eu penso ___________________________________
Discussão: Gostaram da atividade? Acharam difícil preencher
esses tópicos? Se acharam difícil, qual foi a razão dessa dificuldade?
Tiveram algum tópico onde sentiram mais dificuldade? Se sim, qual foi?
E porquê que acham que sentiram que era difícil? É importante

44
frequentemente fazermos esta introspeção, ou seja, olhar para nós e
pensarmos nas nossas qualidades, no que queremos para nós, para o
nosso futuro, no que sentimos. É importante para nos conhecermos, nos Notas para o dinamizador:
reavaliarmos e pensar no que podemos melhorar ou podemos fazer para
atingir as nossas aspirações. Atividade 2:
O dinamizador
dinamizador
poderá também
deve
 Atividade 2
disponibilizar-se
participar, de sempre
maneira que
a
A segunda atividade consiste em: 11 recipientes, com papéis de
necessário ajuda.
exemplificar e a fortalecer a
11 cores diferentes – cada recipiente terá uma cor. Cada cor
Nas discussões,
ligação todos devem
com os participantes
corresponderá a uma caraterística O dinamizador explica que, um a um,
partilhar com os restantes
irão deslocar-se até aos recipientes e escolherão 10 caraterísticas que os
elementos do grupo as suas
definem, ou seja, retirar 10 papéis. Esta apresenta cada caraterística e
escolhas. Primeiramente o
deverá certificar-se que os participantes não têm dúvidas acerca do seu
dinamizador questiona quem
significado. Assim sendo, os sujeitos irão caraterizar-se através destes
quer começar. Caso ninguém se
papéis, podendo retirar mais que um papel de uma cor, se achar que essa
voluntarie, o dinamizador terá
caraterística está muito saliente na sua personalidade. No final, apontam
de escolher um participante.
numa folha quantos papeis têm de cada cor e em seguida, é oferecida a
Começar por lhe fazer
oportunidade de alterar os papéis, para que possam escolher
questões, e.g.: “Fala-nos das
caraterísticas que achem que deveriam ter, substituindo aquelas que não
caraterísticas que escolheste.
deviam.
Tiveste alguma que tirasses
a. Manipulação – Castanho
b. Teimosia – Verde escuro mais que um papel?...”
c. Medo – Cinzento O dinamizador pode também
d. Simpatia – Amarelo
participar da atividade, apenas
e. Controlo – Verde claro
f. Coragem – Vermelho referindo, verbalmente, quais
g. Sociabilidade – Laranja seriam as caraterísticas que
h. Agressividade – Roxo teria mais e as que a
i. Empenho – Azul claro
caracterizariam menos. Na
j. Inibição – Rosa claro
k. Impulsividade – Azul escuro segunda discussão, poderá
referir alguma troca de
Entre cada escolha de papéis, é realizada uma pequena discussão para
caraterísticas que gostaria de
falarem acerca da atividade e das escolhas que fizeram.
fazer para si próprio, de modo
Discussão 1: Gostaram da atividade? De pensarem em como são
a incentivar a partilha entre o
e nas vossas caraterísticas, nas vossas personalidades? Foi difícil
grupo.
reconhecerem-se naquelas caraterísticas? Acham que precisavam de
mais papéis, ou seja, os 10 papeis não chegaram para vos descrever?

45
Queriam acrescentar mais algum, seja novo, seja para salientar uma
caraterística? E sugerir mais alguma, gostavam? Se sim, qual?
Discussão 2: Fizeram muitas mudanças? Porquê que acham que Notas para o dinamizador:
deviam alterar alguma caraterística? Precisavam de ser mais calmos?
Menos teimosos? Falem-me das vossas escolhas. É importante olharmos Relaxação:
para nós e vermos o que poderíamos ou devíamos mudar, não é? Ou até O discurso do dinamizador deve
mesmo para nos valorizarmos, e relembrar-nos das nossas qualidades. ser num tom calmo e muito
pausado, de maneira a que os
 Relaxação:
participantes tenham tempo de
O dinamizador introduz a atividade de retorno à calma, pedindo
sentir as diferentes sensações.
que se sentem confortavelmente nas cadeiras, com as mãos em cima das
pernas. Coloca uma música.
Discussão final:
Instruções para os participantes:
O dinamizador deve promover
Nesta atividade quero que concentrem a vossa atenção no vosso
ao máximo a partilha de
corpo. Se quiserem e para que seja mais fácil, podem fechar os olhos.
opiniões. Pode utilizar
Como é que se sentem? Estão confortáveis? Foquem a vossa atenção nos
perguntas dirigidas a alguém,
vossos pés. Agora concentrem-se nas vossas pernas. Estão confortáveis?
caso necessário.
Relaxação:
Agora na vossa barriga. Foquem agora a vossa atenção no vosso peito.
As instruções terão de ser
Concentrem-se agora nos vossos ombros. Estão relaxados? Estão tensos?
pausadas, para que os
Foquem agora a vossa atenção nos vossos braços e nas vossas mãos.
participantes tenham tempo
Concentrem-se agora no vosso pescoço e na vossa cabeça. Está a pesar?
suficiente para refletir e focar a
Está leve? Agora, voltem a focar a vossa atenção na sala, para voltarmos
sua atenção.
à sessão.

 Discussão final
Depois de se encontrarem todos disponíveis, o dinamizador dá
início à discussão acerca da sessão: Acham que é importante estarmos
conscientes do que somos? Das nossas capacidades? Do que queremos?
Já tinham refletido acerca das vossas qualidades ou caraterísticas antes
desta sessão? Foi fácil para vocês se caraterizarem e pensarem nestes
aspetos? É importante pensar neles e estar consciente deles, porque só
assim podemos alterar alguma coisa em nós, que não esteja a ser
benéfico para nós nem para os outros. Entrega da ficha de avaliação da
sessão

46
Sessão 10 – Reconhecer sentimentos

Notas para
Notas paraoodinamizador:
dinamizador:
Objetivos
 Tornar consciente nos participantes a importância de Identificar os passos do auto
reconhecer sentimentos e o que eles provocam em cada um conceito:
 Demonstrar e consciencializar os participantes de que é também Ser flexível a aceitar as
importante perceber o que o outro está a sentir, para que a sua respostas.
resposta para com ele seja a mais adequada Utilizar o questionamento de
modo a incentivar a
Tempo
participação.
 Revisão da sessão anterior – 15 minutos
 Atividade 1: 20 minutos
 Atividade 2: 30 minutos
 Relaxação: 15 minutos
 Discussão final: 10 minutos

Materiais
 PowerPoint
 Computador (vídeos)
 Fichas informativas
 Fichas de avaliação
 Canetas
 Cartões (pedaços de papel em branco)
 Colchões

Descrição

 Revisão da sessão anterior


 Introdução da nova temática: O que é reconhecer um
sentimento? Que sentimentos é que podemos reconhecer?
Sentimentos são estados afetivos produzidos por diversos
fenômenos da vida. Podem resultar de perceções sensoriais ou
representações mentais. Alguns exemplos de sentimentos são os de
alegria, raiva, ansiedade, medo, tristeza, vergonha, ciúme, inveja,
surpresa, desgosto.

47
 Identificar os passos para reconhecer sentimentos:
Questionar acerca dos passos no próprio:
No próprio: Notas para o dinamizador:
1. Presta atenção ao que se passa no teu corpo que te ajuda
a perceber o que sentes Identificar os passos para dar
2. Pensa no que aconteceu para te fazer sentir assim feedback:
3. Pensa no nome que podias dar o sentimento Ser flexível a aceitar as
o Questionar acerca dos passos nos outros respostas

Nos outros
Atividade 1:
1. Olha para a outra pessoa O dinamizador deve deixar um
2. Repara nos aspetos não-verbais da sua comunicação pequeno intervalo de tempo
3. Ouve o que a outra pessoa está a dizer entre os vídeos para que haja
4. Pensa no que a outra pessoa poderá estar a sentir possibilidade para reflexão
5. Pensa em maneiras de demonstrar que percebes o que acerca dos mesmos.
a pessoa está a sentir
6. Decide a melhor maneira e demonstra

Entregar as fichas informativas com os passos a seguir e referir


que esta poderá e deverá auxiliá-los no seu dia-a-dia.

 Atividade 1
O dinamizador explica a primeira atividade aos participantes:
Começa por entregar dois cartões a cada participante. Explica que irá
mostrar alguns vídeos, com várias situações. Em cada vídeo, o
participante terá de escrever o sentimento que aquele vídeo o provocou,
num cartão. No final, o dinamizador questiona acerca do primeiro vídeo,
em seguida do segundo e por aí em diante, sendo que todos os
participantes devem partilhar as suas respostas. Posteriormente, o
dinamizador pede que estes coloquem o cartão de lado, guardando-o.
Faz uma breve discussão acerca da atividade e, em seguida, pede que os
participantes voltem a ver os vídeos sob outra perspetiva: desta vez,
terão de colocar-se na pele das personagens dos vídeos e escrever no
segundo cartão o que acham que cada personagem está a sentir naquele

48
momento. No final, partilham o que escreveram novamente com os
restantes elementos do grupo.
Discussão 1: Gostaram da atividade? Demoraram a perceber o Notas para o dinamizador:
que os vídeos faziam sentir? Houve vídeos mais fáceis de “sentir algo”
que outros? Quais? E porquê? Atividade 2:
Discussão 2: E relativamente a colocar-se no lugar do outro? Foi O dinamizador
dinamizador pode
deverá
auxiliar
circular
os
fácil perceber o que cada personagem estava a sentir? Por vezes é entre os grupos:
participantes no processo de
necessário colocar-se no lugar do outro, tentar perceber o que este pode Na escolha
decisão, casodos sentimentos a
necessário.
estar a sentir ou vir a sentir. representar, caso hajam dois
sentimentos iguais, o
 Atividade 2
dinamizador pode sugerir a um
Na segunda atividade, o dinamizador pede que se juntem em
dos grupos outro sentimento
pares. Explica que cada par terá de escolher um cartão com um dos
O dinamizador pode também,
sentimentos que surgiu ao ver os vídeos. Depois de todos os pares terem
se necessário, ajudá-los a
decidido, informam o dinamizador acerca da sua escolha, de maneira a
encontrar uma situação para
que não haja repetição de sentimentos na atividade de role play. O
representarem.
dinamizador explica que, após escolherem os sentimentos, terão de
combinar uma situação para representar em frente aos restantes
elementos, de maneira a que demonstrem esse sentimento. Os restantes
participantes terão de ficar atentos, pois no final da representação terão
de tentar identificar que sentimento foi representado. Na representação,
a comunicação verbal, não-verbal e paraverbal terão de estar
representadas de forma congruente. Isto é, o par deverá apresentar-se
empenhado em transmitir corretamente o sentimento aos outros
elementos.
Discussão: Como é que escolheram o sentimento que iam
representar? Por ser mais fácil de representar? Por ser mais fácil de
arranjar uma situação? Por quererem senti-lo? E quanto à representação,
tiveram dificuldades? E tiveram dificuldades em reconhecer os
sentimentos que os vossos colegas representaram? Qual foi o mais difícil
de reconhecer? É importante treinarem e repararem nos aspetos da
comunicação dos vossos colegas, para perceberem o que estão a sentir.
Não se esqueçam, a comunicação não-verbal está sempre presente e
ajuda-nos a descodificar neste tipo de situações.

49
 Relaxação
O dinamizador introduz a atividade de retorno à calma, pedindo
que se sentem confortavelmente nas cadeiras, com as mãos em cima das Notas
Notas para
para o
o dinamizador:
dinamizador:
pernas. Coloca uma música.
Instruções para os participantes: Discussão
Relaxação:final:
Nesta atividade quero que concentrem a vossa atenção no vosso O
As dinamizador
instruções deverá
devemdeixar
ser
corpo e no que está em contacto com ele. Se quiserem e para que seja que os participantes
pausadas participem
e o discurso calmo e
mais fácil, podem fechar os olhos. Como é que se sentem? Estão voluntariamente.
sereno. Tentar o
confortáveis? Foquem a vossa atenção nos vossos pés. No contacto dos questionamento de modo a
vossos pés com os sapatos. Com o chão. A força que os vossos pés estão promover o diálogo.
a exercer sobre o chão, e a força que o chão está a fazer sobre os vossos
pés. Agora concentrem-se nas vossas pernas. Foquem-se no contacto das
vossas pernas com as calças. Com a cadeira. A força que as vossas pernas
estão a exercer sobre o chão. Estão pesadas? Estão leves? Concentrem-
se. Agora na vossa barriga. No contacto da vossa barriga com a t-shirt.
Se está contraída ou relaxada. Foquem agora a vossa atenção no vosso
peito, no contacto deste com a t-shirt. Concentrem-se agora nos vossos
ombros. Estão relaxados? Estão tensos? Sintam o contacto destes com a
t-shirt. Foquem agora a vossa atenção nos vossos braços. Estão
relaxados? Em que zona é que os vossos braços estão em contacto com o
vosso corpo? Foquem-se nessa zona. Agora concentrem-se nas vossas
mãos, no contacto das vossas mãos com as vossas pernas. Estão fechadas
ou abertas? Estão a suar ou secas? Concentrem-se agora no vosso
pescoço e na vossa cabeça. Está a pesar? Está leve? Agora, voltem a focar
a vossa atenção na sala, para voltarmos à sessão.

 Discussão final
O dinamizador pede que se sentem para falarem acerca da
sessão e do que aprenderam: Gostaram da sessão? Qual foi a atividade
que gostaram mais? Porquê? E qual foi a mais difícil para vocês? Foi mais
difícil reconhecerem sentimentos em vocês ou nos outros? Acham
importante saber reconhecer os sentimentos? Porquê que é importante
reconhecer os sentimentos nos outros? E em nós? É saudável e proveitoso
que nos conheçamos a nós próprios, os nossos sentimentos e o modo
como o nosso corpo reage a eles. Igualmente importante é saber

50
reconhecer os sentimentos nos outros, para que os possamos ajudar ou
tentar partilhar esses momentos com eles, tal como gostariam que o
fizessem por vocês.

 Entrega da ficha de avaliação da sessão

51
Sessão 11 – Expressar sentimentos

Notas para o dinamizador:


Objetivos
 Tornar consciente aos participantes a importância de libertar e Introdução da nova temática:
expressar sentimentos para o seu bem-estar Utilizar o questionamento para
 Consciencializar os participantes da necessidade de saber como incentivar os sujeitos a
expressar os seus sentimentos participar.

Tempo
 Revisão da sessão anterior – 15 minutos
 Atividade 1 - 15 minutos
 Atividade 2 – 35 minutos
 Relaxação – 15 minutos
 Discussão final – 10 minutos

Materiais
 PowerPoint
 Computador (músicas)
 Canetas
 Folhas de Papel
 Fichas informativas
 Fichas de avaliação
 Colunas
 Colchões
 Cartões com sentimentos escritos (alegria, raiva, ansiedade,
medo, tristeza, vergonha, ciúme, inveja, surpresa, desgosto)

Descrição

 Revisão da sessão anterior


 Introdução da nova temática: O que é expressar sentimentos?
Diferentes maneiras de expressá-los?
Demonstrar o que estamos a sentir aos outros ou apenas libertar
sentimentos. Essa expressão de sentimentos poderá ser realizada
através da comunicação verbal, não-verbal ou paraverbal.

52
 Identificar os passos para expressar sentimentos:
Questionar os participantes acerca dos passos:
1. Presta atenção ao que se passa no teu corpo que te Notas para o dinamizador:
ajuda a perceber o que sentes
2. Pensa no que aconteceu para te fazer sentir assim Identificar os passos para
3. Pensa no nome que podias dar ao sentimento expressar sentimentos:
4. Pensa em diferentes maneira de o expressar e escolhe Ser flexível a aceitar as
uma respostas.
5. Expressa o sentimento
Entregar as fichas informativas com os passos e referir que esta Atividade 1:
poderá e deverá auxiliá-los no seu dia-a-dia. O dinamizador deve ter a
sensibilidade de deixar a
 Atividade 1
música tocar o suficiente para
O dinamizador pede que se espalhem pela sala e passa a explicar
que os participantes a sintam e
a primeira atividade: Nesta atividade serão colocadas diversas músicas.
consigam se expressar, mas
Os participantes deverão ouvir as músicas e expressar-se, de olhos
não demasiado tempo para
fechados e a andar pela sala, o que cada música os faz sentir. Poderão
que não se sintam fatigados.
exprimir-se realizando gestos, a andar a um ritmo diferente, movimentos
O dinamizador pode também
suaves, danças, do modo que quiserem e se sentirem à vontade.
participar na atividade, se
As músicas deverão ser de ritmos diferentes, alternando o estilo
achar que incentiva a
de música de modo a que os participantes sintam a diferença no
participação dos elementos do
sentimento, na passagem de uma para a outra.
grupo.
Discussão: Gostaram da atividade? As músicas provocam-vos
sentimentos diferentes, não provocam? Sentiram dificuldade em
Atividade 2:
encontrar maneira de se expressar conforme a música? Quais eram os
O dinamizador deve
estilos de música mais fáceis de se expressar? Os mais calmos e tristes?
exemplificar sempre que
Os mais rápidos e alegres? A música desperta sentimentos em nós e
necessário.
quando a ouvimos, é difícil não nos expressarmos, ou pelo menos
sentirmos vontade disso. No entanto, nem sempre é fácil exprimir o que
sentimos.

 Atividade 2
O dinamizador passa então a explicar a segunda atividade: Cada
participante tira um papel de dentro de um estojo, onde está escrito um
sentimento. Após todos terem retirado o papel, explica o que terão de

53
fazer com o sentimento que retiraram: terão de expressá-lo, utilizando a
comunicação não-verbal, ou seja, através de gestos, de expressões
faciais, movimentos. Poderão pedir ajuda a um colega do grupo ou à Notas para o dinamizador:
terapeuta para a representação, se for necessário mais que uma pessoa.
O dinamizador refere que os restantes elementos do grupo terão de Relaxação:
estar atentos pois terão de adivinhar que sentimento é que o colega O dinamizador terá de falar
estará a representar e porquê. Depois de todos os elementos terem num tom calmo e pausado,
apresentado os seus sentimentos, o dinamizador recolhe os papéis e dando tempo para que os
volta a colocar no estojo. De forma semelhante, cada participante retira participantes consciencializem-
um papel de dentro do estojo e a terapeuta explica que estes terão de se de todas as sensações.
inventar uma língua, como quiserem, e transmitir o sentimento que se
encontra escrito no seu cartão, evitando demonstrá-lo através de
expressões faciais. O dinamizador refere que terão de utilizar
principalmente o tom de voz para demonstrá-lo.
Discussão: Gostaram da atividade? O que foi mais difícil,
demonstrar sem utilizar a linguagem verbal ou utilizando a linguagem
verbal e paraverbal? E relativamente aos sentimentos que retiraram do
estojo? Qual é que foi mais difícil representar? E porquê? Tinham algum
sentimento que gostavam de ter representado? Qual? É importante
sabermos expressar os nossos sentimentos, para que os outros nos
possam ajudar, conhecer e perceber.

 Relaxação:
O dinamizador explica que será realizada uma atividade de
retorno a calma e de consciencialização corporal. Pede que se sentem ou
se deitem confortavelmente nos colchões. Se estiverem sentados,
colocar as mãos sobre as pernas. Se estiverem deitados, que seja em
decúbito dorsal e com os braços ao lado do corpo e as mãos paralelas ao
corpo.
Instruções para os participantes: Respirem algumas vezes e
concentrem-se na respiração. Podem fechar os olhos, se quiserem. Pode
ser mais fácil. Sintam como o abdómen se expande e contrai durante a
nossa respiração. Concentrem-se na vossa cabeça. Primeiro, concentrem-
se na testa. Sentem alguma tensão? Não há problema em não sentir nada
e o que quer que sintam também está bem. Agora concentrem-se nos

54
olhos, acham que estão a fazer muita força para os olhos ficarem
fechados? Avancem em direção à boca, acham que estão a fazer muita
força para a boca ficar fechada? Agora prestem atenção ao pescoço. Notas para o dinamizador:
Acham que esta parte do vosso corpo está relaxada? Agora, concentrem-
se no peito e abdómen e no seu movimento durante a inspiração e Discussão final:
expiração. Estas partes do vosso corpo estão relaxadas? Voltem a O dinamizador deve promover
atenção para os ombros e costas. Estas partes do vosso corpo estão ao máximo a partilha de
relaxadas? Prestem agora um pouco de atenção ao que estão a pensar. opiniões. Pode utilizar
Deixem os pensamentos ir e vir como nuvens no céu, a vossa cabeça é o perguntas dirigidas a alguém,
céu e as nuvens são os seus pensamentos, reparem neles e deixem-nos caso necessário.
passar. Concentrem-se no abdómen e na parte inferior das costas.
Respirem calmamente. Sintam os braços relaxados a descansar, sintam
os dois ao mesmo tempo. Sintam as mãos e todos os dedos. Sintam a
parte inferior do corpo contra a cadeira ou contra o chão. Agora prestem
atenção nas vossas ancas, joelhos e pernas. Sintam ambos os pés e dedos
dos pés. Têm alguma sensação (calor, frio, os músculos tensos)? Têm
alguma tensão em alguma parte do corpo? Se sim, podem tentar respirar
focando a vossa atenção nessa parte do corpo em particular. Por
exemplo, se os vossos ombros estão tensos, podem fingir que estão a
inspirar e a expirar pelos ombros e reparem se acontece alguma coisa
Antes de terminarem a viagem pelo corpo, deixem as mãos ganharem
vida, movendo lentamente os dedos das mãos e dos pés e enruguem o
rosto. Respirem profundamente duas ou três vezes e muito devagar
abram os olhos. Agora, com movimentos suaves, vão se movendo,
sentando lentamente e vamos voltar à sessão.

 Discussão final
O dinamizador pede que se sentem em círculo para discutirem o
que se passou durante a sessão: Como estão? Qual foi a atividade que
gostaram mais? Porquê? No geral, acharam difícil expressar o que
estavam a sentir? Foi mais fácil expressarem-se quando tiveram de sentir
algo com a música ou quando já vos foi dado um sentimento para
demonstrar? Não se esqueçam da importância que tem demonstrarem
aos outros os vossos sentimentos, da melhor maneira, não só para os

55
outros mas também para o vosso bem. É importante soltarem o que
estão a sentir e não acumular sentimentos.

 Entrega da ficha de avaliação da sessão

56
Sessão 12 – Lidar com o stress

Notas para o dinamizador:


Objetivos
 Conscializar os participantes da noção de stress Introdução da nova temática:
 Fornecer estratégias e exercícios que permitam enfrentar O dinamizador deve promover
situações stressantes do quotidiano de uma forma mais eficaz, ao máximo a partilha de
reduzindo a ansiedade opiniões. Pode utilizar
perguntas dirigidas a alguém,
Tempo
caso necessário.
 Revisão da sessão anterior – 15 minutos
 Atividade 1 – 20 minutos
 Atividade 2 – 15 minutos
 Atividade 3 – 10 minutos
 Relaxação – 20 minutos
 Discussão Final – 10 minutos

Materiais
 PowerPoint
 Computador
 Canetas
 Folhas de Papel
 Fichas informativas
 Quadro
 Caneta
 Folhas de papel com estratégia para lidar com o stress
 Fichas informativas com um exemplo de cada exercício de
relaxação
 Colchões

Descrição

 Revisão da sessão anterior


 Introdução da nova temática: O que é o stress?
Stress é algo que experienciamos quando estamos perante uma
situação e sentimos que não temos capacidade de lidar com ela.

57
Sentimos que perdemos o controlo da situação. Assim, o stress pode ser
visto como uma ameaça a qualquer nível, podendo ser ao nível
emocional, físico e psicológico, afetando a nossa vida. No entanto, Notas para o dinamizador:
também existem aspetos positivos do stress, sendo um deles a
capacidade de conseguirmos cumprir prazos. Atividade 1:
O dinamizador deverá aceitar o
 Atividade 1
máximo de sugestões possível,
O dinamizador entrega uma folha de papel a cada participante e
podendo ajustá-las.
pede que reflitam acerca do passado, presente e futuro. Pede então para
Utilizar o reforço positivo,
escreverem, em cada um, pelo menos 3 fatores stressantes. Poderá ser
quando os participantes
um evento, um trabalho, o ambiente familiar, uma responsabilidade, o
sugerem um factor.
tempo (prazo). Qualquer situação ou fator que sinta que lhe provocou
Quando sugere novos factores
stress. No final, o dinamizador pede que partilhem, cada um e em voz
stressantes, o dinamizador
alta, o que escreveram para cada altura e vai anotando no quadro. No
pode questionar antes de
final, poderá também adicionar alguns fatores que poderão ainda não
começar a explicar ou
terem sido referidos.
contextualizar o factor.
Pouco dinheiro, gestão do tempo, separação dos pais, conflito
com um amigo, conflito com um colega de trabalho, morte de um
Identificar os passos para lidar
familiar, doença.
com o stress:
Em cada fator, o dinamizador deverá fazer uma breve
Ser flexível a aceitar respostas.
contextualização para o dia-a-dia, que situações pode ocorrer, o que
Utilizar o questionamento de
pode provocar na pessoa.
maneira a incentivar a
 Identificar os passos para lidar com o stress: participação.
Questionar os participantes acerca dos passos que deveriam
seguir para saber lidar com situações de stress:
o Sensação:
1. O que estou a sentir (o meu corpo)
2. Qual é o fator que me está a provocar stress?
3. Relaxar e controlar-me
o Acão:
1. Afastar-me da situação e pensar nesta com outros
olhos
2. Opções para lidar com a situação. Qual a melhor
opção?

58
3. Lidar com a situação que está a provocar stress
Entregar as fichas informativas com os passos a seguir e referir
que esta poderá e deverá auxiliá-los no seu dia-a-dia. Notas para o dinamizador:

 Atividade 2
Atividade 2:
O dinamizador explica que, para lidar com o stress, é primeiro
Utilizar o questionamento e
necessário reconhecer que este existe – reconhecer sinais que indicam a
exemplos, de maneira a
existência de stress. Refere que, por vezes, estão envolvidos em tantas
incentivar os sujeitos a
situações de stress no dia-a-dia que começa a parecer normal, sentirem-
participar e para que a
se frequentemente irritados ou incapazes de alcançar algum objetivo.
atividade seja o mais dinâmica
Reforça então que é importante estarem conscientes de que estão numa
possível.
situação excessivamente stressante e que há diferentes sinais que
permite consciencializar-se disso. Questiona sobre estes sinais, anotando
no quadro conforme os participantes vão respondendo:
o Tensão nos músculos - no queixo, nas mãos, no pescoço
o Aperto no estômago
o Dor de cabeça
o Respiração superficial (sentirem que não estão a inspirar
ar suficiente)
O dinamizador refere que outro aspeto importante é a saúde
física e mental pois, quanto melhor se sentirem, mais preparados estarão
para lidar com as situações de stress. Assim, há diversas atividades e
escolhas nas suas rotinas que podem ajudar a sentirem-se mais
energéticos e a controlar a situação. Entretanto, entrega um papel a cada
participante com uma estratégia/hábito, com a respetiva explicação em
frente. Cada participante terá de interiorizar o que está escrito no seu
cartão. Em seguida, um a um, irão partilhar a sua estratégia com os
colegas, sendo que estes tentarão adivinhar que benefícios é que traz e
o que se deve fazer. O participante poderá aceitar ou não as respostas,
de acordo com o que leu, e em seguida passará a explicar.
o Exercício físico – ajuda a aumentar a energia e ao mesmo
tempo a relaxar o corpo e a mente. Tentar fazer exercício
físico todos os dias – desporto, andar a pé.

59
o Socializar com os outros – falar e partilhar os
sentimentos e pensamentos com alguém em quem se
confia ajuda a aliviar o stress.
o Fazer intervalos – quando existe muito stress
acumulado, fazer um intervalo e afastar-se da situação.
Passear, mudar de ambiente, fazer exercício pode ajudar
a lidar com a situação posteriormente.
o Alimentação saudável – beber muita água e fruta. Evitar
fast food pois esse tipo de refeições podem deixar a
pessoa com sono e mais vulnerável a problemas de
saúde.
o Evitar beber, fumar ou tomar comprimidos ou drogas
para relaxar – Todos estes elementos poderão ajudar a
relaxar no momento, no entanto, mais tarde poderão
levar a maiores níveis de ansiedade e a problemas graves
de saúde.
o Hábitos de sono saudáveis – apontar para dormir 8 horas
por dia. Se tiver descansado o suficiente, estará mais
alerta durante o dia e mais equipado para lidar com
situações stressantes.
o Humor – Quando utilizado adequadamente, o humor
pode ser uma eficaz maneira de libertar o stress. É
importante divertir-se, tanto no trabalho como em casa.
o Conheça os seus limites – Não se comprometer com
demasiadas tarefas, com as quais depois não consegue
lidar. Se sentir que tem demasiado para fazer,
estabelecer prioridades e deixar tarefas que não são
essenciais. Deve pedir ajuda sempre que necessário.
o Criar um plano equilibrado - Que inclua todas as
responsabilidades e tarefas diárias. Este plano deverá
incluir também tempo para si, para a família, para o seu
bem-estar.
Discussão: Já sabiam como reconhecer que estavam em stress?
Já sentiram alguns daqueles sintomas? Qual é que normalmente sentem
para indicar-vos que estão em stress? E relativamente às estratégias para

60
utilizar nas rotinas, já as conheciam? Qual é que adotam quando estão
sob stress? Podem não ter todos estes hábitos e não é fácil mudá-los
todos repentinamente, mas se o fizerem aos poucos, vão começando a Notas
Notas para
para oo dinamizador:
dinamizador:
notar diferença e vão estar mais capazes de lidar com o stress do dia-a-
dia. Relaxação:
Atividade 3:
 Atividade 3 O
Ao dinamizador deve ter aos
questionar um
O dinamizador explica que nesta atividade irá expor alguns discurso calmo
participantes e sereno,
se se num
recordam de
exercícios que poderão ser realizados para reduzir o stress. Explica que tom de atividade
alguma voz calmo.deDeve fazer
relaxação,
poderão ser realizadas atividades de relaxação. Questiona aos uma pausa
poderá darentre as indicações.
exemplos de uma
participantes se se recordam de alguma atividade que já tenha sido Quando
atividade pede “façam-no
de relaxação já
realizada e que os tenha deixado relaxados e calmos. Em seguida, durante
realizada,algumnuma
tempo”, deverá
sessão
apresenta três tipos de atividades para relaxar, incluindo: dar liberdade aos participantes
anterior.
o Exercícios de respiração: atividades em que estão para realizarem a atividade
conscientes da respiração e controlam-na, em que estão autonomamente, dando um
atentos aos movimentos do corpo enquanto respiram. intervalo de tempo razoável
Pode ser utilizada para a pessoa relaxar durante uma para que se concentrem nos
situação de stress. seus pensamentos.
o Exercícios de relaxação progressiva dos músculos: Estes
exercícios consistem em contrair e descontrair
lentamente os músculos do corpo, uma zona de cada
vez. Normalmente contraem os músculos durante 5
segundos e depois relaxam durante 30 segundos. Esta
atividade é utilizada para relaxar o corpo quando está
sob tensão.
o Exercícios de visualização: Este exercício consiste em
criar uma situação na nossa mente, utilizando a para
gerar sentimentos positivos e relaxantes.
 Relaxação:
O dinamizador pede que vão buscar um colchão e se sentem ou
se deitem confortavelmente sobre ele, em decúbito dorsal. Explica que
será realizada uma atividade que de nome “Estou só preocupado”. O
dinamizador explica que este “estou só preocupado” refere-se a quando
alguém está preocupado com algo e está repetitivamente a pensar na
mesma preocupação, aumentando a sua ansiedade e sem encontrar

61
nenhuma solução. O dinamizador pede que fechem os olhos, se
preferirem, para dar início à atividade.
Instruções para os participantes: Notas para o dinamizador:
Relaxem. Respirem. Prestem atenção à vossa respiração.
Inspirem. Expirem. Calmamente. Prestem atenção ao vosso corpo. Estão Discussão final:
confortáveis e calmos. Diversas vezes e prestem atenção ao vosso corpo O dinamizador deve promover
e aos vossos sentimentos. Existe alguma coisa que vos preocupa? Alguma ao máximo a partilha de
coisa que irá acontecer? Ou que já aconteceu? Pensem numa coisa que opiniões. Pode utilizar
vos está a incomodar, algo que vos está a preocupar. Quando perguntas dirigidas a alguém,
descobrirem algo que vos está a preocupar, digam para vocês mesmos: caso necessário.
“Estou só preocupado” e voltem a focar a vossa atenção na vossa
respiração. Ou noutro assunto. Sempre que o vosso pensamento voltar
para essa preocupação ou qualquer outra preocupação, voltem a dizer
para vocês mesmos “Estou só preocupado”. Esse pensamento poderá
estar sempre a ocorrer. Se assim for, continuem a repetir interiormente
“Estou só preocupado”. Caso não tenham encontrado nada que vos
preocupe, não se importem, continuem a focar a atenção em vocês. No
vosso corpo. Na vossa respiração. Façam-no durante algum tempo.
Relaxem.
Agora, quando se sentirem preparados, abram os olhos, devagar.
Comecem a focar a vossa atenção na sala, no momento. Movam-se
calmamente. Espreguicem-se e, quando possível, sentem-se no colchão e
voltemos à sessão.
 Discussão final
O dinamizador pede que se sentem em círculo para discutir a
sessão: Gostaram das atividades? Qual foi a atividade que gostaram
mais? Já sabiam tudo isto acerca do stress e como lidar com ele?
Pretendem mudar alguns hábitos para aprender a lidar melhor com as
situações de stress ou utilizar os exercícios propostos? É importante saber
lidar com o stress e tentar evitá-lo ou reduzi-lo. Para isso é preciso
esforço, é necessário organização mas, no nosso dia-a-dia, podemos
mudar pequenas coisas que nos vão ajudar a ser mais produtivos, mais
capazes de lidar com situações difíceis e com isso sermos mais felizes.

 Entrega da ficha de avaliação da sessão

62
Sessão 13 – Lidar com acusações
e críticas
Notas para o dinamizador:

Objetivos
 Consciencializar os participantes de que precisam de ser Introdução da nova temática:

racionais e não ceder às emoções quando estão a ser acusados Utilizar o questionamento para

ou criticados incentivar os sujeitos a


participar.
Tempo
 Revisão da sessão anterior – 15 minutos
 Atividade 1 – 20 minutos
 Atividade 2 – 30 minutos
 Relaxação – 15 minutos
 Discussão final – 10 minutos

Materiais
 PowerPoint
 Computador
 Canetas
 Folhas de Papel
 Fichas informativas
 Fichas com tabela
 Lápis de cor

Descrição

 Revisão da sessão anterior


 Introdução da nova temática: O que entende por lidar com
acusações?
Quando alguém diz a uma pessoa que ela fez, disse ou sentiu
algo. Uma acusação pode ser falsa ou verdadeira. Saber lidar com uma
acusação significa saber ouvi-la, pensar na sua veracidade e responder
da melhor forma.

63
 Identificar os passos para lidar com acusações:
Questionar os participantes acerca dos passos para saber lidar
com acusações Notas para o dinamizador:
1. Pensa no que a outra pessoa te está a acusar
2. Pensa no porquê de estar a fazer essa acusação Atividade 1:
3. Pensa em diferentes maneiras de responder a essa O dinamizador deverá dar
acusação exemplos de modo a tornar a
4. Escolhe a melhor maneira de fazê-lo explicação da atividade mais
Entregar as fichas informativas com os passos e referir que esta clara.
poderá e deverá auxiliá-los no seu dia-a-dia.

 Atividade 1
O dinamizador entrega uma ficha onde se encontra uma grelha
com os parâmetros: “Situação”; “Pensamento”; ”Comportamento” e
explica a primeira atividade. Esclarece que cada um irá retirar um papel
com uma situação e preencher a tabela, escrevendo na coluna da
situação o que lhe saiu no papel. Haverá duas cópias de cada situação,
de maneira a que dois participantes se deparem com a mesma situação
e se comparem as reações. Em seguida, irão preencher a coluna do
comportamento, escrevendo aquilo que imediatamente fariam se a
acusação fosse dirigida a si. Posteriormente, preenchem a coluna do
pensamento, com aquilo que pensaram acerca da acusação que foi feita.
O dinamizador explica que é preenchido primeiramente o
comportamento pois por vezes, nestas situações, este antecede o
pensamento. Quando todos acabarem, o dinamizador pede que cada um
apresente a sua tabela em voz alta para os restantes elementos do grupo.
Em seguida, para a mesma situação, irão preencher novamente o
pensamento e o comportamento, desta vez o que deveriam ter feito,
preenchendo primeiro o pensamento e em seguida o comportamento. O
dinamizador deverá salientar que é necessário parar e pensar, antes de
agir.

64
Situação Pensamento Comportamento

Notas para o dinamizador:

Atividade 2:
O dinamizador poderá circular
pela sala durante a atividade.
Discussão: Gostaram da atividade? O que foi mais difícil de fazer?
Deverá estar atenta às reações
Preencher o pensamento antes do comportamento ou o contrário?
de cada participante ao serem
Alguém percebeu qual foi o intuito deste exercício? Por vezes, quando nos
lidas os elogios e,
sentimos atacados, reagimos antes de pensar. No entanto, devemos
principalmente, as críticas.
tentar controlar esse comportamento, parar e pensar antes de agir.

 Introdução da nova temática: O que entende por lidar com


críticas?
Quando alguém diz a uma pessoa que esta fez ou disse algo de
errado. Lidar com críticas significa ouvi-las, aceitá-las e utilizá-las para
melhorar, tanto a nível pessoal como profissional.

 Identificar os passos para lidar com as críticas:


Questionar acerca dos passos para lidar com as críticas:
1. Pensa no que a outra pessoa te está a criticar
2. Pensa no porquê de estar a fazer essa crítica
3. Pensa se deves seguir essa crítica ou não
4. Se seguires, como podes fazê-lo?
5. Escolhe a melhor maneira de o fazer
Entregar as fichas informativas com os passos e referir que esta
poderá e deverá auxiliá-los no seu dia-a-dia.

 Atividade 2
O dinamizador explica que esta atividade tem como objetivo
aprender a lidar com críticas. Refere que cada um irá fazer um desenho,
em que o tema é a natureza, e que devem tentar realizar a atividade sem
que os outros vejam o seu desenho. No final, viram-no ao contrário e
entregam ao dinamizador. Este aleatoriamente entrega os desenhos
feitos a cada um, tendo o cuidado do artista não ficar com o seu próprio

65
desenho. Refere que terão de observar o desenho com atenção e
escrever, na parte de trás, uma crítica e um elogio ao desenho. Depois
de todos escreverem a sua opinião, voltam a entregar os desenhos aos Notas
Notas para
para oo dinamizador
dinamizador:
respetivos artista. Toda a atividade é anónima, ou seja, nem o artista nem
o crítico escrevem o nome. Os participantes serão elogiados e criticados Relaxação:
e terão de aceitar e reagir ambos de maneira adequada. O discurso deverá ser calmo e
Discussão: Foi difícil fazerem uma crítica e um elogio? E num tom baixo. Deverá fazer
receberem a crítica? Como foi? Como se sentiram? O que vos apetecia pausas entre cada instrução.
fazer? O que vos apetecia responder? Como foi se controlarem após O dinamizador poderá realizar
serem criticados? Conseguiram ver a crítica como algo construtivo, algo parte da atividade com os
que serve para vos ajudar a melhorar? Por vezes as pessoas criticam não participantes, para demonstrar
no sentido de ofender, mas de ajudar-vos a melhorar. os movimentos. No entanto,
depois deverá parar, deixando
 Relaxação
que estes façam-no ao seu
O dinamizador explica que será realizada uma atividade de
ritmo e não sejam
retorno à calma. Refere que esta atividade poderá ser realizada sentado
influenciados pelo
numa cadeira ou num colchão. Assim, cada participante tem a
dinamizador.
oportunidade de escolher em que superfície realizar a atividade. Quando
Pode aumentar o número de
estiverem prontos, o dinamizador começa a atividade.
vezes que realizam o
Instruções para os participantes:
movimento, se vir que estes
Está na altura de relaxarmos. Sentem-se, confortavelmente, com
estão a realizá-lo demasiado
as pernas descruzadas e com as mãos a descansar no colo ou ao lado.
rápido. Salientar que deverá
Quem quiser, poderá fechar os olhos durante a atividade. Agora,
ser feito com calma e que
respirem lenta e profundamente. Inspirem pelo nariz, notem a expansão
deverão focar a sua atenção na
do vosso peito. Sustenham a respiram. Agora soltem o ar pela boca.
contração e descontração.
Inspirem novamente… Pausa... Expirem totalmente. Inspirem... Pausa…
Expirem. Comecem a relaxar o corpo. Anotem qualquer tensão que
sintam, a começar nos pés até a vossa cabeça. Reparem em alguma
tensão que possam sentir nas pernas... no estomago... nas mãos... nos
braços... nos ombros... no pescoço... nos maxilares... na cara. Vamos
relaxar algumas áreas. Vamos começar pelos pés. Vamos dobrar
lentamente a ponta dos pés, levando-os em direção ao corpo. Procurem
sentir a tensão, mantenham os pés contraídos por alguns segundos.
Relaxem. Façam, a seguir, o movimento contrário, esticando os pés.
Sintam nesse momento a tensão na região da barriga da perna. Fiquem

66
por alguns segundos. Relaxem. Aproveite esse momento para perceber a
sensação causada pelo relaxamento. Em seguida, contraiam os músculos
das nádegas. Continuem a contrair por alguns segundos. Agora relaxem. Notas para o dinamizador:
Agora as mãos e pelos braços. Fechem as mãos e contraiam-nas. Sintam
a tensão nas vossas mãos e nos vossos antebraços. Continuem a Discussão final:
contrair... cada vez mais... apertem mais ... como se tivessem uma bola O dinamizador deve promover
de papel na mão e quisessem esmagá-la...Agora relaxem. Novamente. ao máximo a partilha de
Contraiam as mãos… Com força … Agora relaxem. Façam-no mais uma opiniões. Pode utilizar
vez. Contraiam … e depois relaxem. Agora sintam as vossas mãos perguntas dirigidas a alguém,
relaxadas. Soltem-nas. Sacudam-nas. Sintam os vossos braços relaxados. caso necessário.
Notem a diferença entre a tensão e a relaxação. Em seguida, vamos
tentar fazer o mesmo com os ombros. Subam os ombros até às orelhas,
contraindo os músculos durante um período de tempo e depois relaxá-
los. Vamos repetir. Elevar os ombros até às orelhas. Permanecer assim,
sempre contraído. E depois soltar. Voltem a fazer mais uma vez. Agora
soltem. Sacudam os ombros, relaxem-nos. Rodem a cabeça para aliviar a
tensão que ficou. Quando se sentirem preparados, vamos então voltar à
sessão.

 Discussão final
O dinamizador pede que se sentem em círculo e inicia a
discussão: Gostaram da sessão? Qual foi a atividade que gostaram mais?
Porquê? É difícil aceitar uma crítica? E lidar com uma acusação? O que é
importante fazer quando nos acusam de algo, antes de agir? É
importante não só para nós, para não nos prejudicarmos, mas também
para os outros e para as nossas relações com eles.

 Entrega da ficha de avaliação da sessão

67
Sessão 14 – Lidar com o fracasso

Notas para o dinamizador:


Objetivos

Introdução da nova temática:


 Consciencializar os participantes de que o fracasso não tem de
Esperar que os participantes
ter uma conotação negativa, podendo ser visto como uma
respondam. Incentivá-los
experiência de aprendizagem
através do questionamento.
Tempo
 Revisão da sessão anterior – 15 minutos
 Atividade 1 – 40 minutos
 Atividade 2 – 15 minutos
 Relaxação – 15 minutos
 Discussão Final – 10 minutos

Materiais
 PowerPoint
 Computador (imagem do Michael Jordan)
 Canetas
 Folhas de Papel
 Fichas informativas
 Folha de papel com tabela
 Canetas
 Vídeo sobre o fracasso
 Colunas

Descrição

 Revisão da sessão anterior:


 Introdução da nova temática: O que é o fracasso? Qual a
importância de saber lidar com este?
Fracassar significa não ser bem-sucedido na realização de uma
tarefa. É importante saber lidar com o fracasso pois, caso não o faça de
uma forma positiva, este pode provocar medo de voltar a tentar e fará
perder diversas oportunidades interessantes e desafiantes.

68
 Passos para lidar com o fracasso
Questionar acerca dos passos:
1. Pense em que falhou Notas para o dinamizador:
2. Pense no porquê de ter falhado
a. Falta de competências? Passos para
Atividade 1: lidar com o
b. Falta de motivação? fracasso: realizar a atividade
Poderão
c. Falta de sorte? Ser flexível
uma vez emaconjunto,
aceitar respostas
primeiro.
d. Razões pessoais? Dar exemplos caso não
3. Pense no que pode fazer para evitar voltar a falhar cheguem à resposta.
a. Falta de competências – Treinar
b. Falta de motivação – Aumentar o esforço Atividade 1:
4. Decida se quer voltar a tentar O dinamizador não deve
5. Tente outra vez apressar os participantes a
preencher qualquer coluna da
Entregar as fichas informativas com os passos e referir que esta
tabela.
poderá e deverá auxiliá-los no seu dia-a-dia.
O dinamizador deve salientar,
 Atividade 1 ao explicar que irão trocar de
O dinamizador faz uma introdução à atividade: Quantos de vocês papéis, que não precisam de
já fracassaram em alguma coisa? Quase toda a gente já fracassou, em ficar preocupados pois
alguma altura da vida. Até as pessoas bem-sucedidas hoje em dia já ninguém saberá se a situação
fracassaram – coloca uma fotografia do Michael Jordan - Um exemplo é escrita era real ou imaginária e,
o caso do Michael Jordan – este é considerado um dos melhores para além disso, as folhas não
jogadores de basquetebol de todos os tempos e, no entanto, foi expulso estão identificadas.
da equipa da sua escola porque o seu treinador não achava que este era O dinamizador deve andar pela
bom o suficiente para fazer parte da equipa. Já pensaram se o Michael sala e ajudar sempre que
Jordan tivesse desistido e tivesse tido medo de tentar entrar noutra necessário – não dar de
equipa? Se calhar não seria hoje em dia um dos melhores jogadores de imediato uma resposta – dar
basquetebol do mundo. Isto para verem que nem todo o fracasso é mau opções ou fazer questões.
– é importante que aprendamos sempre uma lição ou procuremos algo
positivo nesse acontecimento.
O dinamizador introduz a atividade, entregando uma folha de
papel com uma tabela a cada um dos participantes. Explica que estes
terão que pensar em situações da sua vida ou de alguém que conheçam,
ou simplesmente imaginar alguma situação de fracasso.

69
Situação em Consequência
que fracassou Lição
positiva

Poderá ser desde a situação mais simples, à mais complexa –


desde que seja uma situação em que se considere que a pessoa tentou,
e não foi bem-sucedida. Dá o exemplo, escrevendo no quadro: Não entrei
na discoteca que queria porque fui barrado à entrada. O dinamizador
salienta que, de momento, terão de preencher apenas a coluna da
situação de fracasso. Dá tempo para cada um dos participantes
preencherem a coluna com a sua situação de fracas e, quando todos
acabarem, pede que dobrem as suas folhas em dois e recolhe-as. Em
seguida, terão de ler a situação de um colega e preencher na tabela a
lição que poderá tirar da situação escrita. Continua o exemplo anterior,
escrevendo no quadro: Para a próxima vou para a discoteca mais cedo.
Aquela hora é mais difícil de entrar. O dinamizador indica que terão
apenas de preencher a coluna da lição. Salienta também que deverão
levar a sério a situação escrita, pois poderá ter sido vivida por algum dos
colegas, e o objetivo é ajudar a ver o lado positivo e benéfico da situação.
Posteriormente, pede que dobrem novamente os papéis, recolhe e volta
a distribui-los, pedindo que preencham a coluna da consequência
positiva. Esclarece que poderá ser qualquer consequência positiva que
poderá acontecer após a situação de fracasso ou devido a esta e dá
novamente o exemplo no quadro: Poupei dinheiro e os meus amigos
disseram que estava demasiado cheio. Ainda bem que não entrei. No
final, o dinamizador recolhe os papéis e lê cada um em voz alta.
Discussão: Gostaram da atividade? Foi difícil se recordarem de
uma situação em que tivessem fracassado? E arranjar uma lição para a
situação de um colega, foi fácil? Acham que teria sido mais fácil terem
arranjado para a vossa situação? E uma consequência positiva? Foi difícil
arranjar uma? Ficaram admirados com as respostas dos vossos colegas?
Já tinham pensado desta forma para a situação que tinham escrito? Ou
para alguma outra situação pouco bem-sucedida, na vossa vida? Esta é

70
uma boa solução pois diminui o vosso medo de voltar a tentar. Quer
naquilo que não foram bem-sucedidos, quer numa experiência nova.

Notas para o dinamizador:


 Atividade 2
O dinamizador introduz a segunda atividade, referindo que é
Atividade 2:
normal ter medo de falhar, ou porque não tivemos muito suporte das
O dinamizador pode também
pessoas que nos eram próximas, ou porque tivemos uma situação
participar na atividade,
traumática em que falhámos. Assim, existem sinais que nos podem
demonstrando que também
indicar que estamos com medo de falhar. Apresenta os sinais, podendo
sente medo de falhar, como
utilizar exemplos para tornar a ideia mais clara:
toda a gente.
o Hesitar perante experiências novas ou projetos mais
desafiantes
o Auto sabotagem – isto é, dizer a si mesmo que não é
capaz e que não irá conseguir
o Ansiedade em demasia
o Baixa auto estima – pensar que não é bom o suficiente
o Perfecionismo – isto é, fazer apenas aquilo que tem
noção que vai ser bem-sucedido
Pede que escrevam num papel qual destes sinais já sentiram,
esclarecendo que estes são normais e que ninguém irá saber de quem é
o papel, pedindo que os dobrem depois de escreverem. O dinamizador
recolhe o papel e contabiliza cada sinal e discute, posteriormente esse
aspeto com os participantes para que tenham noção que é
compreensível que muitos deles partilhem do mesmo sentimento que
evoca medo.
Em seguida, apresenta algumas estratégias para ultrapassar o
medo de falhar, explorando cada uma com o grupo. Pede então que
escrevam um medo que tenham num papel, que também será anónimo.
Explica que posteriormente serão retirados esses papéis aleatoriamente
para explorarem as estratégias para lidar com esse medo:
o Analisar todos os possíveis resultados da sua decisão
o Pensar mais positivamente
o Olhar para o pior cenário – por vezes este pode ser
desastroso, mas noutras ocasiões pode nem ser tão mau
e ajudar a diminuir o medo de falhar.

71
o Ter um plano B
o Definir um objetivo – poderá ser por escrito ou utilizando
a visualização – imaginar como será a sua vida depois de Notas para o dinamizador:
atingir aquele objetivo pode ajudar.
o Se definir um objetivo final ainda o deixa com mais medo Discussão final:
de falhar, pode optar por estabelecer objetivos mais O dinamizador deve promover
pequenos e simples, que o ajudarão a atingir o objetivo ao máximo a partilha de
final. opiniões. Pode utilizar
perguntas dirigidas a alguém,
Discussão: Gostaram da atividade? Quando fracassavam,
caso necessário.
quando tinham medos, era costume utilizar alguma destas estratégias?

 Relaxação
Os indivíduos colocam-se numa posição confortável, virados
para o computador, para visualizarem um vídeo.

 Discussão Final
Gostaram da sessão? O que é que aprenderam acerca do
fracasso? Que podemos vê-lo de duas formas, certo? De uma forma
positiva e de uma forma negativa. Devemos tentar encarar sempre o
fracasso como? Todos temos medo de falhar, mas se deixarmos de tentar
arriscar por causa desse medo, vamos perder situações muito
interessantes na vida. As situações em que falhamos ajudam-nos a
perceber coisas que nunca iriamos perceber se não o tivesse acontecido
– como o quão fortes somos e quem são os nossos verdadeiros amigos.
Assim, quando tiverem medo de falhar, construam objetivos pequenos,
que vos ajudem a aumentar a vossa confiança. Façam planos e, muito
importante, como é que devem pensar? Positivamente. Dando um passo
de cada vez, vão começar a perder o vosso medo.

 Entrega da ficha de avaliação da sessão

72
Sessão 15 – Controlo da Raiva

Notas para o dinamizador:


Objetivos
 Consciencializar os participantes da importância de aceitar a Introdução da nova temática:
raiva e saber controlá-la Utilizar o questionamento e
 Fornecer técnicas e métodos para controlar e diminuir as exemplos para incentivar os
consequências negativas dos comportamentos gerados por esse sujeitos a participar.
sentimento

Tempo
 Revisão da sessão anterior – 15 minutos
 Atividade 1 – 25 minutos
 Atividade 2 – 20 minutos
 Relaxação – 20 minutos
 Discussão Final – 10 minutos

Materiais
 PowerPoint
 Computador (vídeos)
 Canetas
 Folhas de Papel
 Fichas informativas
 Quadro
 Colunas
 Ficha informativa Time Out Plan
 Ficha informativa Self talk

Descrição

 Revisão da sessão anterior


 Introdução da nova temática: O que é a raiva? Qual a
importância de sabermos controlar a raiva?
A raiva é um sentimento natural e humano. Quando se fala em
controlar a raiva, não significa que se elimine esse sentimento, que nunca
mais volte a sentir raiva. Este é um sentimento normal, mas que significa

73
que algo está errado. Assim, ao invés de negar a raiva, de contê-la, de
libertá-la em algo ou alguém, ou culpá-la em alguém, controlar a raiva
significa controlar a sua resposta comportamental, para que se consiga, Notas para o dinamizador:
posteriormente, lidar com a situação de maneira apropriada.

Identificar os passos para lidar


 Identificar os passos para lidar com a raiva:
com a raiva:
Questionar os participantes acerca dos passos para lidar com a
Ser flexível a aceitar as
raiva:
respostas.
1. O que está a acontecer no seu corpo para ajudar a
O dinamizador poderá dar
perceber que está a perder o controlo?
exemplos de situações para
2. O que aconteceu para se estar a sentir assim?
auxiliar os participantes nas
3. O que pode fazer para controlar essa raiva?
respostas.
a. Contar até 10
b. Ir embora
Atividade 1:
c. Fazer um intervalo
O dinamizador deve fazer o
d. Relaxar e respirar profundamente
máximo de questões possível,
e. Dizer à pessoa, utilizando uma linguagem
de maneira a estimular os
correta, o porquê de estar irritado
participantes e dinamizar a
4. Escolher a melhor opção para controlar a raiva e utilizá-
atividade.
la.
Durante o preenchimento das
Entregar as fichas informativas com os passos e referir que esta fichas informativas, o
poderá e deverá auxiliá-los no seu dia-a-dia. dinamizador poderá andar pela
sala, disponibilizando ajuda
 Atividade 1:
aos participantes – dar
O dinamizador explica que, por vezes, uma forma de controlar a
exemplos de situações.
raiva é fazer um intervalo – um time out. A primeira atividade está
relacionada com esta técnica e que irão realizar um time out plan para
praticarem, de maneira a que depois consigam realizá-lo no dia-a-dia,
quando necessário. Deverá também salientar que o time out plan tem
como objetivo principal que o sujeito relaxe e consiga controlar a raiva e
o sentimento de frustração mas, no entanto, o indivíduo deve retornar,
quando estiver mais calmo, para lidar com o problema. Entrega uma
ficha orientadora, onde terão de preencher os tópicos necessários para
realizar o plano. Explica cada tópico da ficha mas refere que, no entanto,
esta só será preenchida na segunda parte da atividade. Na primeira parte

74
da atividade, o dinamizador irá apresentar um vídeo, onde terão de
prestar atenção à cena e às personagens, para depois discutirem acerca
do mesmo, realizando um time out plan para uma das personagens. Notas para o dinamizador:
Apresenta o vídeo. Em seguida, escreve no quadro os seguintes tópicos,
que terão de preencher em grupo:
o Quem? – Qual das personagens deverá fazer um
intervalo. O dinamizador deve salientar que até mesmo
a pessoa que não é culpada poderá fazer um intervalo
quando vê que a situação está a ficar descontrolada.
o Porquê? – Razão pela qual deverá fazer um intervalo.
o Onde? – Para onde deve ir? Para um quarto? Para a rua?
o Quando? – Em que altura deverá fazer o intervalo? Nesta
atividade o dinamizador poderá questionar os
participantes se necessitam que repita o vídeo para
identificarem a altura em que deveria ter feito o
intervalo. Poderá também questionar quando fazer o
intervalo, de acordo com o que a personagem está a
sentir. Quando fica mais nervoso? Quando aumenta o
tom de voz?
o O que fazer? – Sentar-se e esperar? Fazer exercício
físico? Falar com alguém?
o Como dizer? – Deverá dizer à pessoa em questão de
precisa de fazer um intervalo. Como dizer?
o Após realizarem esta atividade para dois vídeos, os
participantes deverão preencher a ficha e realizar o seu
próprio time out plan. No final da atividade, o
dinamizador questiona se alguém pretende partilhar o
seu plano.
Após realizarem um time out plan em conjunto, os participantes devem
realizar o seu próprio plano, preenchendo a tabela entregue.
Discussão: Gostaram da atividade? Relativamente aos vídeos,
conseguiram facilmente identificar uma pessoa e um momento para
fazer uma pausa? Acham que, se a personagem tivesse realizado esse
intervalo, o desfeche seria diferente? E relativamente ao vosso plano,
acham que será um bom método para se acalmarem? Foi difícil

75
preencherem o plano? Por vezes, devemos tentar controlar-nos para não
reagir de cabeça quente, para conseguirmos resolver um conflito sem ser
verbal e fisicamente agressivos. Notas para o dinamizador:

 Atividade 2:
Atividade 2:
O dinamizador explica em que consiste o self-talk: é a voz dentro
da vossa cabeça. Isto é, é o que cada pessoa diz a si própria relativamente Para elucidar melhor, poderá

a si, a uma situação ou às suas capacidades. O Self-talk pode ser positivo, dar um exemplo de um self talk

ajudando a superar as situações, ou pode ser negativo. Este é outro que já ele próprio (ou alguém

método para controlar a raiva pois esta voz influencia os seus conhecido) tenha utilizado

sentimentos e como percecionamos uma determinada situação. Assim,


se o seu self-talk tende a ser negativo, a pessoa passa mais tempo a
sentir-se zangada e enraivecida, consigo e com os outros, do que uma
pessoa cujo self-talk seja positivo. Após explicar do que se trata, o
dinamizador entrega uma ficha informativa e apresenta a primeira parte
da atividade: os participantes terão de descrever, sucintamente, uma
situação que se tenha passado no qual sentiram raiva. Terão de
descrever o antes, o durante e o depois da situação, detalhadamente.
Após concluírem a primeira parte da atividade, devem preencher os
seguintes tópicos relativamente ao antes, durante e depois da situação
– Self talk sobre si; self talk sobre a pessoa com quem se estava a zangar;
outros self talks (poderá ser relativamente a outro membro, um familiar,
um amigo, ao mundo em si). No final, terão de fazer um círculo em torno
dos self talks negativos. Depois de concluída a atividade, todos irão
partilhar a sua experiência e, em grupo, terão de arranjar soluções e
alternativas para os self talks negativos de cada um.
Discussão: Gostaram da atividade? Foi fácil relembrarem-se dos
pensamentos que tiveram na altura? E reconhecer se estes são negativos
ou positivos? Acham que se tivessem sido mais positivos nos vossos self
talks, o resultado teria sido diferente? Tinham-se sentido de maneira
diferente?

76
 Relaxação
O dinamizador refere que será agora realizada uma atividade de
retorno à calma e pede aos participantes que se sentem nas cadeiras. Notas para o dinamizador:
Começa a dar instruções para a realização da atividade.
Instruções para os participantes: Relaxação:
Está na altura de nos acalmarmos, de relaxarmos, de lidar com a O discurso do dinamizador
raiva de um modo saudável. Sentem-se, confortavelmente, com as deve ser pausado e o tom de
pernas descruzadas e com as mãos a descansar no colo ou ao lado. Quem voz baixo
quiser, poderá fechar os olhos durante a atividade. Agora, respirem lenta
e profundamente. Inspirem pelo nariz, notem a expansão do vosso peito.
Sustenham a respiração. Agora soltem o ar pela boca. Inspirem
novamente… Pausa... Expirem totalmente. Inspirem… Expirem…
Inspirem… Expirem… Continuem a fazê-lo intencionalmente. Agora
foquem a vossa atenção na sensação de raiva. Sintam em que zona do
vosso corpo é que esta se acumula. Comecem a relaxar o corpo. Anotem
qualquer tensão que sintam, a começar nos pés até a vossa cabeça.
Reparem em alguma tensão que possam sentir nas pernas... no
estomago... nas mãos... nos braços... nos ombros... no pescoço... nos
maxilares... na cara. Muitos dos sintomas físicos da raiva são
desconfortáveis. Muitos destes sintomas pode ser eliminados agora, se
quiserem, ao relaxar os vossos músculos. Vamos relaxar algumas áreas.
A começar pelas mãos e pelos braços. Fechem as mãos e contraiam-nas.
Sintam a tensão nas vossas mãos e nos vossos antebraços. Continuem a
contrair... cada vez mais... apertem mais... Agora relaxem. Agora
novamente. Contraiam as mãos… Com força… Agora relaxem. Façam-no
mais uma vez. Contraiam… e depois relaxem. Agora sintam as vossas
mãos relaxadas. Soltem-nas. Sintam os vossos braços relaxados. Notem
a diferença entre a tensão e a relaxação. Agora, vamos tentar relaxar os
ombros. Podem escolher a melhor maneira de sentir a tensão nos
ombros. Podem subir os ombros até às orelhas, contraindo os músculos
durante um período de tempo e depois relaxá-los. Ou apenas relaxar os
músculos dos ombros sem provocar nenhuma tensão antes. Façam como
acharem que resulta melhor para vocês. Foquem-se agora na vossa cara
e nos vossos maxilares. Relaxem. Relaxem os músculos da cara e os
maxilares. Podem contrai-los antes, se quiserem. Deixem sair toda a

77
tensão da vossa cara, libertem os maxilares dessa tensão... A vossa cara
está agora relaxada, leve. Agora, verifiquem vosso corpo, da cabeça aos
pés, para descobrir outras áreas que possam estar tensas. Para cada Notas para o dinamizador:
área, imaginem que estão a focar a vossa respiração nessa área. Inspiram
relaxação... Expiram a tensão. Inspirar a relaxação .E libertar a tensão. Discussão final:
Sintam os vossos músculos cada vez mais relaxados a cada respiração. O dinamizador deverá esperar
Continuem a verificar o vosso corpo. A relaxar cada área do vosso corpo. que algum participante
Notem como se estão a sentir agora. Fisicamente. Emocionalmente. Não responda às suas perguntas.
há problema em ainda sentir alguma raiva, alguma frustração. Apenas Apenas em último caso poderá
deixem o sentimento onde está. As emoções não são corretas nem fazer uma questão
erradas... São o que são. O que estão a fazer agora é apenas observar. direcionada.
Continuem a inspirar calma e lentamente. Inspirem... Sustenham... E
expirem. Vocês estão a controlar a vossa raiva neste momento, por não
estarem a reagir com comportamentos raivosos. Escolheram relaxar.
Lidar com a raiva de uma maneira saudável. Para aumentar o controlo
que têm sobre esse sentimento, podem repetir algumas frases:
o “Eu sei que me estou a sentir irritado neste momento e aceito
isso.”
o “Eu tenho o poder de controlar as minhas reações.”
o “Eu posso-me sentir irritado, mas calmo e em controlo ao
mesmo tempo.”
Agora, vão voltar a focar a vossa atenção na respiração. Inspirem e
expirem profunda e lentamente. Relaxem a cada respiração. Inspirem...
Expirem... Inspirem... Expirem... Continuem a respirar profundamente até
se sentirem calmos e relaxados. Agora, vou contar de forma decrescente
a partir do 5 e vamos voltar a focar a nossa atenção na sessão.

 Discussão final:
O dinamizador inicia a discussão acerca da sessão: Gostaram da
sessão? Acham que saber controlar a raiva é importante? Sentem este
sentimento muitas vezes? Mesmo que não seja muito intensamente. É
normal sentirem-se irritados, frustrados no dia-a-dia. Poderá ser porque
o comboio atrasou-se e vão chegar atrasados ao compromisso, ou
porque está trânsito. Ou porque um amigo vos estava a dever dinheiro e
nunca vos dá. Existem diversos eventos no dia-a-dia que podem dar

78
origem a este sentimento. O que aprenderam hoje? O mais importante é
reprimir e eliminar o sentimento, ou saber lidar com ele? O mais
importante é saber lidar e expressar essa raiva no momento certo, num
modo não agressivo e o mais adequado possível. E relativamente às
atividades, qual foi a que gostaram mais? Porquê? E qual desses dois
métodos é que acham que é mais eficaz? E o que vão utilizar mais? Estes
podem e devem ser utilizados os dois, no dia-a-dia. E para além desses
dois métodos, o que podem fazer mais para libertar a raiva? Pode ser
através do exercício físico, através da escrita num diário, falar com um
amigo que confiamos. No entanto, é importante, depois de se
acalmarem, voltar e tentar resolver a situação ou, caso seja o caso e seja
o melhor para vocês, passar a frente

 Entrega da ficha de avaliação da sessão

79
Sessão 16 – Avaliação 2

Notas para o dinamizador:


Objetivos
 Consciencializar os participantes do que aprenderam até o Introdução da nova temática:
momento, apelando à sua memória O dinamizador deve promover
 Promover a descodificação e interpretação de imagens ao máximo a partilha de
opiniões, adiando o
Tempo
fornecimento da resposta
 Revisão da sessão anterior – 15 minutos
enquanto não se aproximarem
 Atividade 1 – 10 minutos
da mesma
 Atividade 2 – 40 minutos
 Relaxação – 15 minutos
 Discussão final – 10 minutos

Materiais
 Ficha informativa
 Questões
 Folhas de papel
 Canetas
 Quadro
 Computador
 Imagens
 Vídeo do filme “Crash”

Descrição

 Revisão da sessão anterior


 Introdução da nova temática
O dinamizador apresenta a sessão: Nesta sessão não irá ser
abordado um tema novo. Apenas na próxima sessão começaremos a
falar de resolução de problemas. Lembram-se da sessão que fizemos para
rever os conteúdos das sessões anteriores? Esta sessão tem o mesmo
objetivo: perceberem o que aprenderam durante estas semanas. Vamos
fazê-lo através de jogos, onde vocês poderão mostrar o que aprenderam

80
e aquilo que sabem relativamente ao que foi abordado nas outras
sessões.

Notas para o dinamizador:


 Atividade 1
Esta atividade pretende relembrar os participantes dos temas
Atividade 1:
das sessões até agora, através da interpretação de imagens e vídeos. Em
O dinamizador pode ou não
cada imagem e vídeo apresentado, o dinamizador pede que façam
dizer, antes de colocar o vídeo,
comentários acerca do que estão a observar. E.g. o que estão a ver, o que
que este representa duas
as pessoas estão a fazer, o que a personagem está a querer dizer.
sessões – de acordo com a
Poderão fazer qualquer tipo de comentário, tentando descodificar a
prestação dos participantes e o
imagem e o vídeo. No final, terão de tentar adivinhar o nome da sessão.
grau de dificuldade da tarefa.
Quando o fizerem, o dinamizador aponta a resposta no quadro.
O vídeo, retirado do filme “crash”, retrata uma situação
sentimental. Neste vídeo, estão representados dois temas já abordados:
reconhecer sentimentos (em nós e nos outros) e expressar sentimentos.
Discussão: Foi fácil perceberem que tema correspondia a cada
imagem? Lembravam-se das sessões e sobre o que falámos em cada
uma? Qual foi a sessão mais rápida de adivinhar? Porquê?

 Atividade 2
A atividade consiste num jogo com perguntas relacionadas com
as sete sessões anteriores. Um dos participantes voluntaria-se para
começar a jogar – serão feitas diversas perguntas sobre os temas
aprendidos nas sessões anteriores. Até o final do jogo, terão direito a
duas ajudas do telefone (escolher um membro do grupo para dar a
resposta) e duas ajudas do público (consoante a maioria, escolher uma
opção). As perguntas poderão ser de escolha múltipla ou resposta direta
(para aumentar a dificuldade). Quando um jogador perder, é a vez de
outro jogador tentar. Os jogadores precisam de ter em conta que se
esgotarem as ajudas, os jogadores seguintes não poderão ter ajuda para
dar a sua resposta. No entanto, enquanto é feita a pergunta ao jogador,
os restantes participantes terão de escrever na sua folha de papel a
resposta que iriam dar. No final, quem tiver maior número de respostas
corretas ganha.

81
Discussão: Gostaram da atividade? Acharam as perguntas muito
difíceis ou muito fáceis? Qual é o tema que acham ter mais
conhecimento? E o que gostaram mais? Estavam a par de tudo o que Notas para o dinamizador:
constava nas perguntas?

Relaxação:
 Relaxação
O dinamizador pode colocar
O dinamizador refere que será agora realizada uma atividade de
uma música de fundo
retorno à calma e pede aos participantes que se sentem em círculo no
relaxante, num volume baixo.
chão.
Caso os participantes não se
Instruções para os participantes:
sintam à vontade para estarem
Nesta atividade, um de vocês irá segurar um objeto, de olhos
de olhos fechados, uma
fechados, e irá descrevê-lo para os outros elementos do grupo: podem
alternativa é deixar o indivíduo
descrever a sua textura, forma, contorno, tamanho, como cheira, ou seja,
com o objeto durante apenas
tudo o que conseguirem inferir acerca do objeto. Os restantes elementos
um curto período de tempo e
do grupo, também de olhos fechados, terão de adivinhar de que objeto
depois retirá-lo. Sendo assim,
se trata, apenas através da descrição do colega. A pessoa que tem o
já poderá descrevê-lo sem
objeto na mão pode também tentar adivinhar de que objeto se trata, mas
haver a necessidade dos
será a última a fazê-lo. Quando adivinharem, todos devem ver o objeto e
colegas estarem de olhos
voltamos a repetir a atividade, até que todos tenham descrito um objeto.
fechados.
Podemos então dar início à atividade.

 Discussão final
O dinamizador pede que se sentem em círculo para que todos se
consigam ver: O que têm achado do programa? Têm gostado das
sessões? E das atividades? O que mudavam nas sessões? E os conteúdos,
acham que vos vão ser uteis no dia-a-dia? O que aprenderam até agora
que acham que será mais importante para o vosso dia-a-dia? Com esta
sessão, terminámos o módulo da autorregulação. Na próxima sessão
começamos a trabalhar a resolução de problemas.

82
Resolução de Problemas

83
Sessão 17 – Identificação do problema

Notas para o dinamizador:


Objetivos
 Capacitar os participantes de reconhecer os sentimentos, Introdução da nova temática:
sensações e pensamentos que os possam ajudar a compreender Utilizar o questionamento para
que estão perante um problema incentivar os sujeitos a
 Consciencializar os participantes de que é necessário parar e participar.
pensar, de maneira a conseguirem ultrapassar os problemas,
sejam estes imediatos, a curto, médio ou longo prazo

Tempo
 Introdução da nova temática – 10 minutos
 Atividade 1 – 15 minutos
 Atividade 2 – 10 minutos
 Atividade 3 – 15 minutos
 Atividade 4 – 10 minutos
 Atividade 5 – 15 minutos
 Relaxação – 15 minutos
 Discussão Final – 10 minutos

Material
 Computador
 Imagens: um polícia, um avião, dinheiro, hospital, fogo,
trabalho (o patrão e o empregado), escola, relógio, presente
 Videos: um empurrão; Shawshank redemption trailer
 PowerPoint
 Folhas de papel brancas
 Canetas
 4 Cordas

Descrição

 Introdução da nova temática


Nesta sessão será introduzido um novo tema: a resolução de
problemas. O dinamizador começa por apresentar o tema e questionar

84
quem na sala é que nunca teve nenhum problema? Se sempre
ultrapassaram todos os seus problemas ou se houve algum que tivessem
desistido. O porquê de terem desistido e se sempre foi fácil ultrapassar Notas para o dinamizador:
esses problemas. Questiona também se alguém tem algum método em
particular que o ajude a resolver os seus problemas e se quer partilhar. Atividade 1:
Em seguida, explica que as próximas sessões serão acerca deste Segundo o grupo alvo, caso
tema e pretendem ajudá-los a resolver os problemas que lhes surgirem ache que a atividade está
no dia-a-dia, ao longo da vida. Assim, irão aprender a identificar um muito fácil – aumentar o
problema, a definir objetivos e a recolher informações sobre esse número de participantes por
problema, a procurar alternativas – diferentes maneiras de atingir o grupo.
objetivo, a procurar as vantagens e desvantagens de cada alternativa e a
escolher a melhor e a realizar um plano e executá-lo. Enquanto a
dinamizadora explica cada sessão, vai aparecendo os temas no
PowerPoint.
O dinamizador explica que irão começar por reconhecer que
existe um problema e identificá-lo.

 Atividade 1
O dinamizador pede que se levantem e que formem grupos de 4.
Em cada grupo, pede que cada um agarre na ponta de uma corda – dois
a dois. Em seguida, a dinamizadora movimenta-os, de forma a criar nós
na corda. Faz o mesmo para o segundo grupo. Explica que estes terão de
desenrolar o nó da corda, sem soltá-la, apenas passando por cima ou por
baixo da corda do outro, pela frente da outra pessoa, fazendo os
movimentos que precisarem mas sem nunca deixar de segurar a corda.
Discussão: Foi difícil retirarem o nó? Conseguiram identificar o
problema nesta situação? Estarem com as cordas embaraçadas. Foi fácil
identificar o problema, não foi? E o que tiveram de fazer para resolvê-lo?
Começaram logo a tentar desembaraçar a corda? Ou tiveram de parar e
pensar? Para identificarmos um problema e para conseguirmos resolvê-
lo, temos de parar e pensar. Pensar no que se passa no nosso corpo que
nos indica que se trata de um problema, os nossos pensamentos, o que
estamos a sentir.

85
 Passos para identificar o problema
Questionar acerca de cada passo
1. Parar e pensar Notas para o dinamizador:
2. Que sinais está o seu corpo a dar para o ajudar a
perceber que está perante um problema? – Coração a Atividade 3:
bater mais rápido, dores no estômago, músculos tensos
O dinamizador deve auxiliar os
3. O que está a pensar? – “Porquê que isto me está a
participantes, com ideias, caso
acontecer?”; “Ele não pode fazer isto comigo”; “Eu quero
estes peçam ajuda ou este se
aquilo. Porquê que não posso ter?”
aperceba que não conseguem
4. O que está a sentir? – Frustração, raiva, tristeza
avançar na tarefa.
5. Trata-se um problema?
6. Identificar o problema

Entregar as fichas informativas com os passos e referir que esta


poderá e deverá auxiliá-los no seu dia-a-dia.

 Atividade 2
O dinamizador pede que os participantes desenhem uma
bicicleta, numa folha. No final, terão de trocar de desenhos e cada um
deverá indicar um problema/defeito na bicicleta desenhada pelo colega.
Discussão: Gostaram da atividade? Foi difícil encontrarem
defeitos nos desenhos dos vossos colegas? Tinham-se apercebido antes
que a vossa bicicleta tinham um problema? Esta atividade permite-nos
aperceber que o que é um problema para nós, pode não ser um problema
para o outro.

 Atividade 3
O dinamizador apresenta diferentes imagens – um polícia, um
avião, dinheiro, hospital, fogo, trabalho (o patrão e o empregado),
escola, relógio, presente. Em seguida, pede que se juntem em pares e
que, utilizando as imagens apresentadas, escrevam pelo menos 4
situações – problema num papel que lhes será dado. Dá o exemplo,
utilizando o presente: Queria comprar um presente ao meu namorado
mas não tenho muito dinheiro. A dinamizadora salienta que poderão
utilizar as imagens que quiserem. No final, cada par apresenta as suas

86
sugestões e a dinamizadora aponta no quadro. No final, é realizada uma
breve discussão acerca da atividade.
Discussão: Gostaram da atividade? Foi difícil pensarem em Notas para o dinamizador:
problemas? Basearam-se em problemas do dia-a-dia ou foram
problemas fictícios? Passos para
Atividade 4: identificar o
problema:
O dinamizador pode direcionar
 Atividade 4
Utilizar o questionamento
perguntas caso se aperceba
para
O dinamizador apresenta dois tipos de problema – o problema
incentivar
que é sempreoso mesmo
sujeitos
sujeito
a
imediato e o problema com tempo para pensar. Antes de explicar de que
participar.
a participar.
se trata cada um, questiona os participantes. Em seguida, mostra um
Refletir após a apresentação de
vídeo para dar um exemplo: problema imediato – um empurrão;
cada passo – poderá associar
problema a médio prazo – estar preso por um crime que não cometeu
com a primeira atividade. E.g.
(shawshank redemption trailer). Em seguida, questiona aos participantes
O que sentiram quando não
qual era o problema, em cada um dos vídeos, que sensações,
conseguiam desatar o nó? O
pensamentos e sentimentos acham que surgiram nas duas situações. Se
que pensaram?
as personagens pararam e pensaram, ou cederam às emoções.
Seguidamente, entrega uma folha de papel a cada um dos
Atividade 2:
participantes e pede que pensem em pelo menos um problema imediato
O dinamizador deve andar pela
e um problema com tempo para pensar que já se tenham deparado. Em
sala, de maneira a comprovar
cada um deles, escrevem o que pensaram e o que sentiram. O
que ambos estão empenhados
dinamizador questiona quem quer partilhar com os colegas, não
na tarefa.
forçando a partilha – o importante é que reconheçam e identifiquem um
problema.
Discussão: Foi fácil identificarem o problema? E as sensações,
pensamentos e sentimentos associados? E foi fácil para vocês pensarem
num problema de cada tipo que já vos tenha ocorrido? Souberam lidar
com ele? Ou desistiram? Com certeza depois destas sessões vão ser
capazes de lidar mais facilmente com esse ou com outro problema que
vos possa surgir.

 Atividade 5
O dinamizador apresenta um outro aspeto acerca do problema:
A forma como o encaram. Existem duas formas de ver o problema: por
um lado positivo e por um lado negativo. A atividade consiste no role play
destas duas perspetivas. O grupo é dividido em dois e será distribuído a

87
cada participante um papel em que estará escrito uma determinada
perspetiva, sendo que um grupo fica responsável pela positiva e outra
negativa.
Positiva:
o Avaliá-lo como uma oportunidade para ganhar algo – um
desafio
o Acreditar que os problemas têm solução – otimismo
o Acreditar que tem competências e consegue resolver
(autoeficácia)
o Ter noção que é preciso tempo e esforço (compromisso)
o Pensar em resolver o problema em vez de evitá-lo
(eficácia)
Negativa:
o Avaliar o problema como sendo um risco para o seu
bem-estar (ameaça)
o Duvidar das suas capacidades de resolver o problema
(baixa autoeficácia)
o Ficar irritado e frustrado com o confronto com os
problemas
Para o mesmo problema, no grupo terão de fingir um diálogo,
onde realizarão comentários acerca do problema, de como o estão a
encarar, de como se estão a sentir perante ele, o que estão a pensar, o
que planeiam fazer, de acordo com a perspetiva abordada no cartão.
Terão de ter em conta os aspetos da comunicação não-verbal, verbal e
paralinguística. A situação será a mesma para todos: – E.g. de situação:
“Para a semana tenho uma entrevista de emprego. O emprego é
espetacular, ganha-se mesmo bem e o pessoal até é porreiro, pelo que
me disseram. Mas também me disseram que são muito exigentes,
querem pessoas dedicadas e esforçadas. Ainda não sei muito sobre a
empresa e sobre o que fazem, não sei bem o que eles estão à procura.“.
No final, o dinamizador faz uma breve discussão, pedindo que
apresentem a sua perspetiva e discutam acerca desta.
Escreve estes dois pólos no quadro e questiona os participantes
de que modo é que normalmente encaram o problema.

88
Discussão: O dinamizador pede que se sentem em círculo e inicia
uma conversa acerca da atividade: O que acharam que houve de tão
diferente entre os dois grupos? Qual dos grupos é que acham que seria Notas para o dinamizador:
mais provável resolver o problema? E qual deles se sentiu menos mal e
menos stressado durante o problema? Qual dos grupos é que acham mais Relaxação:
provável que desista, às vezes mesmo antes de tentar? Usualmente, que Se tom
O não se
desentirem
voz do dinamizador
confortáveis
tipo de pessoas são? Pessoas positivas ou pessoas negativas? Olhar para deitados,
deverá ser baixo
os eparticipantes
um discurso
o problema como algo que pode trazer algo de bom é apenas uma poderão erealizar
pausado calmo. a atividade
questão de treino. Podemos achar que não conseguimos, que não temos sentados no colchão, ao invés
capacidades para isso, que temos pouco tempo, mas cabe-nos a nós da posição de deitado.
contrariar essas ideias: Mas porquê que eu não seria capaz? Pode-me
trazer tantas coisas boas. Se os outros conseguem, porquê que eu não
consigo? Só tenho de trabalhar. Se calhar menos umas horas de sono. Se
calhar vou ter de esperar mais uma semana para sair com os amigos. Vou
ter de fazer um esforço. Mas depois a recompensa será grande e vou-me
sentir muito melhor. É importante observarmos o problema não como um
aspeto negativo, mas como algo que nos desafia, que nos faz tentar
atingir o melhor e dar o melhor de nós. Ao pensarmos assim, maior é a
probabilidade de resolver esse problema.

 Relaxação
O dinamizador explica que será realizada uma atividade de
retorno à calma. Pede que se deitem em decúbito dorsal, com as mãos
paralelas ao corpo. Quando estiverem prontos, o dinamizador começa a
atividade.
Instruções para os participantes:
Está na altura de relaxarmos. Sentem-se, confortavelmente, com as
pernas descruzadas e com as mãos a descansar no colo ou ao lado. Quem
quiser, poderá fechar os olhos durante a atividade. Agora, respirem lenta
e profundamente. Inspirem pelo nariz, notem a expansão do vosso peito.
Sustenham a respiram. Agora soltem o ar pela boca... Inspirem… Pausa...
Expirem. Vamos relaxar algumas áreas do nosso corpo. Vamos começar
pelos pés. Vamos dobrar lentamente a ponta dos pés, levando-os em
direção ao corpo. Procurem sentir a tensão, mantenham os pés
contraídos por alguns segundos. Relaxem. Façam, a seguir, o movimento

89
contrário, esticando os pés. Sintam nesse momento a tensão na região
da barriga da perna. Fiquem por alguns segundos. Relaxem. Aproveite
esse momento para perceber a sensação causada pelo relaxamento. Em
seguida, contraiam os músculos das nádegas. Continuem a contrair por
alguns segundos. Agora relaxem. Agora as mãos e pelos braços. Fechem
as mãos e contraiam-nas. Sintam a tensão nas vossas mãos e nos vossos
antebraços. Continuem a contrair... cada vez mais... apertem mais...
como se tivessem uma bola de papel da não e quisessem esmagá-la...
Agora relaxem. Agora novamente. Contraiam as mãos… Com força…
Agora relaxem. Façam-no mais uma vez. Contraiam… e depois relaxem.
Agora sintam as vossas mãos relaxadas. Soltem-nas. Sacudam-nas.
Sintam os vossos braços relaxados. Notem a diferença entre a tensão e a
relaxação. Agora, vamos tentar fazer o mesmo com os ombros. Subam os
ombros até às orelhas, contraindo os músculos durante um período de
tempo e depois relaxá-los. Vamos repetir. Elevar os ombros até às
orelhas. Permanecer assim, sempre contraído. E depois soltar. Voltem a
fazer mais uma vez. Agora soltem. Sacudam os ombros, relaxem-nos.
Rodem a cabeça para aliviar a tensão que ficou. Agora a concentrem-se
na vossa testa... Levantem as sobrancelhas... sintam os músculos da testa
contraídos... Aguentem essa tensão... Agora baixem as sobrancelhas e
fechem os olhos... Com força... Sintam a tensão nos olhos e na testa.
Continuem a contrair… Agora relaxem… Relaxem a testa e os olhos...
Sintam-se confortáveis... Vamos passar para outra parte do corpo...
Vamos nos concentrar na nossa boca e no nosso maxilar... Fechem a boca
com força... Os lábios vão estar tensos contra os dentes da frente...
Sintam a tensão nos vossos maxilares, nas vossas bocas... Aguentem essa
tensão... Agora relaxem. Libertem a tensão... relaxem os músculos da
boca, soltem-na. Só falta mais uma área para relaxar... é a vossa
respiração... Inspirem profundamente e sustenham o ar... Sintam a
tensão enquanto sustêm o ar... Sustenham-no... E agora soltem todo o ar
pela boca e relaxem… Vamos repetir mais uma vez… Inspirem
profundamente e sustenham o ar… Continuem a suster… Sintam a
tensão… Agora libertem todo o ar pela boca e relaxem... Mais uma vez...
Inspirem... Sustenham a respiração. Aguentem… E agora relaxem.
Deixem o ar sair.. Sintam o corpo todo relaxado. Inspirem e expirem …

90
inspirem e expirem... Ao vosso ritmo... Continuem a respirar ao vosso
ritmo... Já relaxámos todas as áreas onde a tensão se pode acumular.
Agora... ao vosso ritmo... Abram os olhos… E sentem-se no colchão… Notas para o dinamizador:

 Discussão final
Discussão final:
O dinamizador pede que se sentem em círculo para discutirem
O dinamizador deve promover
acerca da sessão: Gostaram da sessão? Gostaram das atividades? Qual
ao máximo a partilha de
foi a atividade que mais gostaram? Porquê? Perceberam a importância
opiniões. Pode utilizar
de parar e pensar? Não só para reconhecer e identificar o problema, mas
perguntas dirigidas a alguém,
para dar oportunidade para resolvê-lo? Já tinham reparado no vosso
caso necessário.
corpo, nos vossos sentimentos e pensamentos quando se deparavam com
um problema? Todos temos problemas e, para os resolvermos, é preciso
primeiro conseguirmos parar e pensar para os identificarmos e
conseguirmos realizar os próximos passos para resolvê-lo. O modo como
observamos o problema também é muito importante. Quanto mais
desafiante, mais capaz de nos trazer algo de bom o acharmos, mais
facilmente arranjaremos soluções e estratégias para o ultrapassar e
menos será a probabilidade de desistir. E daí poderá surgir uma grande
recompensa.

 Entrega da ficha de avaliação da sessão

91
Sessão 18 – Definir objetivos /
Recolher informações
Notas para o dinamizador:

Objetivos
 Consciencializar os participantes de que é necessário Introdução da nova temática:

estabelecer objetivos e recolher dados acerca do problema, de O dinamizador deve promover

maneira a esquematizar e organizar as informações para que se ao máximo a partilha de

encontre a solução mais eficaz para o problema opiniões.

Tempo
 Revisão da sessão anterior – 15 minutos
 Atividade 1 – 10 minutos
 Atividade 2 – 25 minutos
 Atividade 3 – 15 minutos
 Relaxação – 15 minutos
 Discussão Final – 10 minutos

Material
 PowerPoint
 Computador
 Canetas
 Folhas de Papel
 Quadro
 Imagens do Wally
 Música para relaxar

Descrição

 Revisão da sessão anterior


 Introdução da nova temática
Na sessão anterior aprendemos a identificar um problema. Após
identificar o problema, o que farão? Recolher informações acerca do
problema e estabelecer objetivos: Porquê que este problema surgiu?
Quem é que está envolvido no problema? Até quando o posso resolver?
Quais são as minhas competências para resolver o problema?

92
 Atividade 1
O dinamizador apresenta uma imagem do Wally. Pede que
observem a imagem e encontrem o Wally. Refere que, quando Notas para o dinamizador:
encontrarem o Wally, apenas dizem que o encontraram e não referem
onde, para dar oportunidade aos outros elementos de o encontrar. Atividade 1:
Discussão: Foi difícil encontrar o Wally? Então e qual era o
Para aumentar o grau de
problema em questão? (Está muita gente na imagem. Onde está o
dificuldade, o dinamizador
Wally?) E qual era o vosso objetivo? (Encontrar o Wally). Que
pode adicionar a variável
informações é que tinham que vos ajudaram a encontrar o Wally?
tempo.
(Camisola às riscas vermelha e branca; calças azuis; óculos; chapéu
vermelho e branco) E o que informações é que tinham que vos tornava
mais difícil encontrar o Wally? (Demasiada gente na imagem; roupas
parecidas).

 Atividade 2
O dinamizador refere que, em todos os problemas existem
barreiras e existem facilitadores – aponta estas palavras no quadro,
fazendo duas colunas. As barreiras são fatores que dificultam a resolução
do problema. Pelo contrário, facilitadores são fatores que, como o
próprio nome indica, facilitam a realização da tarefa. O dinamizador
coloca a palavra “Tempo” no meio das duas colunas e pede a opinião dos
participantes: se este é uma barreira ou um facilitador. Poderá dar de
imediato o exemplo: “Eu tenho uma entrevista de trabalho. Gostava de
pesquisar sobre a empresa e preparar-me melhor, mas a entrevista é já
amanhã”. Questiona se o tempo aqui é uma barreira ou um facilitador.
Pede que deem um exemplo em que o tempo é um facilitador: e.g. “Hoje
é o dia dos namorados e a melhor amiga da minha namorada disse-me
que ela tinha reservado um restaurante caro para jantarmos e eu não lhe
comprei nada. Ainda bem que só vou ter com ela à noite, assim posso-
lhe comprar um presente ou planear algo”. Escreve as outras palavras:
Dinheiro; Competências; os Outros.
Discussão: Foi fácil perceber quando é que cada um destes
fatores pode ser um facilitador ou uma barreira? Quantos de vocês já
experienciaram um problema em que tinham estes fatores como
barreiras ou facilitadores? Qual é o fator que normalmente constitui uma

93
maior barreira para vocês, nos vossos problemas? E facilitador? É
importante retirarmos este tipo de informações para conseguirmos
resolver o problema: saber o que nos poderá ajudar ou dificultar o Notas para o dinamizador:
ultrapassar do problema.

Atividade 3:
 Atividade 3
O dinamizador deve auxiliar os
O dinamizador apresenta um problema: E.g “Um jovem decide
participantes, através de
imigrar à procura de melhores condições de vida. O primeiro problema
exemplos e pistas, conduzindo
que surge é qual o país que lhe dará mais oportunidades. Em segundo
a atividade.
lugar como arranjar o dinheiro para a viagem e alojamento. Em terceiro
lugar como ultrapassar a questão da língua pois não dominava nenhuma
a não ser a sua língua materna e, por fim, as poucas aptidões e estudos
que tinha, o que poderia arranjar para trabalhar?”.
O dinamizador discute, com o grupo, quais os problemas aqui
evidenciados e qual/quais o(s) objetivo(s) a definir para ultrapassar estes
problemas. (problemas imediatos e a longo prazo).
Deve assinalar todos os objetivos no quadro. Em seguida,
questiona aos participantes quais os elementos facilitadores e quais as
barreiras do problema.
Finalmente, voltando aos objetivos que escolheram e tendo em
conta os facilitadores e barreiras, questionar se os objetivos são reais e
irreais, tendo em conta as suas competências, os seus recursos, o tempo
que têm disponível, entre outros fatores.
Discussão: O dinamizador pede aos participantes que se sentem
em círculo para que se dê início à discussão: Foi fácil identificarem o
problema e definirem os objetivos? E identificarem as barreiras e
facilitadores? Também importante, para além de estes dois fatores, é
conseguir ver se os objetivos são reais e atingíveis ou não, para que não
seja um esforço em vão e para que encontremos a solução ideal para a
resolução do problema. Se começamos logo por estabelecer um objetivo
errado ou irreal, mais difícil é de o problema se resolver.

94
 Relaxação
O dinamizador pede aos participantes que se sentem,
confortavelmente, e introduz a atividade de retorno à calma. Explica que Notas para o dinamizador:
o objetivo é estarem relaxados e repararem em cinco coisas que o
dinamizador pedir. Dá então início à atividade. Relaxação:
Instruções para os participantes: O dinamizador deve falar num
Estão relaxados. Estão calmos. Relaxem. Agora, olhem em volta, tom baixo, sendo o discurso
sem saírem da cadeira, e reparem em cinco coisas que possam ver. calmo e muito pausado,
Reparem nas cores dessas coisas, nos tamanhos, nas texturas. Reparem devendo ter em consideração o
em cinco coisas. Agora, vamos ouvir. Tentar encontrar cinco sons tempo que os participantes
diferentes. Se preferirem, fechem os olhos. Reparem em cinco sons necessitam para focar a sua
diferentes. Uns mais altos que outros. Uns que mal conseguimos ouvir. atenção nos cinco elementos
Oiçam bem. Agora, concentrem-se no vosso corpo e no contacto deste diferentes.
com o meio. Sintam cinco coisas em contacto com o vosso corpo.
Reparem em cinco coisas.
Agora, lentamente, vamos voltar à sessão.

 Discussão final
O dinamizador pede que se sentem em círculo e inicia uma breve
discussão acerca da sessão: Gostaram da sessão? Volto a relembrar que
estamos a trabalhar a resolução de problemas. Na primeira sessão,
treinámos a identificação do problema. Nesta sessão, trabalhámos a
recolha de informação acerca do problema e a definição de objetivos
para ultrapassá-lo. Acham que o que fizemos hoje, vocês já o fazem no
vosso dia-a-dia, ao lidar com problemas? Talvez não
pormenorizadamente, mas todos nós recolhemos informação acerca de
um problema quando somos deparados com ele, como também
estabelecemos objetivos. Talvez não tão ponderados ou bem pensados,
mas estabelecemo-los.

 Entrega da ficha de avaliação da sessão

95
Sessão 19 – Procurar alternativas

Notas para o dinamizador:


Objetivos
 Consciencializar os participantes de que, para uma determinada Introdução da nova temática:
situação, existem diversas alternativas de resposta Utilizar o questionamento para
 Promover a criatividade e imaginação dos participantes incentivar os sujeitos a
participar.
Tempo
 Revisão da sessão anterior- 15 minutos
 Atividade 1 - 15 minutos
 Atividade 2 - 25 minutos
 Atividade 3 - 15 minutos
 Relaxação- 15 minutos
 Discussão final - 5 minutos

Material
 PowerPoint
 Computador
 Canetas
 Folhas de Papel
 Diferentes objetos
 4 Folhas com problemas e objetivos
 Fita-cola

Descrição

 Revisão da sessão anterior


 Introdução da nova temática:
Nas sessões anteriores desenvolvemos dois passos importantes
para a resolução de problemas, quais foram esses passos? Identificação
do problema e definição de objetivos e recolha de informações. E o que
acham que deveríamos fazer depois? Já sabemos qual é o problema, já
temos informações, e já definimos um objetivo. E agora? Procuramos
alternativas para resolver o problema, correto? Essa é a competência que

96
iremos trabalhar hoje. Para esta competência precisam de utilizar a vossa
imaginação, pensar no maior número de alternativas possíveis, para que
tenham um grande leque de escolha. Notas para o dinamizador:

 Atividade 1
Atividade 1:
O dinamizador pede que os participantes se sentem em círculo e
Salientar
O dinamizador
que opoderá
importante
intervir,é
apresenta diversos objetos, um a um (e.g. um lápis) e questiona os
encontrar hipóteses,
fornecendo diferentes
apenas
participantes o que poderiam fazer com aquele material. O dinamizador
alternativas,
de os participantes
e não avaliá-las
não

deve aceitar todas as respostas, visto ser o objetivo da atividade apelar à
como acertadas
estiverem a conseguir
ou não.
imaginação e à criatividade dos participantes para que encontrem o
máximo de alternativas possíveis.
Discussão: Gostaram da atividade? Qual foi o objetivo desta
atividade? Encontrarmos diversas alternativas para uma situação, neste
caso, diferentes maneiras de usar um objeto. Qual foi o objeto que
acharam mais fácil arranjar diferentes alternativas? Existem sempre
objetos com diferentes utilidades, uns mais que outros. O mesmo
acontece com as situações e com os objetivos, existem objetivos que
possuem mais alternativas para os resolvermos, que outros.

 Atividade 2
O dinamizador cola 4 folhas distribuídas pelas paredes da sala.
Em cada folha está apresentado um problema e um ou mais objetivos.
Pede aos participantes que se juntem em pares e explica que estes terão
de escrever uma alternativa para alcançar o(s) objetivo(s) de cada folha.
Salienta que terão 3 minutos para pensar e escrever uma alternativa para
alcançar o objetivo, seguindo para a próxima folha. Explica também que
terão de ter o cuidado de não deverem existir alternativas repetidas. No
final da atividade, após todos os grupos terem preenchido todas as
folhas, o dinamizador lê em voz alta, fazendo uma breve discussão após
a leitura de cada uma.
Discussão após leitura: O que acharam destas alternativas?
Foram mais ou menos ao encontro umas das outras? Surgiu-vos mal
viram o problema ou ainda tiveram de pensar bem? Quantos de vocês
queriam escrever a alternativa que já tinha sido escolhida?

97
E.g: A minha namorada está a em Nova York a viver e disse que
queria que fosse para lá viver com ela. Ela até me disse que me arranjaria
um trabalho. Adorava ir, sempre quis ir a Nova York. Para além de que Notas para o dinamizador:
estou cheio de saudades dela. O pior é que não percebo nada de Inglês e
as passagens para Nova York são muito caras. Atividade 3:
o Objetivo 1: Aprender Inglês O dinamizador pode optar por
o Objetivo 2: Arranjar dinheiro para a passagem introduzir diretamente a
questão ou fazer uma história
Discussão: Gostaram da atividade? Qual foi o problema que
em torno do problema.
acharam mais fácil encontrar uma alternativa? Ou diversas alternativas?
Deve apelar à imaginação dos
Foi mais fácil com a ajuda do colega ou acham que conseguiam arranjar
participantes, utilizando o
essas alternativas sozinhos? O que é que perceberam com esta atividade?
questionamento, assegurando-
Que para alcançar um objetivo, podem existir diversas e diferentes
se que terão o maior número de
alternativas. É só preciso pensarmos e darmos asas à nova imaginação.
alternativas possíveis.
 Atividade 3
O dinamizador pede que se sentem em círculo e dá diferentes
exemplos de situações – os participantes terão de sugerir diferentes
alternativas para lidar com aquela situação:
o Dão-me um empurrão – o que faço?
o Bato no carro da frente – o que faço?
o Vêm-me dizer que a minha namorada me está a trair – o
que faço?
o Estou numa sala e está um rapaz sempre a olhar para
mim. Estou-me a senti um pouco incomodado – o que
faço?
o Uma senhora à minha frente deixou cair a carteira – o
que faço?

Discussão: Vamos só relembrar alguns aspetos da sessão de


identificação do problema. Quais são os dois tipos de problema que
existe? Está relacionado com o tempo que temos para responder. Os
problemas imediatos e os problemas a médio prazo. Estes problemas que
vos apresentei, qual destes dois tipos é que são? O que acharam das
vossas respostas? A maior parte das vezes pararam e pensaram ou
reagiram de acordo com as vossas emoções? De qualquer maneira, o

98
objetivo era arranjarem diferentes alternativas e tiveram muito bem. Não
interessa, neste momento, se seriam as mais corretas ou não.

Notas para o dinamizador:


 Relaxação
O dinamizador refere que irão realizar uma atividade de retorno
Relaxação:
à calma, que se chama bondade. Pede que se sentem ou se deitem no
O dinamizador deve ter um
colchão. Se sentirem confortáveis, deverão fechar os olhos. Coloca uma
discurso pausado e um tom de
música.
voz baixo.
Instruções para os participantes:
Deitem-se ou sentem-se confortavelmente. Fechem os olhos e
concentrem-se na respiração. Agora vão repetir algumas frases, algumas
vezes. Vou dizê-las em voz alta e vocês repetem-nas silenciosamente para
vocês mesmos. Posso ser feliz. Posso ter uma mente em paz. Posso ter
Relaxação:
sucesso com as coisas na vida. Posso ser feliz. Posso ter uma mente em
As instruções devem ser
paz. Posso ter sucesso com as coisas na vida. Posso ser feliz. Posso ter
pausadas e o tom de voz deve
uma mente em paz. Posso ter sucesso com as coisas na vida. Agora
ser baixo.
desejem as mesmas coisas para os vossos colegas de turma. Podem ser
felizes, podem ter uma mente em paz, podem ter sucesso com as coisas
na vida. Podem ser felizes, podem ter uma mente em paz, podem ter
sucesso com as coisas na vida. Podem ser felizes, podem ter uma mente
em paz, podem ter sucesso com as coisas na vida. Agora podem desejar
o mesmo para a vossa família ou para alguém que seja importante para
vocês. Digam as frases para vocês mesmos e pensem naqueles a quem
desejam o mesmo. Podes ser feliz, podes ter uma mente em paz, podes
ter sucesso com as coisas na vida. Podes ser feliz, podes ter uma mente
em paz, podes ter sucesso com as coisas na vida. Podes ser feliz, podes
ter uma mente em paz, podes ser saudável, podes ter sucesso com as
coisas na vida. Agora... Aos poucos e sem pressas... Irão abrir os olhos...
Mexer-se lentamente... E sentar-se no colchão para voltarmos à sessão.

99
 Discussão final
O dinamizador pede que se sentem em círculo para iniciar a
discussão: Foi fácil arranjarem diferentes alternativas? Acham que é Notas para o dinamizador:
importante procurarem alternativas quando estão a tentar resolver um
problema? Se não procurassem alternativas, o que acham que iria Discussão
Relaxação:final:
acontecer? Iriam simplesmente ceder às emoções e fazer aquilo que vos O dinamizador deve falar
promover
num
surgiu primeiramente, correto? Pode não ser a melhor escolha. Assim, é ao
tom máximo a partilha
baixo, sendo de
o discurso
importante procurarem por diferentes alternativas para posteriormente opiniões.
calmo e Pode
muito utilizar
pausado,
poderem escolher qual a melhor. perguntas
devendo terdirigidas a alguém,
em consideração o
caso
temponecessário.
que os participantes
 Entrega da ficha de avaliação da sessão
necessitam para focar a sua
atenção nos cinco elementos
diferentes.

100
Sessão 20 – Vantagens e desvantagens
escolher alternativas
Notas para o dinamizador:

Objetivos
 Consciencializar os participantes de que todas as alternativas Introdução da nova temática:

têm consequências e que essas devem ser ponderadas e Utilizar o questionamento para

avaliadas, tanto ao nível quantitativo com qualitativo incentivar os sujeitos a


participar.
Tempo
 Revisão da sessão anterior – 10 minutos
 Atividade 1 – 10 minutos
 Atividade 2 – 40 minutos
 Relaxação – 20 minutos
 Discussão Final – 10 minutos

Material
 PowerPoint
 Computador
 Canetas
 Folhas de Papel
 Diferentes objetos
 Colchões

Descrição

 Revisão da sessão anterior


 Introdução da nova temática
Nas sessões anteriores trabalhámos determinados passos para a
resolução de problemas, quais foram esses passos? Identificação do
problema, definição de objetivos e recolha de informações e procurar
alternativas. Agora que têm muitas alternativas, como vão fazer para
escolher a melhor? Se calhar o melhor a fazer é avaliar as consequências
de cada uma, correto? Tanto para nós como para os outros – ou seja,
pensar nas vantagens e desvantagens de cada alternativa.

101
 Atividade 1
O dinamizador distribui vários objetos/imagens e os
participantes terão de escrever, no mínimo, uma vantagem e uma Notas para o dinamizador:
desvantagem do seu objeto. E.g.: uma escova de dentes – vantagem:
prevenir caries, hálito fresco; desvantagem: ter de trocar de escova de 3 Atividade 1:
em 3 meses. Em seguida, em círculo, partilham com o grupo. O dinamizador deve intervir
Discussão: Gostaram da atividade? Esta atividade pretendia que caso os participantes não
vissem que há coisas boas e más em quase tudo, e que precisamos de estejam a conseguir fornecer
avaliá-las. respostas. Pode também
alterar os objetos/imagens
 Atividade 2
para mais simples
Antes de iniciar a atividade, o dinamizador explica que, para se
escolher uma determinada alternativa, é necessário ter em conta o
número de vantagens e desvantagens – quantitativo – e qual a que tem
mais poder – qualitativo. Isto é, uma alternativa poderá ter duas
desvantagens e uma vantagem, mas a vantagem ser muito poderosa, isto
é, ser muito provável que resolva o problema, contribuir para o seu bem-
estar e não prejudicar os outros. Pede que tenham em atenção a todos
estes pormenores e apresenta a nova atividade:
 Role playing: “Estamos numa sala de aula e um professor está a
explicar a matéria aos seus alunos, sentado da sua secretária.
Não compreendendo um ponto da matéria, um aluno coloca o
braço no ar e faz, educadamente, uma pergunta ao professor.
Este levanta-se da cadeira e responde ao aluno dizendo “Você é
burro! Mas que pergunta...!”
O dinamizador pede aos participantes que deem continuidade à
história, dividindo o grupo em dois. Estes terão de apontar qual o
problema, qual o objetivo selecionado, quais as alternativas existentes,
as vantagens e desvantagens de cada uma e qual escolheram.
Posteriormente, terão de representar a situação, elegendo-se um
professor, um aluno que faz a pergunta e a restante turma. No final,
discute-se sobre a situação, qual o problema, quais as alternativas, as
vantagens e as desvantagens de cada uma e se a escolhida foi a melhor.
Discussão: Gostaram da atividade? Foi fácil identificarem as
vantagens e as desvantagens das vossas alternativas? E souberam logo

102
por qual optar? Porquê? Por vezes precisamos de parar e pensar, no que
é melhor fazer, o que nos traz mais vantagens, e aos outros também, e
menos desvantagens, para poder utilizar a alternativa mais eficaz para Notas para o dinamizador:
resolver o problema.

Relaxação:
 Relaxação
As instruções devem ser
O dinamizador refere que irão realizar uma atividade de retorno
pausadas e o tom de voz deve
à calma. Pede que se sentem ou se deitem no colchão. Deverão fechar
ser baixo.
os olhos, para ajudar a imaginar. Explica que irá contar uma história e
estes terão de imaginar-se nela, seguir todas as instruções. Coloca uma
música.
Instruções para os participantes:
Imaginem um dia com vento e nuvens...de vez em quando
chuvoso. Os pássaros voam alegremente. O sol esconde-se por detrás das
nuvens. Tudo sugere tranquilidade. Observem a possibilidade de ir
passear para um lugar agradável. Escolham esse lugar agradável. Em
contacto com a natureza. Imaginem-se nesse lugar e procurem um sítio
para se sentarem. Aproveitem para se alongarem. Repousem os pés no
solo. Observem os movimentos das nuvens e do vento. O ar que sopra nos
vossos rostos suavemente, traz notícias de mudança de temperatura.
Tudo é harmonia. Note a mudança das cores do céu. Alguns pontos vão
se escurecendo, trazendo uma chuva fina e morna. Os primeiros pingos
escorrem timidamente nas pétalas das flores e nas pequenas folhas.
Molham o ambiente, de folha em folha, deixando um cheio de terra
molhada. Tudo é suave e harmonioso. Sintam a humidade, deixada para
chuva morna, que refresca os vossos pensamentos. Inspirem e expirem.
Andem pelo solo, respirem o cheiro das plantas aí existentes. Relaxem.
Atentamente, observem o que a visão das gotas de água provocam em
vocês. O tipo de sensação. O tipo de sentimentos. Registem as imagens
das cores, dos objetos, dos sons, o cheiro da terra molhada, a
temperatura. Relaxem. Lentamente, deixem todo o vosso corpo
experienciar cada detalhe. Permitam que as sensações positivas tomam
conta de vocês. Que os proporcionem equilíbrio. E, aos poucos, vão-se
preparando para voltar. Imaginem o caminho de volta. Sintam o vosso
corpo no colchão. Contraiam e descontraiam os dedos das mãos, dos pés.

103
Relaxem. Contraiam e descontraiam os músculos dos braços. Relaxem.
Contraiam e descontraiam os músculos das pernas. Relaxem. Contraiam
e descontraiam todo o corpo. Soltem o corpo bem devagar, vão Notas para o dinamizador:
acordando, abram os olhos. Ao voltarem desta atividade, estão mais
calmos e otimistas. Discussão final:
O dinamizador deve promover
 Discussão final
ao máximo a partilha de
O dinamizador pede que se sentem em círculo para discutirem
opiniões. Pode utilizar
acerca da sessão: Na resolução de problemas, temos de ter em conta
perguntas dirigidas a alguém,
diferentes passos e pensar nas vantagens e desvantagens de cada
caso necessário.
alternativa faz parte desse processo. Só averiguando as vantagens e
desvantagens de cada uma é que podemos ter a certeza que estamos a
tentar optar pela melhor solução, ou pelo menos aquela que achamos ser
a mais correta. É importante não agir impulsivamente, saber controlar-
se e pensar para fazer a melhor escolha. Só trará vantagens e coisas boas.
Costumavam pensar nestes aspetos, quando se deparavam com um
problema?

 Entrega da ficha de avaliação da sessão

104
Sessão 21 – Fazer um plano,
executá-lo e avaliá-lo
Notas para o dinamizador:

Objetivos
 Relembrar os participantes dos passos para uma eficaz resolução Introdução da nova temática:

de problemas Utilizar o questionamento para

 Estimular o pensamento sequencial, utilizando uma tabela para incentivar os sujeitos a

aplicarem os conhecimentos e estratégias adquiridas para a participar.

resolução de problemas

Tempo
 Revisão da sessão anterior – 10 minutos
 Atividade 1 – 20 minutos
 Atividade 2 – 40 minutos
 Relaxação – 10 minutos
 Discussão Final – 10 minutos

Material
 PowerPoint
 Computador
 Canetas
 Folhas de Papel
 30 Balões
 20 Fichas informativas – tabela de resolução de problemas
 Colchões

Descrição

 Revisão da sessão anterior


 Introdução da nova temática
Nas sessões anteriores, falámos em diferentes passos para
resolver um problema eficazmente: Identificação do problema, definição
de objetivos e recolha de informações, procurar alternativas, vantagens
e desvantagens – escolha da melhor alternativa. Depois de escolherem a
melhor alternativa para resolverem o vosso problema, o que vão fazer?
Um plano! Fazem um plano, com todos estes pontos, para que se

105
organizem e estabeleçam bem o que precisam de fazer. Depois de fazer
o plano, devem executá-lo e no final avaliá-lo. Avaliam o plano
questionando a vocês mesmos se resolveram o problema, como se estão Notas para o dinamizador:
a sentir, se vos fez bem e se fez bem aos outros (ou apenas se não lhes
fez mal). Atividade 2:
O dinamizador deverá
 Atividade 1
participar na atividade, de
O dinamizador apresenta a atividade: terão de formar dois
maneira a estimular o
grupos em que um elemento do grupo terá de atravessar a sala, em cima
pensamento alternativo dos
de seis balões, sendo que todos os elementos do grupo terão de
participantes, através do
participar da atividade. O elemento que irá atravessar a sala não pode
questionamento e da
estar em contacto direto com o chão em nenhuma parte do corpo. O
formulação de hipóteses.
primeiro grupo realiza a atividade, enquanto o outro espera na rua, para
que o outro grupo não observe o modo como o primeiro resolve o
problema. Quando acabarem, o dinamizador pede que formem um
círculo para que falem sobre a atividade.
Discussão: Gostaram da atividade? Foi difícil selecionarem uma
maneira para resolver o problema? Então e qual era o problema? E o
vosso objetivo? E quais eram os facilitadores e as barreiras? Então e que
alternativas tinham para resolver o problema? Como escolheram a
melhor alternativa? Acham que foram bem-sucedidos? Porquê? Com esta
atividade também podemos observar que, por vezes, precisamos dos
outros para resolvermos um problema, e não é necessário ter medo de
resolvê-lo.

 Atividade 2
O dinamizador apresenta um plano, explicando que, para realizar
o plano, terão de realizar e preencher os diferentes passos:
o Identificação do problema – Qual é o problema?
o Posicionamento face ao problema – Como é que encaro
o problema? Como uma ameaça ou como um desafio?
o Objetivo – O que preciso de fazer para resolver o
problema?

106
o Recolher informações – barreiras e facilitadores – O que
é que me pode ajudar a resolver o problema? O que
pode dificultar? Notas
Utilizarpara
o o reforço
dinamizador:
positivo
o Alternativas – Quais as alternativas que tenho para sempre que demonstrarem que
resolver os problemas? Relaxação:
estão a refletir sobre o
o Antecipar consequências – vantagens e desvantagens – O dinamizador
problema. deve estar
Quais são as vantagens e desvantagens de cada preparado
No final para
da realizar
atividade,
alternativa e qual o valor de cada uma? qualquer um dos
dependendo do métodos
tempo, de
o
o Decisão - Qual foi a alternativa que optei? relaxação,
dinamizador podendo utilizar
poderá entregar
o Avaliação – Consegui resolver o problema? Como me atividades
uma fichajáde
realizadas.
resoluçãoLevar
de
sinto? música.
problemas a cada participante
Em seguida, o dinamizador pede que pensem na pior coisa que e pedir que realizem o mesmo
podia acontecer nas suas vidas, tentando chegarem todos a uma individualmente,
unanimidade. Após terem acordado na definição do problema, terão de disponibilizando a sua ajuda
tentar solucioná-lo, preenchendo todos os passos da ficha que será sempre que necessário.
entregue, e já antes analisada. A atividade é realizada em conjunto,
sendo mediada pelo dinamizador.
Discussão: Foi fácil chegarem a um consenso relativamente ao
tema? E resolverem todos os passos?

 Relaxação
O dinamizador refere que farão uma atividade de retorno à
calma. No entanto, dá oportunidade aos participantes de escolher que
atividade realizar, tendo em conta as realizadas durante todo o
programa: consciência e controlo da respiração, consciência corporal,
contração e descontração ou história guiada.

 Discussão final
O dinamizador pede aos participantes que se sentem, em círculo,
para iniciar a discussão: Gostaram da sessão? Com esta sessão,
acabámos por juntar todos os passos aprendidos nas outras. Acham
agora que fizeram sentido as restantes sessões? Acham que vos ajudou?
Devem recorrer a este plano sempre que tiverem um problema. Poderão
não utilizar a tabela, mas parem e pensem antes de agir, pensem no que
podem fazer, o porquê de o fazer e o que é melhor para vocês e para os

107
outros. E depois de fazer esse plano, empenhem-se! Em tudo é preciso
esforço, mas é com esse esforço que conseguimos resolver quase todos
os nossos problemas. Notas para o dinamizador:

 Entrega da ficha de avaliação da sessão

108
Sessão 22 – Avaliação Final

Notas para o dinamizador:


Objetivos
 Avaliar, utilizando instrumentos, as competências sociais e de Atividade 1:
resolução de problemas dos sujeitos, bem como o seu De acordo com a prestação dos
autoconceito e autocontrolo após o programa participantes, aumentar ou
 Avaliar o impacto do programa, de acordo com o ponto de vista não o grau de dificuldades da
dos seus participantes atividade, alterando o local
onde se encontram os objetos.
Tempo
 Atividade 1 – 20 minutos
 Aplicação de instrumentos de avaliação – 40 minutos
 Discussão final – 30 minutos

Materiais
 Fita-cola
 Papel Higiénico
 Diferentes objetos
 Fichas de preenchimento - Instrumentos de avaliação
 Ficha de avaliação do programa

Descrição

 Atividade 1: atividade de cooperação


O dinamizador pede aos participantes que se dividam em dois
grupos e que façam um círculo, de pé e de costas viradas uns para os
outros, em contacto, e coloca tiras de papel higiénico em torno destes.
Em seguida, explica que estes terão de andar pela sala e agarrar nos
objetos que nesta estão distribuídos e foram mencionados pelo
dinamizador, sem rebentar a tira de papel higiénico.
Esta atividade engloba diferentes temas abordados durante o
programa, como a resolução de problemas, o reconhecimento e
expressão de sentimentos, o autocontrolo, lidar com o stress.
Possivelmente também lidar com o fracasso, controlar a raiva e exprimir
desacordo.

109
 Preenchimento dos instrumentos de avaliação
 Preenchimento da ficha de avaliação do impacto do programa
 Discussão final Notas para o dinamizador:
O dinamizador pede que se sentem em círculo, para realizar uma
última discussão: Chegámos ao final do nosso programa. O que é que Discussão final:
aprenderam com este programa, de um modo geral? Têm alguma O dinamizador deve promover
sugestão, relativamente ao programa? Melhorias? Espero que tenham ao máximo a partilha de
gostado e que vos sirva de muito. Utilizem estas estratégias e estas opiniões. Pode utilizar
competênciasno vosso dia-a-dia, ao longo da vida, e verão como as coisas perguntas dirigidas a alguém,
vão correr bem. Gostei muito de trabalhar convosco. caso necessário.
Obrigada.

110
Referências Bibliográficas

American Psychiatric Association (2013). Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders
(5th ed). Arlington, VA, American Psychiatric Association.

Aragón, M. (2007). Manual de Psicomotricidad. Madrid: Ediciones Pirámide.

A.P.Psicomotricidade. (2012). Associação Portuguesa de Psicomotricidade. Obtido de


Psicomotricidade em Portugal: http://www.appsicomotricidade.pt/

Ballouard, C. (2003). Le travail du Psychomotricien. Paris: Edições Dunond.

Barnes, J. C., & Boutwell, B. B. (2012). On the relationship of past to future involvement in crime
and delinquency: A behavior genetic analysis. Journal of Criminal Justice, 40, 94-102.

Brazão, N., Motta, C., & Rijo, D. (2013). From multimodal programs to a new cognitive-
interpersonal approach in the rehabilitation of offenders. Agression and Violent Behavior, 18,
636-643.

Buker, H. (2011). Formation of self-control: Gottfredson and Hirschi's general theory of crime
and beyond. Agression and Violent Behavior, 16, 265-276.

Carvalho, M. (2005). Jovens, Espaços, Trajectórias e Delinquências. Sociologia, Problemas e


Práticas, 49, 71-93.

Cró, M. L., Andreucci, L., Pereira, A., & Pinho, A. M. (2011). Psychomotricity, health and well-
being in childhood education. EDULEARN11 Conference, Barcelona – Espanha.

Elias, A. C. A. (2001). Relaxamento mental, imagens mentais e Espiritualidade na re – significação


da dor simbólica da morte de pacientes terminais. Dissertação de mestrado, Universidade
Estadual de Campinas, Campinas.

Farrington, D. P. (1996). Understanding and preventing youth crime. Social Policy Research, 93.
Retirado em 15 Dezembro, 2015, de https://www.jrf.org.uk/report/understanding-and-
preventing-youth-crime.

Farrington, D. P. (2001). Prevenção centrada no risco. Infância e Juventude, 3, 9-29.

Favre, D., & Fortin, L. (1999). Portrait de l'adolescent désigné comme "violent". Bulletin de
Psychologie, 52(3), 363-372.

111
Filho, P. G. S. (2009). Introdução aos métodos de relaxamento. Encontro Paranaense, Congresso
Brasileiro de Psicoterapias Corporais, XIV, IX.

Ferreira, P. M. (2000). Controlo e identidade: A não conformidade durante a adolescência.


Sociologia, Problemas e Práticas, 33, 55-85.

Fonseca, J. (2007). O papel da relaxação no percurso psicoterapêutico. A Psicomotricidade, (9),


35-40.

Fonseca, V (2010). Psicomotricidade: Uma visão pessoal. Construção psicopedagógica, 18(17).

Golden, L. (2002). Evaluation of the Efficacy of a Cognitive Behavioral Program for Offenders on
Probation: Thinking for a Change. University of Texas Southwestern Medical Center, Dallas.

Loureiro, C. (2013). Treino de Competências Sociais – Uma Estratégia em Saúde Mental: Técnicas
e Procedimento para a Intervenção. Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental, (9),
41-47.

Madera, M. R. (2005). A Relação Interpessoal na psicomotricidade em Pessoas com Demência.


A Psicomotricidade, 6, 47-55.

Martins, R. (2001). Questões sobre a identidade da psicomotricidade: As práticas entre o


instrumental e o relacional. In V. Fonseca & R. Martins (Ed.), Progressos em psicomotricidade,
(29-40). Cruz Quebrada: Edições FMH.

Matos, M.G., & Tomé, G. (Coord.) (2012). Aventura Social: Promoção de Competências e do
Capital Social para o Empreendedorismo com Saúde na Escola e na Comunidade. Lisboa: Placebo
Editora (E-Book).

Matos, M., & Simões, C. (2001). Corpo, Psicomotricidade e Comportamento Social. In V. Fonseca
& R. Martins (Ed.). Progressos em Psicomotricidade, (159-164). Lisboa: Edições FMH.

McMurran, M., Blair, M., & Egan, V. (2002). An Investigation of the Correlations Between
Aggression, Impulsiveness, Social Problem-Solving, and Alcohol Use. Agressive Behavior, 28,
439-445.

Negreiros, J. (2008). Delinquências juvenis: trajectórias, intervenção e prevenção. Porto: Livpsic.

Oliveira, P. A. S. (2011). Atitudes e crenças antissociais na delinquência juvenil: diferenças em


função da idade, do género, e do padrão antissocial. Dissertação de Mestrado, Mestrado
Integrado em Psicologia. Universidade do Porto, Faculdade de Psicologia e de Ciências da
Educação, Porto.

112
Padovani, R. C., Schelini, P. W., & Wiliams, L. C. A. (2009). Inventário de Resolução de Problemas
Sociais – Revisado: evidências de validade e precisão. Avaliação Psicológica, 8(2), 267-276.

Palmer, E. J., & Hollin, C. R. (1999). Social competence and sociomoral reasoning in young
offenders. Applied Cognitive Psychology, 1(13), 79-87.

Paludo, S. S., & Koller, S. H. (2005). Resiliência na rua: Um estudo de caso. Psicologia: Teoria e
Pesquisa, 21(2), 187-195.

Rae-Grant, N., McConville, B., Kenned, J., Vaug, W., & Steiner, H. (1999). Violent behavior in
children and youth: preventive intervention from a psychiatric perspective. Journal of the
American Academy of Child & Adolescent Psychiatry, 38(3), 235-241.

Rosado, J. (2004). Os aprendizes do Crime. Retirado a 10 Novembro, 2015, de


http://www4.fe.uc.pt/fontes/trabalhos/2003006.pdf.

Silva, A. R., Santinha, A., Alão, D., Alves, J., Sampaio, M., & Carvalho, S. (1997). Manual de
utilização: Programa de Promoção da Competência Social. PPES – Ministério da Educação.

Simões, C. (2007). Comportamentos de risco na adolescência. Lisboa: Fundação Calouste


Gulbenkian/Fundação para a Ciência e Tecnologia.

Simões, C., Matos, M. G. & Batista-Foguet, J. M. (2008). Juvenile Delinquency: Analysis of Risk
and Protective Factors Using Quantitative and Qualitative Methods. Cognition, Brain, Behavior.
An Interdisciplinary Journal, XII(4), 389-408.

Souza, L. P. M., Forgione, M. C. R., & Alves, V. L. R. (2000). Técnicas de relaxamento no contexto
da psicoterapia de pacientes com queixas de dor crônica e fibromialgia – uma proposta. Acta
Fisiátrica, 7(2):56-60.

Snow, P. C., & Powell, M. B. (2008). Oral Language Competence, Social Skills and High-risk Boys:
What are Juvenile Offenders Trying to Tell us?. Children & Society, 22, 16-28.

Spence, S.H. (2003). Social skills training with children and young people: theory evidence and
practice. Child and adolescent Mental Health 8(2), 84-96.

Vaske, J., Galyean, K., & Cullen, F. T. (2011). Toward a biosocial theory of offender rehabilitation:
Why does cognitive-behavioral therapy work?. Journal of Criminal Justice 39, 90-102.

Ventura, J. (1999). Nascer e não ter sorte… Ser jovem, deserdado e delinquente… Actas do
Congresso Crimes Ibéricos. Instituto de Educação e Psicologia, Centro de Estudos em Educação
e Psicologia, Universidade do Minho.

113
Vera, M. N., & Vila, J. (2002). Técnicas de relaxamento. In: V.E. Caballo (Ed). Manual de técnicas
de terapia e modificação do comportamento (pp. 147-165). São Paulo: Santos.

114

Vous aimerez peut-être aussi