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Produtividade e
Perdas para
Processos à Base
de Cimento
CADERNO DE RESULTADOS
Indicadores de Produtividade e Perdas para
Processos à Base de Cimento
CADERNO DE RESULTADOS
2013, Grupo de Pesquisa e Extensão em Gestão e Tecnologia das Construções
do Mestrado em Engenharia Ambiental Urbana da Escola Politécnica da
Universidade Federal da Bahia.
É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, ou de parte do mesmo, por quaisquer meios, sem autorização
expressa do GETEC/MEAU/UFBA e ABCP/Comunidade da Construção de Salvador.
1a Edição
GETEC/MEAU/UFBA
Rua Aristides Novis, 02
Escola Politécnica da UFBA
Federação - Salvador-Bahia
Fone: (71) 3283-9731
www.getec.eng.ufba.br
FICHA TÉCNICA
Autores
Prof. Dayana Bastos Costa - UFBA (Coordenação)
Carla Oliveira de Santana - UFBA
Mírian Caroline Farias Santos - UFBA
Caroline Duarte Guimarães - UFBA
Representantes Institucionais
Ana Gabriela Saraiva de Aquino Lima - Representante Regional da ABCP (BA/SE) / Professora da UNEB
Ethiane Romeny de Souza Carvalho - Coordenadora da Comunidade da Construção de Salvador
Glécia Rozane Vieira - Coordenadora Nacional da Comunidade da Construção
APRESENTAÇÃO..........................................................................................................................................................................9
ESTRUTURA................................................................................................................................................................................13
PRODUTIVIDADE - FÔRMA........................................................................................................................................................14
PRODUTIVIDADE - ARMADURA................................................................................................................................................18
ALVENARIA de VEDAÇÃO.........................................................................................................................................................29
PRODUTIVIDADE - ELEVAÇÃO...................................................................................................................................................30
REVESTIMENTO.........................................................................................................................................................................35
PRODUTIVIDADE - REVESTIMENTO.........................................................................................................................................36
REFERÊNCIAS............................................................................................................................................................................41
ANEXO........................................................................................................................................................................................42
LISTA DE TABELAS
Missão Ações
Fortalecer técnica e gerencialmente Capacitar os agentes da cadeia produtiva,
os sistemas à base de cimento, promover a troca de experiências,
enfatizando a produtividade, a qualidade organizar e divulgar o conhecimento e os
e a tecnologia. resultados obtidos.
Atuação em 16 polos
• Belo Horizonte • Recife
• Brasília • Rio de Janeiro
• Curitiba • Salvador
• Florianópolis • São Paulo
• Fortaleza • Sorocaba
• Goiânia • Vale do Paraíba
• Natal • Volta Redonda
• Porto Alegre • Vitória
www.comunidadedaconstrucao.com.br
APRESENTAÇÃO
Atualmente, o setor da construção civil brasileira vem passando por um crescimento significativo.
Empreendimentos de maior porte com prazos de construção reduzidos encontram-se desprovidos de mão
de obra qualificada, principalmente nos serviços menos tradicionais, impactando diretamente na sua pro-
dutividade e em seu custo. Diante disto, surge a necessidade de mensuração e comparação de indicado-
res de produtividade e perdas em processos construtivos entre diferentes empreendimentos.
Neste contexto, a Comunidade da Construção buscou desenvolver e implementar um sistema de
indicadores de produtividade e perdas para processos construtivos a base de cimento, por meio da mobi-
lização do setor e a comparação de seus desempenhos.
Para tanto, buscou-se o apoio de especialistas no tema, sob a coordenação do Grupo de Gestão e
Tecnologia das Construções (GETEC) da Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia para o de-
senvolvimento conjunto dos indicadores. Os indicadores foram concebidos com base em estudos sobre
o tema (OLIVEIRA et al. 1995; ARAÚJO, 2000; SOUZA, 2005; SOUZA, 2006) discutidos em três reuniões
realizadas entre Julho e Setembro de 2011 na ABCP em São Paulo, tendo como participantes representan-
tes da Comunidade da Construção de Recife, Salvador, Belo Horizonte e Goiás, assim como a participação
de professor da Universidade de Pernambuco (UPE) e da GMO Engenharia.
A implementação do projeto em Salvador ocorreu de Dezembro de 2011 a Janeiro de 2013, de acordo
com as seguintes etapas:
a) sensibilização das empresas construtoras locais;
b) ciclos de implantação dos indicadores por processo construtivo:
estrutura, alvenaria e revestimento. Estes ciclos envolveram a capacitação para a coleta,
acompanhamento para implantação nas obras e a troca dos resultados coletados;
c) formação do banco de dados e divulgação dos mesmos.
Os indicadores selecionados para coleta em Salvador foram: produtividade de fôrma, armadura, concretagem, eleva-
ção de alvenaria com bloco de concreto, elevação de alvenaria com bloco cerâmico, aplicação de argamassa no revesti-
mento interno e externo, além de perdas de concreto usinado.
Neste trabalho a produtividade foi medida através de um indicador, denominado RAZÃO UNITÁRIA DE PRODUÇÃO
(RUP), que expressa a relação de Homens Hora por Quantidade de Serviço em um período de duração de um pavimento
tipo, onde:
• hora/prêmio NÃO é hora trabalhada (ex.: o encarregado “dá” uma hora a mais por dia durante uma semana para que
a equipe finalize um determinado pavimento);
• hora de almoço NÃO é hora trabalhada;
• hora extra efetivamente trabalhada É hora trabalhada.
Média Máximo
TCPO14 TCPO14
0,70 2,00 5,13
Mínimo
TCPO14
No processo de concretagem, além da medição da RUPpav e RUPcum, foram medidos os “tempos de concretagem”,
que permitem avaliar a produtividade. As definições dos “tempos de concretagem” são apresentadas a seguir e esquema-
tizadas na Figura 3 (ARAÚJO, 2000). Os tempos foram calculados conforme Tabela 2.
Tempos
Início da Término da
disponibilização de disponibilização de
pessoal pessoal
Caminhão 1 Caminhão 2 Caminhão i Caminhão n
Tempo global
2. TEMPO DE DESCARGA: é o tempo compreendido entre o início da descarga do primeiro caminhão e o final da descarga
do último caminhão.
3. TEMPO DE INÍCIO: é o tempo compreendido entre o horário de início da disponibilização de pessoal e o início efetivo
da concretagem (momento em que se inicia a descarga do concreto). Engloba eventuais alocações de pessoal antes
da hora prevista para real início da concretagem, atraso e tempo para posicionamento do caminhão de concreto inicial.
4. TEMPO DE FINALIZAÇÃO: é o tempo entre a finalização da descarga do último caminhão e o horário em que se encerra
o turno de trabalho quando nenhuma outra atividade se desenvolve na obra.
O percentual de perda foi calculado em função da perda física, ou consumos, mensurando-se o percentual de material
adquirido em relação à quantidade teoricamente necessária. Tal indicador refere-se ao processo como um todo, sendo
calculado de acordo com a fórmula da Figura 4:
ESTRUTURA
INTRODUÇÃO
As fôrmas são estruturas provisórias, podendo ser de ma-
deira ou metálica construída para conter o concreto fresco (de
pilares, vigas e lajes), dando a ele a forma e as dimensões re-
queridas, suportando-o até que o mesmo adquira a capacidade
de auto suporte.
Este trabalho foi desenvolvido em obras que utilizam fôrmas
de madeira e com sistema de escoramento e reescoramento for-
mado por torres metálicas.
PROCESSO CONSTRUTIVO
Para o estudo da produtividade visando o detalhamento da coleta e aumento da precisão do estudo, o serviço de fôr-
mas foi abordado analiticamente a partir das tarefas e subtarefas que o constituem, de acordo com a definição de Araújo
(2000) e conforme apresentado na Figura 6.
SERVIÇO DE FÔRMAS
Fôrmas para Pilar Fôrmas para Vigas Fôrmas para lajes Tarefas
Obra Características
*Foram coletados dados das duas torres da obra E.3, mas como as duas torres possuíam a mesma caracterização, mesma mão
de obra e os valores das RUP’s de cada torre eram próximos, adotou-se a média para os dois empreendimentos.
Na Figura 8 estão respectivamente a faixa dos valores de referência da TCPO 14 e as RUPs encontradas nos empreen-
dimentos estudados para o processo geral de execução de fôrmas (pilar + viga + laje), considerando apenas carpinteiros.
TCP014
0.19 0,40 0,87
0,320,44 0,600,72
FÔRMA (Hh/m2)
RUP Pilar
RUP Viga
RUP Laje
Na Tabela 4 observa-se que os valores da mediana para carpinteiro estão próximos aos valores da TCPO, mas isto
deve-se ao fato da mediana da RUP encontrada para uma das obras ser mais elevada em relação as demais obras, pois
a mesma tem estrutura plana com vigas de bordo (Figura 9b). De acordo com a TCPO 14, uma predominância de vigas
externas tende a elevar a RUP, ou seja, o processo torna-se menos eficiente. Os demais valores de mediana das RUPs
encontrados tendem a mostrar valores mais baixos, e consequentemente, mais produtivos.
A B
Figura 9a: Tipologia estrutural reticulada vigada e Figura 9b: Tipologia estrutural plana com vigas de bordo
Adoção de equipamentos que facilitem a execução dos painéis, tal como o nível a laser.
Produtividade - ARMADURA
INTRODUÇÃO
Armadura é o componente estrutural de uma estrutura de concreto arma-
do, formado pela associação de diversas peças de aço. O aço nas estruturas
de concreto armado tem como principal função aumentar a capacidade re-
sistente das peças comprimidas. O serviço de armação é o responsável por
prover a estrutura com as armaduras nas condições previstas em projeto.
A forma sob a qual o aço é comprado pode fazer a produtividade variar. Ao se
optar pela compra do aço já cortado e dobrado, a obra realiza apenas a operação
de montagem. Quando a opção é pela compra em barras, cabe aos armadores o
serviço de corte e dobra do aço no canteiro além da montagem dos mesmos. No
Figura 10: Armação da laje de concreto
caso das obras estudadas, todas recebem o aço cortado e dobrado.
PROCESSO CONSTRUTIVO
A seguir está descrito o processo de execução de armaduras em pilares, vigas e lajes, incluindo todas as etapas.
Para pilares e vigas
Corte dos fios e barras de aço.
Fixação de dois pontaletes-guia nos gastalhos, aprumando e travando nas duas direções do pilar.
Dobra das barras longitudinais e dos estribos a extremidade superior de cada painel.
Separação e identificação das barras cortadas e dobradas.
Pré-montagem de armadura de vigas e pilares em local que não o da execução da montagem final.
Transporte das peças até o pavimento em execução (Figura 11).
Montagem no andar em execução.
Posicionamento na fôrma (montagem da peça na sua posição final).
Para Lajes
Corte dos fios e barras de aço.
Fixação de dois pontaletes-guia nos gastalhos, aprumando e travando nas duas direções do pilar.
Dobra das barras longitudinais e dos estribos.
Separação e identificação das barras cortadas e dobradas.
Transporte para o andar em execução, das barras cortadas, dobradas e identificadas.
Montagem das armaduras positivas (Figura 12)
Montagem das armaduras negativas.
Colocação dos espaçadores ou peças auxiliares.
Figura 11: Minigrua, transporte utilizado para subida das ferragens até o Figura 12: Espalhamento da ferragem positiva até o pavimento requerido
pavimento requerido
SERVIÇO DE ARMAÇÃO
RESULTADOS QUANTITATIVOS
A Tabela 5 apresenta características específicas de três empreendimentos de Salvador, sendo que os mesmos pos-
suem a mesma tipologia estrutural e porte semelhante.
Obra Características
Não faz pré-montagem dos pilares,mas faz pré-montagem das vigas e lajes.
E.1 Transporte: minigrua.
Mão de obra terceirizada: 9 armadores e 3 ajudantes.
*Foram coletados dados das duas torres da obra E.3, mas como as duas torres possuíam a mesma caracterização, mesma mão de
obra e os valores das RUP’s de cada torre eram próximos, adotou-se a média para os dois empreendimentos.
Observa-se que a obra E.1 possui uma melhor produtividade em relação às obras E.2 e E.3 (0,032 Hh/kg; 0,073 Hh/kg
e 0,047 Hh/kg respectivamente). Isto pode ser devido:
à densidade da armadura da seção transversal dos pilares ir diminuindo ao se elevar a estrutura, facilitando a colo-
cação da mesma;
a uma maior quantidade de trabalhadores, já que a mão de obra envolvida no serviço de armação é um dos pontos
de extrema relevância no estudo da produtividade, uma vez que o serviço de armação é potencial causador da ocio-
sidade de mão de obra dentro do canteiro (ARAÚJO, 2000);
a existência de alguns ciclos da obra E.3 utilizar outros tipos de transporte das ferragens para garantir o prazo da con-
cretagem, por haver paralisação da grua por problemas mecânicos que acarretou no atraso da subida da ferragem.
Observando separadamente a execução das armaduras por elementos a compreensão é facilitada. A Tabela 6 retrata
os valores das RUPs do processo de armadura para as três obras estudadas, separando-as entre pilar, viga e laje. Os re-
sultados da mediana das RUPs estão sendo comparados com os valores da TCPO (Tabela de Composições de Preços para
Orçamentos 14).
ARMAÇÃO (Hh/kg)
RUP Pilar
RUP Viga
RUP Laje
Figura 16: Lançamento e “Pré-regularização” do concreto Figura 17: Uso de bomba estacionária para lançamento do concreto
Obras Características
Concreto transportado por bomba estacionária e sempre que preciso pela minigrua.
Concreto transportado por bomba estacionária e sempre que preciso pela grua.
*Foram coletados dados das duas torres da obra E.3, mas como as duas torres possuíam a mesma caracterização, mesma mão de
obra e os valores das RUP’s de cada torre eram próximos, adotou-se a média para os dois empreendimentos.
A Figura 18 apresenta um comparativo entre os valores de referência da TCPO14 e a faixa das RUPs de concretagem
encontradas nas obras estudadas. Ambas as faixas consideram a quantidade de serviço total e as horas trabalhadas de
pedreiros e serventes, formando uma única equipe. Estes dados consideram as atividades de transporte, espalhamento e
vibração, e acabamento no processo de concretagem.
TCP014
Figura 18: RUP Geral de Concretagem para servente e pedreiro (pilar + viga + laje)
Observa-se que a RUP global das obras estudadas (E.1 = 1,70Hh/m3; E.2 = 2,40Hh/m3; E.3 = 1,92Hh/m3) encon-
tram-se na faixa vermelha da escala (1,74 Hh/m3 – 3,06 Hh/m3), ou seja, entre o valor médio e o máximo de referência,
indicando deficiência no processo ou a influência de fatores inerentes ao processo ou ao tipo de estrutura, tais como
dimensões dos pilares, equipamentos utilizados, altura do andar concretado.
TCP014
Observa-se que a RUP cumulativa de duas obras (E.1 = 1,99Hh/m3 e E.3 = 1,83Hh/m3) estão próximos e um pouco
abaixo da média da TCPO (2,00Hh/m3), enquanto que a E.2 obteve-se uma produtividade bastante inferior (4,29Hh/m3),
próximo do limite superior da faixa vermelha da escala (5,54Hh/m3). A faixa vermelha de valores da TCPO representam
obras com as seguintes interferências no processo de produção:
excessos de pessoas na equipe;
ocorrência frequente de paralisações por problemas com equipamentos de transporte vertical;
dificuldade no espalhamento e vibração do concreto;
serviços em condições desfavoráveis: fatores climáticos desfavoráveis, alta rotatividade da mão de obra;
operários insatisfeitos.
Estas interferências também foram identificadas nas obras estudadas, principalmente na E.3, por meio dos questioná-
rios de caracterização aplicados e análise de dados.
A Figura 20 apresenta os dados para a concretagem de vigas e lajes, comparando-se à faixa de valores da TCPO com
os valores encontrados pelas obras estudadas.
O tempo de descarga do concreto pode ser avaliado pelo “Tempo de Caminhão”. O tempo médio para descarregar
um caminhão na concretagem de pilar foi de 52 min e de laje de 21min nas obras estudadas (Figura 22 e Figura 23
respectivamente).
15 52 150
40 57 74
7 21 170
18 22 30
Quanto às perdas, as mesmas têm valores próximos ou inferiores a 5% (Figuras 27 e 28), com exceção da E.1, que
obteve perda de 7,43% na concretagem de pilar (Figura 27). Estes resultados mostram que apesar das perdas estarem
alcançando valores próximos à média de 5% estabelecida tradicionalmente em orçamentos, ainda há margem para a
redução das mesmas.
Figura 28: Perda percentual de concreto na concretagem de Viga, Laje e Complemento de pilar
Equipamentos e Ferramentas
Os equipamentos, principalmente os de transporte de concreto para o pavimento, se não escolhidos adequadamen-
te podem se tornar um entrave à produtividade.
ALVENARIA de VEDAÇÃO
INTRODUÇÃO
Alvenaria é um componente complexo, utilizado na construção
e conformado em obra, constituído por tijolos ou blocos unidos entre
si por juntas de argamassa, formando um conjunto rígido e coeso.
As paredes de alvenaria são muito usadas para constituir a vedação
vertical das edificações e, algumas vezes, cumprem também a fun-
ção de estrutura vertical das mesmas, sendo assim chamadas de
alvenaria estrutural. Tijolo cerâmico furado; blocos para alvenaria de
vedação; blocos para alvenaria estrutural e tijolos de barro são tipos
de componentes para as alvenarias.
Neste caderno será apresentado o estudo de obras com alve-
naria de vedação, dividindo-se entre BLOCOS DE CONCRETO e BLO-
COS CERÂMICOS. Figura 29: Assentamento das fiadas
PROCESSO CONSTRUTIVO
O processo construtivo da alvenaria de vedação pode ser descrito da seguinte forma genérica, tanto quando utilizados
com blocos cerâmicos como blocos de concreto.
Execução do chapisco sobre a estrutura de concreto que ficará em contato com a alvenaria.
Identificação do ponto mais alto da laje, que será tomado como nível de referência para definir a cota da primeira
fiada.
Definição da posição planimétrica das paredes a partir dos eixos principais, garantindo o esquadro entre as
paredes e as dimensões dos ambientes.
Assentamento dos blocos da fiada de marcação.
Assentamento das fiadas (Figura 29), tendo-se por procedimento geral o de assentar os blocos das extremidades
para, em seguida, usando linha de náilon como referência de alinhamento e nivelamento, assentar os blocos
intermediários.
Colocação/execução de vergas e contra-vergas quando previstas.
Execução da fixação (normalmente esta atividade ocorre bem depois do assentamento das fiadas).
RESULTADOS QUANTITATIVOS
A Tabela 8 apresenta as características relativas ao processo de alvenaria nas três obras estudadas, observando que
nem todos os empreendimentos possuem o mesmo porte.
Tabela 8 - Caracteristicas do processo de elevação da alvenaria de bloco de concreto nos empreendimentos estudados
Obras Características
Transporte: Car. Porta palete, Elev. Obra/balança, jerica, grua e carros de mão;
E.5
Argamassa de assentamento industrializada produzida na argamassadeira,
As RUP de Pedreiro para Elevação de Alvenaria em todas as obras estudadas (E.5= 0,71 Hh/m2; E.4= 0,89 Hh/m2;
E.1= 0,93 Hh/m2) encontram-se na faixa de menor eficiência do processo de acordo com a TCPO (0,71 Hh/m2 - 0,98 Hh/
m2), mostrando uma menor eficiência do processo. Estes valores foram influenciados pelas seguintes características:
Preenchimento de juntas verticais;
Paredes de espessuras grandes;
Alta Rotatividade de mão de obra;
Falta ou indisponibilidade de equipamento de transporte vertical.
0,410,44 0,62
Na Figura 31 estão respectivamente a faixa dos valores de referência da TCPO14 e os dados de servente dos empre-
endimentos para o processo de elevação.
Para RUP de Servente para Elevação de Alvenaria, observa-se que apenas uma obra ficou acima da mediana da TCPO.
Supostamente, o transporte utilizado e a mão de obra reduzida podem ser motivos para essa menor produtividade, já que
a obra E.5 utiliza uma grua para auxílio do transporte vertical e uma quantidade maior de operários e serventes.
RESULTADOS QUANTITATIVOS
A tabela 9 apresenta características específicas de duas obras estudadas de Salvador, destacando que ambos os
empreendimentos possuem a mesma tipologia estrutural e porte semelhante.
Tabela 9 - Caracterização do processo de elevação da alvenaria de bloco cerâmico nas empreendiementos estudadas
A tabela 10 apresenta os valores das RUPs do processo de alvenaria para as duas obras estudadas, para o processo de
elevação. Os resultados da mediana das RUPs estão sendo comparados com os valores da TCPO (Tabela de Composições
de Preços para Orçamentos 14).
BLOCO CERÂMICO
A mediana das RUPs de Pedreiro para Elevação de Alvenaria com bloco cerâmico das obras estudadas (1,29 Hh/m²)
foi superior a média da TCPO (1,14 Hh/m²), mostrando uma menor eficiência do processo. No período de coleta das obras
ocorreram interferências externas como a greve de ônibus e o recesso das Festas Juninas, que podem ter influenciado na
baixa produtividade.
REVESTIMENTO
Acabamentos finais.
RESULTADOS QUANTITATIVOS
A Tabela 11 apresenta características específicas e os valores da mediana das RUP’s do processo de revestimento
com massa única para as três obras estudadas. Observa-se que as obras têm características distintas que, por sua vez,
vão influenciar na produtividade.
E. 1
EMPRESA E. 2 E. 3
Fach. Lat. Esquerda Fach. Lat. Direita Fach. de Fundo
N° DE
13 21 22
PAVIMENTOS
RELAÇÃO
Pedreiro: 4:3 7:1 3:1 15:3 1:1
Servente
RUP Pedreiro
1,11 0,80 0,70 0,63 1,51
(HH/m²)
RUP Servente
0,46 0,21 0,18 0,12 1,37
(HH/m²)
TIPO DE
Industrializada Industrializada Industrializada Industrializada Feita em obra
ARGAMASSA
TIPO DE
Projetada Projetada Projetada Projetada Manual
APLICAÇÃO
LOCAL DE
No pavimento No pavimento No pavimento Pav. térreo
MISTURA
Desempeno
TIPO DE
Grosso e
ACABAMENTO
Acamurçado
Pingadeiras,
DETALHES NA Juntas de
Pingadeiras Grandes Vãos -
FACHADA trabalho, Quinas e
Cantos
Cremalheira
Balancim
e 2 Balancim Revestimento
TIPO DE ANDAIME Cremalheira Cremalheira suspenso
suspenso Interno
mecanizado
mecanizado
A empresa E.2 teve a menor produtividade encontrada (0,63 Hh/m2 e 0,12Hh/m2) tanto para pedreiro como para ser-
ventes, pelo fato de trata-se de revestimento interno, que por sua vez possui maior facilidade associado ao processo que
o revestimento externo. Além disso, esta obra utilizou a aplicação da argamassa por projeção.
A empresa E.1, por sua vez, obteve produtividades variadas em função das características das fachadas. A fachada
do fundo, com menor valor de RUP (0,70 Hh/m2), possuía vãos de grandes dimensões e nela foi utilizada a plataforma
Cremalheira, resultando assim numa maior produtividade. A fachada lateral direita possuía maior relação pedreiro/servente
(7 para 1), dentre as outras fachadas, pois foi utilizado a Cremalheira e dois Balancins suspenso mecanizado ao mesmo
tempo. A fachada com menor produtividade foi a lateral esquerda (1,11 Hh/m2), que embora utilizasse cremalheira, possuía
um número elevado de arestas.
A empresa E.3 é um exemplo do processo mais tradicional encontrado, em que a argamassa não é industrializada,
sendo produzida em obra pela adição de areia, cimento, água e aditivos numa betoneira. A aplicação é feita manualmente
com a utilização de Balancins. Foram registrados ao longo do processo de coleta, diversos problemas recorrentes como
falta de argamassa para revestimento, porque a argamassa produzida pela betoneira era utilizada para outros processos
como assentamento de blocos e execução de contrapiso.
Como esperado, observa-se que a eficiência do processo associado à obra que utilizava a argamassa produzida em
obra e aplicação manual (E.3) é a menor em relação as demais.
Logística e armazenamento
Planejar o período de entrega da argamassa, bem como o local de recebimento e armazenamento são fundamentais,
pois diminui o risco de atraso na entrega e de perda de materiais por ultrapassar o prazo limite de armazenamento.
Equipamentos
A escolha de equipamentos adequados para cada tipo de fachada faz a diferença para o aumento de produtividade.
Altura da Edificação
Quanto maior a altura do pavimento, dependendo do equipamento maior será a dificuldade de distribuição da
argamassa.
Coeficiente N° de dados
Processo/ Mínimo /
INDICADOR Mediana Máximo de Variação TCPO 14 RUP GLOBAL Nº Obras coletados /
Função Benchmarking
(%) Ciclos
ESTRUTURAS
Carpinteiro
RUP Pilar 0,15 0,46 0,83 52 0,39
RUP Viga 0,10 0,40 1,16 63 0,55 0,48
Coeficiente N° de dados
Processo/ Mínimo /
INDICADOR Mediana Máximo de Variação TCPO 14 RUP GLOBAL Nº Obras coletados /
Função Benchmarking
(%) Ciclos
ESTRUTURAS
Pilar 256 5,12 14,35 44
CONCRETO
Viga + 5 – 3 32
USINADO (%) 0,53 5,22 14,11 59
Laje
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REFERÊNCIAS
SOUZA, U.E.L. Como Reduzir Perdas nos Canteiros - Manual de Gestão do Consumo de Materiais na
Construção Civil. São Paulo; Editora Pini; 2005. 128p.
TCPO14 - Tabelas de Composições de Preços para Orçamentos 14; Editora Pini, 2011.
Códigos das RUP’s de mão de obra da Tabela de Composição de Preços para Orçamentos 14° edição
(TCPO14)
Serviço de Fôrmas
05.005.000038.SER - Fôrma para pilares, com chapa compensada plastificada,e=12mm – montagem.
05.005.000049.SER - Fôrma para vigas, com chapa compensada plastificada, e=12mm – montagem.
05.005.000055.SER - Fôrma para lajes, com chapa compensada plastificada, e=12mm – montagem.
Serviço de Armadura
05.001.000005.SER - Armadura de aço CA-50 para pilares, Ø 12,5 mm, fornecimento e montagem (aço adquirido
cortado e dobrado).
05.001.000006.SER - Armadura de aço CA-50 para vigas Ø 10,0 mm, fornecimento e montagem (aço adquirido
cortado e dobrado).
05.001.000007.SER - Armadura de aço CA-50 para lajes Ø 8,0 mm, montagem (aço adquirido cortado e dobrado).
Serviço de Alvenaria
06.001.000053.SER - Alvenaria de vedação com blocos cerâmico furados 9 x 19 x 19 cm (furos horizontais),
espessura da parede 19 cm, juntas de 10 mm com argamassa mista de cal hidratada e areia sem peneirar traço 1:4,
com 100 kg de cimento
Referências para variabilidade da produtividade da tabela de Composição de Preços para Orçamentos 14° edição
(TCPO14)
Utilitário/Suporte
Textos Explicativos
Produtividade variável para serviço de fôrmas
B.1.1 – Fôrmas pré - fabricadas
Fôrmas de estrutura de concreto armado
Produtividade variável para serviço de concretagem
D.1 – Produtividade da mão de obra
Concretagem da estrutura
Concretagem de pilares
Concretagem de vigas/lajes
Produtividade variável para serviço de alvenaria
E.1 – Produtividade da mão de obra
Tipo 2: Alvenaria de blocos para alvenaria de vedação
CHROMA Construções
Concreta Incorporação e Construção
Odebrecht Realizações Imobiliárias
Sertenge
Souza Netto Engenharia
construtoras
parceiros
instituições
uneb
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