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Agora Eu Passo Concursos Públicos

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Dos Crimes (Parte 1) – Art. 228 Ao Art. 235����������������������������������������������������������������������������������������������������2
Artigo 228 – Omissão no Registro de Atividades e no Fornecimento de Declaraçao de Nascimento – ����������2

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Agora Eu Passo Concursos Públicos.
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Dos Crimes (Parte 1) – Art. 228 Ao Art. 235


Artigo 228 – Omissão no Registro de Atividades e no Fornecimento de De-
claraçao de Nascimento –
Art. 228. Deixar o encarregado de serviço ou o dirigente de estabelecimento de atenção à saúde de gestante de manter
registro das atividades desenvolvidas, na forma e prazo referidos no art. 10 desta Lei, bem como de fornecer à partu-
riente ou a seu responsável, por ocasião da alta médica, declaração de nascimento, onde constem as intercorrências do
parto e do desenvolvimento do neonato:
Pena – detenção de seis meses a dois anos.
Parágrafo único. Se o crime é culposo:
Pena – detenção de dois a seis meses, ou multa

5.1. São duas as condutas criminosas – ART. 228 –


1) Deixar de manter registro das atividades desenvolvidas – Gestante
Deixar o encarregado de serviço ou o dirigente de estabelecimento de atenção à saúde de gestante
de manter registro das atividades desenvolvidas, na forma e prazo referidos no art. 10 desta Lei;
2) Deixar de fornecer declaração de nascimento
Deixar de fornecer à parturiente ou a seu responsável, por ocasião da alta médica, declaração de
nascimento, onde constem as intercorrências do parto e do desenvolvimento do neonato.
→→ Direcionamento da conduta – Nesse caso, o encarregado deixa de proceder atividades impostas
no art. 10. Vejamos:
Art. 10. Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de gestantes, públicos e particulares, são
obrigados a:
I – manter registro das atividades desenvolvidas, através de prontuários individuais, pelo prazo de dezoito anos;
II – identificar o recém-nascido mediante o registro de sua impressão plantar e digital e da impressão digital da
mãe, sem prejuízo de outras formas normatizadas pela autoridade administrativa competente;
III – proceder a exames visando ao diagnóstico e terapêutica de anormalidades no metabolismo do recém-nasci-
do, bem como prestar orientação aos pais;
IV – fornecer declaração de nascimento onde constem necessariamente as intercorrências do parto e do
desenvolvimento do neonato;
V – manter alojamento conjunto, possibilitando ao neonato a permanência junto à mãe.
VI – acompanhar a prática do processo de amamentação, prestando orientações quanto à técnica adequada,
enquanto a mãe permanecer na unidade hospitalar, utilizando o corpo técnico já existente. (Incluído pela Lei nº
13.436, de 2017) (Vigência)

Classificação
1) Sujeito Ativo – Crime próprio, só podendo ser praticado pelo “encarregado de serviço ou o
dirigente de estabelecimento de atenção à saúde”.
2) Sujeito Passivo – Criança.
3) Conduta – Omissiva; trata-se de um crime omissivo próprio ou puro;
4) Consumação – Com a mera omissão, com o simples não fazer, independentemente de qualquer
resultado.
5) Tentativa – Não se admite, pois trata-se de crime omissivo próprio.
6) Elemento Subjetivo – Dolo ou culpa.
ARTIGO 229 – DEIXAR DE IDENTIFICAR CORRETAMENTE O NEONATO E A PAR-
TURIENTE
Art. 229. Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente de estabelecimento de atenção à saúde de gestante de identificar
corretamente o neonato e a parturiente, por ocasião do parto, bem como deixar de proceder aos exames referidos no art.
10 desta Lei:
Pena – detenção de seis meses a dois anos.
Parágrafo único. Se o crime é culposo:
Pena – detenção de dois a seis meses, ou multa

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Agora Eu Passo Concursos Públicos.
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São duas as condutas criminosas – ART. 229 –
Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente de estabelecimento de atenção à saúde de gestante de
identificar corretamente o neonato e a parturiente, por ocasião do parto;
Comentário – Nesse primeiro caso, quis o legislador evitar a troca de bebês, em virtude da não
identificação correta.
Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente de estabelecimento de atenção à saúde de gestante de
proceder aos exames referidos no art. 10 desta Lei. Vejamos:
Art. 10. Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de gestantes, públicos e particulares, são
obrigados [...]
III – proceder a exames visando ao diagnóstico e terapêutica de anormalidades no metabolismo do recém-
nascido, bem como prestar orientação aos pais;

Classificação
1) Sujeito Ativo – Crime próprio, só podendo ser praticado pelo “médico, enfermeiro ou dirigente
de estabelecimento de atenção à saúde de gestante”.
2) Sujeito Passivo – Criança e a parturiente.
3) Conduta – Omissiva; trata-se de um crime omissivo próprio ou puro;
4) Consumação – Com a mera omissão, com o simples não fazer, independentemente de qualquer
resultado.
5) Tentativa – Não se admite, pois trata-se de crime omissivo próprio.
6) Elemento Subjetivo – Dolo ou culpa.
ARTIGO 230 – PRIVAÇÃO DA LIBERDADE DA CRIANÇA OU ADOLESCENTE –
Art. 230. Privar a criança ou o adolescente de sua liberdade, procedendo à sua apreensão sem estar em flagrante de ato
infracional ou inexistindo ordem escrita da autoridade judiciária competente:
Pena – detenção de seis meses a dois anos.
Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que procede à apreensão sem observância das formalidades legais.

7.1. Direito individual da criança ou do adolescente – Conforme o Art. 106 do ECA, nenhum
adolescente será privado de sua liberdade senão em flagrante de ato infracional ou por ordem escrita
e fundamentada da autoridade judiciária competente.
A contrário sensu, a criança ou adolescente só poderá ter sua liberdade restrita quando se tratar:
1) Flagrante de ato infracional; ou
2) Por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente.
Fora dessas hipóteses, portanto, configura crime contra a criança ou adolescente.
Classificação
1) Sujeito Ativo – Crime comum, só podendo ser praticado por qualquer pessoa.
2) Sujeito Passivo – Criança e o adolescente.
3) Consumação – Com a efetiva privação.
4) Crime material – depende do resultado naturalístico para sua consumação. Em outras palavras,
crime material só se consuma com a produção do resultado naturalístico.
5) Tentativa – Admite.
6) Elemento Subjetivo – Dolo.
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7.3. ART. 230, PARÁGRAFO ÚNICO –
ART. 230, Parágrafo único – Incide na mesma pena aquele que procede à apreensão sem observância das formalidades
legais.

Além das hipóteses citadas acima, conforme o parágrafo único, aquele que aquele que procede
à apreensão sem observância das formalidades legais também praticará o crime em análise. No
entanto, o parágrafo único refere-se à apreensão lícita, porém sem observar as formalidades legais.
Cita-se como exemplo o Art. 107, afirmando que a apreensão de qualquer adolescente e o local onde
se encontra recolhido serão incontinenti comunicados à autoridade judiciária competente e à família
do apreendido ou à pessoa por ele indicada
OMISSÃO NA COMUNICAÇÃO DE APREENSÃO DA CRIANÇA E ADOLESCENTE –
Art. 231. Deixar a autoridade policial responsável pela apreensão de criança ou adolescente de fazer imediata comuni-
cação à autoridade judiciária competente e à família do apreendido ou à pessoa por ele indicada:
Pena – detenção de seis meses a dois anos.

8.1. Direito individual da criança ou do adolescente – Conforme o Art. 107 do ECA, a apreen-
são de qualquer adolescente e o local onde se encontra recolhido serão incontinenti comunicados à
autoridade judiciária competente e à família do apreendido ou à pessoa por ele indicada.
8.2. Dever da autoridade policial – Uma vez realizada apreensão de criança ou adolescente, a
autoridade policial tem o dever de fazer imediata comunicação à:
1) autoridade judiciária competente; E
2) família do apreendido ou à pessoa por ele indicada:
Como podemos perceber, trata-se de uma dupla comunicação. Assim, irá configurar o crime em
análise se comunicar ao Juiz (por exemplo) e não comunicação à família do apreendido.
Autoridade Judiciária – Juízo da infância e juventude.
8.3. CLASSIFICAÇÃO –
1) Sujeito Ativo – Crime próprio, só podendo ser praticado pela autoridade policial que efetuou
a apreensão.
2) Sujeito Passivo – Criança e o adolescente.
3) Conduta – Omissiva; trata-se de um crime omissivo próprio ou puro;
4) Consumação – Com a mera omissão, com o simples não fazer, independentemente de
qualquer resultado.
5) Crime formal – O crime formal, por sua vez, não exige a produção do resultado para a consumação
do crime.
6) Tentativa – Não se admite, pois trata-se de crime omissivo próprio.
7) Elemento Subjetivo – Dolo.
08. SUBMISSÃO A VEXAME OU CONSTRANGIMENTO –
Art. 232. Submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a constrangimento:
Pena – detenção de seis meses a dois anos

9.1. Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade – Conforme o art. 17, o direito ao


respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescen-
te, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças,
dos espaços e objetos pessoais.
Ainda, de acordo com o art. 18, é dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente,
pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
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Desse modo, aquele que detém a autoridade, guarda ou vigilância sobre alguém, expondo ao
ridículo, humilhando, causando embaraço, vergonha... pratica o crime em análise.
9.2. CLASSIFICAÇÃO
1) Sujeito Ativo – Crime próprio.
2) Sujeito Passivo – Criança e o adolescente.
3) Consumação – Com a efetiva prática das condutas citadas.
4) Crime material – depende do resultado naturalístico para sua consumação. Em outras palavras,
crime material só se consuma com a produção do resultado naturalístico, ou seja, com a submissão
da criança ou adolescente a vexame ou constrangimento.
5) Tentativa – Admite.
6) Elemento Subjetivo – Dolo
9.3. Uso de algemas – Não é vedado, no entanto deverão ser observadas as regras da súmula
vinculante número 11.
Súmula Vinculante 11 –
Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física
própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de respon-
sabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que
se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.

ARTIGO 233 –
Revogado pelo Art. 4º da Lei 9.455 de 1997, Lei de tortura. Atualmente, a tortura contra criança e
adolescente é punida com aumento de pena de um sexto até um terço, conforme art. 1º, §4º.
ARTIGO 234
234. Deixar a autoridade competente, sem justa causa, de ordenar a imediata liberação de criança ou adolescente, tão
logo tenha conhecimento da ilegalidade da apreensão:
Pena – detenção de seis meses a dois anos.

Elemento normativo – “Sem justa causa” – Ou seja, é a falta de motivo previsto em lei. Ocorre
quando a apreensão foi ilegal ou não tenha motivos para mantê-la. Assim, verificada a ilegalidade,
deverá ocorrer a liberação imediata.
11.1. Direito individual da criança ou do adolescente – Conforme o art. 107, uma vez ocorrida a
apreensão de qualquer adolescente, deverá ser examinado, desde logo e sob pena de responsabilida-
de, a possibilidade de liberação imediata.
11.2. CLASSIFICAÇÃO
1) Sujeito Ativo – Crime próprio, só podendo ser praticar pelo juiz competente e pelo delegado de polícia.
2) Sujeito Passivo – Criança e o adolescente.
3) Conduta – Omissiva; trata-se de um crime omissivo próprio ou puro;
4) Consumação – Com a mera omissão, com o simples não fazer, independentemente de
qualquer resultado.
5) Tentativa – Não se admite, pois se trata de crime omissivo próprio
6) Crime material – depende do resultado naturalístico para sua consumação. Em outras palavras,
crime material só se consuma com a produção do resultado naturalístico, ou seja, com a submissão
da criança ou adolescente a vexame ou constrangimento.
7) Tentativa – Não admite, pois se trata de crime omissivo próprio.
8) Elemento Subjetivo – Dolo
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
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ARTIGO 235
Art. 235. Descumprir, injustificadamente, prazo fixado nesta Lei em benefício de adolescente privado de liberdade:
Pena – detenção de seis meses a dois anos.

Comentário – O ECA estabelece alguns prazos para serem cumpridos. Assim, caso a pessoa encar-
regada de cumprir o prazo não o obedeça, ela incorrerá nesse crime.
Exemplo: Art. 108. A internação, antes da sentença, pode ser determinada pelo prazo máximo de 45 dias
quarenta e cinco dias.
CLASSIFICAÇÃO
1) Sujeito Ativo – Crime próprio, só podendo ser praticar pessoa encarregada de cumprir o prazo
previsto no ECA para determinado ato.
2) Sujeito Passivo – Criança e o adolescente.
3) Conduta – Omissiva; trata-se de um crime omissivo próprio ou puro;
4) Consumação – Com a mera omissão, com o simples não fazer, independentemente de qualquer
resultado.
5) Tentativa – Não se admite, pois trata-se de crime omissivo próprio
6) Crime formal – é aquele que independe do resultado naturalístico para sua consumação.
7) Elemento Subjetivo – Dolo. Não há previsão na modalidade culposa.
Exercícios
01. O ECA prevê, na modalidade culposa, o crime de omissão na liberação de criança ou adolescente
ilegalmente apreendido.
Certo ( ) Errado ( )
02. O crime de descumprimento injustificado de prazo fixado no ECA em benefício de adolescente
privado de liberdade é crime culposo e plurissubsistente.
Certo ( ) Errado ( )
03. Valter, ocupante de cargo cujas atribuições incluem fornecer declaração de nascimento, não
forneceu esse documento a Gabriela, quando ela recebeu alta médica, após dar à luz seu filho.
Nessa situação hipotética constitui crime preceituado no ECA, que pode ser punido a título de
dolo ou culpa.
Certo ( ) Errado ( )
04. Os crimes praticados contra a criança e o adolescente podem ser realizados por ação ou
omissão, não se admitindo, todavia, a forma culposa.
Certo ( ) Errado ( )
05. Constitui crime de abuso de autoridade privar a criança ou o adolescente de sua liberdade,
procedendo à sua apreensão sem estar em flagrante de ato infracional ou inexistindo ordem
escrita da autoridade policial.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
01 - Errado
02 - Errado
03 - Certo
04 - Errado
05 - Errado

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
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