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Fall
08
William Paes da Silva
UNIVERSIDADE GAMA FILHO 2011
PÓS GRADUAÇÃO
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO............................................................................................................................... 12
1.1. PROPRIEDADES FÍSICAS DO AR..................................................................................................................12
1.1.1. Compressibilidade.............................................................................................................................. 12
1.1.2. Elasticidade.......................................................................................................................................... 13
1.1.3. Difusibilidade....................................................................................................................................... 13
1.1.4. Expansibilidade................................................................................................................................... 14
1.1.5. Variação da Pressão Atmosférica com Relação à Altitude..............................................15
1.1.6. Medição da Pressão Atmosférica................................................................................................. 15
1.1.7. Efeitos Combinados entre as 3 Variáveis Físicas do Gás...................................................16
1.1.8. Princípio de Pascal............................................................................................................................ 17
2. IMPLANTAÇÃO............................................................................................................................ 18
2.1. VANTAGENS............................................................................................................................................... 18
2.2. LIMITAÇÕ ES.............................................................................................................................................19
3. ACIONAMENTOS E COMANDOS.............................................................................................. 19
3.1. COMANDO DIRETO.................................................................................................................................... 19
3.2. COMANDO INDIRETO................................................................................................................................. 20
4. TIPOS DE ACIONAMENTOS E COMANDOS........................................................................... 20
4.1. ACIONAMENTOS MUSCULARES................................................................................................................ 20
4.2. ACIONAMENTOS MECÂ NICOS................................................................................................................... 22
4.2.1. Posicionamento das Válvulas com Acionamentos Mecânicos.......................................22
4.2.2. Acionamento por Pino.................................................................................................................... 23
4.2.3. Acionamento por Rolete................................................................................................................. 23
4.2.4. Gatilho (Rolete Escamoteável).................................................................................................... 24
4.3. ACIONAMENTOS PNEUMÁ TICOS.................................................................................................................25
4.3.1. Comando Direto por Alívio de Pressão (Piloto Negativo)...............................................25
4.3.2. Comando Direto por Aplicação de Pressão (Piloto Positivo).........................................25
4.3.3. Comando Direto por Diferencial de Áreas..............................................................................26
4.3.3.1. Diafragma.................................................................................................................................................................................26
4.4. ACIONAMENTOS ELÉ TRICOS.......................................................................................................................27
4.5. ACIONAMENTOS COMBINADOS..................................................................................................................27
4.5.1. Solenóide e Piloto Interno............................................................................................................. 27
4.5.2. Solenóide e Piloto Externo............................................................................................................ 28
4.5.3. Solenóide e Piloto ou Botão.......................................................................................................... 29
5. ELEMENTOS AUXILIARES......................................................................................................... 29
5.1. VÁ LVULAS DE BLOQUEIO.............................................................................................................................30
5.1.1. Válvula de Retenção com Mola................................................................................................... 30
5.1.2. Válvula de Retenção sem Mola.................................................................................................... 30
5.1.3. Válvula de Escape Rápido............................................................................................................. 31
5.1.4. Válvula de Isolamento (Elemento OU).....................................................................................32
5.1.5. Válvula de Simultaneidade (Elemento E)...............................................................................33
5.2. VÁ LVULAS DE CONTROLE DE FLUXO...................................................................................................... 34
5.2.1. Válvula de Controle de Fluxo Unidirecional..........................................................................35
5.2.1.1. Fluxo Controlado..................................................................................................................................................................35
5.2.1.2. Fluxo Livre...............................................................................................................................................................................35
5.3. VÁ LVULAS DE CONTROLE DE PRESSÃ O.................................................................................................. 37
5.3.1. Válvula de Alívio................................................................................................................................ 37
6. VÁLVULAS DIRECIONAIS.......................................................................................................... 37
6.1. IDENTIFICAÇÃ O DAS VIAS PNEUMÁ TICAS.................................................................................................38
6.1.1. Direção de Fluxo................................................................................................................................ 38
6.1.2. Passagem Bloqueada....................................................................................................................... 38
6.1.3. Escape Livre........................................................................................................................................ 39
6.1.4. Escape com Conexão........................................................................................................................ 39
6.2. NUMERAÇÃ O DOS COMPONENTES PNEUMÁ TICOS, NORMA ISO 121.................................................41
6.2.1. Designação Numérica...................................................................................................................... 41
6.2.2. Designação Alfabética..................................................................................................................... 41
6.3. VÁ LVULAS 2/2 VIAS................................................................................................................................. 42
6.4. VÁ LVULAS 3/2 VIAS................................................................................................................................. 43
6.5. VÁ LVULAS 5/2 VIAS................................................................................................................................... 46
6.6. VÁ LVULAS 3/3 VIAS................................................................................................................................. 48
6.7. VÁ LVULAS 5/3 VIAS................................................................................................................................. 49
7. ATUADORES PNEUMÁTICO..................................................................................................... 51
7.1. CLASSIFICAÇÃ O DOS CONVERSORES DE ENERGIA..................................................................................51
7.1.1. Lineares................................................................................................................................................. 52
7.1.2. Rotativos............................................................................................................................................... 52
7.1.3. Oscilantes.............................................................................................................................................. 52
7.2. TIPOS DE CILINDROS PNEUMÁ TICOS........................................................................................................52
7.2.1. Cilindros de Simples Ação ou Simples Efeito..........................................................................52
7.2.2. Cilindros de Dupla Ação ou Duplo Efeito.................................................................................54
8. MÉTODO INTUITIVO.................................................................................................................. 56
8.1. REPRESENTAÇÃ O DOS MOVIMENTOS.......................................................................................................56
8.2. FORMAS DE REPRESENTAÇÃ O....................................................................................................................57
8.2.1. Seqüência Cronológica.................................................................................................................... 57
8.2.2. Indicação em Forma de Tabela.................................................................................................... 57
8.2.3. Indicação Vetorial.............................................................................................................................. 57
8.2.4. Indicação Algébrica.......................................................................................................................... 58
8.3. DIAGRAMA DE MOVIMENTOS.....................................................................................................................58
8.3.1. Diagrama Trajeto-Passo................................................................................................................. 58
8.3.2. Diagrama Trajeto – Tempo........................................................................................................... 59
8.3.3. Diagrama de Comando.................................................................................................................... 60
9. CIRCUITOS PNEUMÁTICOS...................................................................................................... 60
9.1. MÉ TODO CASCATA................................................................................................................................... 77
9.2. MÉ TODO PASSO-A-PASSO......................................................................................................................... 85
10. ELETRO-PNEUMÁTICA........................................................................................................... 91
10.1. PRINCIPAIS COMPONENTES UTILIZADOS.................................................................................................91
10.1.1. Relê....................................................................................................................................................... 91
10.1.2. Botoeira.............................................................................................................................................. 93
10.1.3. Solenóide............................................................................................................................................ 93
10.1.4. Circuitos Eletro-Pneumáticos................................................................................................... 94
11. CIRCUITOS SEQUENCIAS..................................................................................................... 111
11.1. MÉ TODO INTUITIVO................................................................................................................................111
11.2. MÉ TODO CASCATA...................................................................................................................................118
11.3. MÉ TODO PASSO-A-PASSO.......................................................................................................................130
12. SIMBOLOGIA DE COMPONENTES..................................................................................... 143
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1: COMPRESSIBILIDADE DO AR..................................................................................................................................... 13
FIGURA 2: ELASTICIDADE DO AR................................................................................................................................................ 13
FIGURA 3: DIFUSIBILIDADE DO AR............................................................................................................................................. 14
FIGURA 4: EXPANSIBILIDADE DO AR.......................................................................................................................................... 14
FIGURA 5: PRESSÃ O ATMOSFÉ RICA............................................................................................................................................ 15
FIGURA 6: EFEITO COMBINADO DE 3 VARIÁ VEIS FÍSICAS...................................................................................................... 15
FIGURA 7: PRINCÍPIO DE PASCAL............................................................................................................................................... 17
FIGURA 8: ACIONAMENTOS MUSCULARES................................................................................................................................. 21
FIGURA 9: ACIONAMENTOS MECÂ NICOS................................................................................................................................... 22
FIGURA 10: ACIONAMENTO POR PINO...................................................................................................................................... 23
FIGURA 11: ACIONAMENTO TIPO ROLETE................................................................................................................................ 24
FIGURA 12: ACIONAMENTO TIPO GATILHO.............................................................................................................................. 24
FIGURA 13: COMANDO PILOTO NEGATIVO............................................................................................................................... 25
FIGURA 14: COMANDO PILOTO POSITIVO................................................................................................................................. 26
FIGURA 15: COMANDO POR DIAFRAGMA.................................................................................................................................. 26
FIGURA 16: ACIONAMENTO COMBINADO.................................................................................................................................. 28
FIGURA 17: ACIONAMENTO COMBINADO COM PILOTO EXTERNO......................................................................................... 28
FIGURE 18: ACIONAMENTO COMBINADO COM BOTÃ O........................................................................................................... 29
FIGURA 19: VÁ LVULA DE RETENÇÃ O COM MOLA.................................................................................................................... 30
FIGURA 20: VÁ LVULA DE ESCAPE RÁ PIDO............................................................................................................................... 31
FIGURE 21: VÁ LVULA DE ISOLAMENTO – OU........................................................................................................................... 32
FIGURA 22: EXEMPLO DE CIRCUITO COM ELEMENTO OU...................................................................................................... 33
FIGURE 23: VÁ LVULA DE SIMULTANEIDADE – E..................................................................................................................... 33
FIGURA 24: EXEMPLO DE CIRCUITO COM ELEMENTO E......................................................................................................... 34
FIGURA 25: VÁ LVULA CONTROLE DE FLUXO BIDIRECIONAL VARIÁ VEL...............................................................................34
FIGURA 26: VÁ LVULA DE FLUXO CONTROLADO....................................................................................................................... 35
FIGURA 27: VÁ LVULA DE FLUXO LIVRE.................................................................................................................................... 36
FIGURA 28: EXEMPLO DE CIRCUITO COM CONTROLE DE FLUXO........................................................................................... 36
FIGURA 29: VÁ LVULA DE ALÍVIO............................................................................................................................................... 37
FIGURA 30: DIREÇÃ O DO FLUXO................................................................................................................................................ 38
FIGURA 31: PASSAGEM BLOQUEADA......................................................................................................................................... 38
FIGURA 32: ESCAPE LIVRE.......................................................................................................................................................... 39
FIGURA 33: ESCAPE COM CONEXÃ O........................................................................................................................................... 39
FIGURA 34: VÁ LVULA DE 2 E 3 VIAS......................................................................................................................................... 39
FIGURA 35: VÁ LVULAS E VIAS.................................................................................................................................................... 40
FIGURA 36: VÁ LVULA 2/2 VIAS ACIONADA POR ROLETE..................................................................................................... 42
FIGURA 37: VÁ LVULA 2/2 VIAS ACIONADA POR PINO........................................................................................................... 42
FIGURA 38: VÁ LVULA 3/2 VIAS ACIONADA POR PILOTO...................................................................................................... 43
FIGURA 39: VÁ LVULA 3/2 VIAS ACIONADA POR SOLENÓ IDE............................................................................................... 44
FIGURA 40: VÁ LVULA 3/2 VIAS ACIONADA POR SOLENÓ IDE INDIRETO.............................................................................44
FIGURA 41: VÁ LVULA 3/2 VIAS ACIONADA POR DUPLO PILOTOS....................................................................................... 45
FIGURA 42: EXEMPLO DE CIRCUITO COM VÁ LVULAS 3/2 VIAS............................................................................................ 45
FIGURA 43: VÁ LVULA 3/2 VIAS BOTÃ O PULSO/MOLA......................................................................................................... 46
FIGURA 44: VÁ LVULA 5/2 VIAS ACIONADA COM DUPLO PILOTO........................................................................................ 47
FIGURA 45: EXEMPLO DE CIRCUITO COM VÁ LVULA 5/2 VIAS.............................................................................................. 47
FIGURA 46: VÁ LVULA 5/2 VIAS DUPLO PILOTO..................................................................................................................... 48
FIGURA 47: VÁ LVULA DE CONTROLE DIRECIONAL 3/3 VIAS ACIONADA POR ALAVANCA................................................49
FIGURA 48: VÁ LVULA 5/3 VIAS DUPLA PILOTAGEM COM RETORNO POR MOLA..............................................................50
FIGURA 49: VÁ LVULA 5/3 VIAS DUPLA PILOTAGEM COM TRAVA....................................................................................... 50
FIGURA 50: ATUADORES PNEUMÁ TICOS................................................................................................................................... 51
FIGURA 51: CILINDRO DE SIMPLES AÇÃ O................................................................................................................................. 53
FIGURA 52: CILINDRO DE DUPLA AÇÃ O.................................................................................................................................... 54
FIGURA 53: CILINDRO DUPLA AÇÃ O.......................................................................................................................................... 55
FIGURA 54: MÉ TODO INTUITIVO................................................................................................................................................ 56
FIGURA 55: INDICAÇÃ O VETORIAL DOS MOVIMENTO DOS CILINDROS..................................................................................57
FIGURA 56: INDICAÇÃ O ALGÉ BRICA........................................................................................................................................... 58
FIGURA 57: DIAGRAMA TRAJETO-PASSO UM CILINDRO......................................................................................................... 58
FIGURA 58: DIAGRAMA TRAJETO-PASSO DOIS CILINDROS..................................................................................................... 59
FIGURA 59: DIAGRAMA TRAJETO-TEMPO................................................................................................................................. 59
FIGURE 60: DIAGRAMA DE COMANDO....................................................................................................................................... 60
FIGURA 61: CIRCUITO 1 – ATUAÇÃ O DE UM CILINDRO DE SIMPLES AÇÃ O.........................................................................61
FIGURA 62: CIRCUITO 2 – CIRCUITO DE PILOTAGEM DE UM CILINDRO DE SIMPLES AÇÃ O..............................................61
FIGURA 63: CIRCUITO 3 - CICLO Ú NICO DE UM CILINDRO DE SIMPLES AÇÃ O VÁ LVULA 3/2 VIAS.................................62
FIGURA 64: CIRCUITO 4 - CICLO Ú NICO DE UM CILINDRO DE SIMPLES AÇÃ O VÁ LVULA 5/2 VIAS.................................63
FIGURE 65: CIRCUITO 5 - AVANÇO E RETORNO DE UM CILINDRO DE DUPLA AÇÃ O..........................................................63
FIGURA 66: CIRCUITO 6 - AVANÇO E RETORNO DE UM CILINDRO DE DUPLA AÇÃ O..........................................................64
FIGURA 67: CIRCUITO 7 – UM CILINDRO DE DUPLA AÇÃ O ACIONADO DE LUGARES DISTINTOS.....................................64
FIGURA 68: VÁ LVULA OU........................................................................................................................................................... 65
FIGURA 69: CIRCUITO 8 – CICLO Ú NICO DE UM CILINDRO DE DUPLA AÇÃ O COMANDO INDIRETO.................................65
FIGURA 70: CIRCUITO 9 – CIRCUITO INCORRETO DE CICLO CONTINUO – SIMULADO VIA SOFTWARE...........................66
FIGURA 71: CIRCUITO 10 - CICLO ILIMITADO DE CILINDRO DE DUPLA AÇÃ O....................................................................67
FIGURA 72: CIRCUITO 11 - CICLO ILIMITADO DE CILINDRO DE DUPLA AÇÃ O - SIMULADO VIA SOFTWARE.................67
FIGURA 73: CIRCUITO 13 – CICLO CONTINUO O CILINDRO PERMANECE AVANÇA DURANTE 5S.....................................68
FIGURA 74: CIRCUITO 14 - CICLO CONTÍNUO COM BOTÃ O DE EMERGÊ NCIA.....................................................................69
FIGURA 75: CIRCUITO 15 - CICLO CONTÍNUO COM BOTÃ O DE EMERGÊ NCIA INCORRETO................................................70
FIGURA 76: CIRCUITO 16 - CICLO CONTÍNUO COM BOTÃ O DE EMERGÊ NCIA - SIMULADO VIA SOFTWARE...................70
FIGURA 77: VÁ LVULA REGULADORA DE FLUXO....................................................................................................................... 71
FIGURA 78: SÍMBOLO DE UMA VÁ LVULA REGULADORA.......................................................................................................... 71
FIGURA 79: DIAGRAMA TRAJETO-PASSO DE DOIS CILINDROS.............................................................................................. 72
FIGURA 80: CIRCUITO 17 – DIAGRAMA PNEUMÁ TICO DA SEQÜ Ê NCIA 1 A + 2 A + 1 A – 2 A –.....................................73
FIGURA 81: CIRCUITO 18 – DIAGRAMA PNEUMÁ TICO DA SEQÜ Ê NCIA 1 A + 2 A + 2 A – 1 A –...................................74
FIGURA 82: CIRCUITO 19 – INICIO DA SOLUÇÃ O DA SEQÜ Ê NCIA 1 A + 2 A + 2 A – 1 A - MÉ TODO INTUITIVO.........75
FIGURA 83: CIRCUITO 20 - DIAGRAMA DA SEQÜ Ê NCIA 1 A + 2 A + 2 A – 1 A - MÉ TODO INTUITIVO..........................76
FIGURA 84: CIRCUITO 21 – DIAGRAMA DA SEQÜ Ê NCIA 1 A + (2 A + 3 A +)2 A – (1 A – 3 A -) -MÉ TODO
INTUITIVO........................................................................................................................................................................... 77
FIGURA 85: CASCATA PNEUMÁ TICA PARA DOIS SETORES USANDO UMA VÁ LVULA 5/2 VIAS..........................................78
FIGURA 86: CASCATA PNEUMÁ TICA PARA DOIS SETORES USANDO UMA VÁ LVULA 4/2 VIAS...........................................78
FIGURA 87: CASCATA PNEUMÁ TICA PRA TRÊ S SETORES USANDO DUAS VÁ LVULAS 5/2 VIAS.........................................79
FIGURA 88: CASCATA PNEUMÁ TICA PARA QUATRO SETORES USANDO TRÊ S VÁ LVULAS 5/2 VIAS.................................79
FIGURA 89: CASCATA PNEUMÁ TICA PARA QUATRO SETORES USANDO TRÊ S VÁ LVULAS 4/2 VIAS.................................80
FIGURA 90: CASCATA PNEUMÁ TICA DE QUATRO SETORES - A ULTIMA VÁ LVULA 5/2 QUE É PILOTADA......................80
FIGURA 91: CASCATA PARA QUATRO SETORES A PENÚ LTIMA VÁ LVULA É PILOTADA.......................................................81
FIGURA 92: CASCATA PARA QUATRO SETORES A PRIMEIRA VÁ LVULA É PILOTADA..........................................................81
FIGURA 93: CASCATA PARA QUATRO SETORES A LINHA IV ESTÁ PRESSURIZADA..............................................................82
FIGURA 94: CIRCUITO 22 - DIAGRAMA PARA A CASCATA 1 A + 2 A + 2 A - 1 A –..........................................................82
FIGURA 95: CIRCUITO 23 - DIAGRAMA PARA A CASCATA 1 A + 2 A + 2 A - 3 A + 3 A - 1 A –....................................83
FIGURA 96: CIRCUITO 24 – DIAGRAMA PARA A CASCATA 1 A + 2 A + 3 A +(3 A – 2 A-) 1 A –.................................84
FIGURA 97: CIRCUITO 25 – DIAGRAMA CASCATA PARA A SEQÜ Ê NCIA 1 A + 2 A + 2 A – 1 A – 1 A + 1 A –............85
FIGURA 98: CIRCUITO 26 – PRIMEIRO PASSO NA MONTAGEM DO DIAGRAMA PASSO-A-PASSO DE 4 LINHAS..............86
FIGURA 99: CIRCUITO 27 - SEGUNDO PASSO NA MONTAGEM DO DIAGRAMA PASSO-A-PASSO DE 4 LINHAS................87
FIGURA 100: CIRCUITO 28 - CIRCUITO PASSO-A-PASSO DA SEQÜ Ê NCIA 1 A + 2 A + 2 A - 1 A –................................88
FIGURA 101: CIRCUITO 29 – CIRCUITO PASSO-A-PASSO DA SEQÜ Ê NCIA 1 A + 1 A – 2 A + 2 A –..............................89
FIGURA 102: CIRCUITO 30 – CIRCUITO PASSO-A-PASSO DA SEQÜ Ê NCIA 1 A + 2 A + 1 A – 1 A + 2 A – 1 A –
............................................................................................................................................................................................. 90
FIGURA 103: RELÊ K1 DESENERGIZADO COM 2 CONTATOS NA E 2 CONTATOS NF.........................................................91
FIGURA 104: RELÊ K1 ENERGIZADO COM 2 CONTATOS NA E 2 CONTATOS NF...............................................................92
FIGURA 105: GIGA DE TESTE E SIMULAÇÃ O DE RELÊ S – FESTO........................................................................................... 92
FIGURA 106: GIGA DE TESTE E SIMULAÇÃ O DE BOTOEIRAS – FESTO..................................................................................93
FIGURA 107: VÁ LVULA 5/2 VIAS COM SOLENÓ IDE SIMPLES................................................................................................ 94
FIGURA 108: CIRCUITO ELETRO-PNEUMÁ TICO....................................................................................................................... 94
FIGURA 109: CONTATOS DE UM MESMO BOTÃ O PULSO........................................................................................................ 95
FIGURA 110: CIRCUITO ELETRO-PNEUMÁ TICO COM BOTÃ O COM TRAVA...........................................................................96
FIGURA 111: CIRCUITO ELETRO-PNEUMÁ TICO COM SELO NO RELÊ ...................................................................................96
FIGURE 112: SELO OU AUTO-RETENÇÃ O DE K1...................................................................................................................... 97
FIGURE 113: CIRCUITO ELETRO-PNEUMÁ TICO COM RETIRADA DE SELO...........................................................................97
FIGURE 114: CIRCUITO ELETRO-PNEUMÁ TICO COM SEGUNDA OPÇÃ O DE RETIRADA DE SELO......................................98
FIGURA 115: CICLO Ú NICO COM CILINDRO DE DUPLA AÇÃ O................................................................................................ 99
FIGURE 116: CICLO Ú NICO COM CILINDRO DE DUPLA AÇÃ O COM DUPLA PILOTAGEM.....................................................99
FIGURA 117: CICLO CONTÍNUO COM CILINDRO DE DUPLA AÇÃ O......................................................................................100
FIGURA 118: CICLO CONTÍNUO COM CILINDRO DUPLA AÇÃ O COM DUPLA PILOTAGEM................................................101
FIGURA 119: CICLO CONTÍNUO COM BOTÃ O DE EMERGÊ NCIA........................................................................................... 102
FIGURA 120: CICLO CONTÍNUO COM CILINDRO DUPLA AÇÃ O E VÁ LVULA 5/2 VIAS.....................................................102
FIGURA 121: CICLO CONTÍNUO LIMITADO............................................................................................................................ 103
FIGURA 122: CONTADOR DIGITAL.......................................................................................................................................... 104
FIGURA 123: CICLO CONTÍNUO COM VÁ LVULA 3/2 VIAS................................................................................................... 104
FIGURA 124: RELÊ TEMPORIZADOR....................................................................................................................................... 105
FIGURA 125: CAIXAS DE RELÊ S TEMPORIZADORES.............................................................................................................. 105
FIGURA 126: CILINDRO FICA AVANÇADO POR 5 SEGUNDOS............................................................................................... 106
FIGURA 127: CICLO CONTÍNUO CILINDRO AVANÇA POR 5 SEGUNDOS COM VÁ LVULA DE 3/2 VIAS............................106
FIGURA 128: CICLO CONTÍNUO, CILINDRO AVANÇADO POR 5 SEGUNDOS COM DUPLA PILOTAGEM............................107
FIGURA 129: CIRCUITO COM COMANDO BIMANUAL............................................................................................................. 107
FIGURA 130: COMANDO BIMANUAL DE CILINDRO DE DUPLA AÇÃ O.................................................................................108
FIGURA 131: CIRCUITO COM COMANDO BIMANUAL E BOTÃ O MANUAL...........................................................................109
FIGURA 132: CIRCUITO COM COMANDO BIMANUAL COM BOTÃ O DE EMERGÊ NCIA COM VÁ LVULA 5/2 VIAS............110
FIGURA 133: CIRCUITO DA SEQÜ Ê NCIA 1 A + 2 A + 1 A - 2 A –......................................................................................111
FIGURE 134: CIRCUITO DA SEQÜ Ê NCIA 1 A + 2 A + 1 A - 2 A – COM BOTÃ O PULSADOR...........................................112
FIGURA 135: CIRCUITO DA SEQÜ Ê NCIA 1 A + 2 A + 1 A - 2 A – SIMULADO VIA SOFTWARE......................................113
FIGURA 136: CIRCUITO ELETRO-PNEUMATICO DA SEQÜ Ê NCIA 1 A + 2 A + 1 A - 2 A –..............................................114
FIGURA 137: CIRCUITO ELETRO-PNEUMÁ TICO DA SEQÜ Ê NCIA A+B+A-B-....................................................................115
FIGURA 138: CIRCUITO ELETRO PNEUMÁ TICO DA SEQÜ Ê NCIA 1 A + 2 A + 1 A - 2 A –..............................................116
FIGURA 139: CIRCUITO ELETRO PNEUMÁ TICO DA SEQÜ Ê NCIA 1 A + 2 A + 1 A - 2 A –..............................................117
FIGURA 140: CIRCUITO ELETRO PNEUMÁ TICO DA SEQÜ Ê NCIA 1 A + 2 A + 1 A - 2 A -. CICLO CONTÍNUO..............118
FIGURA 141: CASCATA ELÉ TRICA PARA DOIS SETORES....................................................................................................... 119
FIGURA 142: CASCATA ELÉ TRICA PARA TRÊ S SETORES...................................................................................................... 119
FIGURA 143: CASCATA ELÉ TRICA PARA QUATRO SETORES................................................................................................. 120
FIGURA 144: PRIMEIRO PASSO NA CONSTRUÇÃ O - CASCATA DA SEQÜ Ê NCIA 1 A + 2 A + 2 A - 1 A –......................121
FIGURA 145: CASCATA DA SEQÜ Ê NCIA 1 A + 2 A + 2 A - 1 A –......................................................................................122
FIGURA 146: SIMULAÇÃ O DO CIRCUITO CASCATA DA SEQÜ Ê NCIA 1 A + 2 A + 2 A - 1 A –.........................................124
FIGURA 147: SIMULAÇÃ O DO CIRCUITO CASCATA DA SEQÜ Ê NCIA 1 A + 2 A + 2 A - 1 A –. SEGUNDO PASSO.........125
FIGURA 148: SIMULAÇÃ O DO CIRCUITO CASCATA DA SEQÜ Ê NCIA 1 A + 2 A + 2 A - 1 A -. TERCEIRO PASSO.........126
FIGURA 149: CIRCUITO ELETRO PNEUMÁ TICO DA SEQÜ Ê NCIA 1 A + 1 A - 2 A + 2 A –..............................................127
FIGURA 150: CIRCUITO ELETRO PNEUMÁ TICO DA SEQÜ Ê NCIA 1 A + 1 A - 2 A + 2 A –..............................................128
FIGURA 151: CIRCUITO ELETRO PNEUMÁ TICO DA SEQÜ Ê NCIA 1 A + 1 A - 2 A + 3 A + 3 A - 2 A –........................129
FIGURA 152: CIRCUITO ELETRO PNEUMÁ TICO DA SEQÜ Ê NCIA 1 A + 2 A + 2 A - 1 A - 2 A + 2 A –........................130
FIGURE 153: CIRCUITO ELETRO PNEUMÁ TICO DA SEQÜ Ê NCIA 1 A + 2 A + 2 A - 1 A –..............................................131
FIGURE 154: CIRCUITO ELETRO PNEUMÁ TICO DA SEQÜ Ê NCIA ANTERIOR.......................................................................132
FIGURA 155: CIRCUITO COM TRÊ S CILINDROS...................................................................................................................... 134
FIGURA 156: CIRCUITO ELETRO PNEUMÁ TICO PELO MÉ TODO PASSO A PASSO..............................................................135
FIGURA 157: CIRCUITO ELETRO PNEUMÁ TICO DA SEQÜ Ê NCIA USANDO VÁ LVULAS DE SERVOCOMANDO SIMPLES
........................................................................................................................................................................................... 136
FIGURA 158: CIRCUITO DA SEQÜ Ê NCIA 1 A + 2 A + 2 A - 1 A - 1 A + 1 A –................................................................138
FIGURA 159: ALARME SONORO............................................................................................................................................... 139
FIGURA 160: INDICADOR LUMINOSO...................................................................................................................................... 139
FIGURA 161: CIRCUITO ELETRO PNEUMÁ TICO COM ALARME SONORO, INDICADOR LUMINOSO E BOTÃ O DE
EMERGÊ NCIA.................................................................................................................................................................... 140
FIGURA 162: SENSOR INDUTIVO............................................................................................................................................. 141
FIGURA 163: SENSOR CAPACITIVO.......................................................................................................................................... 141
FIGURA 164: SENSOR Ó PTICO................................................................................................................................................. 142
FIGURA 165: CIRCUITO ELETRO PNEUMÁ TICO COM SENSORES.........................................................................................142
LISTA DE TABELAS
A pneumá tica é a ciência que utiliza o ar como fluido que realiza um trabalho. Desta
maneira, em Pneumá tica Industrial, o que ocorre é uma transformaçã o da energia pneumá tica em
energia mecâ nica por meio de elementos de trabalho. Os principais elementos de trabalho sã o os
cilindros, ou atuadores, e as vá lvulas.
Uma vez na rede, o ar é direcionado pelas vá lvulas para que os cilindros possam realizar
seus movimentos lineares ou rotativos. As vá lvulas que direcionam o ar para os cilindros sã o
conhecidas como “vá lvulas direcionais”.
1.1.1. Compressibilidade
O ar, assim como todos os gases, tem a propriedade de ocupar todo o volume de qualquer
recipiente, adquirindo seu formato, já que nã o tem forma pró pria. Assim, podemos encerrá -lo
num recipiente com volume determinado e posteriormente provocar-lhe uma reduçã o de volume
usando uma de suas propriedades - a compressibilidade.
Podemos concluir que o ar permite reduzir o seu volume quando sujeito à açã o de uma
força exterior.
Figura 1: Compressibilidade do Ar
1.1.2. Elasticidade
Propriedade que possibilita ao ar voltar ao seu volume inicial uma vez extinto o efeito
(força) responsá vel pela reduçã o do volume.
Figura 2: Elasticidade do Ar
1.1.3. Difusibilidade
1.1.4. Expansibilidade
Figura 4: Expansibilidade do Ar
De acordo com esta relaçã o sã o conhecidas as três variá veis do gá s. Por isso, se qualquer
uma delas sofrer alteraçã o, o efeito nas outras poderá ser previsto.
Constata-se que o ar é muito compressível sob açã o de pequenas forças. Quando contido
em um recipiente fechado, o ar exerce uma pressã o igual sobre as paredes, em todos os sentidos.
Por Blaise Pascal temos: "A pressã o exercida em um líquido confinado em forma está tica
atua em todos os sentidos e direçõ es, com a mesma intensidade, exercendo forças iguais em
á reas iguais".
Figura 7: Princípio de Pascal
No S.I.
F - Newton – N (Força)
P - Newton / Área – N / m2 (Pressão)
A - m2 (Área)
No MKS
F - Kgf (Força)
P - Kgf / cm2 (Pressão)
A - cm2 (Área)
Nota: Pascal nã o faz mençã o ao fator atrito, existente quando o líquido está em
movimento, pois baseia-se na forma está tica e nã o nos líquidos em movimento.
2. IMPLANTAÇÃO
2.1. VANTAGENS
2) Reduçã o dos custos operacionais. A rapidez nos movimentos pneumá ticos e a libertaçã o do
operá rio (homem) de operaçõ es repetitivas possibilitam o aumento do ritmo de trabalho,
aumento de produtividade e, portanto, um menor custo operacional.
3) - Robustez dos componentes pneumá ticos. A robustez inerente aos controles pneumá ticos
torna-os relativamente insensíveis a vibraçõ es e golpes, permitindo que açõ es mecâ nicas do
pró prio processo sirvam de sinal para as diversas sequências de operaçã o. Sã o de fá cil
manutençã o.
2.2. LIMITAÇÕ ES
1) O ar comprimido necessita de uma boa preparaçã o para realizar o trabalho proposto: remoçã o
de impurezas, eliminaçã o de umidade para evitar corrosã o nos equipamentos, engates ou trava-
mentos e maiores desgastes nas partes mó veis do sistema.
3) Velocidades muito baixas sã o difíceis de ser obtidas com o ar comprimido devido às suas
propriedades físicas. Neste caso, recorre-se a sistemas mistos (hidrá ulicos e pneumá ticos).
4) O ar é um fluido altamente compressível, portanto, é impossível se obterem paradas
intermediá rias e velocidades uniformes. O ar comprimido é um poluidor sonoro quando sã o
efetuadas exaustõ es para a atmosfera. Esta poluiçã o pode ser evitada com o uso de silenciado-
res nos orifícios de escape.
3. ACIONAMENTOS E COMANDOS
As vá lvulas exigem um agente externo ou interno que desloque suas partes internas de
uma posiçã o para outra, ou seja, que altere as direçõ es do fluxo, efetue os bloqueios e liberaçã o
de escapes.
Os elementos responsá veis por tais alteraçõ es sã o os acionamentos, que podem ser classificados
em:
- Comando Direto
- Comando Indireto
- Musculares
- Mecâ nicos
- Pneumá ticos
- Elétricos
- Combinados.
As vá lvulas devem estar situadas o mais pró ximo possível ou diretamente acopladas aos
equipamentos comandados (cilindros, motores etc.), para que as tubulaçõ es secundá rias sejam
bem curtas evitando, assim, consumos inú teis de ar comprimido e perdas de pressã o, conferindo
ao sistema um tempo de resposta reduzido.
Para as vá lvulas acionadas mecanicamente, é indispensá vel efetuar um posicionamento
adequado, garantindo um comando seguro e perfeito, mesmo depois de muito tempo.
Se a vá lvula necessita ser acionada por um mecanismo com movimento rotativo, retilíneo,
com ou sem avanço ulterior, é aconselhá vel utilizar o acionamento por rolete, para evitar atritos
inú teis e solicitaçõ es danosas em relaçã o à s partes da vá lvula.
O rolete, quando posicionado no fim de curso, funciona como pino, mas recebe ataque
lateral na maioria das vezes. Numa posiçã o intermediá ria, receberá comando toda vez que o
mecanismo em movimento passar por cima, independentemente do sentido do movimento.
Figura 11: Acionamento Tipo Rolete
Utilizado nas posiçõ es intermediá rias ou fim de curso, onde podem ocorrer problemas de
"contrapressã o". O posicionamento no final de curso, com leve afasta- mento, evita que
permaneça constantemente acionado, como o pino e o rolete.
É importante ressaltar que a emissã o do sinal pneumá tico, sendo breve, nã o deve
percorrer longas distâ ncias. A comutaçã o da vá lvula e a emissã o do sinal estã o em funçã o de sua
construçã o, principalmente da velocidade com que é acionada e do comprimento do mecanismo
que irá acioná -la.
4.3.3.1. Diafragma
A grande vantagem está na pressã o de comando; devido à grande á rea da membrana, pode
trabalhar com baixas pressõ es. O princípio de atuaçã o é bem semelhante ao de um piloto
positivo.
A vá lvula principal pode ser comandada por meio da eletricidade, a qual cria um campo
magnético, causando o afastamento do induzido do assento e liberando a pressã o X que aciona a
vá lvula.
5. ELEMENTOS AUXILIARES
Um cone é mantido inicialmente contra seu assento pela força de uma mola. Orientando-se
o fluxo no sentido favorá vel de passagem, o cone é deslocado do assento, causando a compressã o
da mola e possibilitando a passagem do ar.
A existência da mola no interior da vá lvula requer um maior esforço na abertura para
vencer a contra- pressã o imposta. Mas nas vá lvulas, de modo geral, esta contrapressã o é
pequena, para evitar o má ximo de perda, razã o pela qual nã o devem ser substituídas
aleatoriamente.
Havendo coincidência de sinais em ambas as entra- das, prevalecerá o sinal que primeiro
atingir a vá lvula, no caso de pressõ es iguais. Com pressõ es diferentes, a maior pressã o dentro de
uma certa relaçã o passará ao ponto de utilizaçã o, impondo bloqueio na pressã o de menor
intensidade. Muito utilizada quando há necessidade de enviar sinais a um ponto comum,
proveniente de locais diferentes no circuito.
Assim como na vá lvula de isolamento, também possui três orifícios no corpo. A diferença
se dá em funçã o de que o ponto de utilizaçã o será atingido pelo ar, quando duas pressõ es,
simultaneamente ou nã o, chegarem nas entradas. A que primeiro chegar, ou ainda a de menor
pressã o, se autobloqueará , dando passagem para o outro sinal. Sã o utilizadas em funçõ es ló gicas
“E”, bimanuais simples ou garantias de que um determinado sinal só ocorra apó s,
necessariamente, dois pontos estarem pressurizados.
Muitas vezes, o ar que passa através de uma vá lvula controladora de fluxo tem que ser
variá vel conforme as necessidades. Observe-se a figura, a quantidade de ar que entra por 1 ou 2 é
controlada através do parafuso cô nico, em relaçã o à sua proximidade ou afastamento do assento.
Consequentemente, é permitido um maior ou menor fluxo de passagem.
Algumas normas classificam esta vá lvula no grupo de vá lvulas de bloqueio por ser
híbrida, ou seja, num ú nico corpo unem-se uma vá lvula de retençã o com ou sem mola e em
paralelo um dispositivo de controle de fluxo, compondo uma vá lvula de controle unidirecional.
Estando o dispositivo de ajuste totalmente fechado, esta vá lvula passa a funcionar como
uma vá lvula de retençã o. Quando se desejam ajustes finos, o elemento de controle de fluxo é
dotado de uma rosca micrométrica que permite este ajuste.
Limita a pressã o de um reservató rio, compressor, linha de pressã o, etc., evitando a sua
elevaçã o além de um ponto ideal admissível. Uma pressã o predeterminada é ajustada através de
uma mola calibrada, que é comprimida por um parafuso, transmitindo sua força sobre um
êmbolo e mantendo-o contra uma sede. Ocorrendo um aumento de pressã o no sistema, o êmbolo
é deslocado de sua sede, comprimindo a mola e permitindo contato da parte pressurizada com a
atmosfera através de uma série de orifícios por onde é expulsa a pressã o excedente. alcançando o
valor de regulagem, a mola recoloca automaticamente o êmbolo na posiçã o inicial, vedando os
orifícios de escape.
6. VÁLVULAS DIRECIONAIS
Para se traçarem circuitos pneumá ticos, as vá lvulas ganham representaçõ es esquemá ticas,
que pretendem simular seu funcionamento interno, pouco tendo a ver, portanto, com seu
princípio construtivo.
As vá lvulas direcionais sã o sempre representadas por um retâ ngulo. - Este retâ ngulo é
dividido em quadrados. - O nú mero de quadrados representados na simbologia é igual ao nú mero
de posiçõ es da vá lvula, representando a quantidade de movimentos que executa através de
acionamentos.
2 Posiçõ es 3 Posiçõ es
Passagem T Bloqueio
Nos quadros representativos das posiçõ es, encontram- se símbolos distintos: As setas
indicam a interligaçã o interna das conexõ es, mas nã o necessariamente o sentido de fluxo.
Uma regra prá tica para a determinaçã o do nú mero de vias consiste em separar um dos
quadrados (posiçã o) e verificar quantas vezes o(s) símbolo(s) interno(s) toca(m) os lados do
quadro, obtendo-se, assim, o nú mero de orifícios e em correspondência o nú mero de vias.
As principais normas seguidas no Brasil, que dizem respeito à identificaçã o das vias
pneumá ticas sã o a alemã DIN (Deutsche Normen) 24300 e a americana ISO (Internation
Organization for Standardization)1219 (partes I e II).
2 e 4 - utilizaçã o, saída: orifícios de aplicaçã o em vá lvulas 4/2, 4/3, 5/2 e 5/3. A via 4
normalmente faz o avanço e a 2 o retorno do cilindro.
3 - escape ou exaustã o: orifícios de liberaçã o do ar utilizado em vá lvulas 3/2, 3/3, 4/2 e 4/3.
Já a norma DIN 24300 usa uma forma literal para a identificaçã o das vias.
As letras representam:
Drenagem de líquido: L
Toda vá lvula deve ser pilotada em seus dois lados, esquerdo e direito, ou seja, deve ser
possível se alcançar suas duas (ou mais) posiçõ es. Uma vá lvula com uma ú nica posiçã o nã o seria
uma vá lvula e sim uma conexã o. Na vá lvula representada pela Figura abaixo, pode-se perceber a
pilotagem em ambos os lados. No lado esquerdo, por meio de um pino e no lado direito, por meio
de uma mola. Assim é que, ao se pressionar o pino, a posiçã o representada pelo primeiro
quadrado no esquema simbó lico é alcançada. Para que a vá lvula retorne para sua segunda
posiçã o, representada pelo segundo quadrado, é necessá ria a existência da mola. Há diversas
maneiras de se fazer uma pilotagem: manual (utilizando botõ es pulso, trava, manivela), mecâ nica
(usando pinos, roletes), pneumá tica (utilizando uma via de passagem de ar) e elétrica (por meio
de solenó ides).
A Figura abaixo apresenta uma vá lvula 3/2 vias avançada por pino e retornada por mola,
em corte.
Figura 38: Válvula 3/2 Vias Acionada por Piloto
No desenho apresentado na Figura acima pode ser facilmente visto que o ar que chega na
via 1 nã o é distribuído para nenhuma outra via, o que está de acordo com a representaçã o
simbó lica da vá lvula. Já as vias 2 e 3 inicialmente estã o se comunicando, o que também está de
acordo com a representaçã o. Quando o pino é pressionado para baixo, a mola se comprime e o
batente que evitava a passagem de ar para a via 2 se abre, permitindo agora que o ar chegue até a
via 2. Diz-se que a vá lvula foi pilotada mecanicamente, chegando à segunda posiçã o da vá lvula.
Em conseqü ência, isola-se a via 3, o que está conforme a representaçã o simbó lica da vá lvula. É
sempre bom lembrar que a mola é chamada de reposiçã o porque, quando nã o houver mais uma
força mecâ nica empurrando o eixo e vencendo sua resistência, ela será responsá vel pelo retorno
do eixo à sua posiçã o original. Na Figura 2 pode ser visto ainda que todas as vias sã o definidas
segundo as normas ISO e DIN. É importante que o aluno se acostume a nomear todas as vias,
porque isso facilita enormemente a montagem de circuitos pneumá ticos na prá tica. Alguns
softwares, como o Fluidsim, já fazem automaticamente esta numeraçã o. Ainda recordando, a via 1
ou P é chamada via de pressã o, a 2 ou A via de utilizaçã o e a 3 ou R é uma vida de escape. A Figura
acima apresenta uma foto de uma vá lvula 3/2 vias. Como pode ser percebido, há um logotipo no
qual está escrito “Festo didatic”. A Festo é um dos maiores fabricantes de componentes
pneumá ticos do mundo e será freqü entemente citada nesta apostila, pois a escola e as indú strias
da regiã o trabalham principalmente com componentes deste fabricante.
Figura 43: Válvula 3/2 Vias Botão Pulso/Mola
Na Figura abaixo, pode ser percebido que quem faz a mudança de uma posiçã o para
outra é um eixo. Se este eixo é empurrado para a direita, tem-se acesso a uma posiçã o da vá lvula
(ou seja, o ar é direcionado para um determinado lugar) e se deslocado para a esquerda tem-se
acesso a outra posiçã o da vá lvula (ou seja, o ar é direcionado para outro lugar). A Figura 4
apresenta uma vá lvula 5/2 vias que é pilotada em ambos os lados (esquerdo e direito) pelo ar.
Esta vá lvula é conhecida como 5/2 vias duplo piloto. Pode ser percebida mais facilmente agora a
importâ ncia da nomeaçã o correta das vias, já que a quantidade delas aumentou
consideravelmente. Se o eixo é pilotado para o lado esquerdo por meio da via 14, ela
permanecerá nesta posiçã o até que seja enviado ar para a via 12, de modo que ele retorne para o
lado direito. Diz-se que a vá lvula mantém a posiçã o do ú ltimo acionamento e por isso as vá lvulas
duplo piloto sã o também conhecidas como “Vá lvulas memó ria”, ou seja, memorizam o ú ltimo
acionamento. Diferentemente das vá lvulas com reposiçã o por mola, que sempre fazem com que o
eixo retorne à sua posiçã o inicial. Na Figura 4, pode ser percebido que o ar está passando da via 1
para a via 2, significando que a vá lvula está na posiçã o 2, ou seja, no quadrado da direita. Ao ser
pilotada pela via 12, pode-se perceber que o ar passará da via 1 para a via 4. A vá lvula está na
posiçã o 1, representada pelo quadrado da esquerda.
O ar que chega à s vias 2 ou 4, na Figura 44, sã o utilizados, por exemplo, para deslocar um
cilindro para a esquerda ou para a direita. Existem dois tipos principais de cilindros, os de
simples e os de dupla açã o e ambos podem ser deslocados com esta vá lvula. A vá lvula é
simplesmente um dispositivo responsá vel pelo direcionamento do ar. Ora o ar vem da via 1 para
a 2 e em outro momento da via 1 para a via 4, bastando para tanto deslocar o carretel principal.
É importante ressaltar que, de acordo com a Figura 44, a via 1 nã o tem nenhuma relaçã o
com a via 12 ou 14, embora o ar que passa por estas vias provenha do mesmo compressor, do
mesmo gerador de ar sob pressã o. Ao relacionar a vá lvula em corte com seu símbolo, chega-se à
conclusã o que a mudança de uma posiçã o para outra se dá devido ao deslocamento do eixo
principal. Este deslocamento, reforçando, no caso desta vá lvula duplo piloto, é feito por tomadas
de ar – vias 12 e 14.
A Figura abaixo apresenta uma foto de uma vá lvula 5/2 vias duplo piloto.
Com as mesmas conexõ es de uma 3/2, é acrescida de uma posiçã o chamada Centro,
Posiçã o Neutra ou Intermediá ria, fornecendo outras características à vá lvula. Existindo 3
posiçõ es, o tipo de acionamento terá que possuir três movimentos, para que se possa utilizar de
todos os recursos da vá lvula. O centro de uma V.D. 3/3 normalmente é C.F. (centro fechado).
Nesta posiçã o, todas as conexõ es, sem exceçã o, estã o bloqueadas. Este tipo de centro permite
impor paradas intermediá rias em cilindros de S.E., mas sem condiçõ es precisas.
Figura 47: Válvula de Controle Direcional 3/3 Vias Acionada por Alavanca
Uma vá lvula 5/3 C.F. (Centro Fechado). É utilizada para impor paradas intermediá rias. A
vá lvula 5/3 C.A.N. (Centro Aberto Negativo), onde todos os pontos de utilizaçã o estã o em
comunicaçã o com a atmosfera, exceto a pressã o, que é bloqueada; utilizada quando se deseja
paralisar um cilindro sem resistência e selecionar direçõ es de fluxo para circuitos.
Facilita a manutençã o, devido à sua forma construtiva e contém uma mínima quantidade
de peças facilmente substituíveis na pró pria instalaçã o. Pode ser instalada em painéis com saídas
laterais ou pela base e possibilita sua utilizaçã o como 3/3, efetuando-se um pequeno bloqueio
com tampã o em um dos pontos de utilizaçã o.
Figura 48: Válvula 5/3 Vias Dupla Pilotagem com Retorno por Mola
Figura 49: Válvula 5/3 Vias Dupla Pilotagem com Trava
7. ATUADORES PNEUMÁTICO
- Movimentos Lineares
- Movimentos Rotativos
- Movimentos Oscilantes
7.1.1. Lineares
7.1.2. Rotativos
Convertem energia pneumá tica em energia mecâ nica, através de momento torsor
contínuo.
7.1.3. Oscilantes
Convertem energia pneumá tica em energia mecâ nica, através de momento torsor
limitado por um determinado nú mero de graus.
Este tipo de cilindro possui somente um orifício por onde o ar entra e sai do seu interior,
comandado por uma vá lvula. Na extremidade oposta à de entrada, é dotado de um pequeno
orifício que serve de respiro, visando impedir a formaçã o de contrapressã o internamente,
causada pelo ar residual de montagem. O retorno, em geral, é efetuado por açã o de mola e força
externa. Quando o ar é exaurido, o pistã o (haste + êmbolo) volta para a posiçã o inicial.
O atuador da Figura acima possui somente uma via de passagem de ar, conhecida como via
de avanço. O retorno do cilindro é feito por meio de uma mola. Assim que a passagem de ar for
interrompida, a mola fará com que o atuador retorne à sua posiçã o original. Estes cilindros sã o
mais utilizados em conjunto com vá lvulas 3/2 vias, que possuem somente uma via de utilizaçã o,
como será ilustrado adiante.
Quando um cilindro pneumá tico utiliza ar comprimido para produzir trabalho em ambos
os sentidos de movimento (avanço e retorno), diz-se que é um cilindro de Dupla Açã o, o tipo mais
comum de utilizaçã o. Sua característica principal, pela definiçã o, é o fato de se poder utilizar
tanto o avanço quanto o retorno para desenvolvimento de trabalho. Existe, porém, uma diferença
quanto ao esforço desenvolvido: as á reas efetivas de atuaçã o da pressã o sã o diferentes; a á rea da
câ mara traseira é maior que a da câ mara dianteira, pois nesta há que se levar em conta o
diâ metro da haste, que impede a açã o do ar sobre toda a á rea. O ar comprimido é admitido e
liberado alternadamente por dois orifícios existentes nos cabeçotes, um no traseiro e outro no
dianteiro que, agindo sobre o êmbolo, provocam os movimentos de avanço e retorno. Quando
uma câ mara está admitindo ar a outra está em comunicaçã o com a atmosfera. Esta operaçã o é
mantida até o momento de inversã o da vá lvula de comando; alternando a admissã o do ar nas
câ maras, o pistã o se desloca em sentido contrá rio.
Figura 52: Cilindro de Dupla Ação
No atuador representado na Figura acima pode-se perceber a existência de duas vias, uma
responsá vel pelo avanço do cilindro e outra por seu retorno. Estes cilindros sã o comumente
utilizados em conjunto com vá lvulas 5/2 vias, que possuem duas saídas de ar para utilizaçã o,
como foi mostrado anteriormente.
Para se fazer o avanço e retorno deste cilindro sã o necessá rias duas tomadas de ar, uma no
avanço, que preencherá a câ mara de avanço e outra de retorno, que preencherá a câ mara de
retorno. Entretanto, tal avanço e retorno podem ser feitos de vá rias maneiras, utilizando vá lvulas
3/2 vias, uma no avanço e outra no retorno, utilizando uma vá lvula 4/2 vias ou 5/2 vias ou
mesmo 5/3 vias, dependendo das necessidades do projeto, ou da máquina, ou do processo que se
deseja automatizar. Aliá s, nesta mesma linha, nã o se pode dizer que uma vá lvula 3/2 vias foi
projetada exclusivamente para movimentar cilindros de simples açã o. Tampouco pode-se afirmar
que uma vá lvula 5/2 foi desenhada exclusivamente para a movimentaçã o de cilindros de dupla
açã o.
8. MÉTODO INTUITIVO
Do primeiro passo até o passo 2 a haste de cilindro avança da posiçã o final traseira para
a posiçã o final dianteira, sendo que esta é alcançada no passo 2. A partir do passo 4, a haste do
cilindro retorna e alcança a posiçã o final traseira no passo 5.
Para representaçã o grá fica, vale aproximadamente o mesmo que para o diagrama
trajeto-passo, cuja relaçã o está clara através das linhas de uniã o (linha dos passos), sendo que as
distâ ncias entre elas correspondem ao respectivo período de duraçã o do trajeto na escala de
tempo escolhida.
Enquanto o diagrama trajeto-passo oferece uma melhor visã o das trajetó rias, e suas
correlaçõ es, no diagrama trajeto-tempo pode-se representar com mais clareza as diferentes
velocidades de trabalho.
9. CIRCUITOS PNEUMÁTICOS
Um dos circuitos mais bá sicos de pneumá tica pode ser construído com um cilindro de
simples açã o e uma vá lvula 3/2 vias acionada por um botã o e retornada por mola, conforme
ilustra a Figura 61. O comando é dito direto porque assim que for pressionado o botã o pulso da
vá lvula 3/2 vias, o ar é liberado diretamente para o cilindro, para que ele avance, sem a
necessidade de uma outra vá lvula intermediá ria.
Figura 63: Circuito 3 - Ciclo Único de um Cilindro de Simples Ação Válvula 3/2 Vias
Neste ú ltimo caso, quando o cilindro (atuador) chegar ao final de seu curso, irá acionar
mecanicamente o rolete 1S2, da vá lvula 3/2 vias rolete/mola, nã o havendo necessidade da
intervençã o do operador para o retorno do cilindro. A vá lvula 1S2 pilotará o lado direito da
vá lvula 1V, de modo que cesse a alimentaçã o de ar para o cilindro 1A.
Figura 64: Circuito 4 - Ciclo Único de um Cilindro de Simples Ação Válvula 5/2 Vias
O avanço de um cilindro de dupla açã o pode ser comandado de dois lugares diferentes,
ou seja, dois botõ es-pulso podem ser posicionados em câ maras distintas e efetuarem a mesma
operaçã o, conforme ilustra a Figura 67. Para tanto se utiliza uma vá lvula “OU”. O retorno deverá
ser feito por meio de uma vá lvula 3/2 vias botã o/mola.
Na Figura 68, o ar que passa pela via 1 ou X, desloca o pequeno êmbolo para a direita, de
modo que a passagem de ar da via 3 ou Y para a via 2 ou A seja tampada e o ar passe para a via 2
ou A, de utilizaçã o, para que efetue algum trabalho. Da mesma maneira, se o ar passar pela via 3
ou Y, o êmbolo será deslocado para a esquerda, de modo que a passagem de ar da via 1 ou X para
a via 2 ou A seja impedida. Esta vá lvula é conhecida como “OU” porque o ar passará para a via 2
se vier tanto da via 1 OU da via 3. Caso o ar venha simultaneamente para as vias 1 e 3, o ar
passará normalmente para a via 2. Entretanto, o circuito mais comum é aquele que faz um ciclo
inteiro sem a necessidade de intervençã o do operador, ou seja, o retorno do cilindro apó s atingir
o final de seu curso é realizado automaticamente por algum componente no pró prio circuito. Este
componente é um fim-de-curso, que pode ser do tipo rolete ou do tipo sensor. A Figura 69 ilustra
um circuito desse tipo. Como há a necessidade de uma vá lvula direcional, que direciona o ar para
o atuador, chamamos tal comando de indireto.
Figura 69: Circuito 8 – Ciclo Único de um Cilindro de Dupla Ação Comando Indireto
O diagrama pneumá tico da Figura 69 ilustra um ciclo ú nico de um cilindro de dupla açã o.
E se quiséssemos um atuador que realize um ciclo contínuo ilimitado? A soluçã o seria
simplesmente substituir a vá lvula 3/2 vias botã o pulso/mola por uma vá lvula 3/2 vias botã o
trava/mola? Veja esta soluçã o apresentada na Figura 70. É importante ressaltar que mesmo que
o botã o pulso seja despressionado antes que o atuador alcance o final de seu ciclo, o cilindro
continuará avançando, uma vez que a vá lvula direcional 5/2 vias duplo piloto, uma vez fornecido
ar para uma de suas pilotagens, permanece nesta posiçã o. Por isso é também conhecida como
“válvula memória”, já que memoriza o ú ltimo acionamento.
Figura 70: Circuito 9 – Circuito Incorreto de Ciclo Continuo – Simulado Via Software
No circuito da Figura 71, a vá lvula 3/2 vias rolete/mola 1S2, responsá vel pelo avanço do
cilindro está em contato com o atuador, como pode ser visto pela á rea hachurada do lado do
rolete, o que permite a passagem de ar quando for pressionado o botã o trava da vá lvula 3/2 vias
1S1, pilotando desta forma a vá lvula direcional e permitindo o avanço do atuador. Assim que o
cilindro partir, a vá lvula 1S2 nã o estará mais em contato com o cabeçote do cilindro, retornando,
portanto, à sua posiçã o original (que é Normalmente Fechada – NF), como pode ser percebido
por meio da Figura 72.
Figura 72: Circuito 11 - Ciclo Ilimitado de Cilindro de Dupla Ação - Simulado Via Software
De acordo com a Figura 72, quando o cilindro atingir a vá lvula 1S3, liberando o ar para a
pilotagem direita da vá lvula direcional 5/2 vias, nã o haverá mais ar pilotando o lado esquerdo da
vá lvula, permitindo que a vá lvula direcional retorne à sua posiçã o original e que o cilindro recue,
completando o ciclo. O ciclo será reiniciado automaticamente quando o atuador recuar
completamente, pressionado o rolete da vá lvula 1S2, permitindo novamente a pilotagem
esquerda da vá lvula direcional, formando o ciclo contínuo.
Aqui se torna necessá ria uma pausa para que se possa explicar a numeraçã o das vá lvulas.
Desde o circuito da Figura 69 que o leitor passou a conviver com os nú meros 1S2 E 1S3. Mas o
que significam? A numeraçã o das vá lvulas é importante para que se possam relacionar os
nú meros que ficam ao lado do cilindro com as vá lvulas que estã o no circuito, pilotando outras
vá lvulas. Na Figura 71, é a forma de se saber que a designaçã o 1S3 no fim do curso do cilindro
corresponde à vá lvula da direita, que pilota o retorno da vá lvula direcional 5/2 vias. Esta
numeraçã o segue uma regra, que foi apresentada em tabelas nos itens anteriores. Ao final da
apostila será explicado brevemente como seria a numeraçã o de vá lvulas seguindo a norma
DIN24300.
Suponhamos agora que, num ciclo contínuo, desejemos que o cilindro permaneça
avançado durante 5 segundos. Há a necessidade da inserçã o de uma vá lvula temporizadora no
circuito, conforme pode ser visto na Figura 73.
O princípio construtivo de uma vá lvula temporizadora pode ser visto no apêndice, ao final
desta apostila.
No diagrama pneumá tico da Figura 73, a vá lvula 3/2 vias rolete/mola 1S3 nã o liberará o
ar para pilotar diretamente a vá lvula direcional 5/2 vias. Antes, o ar irá para uma vá lvula
temporizadora, que liberará o ar para pilotagem apó s um certo tempo.
No circuito da Figura 74, foi inserido no ciclo contínuo um botã o de emergência, que faz
com que o cilindro retorne imediatamente, nã o importa qual sua posiçã o. E apó s este retorno,
nã o é possível que se reinicie o ciclo, a menos que o botã o de emergência seja pressionado
novamente, liberando a vá lvula direcional para ser pilotada na via esquerda.
No circuito da Figura 74, vê-se a inserçã o de uma vá lvula do tipo “OU”. Seria possível
construir o diagrama sem esta vá lvula, como está ilustrado na Figura 75?
Figura 75: Circuito 15 - Ciclo Contínuo com Botão de Emergência Incorreto
Se traçá ssemos o circuito de acordo com o que está apresentado na Figura 75, ele estaria
incorreto. O cilindro nã o retornaria apó s pressionar o fim-de-curso 1S3. Por quê? É simples: ao
pressionar 1S3, a vá lvula 3/2 vias deveria enviar ar para a pilotagem direita da vá lvula
direcional. Só que o ar, em vez de pilotar esta vá lvula, irá para o escape da vá lvula de emergência,
fazendo com que o circuito nã o funcione adequadamente e seja considerado errado, como pode
ser percebido por meio da Figura 76.
Figura 76: Circuito 16 - Ciclo Contínuo com Botão de Emergência - Simulado Via Software
A Figura 76 ilustra muito bem este problema. O ar que sai da vá lvula 1S3 irá para o escape
da vá lvula de emergência, como mostram as setas que indicam o sentido do fluxo de ar.
Em todos os circuitos traçados até agora, nã o é possível a regulagem da velocidade de
avanço ou de retorno, que é uma variá vel muito importante na pneumá tica e na hidrá ulica. Como
fazer este ajuste, entã o? Deve-se utilizar uma vá lvula chamada “reguladora de fluxo”. Ajustando-
se o fluxo, regula-se a velocidade também. Isso se torna claro quando se sabe que a vazã o de um
fluido é diretamente proporcional à sua velocidade.
Na Figura 77, percebe-se que se o ar sob pressã o vier da via 2 para a via 1, ele é obrigado a
passar por um estrangulamento, regulado por um parafuso, de acordo com a necessidade do
circuito. O ar nã o consegue passar pela outra via porque há um bloqueio. Se a pressã o for
conectada na via 1 indo no sentido da via 2, esta pressã o é suficiente para vencer a força da mola
e o ar passará livre neste sentido.
Agora, é necessá rio aprender a traçar circuitos com mais de um atuador. Antes, entretanto,
é preciso que se expliquem as diferentes maneiras de representaçã o do movimento dos cilindros
pneumá ticos. As formas mais utilizadas sã o: tabela, digrama trajeto-passo ou trajeto-tempo e
abreviada. Todas elas sã o bastante simples e representam perfeitamente qualquer seqü ência de
movimentos.
Seja, por exemplo, a tabela a seguir:
Esta mesma série de movimentos pode ser representada por meio de um diagrama
trajeto-passo, como representado na Figura 79.
1A+2A+1A-2A-
Chamamos esta seqü ência de direta, pois se a dividirmos ao meio e compararmos os lados
direito e esquerdo, desconsiderando-se os sinais, eles sã o exatamente iguais:
1A+2A+|1A-2A-
1A2A = 1A2A
As seqü ências diretas têm resoluçã o mais simples pelo método intuitivo (aquele que nã o
obedece a uma regra específica, dependendo somente do raciocínio de quem confecciona o
circuito), pois nelas nã o ocorre o problema da contrapressã o (sobreposiçã o de sinais).
A Figura 80 traz a soluçã o da seqü ência 1A+2A+1A-2A- por meio do método intuitivo.
Se tentarmos utilizar o mesmo raciocínio para resolver uma seqü ência indireta,
1A+2A+2A-1A-, vai ocorrer, em um ou vá rios pontos do diagrama, uma sobreposiçã o de sinais.
1A+2A+|2A-1A-
1A2A 2A1A
A seqü ência 1A+2A+2A-1A- é indireta, pois o lado direito é diferente do lado esquerdo.
A Figura 81 traz a soluçã o errada deste problema, resolvida pelo método intuitivo. Como
pode ser observado, há sobreposiçã o de sinais.
Figura 81: Circuito 18 – Diagrama Pneumático da Seqüência 1 A + 2 A + 2 A – 1 A –
Na Figura 81, podemos perceber que, ao ligarmos o compressor, haverá ar sendo enviado
para o lado direito da primeira vá lvula direcional 5/2 vias 1V1, responsá vel pelo avanço do
cilindro 1A. Entã o, ao pressionarmos o botã o pulso 1S1, enviando ar para o lado esquerdo da
vá lvula 1V1, a mesma nã o será pilotada, pois acontecerá o que chamamos de contrapressã o. Há
uma pressã o de igual valor em ambos os lados da vá lvula, o que faz com que a mesma nã o se
mova. Portanto, o cilindro 1A nem chega a avançar, impossibilitando o início do ciclo.
Para que o ciclo se inicie, ao ligarmos o compressor, a vá lvula 3/2 vias 2S1 nã o poderá
estar enviando ar para a vá lvula direcional 1V1.
Podemos começar resolvendo o problema inserindo uma outra vá lvula 5/2 vias. Sua
primeira funçã o é retirar a pressã o da vá lvula 2S1 quando o compressor for ligado.
Na Figura 82, a vá lvula 5/2 vias inserida nã o libera inicialmente o ar para a 3/2 vias 2S1, a
nã o ser quando o seu lado esquerdo for pilotado. Quando será necessá rio que seja liberado o ar
para a vá lvula 2S1? Quando for preciso fazer o retorno do cilindro A. Este retorno é realizado
apó s o avanço de B, segundo a seqü ência 1A+2A+2A-1A-. Utilizaremos entã o o fim-de-curso do
cilindro B, 1S3 para a pilotagem direita desta vá lvula 5/2 vias.
Assim, o ciclo já funcionaria e efetuaria a seqü ência, mas a vá lvula 5/2 vias inserida é
uma vá lvula memó ria, de modo que, para reiniciar o ciclo, quando for pressionado o botã o pulso
que dá início à seqü ência, é necessá ria a pilotagem esquerda desta vá lvula. Assim, a soluçã o
correta e completa pode ser vista na Figura 83.
Figura 83: Circuito 20 - Diagrama da Seqüência 1 A + 2 A + 2 A – 1 A - Método intuitivo
Desta maneira, praticamente todas as seqü ências podem ser confeccionadas utilizando-se
o método intuitivo. Evidentemente, o grau de dificuldade vai aumentando à medida que as
seqü ências sejam mais compridas.
Para simplificar a resoluçã o de seqü ências indiretas, foram criados dois métodos, que
obedecem a regras rígidas de construçã o de circuitos: o método cascata e o método passo-a-
passo.
Como ú ltimo circuito feito pelo método intuitivo, daremos o exemplo de um circuito com
movimento simultâ neo, isto é, dois cilindros realizam movimentos ao mesmo tempo. Seja a
seqü ência 1A+(2A+3A+)2A-(1A-3A-), apresentada na Figura 84.
Figura 84: Circuito 21 – Diagrama da Seqüência 1 A + (2 A + 3 A +)2 A – (1 A – 3 A -) -Método Intuitivo
O método cascata foi criado para evitar o problema da sobreposiçã o de sinais e pode
resolver tanto seqü ências diretas como indiretas. A contrapressã o é evitada porque dividimos a
seqü ência em setores e cada setor pode conter somente um movimento de cada cilindro
pneumá tico.
O primeiro passo para a construçã o de um circuito pneumá tico é a divisã o da seqü ência em
setores:
Resolvendo o diagrama 1A+2A+2A-1A- pelo método cascata, temos:
1A+2A+|2A-1A-
Setor I | Setor II
A divisã o de setores obedece a esta regra: quando uma letra se repetir, inicia-se um novo
setor.
A partir daí determina-se o nú mero de linhas pneumá ticas que controlam a mudança
destes setores. Cada setor tem de possuir uma linha pneumá tica. O nú mero de vá lvulas 5/2 vias
ou 4/2 vias que controlam a mudança de setores é igual ao nú mero de linhas menos um.
Desta forma, a seqü ência 1A+2A+2A-1A-, tem duas linhas e uma vá lvula 5/2 vias, como
pode ser visto na Figura 85.
Figura 85: Cascata Pneumática para dois Setores usando uma Válvula 5/2 Vias
A Figura 86 apresenta uma cascata pneumá tica para dois setores utilizando uma vá lvula
4/2 vias.
Figura 86: Cascata pneumática para dois Setores usando uma Válvula 4/2 Vias
Nas Figuras 85 e 86, podemos perceber que a linha que inicia pressurizada é sempre a
ú ltima. É uma outra regra do método.
Figura 88: Cascata Pneumática para quatro Setores usando três Válvulas 5/2 Vias
A Figura 89 apresenta uma cascata pneumá tica para quatro setores utilizando vá lvulas
4/2 vias.
Figura 89: Cascata Pneumática para quatro Setores usando três Válvulas 4/2 Vias
Como funciona esta cascata? Vamos dar uma olhada na cascata da Figura 88. A ú ltima
linha começa pressurizada. A primeira açã o é pilotar a ú ltima vá lvula 5/2 vias, passando a
pressã o para a primeira linha, como pode ser visto na Figura 90.
Figura 90: Cascata Pneumática de quatro Setores - A Ultima Válvula 5/2 que é Pilotada
A mudança do ar da linha II para a linha III pode ser feita pilotando-se a penú ltima
vá lvula 5/2 vias, como pode ser visto na Figura 91.
Figura 91: Cascata para quatro Setores a Penúltima Válvula é Pilotada
Ao pilotarmos a primeira vá lvula 5/2 vias, a pressã o passa para a linha III, de acordo
com a Figura 92.
Para que o ar retorne para a ú ltima linha, a de nú mero IV, é necessá rio que as três
vá lvulas sejam pilotadas de volta, voltando à posiçã o original, como pode ser visto na Figura 93.
Figura 93: Cascata para quatro Setores a Linha IV está Pressurizada
A Figura 40 traz a soluçã o pelo método cascata para a seqü ência 1A+2A+2A-1A-.
Na Figura 94, os fins-de-curso tipo rolete 1S2, 1S3, 2S1 E 2S2 sã o responsá veis pelo avanço
e retorno dos cilindros, bem como pela mudança de linhas. Nesta mesma figura, a linha II
representa o setor II, no qual sã o feitos os movimentos de retorno dos cilindros pneumá ticos A e
B e a linha I representa o setor I, no qual sã o feitos os movimentos de avanço dos cilindros A e B.
Para traçar um diagrama pneumá tico para uma seqü ência de três setores, há a necessidade
de se utilizarem duas vá lvulas 5/2 vias duplo piloto para o direcionamento da pressã o para todas
as linhas do circuito. Entretanto, isso nã o implica dizer que nã o se possa usar mais vá lvulas 5/2
vias no circuito. Tanto é que há mais vá lvulas 5/2 vias em todo o circuito, que sã o as direcionais
utilizadas em todos os atuadores para a confecçã o de seqü ências indiretas. O que nã o pode ser
feita no método cascata é a utilizaçã o de outras vá lvulas 5/2 vias para o controle da mudança do
ar nas três linhas pneumá ticas.
Para que a pressã o retorne, ao final do ciclo, para a ú ltima linha, é necessá rio que a vá lvula
3S2 pilote simultaneamente as duas vá lvulas 5/2 vias.
A pró xima seqü ência, 1A+2A+3A+(3A-2A-)1A- traz um movimento simultâ neo, ou seja,
os cilindros 3A e 2A retornam ao mesmo tempo. Esse movimento é representado entre
parênteses, como foi visto no circuito da Figura 30. O circuito pode ser estudado por meio da
Figura 96.
A Figura 97 traz um diagrama traçado pelo método cascata, em que um cilindro repete
um determinado movimento. Chamemos a esse tipo de circuito de cascata com repetiçã o de
movimento. A seqü ência é 1A+2A+2A-1A-1A+1A-.
Figura 97: Circuito 25 – Diagrama Cascata para a Seqüência 1 A + 2 A + 2 A – 1 A – 1 A + 1 A –
Nesta metodologia para resoluçã o de circuitos pneumá ticos, a ú ltima linha também
sempre começa pressurizada, como no método cascata.
Na Figura 98, podemos perceber que a linha IV começa pressurizada. A primeira açã o a ser
tomada é a despressurizaçã o desta ú ltima linha e a pressurizaçã o da primeira. Para mudarmos a
pressã o para a primeira linha, utilizamos um botã o pulso que pilotará uma vá lvula 3/2 vias duplo
piloto. Para retirarmos o ar da ú ltima linha, utilizamos o ar que agora está na primeira linha para
pilotar a ú ltima vá lvula, que dava pressã o à linha IV.
Agora temos a linha I pressurizada e podemos começar a seqü ência de movimentos com o
avanço do cilindro A.
De acordo com o circuito apresentado na Figura 99, pode-se perceber que o ar agora foi
direcionado para a segunda linha. Para tanto, utilizou-se a vá lvula 2.2, fim-de- curso do atuador
A. Emprega-se o ar que passa para a linha II para a pilotagem da vá lvula anterior, de modo que a
linha I seja despressurizada.
A partir deste raciocínio, pode-se estabelecer uma regra geral para a confecçã o de circuitos
pelo método passo-a-passo: a ú ltima linha inicia pressurizada. A primeira açã o é despressurizar
esta ú ltima linha e pressurizar a primeira. Depois se despressuriza a primeira linha e pressuriza a
segunda e assim por diante. Utiliza-se o ar que está na linha N+1 para pilotar o retorno da vá lvula
que pressurizou a linha N. A tomada de ar utilizado nos fins-de-curso que pilotam as vá lvulas 3/2
vias responsá veis pela pressurizaçã o das linhas é feita da seguinte maneira: se a vá lvula vai
pressurizar a linha N, o ar é pego da linha N-1.
O ar pode ser puxado diretamente das linhas para as vá lvulas direcionais, responsá veis
pelo avanço e retorno dos atuadores, respeitando a seqü ência que se quer traçar.
A Figura 100 apresenta o circuito pneumá tico traçado pelo método passo-a-passo da
seqü ência 1A+2A+2A-1A-.
Figura 100: Circuito 28 - Circuito Passo-a-Passo da Seqüência 1 A + 2 A + 2 A - 1 A –
Para que o aluno possa estudar um outro circuito, é apresentado na Figura 101 o diagrama
pneumá tico da seqü ência 1A+1A-2A+2A-, traçado utilizando-se o método passo-a-passo. Estas
seqü ências apresentadas sã o clá ssicas e aplicaçõ es podem ser vistas na lista de exercícios desta
apostila, contida no apêndice. É importante que o aluno sempre imagine uma aplicaçã o para estas
seqü ências que está traçando, para que o estudo nã o fique muito restrito à traçagem de circuitos.
A teoria física que envolve a manipulaçã o de cilindros é muito importante e deve ser sempre
recordada! É importante nã o se esquecer que o método passo-a-passo é mais simples para ser
seguido, mas cada um dos métodos utilizados tem suas vantagens e desvantagens e se eles
existem é porque têm sua aplicaçã o na indú stria.
A Figura 102 mostra um circuito traçado pelo método passo-a-passo para a seqü ência
1A+2A+1A-1A+2A-1A-. É uma seqü ência complicada, mas ainda assim, pode- se perceber que o
circuito obtido é mais simples do que aquele obtido por meio do método cascata.
O aluno pode se fazer a seguinte pergunta, ao perceber que todos os circuitos foram
traçados com vá lvulas direcionais 5/2 vias DUPLO PILOTO: nã o é possível utilizar vá lvulas
direcionais simples piloto? Aqui, para responder esta questã o, seria conveniente que este aluno
tentasse traçar o circuito da Figura 101, por exemplo, para ele mesmo responder esta questã o.
Uma outra dica, para finalizar este método, é que o aluno utilize um software como o
Fluidsim para traçar seus circuitos, mas que nã o fique preso a tentativas e erros, permitidas por
qualquer programa computacional, mas que compreenda de fato o que está fazendo.
Figura 102: Circuito 30 – Circuito Passo-a-Passo da Seqüência 1 A + 2 A + 1 A – 1 A + 2 A – 1 A –
Pode-se perceber na Figura 102, que o circuito possui 6 linhas pneumá ticas. No método
passo-a-passo cada movimento corresponde a um setor e conseqü entemente a uma linha
pneumá tica.
O diagrama pneumá tico da Figuras 102 foi traçado utilizando-se apenas dois fins-de-curso
do tipo rolete por cilindro. Isso faz com que cada rolete assuma duas funçõ es, como foi dito nos
pará grafos anteriores. Portanto, cada rolete que realiza mais de uma funçã o deverá alimentar
uma vá lvula 5/2 vias (cada via de utilizaçã o desta vá lvula realizará uma tarefa de um rolete).
Desta maneira, uma via da vá lvula 5/2 vias realizará a tarefa do rolete 1S3 (avanço do cilindro
2A) e a outra via realizará a tarefa de retorno do cilindro 2A. As demais regras do método passo-
a-passo devem ser obedecidas. Desta maneira, o nú mero de vá lvulas 3/2 vias que alimentam as
linhas corresponde ao nú mero de linhas, no caso seis, a linha posterior pilota o retorno da
vá lvula anterior, que pressurizava a linha anterior. O ar para a pilotagem da vá lvula que
pressuriza a linha posterior é retirado da linha anterior e assim por diante. As normas do método
passo-a- passo nã o sofrem nenhuma modificaçã o.
Quanto menor o nú mero de fins-de-curso, melhor para a montagem prá tica do circuito.
Isso porque é difícil o posicionamento de roletes nas má quinas. Há todo um aparato necessá rio
para a inserçã o de fins-de-curso na indú stria e quanto maior o nú mero maior a complexidade da
instalaçã o. Lembre-se que cada fim-de-curso corresponde a uma nova vá lvula, a conexõ es
pneumá ticas (mais tubos), a confecçã o de suportes, de modo que o melhor projeto é aquele com
menos nú meros de fins-de-curso.
10.ELETRO-PNEUMÁTICA
10.1.1. Relê
O relê é uma bobina que, ao ser energizada, produz um campo magnético capaz de atrair
contatos elétricos. Assim, ao se energizar a bobina de um relê, todos os seus contatos sã o
invertidos e ao desenergizá -la, todos estes contatos voltam à sua posiçã o original. A Figura 103
ilustra um relê K1, com quatro contatos (dois normalmente abertos NA e dois normalmente
fechados NF).
Ao se energizar a bobina deste relê K1, todos os seus contatos têm sua posiçã o invertida,
como é ilustrado na Figura 104.
Figura 104: Relê K1 Energizado com 2 contatos NA e 2 Contatos NF
A Figura 105 traz uma foto de uma caixa de relês, contendo três bobinas, cada uma com
quatro contatos, fabricada pela Festo.
10.1.2. Botoeira
10.1.3. Solenóide
O solenó ide também é um ímã permanente e tem a finalidade de atrair o eixo das
vá lvulas, responsá vel pela pilotagem das mesmas. Na Figura 107 é apresentada uma vá lvula 5/2
vias simples solenó ide.
Figura 107: Válvula 5/2 Vias com Solenóide Simples
No circuito da Figura 108, nã o se pode dizer que o cilindro realiza um curso. Isto porque a
vá lvula direcional 3/2 vias simples solenó ide 1V se manterá acionada somente o tempo em que o
operador mantiver o botã o S1 pressionado. Assim que o botã o S1 for desacionado, cessará o
envio de energia elétrica para o solenó ide 1Y, fazendo com que a vá lvula 1V retorne e que o
atuador 1A também retorne.
Ainda na Figura 108, pode-se notar que os contatos do botã o e do solenó ide estã o
numerados.
Contatos normais fechados recebem a numeraçã o 1 e 2 enquanto que contatos normais abertos
recebem a numeraçã o 3 e 4. Estes nú meros ocupam a segunda posiçã o na numeraçã o dos
contatos do circuito. O primeiro algarismo se refere ao nú mero de um determinado componente.
Se o circuito possuir dois contatos, o primeiro receberá a numeraçã o “1” e o segundo a
numeraçã o “2”. Assim, os contatos de S1, ú nico e normal aberto, recebe a numeraçã o 13 e 14. (1
porque é o ú nico contato de S1 e 3 e 4 porque este contato é normal aberto).
Agora se tem dois contatos de um mesmo componente (um botã o pulso S1). Entã o, os
contatos do primeiro componente recebe a numeraçã o 13 e 14 (1 porque é o primeiro contato do
componente e 3 e 4 porque o contato é normal aberto) e o segundo contato do botã o S1 recebe a
numeraçã o 21 e 22 (2 porque é o segundo contato de S1 e 1 e 2 porque este contato é normal
fechado).
No circuito da Figura 110, para se garantir que o cilindro chegue até o final de seu curso,
coloca-se um botã o trava. Assim, somente quando ele for pressionado novamente é que cessará o
envio de energia elétrica para o solenó ide e a vá lvula e o cilindro retornarã o.
Figura 110: Circuito Eletro-Pneumático com Botão com Trava
O retorno das vá lvulas simples solenó ide é feito pela mola. Para que a vá lvula permaneça
pilotada, é necessá rio que o solenó ide 1Y esteja energizado, vencendo a força da mola. No circuito
da Figura 110, o solenó ide foi mantido energizado por meio de um botã o trava. Mas seria
possível manter o solenó ide energizado com um botã o pulso? Sim, mas há a necessidade de se
utilizar um relê.
No circuito da Figura 111, pode-se perceber uma ramificaçã o na linha 1, em que foi
inserido um contato do relê K1. No detalhe na Figura 112.
Figure 112: Selo ou Auto-retenção de K1
Um relê trabalha da seguinte maneira: quando sua bobina é energizada, ele inverte TODOS
os contatos. Assim que a bobina for desenergizada, TODOS os contatos voltam à posiçã o original.
Na Figura 112 está ilustrado o que se chama por “selo” ou auto-retençã o. Assim que a
bobina do relê K1 é energizada pelo botã o pulso S1, ela inverte seus contatos. Desta forma,
mesmo que o botã o S1 seja desacionado, o relê K1 se mantém energizado por meio de um de seus
contatos (13 e 14). Este artifício recebe o nome de “selo” e é usado para manter o solenó ide 1Y
energizado, garantindo que o cilindro vá até o final de seu curso.
No circuito da Figura 62, foi necessá ria a utilizaçã o de uma vá lvula 3/2 vias porque o
atuador é de simples açã o. O retorno é automá tico porque, quando o cilindro bater no rolete 1S,
ele abrirá seu contato, desenergizando o relê K1 e conseqü entemente o solenó ide 1Y.
É importante ressaltar que o piloto das eletrová lvulas apresentadas até aqui é feito
diretamente pelo solenó ide, ou seja, ele atua no pró prio eixo da vá lvula, direcionando o ar. Há
uma maneira mais segura de se pilotar as eletrová lvulas, indireta, em que o solenó ide desloca um
eixo secundá rio, que permite a passagem de ar para a pilotagem do eixo que direciona o ar. Esta
maneira de se pilotar a vá lvula, chamada de servocomando, é mostrada no circuito da Figura 116.
Figure 116: Ciclo Único com Cilindro de Dupla Ação com Dupla Pilotagem
No circuito da Figura 116, a vá lvula 1V é chamada de 5/2 vias duplo servocomando. Para
se energizar o solenó ide 1Y1, utiliza-se um botã o pulso S1. Um pulso somente basta para
energizar 1Y1. A vá lvula se manterá pilotada até que seja fornecida energia elétrica para o
solenó ide 1Y2. Esta vá lvula é também conhecida como “vá lvula memó ria”, pois memoriza o
ú ltimo acionamento. Neste circuito nã o há necessidade de auto-retençã o, porque o solenó ide nã o
precisa se manter energizado até que o cilindro atinja o fim de seu curso.
O cilindro da Figura 116 realiza somente um ciclo ú nico. Se o operador mantiver o botã o
S1 pressionado, o atuador avançará e nã o retornará até que ele retire seu dedo do botã o pulso.
Isso porque quando o cilindro chegar até o fim-de-curso 1S, energizando 1Y2, 1Y1 ainda estará
energizado, o que resultará em contrapressã o. A vá lvula 1V, neste caso, nã o poderá ser pilotada
para que o cilindro retorne.
Para que seja feito um ciclo contínuo, quando o cilindro chegar até o rolete 1S1, para
energizar 1Y2, 1Y1 deve estar desenergizado, para nã o ocorrer contrapressã o. Insere-se no
circuito um novo fim-de-curso 1S1, normal aberto, no curso de retorno do cilindro. O contato do
fim-de-curso S3 é representado fechado no circuito (embora possa ser reconhecido como normal
aberto por dois fatores – seus contatos recebem a numeraçã o 13 e 14 e também há uma seta em
cima de 1S1, representando o cames). Chamamos este contato de normal aberto e inicialmente
fechado.
Assim, no circuito da Figura 117, quando o cilindro partir, ele deixará de estar em
contato com 1S1, que tem seus contatos voltados ao que sã o realmente (abertos).
Quando o cilindro atingir 1S2 para energizar 1Y2, como 1S1 está aberto, nã o haverá
energia elétrica em 1Y1, nã o havendo, portanto, o perigo de contrapressã o. O cilindro realizará
um ciclo contínuo.
A Figura 118 apresenta um circuito contínuo ilimitado traçado com uma vá lvula
direcional 5/2 vias simples servocomando.
Figura 118: Ciclo Contínuo com Cilindro Dupla Ação com Dupla Pilotagem
No circuito da Figura 118, o fim-de-curso 1S1 é utilizado somente para que o relê K1 nã o
seja energizado novamente apó s a quebra do selo por 1S2. Quando o atuador começa seu
retorno, 1S2 fecha novamente seus contatos. Se nã o existisse 1S1, assim que o contato 1S2 fosse
fechado, a bobina do relê K1 se energizaria novamente.
Nos circuitos das Figuras 117 e 118 serã o inseridos botõ es de emergência. Há vá rios
princípios de funcionamento dos botõ es de emergência, que aos poucos serã o apresentados
nesta apostila. O mais usado é aquele que faz com que o cilindro retorne imediatamente quando
pressionado, nã o importa em que posiçã o esteja. Para que isso aconteça, no caso de vá lvulas
duplo solenó ide ou duplo servocomando, deve-se desenergizar o solenó ide responsá vel pelo
piloto esquerdo da vá lvula e energizar o solenó ide responsá vel pelo retorno do cilindro,
conforme é apresentado na Figura 119.
Figura 119: Ciclo Contínuo com Botão de Emergência
Para o caso do ciclo contínuo realizado com uma vá lvula simples solenó ide, a soluçã o é
mais simples. Basta que se desenergize o solenó ide responsá vel pela pilotagem da vá lvula e
conseqü ente avanço do atuador.
Figura 120: Ciclo Contínuo com Cilindro Dupla Ação e Válvula 5/2 Vias
No circuito da Figura 120, o botã o de emergência é o S2. Sua funçã o é desativar a fonte,
nã o permitindo que chegue mais energia elétrica a nenhum ponto do circuito. Desta forma, com
1Y desenergizado, a mola pilota o retorno da vá lvula 1V e o cilindro retorna, nã o importa em que
posiçã o esteja.
Os exemplos das Figuras 117 a 120 trazem ciclos contínuos ilimitados. E se desejarmos
um ciclo contínuo limitado, ou seja, se quisermos que um atuador efetue cinco ciclos e depois
pare? Para resolvermos este problema, necessitamos de um relê contador, como pode ser visto
na Figura 121.
O relê contador leva a nomenclatura KC e possui duas bobinas, uma contadora e outra
zeradora. Os contatos da bobina contadora levam a numeraçã o A1 e A2 e toda vez que for
energizada conta um nú mero. Desta maneira, ao energizarmos uma vez (e apó s desenergizarmos,
claro) a bobina contadora de Kc, ela registrará o nú mero 1. A segunda vez o nú mero 2 e assim por
diante, até atingir o nú mero predeterminado. Ao atingir este nú mero, seu contato é invertido.
Este contato só voltará à posiçã o original quando o relê contador for zerado. Para isso, utilizados
a bobina zeradora, cujos contatos sã o representados pela numeraçã o R1 e R2. No circuito da
Figura 68, toda vez que o atuador bater no fim-de-curso S2, energizará a bobina contadora do
relê contador, contando um ciclo. Quando bater cinco vezes em S2, inverterá o contado de KC,
nã o permitindo mais que 1Y1 seja energizado. Para reiniciar um novo ciclo, o botã o S1 deverá ser
pressionado novamente, o que faz com que a bobina zeradora seja energizada, zerando o relê
contador e permitindo que ser reinicie um novo ciclo.
A Figura 122 apresenta uma foto de um contador digital, fabricado pela Festo.
Figura 122: Contador Digital
Há também um outro tipo de relê especial que é de grande importância para a eletro-
pneumá tica. É o relê temporizador. Há dois tipos construtivos: o relê temporizador com retardo
no energizar e o relê temporizador com retardo no desenergizar, cujos símbolos estã o
apresentados na Figura 124.
Já o relê temporizador com retardo no energizar trabalha de modo diferente: quando sua
bobina é energizada, ele começa a contar o tempo predeterminado. Quando este tempo for
vencido, seus contatos sã o invertidos. Assim que sua bobina é desenergizada, ele inverte
imediatamente seus contatos, que voltam à posiçã o original.
Observe, na Figura 126, que os contatos de um relê temporizador têm uma numeraçã o
diferente: 7 e 8 para contatos abertos e 5 e 6 para contatos fechados.
Figura 127: Ciclo Contínuo Cilindro Avança por 5 Segundos com Válvula de 3/2 vias
Para circuitos que acionam má quinas que oferecem perigo ao usuá rio, como prensas, é
necessá ria a confecçã o de circuitos em que o operador mantenha as duas mã os ocupadas.
Chamamos a estes comandos de bimanuais. Há desde os bastante simples, que nã o sã o muito
seguros, até os mais complexos, evidentemente com dispositivos e soluçõ es que oferecem muito
mais segurança. Um circuito com comando bimanual é apresentado na Figura 129.
No circuito da Figura 129, o solenó ide 1Y1 só será energizado quando o operador
pressionar os dois botõ es pulso, S1 e S2. Entretanto, é fá cil driblar esta limitaçã o, bastando que o
operador fixe um dos dois botõ es com uma fita adesiva, mantendo uma das mã os livres e
acionando o circuito com apenas um botã o.
O circuito da Figura 130 é clá ssico. Se o operá rio demorar mais de dois segundos para
acionar os dois botõ es S1 e S2, o cilindro nã o parte mais. Desta forma, nã o adiantará nada se ele
fixar um dos dois botõ es, para tentar manter uma mã o livre. A funçã o do relê temporizador K3 é
somente marcar este tempo. Uma vez que o operador tenha acionado os dois botõ es num
intervalo menor que dois segundos, pode-se tirá -lo de operaçã o. Para isso, é utilizado um contato
do relê K4. Se o operador acionar os dois botõ es num intervalo menor do que dois segundos,
energizará a bobina do relê K4, que desativará o relê temporizador K3 e energizará o solenó ide
1Y1, fazendo com que o cilindro parta.
Quando o atuador chegar ao fim de seu curso e pressionar o rolete S3, energizará o
solenó ide 1Y2, responsá vel pelo retorno da vá lvula à sua posiçã o normal e pelo retorno do
cilindro.
Na Figura 131, o botã o S3 ao ser pressionado energiza a bobina do relê K5, que utilza seu
contato 33, 34 para se manter energizado e o contato 11, 12 para desenergizar 1Y1. O contato 23,
24 de K5 é usado para energizar 1Y2. É o botã o de emergência. S4 é utilizado para quebrar o selo
de K5 e permitir que se reinicie o ciclo. O circuito bimanual para o caso de se usar uma vá lvula
direcional 5/2 vias simples servocomando é apresentado na Figura 132.
Na Figura 132, o botã o S3 ao ser pressionado energiza o relê K5, que utiliza seu contato
33, 34 para se manter energizado e o contato 11, 12 para desenergizar 1Y1 e 23, 24 para
energizar 1Y2. S3 é o botã o de emergência. O botã o S4 é utilizado para quebrar o selo de K5 e
permitir que se reinicie o ciclo. No circuito com simples sevocomando, há a necessidade de se
manter o solenó ide 1Y1 energizado até que o cilindro chegue ao seu fim de curso e acione S3.
Para que isso aconteça, é necessá rio que o relê K4 tenha uma auto-retençã o. Quando o atuador
chegar em 1S, este rolete quebrará o selo, para que a mola da vá lvula 1V atue e a pilote de volta,
fazendo com que o cilindro retorne. É usado o relê K5, energizado pelo rolete 1S, para efetuar
esta tarefa. O botã o S4 é responsá vel pela quebra do selo do relê K6, quando o botã o de
emergência é acionado. S6 é comumente chamado de botã o zerador.
Figura 132: Circuito com Comando Bimanual com Botão de Emergência com Válvula 5/2 Vias
Seja a seqü ência 1A+2A+1A-2A-. A Figura 80 apresenta o diagrama eletro- pneumá tico
capaz de realizar estes movimentos.
Figura 133: Circuito da Seqüência 1 A + 2 A + 1 A - 2 A –
Esta seqü ência é chamada de direta. Se separarmos a seqü ência de movimentos na metade
e compararmos ambos os lados, veremos que um é exatamente igual ao outro, desprezando-se os
sinais:
1A+2A+|1A-2A-
1A2A = 1A2A
No circuito da Figura 133, os solenó ides sã o numerados de acordo com a seguinte regra:
Por exemplo, seja o solenó ide 1Y1 – o primeiro nú mero “1” diz respeito ao cilindro 1A e o
ú ltimo nú mero significa que ele é o primeiro solenó ide do cilindro 1A. O mesmo raciocino pode
ser aplicado para o solenó ide 2Y2 – o primeiro nú mero “2” diz respeito ao fato de que ele
pertence à vá lvula direcional que pilota o cilindro 2A e o ú ltimo nú mero significa que é o segundo
solenó ide da vá lvula, ou o solenó ide da direita. Ao se pressionar o botã o pulso S1, energiza-se o
solenó ide 1Y1 e a vá lvula 1V1 é pilotada, enviando ar para a câ mara de avanço do cilindro 1A,
como pode ser visto na Figura 134.
Ao avançar, o cilindro 1A pressiona o fim-de-curso 1S2, que energizará 2Y1, para que o
cilndro 2A possa avançar, como pode ser visto na Figura 135. Ao avançar, o cilindro 1A deixa de
estar em contato com o fim-de-curso 1S1, cujo contato se abre.
Figura 135: Circuito da Seqüência 1 A + 2 A + 1 A - 2 A – Simulado Via Software
Ao avançar, o cilindro 2A pressiona o fim-de-curso 2S2, que energizará o solenó ide 1Y2,
responsá vel pelo retorno do cilindro 1A, como pode ser visto na Figura 136.
Figura 136: Circuito Eletro-Pneumatico da seqüência 1 A + 2 A + 1 A - 2 A –
No circuito da Figura 137, percebe-se que o solenó ide 2Y2 já é energizado assim que a
fonte for ligada. Isso pode ser evitado se inserir um outro fim-de-curso no cilindro 2A. A Figura
138 apresenta este novo circuito.
Figura 138: Circuito Eletro pneumático da Seqüência 1 A + 2 A + 1 A - 2 A –
É importante perceber que o contato 1S1 é normal aberto (está inicialmente fechado
porque está em contato com o cames do cilindro) e por isso recebe a numeraçã o 13 e 14. O
contato 2S1 é normal fechado e por isso recebe a numeraçã o 11 e 12 (está inicialmente aberto
porque em contato com o cames).
Esta seqü ência pode ser traçada utilizando-se vá lvulas simples solenó ide, como pode ser
visto na Figura 139.
Figura 139: Circuito Eletro Pneumático da Seqüência 1 A + 2 A + 1 A - 2 A –
Para que nã o ocorra um retorno do cilindro quando o botã o pulso S1 nã o estiver mais
pressionado, utiliza-se uma auto-retençã o no relê K1, como pode ser visto na Figura 86. O
retorno do cilindro é feito ao se desenergizar K1, quebrando seu selo. Para isso é utilizado o fim
de curso 2S2.
Como no método cascata para um circuito puramente pneumá tico, a primeira tarefa a ser
efetuada é a divisã o da seqü ência em setores ou linhas. Seja, por exemplo, a seqü ência
1A+2A+2A-1A-. Esta seqü ência pode ser dividida em dois setores:
1A+2A+|2A-1A-
Setor I | Setor II
Se na pneumá tica o nú mero de vá lvulas 5/2 vias ou 4/2 vias responsá veis pela mudança
de linhas era igual ao nú mero de setores menos 1, aqui estas vá lvulas sã o substituídas por relês.
Portanto, o nú mero de relês responsá veis pela mudança das linhas elétricas é igual ao
nú mero de setores menos um. Isso nã o quer dizer que no circuito nã o possa haver um nú mero
maior de relês.
Este nú mero (setores menos um) é somente para os relês da cascata.
O segundo passo é traçar a cascata elétrica. Para dois setores (ou duas linhas), a cascata é
da seguinte forma:
E assim por diante. Sempre com dois contatos de cada relê em paralelo. Essa estrutura se
deve ao fato de que a linha II deva depender da linha I, a linha III dependa da linha II para ser
energizada e assim por diante. Também porque, ao se energizar a linha II, a linha I seja
desenergizada. Ao se desenergizar a linha III, a linha II deve ser desenergizada e assim por diante.
No Método Cascata puramente pneumá tico, a ú ltima linha sempre iniciava a seqü ência de
movimentos pressurizada. Aqui a ú ltima linha inicia a seqü ência energizada.
O raciocínio continua o mesmo que para o Método Cascata puramente pneumá tico: A
ú ltima linha é desenergizada para que se energize a linha seguinte, que por sua vez será
desenergizada para energizar a seguinte e assim por diante. Entã o, para quatro setores, a Linha
IV será denergizada e a Linha I se energiza. Ao se desenergizar a Linha I, a Linha II é
imediatamente energizada e assim por diante. Para a mudança de linha, analogamente ao Método
Cascata puramente pneumá tico, em que deviam ser pilotadas vá lvulas 5/2 vias, aqui devem ser
energizadas as bobinas dos relês.
A quantidade de relês utilizados na mudança de linhas é igual ao nú mero de setores
menos um. Para quatro setores tem-se, portanto, 3 relês.
O pró ximo passo é inserir todos os solenó ides e relês, como pode ser visto na Figura 144.
Figura 144: Primeiro Passo na Construção - Cascata da Seqüência 1 A + 2 A + 2 A - 1 A –
Evidentemente os solenó ides 1Y1 e 2Y1 nã o podem ficar acionados desta maneira e
tampouco 2Y1 e 2Y2, senã o acarretaria movimentos simultâ neos e desordenados.
Basta, entã o, inserir os fins-de-curso, responsá veis pela organizaçã o da seqü ência de
movimentos, o que resulta no circuito da Figura 145.
Figura 145: Cascata da Seqüência 1 A + 2 A + 2 A - 1 A –
Na Figura 145, ao ser pressionado o botã o pulso S1, a bobina do relê K1 é energizada, o
que faz com que os contatos de K1 sejam invertidos. O primeiro contato, 13 e 14, é responsá vel
pelo selo ou auto-retençã o no relê K1. Ou seja, o relê utiliza um de seus contatos para se manter
energizado apó s a abertura de S1. Os outros dois contatos de K1, 23 e 24, 31 e 32 sã o
responsá veis pela mudança de linha. Ao se fechar o contato 23 e 24, a energizaçã o passa para a
linha I e ao se abrir o contato 31 e 32, esta linha II passa a ficar desenergizada.
Como o relê K1 está diretamente ligado do contato 23 e 24 de K1, ele é energizado assim
que esta mudança de linha é feita, proporcionando o avanço do cilindro 1A, como pode ser visto
na Figura 146.
É importante observar que este método foi criado para evitar qualquer sobreposiçã o de
sinal (contrapressã o). Isto ocorre porque nã o ocorre avanço e retorno de um cilindro na mesma
linha.
Um exemplo de que o botã o pulso S1 pode ser trocado de lugar é o circuito da Figura
149.
No circuito da Figura 149, para facilitar a montagem do circuito, a separaçã o dos setores é
feita da seguinte maneira:
1A+|1A-2A+|2A-
Setor II | Setor I |Setor II
A Figura 150 apresenta um circuito eletro-pneumá tico da seqü ência 1A+1A- 2A+2A-,
traçado utilizando-se três linhas (três setores). Para a transferência da energia da Linha III para a
Linha I (na qual ocorre o avanço do cilindro 1A), utiliza-se o relê K1 e para a mudança de energia
da Linha I para a II, utiliza-se o relê K2. Para que a energia volte para a Linha III, é importante que
se desenergizem os relês K1 e K2. A desenergizaçã o de somente do relê K1 implica em que, se
o operador quiser iniciar um novo ciclo, isto nã o será possível porque a cascata nã o foi
inteiramente desenergizada.
Há uma questã o importante a ser tratada: por que nã o sã o utilizadas vá lvulas direcionais
5/2 vias simples servocomando para se traçar os circuitos com o método cascata? Estas vá lvulas
sã o mais baratas e com vida ú til maior, mas só é aplicá vel em algumas seqü ências bem
particulares. Isto porque, quando acontece as mudanças de linhas, há a possibilidade de
desenergizaçã o dos solenó ides de avanço. No caso das vá lvulas duplo servocomando nã o há
problema, porque elas memorizam o ú ltimo acionamento. Mas no caso das vá lvulas simples
servocomando isso pode implicar em retorno indesejado de um cilindro no instante errado,
comprometendo a seqü ência de movimentos desejada.
Para ilustrar um circuito com três cilindros, é apresentada na Figura 151 a resoluçã o da
seqü ência 1A+1A-2A+3A+3A-2A-, com três setores.
Desta maneira, o solenó ide responsá vel pela pilotagem esquerda da vá lvula 1V1 e
conseqü entemente responsá vel pelo avanço do cilindro 1A recebe o nú mero 1Y1. Seguindo a
leitura da seqü ência da esquerda para direita, vai-se numerando os solenó ides na ordem
crescente.
O mesmo pode ser feito com os fins-de-curso, iniciando a contagem em 1S1.
A Figura 152 apresenta um circuito com quatro setores e dois atuadores, que realizam a
seqü ência A+B+B-A-B+B-.
A forma de se dividir uma seqü ência em setores ou linhas pelo Método Passo-a- passo é a
mesma da pneumá tica pura, ou seja, cada movimento representa um setor.
Como pode ser visto na Figura 153, os quatro primeiros relês (K1 a K4) fazem auto-
retençã o e energizam o relê seguinte por meio de um contato aberto inserido acima da bobina. O
relê K5, o ú ltimo, nã o faz auto-retençã o. O relê K1 energiza 1Y1 e inicia a seqü ência de
movimentos. O relê K2 energiza 1Y2, dando seqü ência ao circuito. O relê K3 energiza 2Y1 e K4
energiza 2Y2. Entretanto, ao energizar o relê K3, K2 ainda está energizado, o que impossibilitaria
o retorno de 2A, já que ocorreria contrapressã o. A soluçã o é inserir um contato fechado do relê
K3 na linha do solenó ide 2Y1 (linha 11), de modo que quando 2Y2 for energizado 2Y1 seja
desenergizado, evitando assim a contrapressã o. Este cuidado deve ser sempre tomado. Basta
olhar os solenó ides de uma mesma vá lvula – 1Y1 e 1Y2 da vá lvula 1V1 e 2Y1 e 2Y2 da vá lvula
2V2. Perceba, nas linhas 10 e 11 os contatos fechados de K4 e K3, respectivamente.
A Figura 154 apresenta um circuito eletro-pneumá tico da seqü ência 1A+1A- 2A+2A-,
traçado utilizando-se o Método Passo-a-Passo.
Na Figura 154, pode-se perceber novamente os contatos fechados nas linhas dos
solenó ides, para evitar contrapressã o. Assim, na linha 10, tem-se um contato de K2, pois na
vá lvula 1V1 nã o podem ser energizados ao mesmo tempo 1Y1 e 1Y2. E na vá lvula 2V1, nã o pode
ocorrer contrapressã o e, portanto, nã o podem ser acionados 2Y1 e 2Y2 simultaneamente.
A Figura 155 apresenta um circuito eletro-pneumá tico com três atuadores, para a
seqü ência 1A+2A+3A+3A-2A-1A-.
A Figura 156 apresenta um circuito eletro-pneumá tico pelo método passo-a- passo para
a seqü ência 1A+(2A+3A+)3A-2A-1A. Os parênteses representam movimento simultâ neo.
Figura 155: Circuito com Três Cilindros
Como pode ser visto na Figura 156, tem-se apenas seis relês. Isso porque o movimento
simultâ neo é contado como somente um movimento. Assim: 1A+|(2A+3A+)|3A-|2A-|1A-
Figura 156: Circuito Eletro Pneumático pelo Método Passo a Passo
É importante relembrar que os dois solenó ides de uma mesma vá lvula nã o podem estar
energizados simultaneamente. Deve-se prestar muita atençã o aos solenó ides 1Y1 e 1Y2, 2Y1 e
2Y2 e 3Y1 e 3Y2, que sã o os pares das três vá lvulas, 1V1, 2V1 e 3V1, simultaneamente. A
seqü ência ilustrada no circuito da Figura 157 é a mesma da Figura 100, ou seja, 1A+(2A+3A+)3A-
2A-1A-, traçada pelo método passo-a-passo, mas desta vez com vá lvulas simples servocomando.
Ao contrá rio do método cascata, aqui é possível a utilizaçã o deste tipo de vá lvula, mais barata e
tã o eficiente quanto uma duplo servocomando. Como todos os relês, excetuando-se o ú ltimo,
fazem auto-retençã o (selo), nã o há que se preocupar com a desenergizaçã o do solenó ide e
conseqü ente atuaçã o da mola.
Figura 157: Circuito Eletro Pneumático da Seqüência usando Válvulas de Servocomando Simples
Sinal sonoro:
Sinal luminoso:
No circuito da Figura 161, é apresentada uma seqü ência direta, 1A+2A+1A-2A-, ciclo
contínuo. Ao ser acionado o botã o pulso S1, que dá início à seqü ência de movimentos, é também
acionado um sinalizador visual (uma lâ mpada), para indicar ao operador que a má quina entrou
em funcionamento. Há também um botã o de emergência, que funciona da seguinte maneira: ao
ser pressionado, ele energiza a bobina de um relê K1. Dois contatos de K1 desenergizarã o os
solenó ides de avanço (1Y1 e 2Y1), quando a bobina de K1 for energizada. E dois contatos deste
mesmo relê energizarã o os solenó ides de retorno (1Y2 e 2Y2). É por isso que existem dois
contatos abertos de K1 ligados a 1Y2 e 2Y2. Quando este botã o de emergência for acionado, dois
sinalizadores serã o energizados: um visual (uma lâ mpada) e outro sonoro, para que haja uma
diferenciaçã o do botã o trava que dá início ao ciclo e do botã o de emergência (também trava).
Hoje em dia os fins-de-curso, do tipo sensores de proximidade, sã o muito utilizados. Os
principais sã o os sensores do tipo capacitivo, indutivo e ó ptico. Eles sã o representados pelos
seguintes símbolos:
Sensor indutivo:
Sensor Capacitivo:
Sensor Ó ptico:
Figura 164: Sensor Óptico