Com o surgir do movimento de pedagogos conhecidos por Escola
Nova, que começou a delinear-se no ultimo quarto do século XIX, opondo – se frontalmente à Escola Tradicional, caracterizada sobretudo por um conjunto de processos educativos introduzidos na escola. Nomeadamente a partir do séc. XVII tornou – se especialmente explicito um conflito entre estes dois modelos pedagógicos:
Na Escola Tradicional. O aluno é comparado a um objeto a formar
por uma Acão exterior a exercer sobre ele, por referencia a valores e normas ideais de (Escola Tradicional) Para a Educação Tradicional o objeto de estudo é normalmente o conjunto de estudos fixados nas obras
A tradição constituída pode ser explorada de dois modos diferentes:
Objetivas em “produções sociais que modelam o individuo pela pressão que exercem sobre ele “procurando a educação a adequar o que é pedido pela sociedade, sendo o aluno tratado como objeto a modelar do exterior. Objetivada em “herança e constituída pelas obras das gerações que nos procederam e das quais a ação do tempo deixou substituir somente o que define o homem e a sua essência “que torna os homens de hoje semelhantes aos seus ancestrais e entre si.
Embora a Escola Nova se tenha nutrido de um amplo espectro de
teorias, produzidas por educadores de países distintos, alguns princípios se constituíram como seus traços identificadores: “a centralidade da criança nas relações de aprendizagem, o respeito às normas higiênicas na disciplinação do corpo do aluno e de seus gestos, a cientificidade da escolarização de saberes e fazeres sociais e a exaltação do ato de observar, de intuir, na construção do conhecimento do aluno” essas preocupações já vinham sendo explicitadas desde o fim do século XIX, Além de pretender incluir toda a população infantil, a escola renovada centrada na criança valorizava extremamente os conhecimentos advindos da psicologia experimental, levando em grande consideração suas contribuições para a compreensão “científica” do ser humano em sua individualidade. O trabalho individual e eficiente tornava-se a base da construção do conhecimento infantil. Devia a escola, assim, oferecer situações em que o aluno, a partir da visão (observação), mas também da ação (experimentação) pudesse elaborar seu próprio saber. Aprofundava-se aqui a viragem iniciada pelo ensino intuitivo no fim do século XIX, na organização das práticas escolares. Deslocado do “ouvir” para o “ver”, agora o ensino associava “ver” a “fazer”
Passámos depois a ver as características da escola nova, tratando-
a como uma sociedade, vendo os alunos individualmente, para conduzi-los ao seu máximo desenvolvimento, atendendo ás diferenças individuais, ao meio, a todos os fatores que influem no sentido quádruplo da educação – o desenvolvimento psico- intelectual, moral e social do individuo. Por exemplo, hão de ponderar: se a cadeira é da Aritmética., porquê. entrar nesse campo que parece não se relacionar. Não seria melhor entrar na matéria de uma vez? A razão está no seguinte: a escola antiga ensina matérias, geografia, leitura, Aritmética., historia. A escola moderna visa o desenvolvimento, ensina a criança, ao invés de matérias, tem por objetivo seu desenvolvimento, garantir-lhe as possibilidades de se conduzir por si própria, faze-lo senhor dos seus atos, faze-lo agente e julgador de suas ações. As disciplinas vêm, pois, como meios desse crescimento e, como tal, aritmética é uma delas. No sentido mais amplo, evidenciando o foco central na criança e seus interesses, a preocupação com seu desenvolvimento e a colocação dos conteúdos do ensino como meios para esse desenvolvimento. A primeira passagem acentua o papel do conhecimento da aritmética para a criança – contribuir para torná-la socialmente eficiente em situações reais, enquanto a segunda passagem contrapõe explicitamente escola antiga, a que se ensina matérias, e a escola moderna, aquela que ensina a crianças. A contraposição específica entre a escola antiga e a escola nova em relação ao ensino da aritmética é realçada em outro trecho: Se a Educação é preparação do individuo para viver mais eficientemente na sociedade, a Escola deve ser vida. Não são poucos os conhecimentos que adquirimos na infância e no curso secundário e que por falta de aplicação pouco duraram, ficando deles apenas a lembrança, ás vezes amarga, da energia e tempo gastos inutilmente. Assim, na pratica, para evitar essa aversão implicaria, em suas palavras, basear a aritmética nas atividades sociais, fazendo a criança “observar, comparar e nunca receber uma fórmula do professor”
REFLEXÃO
Na escola tradicional o centro é o professor senhor da verdade
absoluta e incontestado este despeja todo o conhecimento em cima do aluno que apenas pode ouvir e absorver sem sabermos se este conhecimento é realmente absorvido e compreendido e até que ponto será posto em prática pelo aluno matando por completo a criatividade e espontaneidade deste. Na escola nova o centro é o aluno e tudo roda a volta dele vamos deixar que este evolua no contacto com o conhecimento com que se cruza no seu dia a dia, mas por outro lado vamos limitar o contacto com outros conhecimentos novos e diversos que não surjam no seu caminho assim sendo podemos estar a limitar a sua evolução pois haverá conhecimentos que eles não saberão sequer que existem. No nosso ponto de vista todas as pedagogias terão pontos positivos e negativos e como nenhum está 100% correto tem de haver bom senso de parte a parte e tentar encontrar um meio termo lol