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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA

CELSO SUCKOW DA FONSECA


CAMPUS PETRÓPOLIS

CURSO DE MECÂNICA CLÁSSICA


Aula 3 – Prof. Daniel Neves Micha

Segunda Lei de Newton: princípio fundamental da dinâmica


Da primeira lei de Newton ou lei da inércia percebemos que, quando há a aplicação
de uma força resultante sobre um corpo, seu estado de movimento é alterado. Isso
se dá no sentido de alterar sua velocidade principalmente, uma vez que em
situações de movimento retilíneo uniforme a força resultante deve ser nula.
A segunda lei de Newton ou lei fundamental da dinâmica descreve as consequências
da aplicação de uma força resultante no movimento de uma partícula. Ela altera o
seu estado de movimento, que pode ser medido através de uma grandeza física
denominada momento linear (ou quantidade de movimento) 𝑝⃗, que relaciona a
massa m com a velocidade 𝑣⃗ da partícula:
𝑝⃗ = 𝑚𝑣⃗

Originalmente, a segunda lei de Newton foi escrita em termos da variação do


momento linear com o tempo:
𝑑𝑝⃗
𝐹⃗𝑅 = (1)
𝑑𝑡

Na equação (1), 𝐹⃗𝑅 = ∑𝑁 ⃗⃗⃗


𝑖=1 𝐹𝑖 é a força resultante sobre a partícula em análise,
calculada como a soma de todas as N forças que atuam sobre ele. O termo à direita
é a derivada do momento com relação ao tempo, indicando sua taxa de variação
temporal.
No caso da partícula em análise não sofrer alterações na sua massa ao longo do
tempo, ela se torna uma constante na operação de derivação e, com isso:
𝑑𝑝⃗ ⃗⃗)
𝑑(𝑚𝑣 ⃗⃗
𝑑𝑣 𝑑𝑚 ⃗⃗
𝑑𝑣
𝐹⃗𝑅 = = = 𝑚 + 𝑣⃗ =𝑚 (2)
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡

𝑑𝑚
Na equação (2), o termo foi anulado nulo, pois estamos considerando o caso da
𝑑𝑡
massa não variar no tempo. Lembrando que a taxa de variação da velocidade com o
tempo é a aceleração, a equação (2) pode ser reescrita como:
𝐹⃗𝑅 = 𝑚𝑎⃗ (3)

que é a forma mais conhecida da segunda lei de Newton. A equação (3) nos diz que
o resultado da aplicação de uma força resultante sobre uma partícula que não altera
sua massa é provocar uma aceleração que está na mesma direção e sentido da
primeira. Além disso, a relação linear estabelecida pela segunda lei de Newton tem
como constante de proporcionalidade a massa da partícula. Isso significa que
quanto mais pesada for a partícula, menor será a aceleração provocada. Por este
motivo, dizemos que a massa da partícula mede sua inércia ou a sua tendência de se
manter em seu estado de movimento original.
Até aqui, dissemos que a segunda Lei de Newton vale para partículas materiais. De
fato, a segunda lei de Newton vale apenas para partículas. Porém, como será
demonstrado posteriormente, é possível usar a mesma relação para sistemas de
partículas e para corpos materiais sólidos através do conceito de centro de massa.
Cabe-nos, neste ponto, abordar uma discussão interessante. Muitos dizem que a
primeira lei de Newton é um caso particular da segunda, uma vez que se fizermos
⃗⃗, a aceleração também será nula e, consequentemente, os únicos
𝐹⃗𝑅 = 0
movimentos possíveis são o repouso e o movimento retilíneo uniforme. Porém, isto
não é verdade. A primeira lei de Newton estabelece o conceito de inércia e a
segunda lei as consequências da aplicação de uma força resultante em um corpo,
resultando na dinâmica e na cinemática. Dizem também que a segunda lei de
Newton serve para definir o que são as forças, mas isso também não é verdade. Não
se define algo pela consequência que provoca, mas sim pelo que a coisa é em
essência.
Como veremos nos exemplos a seguir, a segunda lei de Newton é uma das
formulações mais importantes da física clássica. Através dela, é possível obter as
equações dos movimentos dos corpos materiais e, com isso, determinar a trajetória
percorrida e saber a sua posição em qualquer instante de tempo.

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