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Introdução

No presente trabalho, iremos esmiuçar um tema bastante pertinnte que a realça a


situação dos factores que originaram as grandes cruzadas. E, por sua vez iremos de uma
forma resumida explicar a crise do sistema feudal e do impacto do aspecto religioso das
cruzadas bem como, da contribuição muçulmana como um dos outros factores das
constantes lutas registadas no seio do cristianismo e sem nos esquecer-mos da igreja
Ortodoxa.

Destacaremos outros factores gerais das cruzadas para além dos já referenciados e poder
realçar das vantagens que as cruzadas proporcionaram ao continente europeu visto que
atravessava uma fome intensa e que, as piores colheitas se sucediam uma atrás da outra.
E sem esquecer no sectore conómico, outros elementos importantes foram as práticas
financeiras e comerciais, como a letra ou o uso de câmbio, o cheque, a contabilidade.

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Factores das cruzadas

As cruzadas teriam sido impossíveis sem a crise do sistema feudal, que marginalizou a
mão-de-obra militar, indispesável à realização das campanhas militares. Se as cruzadas
fossem convocadas antes não haveria homens com vontade de partir para uma aventura
militar em terras desconhecidas.
Não podemos ignorar o aspecto reliogioso das cruzadas; pois a espiritualidade e o
sentimento religioso mediaval eram aspectos muito fortes, antes de tudo eram fiel
servidor de Deus e da Igreja.

As cruzadas representavam para os mesmos uma satisfação material, e também uma


obrigação religiosa. Combater o infiel mulçumano era uma acção santa e representava a
possibilidade de salvação eterna, garantida pelas indulgências oferecidas pela Igreja os
cruzados, assim, nada havia portanto a perder.

Destacamos outros factores gerais para além dos já referenciados, um motivo mais
particular das cruzadas: a ascensão do poder papal. O fortalecimento do poder papal
ficou claro durante a Querela das Investidura, quando o Papa Gregório VII impôs sua
autoridade ao imperador alemão Henriques IV; mas tratava-se também de um problema
interno dentro da Igreja; isto é, com o cisma ocorrido durante a Querela das investiduras
(…), a Igreja passou a ter dois Papas. O verdadeiro papa, no exílio, que tinha autoridade
perante toda a Igreja, e convocar a cruzada era uma demostração de força e prestígio
junto aos fiéis; e também tinha o antipapa em Roma.

Nesta ordem de ideia, considerar o Cisma do Oriente foi essencial ocorrido em 1054;
nesse ano, o patriarca de Constatinopla rejeitou definitivanente a supremaciado Bispo de
Roma (o papa) e passou a considerar-se o chefe supremo da Igreja no império Bizatino.
Esta é a chamada Igreja Cismática Grega, ou Igreja Ortodoxa. Também esta divisão da
cristanidade foi um dos factores das Cruzadas, pois ela estimulou o papa a tentar a
reconquista dos fiéis separados. Assim a cruzada seria tanto contra os infiéis
muçulmanos, quanto contra os cristãs cismáticos do Império Bizatino; e o imperador
Constantinopla também estava interessado numa cruzada contra os muçulmanos.

De facto, uma cruzada afastaria a pressão árabe sobre Constantinopla, ameaçada


sobretudo depois que os turcos seldjúcidas tomaram os califados de Bagdá e do Egipto.
Após o coroamento de Togul Beg como califa em 1055, os turcos sedjúcidas tinham
iniciado uma nova ofensiva contra os cristãos, vencendo assim as forças bizatinas na
Batalha de Manzikert, em 1071. Com isso, colocavam em risco a capital do Império
Romano do Orinte. Como estes eram récem-convertidos ao islamismo; os turcos
seldjúcidas começaram a colocar obstáculos aos cristãos que se dirigiam a Jerusalém
para visitar o Santo Sepulcro. Um desses peregrinos, Pedro, o Eremita troxe o desejo
dos cristãos do Oriente de serem libertados desses inimigos do cristiniasmo.

As oito cruzadas

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Primeira Cruzada (1095-1099) – O Papa Gregório VII tinha pensado em organizar
uma expedição contra os turcos seldjúcidas, para conquistar jerusalém. Mas foi Urbano
II quem recebeu do imperador bizatino Aleixo I Comneino o pedido de ajuda militar
contra os infieis muçulmanos. No Concílio de Clermont, em 1095, o papa convocou os
fiéis cristãos para uma guerra santa contra o Islão. (Os cavaleiros tomaram a cruz branca
como símbolo da cruzada. )

Antes da partida dos cavaleiros, um grupo de fiéis exaltados originários das baixas
camadas sociais, partiu em direção a Jerusalém, sob a liderança do místico Pedro, o
Eremita. Sem organização, armamento e sistema de abastecimento, a cruzada dos
Mendigos, como ficou conhecida, foi fatalmente destruída ao chegar à Ásia Menor.

Em 1096, partiram oficialmente os cavaleiros da primeira cruzada. Seus chefes eram


Roberto da Normandia, Godofredo de Bulhão, Balduíno da Flandres, Roberto II da
Flande, Raimundo de Tolosa, Boemundo de Tarento e Tancredo, chefe normado do sul
da Itália. Como se vê, era uma cruzada da nobreza, sem a participação de nenhum rei.
Passando por Constantinopla, onde receberam o apoio do imperador bizantino, os
cruzados sitiaram Nicéia; tomaram o Sultanato de Doriléia, na Ásia Menor;
conquistaram Antioquia; finalmente avançaram sobre Jerusalém, conqustada em 15 de
julho de 1099, depois de um cerco de cinco semanas.

Os chefes cruzados fundaram então uma série de Estados Cristãos no Oriente Médio. A
organizãção desses Estados obedecia ao sistema existente na Europa, o feudalismo. Isto
representava a introdução de instituições do Ocidente no Oriente Próximo. O reino de
Jerusalém ficou sob a chefia de Godofredo de Bulhão, substituído por Balduíno após a
sua morte. Este tomou o título de Rei de Jerusalém, governado de 1100 a 1118. As
questões de sucessão criaram problemas políticos nesse reino. Enquanto isso, o
principado de Antioquia e os condados de Edessa e de Trípoli formavam pequenos
Estados feudais.

As rivalidades entre os cristãos desses Estados enfraqueciam as suas posições. O


Principado de Antioquia vivia em Estado de guerra constante entre os muçulmanos,
principalmente entre os seldjúcidas e os fatimitas do Egipto.

Segunda Cruzada (1147-1149) – A reconquista de Edessa pelos árabes em 1144


provocou a =organização da Segunda Cruzada, dirigida por Conrado III da Alemanha e
Luís VII da França. Esta cruzada foi pregada na Europa por São Bernado.
A aliança de Conrado III com o imperador bizantino Miguel Comneno e de Luís VII
com Rogério II da Sicília ocasionou rompimento entre os dois chefes cruzados.
Empreenderam assim a ofensiva na Terra Santa, foram derrotados em Doriléia; depois
tentaram inutilmente organizar expedições contra Damasco e Ascalon.

Terceira Cruzada (1189-1192) – Esta cruzada foi organizada depois da conquista de


Jerusalém pelo Sultão Saladino, em 1187. É a famosa Cruzada dos Reis. Participaram
Ricardo, Coracio de Leão (Inglaterrra); Filipe Augusto (França) e Frederico Barbarruiva
(Sacro Império).
Estes encorajados pelo Papa Inocêncio III, os cruzados partiram para a Terra Santa.
Frederico atacou e venceu os muçulmanos numa brilhante batalha, mas logo depois
morreu afogado. Seu filho, Frederico da Suábia, o substituiu, mas morreu durante o
cerco de São João D’Acre pouco depois. Ricardo, Coração de Leão, assinou um

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armistício com o Sultão Saladino, pelo qual os cristãos eram autorizados a peregrinar
até Jerusalém; Ricardo recebeu também um pedaço de terra entre Tiro e Jaffa.

Quarta Cruzada (1202-1204) – O Papa Inocêncio III convocou mais uma cruzada, esta
com a finalidade de dirigir-se ao Egipto. O imperador alemão Henrique VI começou a
organizá-la em 1197. Muitos nobres franceses aderiram, como Bonifáio de Montferrat e
Balduíno da Flandres. Ao contrário das anteriores, esta cruzada deveria ser
essencialmente marítima, pois os venezianos, através do Doge* Enrico Dandolo,
forneceriam o transporte aos cruzados até o Egipto.
Para realizar uma parte do pagamento pelo transporte, os venezianos exigiram que os
cruzados tomassem Zara, no Mar Adriático, porto estrategicamente localizado, a meio
entre Veneza e Constantinopla, que tinha enorme importância para suas actividades
comerciais. As astrocidades cometidas contra os cristãos de Zara levaram o Papa
Inocêncio III a excomungar os venezianos.
Mas nesse meio tempo, o príncipe bizantino Aleixo, herdeiro marginalizado do trono do
Império Bia=zantino, pois seu pai, Isaac, o Anjo, fora deposto por Aleixo III, que no
momento ocupava o trono do Império propôs um acordo a Dandolo: os cruzados o
ajudariam a tomar o trono imperial e em troca os venezianos receberiam o monopólio
comercial de Constantinopla e uma soma em dinheiro, com a qual pagariam o transporte
dos cruzados até o Egipto.
Então, ao invés de irem ao Egipto, os cruzados se dirigiam primeiro para
Constantinopla. Depois de vencer a resistência da cidade, destituíram o imperador e
colocaram no trono Isaac, o Anjo, juntamente com o príncipe Aleixo, com o nome de
Aleixo IV. Mas este não conseguiu arrumar o dinheiro que tinha prometido aos cristãos.
E isto custou-lhe o trono. Os cruzados, dirigidos pelos venezianos , os quais só se
preocupavam com os interesses comerciais, tomaram a cidade do assaito pela segunda
vez, saqueando-a e matando sem piedade muitos habitantes.
Os cruzados formaram em seguida o Império Latino de Constantinopla, governado por
Balduíno da Flandres, tutelado pelos venezianos. Este império duraria até 1261, quando
Miguel Paleológo, com a juda dos genoveses, reconquistou a cidade. Satisfeitos com o
saque realizado em Constantinopla e com a conquista do monopólio comercial para
Veneza, os cruzados abandonaram seus objectivos e voltaram à Itália.

Quinta Cruzada (1217 - 1221) – em 1212 foi organizada a chamada Cruzada das
crianças. Ela consistiu em um exército formado por jovens que deveria reconquistar
Jerusalém. Acreditavam os cristãos que os jovens, inocentes e sem pecados,
conseguiriam vencer os muçulmanos e recuperar Jerusalém. Embarcados em Marselha,
os jovens aportaram em Alexandria, onde acabaram vendidos como escravos.
Pela pregação do Papa Honório III, o rei da Hungria, André III, e o duque da Áustria,
Leopoldo VI, chefiados pelo Barão João de Brienne, organizaram a Quinta Cruzada. Em
1217 iniciaram diversas ofensivas no Egipto. Mas, depois de algumas vitórias, ficaram
isolados pelas inundações do Rio Nilo e desistiram da campanha militar.

Sexta Cruzada (1228-1229) – Aproveitando-se da discórdia entre o sultão do Egipto e


sultão do Damasco, o Imperador Frederico II conseguiu, através de negociações
diplomáticas, que os turcos lhe entregassem Jerusalém, Belém e Nazaré. Em 1229, o
imperador recebeu a coroa real no Santo Sepulcro e regressou à Europa.

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Sétima Cruzada (1248-1250) – Em 1239, o Papa Gregório IX convocou mais uma
cruzada. Mas antes que ela partisse, os turcos reconquistaram definitivamente
Jerusalém, em 1244.
Então o rei da França, Luís IX (depois canonizado como São Luís), tomou a iniciaticva
de comandar a Sétima Cruzada. Depois de alguns êxitos militares, o exército do rei foi
dizimado pelos turcos e Luís IX foi aprisionado. Seu resgate custou o abandono das
posições conquistadas e o pagamento de 500 000 libras tornesas.

Oitava Cruzada (1270) – Nesta época, reinava a anarquia entre os cristãos no Oriente
Médio. As ordens religiosas de monges cavaleiros, criadas para permanecerem na
região e defendê-las , viviam em conflitos continuos. Eram as seguintes as ordens de
cavaleiros: os templários, guardiões do Santo Sepulcro, os hospitalários, que cuidavam
dos hospitais na Terra Santa; os cavaleiros teutónicos, organizados para dar atendimento
aos doentes.
Além disso, os interesses comerciais dos genoveses e venezianos criavam outras
dificuldades, provocando até mesmo choques armados entre os cristãos.
Mas entre os turcos as divisões não eram menores. E agora viam-se pressionados por
um novo inimigo, os mongóis. Vindo do Oriente, sob a liderança de Gengis Khan, os
mongóis dominaram parte da China, a, Ásia Central, penetrando em seguida na Hungria
e na Alemanha. Um neto de Gengis Khan, Hulago Khan conquistou a Síria muçulmana
aos turcos e ameaçava outras posições. A presença dos mongóis favorecia os cristãos,
pois muitos deles se tinham convertido ao cristianismo. Mas apesar de instigados pelos
cristãos contra os turcos, estes conseguiram afastá-los da região. Os sedjúcidas do
Egipto, chamados mamelucos, começaram diversas ofensivas contra os cristãos,
empurrado-os em direção ao mar. isto decidiu o Rei Luís IX a organizar a Oitava
Cruazada. Saindo do Porto de Águas Mortas, desembarcou em Túnis, onde morreu. E a
cruzada foi suspensa.

Razões do fracasso das Cruzadas

Em 1291, São João D’Acre, última fortaleza cristã, caiu nas mãos dos turcos
muçulmanos. Os cristãos abandonaram também Beirute, Tiro e Sidon. A Ilha de Chipre
ainda permaneceu sob controlo cristão até 1489. E Rodes ficou nas mãos dos cavaleiros
da ordem de São João até 1523. A colonização cristã no Oriente Médio tinha chegado
ao fim.
As razões desse insucesso se devem em primeiro lugar ao caractér superficial da
ocupação. A presença cristã no Oriente Médio limitou-se aos quadros adminitrativos,
não criando raízes entre as populações locais. Outra razão foi a anarquia feudal, que
enfraquecia as colónias militares estabelecidas em território inimigo. A luta fratricida
foi uma constante entre as ordens religiosas e os cruzados latinos, principalmente entre
os genoveses e venezianos.

Em resumo, o fracasso foi uma consequência da rivalidade nacional entre as potências


ocidentais e da incapacidade do papado em organizar uma força que soubesse superar
essas dessenções. Em toda parte, a obra das cruzadas foi destruída pelos seus próprios
organizadores.

Repercussões das Cruzadas no Ocidente

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A expansão européia iniciada com as Cruzadas não se limitou às oito expedições
realizadas em direcção à Terra Santa. Ao mesmo tempo, os pequenos reinos ibéricos de
Leão, Castela, Navarra e A ragão começaram a reconquista da Península Ibérica aos
muçulmanos. A ofensiva teve início com a tomada de Toledo, em 1086, e se completou
com a conquista de Granada, em 1492.
A expansão desses reinos teve um carácter territorial: baseou-se na conquista de terra. A
aristocracia européia, atraída pelas terras disponíveis na Península Ibérica, participou
dessa expansão. Lá, ela começou a reconstituir o regime feudal já em crise também na
Europa. Por isso, esta expansão teve um caractér reacionário, pois reimplantou um
sistema que já estava em processo de transformação. Mas o feudalismo da Península
Ibérica apresentava algumas diferenças em relação ao sistema típico dos séculos IX a XI
, existente no restante da Europa. Em grande parte, essas diferenças resultavam do seu
caractér tardio.

Muito diferente desta expansão foi a conquista realizada pelas cidades italianas de
Gênova, Piza e Nápoles. Pressionadas pelos muçulmanos, as cidades italianas reagiram
com ofensivas militares. Depois de reconquistar as ilhas do Mar Tirreno aos
muçulmanos, os italianos partiram para o ataque às posições árabes no norte da África
como Bona e Mehdia. Era uma expansão marítima, conquistava-se água e não terra.
Essa expansão tinha um caractér mais democrático, pois contava com a participação das
camadas inferiores da população, representadas pelos marinheiros. Enquanto a expansão
ibérica reconstituía o feudalismo, os italianos lançavam as sementes do capitalismo no
Mediterrâneo. Daí o sentido mais progressista desta expansão.

De modo geral, a expansão a européia realizada através das Cruzadas contribuiu para
dinamizar as relações comerciais entre o Oriente e o Ocidente. Os cruzados reabriram
em parte o Mar Mediterrâneo aos navios europeus, depois de séculos de bloqueio
muçulmano.
Estas actividades comerciais deram vida aos portos do Ocidente: Génova, Piza,
Nápoles, Amalfi, Bari, Veneza, Marselha e outros. Os comerciantes italianos
organizaram entreposto comerciais em diversas cidades do Mediterrâneo Oriental,
dominadas pelos cristãos, e no litoral africano, conquistadas à força aos muçulmanos.
Estes entrepostos chamavam-se fondacos.

Até mesmo o comércio proibido pela Igreja sob pena de excomunhão era praticado com
os muçulmanos: a venda de armas de ferro e escravos cristãos em trocas de produtos
orientais e de escravos muçulmanos. Os intesses materiais começavam a superar os
limites impostos pela fé; e as cidades italianas assumiam o monopólio do comércio de
produtos orientais através do Mediterrâneo. A partir dessas cidades, as mercadorias do
Oriente se espalhavam por todo o mundo ocidental.

O contacto estreito com as civilizações bizantinas e muçulmana despertou nos cristãos


do Ocidente um gosto mais apurado e um maior refinamento no modo de vida e isto,
ampliou o mercado consumidor de produtos orientais. Entre os artigos introduzidos no
Ocidente, também chamados especiarias, podem ser mencionados:pimenta, canela,
cravo, açúcar, arroz, algodão, café, marfim, frutas cítricas, perfumes, tecidos etc. Os
cristãos aprenderam também novas técnicas de cultivo e de irrigação, de fabricação de
tecidos e de produção de ferro e de aço. Outros elementos importantes foram as práticas
financeiras e comerciais, como a letra de câmbio, o cheque, a contabilidade. Difundidas

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no Ocidente, essas técnicas, contribuiram para ampliar o mecanismo de produção e
distribuição de mercadorias, dinamizando a economia européia.
O renascimento das actividades comerciais provocou o crescimento das cidades, o
desenvolvimento da economia baseada na moeda, a expansão do mercado, o surgimento
de uma classe de comerciantes, a difusã do espírito do lucro e o racionalismo
económico.
Em resumo, era o pré-capitalismo que fazia a sua aparição no mundo medieval.

As cruzadas vieram solucionar os problemas da Europa


“Os franceses sofriam então a fome; as piores colheitas se sucediam uma atrás da outra,
fazendo os preços dos cereais subirem a um nível nunca visto. Os comerciantes
desonestos se aproveitavam da miséria alheia. Havia pouco pão e o preço era alto. Os
pobres supriam a fome comendo raízes e ervas selvagens. De repente, impulsionados
pelo grito das Cruzadas, pegavam tudo ao mesmo tempo, quebrando as fechaduras e
arrebantando as cadeias que fechavam depósitos de cereais. Os mantimentos que
estavam a alto preço, já que ninguém podia comprá-los, eram vendidos por quase nada
na hora em que todos desejavam partir… A fome desapareceu foi substituída pela
abundância. Como cada um se preparava para tomar o caminho de Deus, convertiam
tudo o que possuiam em dinheiro para servir na viagem; o preço dos produtos era fixado
não pelo vendedor e sim pelo comprador.

Fato singular e maravilhoso, pois, seguindo a fé, todo mundo vendia o que lhe era mais
caro e todos vendiam a preço baixo. Aqueles que muito conservavam os objectos
necessários à viagem e vendiam o resto por nada. As mulheres as crianças, os velhos
partiam com a esperança de sofrer o martírio na prisão dos sacarraneos e assim ganhar o
céu. Nada mais tocante que ver esses pobres cruzados ferrar seus bois como cavalos,
atrelá-los a uma carroça com duas rodas, sobre a qual colocavam suas pobres bagagens
e seus pequenos filhos. Em todos os castelos, em todas as cidades que eles encontravam
no caminho, estendiam as mãos e perguntavam se aquela não era Jerusalém, para qual
se dirigiam.”

Origem das cruzadas


A economia capitalista apresenta essencialmente as seguintes características: produção
para o mercado, trocas monetárias, organização empresarial, espírito de lucro,
racionalismo económico e regime de trabalho assalariado.
Por volta no ínicio do século XII denomina-se pré-capitalismo, por ser o período de
formação do capitalismo. Assim sendo o verdadeiro capitalismo surgiu somente com a
Revolução Industrial, no fim do século XVIII, quando as relações assalariadas se
tornaram dominantes.

A partir do século XI, o sistema feudal entrou em crise; a solução para essa crise foi o
sistema capitalista. O factor principal dessa crise do feudalismo foi crescimento
demográfico, que ampliou o mercado consumidor, provocando um choque com o modo
de produção servil, incapaz de atender às necessidades do mercado em expansão.
O crescimento demográfico foi ocasionado pelo fim das invasões, que permitiram uma
melhor redistribuição da produção agrícola.

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Para solucionar a crise era necessário aumentar a produção, e isto era possível
substituindo o modo de produção servil com trabalhadores assalariados.
A solução mais imediata e mais fácil foi marginalizar os excedentes populacionais, em
todas as camadas sociais isto, forneceu mão-de-obra militar para realizar as cruzadas,
estas que foram resultado de um complexo de factores:

 A crise do sistema feudal e a marginalização de um grande número de


indivíduos foram factores decisivos.
 A força da Igreja e o profundo sentimento da fé da época também foram
estímulos.
 Contribuiu também a luta pelo controle do poder papaldentro da Igreja,
principalmente o desejo de reconquistar a Igreja separada do Oriente.
 Como factores imediatos devem citados a pressão dos turcos seldjúcidas sobre
Constantinopla e os empecilhos à peregrinação dos cristãos a Jerusalém,
cruzadas estas realizadas no seu todo oito em direcção á Terra Santa.

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Conclusão
Após o tempo que tivemos para uma leitura atenta e reflectiva sobre o tema que nos foi
dirigido, conseguimos tirar um pleno proveito sobre os factores das cruzadas. De um
lado, as cruzadas provocaram graves consequências desetruturação politíca e religioso
mas, para outro lado as cruzadas beneficiaram as actuais potências europeias com
políticas e reformas religiosas bastantes utis no seio das suas sociedades. O surgimento
de crise e que havia pouco pão e o preço era alto. Os pobres supriam a fome comendo
raízes e ervas selvagens. De repente, impulsionados pelo grito das Cruzadas, pegavam
tudo ao mesmo tempo, quebrando as fechaduras e arrebantando as cadeias que
fechavam depósitos de cereais

Conseguimos compreender que, partir do século XI, o sistema feudal entrou em crise; a
solução para essa crise foi o sistema capitalista. O factor principal dessa crise do
feudalismo foi crescimento demográfico, que ampliou o mercado consumidor,
provocando um choque com o modo de produção servil, incapaz de atender às
necessidades do mercado em expansão.

Referência BIBLIOGRÁFICA

Material de apoio fornecido pelo Professor pag.

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